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INSTITUTO SUPERIOR DE TECNOLOGIAS DE

MOÇAMBIQUE

Método de Exploração de Minas e Pedreiras

TEMA: (i) Introdução á disciplina; (ii) Programa da disciplina;


(iii) Fase de Exploração Mineira

Por: Salazar Jorge Mangumo e Luis Nhatumbo

1
OBJECTIVOS
Objectivos Gerais
• Conhecer as metodologias de Exploração de
Recursos Minerais a Céu Aberto, incluindo o
desmonte e transformação de Rocha
Ornamental.
Objectivos Especificos
• Conhecer as fases de mineração;
• Conhecer os principais métodos de exploração
a céu aberto em função das características e
disposição do jazigo mineral;
• Conhecer os princípios para elaboração de PGA
• Conhecer os métodos de encerramento da mina 2
PROGRAMA DA DISCIPLINA

• Estágios da mineração – prospecção, exploração,


desenvolvimento, explotação e fechamento;
• Equipamentos utilizados nas operações de lavra a
céu aberto;
• Classificação dos métodos a céu aberto;
• Método mecânico: Lavra por bancadas;
• Método mecânico: Lavra de rochas ornamentais;
• Método mecânico: Lavra por tiras;
• Métodos hidráulicos: Desmonte hidráulico:
3
PROGRAMA DA DISCIPLINA

• Métodos hidráulicos: Lavra por dragagem


• Métodos hidráulicos: Lavra por furos de sonda;
lavra por lixiviação.
• Fechamento de Mina
• Identificação e controle de riscos ocupacionais em
pedreira.
• Elaboração de um Plano de Gestão Ambiental.

4
ESTÁGIOS/FASES DE
MINERAÇÃO

5
6
7
Fases de Mineração (Cont.)

As principais Fase de Mineraão São:


̶ Prospecção/Pesquisa Mineral;
̶ Desenvolvimento;
̶ Produção;
̶ Fechamento;

8
Prospecção/Pesquisa Mineral

̶ Prospecção/Pesquisa Mineral significa a busca por


recursos adequados para a explotação. Inclui:

• Pesquisa e análise de dados históricos de explorações;


• Realização de levantamentos topográficos, estudos
geológicos e geoquímicos;
• Campanhas de sondagem, abertura de trincheiras e
amostragens.

9
10
AVALIACAO

̶ Avaliação significa a determinação da viabilidade


técnica e econômica de um Recursos Mineral.
Inclui:

• Avaliação de volumes e teores dos depósitos;


• Testes metalúrgicos e de tratamento mineral;
• Análise de infraestrutura e logística;
• Estudos de mercado;
• Avaliação economica/financeira.

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AVALIACAO

• A etapa de avaliação geralmente produz um


estudo de viabilidade (Feasibility Study) que
define as Reservas Minerais provadas e
prováveis, levando a uma tomada de decisão
para avançar ou não a próxima fase.

12
AVALIACAO

13
DESENVOLVIMENTO

̶ Desenvolvimento significa estabelecer acessos e


preparar para a implantação do projeto visando a
future extração, tratamento e transporte da produção.
Inclui:

• Remoção das camadas superficiais (Pre-Stripping);


• Construção de shafts;
• Construção de estradas e acessos.

14
DESENVOLVIMENTO

15
PRODUCAO

̶ Produção significa o dia-a-dia das atividades


visando a obtenção de um produto vendável. Inclui
desde a extração até a atividades antes da venda.

16
FECHAMENTO

• Fechamento ocorre após o término das operações


mineiras e inclui a desmobilização e reabilitação
das áreas degradadas.

17
RESUMO DA AULA ANTERIOR

18
CRITÉRIOS DA SELECÇÃO DO MÉTODO DE
MINERAÇÃO A CÉU ABERTO

̶ Explorações a Céu Aberto: São aquelas em que os


trabalhos de escavação realizados para o arranque
da substância útil estão em contacto com o ar livre.

̶ Vantagens e devatagens da mineração a céu


aberto (analisar profunidade limitada, custos e
investimentos)

19
CICLO DAS OPERAÇÕES A CÉU ABERTO

20
MORFOLOGIA DE SOLOS

21
MORFOLOGIA DE SOLOS (Cont)

22
JAZIGOS TIPICOS PARA A LAVRA A CÉU ABERTO

23
JAZIGOS TIPICOS PARA A LAVRA A CÉU ABERTO

24
JAZIGOS TIPICOS PARA A LAVRA A CÉU ABERTO

25
JAZIGOS TIPICOS PARA A LAVRA A CÉU ABERTO

26
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE

̶ Arranque e carga sem uso de explosivo:


o Pás escavados: 1. De balde único (Pá mecanica de balde frontal
“Shovel”, Balde de arrasto “Dragalines”, Retroescavadora “
“Backhoe”; 2. De Balde Multiplo (Cadeias de baldes “Chain
Digger” e Roda de baldes “Bucket weels”;
o Bulldozers
o Escarificadores “reppers”
o Scrapers ou arrastrilhos
o Dragas
o Fio helicoidal, diamantado e roçadouras
̶ Carga
o Pás carregadoras
o Grúas

27
RODA DE BALDES “BUCKET WEELS”

28
CADEIAS DE BALDES “CHAIN DIGGER”

29
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE

̶ Transporte:
o Camiões basculante “Dumpes” e smelhantes “Trucks”
o Caminhos de ferro
o Telas transportadoras;
o Skips

30
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE

̶ Os principais sistemas de transporte são trens,


camiões, correias e “scrappers”. “Skips” e “pipelines”
são métodos adicionais mas limitados.
̶ Os custos variam com a distância mas não em
proporção direta.
Em geral:
o trens são melhores para distâncias muito longas,
o correias transportadoras para distâncias longas,
o Caminhões para distâncias pequenas,
o “scrappers” para distâncias muito pequenas.
31
CONTINUAÇÃO DA AULA
ANTERIOR

32
EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE
̶ Na mineração à céu aberto os meios de transporte pertencem
quase que totalmente aos ramos convencionais: rodoviário,
ferroviário e hidroviário.

