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I. Introdução ............................................................................................................................................. 3
II. Objetivos ............................................................................................................................................... 4
Objetivo geral............................................................................................................................................ 4
Objetivos específicos ................................................................................................................................ 4
III. Metodologias..................................................................................................................................... 4
1. PASSARELAS ..................................................................................................................................... 5
2. Estrutura das luzes ................................................................................................................................ 7
2.1. Vigas ............................................................................................................................................. 7
2.1.1. Esquema das vigas ................................................................................................................ 7
2.2. Escoramentos .................................................................................................................................... 8
2.2.1. Esquema de escoramentos ........................................................................................................ 8
2.3. Cercha ............................................................................................................................................. 10
2.3.1. Esquema de cercha .................................................................................................................. 10
3. Dimensão das passarelas ..................................................................................................................... 11
4. Cargas de cálculo que atuam sobre as passarelas................................................................................ 12
a) Cargas causadas pelo peso da construção ....................................................................................... 12
b) Cargas causadas pela pressão do vento e o peso da neve (em países frios) .................................... 12
c) Cargas produzidas pelo peso de pessoal ......................................................................................... 13
d) Cargas produzidas pelo peso de diferentes equipamentos e meios de Transporte .......................... 13
e) Cargas resultantes do trabalho dos equipamentos e mecanismos (cargas dinâmicas) .................... 13
5. Tipos de passarelas de acordo com o material de que são feitas......................................................... 14
5.1. Passarelas de madeira.................................................................................................................. 14
5.2. Passarelas de aço ......................................................................................................................... 14
5.3. Passarelas de concreto armado .................................................................................................... 15
5.4. Passarelas mistas ......................................................................................................................... 15
6. Elementos que possibilitam a análise e caracterização das passarelas ................................................ 15
6.1. O tipo de acesso .......................................................................................................................... 16
Escadas........................................................................................................................................ 17
Rampas ........................................................................................................................................ 18
6.2. Tipo de tabuleiro ......................................................................................................................... 18
6.3. Tipo de vedações......................................................................................................................... 19
6.4. O tipo de sistema estrutural utilizado .......................................................................................... 20
6.4.1. Passarelas em arco .............................................................................................................. 20
6.4.2. Passarelas em treliça ........................................................................................................... 21
6.4.3. Passarelas em viga .............................................................................................................. 21
6.4.4. Passarelas em suspensão ..................................................................................................... 22
7. Metodologia simplificada de cálculo das passarelas ........................................................................... 22
7.1. Cálculo de vigas transversais ...................................................................................................... 23
7.2. Cálculo da plataforma ................................................................................................................. 26
7.3. Cálculo de vigas longitudinais .................................................................................................... 27
7.4. Cálculo dos apoios ...................................................................................................................... 29
8. Conclusão............................................................................................................................................ 31
9. Referências bibliográficas ................................................................................................................... 32
I. Introdução
Na indústria atividade extrativa envolve vários fatores como é o caso do transporte e locomoção
de equipamentos e do pessoal. As vias de acesso desempenham um fator importante na mina e
devem ser abertas de modo a proporcionar comunicação através de uma ou mais vias principais,
para que possam excluir a possibilidade de interrupção de trabalhos de uma frente de lavra para a
outra. É por isso, que este trabalho aborda um dos temas importantes na atividade mineira, que
fala sobre passarelas, os seus tipos, o material de que são feitas entre vários factos importantes que
tem haver com passarelas. Onde a finalidade é de estabelecer uma ligação entre dois ambientes de
trabalho no mesmo nível, para movimentação de trabalhadores e materiais, construída
solidamente, com piso completo e rodapé.
II. Objetivos
Objetivo geral
Conhecer por completo as passarelas
Objetivos específicos
Conhecer os tipos de passarelas;
Saber da constituição das passarelas; e
Saber a importância das passarelas.
III. Metodologias
Para a elaboração deste trabalho, várias pesquisas foram efetuadas, com vista a busca de
informações de carácter académico, onde tais informações foram retiradas de trabalhos anteriores
de alguns colegas e o fornecimento de vários manuais que abordam sobre esse tema.
