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2 construção metálica 2005

s u m á r i o

Construmental 2006
será nos dias 12, 13, 14 de setembro

Componentes acompanham
a tecnologia e a qualidade do aço
na construção

EDITORIAL ....................................................................... 4 CAPA ............................................................................... 28


CAPA
ABCEM lança CONSTRUMETAL 2006
SALA VIP ......................................................................... 6
• Light Steel Framing: qualidade, racionalização e padronização CONSTRUINDO COM AÇO .............................................. 31
• Show de tecnologia: Drywall combina estruturas de aço Aço concretiza obra em 140 dias
galvanizado com chapas de gesso de alta resistência mecâ- GALVANIZAÇÃO ............................................................. 32
GALV
nica e acústica Protegendo o aço com o zinco
REPOR
REPORTTAGEM ................................................................. 10 CONSTRUINDO COM AÇO .............................................. 34
Componentes acompanham a tecnologia e a qualidade Cobertura autoportante agiliza ginásios poliesportivos
do aço na construção CONSTRUINDO COM AÇO .............................................. 35
CONSTRUINDO COM AÇO ............................................. 16
• Bemo fornece e monta cobertura de centro de convenções
• Fast Roof cobre quadra poliesportiva com vão livre de 26,5m
Estrutura espacial dá vida a meia cúpula de 20m de
vão livre RESTAURANDO COM AÇO ............................................. 36
RESTA
Uso inédito do aço restaura igreja
PINTANDO O AÇO ........................................................... 17
PINTANDO
Tintas anticorrosivas protegem esfera e flare metálicos SIDERURGIA ................................................................... 38

CONSTRUINDO COM AÇO ............................................. 18 Produção de aço em outubro


Novo Campus da USP consome 1000 toneladas de aço SÓCIOS ............................................................................ 39
ABCEM ............................................................................ 19 SÓCIOS E PRODUTOS ..................................................... 40
31 anos de ABCEM: gestão 2004/2006
NOTÍCIAS ABCEM ........................................................... 42
ARTIGO TÉCNICO ............................................................ 20 • ABCEM tem nova secretária executiva
Estudo do comportamento em incêncio real da estrutura • Zanettini é destaque no setor de educação
de aço em perfis formados a frio de um edifício residencial • Brafer participa da recuperação da ponte sobre o Rio
São João
CONSTRUINDO COM AÇO .............................................. 27 • ASA comemora 1,5 milhão de m2 instalados
Painéis isotérmicos são opção para centro de distribuição • CST recebe equipamentos para termoelétrica
2005 construção metálica 3
e d i t o r i a l

Internacionalização SÓCIOS HONORÁRIOS - ABCEM


Francisco Romeu Landi (in Memorian), Gabriel Márcio Janot
Pacheco, Gustavo Penna, Paulo Alcides Andrade, Sidney
A medida em que avançamos no tempo, observamos um crescimento contínuo Meleiros Rodrigues, Siegbert Zanettini e Siro Palenga.

da população dos países, principalmente daqueles em desenvolvimento - econo- CONSELHO DIRETOR - ABCEM
Presidente
mias emergentes. José Eliseu Verzoni (Metasa)
O crescimento populacional imprime uma necessidade de produzir riquezas, pro- Vice-Presidente
gresso industrial e principalmente geração de empregos. Luiz Carlos Caggiano Santos (Brafer)
Mauro Cruz (Perfilor)
As empresas engajadas na produção de manufaturados, visando expandir cada Carlos A. A. Gaspar (Gerdau Açominas)
vez mais suas operações, começam a buscar novos horizontes e criam mercados Ulysses Barbosa Nunes (Mangels)
José A. F. Martins (MVC)
para exportação.
Normalmente, os processos de exportação de manufaturados iniciam-se ven- Conselheiros Diretores
Siro Palenga (Alufer), Fernando Amaral Tarcha (Belgo Mineira),
dendo os produtos completamente montados, o que em linguagem internacional cha- Fúlvio Zajakoff (Bemo), Marino Garofani (Brafer), Roberto Sérgio
mamos de CBU (Completely built up). Abdalla (Cobansa), Cássio F. Loschiavo (Contrato), Edson Zanetti
(Cosipa), Paulo Andrade (Paulo Andrade Engenharia), João N.
Ao crescerem as exportações em CBU, os países importadores, que também
Motta (UMSA), Pedrosvaldo Caram Santos (Usiminas) e André
precisam desenvolver-se industrialmente, passam a estabelecer barreiras tarifárias Cotta Carvalho (V&M).
e não-tarifárias. Secretaria Geral
As autoridades governamentais contatam então os exportadores e propõem re- Av. Brig. Faria Lima, 1931 - 9o andar
01452.910 - São Paulo, SP
duções substanciais no imposto de importação se esses produtos ao invés de virem
Fone/Fax: 11- 3816.6597
montados, venham totalmente ou parcialmente desmontados. A isso chamamos CKD E-mail: abcem@abcem.org.br
(Completely knocked down) ou SKD (Semi knocked down). Web site: www.abcem.org.br

Geralmente, os exportadores fazem acordos de transferência de tecnologia com A Abcem é a entidade de classe que congrega e representa o
setor da construção metálica no Brasil. Reúne também associ-
empresas locais e os produtos passam a ser montados localmente. Após algum ações regionais, escritórios de projeto de engenharia e arquite-
tempo, os governos começam a inisistir na fabricação desses componentes desmon- tura de todo o País.
tados no próprio país, oferecendo novamente impostos de importação mais reduzi-
CONSUL
CONSULT TOR TÉCNICO
dos. Isto chamamos de Local Content ou nacionalização progressiva. Alexandre L. Vasconcellos
Porém, à medida que se inicia e se desenvolve um processo de nacionalização
JORNALIST
JORNALISTA A RESPONSÁVEL
progressiva, a empresa licenciada passará a conhecer completamente seus proces- Dayse Maria Gomes (MTb 31752)
sos de manufatura, ou, em outras palavras, conhece totalmente a sua tecnologia. imprensa@abcem.org.br

