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UNIVERSIDADE FUMEC

FACULDADE DE ENGENHARIA E
ARQUITETURA

MECÂNICA DOS SOLOS E


GEOLOGIA I
NCT112

SONDAGENS DE SIMPLES
RECONHECIMENTO À PERCUSSÃO
SONDAGENS ROTATIVAS E MISTAS

PROF. JOSÉ ERNANI DA SILVA SILVEIRA

OUTUBRO DE 2004
ÍNDICE pg

1 – Introdução 03
2 – Sondagens de simples reconhecimento à percussão 03
2.1 – Equipamentos 03
2.2 – Execução da sondagem – Procedimentos 07
2.3 – Apresentação dos resultados 13
2.4 – Paralisação das sondagens 15
2.5 – Número de furos 16
2.6 – Locação dos furos 17
3 – Sondagens Rotativas e mistas 17
3.1 – Equipamentos 17
3.2 – Execução da sondagem – Procedimentos 22
3.3 – Apresentação dos resultados 24
3.4 – Sondagens mistas 25
4 – Bibliografia 27

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SONDAGENS DE SIMPLES RECONHECIMENTO À PERCUSSÃO
1 - Introdução

A elaboração de projetos geotécnicos em geral e, de fundações em particular, exige,


como um requisito básico e imprescindível , um adequado conhecimento do subsolo no
local da obra.

Assim, a identificação e classificação das diversas camadas que o compõe, bem como, a
avaliação de suas propriedades de engenharia, constituem elementos sem os quais
nenhum projeto poderá ser elaborado de uma forma adequada.

Este conhecimento básico do subsolo exige investigações que podem ser de diversos
tipos, sendo, de longe, as mais empregadas aquelas denominadas sondagens de simples
reconhecimento à percussão e, sondagens mistas.

2 - Sondagens de simples reconhecimento à percussão

É um procedimento entre nós normalizado pela ABNT, através da NBR6484 (a ultima


revisão é de fevereiro de 2001) e que consiste na perfuração do terreno, objetivando a
obtenção de amostras representativas dos diversos solos ocorrentes, ao mesmo tempo em
que, por meio de um ensaio empírico, o SPT, abreviação de "STANDARD
PENETRATION TEST", avalia as resistências dos solos perfurados. Mais
modernamente, a partir de sugestões feitas por Ranzini (1988), de se medir também o
torque requerido à rotação do amostrador, após o ensaio SPT, tem sido utilizado o ensaio,
denominado ensaio SPTT, com diversas vantagens conforme demonstrado por Décourt e
Quaresma Filho (1991, 1994), Décourt (1991a, 1991b,1992, 1995) e Alonso (1994).

2.1- Equipamento

O equipamento para execução de uma sondagem de simples reconhecimento à percussão


é a seguir descrito, em seus componentes básicos:

2.1.1 - Tripé constituído por tubos de aço e, dispondo de sarilho, roldana e corda de sisal,
para movimentação das diversas ferramentas e tubos utilizados na perfuração,
amostragem e, ensaio SPT ou SPTT.

2.1.2 - Tubos de revestimento de aço, com Dext=76,1±5 mm e Dint=68,8±5 mm, com


comprimentos de 1 e/ou 2m conectáveis entre si por meio de luvas rosqueadas. Servem
para revestir as paredes do furo executado quando as mesmas não se mostrarem estáveis.

2.1.3 - Hastes de aço com Dext=33,4±2,5 mm e Dint=24,3±5 mm e peso de 3,2kg/m, de


comprimentos de 1 e/ou 2m, retilíneas e acopláveis entre si, por meio de luvas
rosqueadas.

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2.1.4 - Martelo para cravação dotado de haste guia com 1,2m de comprimento, com
massa de 65 kg, e dispondo em sua parte inferior de coxim de madeira dura. Deverá ainda
existir na haste guia uma marca visível, distante 75cm da base do coxim.

2.1.5 – Cabeça de bater acoplável por rosca à extremidade superior das hastes de
perfuração, constituída por tarugo de aço de 83±5mm de diâmetro e 90±5mm de altura e
massa nominal entre 3,5 e 4,5kg.

2.1.6 - Amostrador padrão, de aço de diâmetros externo e interno, 50,8±2 mm e 34,9±2


mm, possuindo corpo bipartido, bico ou sapata e cabeça, que permitem a montagem do
amostrador na posição fechada (corpo bipartido unido), servindo como elemento de
fixação das duas metades do corpo.

2.1.7 - Conjunto moto-bomba para circulação de água durante a perfuração por lavagem.

2.1.8 - Reservatório de água.

2.1.9 - Trépano ou peça de lavagem constituída por lâmina de aço com extremidade
biselada soldada na ponta de uma haste de perfuração, possuindo duas saídas laterais
para a água injetada pela bomba. Esta lâmina deve apresentar largura que resulte folga de
3 a 5mm em relação ao diâmetro interno do revestimento e a distância entre os orifícios
de saída da água e a extremidade biselada, no mínimo 20 e máximo 30cm.

2.1.10 - Trado concha com 100±10 mm de diâmetro.

2.1.11 - Trado helicoidal com diâmetro mínimo de 56 mm e folga em relação ao diâmetro


interno do revestimento compreendida entre 5 e 7mm.

2.1.12 - Torquímetro com capacidade mínima de 50 kgf x m (recomendável 80 kgf x m ),


dotado de ponteiro de arraste que permite o registro do torque máximo.

