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Faculdade de Engenharia

Dep. de Construção Civil e Transportes

Estradas e Transportes II

▪ Aula 4- Projeto geotécnico


▪ Prof. Ms. Marina Bedeschi
Estudos Geotécnicos

É a parte do projeto que analisa o comportamento


dos elementos do solo no que se refere diretamente
à obra.
Os estudos geotécnicos,
de um modo geral podem
ser assim divididos:
Etapas do Estudo Geotécnico

Os estudos geotécnicos devem ser elaborados conforme as seguintes etapas:


A. levantamento dos materiais de subleito para fins de dimensionamento
do pavimento e orientação das etapas iniciais da construção;
B. levantamento das jazidas próximas para fins de utilização dos solos na
construção de camadas do pavimento, quando o projeto prevê camadas
com estabilização de solos;
C. sondagens para fundações de obras de arte, obras de terra ou de
arrimo, inclusive para adaptação, melhoramentos ou reforços de obras
existentes.
Etapa A

1. Sondagens para reconhecimento de solos para identificar as diversas


camadas de solos encontrados no subleito, executadas, em geral, até a
profundidade de 3,0 m;
2. Sondagens para determinação da profundidade crítica do lençol freático;
3. Seleção e coleta de amostras representativas dos vários tipos de solos,
para o exame de suas qualidades por meio de ensaios de laboratórios;
4. Elaboração do perfil de solos.
Sondagens para reconhecimento de solos

O subleito da pavimentação pode ser constituído tanto por


solo natural do local, como é o caso de trechos em corte,
como por solo importado, caso de trechos em aterro ou de
corte com necessidade de reforço ou troca do subleito.
Sondagens para reconhecimento de solos

A espessura final do pavimento, assim como os tipos de


materiais a serem empregados são função das condições do
subleito.
Quanto pior forem as condições do subleito, maior será a
espessura do pavimento, podendo muitas vezes, ser
requerida a substituição parcial do mesmo, com troca por
outro de melhores condições.
Sondagens para reconhecimento de solos

O objetivo final de qualquer tipo de sondagem de


reconhecimento é obter o perfil geológico dos solos através
de interpelações entre os dados obtidos em cada perfuração.
É importante a DISTRIBUIÇÃO DOS FUROS, em face dos
objetivos visados pela sondagem, além da ESCOLHA
CORRETA DO TIPO DE PERFURAÇÃO adequada à obtenção
dos dados.
Sondagens para reconhecimento de solos

As sondagens para estudo do subsolo, visando à


pavimentação do trecho, podem desenvolver-se;
▪ a partir do leito de uma estrada de terra, aprofundando
os furos geralmente até 3 m;
▪ a partir do perfil do terreno, aprofundando os furos até
3 m abaixo do futuro greide da via, para se determinar
as características do material de subleito.
Sondagens para reconhecimento de solos

O estudo do Subleito deverá ser dividido em duas etapas:


Estudo Preliminar: com espaçamento de no mínimo de 1
furo em cada formação geológica/pontos mais altos ou mais
ou menos a cada 1.000m com 1,5 m abaixo do greide.
Estudo Definitivo: com espaçamentos de no máximo 100m,
e nos intervalos, quando houver variação de material.
Devendo se alternar os furos entre os bordos e o eixo.
Sondagens para reconhecimento de solos

O ideal é que os furos sejam espaçados de 40 em 40 m — 25


furos a cada quilômetro
Sondagens para reconhecimento de solos

Os furos são executados até a profundidade de 3 m abaixo


da futura interface entre o pavimento e o subleito, para:
▪ até 1 m: para determinação da massa específica
aparente existente e coleta de amostra para os diversos
ensaios;
▪ até 1,50 m: para verificação da profundidade do lençol
freático;
▪ até 3 m: para confirmação do tipo de material e
localização de eventuais alterações.
Sondagens para reconhecimento de solos