1. PASSARELAS
Passarelas são construções que possuam uma forma de uma ponte horizontal ou mesmo inclinada,
cuja função da mesma, é de sustentar as diversas instalações num empreendimento mineiro,
possibilitando deste modo o transporte de produtos e o tráfego humano a uma certa altura sobre o
nível da superfície. As passarelas têm a forma de construções alargadas constituídas por luzes entre
seus suportes.
As passarelas podem ser abertas e fechadas (em forma de galeria) para proteger do vento entre
outros fatores climáticos que possam influenciar no desempenho das atividades.
Além dos diversos meios de transporte, em passarelas, pode se instalar equipamentos diferentes,
tais como: telas, corredores, funis e outros.
Segundo a sua vida útil, as cargas que vão suportar e a sua utilidade, as passarelas podem ser feitas
de madeira, aço, betão armado e ou então mistas; sendo que atualmente as mais utilizadas na
indústria mineira são as de aço.
Na figura a baixo, apresentamos um esquema típico de uma passarela que detém uma central de
via ferroviária e corredores para possibilitar o movimento, ou seja, a circulação de pessoal em
ambos lados.
As vigas longitudinais (1) que estão assentes sobre os apoios suportam as vigas transversais (2),
sendo que estas últimas são colocadas a uma certa distância uma da outra e servem para fixar os
Trilhos (3) e assegurar a plataforma (4) com o objetivo de garantir a circulação de pessoas pela
Passarela.
A cada certo trecho (aproximadamente a cada 3 m) as vigas transversais (2) são feitas com um
maior comprimento (5) com o objetivo de colocar pés de amigos que fixam os corrimões (6). Se
as locomotivas usadas forem de contato eléctrico, sem seguida, em vez de serem os corrimões
atuais serão colocados escoramentos (7) de 2,4 à 2,5 m altura que unem-se na sua parte superior
por uma viga (8) que serve para segurar o cabo que alimenta a locomotiva.
2. Estrutura das luzes
Atendendo a este aspecto, as passarelas das minas podem ser classificadas de 3 formas, as quais
são:
Vigas;
Escoramentos; e
Cercha.
2.1.Vigas
As passarelas de madeira com estrutura nos seus feixes de luz, geralmente são empregues nos
seguintes casos:
Falando agora das passarelas feitas de metal com estrutura de viga, estas são utilizadas
habitualmente nos casos em que sobre elas estarão assentes correias transportadoras ou vagões
ferroviários ligeiros. Isto deve-se ao facto de que elas não estejam capacitadas para suportar
grandes cargas.
2.2.Escoramentos
2.2.1. Esquema de escoramentos
Bem, neste caso também vamos considerar duas mesmas variantes: a passarela de madeira e a de
aço. As passarelas de madeira com estrutura nos seus feixes de luz de escoramento podem ser
usadas em condições permanentes de trabalho (para obras de mais de 15 anos). Elas são utilizadas
fundamentalmente em casos em que sobre elas irão circular meios de transporte ligeiros.
Figura 4: Esquema de escoramento para uma passarela de madeira. 1: Apoio 2: Fundação do
Como pode-se observar na figura 4 a luz e a altura destas passarelas são maiores relativamente às
presentes no esquema da viga. Já as passarelas de aço, encontram o seu uso muito difundido para
diferentes condições e
trabalho.
Figura 5: Esquema de escoramento para uma passarela de metal. 1: Apoio 2: Fundação 3:
Escoramento.
2.3.Cercha
2.3.1. Esquema de cercha
Este esquema pode ser considerado como sendo um melhoramento do esquema que o antecede já
que neste, é adicionado o cabo (5) e a cinta (6) com o que se pode aumentar ainda mais distância
entre os apoios.
A determinação das dimensões das passarelas consiste em encontrar a sua altura e largura. A altura
das passarelas horizontais é estabelecida a partir da altura do nível em que ela se comunica e é
feita a partir do nível zero ao nível da cabeça dos carris ou ao bordo superior do andaime
(dependendo da existência ou não de uma via ferroviária). No caso de passarelas inclinadas a sua
altura é tomada pelas dimensões dos seus extremos. A largura das passarelas determina-se
dependendo do tipo de transporte que sobre elas irão circular. Assim, temos que a largura das
passarelas pelas quais irão possuir vias ferroviárias determina-se a partir do espaço necessário entre
as vias (em caso de mais de uma via), que de acordo com as regras de segurança deve ser de pelo
menos 200 mm. Aqui deve-se prever a existência de corredores para o tráfego humano em ambos
lados com uma largura mínima de 700 mm.