2.1.13 - Disco centralizador consistindo em disco de aço com diâmetro de 3" externo e
furo central de 1 1/4" que tem por objetivo manter a composição das hastes da sondagem,
centralizada em relação ao revestimento, durante a medição do torque. Na face inferior
do disco deve haver um sulco de 4mm de largura, 4mm de profundidade e 2 1/2" de
diâmetro para encaixe no revestimento.

2.1.13 - Pino adaptador consistindo em tarugo sextavado de aço, com diâmetro de 1 1/4"
e rosca BSP de 1" em uma de suas extremidades.

2.1.14 - Diversas ferramentas e acessórios complementares.

As figuras 1 a 7 mostram desenhos e fotos do equipamento utilizado

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FIGURA 1 - O Equipamento de sondagem à percussão

FIGURA 2 - O amostrador SPT

FIGURA 3 - O Trépano ou Peça de Lavagem


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FIGURA 4 - O Martelo de Cravação ou Peso de Bater

FIGURA 5 - Os Trados

FIGURA 6 - Conjunto Moto-Bomba

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FIGURA 7 - O Torquímetro

2.2 - Execução da sondagem - Procedimentos


A execução de uma sondagem de simples reconhecimento à percussão compreende as
seguintes operações:

2.2.1 - Perfuração
A perfuração é iniciada com o trado cavadeira. até a profundidade de 1m, quando é então
instalado o primeiro segmento do tubo de revestimento.
No prosseguimento da perfuração utiliza-se o trado helicoidal (perfuração a seco) até que
o mesmo se torne inoperante (menos de 50mm após 10 minutos de operação, ou
ocorrência de solo não aderente ao trado) ou até encontrar o nível d'água. Passa-se a
seguir para o processo de perfuração por circulação d'água ou lavagem, no qual,
utilizando-se o trépano ou peça de lavagem, acoplada à extremidade inferior da haste,
como ferramenta de escavação, promove-se à remoção do material escavado por meio de
injeção, sob pressão, de água no interior da haste, em processo dito de circulação direta,
onde o fluxo de retorno, entre a haste e o revestimento, transporta o solo escavado até à
superfície. Este fluxo ascensional retorna ao reservatório d'água através da bica situada
no topo do revestimento.
Durante a perfuração, caso as paredes do furo mostrem-se instáveis, procede-se a descida
do tubo de revestimento, através de sua cravação utilizando o martelo adequado, até onde
se fizer necessário.
Em sondagens profundas, onde a cravação e posterior remoção do revestimento
mostrem-se problemáticas, poderão ser empregadas lamas de estabilização, no lugar do
revestimento.
Durante a perfuração são anotadas as profundidades das transições entre as diversas
camadas, detectadas por exame tátil-visual do material trazido pelo trado durante a

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perfuração a seco e, pelo material coletado na bica, quando da perfuração por circulação
d'água.
Durante a perfuração por lavagem, o nível d'água no interior do furo é sempre mantido
em cota igual ou superior à do nível d'água do terreno, para impedir o refluxo de material
para dentro do furo.
As figuras 8 e 9 ilustram o acima descrito.

FIGURA 8 – Perfuração a seco

Revestimento
Trado cavadeira
(início do furo)

Trado espiral
(após revestir)

Água injetada sob


pressão pela bomba

Bica (retorno
da água)

FIGURA 9 – Perfuração por circulação


d’água (lavagem)

Revestimento

Peça de lavagem
(trépano) 8
2.2.2 - Amostragem

Consiste inicialmente na coleta de uma parte representativa do solo escavado pelo trado
concha no primeiro metro da perfuração.
A seguir, na profundidade de 1m e, a cada metro subseqüente, até o término da
sondagem, serão colhidas amostras por meio do amostrador padrão
Todas as amostras, devidamente embaladas em recipientes plásticos, para preservação de
sua umidade, deverão ser perfeitamente identificadas com o número do furo, número da
amostra, profundidade e local da obra e, serão guardadas para posterior classificação e
exame mais detalhado.
A primeira classificação e descrição é feita pelo próprio sondador que a anota no seu
impresso apropriado (folha de campo), juntamente com os demais dados coletados
durante a sondagem.

2.2.3 - Ensaio de penetração dinâmica - SPT

O ensaio de penetração dinâmica, SPT, é realizado simultaneamente com a amostragem


e, consiste na cravação do amostrador padrão, conectado à extremidade inferior da haste
e, descido até repousar no fundo do furo, em profundidades de 1 em 1m a partir de 1m de
profundidade. Neste momento o tubo de revestimento deve estar a uma distância mínima
de 50 cm do fundo do furo.
Em seguida o martelo padrão é apoiado suavemente sobre a cabeça de bater,
previamente conectada na extremidade superior das hastes de perfuração, sendo nela
introduzida a haste guia do martelo. Eventual penetração do amostrador nestas condições
(sem bater), é anotada. Se esta penetração for igual ou superior a 45cm a cravação do
amostrador não será realizada. Caso contrário o ensaio é então prosseguido pela cravação
de 45 cm do amostrador, inclusive penetração inicial sem bater, anotando-se o número
de golpes necessários à cravação de 3 segmentos sucessivos de 15cm cada um,
previamente marcados com giz na haste, utilizando-se como referência o topo do
revestimento.A cravação é efetuada pelo martelo padrão de 65kg, caindo em queda livre
de uma altura de 75cm, controlada pela marca existente na haste guia.
A cravação do amostrador será interrompida antes da penetração dos 45 cm quando:
-Em qualquer dos 3 segmentos de 15 cm, o número de golpes ultrapassar 30, ou
-Um total de 50 golpes tiver sido aplicado desde o início do ensaio, ou
- Não se observar nenhum avanço do amostrador durante 5 golpes sucessivos.
Define-se o índice de resistência à penetração, SPT, de um solo como sendo o número de
golpes de um martelo de 65kg, caindo em queda livre de 75cm de altura, necessários à
cravação dos últimos 30cm de um amostrador padronizado, após penetração inicial de
15cm.
Na prática considera-se como SPT a soma do número de golpes obtida nas duas últimas
etapas da cravação, após a penetração não considerada da primeira etapa, mesmo quando
estas penetrações não forem de exatos 15 cm, porém não excedendo significativamente
este valor.