Quando expirar o prazo de cedência dessa tecnologia (5 a 10 anos), a empresa local PUBLICIDADE E MARKETING
licenciada torna-se um fortíssimo concorrente, pois conhece tudo sobre a manufatura Elisabeth Cardoso
E-mail: marketing@abcem.org.br
dos seus produtos.
PRODUÇÃO GRÁFICA, FOTOLITOS
Criamos então um monstro, que poderá até mesmo nos devorar no futuro. Qual E IMPRESSÃO
então a solução?
A saída é partir para a Internacionalização. Ao invés de vender a tecnologia, PERIODICIDADE
licenciando empresas locais, a sua empresa deve instalar-se no país alvo e tornar-se Bimestral

uma multinacional. REDAÇÃO E PUBLICIDADE


A internacionalização pode dar-se através de associações majoritárias, Av. Brig. Faria Lima, 1931- 9o andar
01452.910 – São Paulo, SP
minoritárias ou equalitárias, com empresas locais ou sua empresa instalar-se sozi- Fone/Fax: (11) 3816.6597
nha com controle 100% da operação. E-mail: imprensa@abcem.org.br
Site : www.abcem.org.br
As empresas exportadoras de manufaturados, com o correr do tempo, não terão
TIRAGEM
outra alternativa a não ser internacionalizar-se. 7.000 exemplares
As grandes multinacionais já fizeram isso no Brasil há 50/60 anos e, se nós exporta-
CAP
CAPAA
dores não seguirmos esses passo ficaremos inexoravelmente fora do mercado. Lançamento do Construmetal 2006 - Fotos: Bruno Thomaz
A internacionalização passa a ser hoje, mais do que nunca, uma estratégia de Steel Framing - Foto: CDS/SP Usiminas Cosipa
Igreja Nossa Senhora do Carmo de Campo Largo (Jarinú - SP)
sobrevivência futura. Fonte: Engenheiro Flávio Rangel
A China, Índia, Rússia e outros irão invadir nossos mercados com produtos cada
ERRA
ERRATTA
vez mais baratos, com juros competitivos, câmbio racional e mão-de-obra de muito Capa Edição 71 - A ponte João Luis Ferreira - Teresina (PI) foi
menor custo. concluída em 1939.

Se não sairmos da trincheira e não atacarmos o inimigo no seu próprio local, Construção Metálica é uma publicação editada pela Associação
Brasileira da Construção Metálica desde 1991, com circulação con-
poderemos ser surpreendidos com um ataque simplesmente mortal. trolada e dirigida aos profissionais que atuam nos mais importan-
Internacionalização deixará de ser opção e passa a ser necessidade. tes segmentos consumidores em todo o território nacional.
A revista não se responsabiliza por opiniões apresentadas em
artigos e trabalhos assinados. Reprodução permitida, desde que
expressamente autorizada pelo Editor Responsável.

José A. F
F.. Martins
Vice-Presidente de Relações Institucionais da ABCEM
Vice-Presidente Corporativo da Marcopolo S/A

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s a l a v i p

Light Steel Framing:


Qualidade, racionalização
e padronização
tem algumas barreiras a serem
Eng. Civil da Superintendência de
vencidas, como o caso do financiamen-
Desenvolvimento de Aplicação do
to. Um passo muito importante foi
Aço (CSD) da Usiminas/Cosipa
Usiminas/Cosipa,, Gra-
duado pela Escola de Engenharia de dado no ano de 2003, com a elabora-
Lins em 1998, Mestrando pela Uni- ção e aprovação, junto à CEF (Caixa
versidade Estadual de Campinas Econômica Federal), de um manual,
(Unicamp), Coordenador do Progra- denominado “Steel Framing – Requi-
ma de Normatização para a Cons- sitos e condições mínimos para o fi-
trução Civil junto à Associação Bra- nanciamento pela Caixa” , válido em
sileira de Normas Técnicas (ABNT) todo o Brasil, que regulamenta o finan-
e membro das equipes responsáveis ciamento de habitações erigidas atra-
pelo Programa de Desenvolvimento vés dessa forma de construção.
do Light Steel Framing e pelo Proje-
to Habitacional de Interesse Social,
É economicamente possível se
Alessandro de Souza Campos.
construir com estes produtos, uma ou
poucas unidades habitacionais?
O senhor poderia falar sobre sis- zação do profissional de arquitetura e Como em qualquer obra que envol-
tema construtivo em perfis leves? engenharia, pois a qualidade, raciona- va produtos industrializados quanto
Essa tecnologia é, mundialmente lização e padronização são inerentes maior a quantidade de unidades me-
conhecida como Light Steel Framing. ao Light Steel Framing. nor o preço unitário. Porém, existem
Consiste num sistema construtivo casos onde os interessados procuram
estruturado em perfis leves de aço Já existe regulamentação para a as construtoras para viabilizar obras
galvanizado formados a frio, projeta- produção dos perfis de aço? pontuais e, mesmo nesses casos os
dos para suportar as cargas da Sim. Acabou de entrar em vigor a custos mostraram-se competitivos.
edificação e trabalhar em conjunto com norma brasileira ABNT NBR15253 que
outros sub-sistemas industrializados, especifica os requisitos mínimos para os O Brasil conta com oferta de com-
de forma a garantir os requisitos de perfis de aço utilizados neste sistema. ponentes para este tipo de construção?
funcionamento da edificação. Atualmente já podemos dizer que
Estes sistemas têm sido usados por as indústrias e empresas nacionais,
Seria este sistema uma revolução órgãos públicos em habitação popular? bem como arquitetos e engenheiros
na construção civil? Esse é um nicho de mercado que estão preparados para atender as de-
Podemos dizer que esse sistema toda a cadeia produtiva do Light Steel mandas e fomentar o desenvolvimen-
construtivo proporciona maior valori- Framing tem interesse mas, ainda exis- to desse mercado.
6 construção metálica 2005
Quais as vantagens oferecidas por ção para executar este sistema? a necessidade de projetos detalhados
este sistema? Sim. Existem construtoras espe- de montagem que facilitam o acom-
Entre as principais características cializadas espalhadas por todo o país, panhamento executivo, permitindo
inerentes ao sistema podemos citar notadamente em, São Paulo, Minas controlar com mais rigor os cronogra-
a redução do custo da obra, devido à Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Dis- mas fisico-financeiros e a qualidade da
rapidez da montagem dos compo- trito Federal, Rio Grande do Sul. execução.
nentes; fundações mais leves; baixos
índices de desperdício; grande pre- Com a industrialização da cons- Hoje poderíamos afirmar que a
cisão dimensional; entre outros. De- trução, qual é a participação do en- construção industrializada veio para
vemos salientar que as vantagens do genheiro e do arquiteto neste tipo ficar?
Light Steel Framing estão relaciona- de obra? Sem dúvida, o mercado da cons-
dos ao trabalho em conjunto de to- A indústria fornece os componen- trução procura, cada vez mais, por
dos sub-sistemas, tais como: funda- tes para a montagem da estrutura. Ao sistemas construtivos que aliem ra-
ção, estrutura, fechamento, revesti- contrário do que se pensa o Light Steel pidez com diferencial competitivo
mento, isolamentos termo-acústicos Framing é um sistema construtivo que técnico, mercadológico e de negóci-
e instalações. valoriza o profissional de arquitetura os e, quem não seguir essa tendên-
e engenharia se comparado com os cia e não se atualizar tecnologica-
Vamos falar sobre mão-de-obr
sobre a?
mão-de-obra? projetos convencionais pois, além dos mente corre um grande risco de fi-
Existe mão-de-obra com boa forma- projetos arquitetônico e estrutural há car para trás de seus concorrentes.

