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13/11/2013

Professor: Magnos Baroni


Magnos.baroni@gmail.com

PROGRAMA

UNIDADE 1 : INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

1.1 - Introdução: programa de investigação e


coeficiente de segurança
1.2 - SPT (Standart Penetration Test)
1.3 - Ensaio de Cone (CPT) e Piezocone (CPTU)
1.4 - Ensaio de Palheta
1.5 - Ensaio Pressiométrico
1.6 - Ensaio Dilatométrico
1.7 - Provas de carga

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UNIDADE 1 :
INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

1.1 - Introdução: programa de


investigação e coeficiente de segurança

Frases que podem significar o início dos seus problemas


na construção...

01. O terreno é bom.


02. Não precisa fazer sondagem.
03. O meu vizinho fez estacas de 6m.
04. Meu pedreiro disse que tem trinta anos de janela!
05. Se fizer estacas Strauss não precisa de sondagem.
06. A construção é leve! Precisa de estacas?
07. Acho que aqui as estacas devem chegar a 4 m!
08. Meu responsável técnico só assinou a planta, não fez o
cálculo de estrutura.
09. Na outra casa que eu fiz eu
coloquei quatro estacas por pilar.

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NORMAS BRASILEIRAS
1) NBR 8036:1983 – Programação de Sondagens de Simples
Reconhecimento de Solos para Fundações de Edifícios.

2) NBR 6484:2001 – Solos – sondagens de simples reconhecimento


com SPT – Método de ensaio.

3) NBR 6502:1995 – Rochas e solos. Terminologia.

4) NBR 13441:1995 – Rochas e solos. Simbologia.

5) NBR 9603:1986 – Sondagem a trado. Procedimento.

6) NBR 9604:1980 – Abertura de poço e trincheiras de inspeção.

7) NBR 6184:1980 – Execução de sondagens de simples


reconhecimento dos solos. Método de Ensaio.

UNIDADE 1
INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

INTERPRETAÇÃO DE ENSAIOS DE CAMPO

Objetivos (em caráter genérico)

- Determinação da estratigrafia do terreno


- Classificação das camadas
- Obtenção de parâmetros geotécnicos
- Aplicação direta ao projeto geotécnico (ex.:
fundações)

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UNIDADE 1
INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

UNIDADE 1
INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

Objetivos do programa de investigação geotécnica


a) Determinação da extensão, profundidade e espessura das
camadas do subsolo até uma determinada profundidade.
Descrição do solo de cada camada, compacidade ou consistência,
cor e outras características perceptíveis;
b) Determinação da profundidade do nível do lençol freático, lençóis
artesianos ou suspensos;
c) Informações sobre a profundidade da superfície rochosa e sua
classificação, estado de alteração e variações;
d) Dados sobre propriedades mecânicas e hidráulicas dos solos ou
rochas → compressibilidade, resistência ao cisalhamento e
permeabilidade.

⇒ Na maioria dos casos → os problemas de engenharia são


resolvidos com base nas informações a) e b) → SONDAGENS DE
SIMPLES RECONHECIMENTO (NBR 6484/80)

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UNIDADE 1
INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

Escolha do método e amplitude da prospecção

• Finalidade e proporções da obra;


• Características do terreno;
• Experiências e práticas locais;
• Custo → compatível com o valor da informação obtida
Empiricamente → 0,5 a 1% do custo da obra
Informações insuficientes ou inadequadas →
superdimensionamento no projeto e orçamentos majorados

UNIDADE 1
INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

Etapas na investigação geotécnica

a) Investigações de reconhecimento → natureza das formações


geológicas (e pedológicas) locais e principais características do
subsolo - Definição de áreas mais próprias para as obras;
b) Explorações para anteprojetos e projeto básico → escolha de
soluções e dimensionamento;
c) Explorações para projeto executivo → informações
complementares sobre o comportamento geotécnico dos materiais -
Resolução de problemas específicos do projeto;
d) Explorações durante a construção → necessárias no caso de
imprevistos na fase de construção.

