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Principio de Tracado e Colocacao de Trincheira
Principio de Tracado e Colocacao de Trincheira
I. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 4
II. OBJECTIVOS .......................................................................................................................... 5
III. METODOLOGIA ................................................................................................................. 6
IV. CONCEITO DAS TRINCHEIRAS ..................................................................................... 7
6.3. Trincheiras Inclinadas ou principais ..................................................................................... 8
6.4. Trincheiras exteriores ........................................................................................................... 8
6.5. Trincheira horizontal ou de Corte ......................................................................................... 9
6.6. Trincheiras externas ............................................................................................................ 10
6.7. Trincheiras Internas ............................................................................................................ 11
VII. PROCESSO DE IMPLANTACAO E ABERTURA DAS TRINCHEIRAS ........................ 13
7.1. Material utilizado na abertura de Trincheiras ..................................................................... 13
VIII. PLANEAMENTO DAS TRINCHEIAS .............................................................................. 14
8.1. Levantamentos preliminares e escolha de área. .................................................................. 15
8.2. Critérios ambientais na a escolha da área para colocação da trincheira nas zonas
mineralizadas ............................................................................................................................. 15
8.3. Critério principais para seleção de área .............................................................................. 15
8.4. Localização da trincheira, instalação de piquetes e/nivelamento ....................................... 16
8.5. Empregabilidade das Trincheiras nas Investigacões em Subsuperficie .............................. 16
8.6. Amostragem de Trincheira ................................................................................................. 17
IX. TRINCHEIRAS DE INFILTRAÇÃO .................................................................................... 17
9.1. Critérios de Dimensionamento ............................................................................................... 17
9.2. Dimensionamento de Trincheiras de infiltração na mineração........................................... 18
9.3. Outro método para Dimencionamento das Trincheiras ...................................................... 20
Cálculo da vida útil da trincheira ................................................................................................... 21
9.5. VOLUME DE LÍQUIDOS PERCOLADOS .......................................................................... 21
9.6. COLOCAÇÃO DE UMA TRINCHEIRA DE DRENAGEM NA MINERAÇÃO ............... 22
X. CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 23
XI. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................................... 24
PRINCÍPIOS DE TRAÇADO E COLOCAÇÃO DAS TRINCHEIRAS Março ,
2018
INTRODUÇÃO
O presente trabalho abordará em torno do tema, Princípio de traçado e Colocação das trincheiras
em zonas mineralizadas. Sendo o desenvolmento de um empreendimento mineiro que envolve
um investimento muito grande é de grande importância fazer um estudo detalhado e certeiro de
toda actividade mineira, daí vem a importáncia de se estudar sobre Princípio de traçado e
Colocação das Trincheiras em zonas mineralizadas e também o tema em questão debroça
assuntos como o planejamento e execução das trincheiras, não só, da os critérios ambientais no
que concerne a escolha do local apropriado para a colocação das mesmas.
O presente trabalho aborda assunto relacionado com trincheiras é importante conceituar o termo
Trincheira, são designadas Trincheiras as escavações a céu aberto, frequentemente com largura
variável entre 1m e 3m, profundidade que varia desde poucos centímetros em áreas pouco
intemperizadas até 5m a 6m em terrenos bastante alterados, com comprimento que pode ser
estendido por dezenas de metros.
I. OBJECTIVOS
1.1.Objectivo Geral
Debruçar em torno de Princípio de Traçado e Colocação das Trincheiras em zonas
mineralizadas.
1.2.Objectivos Especificos
Ilustrar os mecanismo de colocação das trincheiras na zona mineral;
Dar a conhecer os mecanismos da sua execução(manualmento e mecanicammente);
Dar a conhecer os criterios usados na selecção da área para colocação das trincheiras;
Determinação dos volumes de cada trincheira;
II. METODOLOGIA
A primeira fase para a elaboração e realização deste trabalho de pesquisa foi a colecta de
informação em manuais escritos, consultas de manuais electrónicos e consulta de materiais
obtidos na cadeira de Planificação Mineira I (com Engᵒ. Ginja).
Feita a colecta de informação seguiu-se a fase de análise da mesma que consistiu na leitura,
realização de sínteses de acordo com pontos considerados mais pertinentes, e em seguida seguiu
se a fase de organização da informação, interpretação da mesma e por ultimo a fase de digitação e
revisão do trabalho.