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No registro dos resultados de um ensaio de penetração, anotado sob forma de fração, o
numerador indica o número de golpes (se P indica zero golpes) e o denominador indica a
penetração ocorrida.
Os exemplos a seguir ilustram o exposto:
P/0 ; 2/15 ; 3/15 ; 5/15 corresponde a um SPT de 8
P/3 ; 2/12 ; 4/15 ; 6/15 corresponde a um SPT de 10
P/2 ; 4/17 ; 6/11 ; 8/15 não define um SPT. Na prática, entretanto, costuma-se avaliar o
SPT pelo valor proporcional obtido de SPT= (30/26) x 14 =16 , ou mesmo por 6+8=14
P/60 indica um solo muito fraco cujo SPT pode ser assimilado a zero
P/18 ; 1/28 indica um solo muito fraco cujo SPT pode ser assimilado a 1
P/8 ; 1/10 ; 2/15 ; 4/12 não define um SPT. A avaliação proporcional permite avaliar
SPT=(30/27)x 6=7, podendo-se também adotar 2+4=6
P/0 ; 15/15 ; 20/15 ; 15/11 não define um SPT, cuja avaliação proporcional seria dada
por
SPT= (30/26) x 35 = 40 ou, 20+15=35
P/0 ; 30/15 ; 20/8 idem, valor proporcional, SPT=(30/8)x20=75
P/0 ; 30/13 idem, valor proporcional, SPT=(30/13)x30=69
O conhecimento do SPT de um solo permite avaliar, no caso de solos argilosos, sua
consistência e, no caso de solos arenosos, sua compacidade. A ABNT, na Norma
Brasileira NBR 6484 (fevereiro 2001), fornece as correlações a serem adotadas e que são
mostradas na tabela 1 a seguir apresentada:
SOLOS ARENOSOS SPT COMPACIDADE
≤4 Fofa
Pedregulhos, areias e siltes 5a8 Pouco compacta
arenosos 9 a 18 Medianamente compacta
19 a 40 Compacta
>40 Muito Compacta
SOLOS ARGILOSOS SPT CONSISTENCIA
≤2 Muito mole
3a5 Mole
Argilas e siltes argilosos 6 a 10 Média
11 a 19 Rija
>19 Dura

TABELA 1 - COMPACIDADES E CONSISTENCIAS A PARTIR DO SPT

O valor do SPT de um solo depende essencialmente das condições em que foi obtido. Sua
variação é condicionada por diversos fatores como a seguir relacionados:
a) Fatores ligados ao equipamento:
- Forma, dimensões e estado de conservação do amostrador
- Peso e estado de conservação das hastes
- Peso de bater com massa diferente da padrão
- Natureza da superfície de impacto inadequada (inexistência ou deficiente estado de
conservação do coxim de madeira dura)
- Diâmetro do tubo de revestimento inferior ao requerido
- Diâmetro do trado helicoidal ou do trépano insuficientes
- Bomba d'água com inadequada vazão e ou pressão
b) Fatores ligados à execução:
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- Variação da energia do golpe em função de variação na altura de queda do martelo e ou
presença de atritos no cabo de sustentação do mesmo
- Incorreções no processo de perfuração, resultando em furo não suficientemente alargado
para livre passagem do amostrador
- Perfuração com nível d'água dentro do furo abaixo do NA
- Má limpeza do furo antes da descida do amostrador
- Presença de pedregulhos no interior da escavação
- Excesso de lavagem para cravação do revestimento
- Erro na contagem do número de golpes

Tendo em vista a importância da correta determinação do SPT, pois o mesmo, na


maioria das vezes, é a única avaliação disponível da resistência dos solos, conclui-se da
importância que as sondagens sejam executadas por empresas bem conceituadas no
mercado, que exerçam rígidos controles sobre seus equipamentos e processos e que
possuam sondadores qualificados.
Inexoravelmente a manutenção de tais requisitos implica em preços algo superiores
àqueles ofertados por empresas que não cumprem os mesmos.
Sendo as sondagens um produto de preço desprezível quando comparado ao da obra,
enfatiza-se as desvantagens e, mesmo riscos que se acham envolvidos na escolha do
executor de sondagens, com base somente nos preços ofertados, sem garantia da
qualidade do serviço
.
2.2.4 - Medida do torque necessário ao descolamento do amostrador após execução do
ensaio SPT – Ensaio SPTT
Após a cravaçâo do amostrador no ensaio SPT, seu descolamento do solo exige a rotação
da haste.
Quando também se mede o torque (ensaio SPTT) tal rotação é provida manualmente,
girando o torquímetro conectado à extremidade superior da haste, através de disco
centralizador e pino adaptador. Na ocasião mede-se o máximo torque capaz de girar a
haste (TMÁX) e, tem-se sugerido também a medição do torque residual, que seria o valor
mantido
Tais valores são anotados pelo sondador em sua folha de campo e servirão para posterior
análise e estabelecimento de correlações com os valores do SPT e do atrito lateral
(adesão) do solo com o amostrador.
A adesão pode ser calculada a partir da equação proposta por Ranzini(1994):