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UNIDADE 1
INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO


GEOTÉCNICA

MÉTODOS DIRETOS → permitem a observação direta do subsolo


ou através de amostras coletadas ao longo de uma perfuração ou
a medição direta de propriedades in situ ⇒ escavações, sondagens
e ensaios de campo e no laboratório;

MÉTODOS INDIRETOS → as propriedades geotécnicas dos solos


são estimadas indiretamente pela observação a distância
ou pela medida de outras grandezas do solo ⇒ sensoriamento
remoto e ensaios geofísicos.

Ausência de investigação para os diferentes tipos de fundações

Tipo de fundação Problemas típicos decorrentes


•Tensões de contato excessivas, incompatíveis com as reais
características do solo, resultando em recalques inadmissíveis ou
ruptura.
• Fundações em solos/aterros heterogêneos, provocando recalques
Fundações diferenciais.
diretas •Fundações sobre solos compressíveis sem estudos de recalques,
resultando grandes deformações.
•Fundações apoiadas em materiais de comportamento muito diferente,
sem junta, ocasionando o aparecimento de recalques diferenciais.
•Fundações apoiadas em crosta dura sobre solos moles, sem análise
de recalques, ocasionando a ruptura ou grandes deslocamentos da
fundação.
•Estacas de tipo inadequado ao subsolo, resultando mau
comportamento.
Fundações •Geometria inadequada, comprimento ou diâmetros inferiores aos
profundas necessários.
•Estacas apoiadas em camadas resistentes sobre solos moles, com
recalques incompatíveis com a obra.
•Ocorrência de atrito negativo não previsto, reduzindo a carga
admissível nominal adotada para a estaca.

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UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ILHAS DE INVESTIGAÇÃO

CM II
Localização das Ilhas

CM I
Vista Aérea

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

ILHAS DE INVESTIGAÇÃO

C)

Localização das verticais - CM II

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TIPOS DE SONDAGENS DIRETAS DO


SUBSOLO
Os principais métodos diretos de investigação do subsolo são:
a) manuais: poços, trincheiras, trados manuais;
b) mecânicos: sondagens à percussão com circulação de água,
sondagens rotativas, sondagens mistas, sondagens especiais com
extração de amostras indeformadas.

Sondagens por meio da Os poços são perfurados com pás e


escavação de poço picaretas, em solos coesivos e acima
do nível de água; são coletadas
amostras deformadas e indeformadas;
o diâmetro máximo do poço é 60 cm e
a altura é variável em função do nível
Escavação da água e da areação do poço.
e retirada
de amostra
do solo.

TIPOS DE SONDAGENS DIRETAS DO


SUBSOLO
A escavação de
Sondagens por meio de trincheiras
trincheiras segue a
Escavação e retirada de amostras dos mesma metodologia
solos para caracterização dos mesmos. dos poços, mas
neste caso tem-se
uma sondagem mais
superficial.
É mais usada para
estradas.

Sondagens por meio de trado


Os trados são usados em solos coesivos acima do lençol de água; são
retiradas amostras amolgadas para ensaios geotécnicos; não é usado em
solos com pedregulhos, pedras, matacões, ou em areias.

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STANDARD PENETRATION TEST


As principais vantagens desse tipo de sondagem são:
1) baixo custo;
2) facilidade de execução e possibilidade de trabalhos em locais de
difícil acesso;
3) permite conhecer a estratigrafia do subsolo; fornece indicações
sobre a consistência ou compacidade das camadas do subsolo;
fornece a profundidade do nível de água.

Procedimentos:
a) processo de perfuração;
b) amostragem;
c) ensaio de penetração dinâmica
– critério para paralisar a sondagem;
– ensaio de avanço da perfuração por lavagem;
– observação do nível do lençol de água;
– índice de resistência à penetração.