Fig. 1: Trincheira
Font:https://www.google.co.mz/search?q=trincheiras+de+sondagem&biw=988&bih=619&espv=2&tbm=isch&tbo
=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwjq4vHO6JXLAhWCGA8KHUEXC2IQsAQIIA&dpr=1#imgrc=1BldJxQA
oxg_JM%3A
Fig. 2:
Trincheiras interiores
Os esquemas de acesso numa mina a céu aberto podem ser classificados em 4 grupos:
1. Acesso ao jazigo por meio de trincheiras principais separadas, quer dizer cada bancada é
(descoberta) aberta por uma trincheira independente.
2. Acesso ao jazigo por meio de trincheiras principais comuns (gerais), quer dizer todas as
bancadas são abertas por único sistema de trincheira dependentes
3. Acesso ao jazigo por meio de trincheiras principais agrupadas, quer dizer que um grupo
de bancadas sucessivas são abertas por meio de trincheiras dependentes ou vários grupos
de bancadas são abertas de modo independente
4. Acesso ao jazigo por meio de trincheiras principais acopladas, quer dizer o primeiro,
segundo e terceiro processos com o uso das duas trincheiras pela abertura de cada
bancada ou de várias bancadas ou de todas as bancadas da carreira.
No feito, no caso de jazigos de rampa superior a 30º, existe uma versão especial da trincheira
principal de acesso para o transporte com camiões.
Esta trincheira principal comporta duas vias inclinadas com mudança de direcção principal de
transporte numa plataforma circular.
Este esquema é bastante simples pois o aumento da profundidade da carreira se realiza sem
reconstrução custosa das trincheiras principais.
A Desvantagem maior é o aumento considerável das despesas destinadas à constituição da
plataforma artificial.
Podem ser abertas por meio de ferramentas manuais em áreas de difícil acesso, embora seja mais
frequente o uso de retroescavadeira. As trincheiras podem ser abertas em quaisquer direções,
embora seja usual a abertura em direções ortogonais a estruturação local, com o objetivo de
cruzar feições como veios e filões potencialmente mineralizados.
Pode ainda ultrapassar os limites da área com indícios de mineralização, com o objetivo de
definir claramente as máximas dimensões da área mineralizada. Numa etapa posterior ao
reconhecimento de feições ou estruturas mineralizadas, é possível ainda a abertura de trincheiras
paralelas a estruturação local, ou seja, ao longo de filões ou veios, com o objetivo de verificar seu
traçado e continuidade.
As trincheiras são indicadas para a prospecção de corpos lineares, quando são necessárias
informações sobre as variações estruturais ou litológicas nas áreas adjacentes ao corpo
mineralizado as trincheiras podem cortar transversalmente grandes faixas de terreno.
Quando há anormalidades detectadas, como por exemplo, afloramentos raros, devem-se abrir
trincheiras transversais que vão informar sobre o caráter das rochas subjacentes.
Também são utilizadas as trincheiras transversais para definições de comportamento tectônico
das rochas.
São abertas trincheiras longitudinais, que acompanham o filão em superfície, quando se prospecta
um veio de pequena espessura (até 2m), com a forma e mineralização muito irregular. Este
método torna possível o traçado exato da morfologia do filão e permite testá-lo em cada ponto,
locando suas irregularidades, por isso, é preferível ao de interceptar o veio por uma sucessão de
trincheiras transversais.
Com auxílio de programas SIG/GIS(MapInfo, ArcGis, Idrisi, Geosoft etc.), sao definedas as
coordenadas de localização das trincheiras (início e fim) ainda no escritório. A locação da
trincheira em campo pode ser feita com GPS, tomando-se as coordenadas do início e do final da
vala e também dos piquetes, após a piquetagem. Se a área está levantada topograficamente com
piquetes, a Trincheira pode ser locada a partir destes, tomando o rumo e a distância do piquete até
o início e final da vala. Ou, após aberta, a equipe de topografia faz os devidos levantamentos.
As trincheiras devem ser abertas com o monitoramento de sua direção, uma vez que devem ser
retilíneas. Esse monitoramento pode se dar visualmente, com GPS, com bússola, teodolito, nível
ou mira. Na abertura das trincheiras é muito importante o posicionamento do material
desmontado. Este não pode ficar alojado de forma a propiciar o soterramento da vala. Portanto,
verificar a direção dos ventos, a inclinação do terreno, entre outros aspectos é muito importante
para que o retorno do material não corra para a vala ou, pelo menos, seja dificultado até que os
serviços de pesquisa mineral estejam concluídos.
