Você está na página 1de 44

2 construção metálica 2005

s u m á r i o

Pontes, viadutos
e passarelas
uma travessia de fascínio,
orgulho e desenvolvimento

Cobertura Metálica
harmoniza-se com a natureza

EDITORIAL ................................................................................ 4 PONTO DE VIST


PONTO A ............................................................ 28
VISTA
Projetos ABCEM: a participação do associado é fundamental A importância da industrialização da construção
em aço
SALA VIP ......................................................................... 6
A solução construtiva deve ser a mais econômica CONSTRUINDO COM AÇO .............................................. 30
e a mais eficiente Fábrica Elring Klinger consome 861t de aço

CAPA ................................................................................ 8
CAPA CONSTRUINDO COM AÇO .............................................. 32
Pontes, viadutos e passarelas: uma travessia de fascí- Cobertura em aço harmoniza-se com a natureza
nio, orgulho e desenvolvimento GALVANIZAÇÃO ............................................................. 34
GALV
INTERNACIONAL .......................................................... 14 Galvanização a fogo amplia longevidade e desempenho
“San Francisco Bay Bridge” do aço

CONSTRUINDO COM AÇO .............................................. 16 NOTÍCIAS ABCEM ........................................................... 35


Cobertura Metálica integra piscina à vegetação circundante • CST comemora produção recorde
• Gerdau Açominas realiza palestra no Panamá
INTERNACIONAL .......................................................... 18 • Dânica lança painel termoisolante
Do projeto à montagem, ponte metálica em Angola ma- • Usiminas e grupo Techint anunciam formação da maior
terializa-se em 150 dias empresa siderúrgica da América Latina
• Telhas Eucatex estão em central hidrelétrica
ARTIGO TÉCNICO ............................................................ 21 • Votorantim Metais traz palestrante internacional
Estudo comparativo do comportamento térmico de qua- • Mangels participa da Tubotech 2005
tro sistemas de cobertura. Um estudo experimental para
reação frente ao calor OPINIÃO .......................................................................... 38

RESTAURANDO COM AÇO ............................................. 26


RESTA SÓCIOS ............................................................................ 39
Usiminas Mecânica embarca ponte para Nova Iorque
SÓCIOS E PRODUTOS ..................................................... 40
CURIOSIDADE ................................................................. 27
O viaduto mais alto do mundo AGENDA ABCEM ............................................................ 42
2005 construção metálica 3
e d i t o r i a l

Projetos ABCEM: SÓCIOS HONORÁRIOS - ABCEM


Francisco Romeu Landi (in Memorian), Gabriel Márcio Janot

a participação Pacheco, Gustavo Penna, Paulo Alcides Andrade, Sidney


Meleiros Rodrigues, Siegbert Zanettini e Siro Palenga.

CONSELHO DIRETOR - ABCEM

do associado
Presidente
José Eliseu Verzoni (Metasa)
Vice-Presidente
Luiz Carlos Caggiano Santos (Brafer)

é fundamental
Mauro Cruz (Perfilor)
Carlos A. A. Gaspar (Gerdau Açominas)
Ulysses Barbosa Nunes (Mangels)
José A. F. Martins (MVC)

A ABCEM continua trabalhando em prol da Construção Metálica. Já Conselheiros Diretores


Siro Palenga (Alufer), Fernando Amaral Tarcha (Belgo Mineira),
está sendo programado o Construmetal 2006 – segunda edição da Feira Fúlvio Zajakoff (Bemo), Marino Garofani (Brafer), Roberto Sérgio
e Congresso Internacional da Construção Metálica, a ser realizado em Abdalla (Cobansa), Cássio F. Loschiavo (Contrato), Edson Zanetti
(Cosipa), Sérgio Iunis C. de Paula (CSN), Paulo Andrade (Paulo
setembro de 2006, em São Paulo. Andrade Engenharia), João N. Motta (UMSA), Pedrosvaldo Caram
Outra boa notícia diz respeito à aprovação do Projeto de Conformidade Santos (Usiminas) e André Cotta Carvalho (V&M).

de Telhas de Aço Galvanizadas, que a ABCEM, em parceria com o Instituto Secretaria Geral
Av. Brig. Faria Lima, 1931 - 9o andar
Brasileiro de Siderurgia – IBS está desenvolvendo, pelo Finep - Financia- 01452.910 - São Paulo, SP
dora de Estudos e Projetos, ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Fone/Fax: 11- 3816.6597
E-mail: abcem@abcem.org.br
Este Projeto consiste na criação de um plano de Conformidade de Telhas, Web site: www.abcem.org.br

que será utilizado pelo PSQ (Programa Setorial de Qualidade) em consonân- A Abcem é a entidade de classe que congrega e representa o
setor da construção metálica no Brasil. Reúne também associ-
cia com o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat ações regionais, escritórios de projeto de engenharia e arquite-
(PBQP-h). O projeto está em sua fase inicial de diagnóstico do mercado. tura de todo o País.

Posteriormente haverá revisão nas Normas Técnicas do produto e em se-


guida, a avaliação das telhas no mercado. CONSUL
CONSULT TOR TÉCNICO
Alexandre L. Vasconcellos
A criação do Procedimento de Qualidade dará suporte ao fabricante
para controlar a qualidade de sua telha na produção, reduzindo custos e JORNALIST
JORNALISTA A RESPONSÁVEL
Dayse Maria Gomes (MTb 31752)
evitando perdas. imprensa@abcem.org.br
A divulgação do Plano de Conformidade das Telhas de Aço dará maior
PUBLICIDADE E MARKETING
visibilidade ao produto e informará ao mercado como exigir qualidade, Elisabeth Cardoso
E-mail: marketing@abcem.org.br
promovendo sua utilização.
Cumprindo o seu papel de promover o uso do aço, a ABCEM por intermé- PRODUÇÃO GRÁFICA, FOTOLITOS
E IMPRESSÃO
dio da Revista Construção Metálica, traz como matéria de capa; Pontes,
Viadutos e Passarelas, construções mais antigas criadas pelo homem para
PERIODICIDADE
sobrepor obstáculos naturais. Maciças e construídas de pedra em arco único Bimestral

algumas ainda existem e remontam de 850 A.C, na Turquia. Esta seção apre- REDAÇÃO E PUBLICIDADE
senta ainda, pontes modernas, projetadas em aço. Av. Brig. Faria Lima, 1931- 9o andar
01452.910 – São Paulo, SP
A Sala Vip bate um papo com o engenheiro e professor Ildony H. Fone/Fax: (11) 3816.6597
Bellei da Unifoa. E-mail: imprensa@abcem.org.br
Site : www.abcem.org.br
A famosa Bay Bridge, em São Francisco (Estados Unidos) é o assun-
TIRAGEM
to na Seção internacional. 7.000 exemplares
Construindo com Aço mostra ao mercado, os sistemas construtivos
CAP
CAPAA
em aço, que são fundamentais para a conscientização da necessidade Ponte João Luis Ferreira - Teresina/PI
de se realizar obras limpas, rápidas, com economia de material e con- Concluída em 1993 pelo engeneiro alemão Germano Frank
Foto: Semdec / PMT
seqüentemente, preservação do meio ambiente.
Construção Metálica é uma publicação editada pela Associação
Desta forma, a ABCEM e a Revista Construção Metálica, reafirmando Brasileira da Construção Metálica desde 1991, com circulação con-
seus princípios e políticas têm apoiado também a realização de ações trolada e dirigida aos profissionais que atuam nos mais importan-
tes segmentos consumidores em todo o território nacional.
institucionais. Nesta jornada, a participação dos associados é fundamental. A revista não se responsabiliza por opiniões apresentadas em
artigos e trabalhos assinados. Reprodução permitida, desde que
expressamente autorizada pelo Editor Responsável.

Engenheiro Mauro Cruz


Vice-presidente de Coberturas Metálicas da Abcem
Gerente de Mercados da Perfilor
4 construção metálica 2005
2005 construção metálica 5
s a l a v i p

A solução construtiva
deve ser a mais econômica
e a mais eficiente
Esta edição traz um bate-papo com
o engenheiro Ildony H. Bellei

O Governo do Estado está com um Bellei - Primeiro a necessidade da


Projeto intitulado “Programa Pontes Me- obra; segundo que ela traga o mínimo
Diretor Técnico da IHB - Engenharia tálicas”, onde serão liberados R$ 63 mi- de transtorno a população, isto só se
e Consultoria S/C desde 1995 e profes- lhões para áreas rurais de 21 cidades da consegue com rapidez e neste parti-
sor do UniFOA deste 1985 (Coordena- região. O senhor acredita que esta é cular a estrutura de aço é imbatível.
dor do Curso de Engenharia Civil de 1995 uma grande oportunidade para se criar
a 2002), Graduado em Engenharia Civil a cultura do uso do aço no país? Existe Por que São Paulo possui tantas
e Eletrotécnica pela UFJF (1967), Dese- mais algum setor que ainda deva ser ex- passarelas construídas em concreto,
nhista da FEM (1960 a 1963) e Gerente plorado pela Construção Metálica? quando esteticamente a leveza do aço
de Projeto da FEM (1970 a 1994), Ildony Bellei - Não tenho dúvidas. No go- contribuiria para uma melhor aparên-
Helio Bellei é responsável por aproxi- verno Franco Montoro foi adotado pro- cia e durabilidade urbana?
madamente 60.000 toneladas de estru- grama semelhante com bastante su- Bellei - O problema continua sen-
turas de aço, deste Edifícios Industriais, cesso, no qual o governo entregava as do cultural, e neste particular a ABCEM
Edifícios de Múltiplos Andares, Pontes, vigas e as prefeituras concluíam a obra. e o CBCA têm um papel relevante na
Viadutos, Passarelas, entre outros. Outros setores que podem ser ex- mudança desta cultura.
Com destaque para o Hangar da Varig plorados pelo estado e prefeituras é o
no Galeão (RJ), com vão livre de 136 de casas e prédios de apartamentos A travessia de Santos/Guarujá/
metros; para o Sider Shopping de Volta até 4 pavimentos. Santos é realizada por meio de bal-
Redonda com 22.000 m2; e para o novo sas. Há anos estuda-se a possibili-
Estádio Municipal de Volta Redonda com Um dos motivos de no Brasil existir dade de construção de um túnel sub-
capacidade para 20.000 espectadores. poucas pontes de aço seria a não terrâneo, devido à passagem de na-
Bellei é autor dos livros: “Edifícios navegabilidade em nossos rios? vios. A construção de uma ponte
a
Industriais em Aço” (5 edição, com Bellei - Não acredito, o nosso pro- móvel em aço seria uma solução? De
8.000 exemplares vendidos), “Edifícios blema é acima de tudo cultural. que forma?
de Múltiplos andares em Aço” (1a edi- O que um estado deve ter em men- B e l l e i - A construção de uma
ção - 2004) e, está finalizando o Manu- te na hora de optar pela construção de ponte com um trecho móvel seria a
al CBCA- Interfaces Aço-Concreto. pontes, viadutos e passarelas? meu ver uma ótima solução, como
6 construção metálica 2005
a que foi adotada deste 1957 sobre aço, houve uma retração. Caso o pre-
o Rio Guaíba, em Porto Alegre em ço do aço sofra uma redução, acredito
que um vão é elevadiço. Em Miami-
o método construtivo que o mercado vai voltar a crescer, mas
USA existem várias pontes com vá- ai vai aparecer outro problema que é
rias soluções, tais como elevadiça, deve ser a falta de profissionais qualificados
basculantes para cima e basculan- para o setor. Infelizmente não há for-
tes laterais. preponderante, mação adequada de desenhistas, pro-
jetistas e montadores. A estrutura me-
Qual a importância do método cons- pois dependo do lugar, tálica exige muito mais do que saber
trutivo e do vão na adoção de pontes calcular ou operar os programas exis-
em aço? O método construtivo e o vão da região e do sistema tentes, exige boa formação em proje-
podem ser o elemento diferencial? to. Em construções metálicas o proje-
Bellei - No meu ponto de vista o adotado. A solução to representa 70% e o cálculo 30%.
método construtivo deve ser pre-
ponderante, pois dependo do lugar,
da região e do sistema adotado. A
construtiva deve ser No Brasil há arquitetos especiali-
zados em pontes de aço?
solução construtiva deve ser a mais Bellei - Se houver são raros, pois
econômica e a mais eficiente no
a mais econômica não existe esta formação.
seu todo.
e a mais eficiente No que as usinas siderúrgicas e os
Nas regiões Norte e Centro-Oeste fabricantes de estruturas podem con-
existe maior dificuldade em se cons- no seu todo tribuir na formação de engenheiros,
truir em concreto. Seria este um nicho projetistas e arquitetos?
para a construção em aço? Bellei - Através de vontade políti-
Bellei - Para que esta premissa Se houver uma redução no preço ca de médio e longo prazo, bem pla-
seja aceita é necessário que os custos do aço, como ficará este mercado? Há nejada, em que se incluiria palestras,
das pontes metálicas cheguem a es- profissionais preparados para a uma seminários, publicações e preços
tas regiões a preços mais competiti- maior demanda? mais competitivos. Com relação às pu-
vos, pois nestas praticamente não Bellei - O mercado de pequenas e blicações estas devem ter um cará-
existem fabricantes e montadores médias construções estava em franca ter bastante prático, como as que o
deste tipo de estrutura. ascensão, mas devido ao aumento do CBCA está desenvolvendo.