A sondagem pode ser do tipo expedita e feita, via de regra,


com trado manual.
Até a profundidade do futuro greide, a sondagem serve para
a classificação dos materiais a serem escavados.
Inspeção Expedita de campo

Classificação Expedita:
Se baseia no tato e na visão, por isso, para sua realização, é
necessário um técnico experiente e bem treinado, que tenha
prática nesse procedimento. É desejável que tenha, também,
um bom conhecimento do solo da região analisada
➢ táctil-visual
➢ qualitativa
Inspeção Expedita de campo

Essa técnica se baseia em alguns testes de classificação:


▫ Textura: esfrega-se o solo na mão para sentir sua aspereza.
Areias são mais ásperas que as argilas;
▫ Plasticidade: tenta-se moldar pequenos cilindros de solo
úmido. Argilas são moldáveis e silte e areias não;
▫ Resistência do solo seco: Torrões de argilas são resistente, de
silte pouco resistente e areias nem formam torrões;
▫ Dispersão em água: Argilas sedimentam mais lentamente que
silte e bem mais que areias quando dispersas em água.
Resistência à seco

Teste de resistência do solo seco


Toma-se uma porção de solo, e umedece-se e forma-se uma bola.
Seca-se completamente ao sol ou na estufa a uma temperatura não
superior a 60º C, e determina-se sua resistência, esmagando-a e
reduzindo-a a pó entre os dedos. Pode apresentar grande, media ou
nenhuma resistência.
Isso indica respectivamente uma grande coesão, dos solos argilosos,
pouca coesão para os solos siltosos e nenhuma coesão para os
solos arenosos.
Inspeção Expedita de campo

Classificação Expedita:
▪ Cor: varia com a umidade e composição química
▫ solos residuais de basalto → marrom avermelhado
▫ solo laterítico de basalto → vermelho
▫ depósitos orgânicos → pretos
▫ material com mica → branco ou amarelado
Sondagens para reconhecimento de solos

Trado Manual.
O trado manual é uma ferramenta que permite, por torção,
o corte e a penetração no solo, colhendo o material
escavado. Geralmente tem 4" de diâmetro e duas meias-
canas terminadas em lâminas cortantes. O material retirado
em cada operação é despejado em uma lona onde se
processa a mistura e o quarteamento para a separação de
uma amostra, a qual é ensacada e devidamente identificada.
Sondagens para reconhecimento de solos

Trado Manual.
Sondagens para reconhecimento de solos

Trado Manual.
No caso de uma sondagem desse tipo, os furos são
aprofundados até cerca de 1,5 a 3 m abaixo do futuro nível
do subleito, obtendo-se as seguintes indicações:
▪ tipos de solos, profundidade e espessura das camadas;
▪ grau de compactação das camadas superficiais;
▪ nível do lençol freático, se for encontrado;
▪ localização do furo.
Coleta de amostras/ensaios

Estas amostras visam fornecer material para a realização dos


ensaios geotécnicos e posterior traçado dos perfis de solos.
São definidos a partir dos elementos fornecidos pela
inspeção expedia do campo.
Coleta de amostras/ensaios

A medida que forem sendo executadas as sondagens e procedida a 𝐼𝑃 = 𝐿𝐿 − 𝐿𝑃


inspeção expedita no campo, são coletadas amostras para a realização
dos seguintes ensaios de laboratório:
- Granulometria por peneiramento com lavagem do material na
peneira de 2,0 mm (nº 10) e de 0,075 mm (nº 200);
- Limite de Liquidez;
- Limite de Plasticidade;
- Compactação;
Limite de Liquidez
- Índice Suporte Califórnia (ISC ou CBR);

Limite de Plasticidade
Traçado do perfil longitudinal

De posse dos resultados dos ensaios feitos em cada


camada ou horizonte de cada furo, traça-se o perfil
longitudinal de solos constituintes do subleito estudado.
Traçado do perfil longitudinal
Traçado do perfil longitudinal