A largura das passarelas com correias transportadoras depende do tipo de transporte empregue e a
sua quantidade. Em caso haver somente uma correia transportadora são previstos corredores para
o pessoal em ambos lados com uma largura mínima de 700 mm. Se está contemplado que nesta
passarela será realizada a recolha de rocha ou uma classificação manual então em seguida os
corredores em ambos lados devem ter pelo menos 1.100 mm de largura. Em caso de existirem duas
correias transportadoras estabelece-se um espaço entre elas de 700 mm e em ambos lados, espaços
de montagem de pelo menos 400 mm. Nos casos em que se prevê realização uma classificação
manual ou recolha de rocha em ambos transportes, deve-se deixar entre eles um espaço de
montagem de 400 mm e em ambos lados
Em caso de ser fechada a altura da galeria se estabelece a partir do critério de que se produza
movimento sem obstáculo de pessoal, tomando-se como norma que pelo menos uma altura de
Nas passarelas de madeira e metálicas com luzes (distância entre os apoios) de até 5 m, são
tomados para o cálculo somente o peso da parte destinada ao movimento, ou o peso da plataforma,
das vigas transversais, longitudinais e o da galeria (se a passarela for fechada), peso da estrutura
de luzes não é levado em consideração. Em caso das distâncias entre os apoios forem maiores, o
peso das estruturas de luzes é levado em consideração e é de acordo com os dados construtivos
mediante o cálculo.
b) Cargas causadas pela pressão do vento e o peso da neve (em países frios)
Quando calculamos passarelas abertas que possuem vias ferroviárias se considera que em toda sua
extensão vão estar espaços vazios, os quais recebem a pressão do vento. A carga causada pelo peso
da neve somente é tomada em conta, em passarelas fechadas e o seu cálculo é realizado de acordo
com a região climática a partir das normas existentes a seu respeito.
c) Cargas produzidas pelo peso de pessoal
Quando calculamos passarelas, temos de ter em conta que durante o período de montagem, em
caso de avarias e em determinadas situações, em seus corredores haverá uma aglomeração de
pessoas, a qual produzirá uma carga, a que consideramos que atua uniformemente distribuída com
valores de 200 à 400 kg por m2.
Aqui podemos mencionar as cargas produzidas pelas correias transportadoras, skips, locomotivas,
vagões, basculantes, etc. Estas cargas são estabelecidas conforme o projeto tecnológico existente
e em outras situações para simplificar os cálculos se substituem as cargas uniformemente
distribuídas por cargas concentradas aplicadas no centro (isto pode ser feito em cargas pequenas)
O efeito dinâmico que é produzido durante o trabalho dos equipamentos e mecanismos toma-se
em conta afetando o valor da carga estática por um coeficiente empírico cujos valores são os
seguintes:
5.1.Passarelas de madeira
Atualmente, na indústria mineira somente são empregues as passarelas feitas de madeira com
fins temporários ou com carácter permanente em minas de pequena dimensão que tenham uma
Como anteriormente referido, dependendo da estrutura das suas luzes, as passarelas de madeira
5.2.Passarelas de aço
Nos dias de hoje, estas são as mais usadas na mineração. São construídas segundo as variantes de
estrutura das luzes vistas anteriormente, dependendo da carga que vai sobre ela atuar.
Normalmente durante a sua construção são usados perfis de duplo T ou trilhos ferroviários.
Nestas passarelas, geralmente a plataforma faz-se de tabelas as quais estão assentes sobre a
estrutura metálica. Em caso de estas passarelas serem fechadas, as galerias fazem-se com paredes
de tijolos correntes ocos ou com placas de fibrocimento.