̶ Podem também ser utilizados transportes não convencionais


como oleodutos, gasodutos, minerodutos e correias
transportadoras.
̶ O transporte se caracteriza por grandes massas a serem
transportadas, pequenas distâncias e pequenas velocidades.
̶ A seleção do tipo de transporte é determinada por 3 fatores
básicos:
1. Características do jazigo/mineral,
2. Tamanho da explotação, e
3. Intensidade de condução dos trabalhos.
33
4. Distância
LAVRA POR BANCADAS

34
Frentes de Desmonte

35
SISTEMAS DE BANCADA SIMPLES (ÚNICA) E
MÚLTIPLAS

̶ A lavra por bancadas pode ser por bancada única ou


bancadas múltiplas.
̶ A banca simples/única possui frentes corridas ou
paralelas;
̶ As bancas múltiplas desenvolvem-se assumindo-se
blocos de desmonte;

̶ A direcção da lavra depende da produção exigida, do


perímetro da frente, da topografia, do tipo de jazigo e
dos equipamento de transporte.
36
Corte de uma frente com um único banco

37
Corte de uma frente com bancos multiples

38
SITUAÇÃO DAS FRENTES DE LAVRA EM RELAÇÃO
AS VIAS DE TRANSPORTE

39
SITUAÇÃO DAS FRENTES DE LAVRA EM RELAÇÃO
AS VIAS DE TRANSPORTE

40
Frentes de Desmonte
(Cont.)

41
DIMENSIONAMENTO DAS BANCAS

̶ As dimensões das bancadas vão depender de um


grupo de factores:

Das caracteristicas do terreno;


Do modo de execução do desmonte;
Da selectividade exigida;
Valor comercial dos produtos

̶ Quanto maior for a selectividade exigida na


exploração e mais elevado for o valor comercial dos
produtos, menor deverá ser a altura dos degraus 42
ÂNGULOS DE TALUDE E DE DEGRAU

43
CONCEITOS IMPORTANTES

̶ Talude: É a conformação do terreno definida entre o


pé e a crista de uma bancada de lavra ou disposição
de estéril.
̶ Bermas: Praças horizontais formadas entre os taludes
com objetivo de promover as operações de lavra.
̶ Pé de Banco: Interseção da face de desmonte com as
bermas inferiores.
̶ Crista de Banco: Interseção da face de desmonte com
bermas superiores.
44
CONCEITOS IMPORTANTES

̶ Ângulo de Face dos Taludes (angulo de talude) : E a


inclinação apresentada individualmente por uma
bancada, formada pela interseção entre o plano da
berma e o alinhamento entre o pé e a crista.

̶ Ângulo Geral dos Taludes: É o ângulo formado pelo


alinhamento que passa pelo pé do conjunto de
bancos e plano horizontal do fundo da cava ou pilha
de estéril.

̶ Estéril: Todo material descartado da lavra, em caráter


temporário ou não. 45
CONCEITOS IMPORTANTES

̶ Estéril Temporário: Estrutura formada pelo


lançamento do estéril ou minério marginal, destinada
aproveitamento futuro.
̶ Berma final ou de segurança: Praça mínima deixada
após a lavra ou disposição de estéril.
̶ Pit: Conformação final da área máxima de lavra
̶ Rampa: Acesso inclinado entre dois bancos
sucessivos
̶ Estrada de Acesso: conjunto de rampas intercaladas
por trechos planos ou não.As dimensões das
bancadas vão depender de um grupo de factores:
46
ÂNGULOS DE TALUDE E DE DEGRAU

47
ÂNGULOS DE TALUDE E DE DEGRAU

48
ÂNGULOS DE TALUDE E DE DEGRAU

49
ÂNGULOS DE TALUDE E DE DEGRAU

50
ÂNGULOS DE TALUDE E DE DEGRAU

Sendo:
h-altura do degrau;
α-ângulo de talude;
β-ângulo de talude de trabalho;
ϒ-ângulo de talude final

Quanto maior for a altura dos degraus, maior


será a rentabilidade de desmonte e de
transporte 51
ÂNGULOS DE TALUDE E ALTURA

Alturas
Alturas exageradas trazem consigos os seguintes
incovenientes:
1) Insegurança devido a maior probabilidade de
queda de blocos ou pedras pondo em perigo os
trabalhadores e o equipamento;
2) Perturbação no rítmo da extracção por obstrução
temporária das vias de transporte;
3) Dificuldade de saneamento das frentes
principalmente durante os turnos da noite;
4) Oversizes escessivos no caso de desmonte 52
ÂNGULOS DE TALUDE E ALTURA
IMPACTOS DAS RUPTURAS DE TALUDES PODEM CAUSAR
SEGURANÇA / FATORES SOCIAIS
– Perda de vidas/invalidez.
– Perda de ganho para os trabalhadores.
– Perda de confiança dos trabalhadores.
– Perda de credibilidade da corporação tanto externamente como com os
acionistas.
FATORES ECONÔMICOS
– Interrupção das operações.
– Perda de minério.
– Perda de equipamento.
– Aumento de remoção de estéril.
– Custo adicional de limpeza.
– Perda de mercado.
53
ÂNGULOS DE TALUDE E ALTURA
IMPACTOS DAS RUPTURAS DE TALUDES PODEM CAUSAR

FATORES AMBIENTAIS E REGULATÓRIOS


– Impacto ambiental.
– Aumento do rigor dos regulamentos.
– Impacto no fechamento da mina.

54
ALTURA DOS BANCOS

max. 1 m

55
ÂNGULOS DE TALUDE E DE DEGRAU

Alturas:
De um modo geral:

1) No desmonte sem explosivos as alturas dos


degraus variam de 4 a 10 metros, qual deverá ser
tanto menor quanto mais brando o material.