2005 construção metálica 7


c a p a

Pontes, viadutos
e passarelas:
uma travessia de fascínio,
orgulho e desenvolvimento
Como seria se tivéssemos que atravessar um rio, riacho PONTE VIADUTO ÁGUA LIMPA - AERO CLUBE
ou mesmo uma rodovia sem utilizarmos uma ponte, viaduto
Inaugurado em 2004, ligando a BR 393 na altura do Bairro
ou uma passarela? Ainda bem que esta preocupação é muito de Água Limpa ao Bairro do Aéro Clube, passando pelo Bair-
antiga, porque desde a remota antiguidade, quando as po- ro Vila Americana, atravessando o Rio Paraíba do Sul, em
pulações começaram a se agrupar em comunidade (aldei- Volta Redonda (RJ), com 510m de extensão e 5.825m2, pe-
as, vilas e cidades) surgiram as primeiras pontes. Estas têm sando 760 toneladas e pista de 7,5m de largura, em vigas
sido sempre motivo de fascínio e orgulho de seus usuários e mistas de Aço tipo COSACOR500 de Alta Resistência Mecâni-
construtores e prova do desenvolvimento de um povo. ca a Corrosão e colunas de concreto.

8 construção metálica 2005


Excluindo as pontes pênseis para Palladio quem primeiro declarou os bre o Rio Oder, na Prússia, em 1734; a
pedestres feitas pelas tribos primiti- três princípios básicos a serem ado- primeira ponte toda em ferro fundido
vas em cipó, os primeiros materiais a tados no projeto de uma ponte: ade- foi construída em 1779, na Inglaterra,
serem usados em construção de pon- quada, bonita e durável. Como exem- para um vão de 31m com 15m de largu-
tes foram a pedra e madeira. plos podemos citas as pontes ra e comprimento total de 59m. Em 1857
As mais antigas pontes de pedra fo- Grubenmann, na Suíça, construída em foi construída, o que acreditamos seja
ram construídas em Roma empregan- 1757 sobre o Reno com dois vãos de a primeira ponte em ferro no Brasil, que
do a técnica dos arcos aprendida com 52 e 59m; a ponte sobre o Rio Elba, em é a ponte de Paraíba do Sul com vão de
os etruscos. E dentre estas podemos Wittemberg, na Alemanha, tendo 14 30m em treliça arqueada, com largura
citar três das mais antigas ainda hoje vãos de 56m em treliça Howe, cons- de 6m. Esta obra de arte foi construída
servindo a população de Roma: Ponte truída em 1848; a Ponte Cascade, nos pelo Barão de Mauá, sendo fundida em
Fabrício (62 A.C.), ponte São Ângelo Estudos Unidos, com 53m de vão e seu estaleiro na Ponta de Areia em
(134 D.C.) e a ponte de Cestio (365 D.C.). 90m de comprimento, segundo Niterói, sob a supervisão de engenhei-
Com relação às pontes de madeira há Culmann a estrutura mais bonita em ro inglês Dadgson. É curioso notar que
noticias de que os romanos as usaram madeira na América. foi esta ponte a primeira no país onde
para a travessia de rios largos, como o Em torno de 1840 começou o perío- se cobrou pedágio: 100 réis por cavalei-
Reno e o Danúbio. Durante a renas- do de transição entre pontes de ma- ro e 60 réis por cabeça de gado. Em
cença, no século XVI, o arquiteto deira e de ferro que durou aproxima- serviço até hoje, sofreu uma reforma
Palladio, usando treliças triangulares damente 40 anos. pela FEM, em 1981, constituindo após
elaboradas por ele, construiu vãos de A primeira ponte a usar ferro fundido 127 anos um excelente exemplo de du-
30 metros. É importante notar que foi foi construída pelo exército alemão so- rabilidade das pontes metálicas.

2005 construção metálica 9


c a p a

No Brasil, as primeiras pontes em treliças totalmente em Pontes em caixão


aço foram construídas há cerca de 100 anos: a de Barão de
As pontes em caixão com piso de concreto foram e são
Juparanã com 9 vãos de 13,40 e dois de 25m, com compri-
usadas para médios vãos e o caixão com piso ortotrópico
mento total de 170m, em curva, com 4,2m de largura, datada
para grandes vãos; este tipo é adotado mais por questão
de 1874; a Ponte Benjamin Constant, em Manaus, com vão
estética em médios vãos do que econômica.
central de 60m e 2 vãos de 30m e treliça Gerber tipo Pratt com
largura de pista de 10,5m e total de 14,5m, cuja construção
Pontes estaiadas
data de 1880. Ambas as pontes ainda se encontram em uso
sendo que a de Manaus foi reparada pela FEM em 1969. As pontes estaiadas são econômicas com piso em cai-
Vale ressaltar uma palavra sobre as pontes pênseis que por xão ortotrópico para vãos em torno de 350m, sendo o maior
si só já são uma história, registrando a construção, no Bra- sucesso a ponte Severin, em Colônia (1960).
sil, da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, em 1926, com
340m de vão livre e comprimento total de 840m. Em 1913, no Pontes mistas
centro de São Paulo, foi construído o Viaduto Santa Efigênia, A partir de 1930 e incrementado após a 2ª Guerra, tiveram
em arco treliçado, recentemente pintado e iluminado. E em início as pontes mistas aço-concreto, onde o tabuleiro é de con-
1900 a ponte de Barra do Piraí, em treliças, com 5 vãos livres creto e a viga é de aço, podendo ser em perfil laminado, soldado
47m, tendo 7m de pista, funcionando originalmente como ou viga caixão. Neste tipo de ponte o aço trabalha junto com o
rodoferroviária. concreto, cada qual na sua melhor função. Para que isto aconte-
Terminando a fase das vigas em arco e treliça, começa- ça é necessário soldar a mesa superior das vigas conectores
ram a surgir as pontes em vigas caixão, estaiadas e mistas; que podem ser do tipo U, L, espirais e atualmente pinos (STUD)
o grande desenvolvimento deste tipo de ponte veio a partir que são soldados por máquinas automáticas que dão um gran-
de 1945 após a 2ª Guerra Mundial. de rendimento, barateando a construção.

Fotos: arquivo Ildony


VIADUTO
NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
Construído entre 1966/1967 com 215m de comprimento,
vãos de 30 e 20m, 17m de tabuleiro e largura da pista de 13m.
Neste viaduto foi utilizado pela primeira vez o Aço Corten
de Alta Resistência a Corrosão, sendo as vigas formadas
por chapas e cantoneiras rebitadas, trabalhando em es-
trutura mista, estando o aço em perfeitas condições ape-
sar do tempo.

10 construção metálica 2005


Elevado NIOCOR da CSN e o COSACOR da Cosipa. • Ponte Ferroviária sobre o Canal de
Estes aços são idênticos aos similares es- Bertioga 1.500m - Bertioga, SP
Um exemplo de construção rodoviá- trangeiros CORTEN, SAC-50, A-242, A-588. • Ponte Rodoferroviária sobre o Rio
ria tipo mista são os elevados construí- A união do sistema misto com os Tocantins 2.100m - Marabá, PR
dos pela FEM no Rio de Janeiro. O eleva- aços de Alta Resistência Mecânica e a • Viaduto Rodoviário sobre a Via Dutra
do da Perimetral, com 7.326m de com- Corrosão Atmosférica foram responsá- Km 95 - 90m - Volta Redonda, RJ
primento, vãos variando de 31 a 60m, lar- veis por este incremento. Como obras • Viaduto Nossa Senhora das Graças
gura de pista de 19m para 4 faixas de executadas por estes tipos de aço e pelo 215m - Volta Redonda, RJ
tráfego, todo ele em vigas bi-apoiadas, sistema misto podemos informar que • Ponte sobre o Rio Macuxis
nos últimos 20 anos foram consumidos 1.200m - Boa Vista, RR
formado por longarinas e transversinas,
perto de 75.000 toneladas, perfazendo • Ponte sobre o Rio Guacá
formando grelhas. Neste elevado, o con-
entre pontes e viadutos cerca de 26 Km; 120m - Mogi das Cruzes, SP
sumo de aço foi da ordem de 25 mil to-
sendo as mais importantes: • Ponte do Salto
neladas e o de concreto de 57 mil m3. 190m - Blumenau, SC
• Elevado da Linha Vermelha
O elevado da Linha Vermelha, com • Ponte Jk
4.336m - Rio de Janeiro
4.336m, vãos variando de 20 a 65m, largu- 1.200m - Brasília, DF
• Elevado da Perimetral
ra de pista variável, sendo em alguns tre-
7.326m - Rio de Janeiro Fonte: Ildony H. Bellei
chos de 2 pistas de tráfego, em outras 5
pistas, sendo parte em viga caixão contí-
nua e parte em grelhas. Neste elevado o
CONHEÇA AS PONTES, OS VIADUTOS E AS PASSARELAS
consumo de aço foi da ordem de 22 mil FABRICADOS E MONTADOS POR ALGUNS ASSOCIADOS A ABCEM
toneladas e o de concreto de 28 mil m3.
METASA CONSTRÓI VIADUTO, PONTES E PASSARELAS
Aços de Alta
SÃO CAETANO
Resistência Mecânica
Vigas principais sustentadas por um arco
É importante salientar que as pon-
metálico formado de perfis soldados; liga-
tes metálicas, que passaram por um pe-
ções feitas com tubos metálicos entre lon-
ríodo de recessão, devido ao grande in-
garinas e arco; transversinas de apoio sol-
cremento do concreto, voltaram a ga-
dadas/parafusadas às longarinas.
nhar força a partir de 1964, quando co-
Cliente
Cliente: Contracta Engenharia Ltda.
meçaram a surgir no Brasil os aços de
Local
Local: São Caetano do Sul (SP)
Alta Resistência Mecânica e a corrosão
Extensão em metros
metros: 56m
Atmosférica (ARBL). Entre estes pode-
Vão em metros
metros: 10 e 11m
mos citar o Corten (United State Steel) e
Vão em metros em arcoarco: 10 e 11m
o SAC-50 (Japão). Com isto começaram
Quantidade de aço utilizada
utilizada: 250t
a surgir uma grande variedade de pon-
Usina fornecedora do aço aço: Cosipa
tes e viadutos e entre estes podemos
Fabricação e montagem
montagem: Metasa
citar o Viaduto Nossa Senhora das Gra-
ças, em Volta Redonda, posteriormente VLP PAULISTÃO
surgiram os Elevados da Linha Verme-
Passarela caixão treliçada, soldada/para-
lha, Elevado Perimetral, Ponte do Iapú,
fusada; longarinas, vigas perfil I, ligações
Ponte Própria Colégio, etc.
soldadas, vigas caixão para apoio do
mezanino soldados e treliçados.
Aços de Alta Resistência
Local
Local: São Paulo
Mecânica Nacional Extensão em metros
metros: 7Km
Com a evolução da Siderurgia Brasi- Vão em metros: 20, 30, 35 e 40m
leira começaram a surgir os aços de Alta Quantidade de aço utilizada: 7000t
Resistência Mecânica e a Corrosão Atmos- Usina fornecedora do açoaço: Cosipa
férica, de fabricação nacional, tais como: o Fabricação e montagem
montagem: Metasa
2005 construção metálica 11
c a p a