Os apoios destas passarelas são feitos com a forma de armaduras as quais são retangulares se o
apoio não for muito alto. Quanto maior for a altura do apoio, maior será a pressão do vento e,
portanto, para garantir a estabilidade do mesmo devemos dar uma distância maior entre os seus
pés, o qual atribui-se uma forma trapezoidal.
5.3.Passarelas de concreto armado
Estas passarelas atualmente, são as menos usadas relativamente as de aço na mineração, o que
acontece devido ao grande tempo necessário para a sua construção e por constituírem trabalhos de
construção bastante complexos.
Não obstante, estas passarelas possuem uma série de qualidades valiosas como por exemplo:
5.4.Passarelas mistas
Nestas passarelas é comum que os apoios sejam feitos de tijolos maciços, pedras e concreto,
enquanto que as armaduras e estrutura das luzes são feitas de aço (raramente estas são feitas de
concreto armado), e a parte destinada ao tráfego, como já vimos no caso das passarelas de aço.
O tipo de acesso;
O tipo de tabuleiro;
O tipo de vedações; e
O tipo de sistema estrutural utilizado.
6.1.O tipo de acesso
Falando da transposição dos obstáculos, é importante referir que as passarelas podem ligar lugares
do mesmo nível ou então, lugares de níveis diferentes em relação aos níveis de circulação dos
pedestres. São conhecidas três situações de nível:
É sabido de que existem passarelas com sistemas mecânicos como elevadores, escadas rolantes e
rampas mecanizadas, no entanto, vale ressaltar que estas soluções são muito onerosas no
concernente a sua implantação bem como na sua manutenção e só são utilizadas em situações
muito especificas, como em terminais urbanos de transporte aéreo, rodoviário ou mesmo
ferroviário. Os elementos de transposição de nível mais utilizados são as escadas e rampas ou a
utilização da passarela em arco tornando não só o acesso, mas toda a passarela uma grande rampa,
o que acarreta um aumento considerável do vão da passarela.
Escadas
As escadas constituem uma solução para transposição de nível que impõe o menor percurso ao
pedestre e requerendo também menor espaço para a sua implantação. No entanto, embora estas
necessitem de pouca área para sua implantação, imponha um percurso menor ao pedestre e
consequentemente menor tempo para a transposição de nível, a escada exige um maior esforço
físico e dificulta sua utilização por crianças, idosos, portadores de dificuldade de locomoção, ou
transposição de objetos de maior porte.
Rampas
As soluções provenientes das rampas apresentam a vantagem de permitir seu acesso a pessoas
portadoras de dificuldade de locomoção, bem como transporte mais fácil de pequenos carrinhos, e
objetos com rodas. A declividade máxima com conforto para uma rampa é de 15% proporção
1:6,5, mas normalmente só se utilizam rampas com declividade entre 10% e 12,5% proporções de
1:10 e 1:8 respectivamente. Somando o percurso necessário para subir e descer ao mesmo nível
tem-se o percurso total a ser percorrido pelo pedestre apenas para a transposição de nível, e se
considerarmos uma largura mínima de 1,50 m para a passarela, podemos determinar uma área
mínima para implantação da rampa.
As rampas também podem assumir formas lineares, curvas e helicoidais quadradas ou circulares,
e mesmo não concentrando matéria em pequenas áreas, são elementos de grande porte e forte
presença na paisagem urbana.
6.2.Tipo de tabuleiro
Os tabuleiros das passarelas têm sua largura definida em função do fluxo de pedestres.
Normalmente têm largura superior a 1,50 m e existem passarelas com largura de até 8,0 m. Na
maioria dos casos a largura varia entre 2,0 e 4,0 m. No caso de as passarelas serem utilizadas por
ciclistas, estes valores devem ser acrescidos de 2,0 a 3,0 m não sendo aconselhável largura total
inferior a 6,0 m. Para o cálculo da largura pode-se adoptar:
Onde:
B: largura do tabuleiro, m.
pessoa/m2. v: velocidade (normal = 1,0 m/s, em horários de maior movimento = 1,5 m/s).
É importante observar que, dependendo do tipo e quantidade de acessos, a largura pode sofrer
algum aumento na região do acesso de forma a não criar problemas ao fluxo dos pedestres.