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s a l a v i p

Show de tecnologia:
Drywall combina estruturas
de aço galvanizado com chapas
de gesso de alta resistência
mecânica e acústica
O Drywall pode ser revestido?
O Drywall funciona exatamente
como uma parede convencional, com
Dir etor
Diretor -Pr
etor-Pr esidente da Associ-
-Presidente
a vantagem de oferecer uma superfí-
ação Drywall e DirDiretor
etor-Pr
etor-Presiden-
-Pr esiden-
cie lisa e já pronta para o acabamento.
te da Placo do Brasil, uma empre-
sa do Grupo BPB, o Engenheiro Todo tipo de revestimento pode ser
Álvaro Villagrán esclarece as dú- aplicado ou colado: azulejos, madeira,
vidas mais freqüentes do S iste-
Siste- carpete, pedras, entre outros.
ma Drywall.
Podem-se pendurar objetos (pra-
teleiras, quadros, suporte de micro-
ondas, pias) em uma parede de
Drywall?
Todo tipo de objeto pode ser fixado
O que é o Drywall? No que Consiste? É possível utilizar o Drywall como em Drywall. As lojas especializadas
Drywall é o sistema para constru- fechamento (paredes externas)? vendem buchas do tipo expansivas ou
ção de paredes e forros mais utilizado Não é aconselhável a utilização nas basculantes, que são ancoradas dire-
na Europa e nos Estados Unidos. Ex- áreas externas, pois se recomenda to na chapa. Cozinhas e outras áreas
ternamente tem a aparência de uma que o sistema não fique em contato que exigirem armários mais pesados
parede de alvenaria. Internamente, com umidade permanente e chuva. ou suporte de TV devem ser
Drywall é um show de tecnologia: com- especificadas no projeto, para que a
bina estruturas de aço galvanizado O uso de Drywall é viável em am- estrutura do sistema seja reforçada.
com chapas de gesso de alta resistên- bientes úmidos como banheiros e co- No caso de precisar pendurar lustres
cia mecânica e acústica, produzidas zinhas? e ventiladores deve-se aproveitar a es-
com rigoroso padrão de qualidade. Em áreas úmidas internas são trutura auxiliar de perfis de aço, ou
especificadas as chapas verdes, pendurar diretamente na laje ou ma-
Onde é usado? com proteção antifungo, resistentes deiramento do telhado.
É utilizado em áreas internas de à umidade. A impermeabilização
todo tipo de construção: residencial, deve seguir os procedimentos ado- Como funciona uma parede de
comercial, social, entre outras. Tam- tados como padrão para áreas úmi- Drywall que necessita de instalações
bém é utilizado em mobiliário. das em alvenaria. hidráulica e elétrica?
8 construção metálica 2005
As instalações elétricas e hidráuli-
cas funcionam perfeitamente. Duas
grandes vantagens: não tem quebra- O maior mercado encontra-se no estado de São
quebra para embuti-las e a manuten-
ção é super simples. Paulo, seguido pelo Sul do País. O Drywall vem
Como é a acústica de uma parede sendo utilizado a mais de 10 anos no Brasil, pelas
de Drywall?
O isolamento acústico é muito melhores construtoras, nos mais modernos
bom. Por isso, o sistema é utilizado nas
melhores casas de shows, salas de con- empreendimentos residenciais e comerciais
certo, cinemas, etc. A proteção sonora
de uma parede em Drywall é no míni-
mo igual à de alvenaria. Mas o Drywall
ainda permite composições de duas ou
mais chapas de gesso com lã mineral, As maiores vantagens do siste- O Drywall precisa de maior promo-
para atender as mais exigentes espe- ma são: flexibilidade, a família cres- ção. Maior conhecimento. No Brasil,
cificações de isolamento acústico. ce e dividir a sala é simples, a família 77% da construção é autogerenciada
diminui e volta ao original é fácil; ra- e 23% e autofinanciada. Isto mostra
Como é feita a manutenção de pidez, em menos tempo fica pronto; que o consumidor final, o proprietá-
um a parede/forro/revestimento reparos/manutenção; simples, e ba- rio, tem um poder de influenciar na
de Drywall? rato; economia; o imóvel projetado decisão de compra.
A manutenção em Drywall é com Drywall fica mais barato com um O consumo de Drywall no País cres-
super simples, pela própria nature- uso mais racional dos recursos (cai- ceu 11,8 milhões de metros quadrados
za da tecnologia. xa); o usuário sabe exatamente quan- no ano 2003; 13 milhões em 2004, com
As instalações elétricas e hidráuli- to vai gastar (não tem surpresas); uma previsão de mais de 14 milhões
cas passam pelo interior das paredes, conforto térmico e acústico; resistên- neste ano de 2005.
agilizando o acesso. Os reparos são cia ao fogo. Além de um sistema para O maior mercado encontra-se no
facilmente executados, sem “quebra- cada necessidade. estado de São Paulo, seguido pelo
quebra” da parede ou do piso. Sul do País. O Drywall vem sendo uti-
Existe mão-de-obra com boa for
mão-de-obra for-- lizado a mais de 10 anos no Brasil,
O Drywall é utilizado em habita- mação para execução deste sistema? pelas melhores construtoras, nos
ções populares? É economicamen- Temos muita mão-de-obra dispo- mais modernos empreendimentos
te viável? nível para aplicar o Drywall. As três residenciais e comerciais, entre
O Drywall ainda não é muito utiliza- fabricantes têm feito treinamento eles: Condomínios Tamboré 5 e 6;
do em habitações populares. Falta co- anualmente para atender à demanda Residencial Villa Amalfi; Condomínio
nhecer o produto. É economicamente do mercado. Chácara Alto da Boa Vista; Condo-
viável, e mais barato desde que se mínio Club Ibirapuera; Sports
aproveitem as vantagens gerais: me- Tendo três grandes empr
grandes esas fa-
empresas Garden Pinheiros; BankBoston;
nores fundações, maior velocidade, bricantes de chapas para Drywall, Brascan Office Tower; Hotel Unique;
custo planejado sem surpresas, e mai- que representam 40% do consumo Hotel Hilton São Paulo; Grand Hyatt
or conforto térmico e acústico. mundial, por que o Brasil ainda apre- Hotel; Sala São Paulo; Credicard Hall
senta baixo consumo “per capta” e Tom Brasil (SP); Barra Bally Light
O senhor pode citar quais as van- deste produto? O que fazer para (RJ); Sheraton Four Points e Hotel
tagens deste sistema? alavancar este consumo? Tambaú (PR).
2005 construção metálica 9
r e p o r t a g e m