EUSÉBIO MATOSO
Ponte para pedestres sobre a Avenida Eusébio Matoso
Escadas, caixas de elevadores - perfil I - soldados, perfis lamina-
dos, chapas dobradas e tubos.
Local
Local: São Paulo
Extensão em metros
metros: 42 metros
Vão em metros
metros: 18 e 21 metros
Quantidade de aço utilizada
utilizada: 116 toneladas
Usina fornecedora do aço
aço: Cosipa
Fabricação e montagem
montagem: Metasa

PASSARELA JK
Chumbadores, perfis soldados, cantoneiras laminadas, tu-
bos, parafusos completos.
Local
Local: São Paulo
Extensão em metros
metros: 60 metros
Vão em metros
metros: 3 vãos de 20 metros
Quantidade de aço utilizada
utilizada: 65 toneladas
Usina fornecedora do aço
aço: Cosipa
Fabricação e montagem
montagem: Metasa

PONTE BRASILÉIA
Estaiada, longarinas em perfis I soldados, conectores dobrados
de chapa, vigas transversinas tubulares em perfil U de chapa do-
brada, perfis I parafusados, aço resistente a corrosão.
Local
Local: Brasiléia (Acre)
Extensão em metros: 118 metros
Quantidade de aço utilizada: 131 toneladas
Usina fornecedora do aço: Cosipa
Fabricação e montagem
montagem: Metasa

PONTE SOBRE A BARRAGEM MAIA FILHO


Vigas contínuas alma cheia I, soldada em campo; 3 longarinas
por vão com transversinas; com aço resistente a corrosão.
Local
Local: Salto do Jacuí - Rodovia RST 481
Extensão
Extensão: 349,5 metros
Vão
Vão: 35 metros
Quantidade de aço utilizada
utilizada: 500 toneladas
Usina fornecedora do açoaço: Cosipa
Fabricação e montagem
montagem: Metasa

USIMINAS MECÂNICA ENTREGA PONTE DE


ITINGA EM PRAZO RECORDE
A Usiminas Mecânica, empresa do Sistema Usiminas, entregou, em
prazo recorde, a ponte rodoviária de Itinga, no Norte de Minas. Inau-
gurada em março, pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, a obra de
arte levou seis meses para ser construída, enquanto o tempo médio
é de 8 meses. Nesta obra, encomendada pela Companhia Vale do Rio
Doce (CVRD), a empresa foi responsável pelo projeto, fabricação,
montagem de estrutura metálica e obras civis.
A ponte com 312 metros de comprimento e 7 metros de largura foi feita
para a passagem de dois veículos, além de uma passarela para pedestres.
A obra, que utilizou 330 toneladas de aço SAC-350, teve início em setembro de 2003. De acordo com informações da Prefeitura de Itinga, ponte
tem um grande valor econômico para a cidade mineira e representa um sonho antigo da população, pois vai fazer a integração de todo o
município, facilitando o escoamento da produção e incentivando novos investimentos.
12 construção metálica 2005
SIDERTEC CONSTRÓI PASSARELA NA RODOANEL
Cliente
Cliente: Dersa
Local
Local: Rodoanel (SP)
Extensão
Extensão:1.300 metros
Vão
Vão: 2,75metros
Quantidade de aço utilizada
utilizada: 420 toneladas
Tipo de solução estr utur
estrutur al
al: Treliçada
utural
Usina fornecedora do aço
aço: Gerdau Açominas
Classe de Ponte
Ponte: Padrão DER

BRAFER E V&M DO BRASIL CONSTROEM


PASSARELA BELVEDERE
Diferente das passarelas convencionais, a Belvedere possui uma estru-
tura treliçada superior estaiada, com seu piso suspenso por pendurais
nas treliças superiores. A estrutura tubular suspensa, mais a torre com
vinte metros de altura de onde partem dois estaios, os pendurais que
sustentam o piso, afastados deste, e a cobertura em tela - que sugere
um plano arqueado, deixando passar a luz emitida pelas luminárias
colocadas no topo da torre e permitindo visualizar a estrutura superior -
são os elementos responsáveis pelo efeito estético da passarela.
As obras civis, fabricação, locação, concretagem das fundações e
piso, transporte e montagem das estruturas metálicas foram exe-
cutadas pela empresa paranaense Brafer Construções Metálicas,
tudo em apenas 90 dias. A obra foi entregue dois meses antes do
prazo estabelecido pelo cliente, contrato turn-key.

PARQUE AMBIENTAL GANHA PASSARELA


METÁLICA ESTAIADA
A Brafer Construções Metálicas, empresa paranaense responsá-
vel pela elaboração de projetos, suprimento, fabricação, zincagem
a fogo e montagem de estruturas metálicas, foi a responsável
pelo fornecimento e execução de uma passarela metálica estaiada
no Parque Ambiental Família Schürmann, localizado em
Bombinhas, Santa Catarina, que vai fazer a ligação entre o estaci-
onamento e o parque propriamente dito. Essa família, que se tor-
nou famosa em todo o Brasil, fez do elemento água a sua opção
de vida nos últimos vinte anos, navegando pelos mares do mundo
em busca de aventuras e conhecimento, levando a bandeira bra-
sileira aos mais remotos lugares.
Adepta de uma filosofia de responsabilidade e credibilidade, a
Família Schürmann pretende compartilhar sua interessante his-
tória de vida por meio de exposições fotográficas, peças de arte-
sanato recolhidas em suas viagens, documentários das duas vol-
tas ao mundo e ainda um programa especial de educação
ambiental auto-sustentável, em conjunto com escolas dos Esta-
dos de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
Por concordar e apoiar iniciativas como essas, a Brafer Constru-
ções Metálicas decidiu fabricar e montar toda a estrutura da pas-
sarela, que tem 18 metros de vão, sem custo algum para a Família
Schürmann. O parque, que foi inaugurado em dezembro de 2003,
é a nova sede do Instituto Família Schürmann, dispondo de uma
área de 30 mil metros quadrados, com trilhas ecológicas em meio
à Mata Atlântica e de frente para o mar.
2005 construção metálica 13
i nternacional

“San Francisco
Bay Bridge”
Aberta ao tráfego em 12 de novembro de 1936, a Bay Bridge compreende
duas pontes separadas pela Ilha de Yerba Buena. O Vão Oeste
(West Span) consiste de duas pontes pênseis, simétricas em relação
a uma ancoragem central, ligando São Francisco à referida ilha.

lha de Santo André. Estes estudos


foram conduzidos pelo departamen-
to de transporte do estado da Cali-
fórnia - Caltrans.
As principais pontes do programa de
“Retrofit” foram:
• Bay Bridge (vãos leste e oeste)
• Richmond - San Rafael
O vão central das pontes pênseis é O Projeto • San Mateo - Hayward
de 704 metros e o comprimento total é • Carquinez
de 3.140 metros. As torres mais altas Em 1989 o terremoto “Loma Prieta”, • Benicia – Martinez
têm 160 metros de altura acima do ní- ocorrido a 90 km de São Francisco, A Bay Bridge é de vital importância
vel do mar. O diâmetro dos cabos prin- causou sérios danos à ponte leste, sen- para a região, e foi considerada como
cipais é de 730 mm. do que em um local o deck superior uma “life-line” de emergência, que de-
O Vão Leste (East Span) está entre caiu sobre o inferior, interrompendo o veria ser capaz de atender ao alto índi-
Yerba Buena e Oakland, e é uma ponte tráfego totalmente. ce de transporte necessário após um
treliçada, cujo vão maior é de 427 metros. Este abalo sísmico, que atingiu 7.1 abalo sísmico. A premissa básica do
A ponte possui dois níveis de pis- pontos na escala Richter, demons- projeto do reforço foi considerar que a
tas, com cinco faixas de tráfego cada trou que as pontes eram vulneráveis ponte deveria aumentar sua seguran-
uma, sendo o tráfego no nível superior a um terremoto mais forte. Foi inicia- ça de modo a permanecer aberta ao
no sentido de Oakland para São Fran- do então uma série de estudos e pro- tráfego após o “máximo abalo sísmico
cisco. Passam pela Bay Bridge cerca jetos de reforços em várias pontes que acredita-se que possa acontecer
de 280.000 veículos por dia. em toda a área sob influência da fa- na falha de Santo André”.

14 construção metálica 2005


A estratégia para atingir esse objetivo
foi dividida em seis maiores trabalhos:
• Reforço interno da ponte Leste
• Reforço do encontro da ponte Oeste
• Reforço da ponte Oeste (fornecimen-
to Usiminas Mecânica S.A.)
• Reforço dos viadutos de acesso do
lado Oeste
• Reforço do túnel da Ilha de Yerba Buena
• Construção de uma nova ponte do
lado Leste Corporation (MIC), de São Francisco, a • Solda
participar da concorrência para forne- Toda a parte referente à soldagem
O “Seismic Retrofit” cimento do aço para o reforço da Bay regida pela AWS D1.5, muito mais ri-
Bridge, como sua sub-contratada. gorosa que a AWS D1.1, com 100% de
Sob supervisão da Caltrans foi de-
A MIC está associada nos Esta- ultra-som e rastreabilidade para as
senvolvido o projeto de reforço de toda
dos Unidos à Joint Venture de duas soldas de penetração.
a ponte: infra, meso e supra-estrutu-
empresas: California Engineers Cor- • Aços
ra. O Projeto de reforço da superes-
poration, de São Francisco, e a ASTM A572 Gr. 50 2T para o forneci-
trutura, deck e torres foi composto de
Modern Continental, de Boston, mento geral e ASTM A709 Gr 50 2F para
940 desenhos, que se desdobram em
ambas empresas de construção ci- as peças sujeitas a Fratura Crítica.
cerca de 2.000 desenhos de fabricação.
vil. Elas estavam na concorrência • Fratura Crítica
As principais ações para o reforço da
para toda a reforma da ponte: obras Conhecimento do conceito de fra-
ponte foram:
civis, estrutura metálica (forneci- tura crítica, que é todo elemento es-
• Substituição de 470.000 rebites por
mento e montagem), pintura, utili- trutural, sujeito a esforço de tração, e
parafusos de alta resistência;
dades, sinalização, etc. Em Outubro que sua fratura causa o colapso da
• Instalação de “cover plates” em
de 1999, a Joint Venture ganhou a ponte. Neste caso estão as ligações
diagonais, montantes e cordas da treliça;
concorrência, com o preço global de dos amortecedores hidráulicos com as
• Reforço nas diagonais e chapas de
146,641 milhões de dólares. torres de um lado, e com as cordas da
Gusset das torres;
Em janeiro de 2000 vieram dois au- treliça do outro.
• Reforço nos nós da treliça: cordas com
ditores contratados pelo AISC, que • Sistema de medidas
diagonais, montantes e viga de piso;
auditaram as seguintes áreas: enge- Todo o sistema dimensional utili-
• Reforço de parte do contraventa-
nharia, qualidade e fábrica. A UMSA zado na fabricação é o americano: pés
mento horizontal do deck inferior;
obteve todos os três certificados com e polegadas
• Introdução do contraventamento hori-
pontuação máxima, obtendo também
zontal no deck superior, que não existia;
o certificado “Complex Steel Building” Transporte
• Instalação de 96 amortecedores hi-
para edifícios industriais e comerciais.
dráulicos nas ligações da treliça com Quase todo o transporte foi feito em
Com a certificação do AISC para
as torres e com os encontros; containers, indo de carreta ou trem até
fabricação de pontes complexas, edi-
• Reforço de outros elementos estrutu- Vitória ou Rio de Janeiro, de navio até
fícios industriais e comerciais, e o for-
rais como “rocker posts” e “wind tongue”. Houston, e de trem até Oakland. O tempo
necimento da estrutura para esta pon-
Foram consumidas aproximada- gasto em todo o trajeto foi de 45 a 60 dias.
te, a UMSA tornou-se a primeira em-
mente 7.500 toneladas de aço e
presa brasileira em condições de ex-
1.500.000 parafusos. Fonte: Contribuição Técnica apresenta-
portar estruturas pesadas para o mer- da no III Seminário Internacional “O Uso de
cado americano. Estruturas Metálicas na Construção Civil” -
A participação da Usiminas Setembro, 2000 - Belo Horizonte, MG, Brasil.
Mecânica S.A. Exigências do fornecimento Ernani Altavilla Luttner e Juliano
Fontán Souza - Engenheiros Civis, -
Em Julho de 1999 a UMSA foi convi- As principais exigências e diferenças com Usiminas Mecânica S. A. – Belo Horizonte,
dada pela Mitsubishi International os contratos habituais da UMSA foram: MG, Brasil.