2) Em rochas duras onde as escavadoras são


utilizadas como equipamento de acrga após a
fragmentação por explosivos as alturas dos
degraus podem atingir 10 a 15 metros 56
LARGURA DOS BANCOS (

Largura (Berma):

1) A largura depende do equipamento utilizado e do


modo operatório podendo atingir 40, 60 até 100
metros.
2) Para o caso de desmonte com escavadoras a la
largura (L) será igual:

L=(1 a 1.5) Ro +l+ l1 + l2

57
LARGURA DOS BANCOS
Largura:
Sendo:
Ro - Raio de alcance da pá escavadora;
l- Distância entre a aresta inferior do degrau e a via
ferroviaria ou rodoviária (geralmente de 3 a 4 metros;
l1 -Largura da via;
l2 -Margem correspondente ao degrau inferior

58
LARGURA DOS BANCOS
Largura:
3) Para o caso de desmonte com explosivos a la
largura (L) será igual:
L=A +l+ l1 + l2 + l3
Sendo:
A – Estensão ocupada pelo amontoado da rocha
projectada após o desmonte;
l- A distância entre a base da pilha e o eixo da via
ferroviaria (3 a 4 metros);
l1 –metade da largura de assentamento da via;
59
LARGURA DOS BANCOS

Largura:
l2 –largura corresponde à marginal a manter para
assegurar a extracção das reservas preparadas para
desmonte do degrau interior (10 a 20 metros);
l3 –área do terreno destinada a perfuração (6, 10 e 20
metros).

60
LARGURA DOS BANCOS

A largura de A depende do método de perfuração e


do diagrama de fogo mas em geral calcula-se como:

A= CxHxb(n-1)
Sendo:
C= Um coeficiente que varia de 1,5 e 2;
H- Altura da bancada;
b-distancia entre furos;
n- o número de furos

61
CONCEITOS

Lei de corte “Cut off”: É a concentração mínima que


deve ter o elemento (mineral) no jazigo para ser
explorável ou seja a concentração que torna possível
pagar todos os custos envolvidos no processo
mineiro (extração, processamento e comercialização).

Para análise deve conhecer uma serie de parâmetros


preço de venda, custos, investimentos, o limite final
do pit e a sequencia de exploração

62
FIGURAS DA MINA

DESENHO DE FIGURAS DE MINA

63
FIGURAS DA MINA

DESENHO DE FIGURAS DE MINA

64
FIGURAS DA MINA

DESENHO DE FIGURAS DE MINA

65
PARAMETROS PRINCIPAIS DA TRINCHEIRA

O destape nas minas a céu aberto realiza-se


através da trincheira de acesso (criação de
acessos ou caminhos).
Trincheira.-É uma escavação mineira aberta, que
uma secção trapezoidal e com grande profundidade.

Trinchera Principal.-es la labor inclinada que sirve


para el destape del campo de la cantera y que
permite la vinculación de la superfície con los bancos
de trabajo y,
66
Trinchera de Corte.-Es la labor horizontalque se
PARAMETROS PRINCIPAIS DA TRINCHEIRA

Os principais parâmetros da trincheira são:


• Cumprimento
• Largura
• Pendente????
• Angulo de talude
• Equipamento de transporte

67
CÁLCULO DA ÁREA TRANSVERSAL DA TRINCHEIRA

Área transversal da trincheira (S)

S= h(b+hcotα)
Volume da trincheira de corte(Vtc)

Vtc= Sxl 68
CÁLCULO DA ÁREA TRANSVERSAL DA TRINCHEIRA

Volume da trincheira de transporte (Vta)

Vta= StaxLta
Tgα=i
Lta=h/tgi
Sta=S/2
69
CÁLCULO DA ÁREA TRANSVERSAL DA TRINCHEIRA

Velocidade de excavação da trincheira de corte


(Vc)

Vc= Q/S
Q: Produtividade mensal da pá escavadora

Tempo de execução da trincheira (Ta ou Tc)


T=Vta ou Vtc /Q 70
Aula Teórico-Prático 2
Cálculo de Parâmetros da Trincheira

71
Exercícios

1. Durante a exploração de uma cava de mina é


necessário realizar a abertura e preparação de um
novo horizonte para o qual deve ser aberta uma
trincheira de entrada e outra de corte (400m) em
rochas duras. A largura da trincheira pelo fundo se
termina a partir da condição de colocação/posição do
eixo de transporte e o montão da rocha projectada
após o rebentamento. A altura da bancada é de 12m
e a inclinação é de 75º, a rocha projectada ocupa
uma distancia de 5m, a distancia para assegurar a
extracção do degrau interior é de 13,5 m. 72
Exercícios

A pendente/inclinação é de 30%.
a) Faça a representação gráfica da situação
apresentada em 1.
b) Determine os parâmetros da trincheira, o volume,
a velocidade e o tempo de execução;
c) Represente os resultados obtidos num gráfico
L=f(t).
Considere a produtividade da pá escavadora de 945
m3/ turno e 68 turnos por mês.
73
PROFUNDIDADE DA MINA A CÉU
ABERTO

74
Profundidade da Minas

Recordamos que a escolha da mineração a céu


aberto é tecnicamente e economicamente viável
quando se trata de jazigos:
a) Possantes e aflorantes;
b) Com terrenos estéreis de coberturas não
demasiados esspenços
Existem factores de que depende a escolha deste
método:
c) As características mineralógicas e mecânicas do
minério e das rochas encaixantes;
75
Profundidade da Minas

b) O valor comercial do mineral;


c) A profundidade prevista para a exploração;
d) A topografia e o valor dos terrenos da superfície.
Sabe-se também que:
a) Que os custos unitários de exploração subterrânea
são no geral maiores que os da exploração a céu
aberto;
b) A exploração a céu aberto é mais económica
quanto menos profundo se encontra o jazigo mineral;
c) O acréscimos dos custos unitários a céu aberto
com a profundidade tornam-se maior que 76 na
subterrânea.
Profundidade da Minas

O problema da determinação do limite económico das


explorações em profundidade é preocupante em
mineração a céu aberto que na mineração
subterrânea.
subterrânea.