fs = 10T/(0,41 h - 0,032) onde T= torque medido (máximo ou residual) em kgf x m


h= penetração do amostrador em cm.
fs= adesão máxima ou residual em t/m2

Denomina-se Índice de Torque (TR) a relação entre TMAX (em kgf x m) e o SPT.
Para os solos da Bacia Sedimentar Terciária de São Paulo (BSTSP) determinou-se que
TR ≅ 1,2.
Para os solos residuais de São Paulo Décourt e Quaresma Filho(1994) sugerem que TR ≅
2
Para os solos residuais de Belo Horizonte temos observado TR ≅ 1,9
As observações têm indicado que quanto mais estruturado for o solo maior será o valor
de TR, sendo o torque muitíssimo menos susceptível de sofrer influencia desta estrutura.
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O SPT sim é que varia muito com a estrutura do solo (cresce em solos mais estruturados),
o que explica a sua grande heterogeneidade nos solos residuais, fazendo com que duas
sondagens executadas uma ao lado da outra, muitas vezes mostrem valores de SPT muito
diferentes.
A grande vantagem do torque esta em mostrar-se muito mais homogêneo, o que levou
mesmo a Décourt (1991b) a propor que se definisse N(SPT)equivalente como sendo o valor
de TMAX (kgf x m) dividido por 1,2.
Uma outra vantagem do torque sobre o SPT é que o mesmo sofre pouca influência da
presença de pedregulhos no solo, o que não acontece com o SPT, que pode mostrar-se
falsamente aumentado várias vezes, não porque a camada tenha maior compacidade, mas
sim devido à presença de pedregulhos com dimensões da ordem de grandeza do bico do
amostrador, interferindo na medida do número de golpes.
Tudo tem indicado que a crescente utilização do SPTT, venha a propiciar bases mais
precisas e seguras para a estimativa da resistência dos solos e, conseqüentemente para a
engenharia de fundações.
A figura 10 ilustra os procedimentos acima descritos e referentes aos ensaios SPT e SPTT

Peso de bater
(65kgf)
Torquimetro
Haste guia
Altura Pino de
Cabeça de queda encaixe
bbater =75 cm

3 intervalos
de 15cm

Haste
padronizada

Amostrador
padronizado

FIGURA 10 – Ensaios SPT e SPTT

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2.2.5 - Determinação do NA

A determinação da correta posição do nível d'água no subsolo revela-se de extrema


importância, pois, interfere de maneira decisiva na escolha do tipo da fundação e em
diversos outros condicionantes executivos de uma obra.
Durante a execução das sondagens, se a presença do NA é observada ainda na fase de
perfuração a seco, a precisão da determinação é grande e, em geral, bastante confiável.
Entretanto, se ocorre após o início da perfuração por lavagem, a correta posição do NA
pode ficar mascarada e, exigir que medidores (tubos de PVC perfurados e envoltos em
tela de malha fina e areia), sejam deixados no interior do furo, ao seu término, para que
medições posteriores possam confirmar a correta posição do lençol freático.
A determinação da posição do NA durante a execução do furo consiste no esvaziamento
do mesmo ao final do dia, através de ferramenta especial (baldinho), registrando-se o
nível final de equilíbrio que é novamente aferido no dia seguinte, pela manhã, antes do
início dos trabalhos. Esta operação é repetida diariamente e, no mínimo 12 horas após o
término da sondagem, desde que o furo permaneça estável (sem fechar).
Adota-se como NA final aquele observado em cota mais elevada.
Esta determinação pode , no entanto, conter erros, às vezes grosseiros, principalmente em
solos de baixa permeabilidade onde a obtenção do nível final de equilíbrio pode exigir
tempos muito maiores. Alem disto, infiltrações de águas pluviais, esgotos, fossas
próximas ou chuvas podem induzir a enganos. Finalmente, muitas vezes a determinação
final, após 12 horas do término das sondagens, não se mostra possível por
desmoronamento das paredes do furo. Neste caso, a cota de tal ocorrência pode ser
interpretada como provável posição do NA.

2.3 - Apresentação dos resultados


Os resultados das sondagens são apresentados em relatórios contendo:

2.3.1 - Planta de locação


Compreende desenho, em planta, contendo as posições dos diversos furos executados,
devidamente amarrados, tanto horizontal como verticalmente, a referencias notáveis e
não facilmente removíveis. Em zonas urbanas tais referencias são em geral tomadas nos
limites do terreno (divisas e alinhamentos das ruas), sendo a referencia de nível (RN)
adotada em um ponto do passeio.