2005 construção metálica 15


c onstruindoc oma ço

Cobertura Metálica
integra piscina
à vegetação circundante

O conceito básico do projeto da cobertura da piscina do Clube de


Campo de Bragança (SP) buscou a integração total com a paisagem
circundante, composta de muita vegetação e lajes de pedra ali existentes.

16 construção metálica 2005


A abertura zenital voltada para o quadrante norte (vide Aço A36) c/ 12,30 m; 162 Terças metálicas em viga “U” dobra-
corte esquemático) teve como objetivo, além da incidência da (C 127x50x3,00mm – AÇO USI SAC 41) com 5,20 m;
máxima de luz no ambiente da piscina, também a maior A estrutura para piso de grade metálica da varanda mede
retenção de calor para o aquecimento interno. 1,70 metros de largura e 20,60 metros de comprimento.
Outra preocupação do projeto foi criar um mirante ex- O Guarda corpo foi fabricado em chapas de aço (com
terno, onde as mães dos alunos pudessem aguardar as au- desenho conforme Projeto) e tubo de aço.
las dos filhos em uma posição privilegiada, pois além da
visão interna da piscina, pudessem também vislumbrar toda
área social do clube, onde se situa outra piscina com água
corrente, encravada em meio a uma mata natural.
Totalizando 758 m² de área coberta (Medindo em uma
Ficha Técnica
Proprietário: Clube de Campo de Bragança - Djalma An-
parte 13,63 metros de largura x 34,20 metros de comprimen-
tonio Grapete da Silva (Presidente)
to e em outra parte 9,63 metros de largura x 30,30 metros de
Local da Obra: Clube de Campo de Bragança - Avenida
comprimento), a estrutura metálica modelo “arco” utilizou
Dom Pedro I, 175 – Taboão (Bragança Paulista/SP)
na cobertura telhas de aço galvanizado ondulada termoa-
Data do Projeto: abril de 2003.
cústica tipo “sanduíche”.
Conclusão: janeiro de 2004
Fabricação Projeto Estr
Projeto utur
Estrutur al Metálico: Eng. Vanderlei Gonçalves Jr.
utural
Projeto de Estrutura: Estruturas Metálicas Sorocaba Ltda.
A cobertura utilizou: 14 Conjuntos de chumbadores com-
Arquiteto: Cláudio Simões
posto p/ 04 barras roscadas ∅ 1" cada; 7 Tesouras metálicas
Detalhamento da Estr utur
Estrutur a: Valter Ramos Alves.
utura:
tubular modelo arco fabricadas com banzo superior, inferi-
Fabricação e Montagem da Estrutura Metálica: Estrutu-
or, montantes e diagonais fabricadas em perfil tubular re-
ras Metálicas Sorocaba Ltda
dondo com variação de diâmetros e espessuras de tubos
Telhas metálicas: Regional Telhas
entre (∅38,1x3,00mm, ∅63,5x4,75mm, ∅101,6x3,00mm – Aço
Coordenação Técnica: Vanderlei Gonçalves, Ivaldo de Oli-
Coordenação
USI SAC 41) com 15,00 m; 7 Tesouras metálicas modelo arco/
veira e Vanderlei Gonçalves Júnior
arco invertido fabricadas em perfil “I” Soldado (VS350x42 –
2005 construção metálica 17
ci n t e ran a c pi o n a al

Do projeto à montagem,
ponte metálica em Angola
materializa-se em 150 dias
Parte do Projeto Águas de Benguela, a ponte metálica em aço patinado
pinado, com 98 metros de vão livre, para travessia de tubulações sobre o
Rio Catumbela, em Angola, receberá da Sinovo Engenharia e Construções
Metálicas 150.488 kg de estruturas e ficará pronta em apenas 150 dias.

A estrutura metálica da ponte será Fabricada em apenas 75 dias, as da é um país praticamente em recons-
composta por módulos de treliças com estruturas já embarcaram nos termi- trução, após um período de 30 anos
banzos inferiores em forma de chassi, nais do Porto de Santos, em São Pau- de guerra civil, foi preciso recorrer a
com 14 metros de comprimento por 4 lo. Os trabalhos da Sinovo, que têm profissionais do Brasil para os traba-
metros de largura, e banzos superio- outros 75 dias para a montagem, in- lhos locais. Engenheiros da Sinovo es-
res montantes, diagonais e monovias cluem: detalhamento de projetos para pecializados na montagem de pontes
em peças avulsas de comprimentos va- fabricação, definição da metodologia procederam inicialmente a uma visi-
riáveis. Estes módulos serão pré-mon- de montagem, fornecimento de mate- ta in loco, para definir a metodologia
tados e unidos uns aos outros através riais, fabricação, tratamento superfi- de montagem, detalhes construtivos,
de ligações soldadas, constituindo um cial, carregamento dos contêineres, equipamentos mecânicos e manuais
único módulo de 98 metros, ao longo da transporte rodoviário até o porto e ser- e equipe de operários de montagem.
margem esquerda do rio, com uma ex- viços de montagem. “Foi dispensado o uso de guindastes
tremidade apoiada em um aparelho de de grande capacidade, indisponíveis
apoio giratório sobre o terreno. A outra Com profissionais na região e inviáveis para serem
extremidade ficará sobre uma platafor- brasileiros transportados do Brasil”, explica.
ma metálica flutuante, a qual movimen- No momento, a empresa brasilei-
tada com o auxílio de guinchos elétri- O engenheiro Luís Antônio ra mantém duas equipes de supervi-
cos fará o giro de 90° até alcançar a Giantomassi, responsável pelos tra- são e montagem de estruturas metá-
base de apoio na margem direita. balhos, lembra que como Angola ain- licas e elementos de cobertura e fe-
18 construção metálica 2005
chamento de galpões, que estão sen- Balsa de 20 toneladas auxilia
do fornecidos para a própria Odebrecht
(Construtora que executará a obra)
para uso em outro projeto, e para duas
na construção da ponte
Para efetivar as obras, a Sinovo de-
senvolveu uma espécie de balsa, que
Ficha
companhias mineradoras. Para a mon-
tagem da ponte será enviada ainda,
uma terceira equipe especializada,
composta por engenheiros, superviso-
auxiliará na construção das estruturas.
A balsa, uma ferramenta de tra-
balho da grande instalação, pesa 20
técnica
toneladas e mede 14,8 metros por 9,2 Nome da Obra
Obra: Projeto Águas de
res, encarregados, soldadores qualifi-
metros e está sendo levada para o Benguela – Ponte sobre o Rio Catumbela
cados e montadores.
Porto do Rio de Janeiro, de onde par- Local: Águas de Benguela - Angola - África

tirá para o continente africano. Extensão: 98 metros


Fabricação e montagem das estruturas:
Sinovo Engenharia e Constr. Metálicas
Quantidade de aço utilizada: 150.488 kg
Tipo de solução estrutural: Estrutura
Prismática composta por duas vigas longi-
tudinais no nível inferior e uma viga no
nível superior, estrutura calculada como
viga bi-apoiada.
Usina fornecedora do aço: Usiminas
Mecânica
Classe de Ponte: Travessia de Tubulações
Ponte:

2005 construção metálica 19


20 construção metálica 2005
a rtigot écnico

Estudo comparativo
do comportamento térmico
de quatro sistemas de cobertura.
Um estudo experimental para
reação frente ao calor
1. INTRODUÇÃO

O presente artigo procura mostrar de forma experimental o estudo comparativo do


comportamento térmico de quatro sistemas de cobertura tradicionais em nosso país.
Foram testados o aço galvanizado, o fibrocimento e o cerâmico. Além disso, foi tam-
bém analisada a cobertura de aço galvanizado, aplicando-se uma camada de
poliestireno de 150mm. O experimento aplicou o conceito de dia típico experimental, de
acordo com V
acordo ecchia (2005), e analisou compar
Vecchia ativamente as temper
comparativamente atur
temperatur as superfici-
aturas
ais interiores de quatro células de teste idênticas, em dia de domínio de uma massa
AUTORES
tropical atlântica (mT
tropical A), de car
(mTA), acterística seca e quente, com ocorrência de céu clar
característica oe
claro
FRANCISCO VECCHIA
com valor máximo da radiação solar global de aproximadamente 900W/m2.
Departamento de Hidráulica
e Saneamento Os resultados indicaram que os valores obtidos para todos os sistemas de cobertura
Escola de Engenharia sem isolamento térmico incorporado apresentaram, na maior parte do dia, temperatu-
de São Carlos - Brasil
ras superficiais internas acima dos 30ºC, o que pode significar períodos de estresse
térmico por ação do calor
calor.. A única exceção observada foi a cobertura de aço galvaniza-
cobertura
do com aplicação de isolamento térmico.
Entre as inúmeras conclusões possíveis, pode-se elencar a obrigatória necessidade
de aplicação de subcoberturas, forros ou isolantes térmicos para atenuar a carga
térmica entre o exterior e interior de edificações. Outro aspecto interessante notado foi
a da pequena diferença apresentada entre as temperaturas superficiais da cobertura
cerâmica e a da telha de fibrocimento. Finalmente, ainda pode-se acrescentar que as
medições automáticas permitem observar e analisar o comportamento térmico de
espaços interiores, que servem de referência para entender o processo de trocas
térmicas e, além disso, aplicam-se ao processo de validação experimental de mode-
los matemáticos de simulação de desempenho térmico de edifícios.
2005 construção metálica 21
a rtigot écnico

2 METODOLOGIA No entanto, a amplitude térmica para os dias respecti-


vamente, experimental e estatístico, é respectivamente
2.1 Análise climática
de 10.3ºC e 9.7ºC, e pode ser considerada compatível para
O dia 7 de novembro pôde ser tomado como típico das con-
ambos os períodos. Logo, o dia 7/11 pode ser tomado como
dições de calor que ocorrem na transição primavera-verão,
adequado para a análise comparativa do comportamento
período em que vastas regiões do estado de São Paulo, ca-
térmico de distintas células de teste, principalmente, face
racterizam-se pelo domínio de massas tropicais, geralmen-
a sua reação frente ao calor.
te, secas e quentes. O céu nesse dia se manteve claro, com
reduzida presença de nuvens, verificada pela curva de for-
mato quase parabólico no gráfico da radiação solar global,
que apontou um valor máximo de 872 W/m2, das 11h e 20 min
às 11h 44 min.
As Normais Climatológicas de 1961 a 1990, tomadas
como referência em relação aos valores experimental-
mente obtidos, conforme indica a figura 1, permite ado-
Quadro 1 - Comparativo entre os valores experimentais e estatísticos, do mês de
tar o referido dia como dia típico experimental, uma vez novembro, em relação ao clima para a região de São Carlos (SP).

que a temperatura máxima registrada no dia 7/11 é de


29.8ºC, que é maior do que a temperatura média das má-
ximas, apontada pelas Normais Climatológicas que é de 2.2 Descrição das células de teste
25.5ºC. Foram construídas quatro células de teste idênticas,
Apresenta, portanto, uma diferença de aproximada- variando-se apenas o sistema de cobertura, composto
mente 4ºC. Logo esse dia é mais quente que os dias habi- apenas de estrutura de apoio e do telhado. A base possui
tuais segundo indicam as temperaturas médias máximas forma retangular com 2.30 x 2.70 metros, e altura média
obtidas pelas Normais Climatológicas. As temperaturas de 2.70 metros. Alvenaria de tijolos maciços com 100mm
mínimas, também, apresentam uma diferença significati- de espessura, com portas e janelas de madeira que per-
va, com valor de 3.6ºC, sendo 19.6ºC registrado para a tem- maneceram fechadas ao longo do experimento, que vi-
peratura mínima das medições experimentais e 16.0ºC o sava, especialmente, analisar a reação dos distintos sis-
valor expresso pelas Normais. O que, também, conduz à temas de cobertura frente ao calor. A figura 2 ilustra a
conclusão de que o dia tomado como representativo ou conformação das células de teste.
típico da estação é mais quente que o habitual, incluindo-
se o período noturno.

Figura 2 - Esquema das células de teste, à esquerda em planta 2.20 x 2.70 m,


Figura 1 - Vista geral da estação meteorológica automática para a aquisição dos janela e porta. À direita, corte representativo, com pé direito médio de 2.70 m. Os
dados climáticos, à esquerda, em primeiro plano da foto. Ao fundo, à direita, as quatro protótipos estão orientados na direção Norte - Sul para evitar
células de teste (protótipos) destinadas ao estudo e à análise das variáveis do sombreamentos indesejados nas paredes e para também favorecer a incidência
comportamento térmico dos sistemas de cobertura. dos ventos predominantes.

