Você está na página 1de 16

MECÂNICA DOS SOLOS

EXPLORAÇÃO DO SUBSOLO
Métodos diretos de investigação do subsolo
Os principais métodos empregados para a exploração do subsolo
podem ser classificados nos seguintes grupos:

a) Com retirada de amostra (deformadas e indeformadas):

amostras deformadas → se destinam apenas à identificação e classificação do solo;


amostras indeformadas → aquelas que há conservação da textura, estrutura e umidade.

b) Ensaios in loco

2
Métodos diretos de investigação do subsolo
Os principais métodos empregados para a exploração do subsolo
podem ser classificados nos seguintes grupos:

a) Com retirada de amostra (deformadas e indeformadas):

a.1) Abertura de poços de exploração;

a.2) Execução de sondagens.

Com relação à profundidade, locação e número


de sondagens, não é possível definir regras
gerais, devendo-se, em cada caso, atender à
natureza do terreno e da obra. 3
Métodos diretos de investigação do subsolo
Os principais métodos empregados para a exploração do subsolo
podem ser classificados nos seguintes grupos:

b) Ensaios in loco:

b.1) Auscultação;
b.2) Ensaios de bombeamento e de “tubo aberto”;
b.3) Ensaio de palheta;
b.4) Medida de pressão neutra;
b.5) Prova de carga;
b.6) Medida de recalque;
b.7) Ensaios geofísicos.

4
a.1) Abertura de poços de exploração

Técnica que melhor satisfaz aos fins de


prospecção, pois não só permite uma
observação in loco das diferentes camadas
como, também, a extração de boas amostras.

Seu emprego está limitado ao custo, o qual o


torna, às vezes, economicamente proibitivo,
exigindo onerosos trabalhos de proteção a
desmoronamentos e esgotamento d’água,
quando a prospecção precisa descer abaixo do
nível d’água.
Poço de exploração, escorado por cortinas que transmitem os empuxos do terreno
a quadros horizontais.

5
Cap 14 – Exploração do subsolo

a.2) Execução de sondagens


Técnica mais comumente empregada, consiste, na abertura de um furo
no solo, furo este normalmente revestido por tubos metálicos.
A perfuração é feita por meio de ferramentas ou máquinas que vão
provocando a degradação parcial, ou total, do terreno, permitindo, desse
modo, a extração de amostras representativas das diferentes camadas
atravessadas.

Tipos de sondagem:
Os tipos de sondagens distinguem-se pela retirada da amostra:
- Sondagens com retirada de amostras deformadas → Sondagens de reconhecimento;
- Sondagens com retirada de amostras indeformadas.

6
Sondagens de reconhecimento

Iniciam-se com a execução de um furo feito por um trado-cavadeira (Fig. 1),


até que o material comece a desmoronar e, daí por diante elas progridem já
com o furo revestido, seja por meio do trado-espiral (Fig. 2), da bomba de
areia (Fig. 3) ou do chamado método de percussão com circulação de água,
utilizando-se para isso o tipo de sonda indicado na Figura 4.

Fig. 1 - Trado-cavadeira Fig. 2 - Trado-espiral Fig. 3 - Bomba de areia 7


Fig. 4 - Método de percussão com circulação de água. 8
Sondagens com retirada de amostras indeformadas

São executadas do mesmo modo que as sondagens de reconhecimento.

Toda diferença reside no maior cuidado com que devem ser feitas e nos tipos de
amostradores empregados.

Tipos de amostradores:
• Amostradores para solos coesivos
• Amostradores para solos não-coesivos

Amostragem de rochas
Havendo necessidade de reconhecer o material em profundidade, a obtenção de amostras
é feita por meio de sondas rotativas, empregando-se geralmente, brocas de diamante.
Os diâmetros das amostras, em geral variam de 2 a 10 cm.

9
Apresentação dos resultados de um serviço de sondagem

Os resultados de um serviço de sondagem são sempre acompanhados


de relatório, dando as seguintes indicações:

• Planta de situação dos furos;

• Perfil de cada sondagem com as cotas de onde foram retiradas as amostras;

• Classificação das diversas camadas e os ensaios que as permitiram classificar;

• Níveis do terreno e dos diversos lençóis d’água, com a indicação das respectivas
pressões;

• Resistência a penetração do barrilete amostrador, indicando as condições em que a


mesma foi tomada.

10
b.1) Ensaio de auscultação

Também conhecido como ensaio de penetração, consiste em cravar uma haste


no solo e registrar a resistência dinâmica ou estática oferecida à sua penetração.

b.2) Ensaio de bombeamento e de “tubo aberto”

Permitem a determinação da permeabilidade do solo sem retirada de amostras.

11
b.3) Ensaio de palheta

Método utilizado para obter a resistência ao cisalhamento in loco.

Utiliza-se uma palheta de seção cruciforme, a qual é cravada no terreno e


submetida ao torque necessário para cisalhar o solo por rotação.

12
b.4) Medida de pressão neutra
É realizada cravando-se um tubo, com extremidade inferior porosa, até a cota
onde se deseja fazer a medida; a altura que a água atinge no tubo dá o valor
da pressão procurada.

b.5) Prova de carga


As características de compressibilidade de um solo podem também ser
obtidas através de provas de cargas diretas sobre o terreno.
Esses ensaios consistem em carregar progressivamente o terreno, utilizando-
se placas metálicas de dimensões determinadas, e medir os recalques
sucessivos. Os resultados obtidos são traduzidos em um gráfico pressão-
recalque. K = p / y [kg/cm²/cm]
Por intermédio de provas de carga determina-se o coef. de recalque k de um
solo, que é a razão entre a pressão p e o recalque y produzido:

13
b.6) Medida de recalque

A determinação dos recalques de uma obra constitui um elemento de grande


importância para o seu controle, seja na fase da execução ou para um
eventual reforço.

Como se exige que tais medidas sejam rigorosas, é indispensável que,


preliminarmente, se adote um marco de referencia.

Para a medida dos recalques de fundações usa-se um nível ótico de precisão


ou, então, o “nível de vasos comunicantes introduzidos por Terzaghi”.

14
SAIBA MAIS

 Vídeo: Teste de sondagem de solo com coleta de amostra. Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=1FhkN4VINkQ> Acesso em: 02/05/2017
 Vídeo: Laudo de sondagem: Como interpretar?. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=tpZJyqVL2oA> Acesso em: 02/05/2017
 CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações. 6.ª Rio de Janeiro: LCT,
1988.
 PINTO, Carlos de Sousa. Curso básico de mecânica dos solos. 3. ed. São Paulo: Oficina
de Textos, 2006.
 VARGAS, Milton. Introdução à Mecânica dos solos. São Paulo: McGraw-Hill, 1977.
Obrigado!

Você também pode gostar