2.3.2 - Perfis individuais dos furos executados


Compreendem os perfis do subsolo observados nos locais das sondagens realizadas,
contendo, no mínimo:
- Identificação da obra
- Número do furo
- Cota da boca do furo na data da execução referida ao RN adotado
- Posição (profundidade de ocorrência) das diversas camadas constituintes do subsolo até
a profundidade de paralisação da sondagem.
- Classificação tátil-visual dos solos constituintes das camadas
- Posição e identificação (número) das amostras coletadas
- Convenção gráfica dos diversos solos constituintes das camadas.
- Resultados dos ensaios SPT e indicação do valor do SPT de cada camada, quando
definido.
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- Resultados dos ensaios de torque quando realizados.(Às vezes, ao invés dos torques são
mostrados os valores das adesões calculadas pela fórmula constante do item 2.2.4)
- Gráfico de variação do SPT com a profundidade.
- Posição do NA e data da medição ( se não observado dentro dos limites sondados tal
fato é realçado)
- Diversas informações de interesse como: datas de início e término do furo,
profundidade máxima alcançada, ocorrência de material impenetrável, resultados do
ensaio de lavagem por tempo (vide item 2.4.1 a seguir), profundidade revestida,
profundidade de início da perfuração por lavagem, escala do desenho, etc.
As figuras 11 e 12 mostram resultados de sondagem contendo os dados acima descritos.
Uma observação importante é a que algumas empresas, ao invés de apresentarem os
resultados do ensaio de penetração, conforme dados obtidos no campo, já os apresentam
manipulados, isto é, somados os golpes para cravação dos 30 cm iniciais do amostrador
(I) e para os 30 cm finais (F), sendo que estes últimos correspondem ao SPT.
Este critério de apresentação não nos parece muito adequado pois conduz a valores
dúbios no caso em que o SPT não se mostra definido. (Penetrações parciais do
amostrador diferentes de 15cm e ou penetração total diferente de 45 cm) .

FIGURA 11 - Planta de locação de sondagens

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TORQUE (kgf x m)

TORQUE (kgf x m)
SONDAGEM DE RECONHECIMENTO FURO Nº- SONDAGEM DE RECONHECIMENTO FURO Nº-
CLIENTE CLIENTE
LOCAL LOCAL

FIGURA 12 - Perfil individual de uma sondagem

2.4 - Paralisação das sondagens


A paralisação de uma sondagem ocorre por um dos seguintes motivos:

2.4.1- Ocorre material não perfurável pelas ferramentas e processo empregados

Os seguintes critérios são adotados para caracterização dos limites máximos das
ferramentas:
- Amostrador: 5 golpes sem nenhuma penetração ou 50 golpes independentemente da
penetração conseguida, ou 30 golpes para 15 cm de penetração.
- Trépano ou peça de lavagem: pelo denominado ensaio de lavagem por tempo que
consiste em medir, em 3 intervalos sucessivos de 10 minutos cada um, as penetrações do
trépano, durante a perfuração por lavagem. O material será dito impenetrável à
perfuração quando as penetrações medidas no ensaio mostrarem-se inferiores a 5cm por
10 minutos, ou, quando após a realização de 4 ensaios consecutivos não se atingir a
profundidade de realização do próximo ensaio penetrométrico.
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A paralisação de um furo por impenetrabilidade é, pois, sempre definida pelo ensaio de
lavagem por tempo.
Ocorrida a paralisação, sem que tenha sido atingida profundidade adequada à resolução
do problema em questão, até 4 deslocamentos ao redor do furo impenetrável, em posições
diametralmente opostas deverão ser tentados, no intuito de ultrapassar o obstáculo. Caso
negativo é recomendada a execução de sondagem rotativa ou mista, conforme item 3 a
seguir, para que a investigação atinja o limite julgado satisfatório, tendo em vista o
problema envolvido.

2.4.2 - É atingida profundidade julgada satisfatória aos fins a que se destina a sondagem.

Neste caso, se critérios particulares de paralisação, ditados pela finalidade a que se


destinam os resultados das sondagens foram obtidos, o furo é dado por concluído.
Na falta de critérios particulares específicos os seguintes são indicados, denominando-se
índice de penetração o número total de golpes aplicado, relacionado à penetração total do
amostrador:
- Ocorrência em 3 penetrações sucessivas de índices de penetração iguais ou superiores a
30 golpes para os 15cm iniciais de penetração.
- Ocorrência em 4 penetrações sucessivas de índices de penetração iguais ou superiores a
50 golpes para os 30 cm iniciais de penetração
- Ocorrência em 5 penetrações sucessivas de índices de penetração iguais ou superiores a
50 golpes para os 45 cm de penetração.

2.5 - Número de furos

O número de furos de sondagem a ser executado deve ser o mínimo requerido ao


adequado conhecimento do terreno, levando em conta o porte e importância da obra e a
própria heterogeneidade do subsolo no local.

A Norma Brasileira NBR 8036 (1983) fornece algumas indicações sobre o número
mínimo a ser adotado, as quais se encontram a seguir resumidas:

2.5.1 - Um furo para cada 200m2 , ou fração, de área construída em projeção horizontal
(planta) da construção, para áreas de até 1200 m2.

2.5.2 - Um furo adicional para cada 400 m2, ou fração, que exceder a 1200m2, para áreas
entre 1200 e 2400m2.