Os tabuleiros podem ser executados com diversos materiais. Os mais utilizados são o aço, a
madeira e o concreto moldado no local ou pré-moldado. O tipo de revestimento do piso varia de
acordo com o material de que é executado o tabuleiro, mas deve ser antiderrapante, principalmente
nas rampas. Nos tabuleiros de concreto ou madeira normalmente utiliza-se o próprio material para
o piso, já nos tabuleiros em aço é comum a utilização de revestimento asfáltico ou pinturas nas
quais se adicionam materiais abrasivos, para tornar o piso antiderrapante.
6.3.Tipo de vedações
Por questões de segurança, as passarelas devem sempre possuir algum tipo de vedação que garanta
não só a segurança como também o conforto dos usuários. As vedações podem se limitar a guarda
corpos e corrimão, e até serem completas, com cobertura e tapamento lateral. O elemento principal
e essencial da vedação é o guarda corpo que é um elemento muito importante na definição formal
da passarela e por isso deve ser muito bem projetado e executado. Ele serve de proteção lateral e
confere uma sensação de segurança ao pedestre. Pode ser concebido como um elemento isolado
apenas fixado ao tabuleiro ou incorporado estruturalmente e formalmente ao mesmo.
Passarelas com sistemas de vedação mais completo, apresentando cobertura e vedação lateral,
oferecem maior conforto e segurança física aos usuários, além de proteger melhor as vias
transpostas, evitando que lixo ou detritos possam ser lançados sobre as mesmas. São mais
utilizadas quando ligam ambientes fechados ou cobertos, ou quando transpõem vias ou locais que
exijam maior segurança, como vias de metro, outras coberturas ou vias de grande tráfego.
Dois aspectos devem ser observados quando da decisão de se adoptar vedações mais completas: o
primeiro é a questão de segurança, pois ambientes fechados tendem a parecer e mesmo ser menos
seguros para os pedestres, que ficam isolados e pouco visíveis de todo o entorno. Este aspecto
pode ser amenizado com a utilização de sistemas de tapamento mais transparentes, porém quase
sempre de custo mais elevado e o segundo aspecto diz respeito à forma e imagem da passarela,
que tende a ficar com maior volume e maior presença visual na paisagem, sendo mais adequado a
lugares mais amplos, com menos poluição visual.
Nas vedações laterais, utiliza-se com mais frequência materiais mais transparentes, como as telas
metálicas, as chapas perfuradas e os tapamentos translúcidos em vidro ou policarbonato, de forma
a não confinar o pedestre em seu percurso.
Os sistemas estruturais são definidores das principais características das passarelas. Podem definir
sua forma e expressão plástica e impõem requisitos relativos a vãos, apoios, acessos, gabaritos e
processos de montagem. Os vários tipos de passarelas podem ser classificados pelo material
empregado (aço, concreto ou madeira), pela dimensão do seu vão (pequeno médio ou grande) ou
pelo sistema estrutural utilizado (viga, treliça, arco e suspensão).
Treliça é o nome dado ao sistema estrutural composto por barras retas, submetidas praticamente
apenas a esforços axiais de tração ou compressão, formando triângulos, cujas ligações são
concebidas como rótulas. Este arranjo dos elementos permite construção de estruturas de grande
altura e pouco peso, configurando-se com uma estrutura bastante rígida em seu plano e muito
eficiente, apresentando deformações e deslocamentos pequenos. As treliças podem ser estruturas
planas ou tridimensionais. As treliças planas suportam carregamento apenas no seu plano, e podem
requerer um sistema de travamento lateral dos seus banzos, principalmente daquele submetido a
esforços de compressão, enquanto que as treliças tridimensionais podem assumir uma
configuração de elementos estruturais tridimensionais, ou de uma grande estrutura tridimensional
semelhante a um tubo dentro do qual temos o tabuleiro. Esta configuração é bastante adequada
quando existem demandas de fechamento ou cobertura da passarela.
A sua largura;
As vigas transversais;
A plataforma;
As vigas longitudinais;
Os apoios e sua fundação; e
Realizar o ensaio da estabilidade da passarela.