Componentes acompanham
a tecnologia e a qualidade
do aço na construção
Há mais de um século do surgimento das vigas laminadas de aço (1885), a construção
metálica continua impulsionada pelas novas tecnologias como o Steel Framing (Sistema
Usiminas), o Wall System (MVC), Fast Roof (Eucatex), trazendo ainda componentes para
acompanhar este desenvolvimento na construção civil como: Revestimentos de placas
industrializadas de cimento, de madeira (OSB) e de gesso (Drywall).

STEEL FRAMING
O Steel Framing é um sistema autoportante de construção a seco, usado em grande escala nos Estados Unidos,
Argentina e Chile. O sistema é a industrialização total da construção que pode ser usado em diversos tipos de
edificações como hospitais, shoppings, residências e edifícios com até sete andares.

CDS/SP Usiminas Cosipa

10 construção metálica 2005


No Brasil, o Steel Framing utiliza-se da qualidade de O Steel Framing utiliza além da estrutura metálica:
aços galvanizados Usiminas para a fabricação de painéis • Fechamentos industrializados diversos que podem ser
externos e internos, que são revestidos com placas in- preenchidos com material isolante, proporcionando maior
dustrializadas de cimento, madeira (OSB) e gesso, rece- conforto temo-acústico à construção: Painéis OSB; Placas
bendo acabamentos variados. Este tipo de construção me- de gesso acartonado; Painéis fenólicos; Placas cimentícias.
tálica traz inúmeras vantagens ao construtor. Entre elas, • Material isolante: Lã de rocha; Lã de vidro; Isolante hidrófogo.
redução extremamente significativa no prazo de entre- • Lajes industrializadas, secas ou não, montadas sobre es-
ga, representando até 35%; redução nos custos da obra; truturas de vigas de aço zingado, que garantem estabilida-
melhoria na produtividade por ser um processo mais in- de e conforto: Deck metálico, Painéis fenólicos; Painéis OSB;
dustrializado, evitando desperdícios nos canteiros de Placa cimentícia.
obras; e padronização do sistema, o que facilita o contro- • Coberturas: Metálicas; cerâmicas; Shingle (composto asfáltico).
le de qualidade. • Acabamentos/Revestimentos: Tintas acrílicas; Siding
vinílico (PVC); Cerâmicas.
• Esquadrias Metálicas
• Sistemas hidráulicos e elétricos, entre outros
Para desenvolver a tecnologia Steel Framing, a Usiminas
participou do grupo que desenvolveu, junto à Caixa Econô-
mica Federal, o documento de Critérios Mínimos para Ava-
liações no Método Construtivo.