As trincheiras perpendiculares ao “trend” têm por objetivo verificar relações de contato,
continuidade de uma sequência de rochas e relações estratigráficas. Aquelas paralelas ao “trend”
visam principalmente verificar a continuidade do corpo mineralizado.
A decisão entre mapear o piso ou a parede depende do mergulho das rochas cortadas pela
Trincheira. Geralmente, se a estrutura é horizontalizada, mapeia-se a parede e se é verticalizada o
mapeamento é do piso.
É importante que se tenha condições favoráveis, tanto no que se refere aos aspectos ambientais,
quanto aos construtivos. Assim, o tipo de solo e a profundidade do lençol freático, são elementos
decisivos na escolha da área; pois terrenos com lençol freático aflorante ou muito próximos da
superfície são impróprios para a construção deste tipo de aterro.
O espaço mínimo, recomendado entre o lençol freático e o fundo da trincheira escavada, é de
3,0m (três metros).
8.2. Critérios ambientais na a escolha da área para colocação da trincheira nas zonas
mineralizadas
Mapa de localização da actividade e do seu contorno com raio de 1.500m, a partir do
perímetro da área;
200m distante de rios e nascentes do perímetro da área;
1500m de distância da população, a partir do perímetro da área;
Deve ser observada a profundidade do lençol freático e tipologia de solo;
300m de distância do perímetro da área de residências insoladas.
Fonte: www.worldlingo.com/ma/enwiki/pt/Mineral_exploration#Stages_of_mineral_exploration
Uma vez aberta a trincheira, o passo seguinte é o seu levantamento. Este consiste de locação da
trincheira, instalação de piquetes/nivelamento, mapeamento topografico e geológico.
O mapeamento de trincheiras pode ser efetuado para elaboração de seções geológicas das paredes
ou piso, por meio de pequenos piquetes para posterior divisão da área em quadriculas por meio
linha ou barbante, em distância compatível com a escala de mapeamento (1/50, 1/100).
Conforme mencionado anteriormente a localização da Trincheira pode ser planejada em
escritório ou ainda, no campo, tendo como base os objetivos pretendidos (a serem alcançados
com a Trincheiras) e os dados de campo.
Amostragem representativa.
As trincheiras de infiltração são dispositivos formados por uma escavação de terra preenchida
com matérias granulares como pedras de mão, brita, areia, e é destinada a coletar, armazenar e
infiltrar as águas de chuva. Além disso, tem uma boa interação com o meio urbano, podendo ser
construída em casas, avenidas e vários outros lugares.
Essas estruturas de infiltração trabalham tanto na redução das vazões máximas, funcionando
como reservatórios de amortecimento, quanto na redução dos volumes escoados, através da
infiltração das águas drenadas, podendo desempenhar um importante papel na remoção e controle
de poluentes do escoamento superficial bem como na recarga das águas subterrâneas.
Equação 1
𝒒 = 𝒌(𝝋) × 𝝋𝒕
Em que:
k(θ) é a condutividade hidráulica em função da umidade, e
φt = potencial total da água no solo, dado pela soma dos potenciais de pressão (φp), pneumático
(φn), mátrico (φm), gravitacional (φg), de temperatura (φT) e osmótico (φO).
Equação 2
𝜕𝜃
= ∇𝑞
𝜕𝑡
Em que:
t é tempo;
θé a humidade volumétrica, e
q é a densidade de fluxo (relação entre a vazão que passa pelo solo e a área efectiva de
escoamento, com dimensão LT-1);
Substituindo 1 em 2 tem-se:
𝜕𝜃
= ∇𝑘𝜃 × ∇𝜑𝑡
𝜕𝑡
O volume de entrada na trincheira adoptado em projecto é estimado em função da intensidade e
tempo de precipitação e da área de drenagem, e é expresso pela equação abaixo:
103
𝑉𝑝 = 3,6
𝑖 × 𝑡𝑑 × 𝐴𝑑
Em que:
Vp = volume de projecto, em m³
i = intensidade de precipitação, em mm/h
td = tempo de precipitação, em s
Ad = área de drenagem conectada à trincheira de infiltração, em m²
A profundidade é uma das limitações das trincheiras, haja vista que as mesmas não podem ser
muito profundas. Não existe uma profundidade máxima rigorosa, pois varia muito dependendo da
região, consistência das litologias a serem cortadas, etc. Entretanto, não se tem mencionado
trincheiras com profundidade maior que três metros, sendo este o limite que poderia ser
considerado como máximo. Para situações onde a prfundidade é maior que 3,0 m deve ser aberto
o poço de pesquisa.