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STANDARD PENETRATION TEST


Realização do ensaio
No Brasil, o SPT é realizado a cada metro de profundidade, a
partir de 1m.

Número de golpes para cravação de 45 cm do amostrador


padrão, de diâmetro externo 50,8 mm e interno 34,9 mm. Os 45
cm são divididos em três segmentos de 15 cm.

Golpes 1os 15 cm + 2os 15 cm = golpes 1os 30 cm

Golpes 2os 15 cm + 3os 15 cm = golpes 2os 30 cm = NSPT

A NBR 6484 é muito bem detalhada, descrevendo o


equipamento e o procedimento de ensaio.
Muitos outros equipamentos existem em uso no mundo.

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STANDARD PENETRATION TEST


Principais vantagens (Broms, 1986, Riggs, 1986)

• Utilizado em quase todas as partes do mundo


• Procedimento de ensaio é simples de seguir
• Equipamento é simples (e portanto versátil), barato e robusto
• Obtém-se amostra representativa
• Ensaio pode ser empregado em quase todos os tipos de
solos e rochas brandas
• Ensaio pode ser executado em condições adversas de
clima

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STANDARD PENETRATION TEST


Principais desvantagens
•Ensaio altamente dependente da experiência e cuidados do
operador (sondador).
•Resultados dependem do tipo de equipamento, além de outros
fatores (a serem vistos adiante). Assim, a padronização, mesmo
no Brasil, mas sobretudo de país para país, não é efetiva.
•No Brasil, “simplicidade” do ensaio tem criado um sério
problema à confiabilidade dos ensaios como um todo: o
surgimento de várias firmas, mal preparadas para realizar o
ensaio, mas que o fazem a custo muito baixo. Na realidade, de
fato o ensaio é simples, mas requer uma significativa dose de
experiência e cuidado do sondador.

NECESSIDADE DE FISCALIZAÇÃO?

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UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

Equipamentos:
• tripé com sarrilho, roldana e cabo;
• hastes de aço com rosca fina;
• martelo em aço (65kg);
• coxim de madeira;
• tubos de revestimento;
• amostrador padrão bipartido;
• conjunto motor-bomba;
• trépano (para avanço por
lavagem);
• trado de concha e helicoidal.

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STANDARD PENETRATION TEST


Trado.

Peso do martelo= 65 kg.

Amostrador bipartido.

Sistema de circulação de água.


Trépano.

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STANDARD PENETRATION TEST


Amostrador padrão SPT tipo Raymond

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

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UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

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Link para o ensaio


http://www.youtube.com/watch?v=84DpBVw8b0U&feature=relmfu

SONDAGEM À PERCUSSÃO
Seqüência executiva:
• iniciar a abertura do furo com trado tipo concha;
• apoiar o amostrador no fundo do furo;
• apoiar o martelo sobre a composição (N=0 golpes);
• iniciar a cravação do amostrador por meio de sucessivas
quedas do martelo de uma altura de 75 cm;
• anotar o número de golpes necessários para cravação de cada
15 cm;
• abrir o próximo trecho (55 cm) do furo com trado tipo helicoidal
ou com trépano e com circulação de água;
• repetir todo o processo a partir da cravação do amostrador;
• o ensaio é concluído quando for atingida a profundidade
prevista para o ensaio ou se for atingida uma camada de solo
impenetrável ao SPT.

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SONDAGEM À PERCUSSÃO
Critério para paralização da
sondagem:
a) interromper a cravação antes dos
45 cm se em qualquer dos três
segmentos de 15 cm, o número de
golpes ultrapassar N>30;
b) 3 m sucessivos com 30/15 – no 1º
intervalo;
c) 4 m sucessivos com 50/30 – no 1º
e no 2º intervalos;
d) 5 m sucessivos com 50/45.
e) não se observar avanço do
amostrador padrão durante a
aplicação de cinco golpes
sucessivos com o martelo de aço.