OSB
O termo OSB significa Oriented Strand Board ou painel de
tiras de madeira orientadas. É um painel estrutural de ma-
deira. As toras de madeira de Pinus são cortadas em tiras,
dentro de uma medida padrão, são aplicadas resina de
Os perfis utilizados neste sistema são fabricados
colagem à prova d’água, parafina e produto cupinicida. As
com aço galvanizado por imersão a quente Usiminas,
tiras são orientadas em 4 camadas cruzadas, o que garante a
formados a frio, sendo estes denominados de Usigal-
ótima resistência, e são compactadas com pressão e calor.
GI, com revestimento mínimo de Z180 (180g/m 2 no total
das duas faces) de zinco puro de cristais minimizados

Masisa
e com limite de escoamento Fy=230 Mpa, conforme
norma NBR 7008.
Divulgação Sistema Usiminas

2005 construção metálica 11


r e p o r t a g e m

É usado na construção seca para estruturar O engenheiro André Morais afirma que existe mão-
(contraventar) paredes, pisos e telhados e servir como base de-obra com boa formação para execução deste siste-
(vedação) para recebimento de diversos acabamentos. Mas ma. “Neste ano a Masisa, em conjunto com Usiminas,
o OSB também tem outros usos na construção civil tradicio- Isover, Placo, Construtora Seqüência e CTE (Centro de
nal, como canteiros de obras, bandejas de proteção, tapu- Tecnologia em Edificações) promoveu o treinamento te-
mes, passarelas, mezaninos, etc., além de embalagens, órico e prático de 3 construtoras de MG; 2 do PR; 1 do DF
móveis e decoração. e 1 de SP, que estão totalmente habilitadas para executar
Função - O OSB nasceu para o fechamento das paredes estas obras. No próximo ano, continuaremos habilitando
externas. Sua função principal é contraventar as estruturas construtoras pelo País”.
(perfis) de light steel frame. Em ensaios recentes na UFSC,
uma parede contraventada com OSB atingiu resistência FAST ROOF
equivalente a ventos de 300 Km/h. Este é um dos fatores do
O Fast Roof é um sistema construtivo pré-fabricado de
seu sucesso no mundo.
cobertura da Eucatex. Adequado a maior parte dos proje-
Acabamento - Nas paredes externas e telhados, o OSB
tos, o sistema é fabricado em aço galvanizado, totalmente
deve ser revestido com uma barreira de umidade (película
aparafusado, sem pontos de solda, permitindo uma monta-
impermeável como Tyvek ou papel betuminoso). Após isto,
gem mais rápida e segura.
aplica-se o acabamento externo que quiser como argamas-
Leve, resistente e de rápida montagem, o Sistema Fast
sa, tijolo à vista ou siding PVC, cimentício, etc. Os pisos po-
Roof é composto de vigas treliçadas dispostas paralelamen-
dem receber qualquer acabamento como pisos de madei-
te, com interligação por meio de travamentos e fixação atra-
ra, cerâmicos ou carpete. As áreas molhadas devem ser
vés de parafusos.
impermeabilizadas com mantas asfálticas, argamassas
poliméricas, entre outras.

Eucatex
Acústica - A acústica de uma parede OSB-Drywall com
lã mineral em seu interior tem uma eficiência acústica
(redução de ruídos) 7db ou 55% melhor que uma parede
de alvenaria.
Habitações populares - O OSB é utilizado em habita-
ções populares, tendo um grande exemplo em Bragança
Paulista, onde estão sendo erguidos 13 edifícios de 4 pavi-
mentos (2 dormitórios), sendo usado OSB nos pisos e pa-
redes externas. Os apartamentos estão tendo custo inferi-
or ao sistema tradicional.
O engenheiro André Morais, chefe de mercado da Masisa,
diz que as vantagens do sistema OSB podem ser divididas
em dois públicos:
Construtor
Constr utores
utor es: Velocidade de construção – industrializa-
es
ção; Controle dos insumos (compram-se placas, perfis, etc);
Insumos provenientes de grandes indústrias com rígido con- Indicado para construções de pequeno, médio e grande
trole de qualidade; Desperdício abaixo de 3%; Necessidade porte, além da facilidade e agilidade na montagem, o siste-
de pouca mão-de-obra (redução do tamanho do canteiro ma apresenta uma série de vantagens: proteção
de obras e problemas trabalhistas) e Redução de re-traba- anticorrosão do aço galvanizado, distribuição da carga de
lhos com a obra acabada, devido à exatidão do sistema. maneira uniforme; pintura parcial ou total; permite o uso de
Consumidores: Rapidez da construção; Conforto térmi- isolamento termo-acústico, domus de iluminação ou venti-
co-acústico; Estanqueidade total à água (película imperme- lação e possibilita a instalação de testeiras, fechamentos
ável - bolor nunca mais); Alta qualidade e tecnologia da cons- laterais e telas.
trução pelo mesmo custo; Baixa e fácil manutenção e Flexi- Para a cobertura são utilizadas telhas autoportantes
bilidade de mudança no layout dos ambientes (reformas) ou trapezoidais, acessórios e arremates (calhas, rufos
sem acarretar transtornos e sujeira. e fixações).

12 construção metálica 2005


DRYWALL Com os sistemas Drywall, a construção deixa de ter o
caráter artesanal que mantinha até hoje, para ingressar
O Drywall é um sistema construtivo
na fase de “montagem construtiva”, com obras limpas e
utilizado em paredes, forros e revesti-
rápidas, seguindo o caminho já trilhado há mais de um
mentos, composto por estruturas me-
século pelos Estados Unidos e há pelo menos 70 anos pela
tálicas onde são aparafusadas chapas
Europa e pelo Japão. A crescente preferência do mercado
de gesso.
pela construção a seco deve-se às vantagens que esta

Knauf
oferece em comparação com a alvenaria convencional,
dentre as quais destacam-se:
Leveza - uma parede de gesso acartonado, dependen-
do do número de chapas aplicadas de cada lado, pode pe-
sar de 25 a 45 kg/m2; em contrapartida, uma parede simples
de tijolo maciço ou bloco cerâmico com seis furos pesa en-
tre 155 e 165 kg/m2.
Flexibilidade de projeto - Nas obras previamente
projetadas para receber os sistemas drywall, os construto-
res podem oferecer aos seus clientes um grande número
de opções de layout.
Rapidez de execução - Uma dupla de instaladores bem
treinados monta, em média, 25 m2 de paredes por dia, pron-
tas para receber acabamento final.
Ausência de desperdícios - A quantidade de entulho na
construção a seco é mínima ou nula.
Desempenho acústico superior - Uma parede sim-
ples de drywall (com 95 mm de espessura, com perfis
de 70 mm e uma chapa de 12,5 mm de cada lado da
estrutura) proporciona um isolamento acústico de apro-
ximadamente 37 decibéis, o mesmo de uma parede de
tijolo maciço com 90 mm. Se a parede de gesso tiver
isolamento interno com lã mineral, o isolamento chega
a 44 decibéis.