2.5.3 - Para áreas maiores que 2400m2 a fixação deverá ser feita a critério do projetista da
obra

2.5.4 - Não se aconselha a realização de um único furo, pois, não permite a obtenção de
uma secção do subsolo. Mesmo dois furos, por estarem alinhados e não definirem
adequadamente, eventuais inclinações das camadas constituintes do subsolo, devem ser
evitados. Assim o número mínimo recomendado é de 3 furos, não alinhados.
A NBR 8036 indica que o número mínimo de furos, em qualquer circunstância, deve ser
2 (dois) para áreas de projeção da edificação de até 200m2 e, 3 (três) para áreas entre 200
e 400 m2, neste caso, não alinhados.
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2.5.5 - A máxima distancia entre furos deve se situar entre aproximadamente 25 a 30m,
tolerando-se até 100m nos casos de sondagens preliminares, como para os estudos de
viabilidade ou, escolha de local. Nestes casos a disposição em planta das edificações não
esta ainda definida.

Cabe ainda realçar que estas indicações devem ser encaradas como mínimo
recomendado, lembrando-se sempre que quanto mais detalhado for o conhecimento do
subsolo, melhores serão as chances de que o projeto das fundações seja mais econômico.

A maior parte das vezes o pouco conhecimento do subsolo condiciona que as fundações
sejam super dimensionadas, acarretando gastos muito maiores que os correspondentes à
execução de investigações mais detalhadas.

2.6 - Locação dos furos

O princípio básico que norteia a locação dos furos de sondagem é o de que se deve evitar
ao máximo a extrapolação dos dados do subsolo, obtidos numa secção traçada a partir de
2 ou mais furos. Desta forma a locação deve prever os furos sempre envolvendo a área
construída, com furos centrais somente locados quando a distância entre dois furos
periféricos, diametralmente opostos exceder à máxima recomendada (25 a 30m). Neste
caso os furos centrais poderão ser previstos em pontos notáveis como pilares mais
carregados, etc.

3 - Sondagens rotativas e mistas

A sondagem rotativa emprega equipamentos e processos que se mostram capazes de


perfurar materiais impenetráveis para as sondagens à percussão, tais como rochas, pedras
(matacões) ou outros obstáculos encontrados no subsolo, inclusive concreto.

São executadas por meio de equipamentos (sondas rotativas), ferramentas e processos a


seguir apresentados

3.1 – Equipamentos

3.1.1 - Sonda rotativa

Compreende uma máquina montada sobre chassis de aço apoiado em "esquis" para
locomoção, dispondo de motor, em geral diesel, acoplado a transmissão em geral
formada por embreagem e caixa de marchas, que aciona um cabeçote (fuso) composto
por engrenagens tipo coroa e pinhão que transformam o movimento de rotação de um
eixo horizontal num movimento de rotação de uma haste vertical que atravessa o referido
cabeçote. Existe ainda neste cabeçote, um sistema hidráulico que através de pistões
permite a movimentação da haste na direção vertical, para cima ou para baixo.

3.1.2 - Haste de perfuração


São hastes cilíndricas de aço, de paredes grossas, disponíveis em diversos diâmetros e
comprimentos e emendáveis entre si por roscas macho e fêmea.
17
3.1.3 - Revestimento
É composto por tubos de aço, de paredes grossas, disponíveis em diversos diâmetros e
comprimentos e emendáveis entre si por roscas macho e fêmea. Servem para sustentar as
paredes do furo, sendo mais usualmente empregados nos seguintes diâmetros (a primeira
letra indica o diâmetro e a segunda o tipo de rosca utilizado)

DESIGNAÇÃO DIÂMETRO (mm)


BW / BX 73,0
NW / NX 88,9
HW / HX 114,3

3.1.4 - Barriletes
São amostradores de aço, cilíndricos, que conectados na extremidade inferior das hastes
servem para coletar as amostras (testemunhos) do material perfurado.
Podem ser de dois tipos:
- Parede simples: são aqueles nos quais o testemunho fica em contacto direto com a
parede externa do barrilete, que gira quando da perfuração e a água de limpeza e
refrigeração passa entre a amostra e a parede.
- Duplo giratório: são os que dispõe de tubo interno não giratório, preso ao amostrador
por rolamento, permitindo que o testemunho fique protegido da rotação da parede
externa, bem como da água de perfuração.

3.1.5 - Coroas
São ferramentas de corte que vão conectadas à extremidade inferior dos barriletes e que
dispõe de superfície revestida por material de grande dureza (widia ou diamante) capaz
de cortar o material perfurado por abrasão.

3.1.6 - Alargadores ou calibradores


São peças em formato de luva cilíndrica, dispondo de sua superfície lateral externa
revestida por diamantes e, que vão intercaladas entre o barrilete e a coroa e servem para
calibrar o diâmetro do furo executado.

3.1.7 - Caixa de mola e mola


Constituem conjunto de peças tronco-cônicas que retêm o testemunho no interior do
barrilete.

3.1.8 - Sapatas
São ferramentas de corte similares às coroas, utilizadas na extremidade inferior dos
revestimentos para permitir o corte complementar da rocha, já previamente perfurada
pelo barrilete, durante o seu avanço. Podem ser também de widia ou diamante

3.1.9 - Conjunto moto-bomba


Compreende uma bomba de elevada capacidade de vazão e pressão, em geral de pistão e
movimentada por motor diesel, responsável pela injeção, através das hastes, da água
requerida para remoção dos resíduos da perfuração, bem como refrigeração da coroa.