Para a melhor identificação


dos materiais das camadas,
é conveniente adotar a
mesma convenção gráfica
para um determinado
material.
Traçado do perfil longitudinal
Etapa B

Essa etapa consiste essencialmente na pesquisa de


jazidas ou ocorrências.
Diferença entre Jazidas e Ocorrências, o primeiro se refere a todo
depósito natural de material capaz de fornecer matéria prima para as
diversas obras da engenharia, já o segundo é um termo empregado
quando a matéria prima ainda não esta sendo explorada.
Etapa B

A pesquisa de jazidas de solos de boa qualidade é


dividida em duas etapas principais:
1. Prospecção preliminar
2. Prospecção definitiva
Prospecção preliminar

Essa pesquisa segue, em geral, os seguintes passos:


▪ Procura e análise de mapas geológicos da região atravessada pela
estrada;
▪ Informações locais sobre a ocorrência de quaisquer materiais que
apresentem qualidades aproveitáveis na execução do pavimento,
bem como em quantidades adequadas a obra.
Prospecção preliminar

Mapa geológico esquemático do Estado de São Paulo


Prospecção preliminar

▪ Prospecção preliminar das jazidas, com avaliação, a grosso modo,


do volume e coleta de amostras representativas através das
etapas:
▪ A inspeção expedita no campo
▪ Sondagem
▪ Ensaios de laboratório
▪ Análise dos elementos obtidos no item anterior e definição das
jazidas que merecem estudo completo;
Prospecção preliminar

▪ Faz se estudos preliminares de custo da escavação do material e,


principalmente, do transporte, comparando-se, quando for o
caso, os transportes resultantes de diversas jazidas de qualidade
equivalente.
Prospecção preliminar
Prospecção preliminar

Costuma se utilizar sondagens de percussão.


Prospecção Definitiva

A prospecção efetiva deve ser


procedida de uma prospecção
preliminar, pois, em alguns casos, fica
inviável a exploração da jazida.
Prospecção Definitiva
Prospecção Definitiva

Confirmada a viabilidade de exploração, calcula-se o volume de


material ou materiais da jazida multiplicando a área correspondente a
cada malha pela média das alturas ou espessuras do material nos furos
de cada vértice- Processo chamado de Cubagem
Cubagem

Exemplificação:
Cubagem

As quantidades mínimas de materiais de ocorrência a serem


reconhecidas, para cada quilômetro de pavimento de estrada, são
aproximadamente as seguintes:
▪ Regularização e reforço do subleito .............. 2 500m³
▪ Sub-base ............................................................ 2 000m³
▪ Base ................................................................... 2 000m³
▪ Areia .................................................................. 300m³
▪ Revestimento (Pedreiras) ............................... 500m³
Etapa C

Etapa de sondagens para fundações de obras de arte, obras de terra.


As sondagens, neste caso, assemelham-se às sondagens para fundação
de edifícios e normalmente se utiliza a sondagem de percussão. A
presença de rocha exige a utilização de sondagens rotativas.
Ensaios e Propriedades

• Granulometria
• Consiste na distribuição em peso das diversas dimensões das
partículas constituintes do solo (peso dos grãos retidos em cada
peneira)
• Análise Granulométrica
• Peneiramento – fração grossa (∅ > # nº 200)
• Sedimentação – fração fina
Ensaios e Propriedades

• Granulometria
• Curvas granulométricas

10
0

% que passa
III
II I

Dimensão das partículas


Ensaios e Propriedades

• Granulometria
Importância na:
• Classificação
• Drenagem
• Comportamento (estabilidade, resistência)
• Determinação faixas granulométricas (especificação)
Ensaios e Propriedades