2005 construção metálica 13


r e p o r t a g e m

Paredes com duas ou mais chapas de gesso de cada WALL SYSTEM


lado e isolamento interno com lã de vidro alcançam mais
O Wall System é um sistema de fechamento criado pela
de 60 decibéis. Este desempenho acústico é demonstra-
MVC Componentes Plásticos, que utiliza o conceito “sandu-
do nas salas de cinema multiplex, com paredes de gran- íche” formando um núcleo termo-acústico entre dois pai-
de altura (com até 16 m), executadas com os sistemas néis sintéticos, reforçado com fibra de vidro, proporcio-
drywall Knauf. nando alto conforto acústico e térmico, sendo produzido
Fácil integração com instalações elétricas e hidráuli- em linhas automatizadas.
cas - Os perfis de aço galvanizado já saem de fábrica com Atendendo às necessidades específicas, o Wall System é
furações para a passagem de tubulações. Adicionalmente, utilizado na CasaPrática, lançada pela MVC em 2003. O siste-
há perfis especiais para fixação de aparelhos sanitários e ma construtivo da CasaPrática é comercializado completo,
acessórios hidráulicos painéis e estrutura própria (tubular metálica de seção

14 construção metálica 2005


Divulgação MVC

transversal octagonal). Porém os painéis podem ser aplica-


dos em outros sistemas estruturais: perfis metálicos lami-
nados, concreto e madeira; desde que seja utilizado siste-
ma de fixação adequado.
Pintura - Os painéis Wall System têm a cor padrão mar-
Pintura
fim, podendo ser pintados pelo proprietário com tinta acrílica
convencional. Por serem fabricados em material plástico
de alta resistência, a absorção de tinta pelos painéis é ex-
tremamente baixa.
Fixação de objetos - Para quadros leves um parafuso
comum é suficiente. No entanto se forem necessárias bu-
chas é preciso consultar o manual do proprietário.
Ambientes úmidos – Não há necessidade de revestimen-
to (azulejo ou outro) em ambientes úmidos (banheiro, área
de serviço, cozinha, entre outros), pois os painéis já são apro-
priados para estes ambientes. Porém, revestimento e pintu-
ras podem ser aplicados se for a vontade estética do usuário.
Mais aplicações – Os painéis Wall System podem ser apli-
cados ainda:

2005 construção metálica 15


c onstruindoc oma ço

Estrutura espacial dá vida


a meia cúpula de 20m
de vão livre
A estrutura espacial da gráfica,
localizada em Santo André (SP), foi
fixada no topo do galpão de concreto
existente e na base, em blocos de
concreto, formando uma meia cúpu-
la com vão livre de 20 metros.
Fornecida e executada pela Entap
Engenharia e Construção Metálica, a
obra utilizou 50,0 toneladas de estru-
tura metálica espacial com nós de aço,
em módulos com aproximadamente
2.000 x 2.000 x 1.400 de altura e perfis
metálicos para sustentação de vi-
dros laterais.
O terçamento foi executado em per-
fis tubulares quadrados, o qual tam-
bém constitui uma das linhas de banzo
superior do módulo da estrutura espacial. Já as fachadas laterais são em vidro e a cobertura em telhas zipadas calandradas
termo-acústicas.

Ficha
Técnica
Gráfica – Santo André (SP)
Execução: abril de 2001.
Aço: COR 400 de fornecimento
Cosipa
Telha zipada calandr ada ter
calandrada ter--
mo-acústica: Bemo do Brasil
Projeto de ar
Projeto quitetur
arquitetur a : Valente
quitetura
& Valente Arquitetos

16 construção metálica 2005


p intandoo aço

Tintas
anticorrosivas
protegem esfera
e flare metálicos
padrões técnicos de qualidade, segu-
rança e meio ambiente da Petrobrás.
Para o revestimento foram utilizadas
tintas Epoxi alto sólidos.
A Pintur Pinturas Técnicas também
participou da parada geral de manu-
tenção da fábrica na Cia Brasileira de
Estireno em Cubatão/SP, executando
os serviços de tratamento de superfí-
cies através de equipamento de
Os serviços especializados de re- hidrojato ultra-alta pressão (45.000
vestimento interno e externo de Esfe- PSI) padrão DW2 da norma Petrobrás,
ra Metálica da Polibrasil, localizada na com o sistema epóxi poliuretano para
Refinaria da Petrobrás – RPBC, em a proteção anticorrosiva.
Cubatão/SP, foram contratados pela Para a execução desses serviços
Pintur Pinturas Técnicas. foram utilizadas técnicas de alpinis-
O tratamento das superfícies se deu mo industrial devido à altura do
pelo jateamento abrasivo, seguindo os FLARE (75 metros).

2005 construção metálica 17


c o n s t r ua i n d o cpo m a ç ao

Novo Campus da USP


consome 1.000 toneladas de aço
A USP - Universidade de São
Paulo - construiu o novo Campus
USP/ Leste.
A nova Unidade de Ensino e Conví-
vio Acadêmico - Módulo II, inaugura-
da em novembro, com quase 18.000
m2, sendo 4 pavimentos de projeção
horizontal de 144m x 31,20m, consu-
miu, aproximadamente, 1.000 tone-
ladas de aço estrutural de alta resis-
tência, executada pela CPC Estrutu-
ras, associada a Abcem.