77
GRÁFICO ANALÍTICO
(custo vs profundidade)

78
GRÁFICO ANALÍTICO
(profundidade limite de exploração a céu aberto)

79
Profundidade da Minas

Para a mineração a céu aberto é válido o seguinte:

• As relações estéril/mineral aumentam à medida


que as explorações progridem em profundidade, o
mesmo sucede com os custos unitários a céu
aberto

• Os custos unitários das explorações subterrâneos


são inicialmente elevados mas apresentam
acréscimos menores coma progressão da
profundidade e na profundidade H se igualam. 80
Profundidade da Minas

A mineração a céu aberto só é vantajosa quando:


Ca<Cs ou seja Cm+R.Ce+Co<Cs
Cm: custo de desmonte e transporte da unidade de volume
do minério;
R: relação estéril/minério em volume
Ce: custo de desmonte e transporte da unidade de volume
do estéril;
Co: custo totais fixos por unidade de volume de minério;
Cs: custo total da exploração subterrânea por unidade de
volume do minério;
Ca: custo total da exploração a céu aberto por unidade 81
de
volume do minério
Profundidade da Minas

Hx= (Cs-Ca)/Ce x e/cotɤ+cotɤ´) - Co/Cm x hc

Hx: altura limite de exploração para taludes verticais;


e: possança do jazigo no local que considerado para os
calculo;
c: cumprimento dos limites de exploração;
h: possança aparente do jazigo que se pretende desmontar

82
Profundidade da Minas

83
ESCOMBREIRAS

84
Métodos de escombreiras

Existem quatro grupos fundamentais de métodos


de escombreiras.

1) Métodos de escombreiras no interior da


escavação;
2) Método de escombreiras no exterior da escavação;
3) Método de escombreiras mistas; e
4) Métodos de escombreiras muito pequenas.

85
Métodos de escombreiras

Métodos de escombreiras no interior da escavação

Neste método se efectua o desmonte dos terrenos


estéreis de cobertura, seguindo-se a sua imediata
deposição à retaguarda das frentes de trabalho nos
vazios criados pela exploração do mineral útil e no
interior dos seus limites.

A literatura anglo-saxónica denomina estes métodos


por “cut and fill”, “open cast” ou “strip mining”
86
Métodos de escombreiras

87
Métodos de escombreiras

Métodos de escombreiras no exterior da escavação


Neste método se engloba os métodos em que não é
possível depositar o estéril subjacente e adjacente ao
jazigo nos vazios criado pela exploração, sendo
assim necessário transportá-los para escombreiras
situadas no exterior dos contornos finais ao nós
designamos por “Método de escombreiras
exteriores”

A literatura anglo-saxónica denomina estes métodos


por “bench mining” que traduzida seria “Método das
bancadas ou degraus” o que de certo modo 88 é
imprecisa em virtude destas características não ser
Métodos de escombreiras

89
Métodos de escombreiras

Métodos de escombreiras mistas

Neste método, após o desmonte dos terrenos de


cobertura se transporta para escombreiras
localizadas parcialmente no interior e no exterior dos
contornos finais da exploração, designam-se
“Método de escombreiras mistas”

A literatura anglo-saxónica denomina estes métodos


por “Combined mining”
90
Métodos de escombreiras

91
Métodos de escombreiras

Métodos de escombreiras muito pequenas

Estes métodos agrupam aqueles em que a


quantidade de estéril a remover é insignificante ou
mesmo nula, métodos aplicáveis com frequência nas
pedreiras, em virtudes do baixo valor comercial das
substancias extraídas que os jazigos contenham
pouco ou menos estéril, para que a exploração seja
viável

92
ALGUNS CONCEITOS USADOS NA
EXPLORAÇÃO MINEIRAS
(Céu abeto e subterrâneo)

93
94
Calculo da Pendente/Inclinação/declive

Exemplo
Distância vertical é de 22,5m
Distância horizontal é 150 m
i= 22,5/150 x 100= 15% 95
Alguns conceitos usados na mineração

• Arranque: Processo de separação do minério do


maciço através de diferentes métodos.
• Ganga: Minerais e/ou rochas sem interesse
económico que ocorrem associados com o minério
(impurezas). A ganga é prejudicial, pode diminuir o
teor, dificultar a extração ou o beneficiamento do
minério.
• Escombros: Estéril que se descarta do minério se
deposita e se deposita na superfície (escombreiras) e
como material de enchimento.
96
Alguns conceitos usados na mineração

• Perdas: Parte da reserva que fica no maciço depois


dos trabalhos de arranque e o que se perde durante o
transporte do minério para a planta de
processamento;
• Perdas planificadas: É resultado de factores
geomineiras ou ocasionadas pelo método de
exploração aplicado.
• Massa mineira: É o minério extraído e levado à
superfície da mina contendo a ganga e escombro.

97
Alguns conceitos usados na mineração

• Coeficiente de empobrecimento: É a diminuição do


componente mineral útil no minério extraído para
superfície em comparação com a que tinha no
maciço. Os factores que provocam o empobrecimento
são: misturas, lixiviação, oxidação, perda do pó mais
fino entre outros.

98
Alguns conceitos usados na mineração

Massa Mineira (Qa)


Qa= Qr +Qm;
Qr: minério e Qm: ganga + escombro

Perda
Kp= Δp/P; Onde

P: é o volume planificado de extração do mineral útil (minério)


Δp: é a perda absoluta do mineral útil
99
Alguns conceitos usados na mineração

Massa Mineira (Qa)


Qa= Qr +Qm;
Qr: minério e Qm: ganga + escombro

Empobrecimento qualitativo: diminuição do conteúdo


do mineral útil pela junção da rocha estéril
ρ= ɤ- ɤʹ/ɤ; Onde
ɤ- conteúdo no minério no maciço (%);
ɤʹ- conteúdo no minério extraído (%);
100
Alguns conceitos usados na mineração