• Compactação
• Operação mecânica cujo objetivo principal é aumentar a densidade
(massa específica aparente) pela aplicação de pressão, impacto ou
vibração e assim reduzir o volume de vazios (Vv).
• Mecanismo
➢ Aumentar aproximação das partículas→ diminuir Vv
➢ Aumentar densidade → melhorar propriedades mecânicas
(resistência)
➢ Reduzir suscetibilidade à umidade → aumentar a estabilidade
Ensaios e Propriedades

• Compactação
• Estabilidade - permanência de um certo nível de resistência
independente das variações climáticas, de tal modo que a
estrutura não sofra danos ou rupturas significativas.
Ensaios e Propriedades

• Compactação
• Estudos de Proctor
Ensaio realizado para definir as relações entre a massa específica
aparente seca do material compactado e sua umidade de
compactação.
Ensaios e Propriedades

• Compactação
• Estudos de Proctor
O ensaio de compactação pode ser realizado em diferentes energias:
Proctor Normal (12 golpes), Intermediário (26 golpes) ou Modificado
(55 golpes).
Para a energia especificada molda-se normalmente cinco corpos de
prova, em diferentes teores de umidade, e determina-se a densidade
após compactação de cada corpo de prova.
Ensaios e Propriedades

• Compactação
• Estudos de Proctor
Ao atingir o maior peso específico aparente seco para um dado esforço
de compactação, obtém-se um arranjo das partículas de tal sorte que o
material resultará em uma menor quantidade de vazios, com maior
coesão ou atrito e, consequentemente, uma maior resistência.
Ensaios e Propriedades

• Compactação
• Fatores Predominantes:
• Teor de umidade
• Tipo de solo
• Energia de Compactação
Ensaios e Propriedades

• Resistência
• CBR (California Bearing Rate) → ISC (NBR 9895/16)
Por definição, CBR expressa a relação entre a resistência à penetração
de um cilindro padronizado numa amostra do solo compactado e a
resistência do mesmo cilindro sobre uma pedra britada padronizada. O
ensaio permite, também, obter-se um índice de expansão do solo
durante o período de saturação por imersão do corpo-de-prova (96
horas).
Ensaio CBR

• Resistência
• CBR (California Bearing Rate) → ISC (Índice de Suporte
California)
Etapas:
▫ Compactação (Ensaio de Proctor)
▫ Expansão (Imersão por 4 dias e posterior leitura de expansão)
▫ Ensaio de Penetração (Prensa / pistão metálico – 0,05
pol/min)
Ensaio CBR

▫ Compactação (Ensaio de Proctor)


São compactados com cinco teores de umidade uma amostra, segundo
o método Proctor.

O disco espaçador tem a função de


deixar espaço para a colocação da
sobrecarga utilizada,
posteriormente, na expansão
Ensaio CBR

▫ Compactação (Ensaio de Proctor)


O solo é compactado em cinco camadas, com o soquete grande, sendo
que o número de golpes depende da energia de compactação (normal
– 12, intermediária – 26 e modificada – 55 golpes)
É importante que sempre antes de lançar nova camada se faça a
escarificação da camada compactada, de maneira a promover a
aderência entre as mesmas.
Ensaio CBR

▫ Compactação (Ensaio de Proctor)


Determinando-se o teor de umidade é possível obter-se a curva de
compactação (γs x h)
a) Compactação
b) Pesagem
c) Curvas típicas de compactação
Ensaio CBR

▫ Expansão (Imersão por 4 dias e posterior leitura de


expansão)
Após a compactação: sobre o corpo de prova dentro do molde
cilíndrico, no espaço deixado pelo disco espaçador, é colocado o prato
com haste perfurado e sobre este o disco anelar de aço que é dividido
em duas partes com aproximadamente 2270 g (1lbs)

a) Disco anelar de carga


b) Montagem e esquema para determinação da expansão
Ensaio CBR

▫ Expansão (Imersão por 4 dias e posterior leitura de


expansão)
Sobre a haste do prato perfurado, é apoiada a haste do relógio
comparador fixado no porta-extensômetro, anotando-se a leitura
inicial.
Ensaio CBR