22 construção metálica 2005


2.3 Descrição do equipamento de medição superficial de pele, que favorece os ganhos térmicos por meio
da radiação de onda longa, no sentido envolvente para a pele.
O equipamento adotado foi composto por uma estação
No entanto, os valores apresentados pela superfície de aço
meteorológica automática CR 10X, Campbell Scientific, que, da
galvanizado, com aplicação de isolamento térmico de poliestireno
mesma forma, registrou os dados das temperaturas superfi-
de 150 mm, situa-se abaixo da linha dos 30ºC, portanto, dentro
ciais (tsi) e temperatura do ar (tbs) no interior das células de
dos limitantes de conforto térmico, ao longo de todo o dia.
teste. As medições de temperaturas, tomadas no centro geo-
métrico de cada célula de teste, foram realizadas por meio de 4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
termopares tipo T (cobre-constantin), 2x24 AWG, com abrigos
No período de aproximadamente 10 até aproximadamen-
de proteção de PVC, aspirados ininterruptamente por ventoi-
te às 18 horas, os valores das temperaturas superficiais su-
nhas elétricas, ao longo das medições.
peram os 30ºC, ou seja, ao longo de todo o período vesperti-

3. RESULTADOS OBTIDOS no, no qual é crítico o ganho térmico, sobretudo, pelo siste-
ma de cobertura, responsável pela maior parte da carga
térmica em uma edificação térrea. Pode-se verificar que ao
longo de todo o período vespertino há ocorrência de tempe-
raturas elevadas, acima de 30ºC, com exceção do aço galva-
nizado com isolamento térmico. Esse fato significa que de-
vem ocorrer trocas térmicas por radiação de onda longa, do
sentido da cobertura para o interior das células de teste.
Ao longo do período noturno, assim como nos períodos de
frio intenso, que não foi objeto do presente artigo e da investi-
gação, os valores das temperaturas superficiais, igualmente,
indicam a necessidade de colocação de subcoberturas, forros
ou dispositivos de isolamento térmico visando minimizar as
perdas térmicas no sentido interior-exterior. No período notur-
Valores da temperatura superficial dos quatro sistemas de coberturas sem forro, no, após, às 22 horas, as temperaturas superficiais interiores se
em dia típico experimental, ao longo de 24 horas.
apresentam abaixo de 18ºC, indicativo de possível ocorrência
A ação da energia incidente sobre os quatro sistemas de de estresse térmico pelo frio. Fato que indica a necessidade de
cobertura pode ser percebida por meio dos diferentes valores correção térmica, isolamento ou barreira de radiação.
das respectivas temperaturas superficiais internas médias apre-
5. CONCLUSÕES
sentadas pelos distintos telhados. O gráfico, a seguir, mostra o
resultado das medições realizadas em dia típico experimental As conclusões do experimento indicam a necessidade pri-
ao longo de 24 horas, sendo tomados registros das temperatu- mordial de adicionar subcoberturas, forros ou outros disposi-
ras superficiais, a cada 20 segundos e totalizados em médias tivos de isolamento térmico para barrar as trocas de calor,
horárias, que perfazem 180 medições por hora de medição. especialmente na reação frente ao calor, isto é, aos ganhos de
Primeiro, cabe ressaltar que no intervalo, aproximadamen- calor através da cobertura. Ressalte-se que as células de tes-
te, entre 10 e 17 horas todas as superfícies: aço galvanizado, te (protótipos) eram semelhantes, pois tinham as mesmas
cerâmica e fibrocimento, estão acima dos 30ºC, correspondendo características construtivas, a mesma implantação no terre-
à situação de estresse térmico por calor, se adotado, hipoteti- no e mesma orientação das aberturas (janelas e porta de
camente, esse valor como limitante superior de conforto térmi- madeira, que permaneceram sempre fechadas durante as
co. Valor que é igualmente próximo aos 31ºC da temperatura(1) medições automáticas) havendo variação apenas no sistema
2005 construção metálica 23
a rtigot écnico

de cobertura de aço galvanizado termicamente isolado, no máticos (exteriores), na atenuação térmica de perdas térmi-
qual foi aplicado o isolamento térmico de isopor. cas, do que em sua reação frente ao calor. Ou seja, a atuação
No caso de reação frente ao frio, a indicação das medi- dos sistemas passivos como a resistência e a capacidade
ções obtidas, temperaturas superficiais próximas ou inferi- térmica se apresentaram com ação atenuadora mais efetiva
ores aos 18ºC, permitem concluir quanto à necessidade de impedindo os ganhos térmicos do que em sua perda.
utilização de subcoberturas, forros ou qualquer dispositivo Por isso, sugere-se a colocação de dispositivos de prote-
de proteção em relação às perdas térmicas noturnas, que ção para impedir as trocas térmicas entre as variáveis do
ocorrem por meio de transmissão de calor por radiação, clima e os ambientes interiores, uma vez que, apenas, a utili-
também denominadas perdas por radiação noturna. zação de telhas na composição do sistema de cobertura não
Finalmente, a proximidade das temperaturas superficiais é suficiente para garantir o adequado comportamento tér-
mínimas, no período noturno, conduz a preocupação que os mico em edificações, principalmente nos períodos de calor.
dispositivos e as propriedades térmicas dos materiais e dos (1) A temperatura da pele pode variar de 31 a 340C sem sofrer estresse térmico de
calor, enquanto que a temperatura interna do organismo humano vale cerca de
elementos construtivos têm ação menor sobre os efeitos cli- 370C, segundo Auliciems & Szokolay (1997).

Referências
AULICIEMS, A. & SZOKOLAY, S. V. (1999): Thermal comfort. PLEA Notes, Brisbane (Australia), PLEA: Passive and Low
Energy Architecture, Department of Architecture, The University of Queensland.

VECCHIA F. (1996): Relatório técnico CSN sobre comportamento termico comparativo de sistemas de cobertura. São
Carlos, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, EESC USP.

VECCHIA F. (1997): Clima e Ambiente Construído. A abordagem dinâmica aplicada ao Conforto Humano. São Paulo, FFLCH
USP, Departamento de Geografia.

A revista Construção Metálica comunica que os Artigos Técnicos enviados para esta Seção deverão conter informações
técnicas gerais, não configurando propaganda. E-mail: imprensa@abcem.org.br

24 construção metálica 2005


2005 construção metálica 25
r estaurandoc oma ço

Usiminas Mecânica
embarca ponte para Nova Iorque
Nova Iorque está ganhando um novo projeto urbanístico com tecnologia
brasileira: a reforma da ponte Bronx-Whitestone, sobre o East River,
que liga o bairro do Queens ao Bronx

Construída em 1939, a ponte será de pontes metálicas. O contrato, firma- cabos da ponte, que já se encontram
reformada com a substituição do piso do em US$ 20 milhões, foi assinado com sua capacidade de carga reduzi-
de concreto por 408 painéis metálicos entre a empresa mineira e a joint- da devido à corrosão. A previsão é que
fabricados em Ipatinga (MG), pela venture POG, formada pela Perini Cor- a Usiminas Mecânica conclua sua par-
Usiminas Mecânica, empresa do Sis- poration e pela O&G, que tem como cli- te na reforma no final deste ano.
tema Usiminas especializada em bens ente final o governo norte-americano. Similares aos que foram fabrica-
de capital e líder do mercado nacional O primeiro embarque dos painéis dos pela Usiminas Mecânica na cons-
aconteceu dia 20 de abril, no terminal trução da Ponte JK, em Brasília, os
de Praia Mole (ES). Outros cinco em- painéis medem 18 metros de compri-
barques estão previstos para maio, mento e pesam aproximadamente 20
julho, setembro e novembro deste ano. toneladas cada. O diferencial é que já
A ponte tem extensão total de 2.357 sairão do país pintados e com a ca-
metros, sendo o vão central de 760 mada asfáltica aplicada, permitindo ao
metros e a largura de 25,4 metros, com cliente um menor impacto no cantei-
6 pistas de tráfego. O motivo da refor- ro de obras.
ma é diminuir o peso total da estrutu- Ao todo, a Empresa deverá utili-
ra, aliviando a carga de trabalho dos zar 9,6 mil toneladas de aço especial
A-709, de alta resistência mecânica,
fornecido pela Usiminas. Além da fa-
bricação e pré-montagem das estru-
turas metálicas, a Usiminas Mecâni-
ca será responsável pelo detalha-
mento de desenhos, pintura e trans-
porte transoceânico.

26 construção metálica 2005


c u r i o s i d a d e

O viaduto mais alto


do mundo
Projetada pelo arquiteto Norman Foster, a mais alta ponte do mundo, com
seus 343 metros de altura e comprimento de 2,5 Km, bateu todos os
recordes em tecnologia e foi erguida em apenas 3 anos

Com seus sete pilares de traçado demorou três anos para acontecer. Por ao todo, 154 tirantes. Para erguer o ta-
orgânico e leves tirantes metálicos, o ter arcado com todos os custos, a cons- buleiro metálico de 36.000 toneladas fo-
Viaduto de Millau, projetado pelo o trutora francesa Eiffage, a mesma que ram construídos sete pilares metálicos
britânico Norman Foster, cruza o vale construiu a Torre Eiffel, terá o direito provisórios entre os permanentes, de
do Rio Tarn, no sul da França. de cobrar pedágio no viaduto durante concreto. Os pilares – permanentes e
Com o objetivo de aliviar o trânsito 75 anos. provisórios – com a ajuda de dispositi-
da A 75, rodovia que liga Paris a Barce- Cada pista dupla possui 7 metros vos hidráulicos levantaram 173 caixas
lona, na Espanha e inaugurada em de- de largura e é cercada por faixas de metálicas, que compõem o tabuleiro.
zembro de 2004, a ponte se apóia em emergência. Além de suportar as car- A Arcelor foi a grande parceira
sete pilares ocos de concreto, tem 2.460 gas estáticas e aquelas geradas pelo desta construção fornecendo as 36.000
metros de comprimento e, em seu pon- tráfego de veículos, a construção foi toneladas de aço para o tabuleiro e as
to mais elevado, 343 metros de altura - dimensionada para resistir aos esfor- 4.600 toneladas para a construção dos
o pilar mais alto alcança 245 metros. ços provocados por ventos que atin- mastros. Os estais, pilares, bem como
Liga os altiplanos de Rojo e Larzac. gem 250 km/h. Alguns recursos, como a estrutura provisória da construção
Estima-se que passem pela ponte, telas e barreiras de proteção instala- consumiram 13.500 toneladas de ver-
diariamente, cerca de dez mil veícu- das em ambos os lados do viaduto re- galhões e 6.400 de tubos.
los: número que deve crescer para 25 duzem em até 50 % o efeito dos ventos
mil durante o período de férias de ve- na estrutura. Local: Millau, França
rão. Orçada em cerca de 400 milhões A estrutura superior feita de aço é Arquiteto
Arquiteto: Sir Norman Foster (Foster
de euros, a obra de arte mobilizou três formada por um tabuleiro de seção and Partners)
mil pessoas para sua construção, que trapezoidal e pilastras que suportam, Produtos
Produtos: Arcelor
2005 construção metálica 27
p ontod ev ista

A importância
da industrialização
da construção em aço
É possível admitir uma posição otimista em relação à construção civil.
Esse é um dos últimos setores produtivos a adotar sistematicamente a
industrialização como meta para resultados. O grande déficit habitacional
no país (algo em torno de 6 milhões de unidades - segundo dados oficiais)
e necessidades prementes de investimentos públicos na infra-estrutura são
premissas que podem alavancar o desenvolvimento desse setor.