Empobrecimento qualitativo:
ρʹ= V/p

V: Quantidade de rocha estéril adicionado ao minério

101
CORRECÇÃO DO TESTE

102
Correcção de teste 1

1. Mencione 5 (cinco) factores que afectam


directamente a selecção do método de lavra
mineira? (2,5)
Resposta
• Espessura da cobertura e propriedades físicas
da rocha estéril
• Espessura, forma, configuração e estrutura do
depósito mineral
• Modo de ocorrência (posição com respeito à
superfície, ângulo de mergulho) 103
Correcção de teste 1

• Condições hidrogeológicas na mineração


• Condições climáticas da área de mineração
• Fatores econômicos (teor de minério, custos
comparativos de mineração, capacidades de
produção requeridas)
• Fatores ambientais: - preservação da superfície
(recomposição topográfica)
• Prevenção da poluição do ar e da água
104
Correcção de teste 1

2. A exploração de recursos minerais para


construção é a principal actividade mineira
praticada na Província de Maputo, com maior
enfoque para a pedra de construção através da
mineração a céu aberto.
a) Que factores ou que elementos iria considerar
para a determinação da altura dos bancos numa
determinada pedreira? (1,5V)

105
Correcção de teste 1

Resposta
• Dureza das rochas e consequentemente a
estabilidade do maciço;
• O tipo de equipamento a utilizar

106
Correcção de teste 1

b) Que consequências podem resultar do uso de


alturas com valores acima dos recomendados
para este tipo de exploração? (2.0V)
Resposta
– Insegurança devido a maior probabilidade de queda de
blocos ou pedras pondo em perigo os trabalhadores e o
equipamento;
– Perturbação no rítmo da extracção por obstrução temporária
das vias de transporte;
– Dificuldade de saneamento das frentes principalmente
durante os turnos da noite;
– Oversizes escessivos no caso de desmonte com explosivos.
107
Correcção de teste 1

c) Que tipo de escombreira iria adoptar para este


tipo de pedreiras? Fundamente. (1,0V)
Resposta
• Escombreira pequenas porque a quantidade de
estéril a remover é insignificante ou mesmo
nula, com o baixo valor comercial da pedra.
d) Usando a lógica sobre o tipo de exploração
referido em 2 e os factores considerados em a) o
ângulo de talude será maior ou menor? (1,0V)
Resposta
108
• O angulo de talude será maior
Correcção de teste 1

3. Para a abertura de uma mina a céu aberto pelo borde


final de cada horizonte se prepara uma trincheira de
corte ao longo de todo campo da mina com 1.400
metros, a largura da trincheira pelo fundo é de 25
metros, a altura dos bancos é de 12 metros, a berma é
de 10 metros e a inclinação dos bancos é de 75º,
pendente/inclinação/declive de 8%. Para os trabalhos
da mina será usada uma pá escavadora EKG-5 com
produtividade de 100.000 m3/mês, a qual diminui em
90% devido ao sistema de transporte aplicado.

a) Determine os tempos de execução e a velocidade


109
de
profundação dos trabalhos na mina. (6V)
Correcção de teste 1
Dados Desig Unidade
Cumprimento trincheira de Corte Lc 1 400.00 m
Largura de base b 25 m
Altura do banco h 12 m
Angulo Inclinação Tccɸ 75 graus
Pendente/inclinação i 80 %
Valor da inclina ii 0.08
Berma A 10 m
Cotagente de ângulo cotgɸ 0.26795
Produtividade da pá Q 90 000.00 m3/mês
Cumprimento trincheira de acesso Lta=h/tg 150.00

1.5V a) Área da secção transversal Sc= h(b+hcotgɸ) 338.58 m2


Áreas da secção transversal Sa Sa=Sc/2 169.29 m2

1.5V b) Volume de trincheira de corte Vtc= Sc*Lc 474 018.72 m3


Volume de trincheira de acesso Vta=Sa*Lta 25 393.86 m3

1.5V c) Velocidade de trincheira corte Vc=Q/Sc 265.81 m/mês


Velocidade da trincheira de acesso Va=Q/Sa 531.62 m/mês

1.5V d) Tempo de aprofundamento no corte Tc=Vtc/Q 5.27 meses


d) Tempo de aprofundamento no acesso Ta=Vta/Q 0.28 110
mês
Correcção de teste 1

4.0 O esquema que se segue foi proposto por Abrão e


Oliveira (1998) ilustrando um empreendimento mineiro.

a) Elabore um diagrama que ilustre as fases tidas em


conta e que tenham culminado com a execução do
referido empreendimento mineiro. (2V)

111
Correcção de teste 1

112
Correcção de teste 1

113
Correcção de teste 1

b) Usando designações próprias sobre a figura acima,


debruce-se sobre os fundamentos estudados em aulas
nomeadamente sobre a profundidade limite de
exploração e a disposição de escombreiras. (4V)
 

114
Correcção de teste 1

115
Correcção de teste 1

Resposta
• O estéril extraído das zonas E para poder-se explorar
o corpo tracejado
• em preto é depositado numa escombreira exterior B.
• H é a profundidade limite na qual os custos de
exploração se tornam igual aos de exploração
subterrânea (Ca=Cs), pelo que optou-se pela abertura
duma mina subterrânea que permitiu a extração do
corpo em diante.

116
LAVRA DE ROCHAS
ORNAMENTAIS

117
Rochas Ornamentais

A lavra das rochas ornamentais tem como objectivo a


remoção de material útil ou economicamente
aproveitável dos maciços rochosos.

O produto da etapa de lavra ou extração é o bloco de


arestas aproximadamente retangulares ou
quadrangulares de dimensões variadas

118
Rochas Ornamentais

A extração dos blocos de rochas ornamentais pode ser


realizada tanto por lavra à céu aberto como por lavra
subterrânea. O primeiro tipo de lavra ocorre em maior
frequência.