18
3.1.10 - Tripé
Formado por tubos de aço sustenta em seu topo polia através da qual cabo de aço
acionado por guincho existente na sonda, permite a manipulação das ferramentas de
perfuração

As figuras 13 a 21 a seguir mostram detalhes do equipamento descrito.

FIGURA 13 - O Equipamento de sondagem rotativa

19
FIGURA 14 - Foto de uma sonda rotativa

FIGURA 15 - Foto de uma sonda rotativa com o fuso inclinado para perfuração de
tirantes
20
FIGURA 16 - Barrilete simples FIGURA 17 - Barrilete duplo giratório

FIGURA 18 - Coroa diamantada FIGURA 19 - Coroa de widia

21
FIGURA 20 - Calibrador ou FIGURA 21 - Calibrador, caixa de mola, mola e coroa
Alargador

3.2 - Execução da sondagem - Procedimentos


A execução da sondagem rotativa consiste na perfuração do material através da
realização de manobras consecutivas, nas quais a composição de perfuração formada
pelas hastes e barrilete, conectado à sua extremidade inferior, é girada pela sonda, ao
mesmo tempo em que é empurrada ( pull down ) na direção e sentido do furo. Por
abrasão, a coroa vai assim cortando o material, sendo durante todo o processo, mantida a
circulação de água injetada pela bomba, que tem como função a remoção dos resíduos
oriundos do corte, bem como a refrigeração do sistema.

O comprimento máximo de cada manobra é limitado pelo comprimento do barrilete, que


é em geral, de 1,5 a 3,0 m.

Ao fim de cada manobra o barrilete é alçado do furo e a amostra obtida no seu interior
(testemunho), é retirada e colocada em caixas especiais com separação e, obedecendo a
ordem de avanço da perfuração.

No boletim de campo da sondagem são anotadas as profundidades de início e término das


manobras e o comprimento dos testemunhos recuperados, medidos na caixa após sua
arrumação cuidadosa.

A figura 22 mostra foto de uma caixa de testemunhos.

Constam ainda do boletim de sondagem as demais informações pertinentes, tais como


local da obra, número do furo, diâmetros de revestimentos utilizados, número de
fragmentos de cada amostra, descrição do material perfurado e nível d'água.
22
3.2.1 - Percentagem de recuperação

Define-se a percentagem de recuperação de uma amostra como sendo a relação


percentual entre seu comprimento medido, após arrumação na caixa, e o comprimento da
manobra realizada.
Este índice foi originariamente criado objetivando avaliar a qualidade da rocha. Assim
elevadas percentagens de recuperação denotariam rochas sãs ou quase sãs, não fraturadas
ou pouco fraturadas, enquanto que baixos valores indicariam material extremamente
alterado ou decomposto, extremamente fraturado ou em fragmentos.

FIGURA 22 - Foto de uma caixa de testemunhos

3.2.2 - Rock Quality Designation (RQD)

Com o desenvolvimento dos barriletes, principalmente após a introdução dos barriletes


duplos giratórios, onde o testemunho fica totalmente protegido no interior da camisa
interna e, assim não sujeito à ação destrutiva causada pelo giro da camisa externa, nem
em contacto direto com a água de perfuração (no barrilete simples tais fatos ocorrem),
altas percentagens de recuperação podem ser obtidas em rochas de baixa qualidade e,
mesmo em solos. Isto veio a tornar a percentagem de recuperação um índice, às vezes
não adequado, para designar a qualidade da rocha. Foi então criado o índice denominado
RQD (abreviação de Rock Quality Designation) que é definido como a percentagem de
recuperação obtida quando se eliminam da amostra as porções de solo e os fragmentos de
rocha menores que 10cm.

A figura 23 ilustra tais conceitos.

23
FIGURA 23 - Percentagem de recuperação e RQD

3.3 - Apresentação dos resultados

A apresentação dos resultados é feita em perfis análogos aos de sondagens à percussão,


onde além dos dados referentes à identificação do local, número do furo, data de
execução, cota da boca quando da execução, posição do nível d'água, são também
mostradas as posições (profundidades) das diversas manobras, a classificação do material
perfurado, o número de fragmentos de cada amostra, sua percentagem de recuperação e
seu RQD.
A classificação do material é, em geral, feita segundo os critérios de sua classificação
litológica que se baseia na gênese da formação geológica incluindo tipo da rocha ou solo,
mineralogia, textura, cor, estado de alteração e grau de fraturamento.
O estado de alteração é bastante subjetivo por expressar a opinão pessoal do classificador,
mas, em geral, obedece aos seguintes critérios:

24
Extremamente alterado ou decomposto
O material encontra-se homogeneamente decomposto, podendo, entretanto conter
características da rocha original tais como xistosidade, planos de fraturamento,
diaclasamento, etc. Constitui o que normalmente chamamos solo em engenharia
Muito alterado
O material apresenta-se predominantemente como o acima descrito, mas contém porções
de rocha menos alterada.
Medianamente alterado
O material é predominantemente pouco alterado ou são, mas contém trechos ou porções
extremamente alterados.
Pouco alterado
A rocha é predominantemente sã mas apresenta descoloração geral, ou, de alguns
minerais.
São ou quase são
A rocha não apresenta nenhum vestígio de ter sofrido alterações físicas ou químicas dos
seus minerais.
O grau de fraturamento é, em geral, expresso pelo número de fragmentos por metro,
obtido dividindo-se o número de fragmentos obtidos em uma amostra pelo comprimento
em metros desta amostra. O critério de denominação obedece ao exposto na tabela a
seguir:

Grau de fraturamento Número de fraturas por metro


Ocasionalmente fraturado ≤1
Pouco fraturado 2a5
Medianamente fraturado 6 a 10
Muito fraturado 11 a 20
Extremamente fraturado >20
Em fragmentos Pedaços de diversos tamanhos caoticamente dispersos

TABELA 2 - Grau de fraturamento

3.4 - Sondagens mistas


A sondagem mista é aquela realizada com a sonda rotativa, executando-se, nos trechos em
solo, a amostragem com o amostrador padrão de percussão e o ensaio SPT e, nos trechos em
rocha, ou material impenetrável, emprega-se os processos de perfuração e amostragem
próprios das sondagens rotativas. O diâmetro mínimo do furo deverá ser BW ou BX para que
o amostrador de percussão possa ser utilizado.
A figura 24 mostra perfil de apresentação de sondagem mista.

25
FIGURA 24 - Perfil de uma sondagem mista

4 - Bibliografia
- ABNT - NBR 6484 (fev. /2001) – Sondagens de Simples Reconhecimento com SPT –
Método de Ensaio
- ABNT - NBR 6502 (1995) – Rochas e Solos - Terminologia
- ABNT – NBR 13441 (1995) – Rochas e Solos - Simbologia
- ABNT - NBR 8063 (1983) - Programação de sondagens de simples reconhecimento dos
solos para fundações de edifícios. - Procedimento
- Alonso U. R. (1994) - Correlação entre o atrito lateral medido com o torque e o SPT -
Revista Solos e Rochas, vol. 17, nº 3, Dezembro 1994.
- Decourt L. (1991a) - Special problems on foundations, General Report - Proc. IX
PAMCSMFE, vol. IV, pp 1953-2001, Viña del Mar.
- Decourt L. (1991b) - Previsão dos deslocamentos horizontais de estacas carregadas
transversalmente com base em ensaios penetrométricos - Proc. SEFE II, vol. II, pp 340-
362, São Paulo.
- Decourt L. (1992) - SPT on no classical materials - US/Brasil Geotechnical Workshop
on Applicability of Classical Soil Mechanics Principles to Structured Soils - Belo
Horizonte.
- Decourt L. e Quaresma Filho A. (1994) - Practical applications of the Standard
Penetration Test complemented by Torque Measurements, SPT-T; Present Stage and
Future Trends - Proc. of XIII ICSMFE, vol. I, pp 143-146, New Delhi.
- Decourt L. (1995) - Prediction of Load Settlement Relationships for Foundation on the
Basis of the SPT-T - Ciclo de Conferencias Internacionais Leonardo Zeevaert - pp 87-
104, Mexico.
- Maria José C. Porto A. de Lima (1980) - Prospecção Geotécnica do Subsolo - Livros
Técnicos e Científicos Editora S.A.
- Ranzini S. M. T. (1988) - SPTT - Revista Solos e Rochas, vol. II, pp 29-30.
- Waldemar Hachich e outros (1996) - Fundações Teoria e Prática - ABMS/ABEF -
Editora Pini - Capítulo 3 - Investigações Geotécnicas - pp 119-162.

FIGURA 24 – Perfil de sondagem mista

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4 - Bibliografia
- ABNT - NBR 6484 (fev. /2001) – Sondagens de Simples Reconhecimento com SPT –
Método de Ensaio
- ABNT - NBR 6502 (1995) – Rochas e Solos - Terminologia
- ABNT – NBR 13441 (1995) – Rochas e Solos - Simbologia
- ABNT - NBR 8063 (1983) - Programação de sondagens de simples reconhecimento dos
solos para fundações de edifícios. - Procedimento
- Alonso U. R. (1994) - Correlação entre o atrito lateral medido com o torque e o SPT -
Revista Solos e Rochas, vol. 17, nº 3, Dezembro 1994.
- Decourt L. (1991a) - Special problems on foundations, General Report - Proc. IX
PAMCSMFE, vol. IV, pp 1953-2001, Viña del Mar.
- Decourt L. (1991b) - Previsão dos deslocamentos horizontais de estacas carregadas
transversalmente com base em ensaios penetrométricos - Proc. SEFE II, vol. II, pp 340-
362, São Paulo.
- Decourt L. (1992) - SPT on no classical materials - US/Brasil Geotechnical Workshop
on Applicability of Classical Soil Mechanics Principles to Structured Soils - Belo
Horizonte.
- Decourt L. e Quaresma Filho A. (1994) - Practical applications of the Standard
Penetration Test complemented by Torque Measurements, SPT-T; Present Stage and
Future Trends - Proc. of XIII ICSMFE, vol. I, pp 143-146, New Delhi.
- Decourt L. (1995) - Prediction of Load Settlement Relationships for Foundation on the
Basis of the SPT-T - Ciclo de Conferencias Internacionais Leonardo Zeevaert - pp 87-
104, Mexico.
- Maria José C. Porto A. de Lima (1980) - Prospecção Geotécnica do Subsolo - Livros
Técnicos e Científicos Editora S.A.
- Ranzini S. M. T. (1988) - SPTT - Revista Solos e Rochas, vol. II, pp 29-30.
- Waldemar Hachich e outros (1996) - Fundações Teoria e Prática - ABMS/ABEF -
Editora Pini - Capítulo 3 - Investigações Geotécnicas - pp 119-162.

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