Por outro lado, a iniciativa privada que permitem melhor funcionamen- Edifícios para vários tipos de uso –
tem investido recursos significativos na to da construção. de residências a aeroportos – passando
melhoria da qualidade dos processos O país dispõe da mais alta tecno- por supermercados, shoppings centers,
de projeto e construção e na qualifica- logia na fabricação de perfis solda- hotéis, hospitais, galpões, viadutos,
ção de mão-de-obra específica para a dos, laminados, eletrossoldados e passarelas construídos em aço, explo-
área de construção. conformados a frio. Aços galvaniza- ram características arquitetônicas
Investimentos privados têm sido dos, pré-pintados, aluminizados, marcantes e fazem parte da realidade
feitos, também, na produção e comer- inox, são comuns como opções ar- de várias cidades.
cialização de produtos complementa- quitetônicas. Aços estruturais de alta Os avanços são tantos que, solu-
res para paredes, pisos, esquadrias e resistência e alto desempenho à cor- ções para habitações de interesse so-
sistemas elétricos e hidráulicos. Po- rosão atmosférica também com- cial e grandes empreendimentos utili-
demos citar, as paredes em gesso põem o portfólio das opções cons- zam estruturas e componentes metá-
acartonado com perfis metálicos tipo trutivas metálicas. licos, como prova da versatilidade e
“dry wall” e as lajes metálicas tipo O conjunto composto por equipes competitividade do processo industri-
“decks” que começam a despontar de arquitetos, engenheiros, fabrican- al de construir. Blocos com até sete
como vantajosas opções para a redu- tes, montadores de estruturas e for- pavimentos, executados com perfis
ção de prazos, custos e para a quali- necedores de complementos das edi- conformados a frio e soluções no sis-
dade final das obras. Quanto às pato- ficações são a prova da competência tema “steel framing” trazem a lingua-
logias, temos hoje respostas técnicas técnico-cultural existente no mercado. gem da qualidade industrial para os

28 construção metálica 2005


(2)
mento e a vontade de fazer acontecer no ciais. O mercado teve esse cresci-
O processo demanda mesmo ritmo da evolução tecnológica mento em 20 anos, partindo de um

profissionais altamente leva jovens e experientes profissionais a número irrisório de construções indus-
estudar e discutir a validade dos custo- trializadas em aço na década de 80.
qualificados, para a busca sos métodos tradicionais frente à alta A ABCEM (Associação Brasileira da
qualidade dos sistemas industrializados. Construção Metálica) e seus associa-
da maximização dos No caso da indústria da construção dos fabricantes de estruturas, o CBCA
em aço a grande vantagem é a valori- (Centro Brasileiro da Construção em
resultados físicos e zação do profissional de projeto, ou Aço), congregando as empresas side-

ambientais das intenções seja, a valorização da criatividade ilimi- rúrgicas, e as forças atuantes nas áre-
tada, da idéia, do planejamento e da as de projeto, ensino, investidores e
arquitetônicas e do projeto. inteligência sobre o todo. É a ênfase na interessados em geral, são instrumen-
visão global e no detalhe para o maior tos alavancadores que preparam o
escritórios e canteiros de obras, am- funcionamento do objeto construído. mercado para os avanços dos proces-
pliando o universo da construção in- O processo demanda profissionais sos industrializados em aço no Brasil.
dustrializada e abrindo perspectivas altamente qualificados, para a busca Estamos trocando o “tijolo por tijo-
de novos mercados para a qualidade. da maximização dos resultados físicos lo num desenho mágico” pelas vanta-
O protocolo de Kyoto e as preocu- e ambientais das intenções arquitetô- gens dos processos industrializados
pações de órgãos internacionais, com nicas e do projeto. que além da precisão e qualidade,
o longo e oneroso desgaste ambiental, É o primado da inteligência sobre a melhoram o nível técnico dos envolvi-
exigem rígido controle sobre a produ- ineficiência, é a realização do lucro e dos nas obras e remuneram melhor a
ção das edificações para minimizar da sustentabilidade sobre a idealiza- mão-de-obra por sua alta qualificação.
efeitos danosos ao meio ambiente. O ção das utopias técnico-culturais. Cabe a cadeia produtiva, com o apoio
governo, por meio do Estatuto das Ci- Países como a Inglaterra, nos últi- dessas instituições, potencializar os
dades, enfatiza a idéia de regulamen- mos vinte anos, evoluíram economica- anseios das intenções construtivas trans-
tação da ocupação do território com mente na construção civil em aço por formando nosso dia a dia num cotidiano,
políticas específicas. meio de planejamento e abordagem sis- onde tecnologia e o respeito ao meio am-
Sustentabilidade, LCA (ciclo de vida temática abrangente, contínua, atingin- biente agregam cada vez mais, qualida-
(1)
dos materiais), Construção limpa , são do resultados significativos. Os dados a de e tempo para usufruí-la, ao usuário.
parte integrante de conceitos para a seguir comprovam essa afirmação: Em
*Relatório BCSA - British Constructional
efetiva valorização do usuário nas in- 2004, apesar de uma elevação de cus-
Steelworkers Association - 2005
tervenções humanas quanto à ocupa- tos da ordem de 64%*, as construções
ção do meio físico. Não é mais possível em aço representaram, 95% do mer- (1)
LCA - Life Cycle Assesment
Construção limpa - Lean Co
imaginar o espaço construído, sem se cado de edifícios de até um pavimen-
pensar em reciclar materiais, redefinir to, 71.7% do mercado em edifícios co- (2)
New Steel Construction
a importância do lucro e respeitar o merciais e 43.5% dos edifícios residen- junho 2005 - Pag. 7

meio ambiente, atacando o caos da es-


peculação imobiliária e da expansão
desordenada das cidades. A indústria
do aço pode em muito contribuir para PEDROSVALDO CARAM SANTOS
atender essas necessidades. Superintendente de Desenvolvimento da Aplicação do Aço da Usiminas e da Cosipa.
Conselheiro Diretor da ABCEM
A barreira cultural já não é mais o
grande problema. A busca pelo conheci-
2005 construção metálica 29
c onstruindoc oma ço

Fábrica da Elring Klinger


consome 861t de aço
A nova fábrica faz parte de um
A Telhaço forneceu 861 toneladas de telhas
investimento de R$ 20 milhões que o
grupo alemão EKAG – do qual a Elring galvanizadas e acessórios para a cobertura
Klinger faz parte - está destinando
ao País em 2005. A obra foi executa- da nova fábrica da Elring Klinger do Brasil,
da em pré-moldado de concreto com
fechamento lateral em alvenaria de inaugurada oficialmente em agosto, que possui
bloco estrutural e cobertura em es-
12 mil m2 de área construída.
truturas metálicas com fechamento
em telhas galvanizadas. Os escritó-
rios e anexos utilizaram o sistema
construtivo convencional, sendo pa-
redes em alvenaria e coberturas em
laje pré-moldadas.
A Telhaço, sócia da ABCEM, acom-
panhou o cronograma da obra para
produzir e entregar o material para
cobertura, que levou 1 mês e 15 dias
para se concretizar. Devido ao alto
nível de comprometimento da em-
presa alemã com a qualidade foram
selecionados fornecedores capazes
de satisfazer às necessidades de
excelência desta empresa.
A multinacional alemã Elring Klinger
GmbH é líder de juntas automotivas na
Europa (tem 65% do mercado) e a segun-
da maior fabricante destas autopeças no
Ficha Técnica
mundo, possuindo faturamento anual de Unidade Fabril da Elring Klinger do Brasil - Unidade Piracicaba (SP)
453,5 milhões de euros. Terreno: 20.000m²
erreno:
A Elring Klinger do Brasil fechou Área construída total
total: 12.500m²
2004 com uma produção de 11 milhões Execução da obra: 240 dias
de juntas automotivas e 600 mil cha-
Data da obra: 08/2005
pas defletoras. Desde que se instalou
Telhas metálicas galvanizadas e estr utur
estrutur as metálicas: Telhaço - Indústria
uturas
no País, em 1997, a indústria vem ob-
e Comércio
tendo um crescimento médio de
Fornecedor do aço: CSN
faturamento e de produção de aproxi-
Projeto, Implantação e construção: Conserv Engenharia
madamente 30% ao ano.

30 construção metálica 2005


2005 construção metálica 31
c onstruindoc oma ço

Cobertura metálica
harmoniza-se com a natureza
Com uma área de 2.000 m², composto por 3 níveis em função da
topografia acentuada do terreno, o Clube Jundiaiense utilizou 74
toneladas de estruturas metálicas e 32,6 toneladas de cobertura metálica.

32 construção metálica 2005


O projeto unificou o edifício da antiga academia e sauna
com a quadra poliesportiva coberta, dobrando o tamanho
da academia, com novos vestiários, salas para atividades
diversas, salão de beleza, administração, lanchonete e pis-
cina coberta, tudo interligado por uma única recepção.
No projeto, a maior preocupação foi com a integração
do complexo com a natureza, uma vez que o clube possui
um grande bosque com vegetação adulta com grandes
árvores. A sensação é muito agradável, ao mesmo tempo
Ficha técnica
em que você se exercita, tem uma vista maravilhosa de Clube Jundiaiense
toda vegetação. Área de Construção: 1800 m²
Segundo o arquiteto Mauro Alves Sacchi, o programa Arquiteto: Mauro Alves Sacchi
solicitado pela diretoria do clube compreendia em criar um Estrutura metálica: 74 toneladas
complexo que atendesse às expectativas dos associados,
Telhas de Cobertura: 32,6 toneladas
Cobertura:
tanto no verão quanto no inverno, com atividades esporti-
Estrutura Metálica: Bemarco Industrial Ltda
vas diversas. “A estrutura escolhida foi a metálica, devido a
Cobertura
Cobertura: LR17 - RAL 9010, sanduíche com lã de rocha
sua versatilidade plástica e rapidez na execução, pois o tem-
po estimado para obra era de 9 meses. A cobertura em da Perfilor
telha Perfilor nos proporcionou conforto termo-acústico.
Não precisamos utilizar forração e obtivemos uma solução
estética muito agradável”, explica.
Na cobertura foram utilizadas vigas de perfil “I” curvo;
pilares cilíndricos. As telhas Perfilor foram escolhidas pela
grande qualidade exigida pelo arquiteto.

2005 construção metálica 33


g alvanização

Galvanização a fogo
amplia longevidade
e desempenho do aço
O Zinco e sua História Aço galvanizado por pido e, portanto mais barato.Finalmente
levando em consideração o meio ambi-
Séculos antes da descoberta do zin- imersão a quente para
ente aço e zinco são 100% recicláveis.
co em forma metálica, seus minérios habitações residenciais
eram utilizados para fazer compostos Algumas vantagens
A análise do ciclo de vida de uma casa
de latão e zinco usados no tratamento
residencial típica com estrutura de aço ao de construir casas
de lesões de pele e irritação ocular.
longo de 50 anos, mostra que a fabricação com aço galvanizado
Os romanos já produziam o latão na
dos materiais de construção contribui com
era dos Césares (20 a.C – 14 dC). Em 1374, o Dentre os sistemas protetivos a gal-
apenas 2,7% do consumo de energia. A uti- vanização é o sistema mais eficaz
zinco foi reconhecido na Índia, migrando
lização desta casa corresponde a 95,3% do contra a corrosão do aço:
para a China no século 17 e na Europa em
consumo de energia, a construção 1,4% e a - É resistente e leve, fácil de levantar
1546. No ano de 1743, surge a primeira fun-
demolição a 0,6%. e carregar;
dição de zinco em Bristol, no Reino Unido.
O potencial para o uso de aço galva- - Não expande ou contrai com umida-
nizado em habitações residenciais ape- de nem mudança de temperatura;
O valor do zinco para a
nas nos EUA é 280.000 a 300.000 t/ano. Produz menos sucata no canteiro de
sociedade moderna Sabendo-se que são construídas entre obra, já que o aço é pré-cortado em
O zinco é o método mais eficiente em 1 milhão a 1,4 milhões de novas casas. tamanho exato;
termos de custos e de meio ambiente As vantagens de se construir com aço - O risco de incêndio é reduzido, pois o
como proteção do aço contra corrosão. galvanizado são muitas e citamos aqui aço galvanizado não suporta combustão;
algumas destas vantagens: resistente e Pode ser montado em seções fora do
Ajuda a poupar recursos naturais como:
leve, não expande ou retrai com variação canteiro de obras;
minério de ferro e energia, prolongando
de umidade, produz menos sucata na - Aço galvanizado é 100% reciclável e
a vida útil dos produtos que utilizam esta
obra já que o aço é pré-cortado, o risco ecologicamente correto.
proteção, contribuindo economicamen-
de incêndio é mínimo porque não supor- Construção mais rápida e, portanto,
te sobre o investimento do capital em aço.
ta combustão, pode ser montado em se- mais barata.
O aço revestido com zinco pelo pro-
cesso de galvanização a fogo resiste ções fora do canteiro de obras, mais rá- Fonte: Comitê de Galvanização a Fogo da ABCEM
à deterioração, corrosão, incêndio e
inundações melhor que qualquer ou-
tro material.
O aço revestido com zinco pelo pro-
cesso de galvanização a fogo tem vários
ciclos de vida porque ele é 100% reciclável.
A Universidade de Baylor (EUA),
concluiu num estudo, que a estrutura
de aço revestida com zinco deveria ser
reconhecida como material de cons-
trução ecológico com base em critéri-
os econômicos e ambientais. A vida útil nas diferentes atmosferas

34 construção metálica 2005


n o t í c i a s a b c e m

CST COMEMORA mingos Pannoni, especialista em engenharia de proteção es-

PRODUÇÃO RECORDE trutural da Gerdau Açominas, foi o palestrante do evento pro-


movido pela Universidade Tecnológica do Panamá.
A CST comemora a produção recorde de 330.180 tone-
O engenheiro é reconhecido como uma das maiores au-
ladas de ferro-gusa em seu Alto-Forno 1. A marca anterior
toridades brasileiras em metalurgia e mecanismos de de-
era de 325.860 toneladas, registrada em dezembro de 2004.
senvolvimento de pátina protetora. Panonni foi indicado a
O baixo consumo de combustível aliado à ausência de aci-
participar do evento pelo Instituto de Pesquisas Tecnológi-
dentes pessoais e ambientais contribui para que a CST tenha
cas (IPT) e pelo Centro de Pesquisas da Eletrobrás (Cepel),
o alto-forno de maior vida útil com operação ininterrupta e de
que integram um grande programa multinacional de
maior produção acumulada do mundo: 70 milhões de tonela-
mapeamento da corrosividade ambiental e já conheciam
das de ferro-gusa fabricados em seus 21 anos de operação.
seu trabalho de pesquisa com esse tipo de aço.