Parâmetros:
Valores adotados para cálculo
Li = Largura inferior da trincheira
Ls = Largura superior da trincheira
H = Profundidade da trincheira = 3,0 m à 5,00 m, dependendo da profundidade do lençol freático
e da tipologia do solo
δ = Peso específico do lixo no interior da trincheira = 0,5 t/m³
P = Produção diária de lixo por habitante (0,6 Kg/hab.dia x população atendida).
Considerações
Produção diária de lixo = 0,6 x população - Kg/dia - ton/dia
C = Comprimento de cada etapa de uma trincheira
VL = Volume diário de lixo gerado na área minerada
Vt = Volume de terra para cobertura de resíduos
Taxa de cobertura = 15%
Cálculos
1
Para a determinação do volume de líquidos percolados, é adoptado o método do balançohídrico.
Este método procura expressar o fluxo de água num aterro, considerando:
A quantidade de água precipitada sobre o aterro;
A fracção que escoa superficialmente, em função do tipo de cobertura e da declividade;
A parte devolvida de água que se infiltra;
A quantidade de água que fica na camada de cobertura, em função da espessura e do tipode
solo utilizado;
A quantidade de água que atinge os resíduos, podendo gerar líquidos percolados.
Os elementos componentes do cálculo devem ser calculados mês a mês, a partir de valores
médios mensais, para o maior número possível de anos de observação.
Onde:
C’ = α x C, sendo que C depende do tipo do solo, da declividade e da estação do ano.
As trincheiras drenantes são feitas com drenos enterrados usados para recolher a água que
percore pelo maciço de solo e conduzi-la até pontos de captação.
São executadas, normalmente, com tubos drenantes instalados em um núcleo de brita. O conjunto
é envolvido com um geotécnico.
Uma variação desse processo, conhecido como "método invertido" é utilizada quando a ocupação
temporária da superfície precisa ser abreviada devido às condições locais
Fig 6 . Construção das estruturas definitivas como paredes, e pilares de uma trincheira na
mineração de grande escala;
Fonte: CAVALCANTI NETO, Mário T. de O. Pesquisa Mineral para Técnicos de Geologia e
Mineração. http://www.pesquisamineralcefet.hpg.com.br.
X. CONCLUSÃO
Chegado ao fim do presente trabalho, concluiu-se que as trincheiras num contesto geral são
escavações a céu aberto, frequentemente com largura variável entre 1m a 3m, profundidade que
varia desde poucos centímetros em áreas pouco intemperizadas até 5m a 6m em terrenos bastante
alterados, com comprimento que pode ser estendido por dezenas de metros.
Quanto ao mecanismo de colocação, podem ser abertas em quaisquer direções, embora seja usual
a abertura em direções ortogonais a estruturação local, com o objetivo de cruzar feições como
veios e filões potencialmente mineralizados. Numa etapa posterior ao reconhecimento de feições
ou estruturas mineralizadas, é possível ainda a abertura de trincheiras paralelas a estruturação
local, ou seja, ao longo de filões ou veios, bem como trincheiras perpendiculares em relação a
estrutura local, com o objectivo de verificar seu traçado e continuidade bem como verificar os
contactos, continuidade de uma sequência de rochas e relações estratigráficas.
Quanto ao mecanismo da sua execução as trincheiras são executadas manualmente usando
ferramentas como: pás, picaretas e barra-mina, não só como também equipamentos mecanizados
tais como: Tratores de lamina, retroescavadeiras, pá escavadeira (para profundidades maiores). E
quanto aos critérios usados na selecção da área para colocação das trincheiras concluiu-se que a
área selecionada para a cocação das trincheiras deve ser observada a profundidade do lençol
freático e tipologia de solo, fazer estudos topográficos, geotécnicos bem como estudos
hidrológicos.