Ficha Técnica
Campus USP - Zona Leste
Local: São Paulo - SP
Local
Proprietária
Proprietária: USP - Universidade de SP
Projeto
Projeto: CPC - Estruturas
Arquiteto
Arquiteto: Globo Engenharia e Arquitetura
Engenheiros
Engenheiros: Augusto César Fontes
Projeto Original perfil soldado
Luis Gustavo G. Farah
Projeto perfis laminados
Empreiteira
Empreiteira: Sta Bárbara Engenharia
Consumo
Consumo:1.000 toneladas de aço estrutu-
ral de alta resistência
Usina fornecedora do aço
aço: Gerdau Açominas

18 construção metálica 2005


a b c e m

31 anos de ABCEM:
gestão 2004/2006
Para marcar o aniversário de 31 anos da Abcem, comemorado dia 10 de
setembro, a Revista Construção Metálica conversa com o empresário que
está à frente da Associação há 19 meses.
Responsável pela exe- Quais projetos estão em andamento e
cução do 1º Constru- quais o senhor ainda pretende desenvolver?
metal, em 2004, José Com a finalidade de auxiliar os profis-
Eliseu Verzoni relata sionais de Recursos Humanos das empre-
quais os trabalhos re- sas associadas, a Abcem está implantando
alizados, as ações em andamento e as me- o Grupo de RH. Este Grupo visa dar oportu-
tas a serem atingidas durante a sua gestão. nidade a estes profissionais de debaterem
assuntos do dia a dia, além de discutir leis,
Agregar valor e gerar resultados para projetos, entre outros.
os associados e colaboradores, através Estamos lutando ainda pela redução do
de apoio à qualificação e a busca de no- ICMS para os fabricantes de coberturas
vas tecnologias, tornando-as mais com- metálicas, junto ao Estado de São de Paulo.
petitivas e de classe mundial são alguns Outro assunto que está sendo trabalha-
dos objetivos da sua gestão. Como está do é o Projeto de “Avaliação de Conformida-
sendo realizado este trabalho? de de Telhas de Aço Zincado, que visa à cer-
Verzoni – Atenta ao seguimento, a Abcem tificação conforme SBAC”, aprovado pela Fi-
realizou o Construmetal 2004 e já está prepa- nanciadora de Estudos e Projetos (Finep).
rada para o lançamento da nova edição do Cons- Este projeto atende à chamada pública
trumetal 2006 – Congresso Latino Americano MCT/Finep/Ação Transversal – TIB – 08/
da Construção Metálica -, que será realizado 2004 e objetiva preparar as empresas fa-
de 12 a 14 de setembro, em São Paulo. Com auditorias periódicas realizadas bricantes de telhas para a certificação au-
O evento além de repetir o sucesso an- pela ABNT, o Programa está estruturado mentando o nível de qualidade e a
terior, vai dar continuidade às necessida- em quatro níveis de qualificação: bronze, competitividade do setor, através de uma
des do setor em expor suas técnicas e so- prata, ouro e diamante, sendo qualificados pesquisa de mercado, análise de confor-
luções aos clientes. Os expositores terão o Sistema de Gestão de Qualidade (com midade de produto, normalização, capaci-
grande oportunidade para interagir, fechar base na norma ABNT NBR ISO 9001/2000) tação e promoção nacional com seminári-
negócios e atualizar-se em informações e e procedimentos de qualificação de solda- os regionais.
novas tecnologias. dores, pintores, inspetores de soldagem e Em outubro, houve a finalização da primei-
Para tornar as empresas mais competiti- END. A partir do mês de outubro começa- ra fase do Projeto, com a apresentação dos
vas e de classe mundial estamos trabalhando mos a auditar as empresas que aderiram Resultados da Pesquisa do Diagnóstico Setorial.
o Programa Setorial da Qualidade de Estru- ao Programa. Cumprindo o seu papel de aperfeiçoa-
turas Metálicas
Metálicas. A Abcem, o Centro Brasilei- mento profissional do setor, continuamos
ro da Construção em Aço (CBCA) e o Instituto Foi lançada também na sua gestão também com os Cursos Abcem. Neste ano
Brasileiro de Siderurgia (IBS), em parceria com a Newsletter Abcem. Qual a contribui- foram ministrados os cursos “Edifícios Mul-
a Associação Brasileira de Normas Técnicas ção deste novo meio de comunicação tiandares Estruturados com aço”; “Cálculo de
(ABNT) e o Senai - Escola Orlando Laviero para o setor? um Edifício de Múltiplos Andares com Estru-
Ferraiuolo, objetiva com este Programa esta- Verzoni – Eu acredito que a Newsletter turas Mistas”; “Cálculo de Ligações Parafu-
belecer os princípios e os requisitos para a Abcem é mais um instrumento de divulga- sadas e Soldadas” e “Cálculo Completo de
qualificação evolutiva do sistema de gestão da ção das obras executadas por nossos as- um Galpão de Aço para Uso Industrial”.
qualidade nas organizações de projeto, fabri- sociados, de cursos Abcem e eventos do Esperamos ainda nesta gestão dar en-
cação e montagem, visando contribuir para setor. Atinge mais um de nossos objetivos trada no processo de redução do Imposto
melhoria da qualidade e da competitividade que é a promoção do uso do aço na Cons- de Produtos Industrializado (IPI) das Estru-
das empresas do setor da Construção em Aço. trução Civil. turas Metálicas.
2005 construção metálica 19
a rtigot écnico

Estudo do comportamento
em incêndio real da estrutura
de aço em perfis formados a frio
de um edifício residencial
1. RESUMO

Este trabalho apresenta o comportamento da estrutura de aço, constituída por perfis