GERDAU AÇOMINAS REALIZA


DÂNICA LANÇA PAINEL
PALESTRA NO PANAMÁ
TERMOISOLANTE
O Seminário de Aceros Patinables, realizado de 29 de agos-
A Dânica, líder latino-americana em sistemas
to a 2 de setembro, no Panamá, destacou a presença de um
termoisolantes para câmaras frigoríficas, construção civil e
representante da Gerdau Açominas. O engenheiro Fabio Do-

2005 construção metálica 35


n o t í c i a s a b c e m

salas limpas, participiou da Intercon 2005 - 6ª Feira e Con- presa: a criação de valor através de sinergias entre empre-
gresso Internacional de Tecnologia, Equipamentos, Materi- sas de grande porte, possibilitando uma melhor avaliação
ais de Construção e Acabamentos, lançando o painel pelo mercado de capitais. Representaainda uma evolução
termoisolante TermoRoof EPS, ideal para coberturas co- dentro do processo de consolidação da siderurgia mundial,
merciais e industriais. em especial, do mapa geo-estratégico da América Latina.
O painel termoisolante para cobertura TermoRoof EPS,
Segundo o presidente da Usiminas, Rinaldo Campos
uma solução econômica e de fácil aplicação, com revesti-
Soares, a operação amplia uma sólida parceria entre a
mento metálico em aço ou alumínio nas duas faces, ou
Usiminas e o Grupo Techint, já existente através da partici-
filme de alumínio na face inferior, e núcleo isolante em
pação das empresas no controle da Sidor e da Siderar. “Esta
poliestireno expandido (EPS), na espessura de 50 mm. A
nova empresa vai representar também uma oportunidade
junção dos painéis se faz por sobreposição trapezoidal das
atraente para a Usiminas, que vai poder gerar benefícios
chapas superiores com recobrimento lateral, admitindo
como aumentar o valor de suas participações na Siderar e
uma angulação da cobertura de no mínimo 5%. É ideal para
Sidor, além de oportunidades de aquisições de capacidades
cobertura de prédios comerciais, industriais e rurais, pro-
porcionando conforto térmico, economia na climatização e de futuras opções estratégicas”, avalia Soares.

e maior produtividade no ambiente aplicado. A Usiminas terá participação na gestão e governança


da nova empresa. Sua atuação permitirá ainda forneci-
USIMINAS E GRUPO TECHINT mento de know how tecnológico, através de assistência
ANUNCIAM FORMAÇÃO DA técnica e de equipamentos.
MAIOR EMPRESA SIDERÚRGICA
DA AMÉRICA LATINA TELHAS EUCATEX ESTÃO
EM CENTRAL HIDRELÉTRICA
A Usiminas anuncia sua participação, em conjunto com o
grupo Techint, em uma grande empresa siderúrgica deno- As Telhas Autopor-
minada Ternium, destinada a controlar as empresas Siderar tantes que levam a
(Argentina), Sidor (Venezuela) e Hylsamex (México). marca Eucatex foram
A nova empresa deverá dispor de capacidade instalada escolhidas para a co-
de 12 milhões de toneladas/ano e receitas de US$ 5 bilhões. bertura e fechamento
Na operação, a siderúrgica mineira vai participar com suas lateral de mais uma
ações na Siderar (5,3%) e na Sidor (16,6%, através do Consór- Pequena Central Hidrelétrica - PCH , agora na cidade de
cio Amazônia), além de um aporte adicional de US$100 mi- Peixe (Tocantins). A PCH integra a Usina Hidrelétrica (UHE),
lhões, representando uma participação inicial de cerca de que vem sendo instalada no município e faz parte de um
16% do capital total da Ternium. projeto do governo federal com dezenas de obras como
O Grupo Techint - grupo internacional de companhias essa em todo o país.
com operações focadas principalmente nos setores de aço Próprias para aplicação em vãos livres de até 25 metros,
e energia - será, em conjunto com a Usiminas, o controlador dispensando a utilização de estruturas intermediárias de
da nova empresa. A participação destes grupos abre o ca- apoio, as Telhas Autoportantes Eucatex são as mais
minho para um dos principais objetivos estratégicos da em- indicadas para suportar as vibrações dos geradores da
36 construção metálica 2005
n o t í c i a s a b c e m

PCH. “Elas são usadas tanto na cobertura dessas casas de ais”. Proferida por Rob White, gerente de Projeto da IZA (Inter-
força como no fechamento lateral por garantirem, não national Zinc Association), a palestra abordou a história do
apenas uma ótima performance, com grande resistência, zinco, o valor do zinco para a sociedade moderna e o aço gal-
mas também têm menores custos. Se o material fosse em vanizado por imersão a quente para habitações residenciais.
concreto apresentaria trincas rapidamente e seria neces-
sário trocas constantes”, esclarece César Augusto de Oli-
MANGELS PARTICIPA
veira, gerente comercial de Telhas Metálicas da Eucatex.
DA TUBOTECH 2005
A PCH de Peixe não foi a primeira a usar as Telhas A Mangels – Unidade de Galvanização – participou da

Autoportantes Eucatex, já presente na Usina Hidrelétrica de Tubotech 2005, apresentando as vantagens do Maxizinco

Irapé, dentre outras. na galvanização a


fogo de tubos de aço:
VOTORANTIM METAIS TRAZ Melhor uniformidade
PALESTRANTE INTERNACIONAL de camada, mais bri-
A Votorantim Metais realizou, em agosto, no Hotel Quality lho e redução do cor-
Jardins, a Palestra “Zinco e Suas Ligas: Tendências Mundi- dão de zinco.

Vem aí 2006

Feira e Simpósio Internacional da


Construção Metálica
w w w . a b c e m . o r g . b r
2005 construção metálica 37
o p i n i ã o

Em defesa
do aço
Estruturas de aço: ainda mais seguras e econômicas

mínio quanto ao transporte e capaci-


dade de içamento;
6º) O coeficiente de dilatação tér-
mica é o dobro da do aço, isto é, varia-
ções no tamanho das peças, sendo o
dobro em comparação com o aço, tra-
zendo maiores preocupações na de-
terminação das juntas de dilatação e,
muitas vezes, em maior quantidade.
Ponto desfavorável ao alumínio;
7º) As curvas de tensão - alonga-
mento do alumínio - não exibem cla-
ramente um ponto de escoamento
como a do aço. Ponto altamente des-
favorável ao alumínio e perigoso aos
usuários desavisados;
8º) O índice de esbeltez de
flambagem em peças comprimidas de
alumínio deve ser mantido abaixo e não
superior a 60, fazendo com que haja
mais área de material nestas peças.
Ponto desfavorável ao alumínio.
Com relação ao artigo “Múltiplas sionamento é a carga de vento e não o 9º) O mercado dispõe de tubos em
possibilidades”, página 26, na Seção peso próprio (carga permanente) e que aço patinável, alta resistência a corro-
Construção Civil, da Revista Alumínio a falta de peso pode dificultar o lança- são, Fy= 350MPa.
– Ano I, Número III – 2º trimestre de mento e encarecer a infra-estrutura;
2005, sobre estruturas de coberturas 3º) Os limites de resistência à tra- Acredito que o autor deva recon-
espaciais em alumínio, onde se afir- ção e de escoamento destas ligas são siderar os consumos em peso infor-
ma que em estruturas espaciais com equivalentes; mados, pois nas mesmas condições
vãos de 60 metros, o peso da estrutu- 4º) O módulo de elasticidade do alu- os pesos de estruturas em aço che-
ra em alumínio, como a do Anhembi, mínio é equivalente a um terço ao do gam a pesar de duas a duas vezes e
pesou 10 Kg/m 2 e que o mesmo em aço, isto é, estruturas de alumínio com meia o peso das estruturas em alu-
aço seria de 50Kg/m2, isto é, 5 vezes forma e dimensões iguais às estrutu- mínio, sendo ainda, estruturas mais
mais. Se avaliarmos que: ras de aço deformam três vezes mais seguras e econômicas.
1º) Os princípios básicos para cál- que o aço. Ponto altamente desfavo-
Luiz Carlos Caggiano
culo dos esforços são os mesmos; rável para o alumínio; Vice-presidente de Estruturas Metálicas
2º) Em estruturas de cobertura os 5º) A densidade do alumínio é um da Abcem
esforços predominantes para dimen- terço a do aço. Ponto favorável ao alu-
38 construção metálica 2005
s ó c i o s

Entidades de classe Profissionais


ligadas a ABCEM da categoria
AARS - ASSOCIAÇÃO DO AÇO DO RIO GRANDE DO SUL
“Sócios Colaboradores”
Fone/Fax: (51) 3228.3216 AQ UILES MIY
AQUILES AMO
MIYAMOTO
AMOT
E-mail: aars@aars.com.br Arquiteto e Urbanista
Fone: 11- 6950.4484 – Fax: 11- 6283.1231
ACBCOM - ASSOCIAÇÃO CENTRO BRAS. E-mail: vertentearquitetos@uol.com.br
DA CONSTRUÇÃO METÁLICA
Fone/Fax: (62) 3215.1047 ANTONIO GA
ANTONIO TT
GATTAI
TTAI
E-mail: acbcom@brturbo.com.br Engenheiro Civil
Fone: 11- 3735-5775 – Fax: 11- 3735-6179
AMICEM - ASSOCIAÇÃO MINEIRA DA CONST
DA CONST.. METÁLICA E-mail: gattai@gattai.com.br
Fone/Fax: (31) 3227.8540
E-mail: amicem@amicem.com.br GABRIEL JESZENSKY
Engenheiro Industrial
ANCOM - ASSOCIAÇÃO NORDESTE BRASILEIRA Fone/Fax: 11- 5051.1131
DA CONSTRUÇÃO METÁLICA E-mail: gabriel.j@uol.com.br
Fone: (85) 261.0266 - Fax: (85) 224.6020
E-mail: ancom@sfiec.org.br LEONARDO RYOZO KA
RYOZO TORI
KAT
Engenheiro Civil
ASCOM - ASSOCIAÇÃO SUL BRASILEIRA Fone/Fax: 61- 3037.7107
DA CONSTRUÇÃO METÁLICA E-mail: leonardo.katori@dearquitetura.com.br
Fone/Fax: (41) 233.5899
E-mail: ascom@ascom.org.br MÁRCIO DANTAS DE MEDEIROS
DANTAS
Engenheiro Civil
CBCA - CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO Fone: 84- 201.9187 - Fax: 84- 211.8118
Fone: (21) 2141.0001 - Fax: (21) 2262.2234 E-mail: mmedeiros@digizap.com.br
E-mail: cbca@ibs.org.br
NELSON CUSTÓDIO FÉR
CDMEC - CENTRO CAPIXABA DE DESENVOL
DESENVOL VIMENT
OLVIMENTO
VIMENTO Engenheiro Mecânico
METALMECÂNICO
METALMECÂNICO Fone: 15- 3233.6440 – Fax: 15- 3229.8480
Fone/Fax: (27) 3227.6767 E-mail: nelson_nuclear@yahoo.com.br
E-mail: cdmec@zaz.com.br
PAULO EHRENBERGER MACHADO
IBS - INSTITUTO BRASILEIRO DE SIDERURGIA Engenheiro Civil
Fone: (21) 2141.0001 - Fax: (21) 2262.2234 Fone/Fax: 11- 3868.3229
E-mail: ibs@ibs.org.br E-mail: paulo.ax@uol.com.br