SONDAGEM À PERCUSSÃO

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SONDAGEM À PERCUSSÃO
Resistência dinâmica: N

Este é o limite da
sondagem à percussão,
mas pode ser necessário
realizar uma sondagem
rotativa.

SONDAGEM À PERCUSSÃO
OBS: caso ocorra profundidade menor que a estimada para o
projeto deve-se deslocar o posicionamento dos furos no mínimo
duas vezes, em posições diametralmente opostas, a uma distância
de dois metros da sondagem inicial.
Amostrador e trado.

Martelo de aço
puxado por uma
corda até uma
altura de queda
igual a 75 cm.

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SONDAGEM À PERCUSSÃO
A referência de nível do
topo do furo de
sondagem deve ser bem
definida.
No boletim de sondagem
são indicadas as
profundidades das
diversas camadas do
subsolo, com os
respectivos N, e com a
classificação da
compacidade (areias) ou
consistência (argilas).
O nível do lençol de
água deve constar com
destaque.

UNIDADE 1
INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

SPT
• Estratigrafia e classificação
• Obtenção de parâmetros geotécnicos
principal aplicação → obtenção de Dr e φ de areias
sedimentares
→ referência para potencial de liquefação de areias
(fundamental para países com ocorrência de sismos)

• Aplicação direta ao projeto geotécnico (ex.: fundações) →


estimativa da capacidade de carga de estacas, de recalques de
fundações superficiais, etc., → a ser visto na parte correspondente
do curso

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UNIDADE 1
INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

As dificuldades relativas à obtenção de amostras indeformadas de areias


fizeram com que, desde o início do desenvolvimento da Mecânica dos
Solos, se procurasse obter propriedades das areias a partir de ensaios de
campo.
A densidade relativa (Dr), também chamada de compacidade relativa,
definida como e −e
Dr = max
emax − emin
é capaz de fornecer uma idéia da compacidade do solo, que se
encontra com um determinado índice de vazios, e, em relação ao
estado mais fofo possível das partículas que compõem aquele solo,
o qual corresponde a emax (maior valor possível do índice de vazios)
e o estado mais compacto, que corresponde a emin (menor valor
possível do índice de vazios).
Link ensaio para simples coleta de amostras deformadas
http://www.youtube.com/watch?v=Pg18VKVyiYA&feature=related

UNIDADE 1
INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

A densidade relativa foi correlacionada por Terzaghi (1947) com o


número N do SPT, ou NSPT.

Tabela 1 – NSPT versus Dr (Terzaghi, 1947).

NSPT Dr
0–4 muito fofa
4 – 10 fofa
10 – 30 medianamente compacta
30 – 50 compacta
> 50 muito compacta

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Tabela 3 - Compacidade e consistência de solos em função


de NSPT, NBR 6484/2001.

Solo NSPT Designação

≤4 Fofa (o)
5–8 Pouco compacta (o)
Areias e siltes
arenosos 9 – 18 Medianamente
(classificação quanto compacta (o)
à compacidade) 19 - 40 Compacta (o)
> 40 Muito compacta (o)
≤2 Muito mole
Argilas e siltes 3–5 Mole
argilosos (classificam-
6 – 10 Média (o)
se quanto à
consistência) 11 – 19 Rija (o)
> 19 Dura (o)

DADOS DAS SONDAGENS


Coesão dos solos argilosos
SPT Coesão (MPa) Compressão
Argila simples (MPa)
Muito mole 0–2 0 – 0,012 0 – 0,025

Mole 3–4 0,013 – 0,025 0,025 – 0,050

Média 5–8 0,026 – 0,050 0,050 – 0,100

Rija 9 – 15 0,051 – 0,100 0,100 – 0,200


Muito rija 16 – 30 0,105 – 0,200 0,200 – 0,400
Dura >30 0,200 0,400

Ângulo de atrito das areias (em graus)


SPT Fina Média e grossa
Areia Grão esférico Grão angular Grão esférico Grão angular
Fofa 0–4 26 28 29 35
Pouco compacta 5 – 10 28 30 31 35
Média 10 – 30 30 34 33 38

Compacta 31 – 50 33 36 38 40
Muito compacta >50 36 39 40 44

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Modelo relatório de sondagem - NBR 6484/2001.