▫ Expansão (Imersão por 4 dias e posterior leitura de


expansão)
Coloca-se o corpo de prova imerso por 4 dias, medindo-se a
expansão, que é definida como a relação entre o aumento de
altura do corpo de prova (expansão) e a sua altura inicial,
expresso em porcentagem.
Ensaio CBR

▫ Ensaio de Penetração (Prensa/pistão metálico– 0,05 pol/min)


Retira-se o corpo de prova da embebição e sobre ele o prato
perfurado com a sobrecarga e deixa escorrer (drenar) por 15 minutos.
Após, recoloca-se a sobrecarga e leva-se o corpo de prova à prensa
para ser rompido através da penetração do pistão a uma velocidade
de 1,27 mm/min
Ensaio CBR

▫ Ensaio de Penetração (Prensa/pistão metálico –


velocidade 0,05 pol/min ou 0,127cm/min)
São anotadas as leituras para as penetrações de 0,63; 1,27;
1,90; 2,54; 3,17; 3,81; 4,44; 5,08; 6,35; 7,62; 8,89; 10,16;
11,43 e 12,70 mm, sendo que esta última leitura
corresponde ao tempo de 10 minutos.
Ensaio CBR

Correção da curva
A partir do ponto de inflexão
traçar uma tangente que
determinará o valor de c, dessa
forma as leituras P1 e P2,
correspondentes respectivamente à
penetração de 2,54 mm e 5,08 mm
deverão ser deslocadas de c,
obtendo-se os valores P1’ e P2’, que
são os valores da pressões
corrigidas.
Ensaio CBR

Para o cálculo do valor do índice de suporte Califórnia é adotado o


maior dos valores obtidos para as pressões lidas (se a curva não
apresenta inflexão) ou corrigidas nas penetrações de 2,54 mm e de
5,08 mm.
Ensaio CBR

Os valores correspondentes à pressão padrão para as penetrações


de 2,54 e de 5,08 estão na tabela e se referem a uma amostra de
brita graduada de alta qualidade que foi adotado com padrão de
referência e representa CBR=100%
Apresentação dos resultados- Ensaio CBR
Os resultados
devem ser
apresentados
na forma de
curvas onde o
CBR, a
expansão e o
peso específico
estejam em
função da
umidade ótima
Ensaios e Propriedades

• Exigência em relação ao CBR para as camadas


o CBR = 100% (Valor de referência)
o CBR ≥ 80 (base)
o CBR ≥ 20 (sub-base)
o CBR ≥ 10 (reforço)
o CBR ≥ 5 (subleito)
Classificação dos solos para
pavimentação
Classificação dos solos

Podemos fazer as seguintes classificação, na inspeção


expedita:
1ªcategoria. Terra em geral, piçarra ou argila, rocha em
adiantado estado de decomposição, seixos rolados ou não,
com diâmetro máximo inferior a 15 cm.
Classificação dos solos

2ª categoria. Rocha com resistência à penetração mecânica


inferior à do granito, por exemplo, blocos de pedra com
volume inferior a 1m³, matacões de pedras de diâmetro
médio superior a 15 cm
Classificação dos solos

3ª categoria. Rocha com resistência à penetração igual ou


superior ao granito e blocos de rocha de igual ou com mais
de 1 m³
Classificação dos solos

Podemos relacionar a categoria do solo a dificuldade de


escava-lo

Categoria Material Processo


1° Solo Escavação simples
2° Solo resistente Escarificação
3° Rocha Desmonte com
explosivos
Classificação dos solos

• Classificação de solos HRB/AASHTO


É o tipo de classificação mais conhecido e empregado em
estradas, em todo o mundo, sendo grande número de
processos de dimensionamento baseado nesse método de
classificação.
Os solos foram divididos em 7 grupos, 8 se considerarmos os
solos orgânicos, como o 8 grupo.
Materiais granulares Materiais siltosos e argilosos
(35% ou menos passante na #200) (mais de 35% passante na #200)