119
Rochas Ornamentais

Lavra por desabamento


O método de lavra por desmoronamento ou
desabamento é aplicado para os casos em que a rocha
se apresenta sob a forma de prismas delimitados por
falhas ou planos de esfoliação, dispostos em
afloramentos caracterizados por elevados gradientes
topográficos.
Nos pontos de queda (pé da encosta), o volume
desmontado é desdobrado em volumes secundários
(filões), que serão tombados e esquadrejados em
blocos. 120
Rochas Ornamentais

121
Rochas Ornamentais

O método por desmoronamento de capas naturais é


limitado a poucos casos, onde prevalecem as condições
estruturais favoráveis.

Embora sejam tomados todos os cuidados e


precauções, é inevitável o desperdício de uma
considerável quantidade de rocha, pelas características
geológicoestruturais presentes no maciço e pelo
desabamento propriamente dito, acarretando perdas
econômicas pelo baixo índice de recuperação da lavra
122
Rochas Ornamentais

O método por desmoronamento de capas naturais é


limitado a poucos casos, onde prevalecem as condições
estruturais favoráveis.

Mesmo com a tomada de todos os cuidados e


precauções torna-se inevitável o desperdício de uma
considerável quantidade de rocha, pelas características
geológico-estruturais presentes no maciço e pelo
desabamento propriamente dito, acarretando perdas
econômicas pelo baixo índice de recuperação da lavra
123
Rochas Ornamentais

Neste método existe um aumento do custo de


transporte dos rejeitos gerados, para as pilhas de
disposição controlada desses volumes descartados,
para liberação dos espaços, evitando não comprometer
a evolução dos trabalhos de lavra.

De modo geral, as condições de segurança no método


de lavra por desabamento são consideradas críticas.

124
Lavra Selectiva

Lavra Selectiva
O método de lavra seletiva aplica-se frequentemente
nos casos onde o maciço a ser explorado possui, como
característica, a presença de famílias distintas de
fraturas com orientações principais preferencialmente
ortogonais.

Assim sendo, tais fraturas podem ser aproveitadas


como planos naturais de separação de porções
rochosas, e com auxílio de cortes complementares,
obtêm-se volumes liberados e prontos para a realização
das operações de recorte e esquadrejamento 125
Lavra Selectiva

126
Lavra Selectiva

A diferença fundamental entre o método de lavra


seletiva e o método por desmoronamento é que o último
condiciona os trabalhos de confecção dos blocos no
local em que se posicionam as porções rochosas após o
desmonte principal, já o primeiro adota critérios de
seleção que permitem a identificação de volumes de
rochas suscetíveis a serem deslocados e transportados

127
Lavra Selectiva

A produtividade da metodologia da lavra seletiva é


geralmente muito baixa e, portanto, torna-se necessário
adotar velocidades elevadas para o desenvolvimento
dos trabalhos mediante a utilização de equipamentos
que permitam versatilidade, potência e alta
produtividade.

De modo geral, a configuração da pedreira apresenta-se


com seus elementos constituintes bastante definidos
(frentes de lavra, praças, rampas de acesso, áreas de
manobras, zonas de deposição de rejeitos etc.) 128
Lavra Bancadas

Lavra Bancadas

No método de lavra por bancadas, a mina é subdividida


em níveis sucessivos de lavra, que evoluem
lateralmente de forma sequenciada, com altura definida
em função da geomorfologia da jazida e das
características físico-mecânicas da rocha.

O número de níveis em lavra é função das


características geomorfológicas do maciço rochoso e
das exigências produtivas 129
Lavra Bancadas

Lavra baixas
É um método dirigida especificamente a maciços
homogêneos, isento de fraturas, sem veios e nenhuma
variação faciológica significativa.

O método apresenta baixa seletividade de material, tem


como característica sua altura (espessura)
correspondente a uma das dimensões comerciais, ou
seja, variável em geral entre 1,8 m e 3,0 m, obtendo-se
blocos diretamente do maciço rochoso com dimensões
próximas àquelas usuais nos teares convencionais.130
Bancadas Baixas

131
Lavra Bancadas

Lavra Altas
As bancadas altas permitem maior seletividade de
material e consequentemente potencial de elevação da
sua taxa de recuperação, e envolvem operações mais
complexas do que o método das bancadas baixas.

O método é usado especificamente para maciços


rochosos heterogêneos do ponto de vista qualitativo e
estrutural, com suas faces verticais (atura) variando em
geral entre 6,0 m e 12,0 m.
132
Bancadas Altas

133
Lavra Bancadas

Este método é aplicado tanto em minas localizadas em


encostas, como naquelas que evoluem em cava,
localizadas abaixo do nível do terreno.

As minas em encostas possibilitam que toda a


movimentação da produção e do rejeito seja realizada
de maneira descendente, reduzindo o custo operacional
da lavra. A drenagem da mina também é facilitada pelo
auxílio da gravidade

134
Pedreira em flanco de encosta

135
LAVRA DE ROCHAS
ORNAMENTAIS (CONT)

136
Lavra subterrânea

Lavra subterrânea
A lavra subterrânea é adotada para alguns tipos de
materiais que, mediante a utilização das novas
tecnologias, podem sustentar o confronto econômico
com os métodos conduzidos a céu aberto.

A atividade de abertura de lavra em subsolo é realizada


mediante a criação de espaços subterrâneos,
denominados salões, sustentados por pilares,
geralmente constituídos por material de qualidade
inferior, uma vez que estes não serão explorados 137
Lavra subterrânea

O sistema de lavra mais utilizado em pedreiras


subterrâneas é o método de câmaras e pilares.

Neste método de desmonte, a massa útil é retirada das


câmaras, deixando-se um conjunto de pilares para
suporte do teto de escavação.
Este método caracteriza-se pela existência de galerias
retas e paralelas
Outros métodos comuns de exploração subterrânea são
o Método de Frentes Corridas e o Método de Corte
Enchimento 138
Lavra subterrânea

139
Lavra subterrânea

140
Lavra subterrânea

Atualmente a lavra subterrânea de rochas ornamentais


vem sendo praticada em vários países como Itália,
Espanha, Portugal, Croácia, Grécia, França, Eslovênia,
Turquia e os Estados Unidos.