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Tabela 4 – Pressões
básicas, fundações
superficiais, NBR
6122/1996.
Essa tabela não faz
mais parte da Norma,
que sofreu revisão em
2010.

SONDAGEM À PERCUSSÃO
Número de furos de sondagem:
1) no mínimo dois furos de sondagem;
2) um furo para cada 200 m2 de edificação em planta, até 1200 m2;
3) um furo para cada 400 m2 de edificação em planta, para áreas entre
1200 m2 e 2400 m2;
4) para áreas superiores à 2400 m2 deve ser realizado um plano
específico;
5) no mínimo dois furos para áreas menores que 200 m2;
6) no mínimo três furos para áreas entre 200 m2 e 400 m2;

Distância entre furos de sondagem:


1) no máximo 100 m;
2) normalmente entre 15 m a 20 m, e no máximo 25 m, mas deve-se
dar prioridade às posições relevantes na obra, tais como, pontos de
maior carga, escadas, elevadores, reservatórios, etc., principalmente
se já for conhecido o projeto arquitetônico da edificação;
3) os furos de sondagem não devem estar alinhados;
4) realizar furos próximos aos extremos da área.

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SONDAGEM À PERCUSSÃO
Distribuição dos furos de sondagem

30 m 30 m 30 m
20 m

10 m 10 m 20 m 20 m

40 m 40 m

20 m 20 m

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UNIDADE 1
INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

Correções de medidas de N SPT


A eficiência do sistema é função das perdas por atrito e da
própria dinâmica de transmissão de energia do conjunto. No
Brasil é comum o uso de sistemas manuais para a liberação de
queda do martelo que aplica uma energia da ordem de 70% da
energia teórica. Em comparação, nos E.U.A. e Europa o sistema é
mecanizado e a energia liberada é de aproximadamente 60%.
Atualmente, a prática internacional sugere normalizar o número
de golpes com base no padrão americano de N 60 ; assim,
previamente ao uso de uma correlação formulada nos E.U.A.
deve-se majorar o valor medido de N SPT obtido em uma
sondagem brasileira em 10 a 20% (Velloso e Lopes, 1996).

Tabela – Energia medida (por país) e fator de correção (adaptado por Decourt 1989)

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Principais fatores que afetam o valor de N (Navfac, 1971)

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

SPT: Caracterização do Impenetrável

• Impenetrável não é necessariamente rocha,


bloco ou matacão.
• É um obstáculo intransponível ao sistema
empregado, com a energia e a capacidade
correspondente.
• Em alguns casos, é necessária a
CARACTERIZAÇÃO DO IMPENETRÁVEL.

Em alguns tipos de obra, as sondagens mistas são


planejadas a priori. Ex.: barragens, túneis, etc. A
caracterização da rocha, nestes casos, é fundamental
para o projeto geotécnico.

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UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

SPT: Caracterização do Impenetrável

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

SPT: Sondagens Rotativas ou mistas

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UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

SPT: Sondagens Rotativas ou mistas


Testemunhos, sondagens rotativas

UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

Testemunhos, sondagens rotativas

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UNIDADE 1 - INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS

SONDAGENS SPT
COM BASE NAS NOTAS DE AULA, NA
NBR 6484/2001 E LIVRO*, FAZER OS
EXERCÍCIOS PROPOSTOS

* SCHNAID, F. Ensaios de Campo e suas aplicações à Engenharia de Fundações. São Paulo:


Oficina de Textos, 2000.

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