• Classificação de solos HRB/AASHTO


Classificação dos solos HRB/AASHTO

▪ Solos Granulares (passante 200 ≤ 35%)


• A -1 – Pedregulho
• A -3 – Areia fina
• A -2 – Areia siltosa/ argilosa
• Solos Coesivos (passante 200 > 35%)
• A-4 e A-5 – Solos siltosos
• A-6 e A-7 – Solos argilosos
Classificação dos solos HRB/AASHTO

• Critérios:

Análise
Granulométrica

Limites de
Consistência
Classificação dos solos HRB/AASHTO

Critério de Granulometria
▪ Pedregulho: passa na malha de 75 mm e fica retido na
#10 (2mm);
▪ Areia: passa na #10 (2mm) e fica retido na #200
(0,075mm);
▪ Silte e Argila: passa na #200 (0,075mm);
Classificação dos solos HRB/AASHTO

Critério de Consistência
▪ Siltoso: quando o IP ≤ 10
▪ Argiloso: quando o IP ≥ 11
Classificação dos solos HRB/AASHTO

Classificação de solos HRB/AASHTO


• Índice de Grupo: Empregado no sistema da H.R.B.,
corresponde a um número inteiro que varia de 0 (solo
ótimo quanto a capacidade de suporte) a 20 (solo
péssimo quanto a capacidade de suporte).
• É calculado através de dois ábacos ou expressões, que
relacionam o LL e IP com a porcentagem passante na peneira
200
• Classificação de solos HRB/AASHTO
Classificação dos solos

Classificação de solos HRB/AASHTO


• Índice de Grupo
Pode ser definido através dos ábacos ou da
expressão a seguir:
50
Classificação dos solos

2,3
• Índice de Grupo
Aplicando os ábacos:
Exemplo: Dados: LL=58%, IP=17%,
p=50%
Tirado do ábaco 1:
IG1=2,3 4,5
Tirado do ábaco 2:
IG2=4,5
IG= 2,3+4,5=6,8→ IG=7
Sempre arredonda para o maior valor*
50
Classificação dos solos HRB/AASHTO

• Índice de Grupo
Aplicando a expressão deve se considerar:
p=porcentagem passante na peneira 200
a= p-35, se 35≤p≤75, caso:
▫ p>75%, adota se p=75
▫ p< 35% adota se p=35 (a varia de 0 a 40)
b= p-15, se 15≤p ≤55, caso:
▫ p> 55%, adota se p=55
▫ p<15% adota se p=15 (b varia de 0 a 40)
Classificação dos solos HRB/AASHTO

• Índice de Grupo
Aplicando a expressão deve se considerar:
c=LL-40, se 40≤LL≤60, caso:
▫ LL>60%, adota se LL=60
▫ LL<40%, adota se LL=40 (c varia de 0 a 20)
d=IP-10, se 10 ≤ IP≤30, caso:
▫ IP>30, adota se IP=30
▫ IP<10, adota se IP=10 (d varia de 0 a 20)
Classificação dos solos HRB/AASHTO

• Índice de Grupo
Exemplo: Um solo que, nos ensaios de caracterização,
apresentou os seguintes resultados:
LL=67%; IP=36%; p=85%
a=p-35= 75-35=40 (como p>75%, adotou se p=75)
b= p-15= 55-15= 40 (como p>55%, adotou se p=55)
c= LL-40= 60-40=20 (como LL>60, adotou se LL=60)
d= IP-10= 30-10=20 (como IP>30, adotou se IP=30)
Classificação dos solos HRB/AASHTO

• Índice de Grupo
Exemplo: Um solo que, nos ensaios de caracterização,
apresentou os seguintes resultados:
Substituindo na expressão temos:
IG=0,2*40+0,005*40*20+0,01*40*20= 20
IG=20
Classificação dos solos HRB/AASHTO