A Itália é o país que tem o maior número de lavras


subterrâneas que utilizam vários equipamentos e
técnicas para a extração, dependendo da configuração
do depósito. São cerca de 45 pedreiras subterrâneas na
região de Carrara de mármores.
141
Lavra subterrânea

Os principais fatores que podem estar na decisão de


avanço para uma exploração em subterrâneo são:

 Existência de material excelente qualidade sob


elevadas coberturas de solos e de material de fraca
aptidão ornamental.
 Áreas licenciadas de reduzidas dimensões que
inviabilizam o alargamento da pedreira e a remoção
das camadas superficiais estéreis.
 Forte pressão ambiental.
142
Lavra subterrânea

Para a abertura de uma exploração subterrânea devem


ser realizados estudos preliminares aprofundados que
permitam caracterizar o maciço rochoso em questão e
definir o “modelo geomecânico” do mesmo:
 Estudo geológico;
 Características estruturais da jazida;
 Características geomecânicas do maciço;
 Estado de tensão in situ;
 Dimensões possíveis para as cavidades;
 Recuperação da jazida; e
 Rendimento
143
Lavra subterrânea

Posteriormente a esses estudos, é selecionado o


método de desmonte. Na seleção do método de
desmonte, devem ser levados em consideração os
seguintes fatores:
 Características geológicas do local;
 Morfologia;
 Espessura e inclinação das camadas;
 Continuidade da jazida;
 Profundidade da jazida; e
 Fatores econômicos
144
Tecnologias de lavra

Tecnologias de lavra

Na antiguidade os blocos de mármores eram extraídos


mediante a introdução de cunhas de madeiras nas
fissuras naturais do corpo rochoso

145
Tecnologias de lavra

146
Tecnologias de lavra

A escolha das tecnologias de corte é função de:


• Características da jazida, no que se refere a suas
reservas,
• Parâmetros geoestruturais,
• Características minero-petrográficas e estruturais da
rocha,
• Infraestrutura local existente e
• Disponibilidades financeiras do empregador.

147
Tecnologias de lavra

As tecnologias de corte denominadas como tradicionais


e avançadas podem ser divididas em dois grupos
principais: tecnologias cíclicas e tecnologias de corte
contínuo
As tecnologias cíclicas são aquelas em que os cortes
necessários para o isolamento de volumes de rocha são
realizados mediante a sucessão de diversas operações:
• Divisão mecânica com cunhas;
• Corte com perfuração e explosivo;
• Corte com perfuração contínua; e
• Divisão mediante argamassa expansiva
148
Tecnologias de lavra

As tecnologias de corte contínuo constituem-se


basicamente naquelas cujas operações são efetuadas
sem o uso predominante de perfuração. Este tipo de
tecnologia encontrou sua consolidação nas operações
em rochas de origem carbonática (mármores)
• Fio helicoidal;
• Maçarico (flame-jet);
• Cortador à corrente;
• Cortador à corrente diamantada;
• Fio diamantado; e
• Corte com água (water-jet). 149
Técnica de divisão por cunhas

Técnica de divisão através de cunhas


Existem duas tecnologias por meios mecânicos de
utilização de cortes de rochas ornamentais através de
cunhas: manuais e hidráulicas
Cunhas manuais “Pichote”, são constituídas pela
própria cunha e de duas chapas metálicas
(contracunhas). Estes elementos quando introduzidos
nos furos sob pressão, transmitem uma tensão às
paredes dos furos e como consequência se produz uma
linha preferencial de fraturamento, o que
consequentemente provoca a rutura do prisma ou do
bloco 150
Técnica de divisão por cunhas

151
Técnica de divisão por cunhas

Cunhas Hidráulicas
As cunhas hidráulicas são constituídas por uma bomba
hidráulica de alta pressão e por vários cilindros
hidráulicos, cada um deles unido a bomba através de
mangueiras flexíveis reforçadas de alta pressão, com a
bomba sendo acionada por um motor elétrico, ou a
diesel, ou pneumático.
Cada cilindro é composto de um macaco hidráulico de
efeito duplo, que funciona sob uma pressão hidráulica
de 50 MPA e de um conjunto de cunha e contracunha
na sua parte inferior.
152
Técnica de divisão por cunhas

153
LAVRA POR LIXIVIAÇÃO

154
Mineração por Lixiviação

Conceito de Lixiviação

É a dissolução do mineral do metal de valor pela água


ou por uma solução aquosa do agente lixiviante.

Utilização

O processo de lixiviação é executado com o objetivo


único de separação e consiste, tipicamente, na remoção
do metal de valor de modo a separá-lo de uma grande
massa de ganga com um beneficiamento mínimo155 do
minério.
Mineração por Lixiviação
Utilização (Cont.)
Em alguns casos, a lixiviação também é usada para a
remoção de impurezas. Quando realizada com este
objetivo, o processo é chamado beneficiamento
lixiviação ou hidrometalúrgico.

Na lixiviação, os reagentes mais comuns são ácido


sulfúrico, sulfeto férrico, amônia e carbonato de amônio.
O ácido sulfúrico é usado com minerais da classe dos
óxidos; sal férrico oxidante é empregado no ataque a
sulfetos, e as soluções amoniacais são empregadas na
lixiviação de cobre nativo ou cobre e níquel no estado
156
metálico
LAVRA DE PLACERES

157
Lavra de Placeres
MINERAIS DE PLÁCERES

Os principais minerais concentrados em pláceres são os


minerais de estanho, platina, nióbio, tântalo, titânio,
zircônio, ETR, ouro nativo e diamante;

Os principais minerais de alta densidade encontrados


em areia de praia com concentração de até 5% são
ilmenita, rutílio, zircão, granadas e monazitas

158
Lavra de Placeres

Paleação de material até aos sluices concentradores: a


água necessária é acumulada numa pequena represa e
conduzida através de canais à área de lavra.
Os sluices se montam numa trincheira aberta na rocha
de base, o ponto mais baixo do placers

Desmonte hidráulico

159
Lavra de Placeres

160
Lavra de Placeres

161
Lavra de Placeres (Peneiramento)

162
IDENTIFICAÇÃO E CONTROLO DE
RISCOS

163
Riscos na Mineração

Os riscos das atividades mineiras dependem


de algumas condições, sendo de destacar as
seguintes:
• Tipo de mineral ou lavra
• Formação geológica do mineral e da rocha
encaixante
• Percentagem de sílica livre no minério
lavrado (Por exemplo mármore <granito)
164
Riscos na Mineração
• Métodos de lavra. Implicam em diversos
riscos, pois alteram o maciço rochoso,
possibilitando desabamento, se não forem
executados adequadamente.