NÚCLEO DE DESENVOL
DESENVOL VIMENT
OLVIMENTO TÉCNICO MERCADO-
VIMENTO TUING CHING CHANG
LÓGICO DO AÇO INOXIDÁVEL - NÚCLEO INOX Arquiteto
Fone: (11) 3813.0969 - Fax: (11) 3813.1064 Fone/Fax: 48- 222.3658
E-mail: nucleoinox@nucleoinox.org.br E-mail: stabile@k1.com.br
2005 construção metálica 39
s ó c i o se produtos

FABRICANTES COBERTURA / GALVA- MONTAGEM SERVIÇOS INSUMOS E DISTRIBUIDORES SIDERURGIA


DE ESTRUTURAS FECHAMENTO NIZAÇÃO TÉCNICOS COMPLEMENTOS

Torres para telecomunicação e energia

Torres para telecomunicação e energia

Serviços de pintura e acabamento


Mezaninos, escadas, corrimãos

Projeto de engenharia estrutural

Grades de piso, piso industrial


Parafusos, porcas e arruelas
Fornecedores de mp (zinco)

Isolamento termo-acústico
Galpões, silos e armazéns

Consultoria/Planejamento

Tubos com e sem costura


Serviços de galvanização
Telhas termo-acústicas

Laminados não planos


Projeto de arquitetura
Telhas autopor tantes
Edifícios comerciais

Defensas metálicas
Edifícios industriais

Sistemas espaciais

Pré-engenheiradas

Centro de serviços
Laminados planos
Pontes e viadutos

Perfis laminados
Obras especiais

Telhas em geral

Perfis dobrados
Perfis soldados
Chapas planas
Telhas zipadas
Cober turas

Cober turas
EMPRESA TELEFONE

Steel deck

Estruturas

Bobinas

Outros
Tubos
A. Friedberg (19) 3879-9300 •
Açofer (65) 667-0505 • • • • • • • • • • • • • • •
Açoport (12) 3953-2199 • • •
Açotec (49) 3328-6188 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Açotel (32) 2101-1717 • • • • •
Alufer (11) 3022-2544 • • • • • • • •
Ananda (19) 3421-9050 • • • • • • • • •
Armco Staco (11) 6941-9862 • • • •
Asa Alumínio** (19) 3227-1000 • • • • • •
B. Bosch (11) 4581-7988 •
Belgo (11) 3866-6500 • • • • • • •
Bemo (11) 4053-2366 • • • • • • • • • •
Biazam (44) 261-2200 • • • • • •
Bimetal (65) 616-4000 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Brafer (41) 3641-4600 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Carlos Freire (11) 6941-9825 • • •
CCM (16) 3203-1622 • • • • • • •
Central Telha (11) 3965-0433 • • • • • • • • • • •
CMM (11) 3225-3120 •
Cobansa (11) 3372-3454 •
Cofepe (37) 3222-6444 • • • • • • • • • • • • • • • • •
Cofevar (17) 3531-3426 • • • • • • • • • • • •
Contech (11) 6213-7636 • • • • • • • • • • • • • •
Contrato (11) 5562-0051 • • • • • • • • •
Cosipa (11) 5070-8982 • • • •
CPC (61) 361-0030 • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
CSN (11) 3049-7162 • •
CST (27) 3348-1020 •
CVT Engenharia (21) 2595-2248 • • • • • • • • • • •
Dânica (47) 461-5303 • • • • • • • • • • • • •
Daruix (11) 3255-8570 • • •
Dinâmica (19) 3541-2199 • • • • • • •
Entap* (11) 4056-3833
Equipasul (24) 3348-6760 • • • • • • • • • • • • • • •
Etecon (11) 6918-4544 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Eucatex (11) 3049-2257 • • • • •
Eucatex Engenharia (11) 3049-2257 • • • • •
Euro Telhas (54) 227-5211 • • • • • • • • • • • • • • • • •
Fam (11) 4524-1151 • • • • • • • •
Fer Alvarez (19) 3634-7300 • •
Fibam (11) 4393-5300 • •
Fogal (11) 4994-6200 •
Galvanofer (11) 3608-5322 • • • • • • • • • • • • • • • •
Galvicenter (11) 6412-7373 • • • • • • • • • • • • • • • •
Gerdau Açominas (11) 3874-4852 •
Gerdau Açominas (11) 3874-4306 • •
GF (11) 4537-1212 • • • • • • • • • • • • •
H. Pellizzer (11) 4538-0303 • • • • • • • • • • • • • • •
Hard (47) 4009-7209 • • •
Icec (11) 5504-4700 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Ifal (21) 2656-7388 • • • •
Imesul (67) 411-5700 • • • • • • • • •
* Empresas que não responderam ao questionário.
** Asa Alumínio só fornece estruturas em alumínio. Mais informações visite o site www.abcem.org.br

40 construção metálica 2005


s ó c i o se produtos

FABRICANTES COBERTURA / GALVA- MONTAGEM SERVIÇOS INSUMOS E DISTRIBUIDORES SIDERURGIA


DE ESTRUTURAS FECHAMENTO NIZAÇÃO TÉCNICOS COMPLEMENTOS

Torres para telecomunicação e energia

Torres para telecomunicação e energia

Serviços de pintura e acabamento


Mezaninos, escadas, corrimãos

Projeto de engenharia estrutural

Grades de piso, piso industrial


Parafusos, porcas e arruelas
Fornecedores de mp (zinco)

Isolamento termo-acústico
Galpões, silos e armazéns

Consultoria/Planejamento

Tubos com e sem costura


Serviços de galvanização
Telhas termo-acústicas

Laminados não planos


Projeto de arquitetura
Telhas autopor tantes
Edifícios comerciais

Defensas metálicas
Edifícios industriais

Sistemas espaciais

Pré-engenheiradas

Centro de serviços
Laminados planos
Pontes e viadutos

Perfis laminados
Obras especiais

Telhas em geral

Perfis dobrados
Perfis soldados
Chapas planas
Telhas zipadas
Cober turas

Cober turas
EMPRESA TELEFONE

Steel deck

Estruturas

Bobinas

Outros
Tubos
Isoeste (62) 4015-1122 • • • • • • • • • •
Josita (11) 4648-6464 •
Juresa (11) 6160-9600 • • • • •
Kofar (11) 4161-1000 • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Lisy (11) 4155-1142 •
Lumegal (11) 4066-6466 •
Mangels (11) 6412-8911 • • • • •
Manzato (54) 221-5966 • •
Marfin (11) 3064-1052 • • • • • • • • • • • • • •
Marko (11) 2577-8966 •
MBP (11) 2168-0080 • • • • • • • • • • • • • • •
MCM (16) 3945-3135 • • • • • • • • • •
Medabil (54) 273-4000 • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Metalpar (11) 6954-3044 •
Metasa (51) 2131-1500 • • • • • • • • • • • •
Metform (31) 3591-1684 • • • • • • • • • •
Multiaços (11) 4543-8188 • • • • • • • • • • • • • • •
Multimetal (65) 685-2811 • • • • • • • • • • • • • • • •
Multi-Steel (16) 3343-1010 • • • • • • • •
Mutual (15) 3363-9400
MVC* (54) 209-4150
ORB* (11) 4544-1300 • • • • • • •
Paulo Andrade Engª (11) 5093-0799 • •
Perfilor (11) 3065-3400 • • • • • • • • •
Pint (11) 3168 9955 • •
Pintur (11) 3062-8844 •
Plasmont (11) 6241-0122 • • • • • • • • • • •
Poliaço (11) 4023-1651 • • • • • • • • • • • •
Projeart (85) 3275-1220 • • • • • • • • • • •
Regional Telhas (18) 3322-7377 • • • • • • • • •
SadeFem (12) 3955-2746 • • • • • • • • • •
Sanebrás (21) 2671-5354 • • • • • • • •
Santo André (11) 4426-2966 • • • • • • • • • • •
Sergal (11) 4161-3276 •
Sider tec (16) 3371-8241 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Sigper (11) 3857-1179 • • • • • • • • • • • • • •
Sinovo (19) 3608-1515 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Siraço (11) 6431-3400 • • •
Sorocaba (15) 3225-1540 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Soufer (19) 3634-3600 • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Techsteel (41) 233-9910 • •
Tecnoform (21) 3452-9800 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Tekno (11) 6903-6051 • • • • • • •
Telhaço (19) 3434-7233 • •
Tetraferro (11) 6241-5211 • • • • • • • • • • • • •
Torres (11) 6412-9212 •
Trevecom (19) 3424-2766 • • • • • • • • • • •
Tuper (47) 634-1366 • • • • • • •
Usiminas (31) 3499-8500 • • • •
Usiminas Mecânica (31) 3829-3827 • • • • • • • • • •
V & M do BRASIL (31) 3328-2391 •
Van Der Hoeven (19) 3877-2281 • •
Zanettini (11) 3849-0394 • •

2005 construção metálica 41


a g e n d a a b c e m

CURSO ABCEM NOVEMBRO

A Abcem, com o patrocínio da Gerdau Açominas, vai promover


em novembro o curso "Elementos das Estruturas de Aço
e das Estruturas Mistas Aço/Concreto"

Direcionado principalmente a estudantes de engenharia civil e arquitetura, profissionais engenheiros, arquitetos,


construtores ou tecnólogos que lidam recentemente ou pretendem lidar com o projeto, construção ou gestão de
estruturas de aço para edificações, o curso apresenta todas as informações básicas sobre os modelos teóricos consi-
derados pela NBR 8800 para o dimensionamento de barras, além de aspectos gerais e práticos sobre o projeto de
estruturas envolvendo o material aço.
O Curso envolve aspectos fundamentais de projeto de estruturas mistas aço-concreto, de grande atualidade e importân-
cia para o desenvolvimento da construção metálica e introduz o conceito semi-probabilístico do dimensionamento nos
Estados Limites e apresenta informações detalhadas sobre as considerações adotadas pela NBR 8800.
O assunto apresentado neste curso é a base teórica mínima necessária para o desenvolvimento de projetos relaciona-
dos com estruturas de aço e estruturas mistas aço/concreto e constitui pré-requisito básico para o dimensionamento
de estruturas seguras e econômicas.

Conteúdo
Aços estruturais e suas propriedades; Produtos de aço: perfis, chapas e barras; Campo de aplicação dos produtos
de aço; Normas e especificações empregadas; Dimensionamento de elementos simples e compostos submetidos à
tração e à compressão; Treliças, colunas, pendurais e escoras; Introdução ao dimensionamento de elementos subme-
tidos à torção e à flexão simples, oblíqua e composta; Estudo de casos; Estados limites últimos; Estados limites de
utilização; Coeficientes de ponderação das ações e resistências; Ações permanentes, acidentais e excepcionais; Ações
devidas ao vento; Concretos estruturais e suas propriedades, normas e especificações empregadas; Dimensionamento
de estruturas mistas aço/concreto; Vigas mistas;. Interação total e interação parcial; Estruturas escoradas e não
escoradas; Pilares mistos; Lajes mistas; Dimensionamento de conectores; Estudo de casos.

Curso Básico: Total de 32 horas de aula


PROFESSOR: Engenheiro Alexandre L. Vasconcellos, formado pela EESC - USP, professor de graduação e pós-gradua-
ção em engenharia desde 1985, gerente técnico de uma importante empresa fabricante de estruturas metálicas do Estado
de São Paulo, com ampla experiência em projeto, fabricação e montagens de obras metálicas e mistas aço+concreto.

42 construção metálica 2005


2005 construção metálica 43
AÇOMINAS
(FOTOLITO)

Você também pode gostar