Comportamento geral como subleito


Classificação dos solos

Classificação de solos HRB


Solos A-1. São constituídos de material graúdo, como pedra e
pedregulho e areia, média e fina, com graduação bem distribuída.
Têm ainda um ligante de baixa plasticidade.
No caso do solo A-1-a, predominam os materiais graúdos, pedra e
pedregulho, com ligante. Não apresentam areia fina.
No caso de solo A-1-b, predomina a areia média, bem graduada.
Pode apresentar ou não ligante (silte ou argila)
Classificação dos solos

Solos A-2. Sem dúvida, uma das mais importantes faixas de solos, quer pelo comportamento
como subleito, quer pela possibilidade de estabilização com ligantes, principalmente cimento.
Contém grande variedade de solos granulares misturados com solos finos. Além da condição de
terem menos de 36% passando na peneira nº200, seu comportamento está, também,
condicionado à porcentagem que passa na peneira nº40.
Os solos A-2-4 e A-2-5 contêm uma parte pequena que passa na peneira nº40 com as mesmas
características dos solos A-4 e A-5. Contém, ainda, alguma quantidade de pedregulho e silte. O silte tem
índice de Plasticidade maior que o IP dos solos A-1 e pode estar misturado com areia fina, sendo que o
silte, neste caso, é um silte não plástico, com porcentagem acima daquela encontrada nos solos A-3 . Os
solos A-2-6 e A-2-7 têm as mesmas características dos solos A-2-4 e A-2-5 no que tange à porcentagem
que passa na peneira nº200. Quanto à porcentagem que passa na peneira n° 40, contém argila plástica,
que dá a esses solos características que se assemelham às dos solos do grupo A-6, no caso dos solos A-2-6,
às dos solos do grupo A-7, no caso dos solos A-2-7.
Classificação dos solos

Solos A-3 Sua posição na tabela indica que, no caso de poder


também ser classificado como A-2-4, prevalece a
classificação A-3, por ser encontrar à esquerda, na tabela.
São constituídos de areia fina de deserto ou praia, sem
ligante (argila ou silte), ou em pequena quantidade, sem
plasticidade.
Classificação dos solos

Solos A-4 0 material característico é um silte não plástico ou


moderadamente plástico, geralmente com cerca de 75%,
passando na peneira nº200. Podem também conter uma
mistura de silte, areia e pedregulho.
Solos A-5. São semelhantes aos solos A-4. Pela presença de
mica ou equivalentes, têm elevado Limite de Liquidez e baixo
índice de Plasticidade.
Classificação dos solos

Solos A-6 São solos caracteristicamente argilosos, com 75%


ou mais passando na peneira nº200. Podem conter misturas
de solos argilosos, areia e pedregulho. As variações de
volume, no estado seco e úmido, representam alto grau de
instabilidade, que dá condições para que sejam considerados
solos fracos quanto ao comportamento como subleito.
Classificação dos solos

Solos A-7. Em termos de estabilidade, são os solos mais sujeitos a variações de


volume. Têm características semelhantes ás dos solos do grupo A-6, porém com
elevado Limite de Liquidez, como os solos A-5.
Os subgrupos A-7-5 e A-7-6 diferem quanto ao índice de Plasticidade:
▪ os solos do subgrupo A-7-5 têm moderado índice de Plasticidade, em relação ao
Limite de Liquidez, ou seja, deve satisfazer a seguinte condição:
▫ LL-30 > IP
Ambos, porém, apresentam grandes variações de volume quando sujeitos a variações
de unidade, o que, em muitas casos, obriga à substituição desses solos do subleito
para garantia de estabilidade.
Classificação dos solos

Classificação de solos HRB com alterações feitas pela BPR


Bureal of Public Roads
(Escritório de estradas
Públicas)
Obrigada!

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