165
Riscos de acidentes na Mineração
• Deslizamentos: podem ocorrer não só em
minas de subsolo, mas em minas a céu aberto;
• Máquinas e equipamentos sem proteção, tais
como correias transportadoras, polias, guinchos
etc.;
• Eletricidade: fiação elétrica desprotegida,
disjuntores e transformadores sem proteção,
supervisão e manutenção insuficiente e falta de
sinalização são fatores de risco elétrico; 166
Riscos de acidentes na Mineração
• Falta de proteção de aberturas dos locais de
transferência e tombamento de minério,
escadas com degraus inadequados,
escorregadios e sem corrimãos, passarelas
improvisadas sem guarda corpo e corrimão;
• Iluminação deficiente: propicia quedas e
dificulta a identificação obstaculos;
• Pisos irregulares;
• Trânsito de equipamentos pesados. 167
Riscos Ambientais na Mineração
Físicos:
• Radiações ionizantes: presentes em
minerações de urânio, podendo ainda ocorrer
na presença de radônio, principalmente em
minas subterrâneas.
• Radiações não-ionizantes: ocorrem em
atividades de solda e corte e são decorrentes
da exposição à radiação solar, que é de grande
importância em minas a céu aberto; 168
Riscos Ambientais na Mineração
Físicos:
• Frio: ocorre em minas a céu aberto em regiões
montanhosas e frias e em níveis superiores de
minas de subsolo, cujo sistema de ventilação
exige o resfriamento do ar utilizado;
• Calor: ocorre exposição em trabalhos a céu
aberto

169
Riscos Ambientais na Mineração
Físicos:
• Humidade: ocorre em trabalhos a céu aberto,
em operações de perfuração a húmido, plantas
de beneficiamento;
• Ruído: é um dos maiores fatores de risco
presentes no setor mineral e decorre da
utilização de grandes equipamentos, britagem
ou moagem, atividades de perfuração (manual
ou mecanizada), utilização de ar comprimido
170
e
atividades de manutenção em geral;
Riscos Ambientais na Mineração
Físicos:
• Vibrações: também presentes na operação de
grandes equipamentos como tratores,
carregadeiras, caminhões e no uso de
ferramentas manuais como marteletes
pneumáticos e lixadeiras.

171
Riscos Ambientais na Mineração
Químicos:
• Poeiras minerais: a de maior importância é a
sílica livre, cuja ocorrência vai depender das
condições geológicas locais. Outras poeiras
também são importantes, como poeiras de
asbestos, manganês, minério de chumbo e de
cromo;
• Fumos metálicos: presentes nas atividades de
beneficiamento (moagem, britagem e fundição)
172
e nas atividades de solda e corte;
Riscos Ambientais na Mineração
Químicos:
• Névoas: geradas, por exemplo, nos processos
de perfuração decorrentes do óleo de
lubrificação do equipamento, sendo mais
importantes na perfuração manual;

173
Riscos Ambientais na Mineração
Biológicos:
• Exposição a fungos, bactérias e outros
parasitas: decorrentes de precárias condições
de higiene, tais como falta de limpeza dos
locais de trabalho e de sanitários e vestiários.

174
PRINCÍPIOS DE GESTÃO
AMBIENTAL

175
176
IDENTIFICAÇÃO DE IMPACTOS
• Medida de mitigação: Regar sempre que possível as
fontes de emissão de poeiras.
• Medida de mitigação: Calibrar e testar as máquinas
para reduzir a emissão de ruidos ao nível aceitável;
evitar trabalhar nos momentos de descanso.
• Medida de mitigação: evitar o contacto das águas e
efluentes contaminados provenientes dos procesos
mineiros com correntes e rios proximos.
• Medida de mitigação: Repor os solos e sedimentos
retirados durante as operações de abertura de
trincheiras; Montar colectores, isoladores nos locais
de abastecimento, lubrificação e manutenção de
equipamentos, para evitar e controlar fugas e
derrames acidentais; 177
MEDIDAS DE MITIGAÇÃO

• Impacto 1: Degradação da qualidade do ar ou


poluição atmosférica

• Impacto 2: Poluição sonora provocado pelo


funcionamento de maquinarias e equipamentos

• Impacto 3: Degradação e Poluição da água


superficial e subterrânea

• Impacto 4: Degradação e contaminação de solos

178
MONITORAMENTO

179
IMPACTO AO NÍVEL LOCAL/ECONOMICO
• Criação de postos de trabalho
• Construção de infra-estruturas como pontes
e estradas;
• Construção de escolas comunitárias e
abertura de furos de água;
• Financiamento de projectos agrícolas e
avícolas;.
• Um fundos para responsabilidade social;
• Pagamento de impostos e taxas
180
IDENTIFICAÇÃO DE IMPACTOS
• Medida de mitigação: Regar sempre que possível as
fontes de emissão de poeiras.
• Medida de mitigação: Calibrar e testar as máquinas
para reduzir a emissão de ruidos ao nível aceitável;
evitar trabalhar nos momentos de descanso.
• Medida de mitigação: evitar o contacto das águas e
efluentes contaminados provenientes dos procesos
mineiros com correntes e rios proximos.
• Medida de mitigação: Repor os solos e sedimentos
retirados durante as operações de abertura de
trincheiras; Montar colectores, isoladores nos locais
de abastecimento, lubrificação e manutenção de
equipamentos, para evitar e controlar fugas e
derrames acidentais; 181

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