Desenvolve-se uma metodologia de cálculo simplificado e para este será escolhida uma passarela
com uma via ferroviária para o centro e corredores para o tráfego humano de ambos lados.
7.1.Cálculo de vigas transversais
Em primeiro lugar devemos fazer os cálculos da largura (A) que a passarela terá.
A = a + B + C+ 2f
Onde:
C e a: largura dos corredores para o tráfego humano, devendo ser de pelo menos 700 mm cada
um.
f: comprimento complementar que serve para fixar os PÉS DE AMIGO que sustentam a grade.
Depois de calculada a largura da passarela, calcula-se em seguida a viga transversal para a qual
Onde:
g: carga produzida pelo pessoal, sendo considerado entre 20,0 à 40,0 μPa.
A carga produzida pelos vagões carregados que se transmite às vigas transversais através dos
seus carris, considera-se que estão atuando em forma de duas cargas concentradas ( dois carris)
𝑄𝑥𝐾1
P1 = P 2=
2
Onde:
Ou seja, o cálculo da viga transversal é feito separadamente, para a luz L a partir das cargas
concentradas P1 e P2 e para as luzes l1 e l2 a partir das cargas uniformemente distribuídas R1 e R2.
Para a luz L:
𝑃(𝐿𝑏)
MfL= , kgf-m
2
Onde:
𝑅1𝑥𝑙12
Mfl1= , kgf-m
2
𝑅1𝑥𝑙22
Mfl1= , kgf-m
2
Para o cálculo de uma viga leva-se em consideração o maior momento fletor e passa-se a calcular
o momento de resistência (W):
Onde:
Se a viga for de aço, escolhe-se o tipo de aço (para conhecer o valor de σf) e o tipo de perfil (ou
seja, se é duplo T, em U, etc.); uma vez que se obtido o valor de W, vai-se às tabelas de perfis e
busca-se o perfil que melhor satisfaz a condição dada. Se a viga for de madeira, usam-se as
seguintes expressões para calcular a sua espessura dependendo da forma da secção da viga.
Onde:
d: diâmetro da viga, cm
e: espessura da viga, cm
b: largura da viga, cm
Se a viga fosse feita de betão, iria estabelecer-se a sua resistência a flexão segundo a marca de
betão e o tipo de armadura usado e se depois seriam achadas as dimensões com as suas fórmulas
dadas.
7.2.Cálculo da plataforma
Onde:
q = gδ0 , kgf/m
Sendo δ0 a largura das tabelas usadas na plataforma. Uma vez conhecido o momento fletor
podemos calcular o W usando a seguinte expressão:
Onde:
f: resistência a flexão da madeira, a qual depende do seu tipo e a espessura destas tabelas será:
Neste cálculo, vamos supor em primeiro lugar que a estrutura das luzes é do tipo de vigas.
Figura 12: Esquema do cálculo da viga longitudinal.
A carga que atua sobre as vigas longitudinais é recebida das vigas transversais, e se produz em
cada viga um Q que será igual à soma de P + R (supondo que existam duas vigas longitudinais).
Para simplificar os cálculos vamos considerar que a carga que atua sobre a viga longitudinal é
uniformemente distribuída e tem uma magnitude:
Onde:
Conhecida a carga atuante podemos calcular o momento fletor que se produz sobre a viga:
Em seguida:
Aqui, a reação do apoio formado pelos dois escoramentos se decompõe segundo a regra do
paralelogramo em duas forças Q1 e Q2 que atuam segundo a direção do escoramento sobre os
pontos B e C dos apoios, além da força normal Q, as forças Q1 e Q2 segundo a direção do
escoramento.
Os apoios das passarelas, são calculados levando-se em conta os esforços verticais que sobre elas
atuam que se devem ao peso próprio de construção e móveis que se encontram sobre ela, e do
pessoal. No cálculo de apoios também levam em conta os esforços produzidos pela ação do vento
que se considera que atua pelos lados (perpendicular a estes) e os esforços longitudinais (segundo
o comprimento da passarela) causados pela travagem dos equipamentos e pelos escoramentos.
Onde:
Onde:
E: módulo de elasticidade.
Devendo-se escolher uma área F tal que o seu momento de inércia satisfaça a expressão:
8. Conclusão