RICARDO HALLAL FAKURY
formados a frio, em seção caixão, de um apartamento situado no quarto e último andar
FRANCISCO CARLOS RODRIGUES
Escola de Engenharia da UFMG do Conjunto Habitacional Juscelino Kubitschek, em Limeira, Estado de São Paulo,
FABIO DOMINGOS PANNONI construído em 1988 e acometido por incêndio em 2002. Para isso, são descritos os
Gerdau Açominas
ensaios realizados para a caracterização do aço empregado nas vigas e pilares, des-
VALDIR PIGNATTA E SILVA
Escola Politécnica da USP conhecido por falta do projeto estrutural, e o ensaio metalográfico, para estimar a
temperatura atingida pelo aço durante o incêndio. Posteriormente, são feitas conside-
ALESSANDRO DE SOUZA CAMPOS
USIMINAS / COSIPA rações sobre o comportamento da estrutura em situação de incêndio.
MAURI RESENDE VARGAS
TECSTEEL
Palavras-chave: Estruturas de aço. Perfis formados a frio. Comportamento em situação
de incêndio.

1. INTRODUÇÃO 2. A ESTRUTURA DO EDIFÍCIO


O Conjunto Habitacional Juscelino Os pilares e vigas do Conjunto Habi-
Kubitschek (figura 1) foi construído em tacional Juscelino Kubitschek são cons-
1988 na cidade de Limeira, Estado de tituídos por perfis de aço formados a
São Paulo, sendo formado por quatro frio, em seção caixão, conforme se vê
blocos idênticos, geminados dois a na figura 2. Os pilares, com 200 mm de
dois, cada um dos blocos com quatro Figura 1 - Conjunto Habitacional Juscelino Kubitschek
altura e 100 mm de largura, são forma-
pavimentos e oito apartamentos por dos por dois perfis Ue 200x50x30x5,0, jus-
andar. Os apartamentos são do tipo Em janeiro de 2002, ocorreu um in- tapostos e unidos por solda contínua de
popular, possuindo 44,29 m2 de área cêndio em um apartamento situado no filete. As vigas, com dimensões exter-
total, com dois dormitórios, sala, ba- quarto andar de um dos blocos do Con- nas idênticas às dos pilares, são forma-
nheiro, cozinha e área de serviço. junto Habitacional, o qual, apesar de das por dois perfis Ue 200x50x15xt, tam-
A edificação possui a estrutura prin- não ter sido combatido com eficácia, bém justapostos e unidos por solda con-
cipal constituída por vigas e pilares de não se propagou para outros aparta- tínua de filete, com espessura de chapa
perfis de aço formados a frio. mentos do edifício. (t) de 3,3 mm, 3,75 mm ou 4,75 mm.
20 construção metálica 2005
Na região onde o incêndio se ini- mais afetada pelo incêndio. Ao todo,
ciou houve desprendimento de peda- foram retiradas sete amostras, sendo
ços de lajotas de cerâmica da laje (fi- três de pilares e quatro de vigas, me-
gura 4). A estrutura de aço não entrou dindo cada uma 300 mm de compri-
em colapso e não apresentou danos mento e 60 mm de largura. A figura 5
visuais importantes. mostra o local de extração das amos-
Figura 2 - Vigas e pilares Os revestimentos das alvenarias se tras (A1 no Pilar P1, A3 e A4 no Pilar P2,
soltaram, o que também pode ser visto na A2 na Viga V2, A6 e A7 na Viga V1 e A8
Todas as ligações entre pilares e
figura 4. Nas paredes não houve fissuras e na Viga V3), e a figura 6 o pilar P2 após
vigas podem ser classificadas como
tampouco nas lajes, mantendo-se, assim, ter as amostras A3 e A4 retiradas.
rígidas, ou muito próximas de rígidas,
a estanqueidade desses elementos.
uma vez que a união entre esses ele-
mentos é executada por meio de sol-
da de filete em toda a volta do perfil
da viga.
Os elementos estruturais não pos-
suem revestimento contra fogo, mas
podem ser considerados parcialmen-
te protegidos pelo contato com a alve-
naria, constituída por blocos de con-
Figura 4 - Detalhe das lajotas cerâmicas danificadas
creto revestidos por argamassa, em
várias partes de suas superfícies ex-
Não houve a propagação do incên-
ternas, conforme a planta do aparta- Figura 5 - Local de extração das amostras
dio para os dois dormitórios e para o
mento, mostrada na figura 3.
banheiro; no entanto esses cômodos
As lajes são constituídas de vigotas
foram duramente atingidos pela fuma-
pré-moldadas de concreto e lajotas ce-
ça, ficando completamente escurecidos.
râmicas, com 70 mm de altura e 50 mm
Evidentemente, o incêndio não se pro-
de capa de concreto moldado in loco,
pagou pelo fato de que a compartimen-
perfazendo 120 mm de espessura.
tação, apesar de imperfeita, foi eficaz.

3. O INCÊNDIO E SUAS
4. ENSAIOS PARA
CONSEQÜÊNCIAS
DETERMINAÇÃO DO AÇO E
A figura 3 mostra a planta do apar-
DA TEMPERATURA
tamento incendiado, com uma simu-
lação do mobiliário existente, e com a Como não foi possível localizar o pro-
indicação do local de início do incên- jeto estrutural, houve a necessidade da
Figura 6 - Pilar P2 após a retirada das amostras A3 e A4
dio, a sala, em tomada localizada atrás realização de ensaios para a caracteri-
do televisor, conforme Certidão de Si- zação do aço empregado nos pilares e Os ensaios:
nistro emitido pelo Corpo de Bombei- vigas. Assim, foram feitos ensaios para • não detectaram alterações sig-
ros da Polícia Militar do Estado de São a determinação da composição química nificativas na micro-estrutura, incluin-
Paulo (2003). e dos valores da resistência ao escoa- do o tamanho de grão, e nas proprie-
mento, da resistência à ruptura e do dades mecânicas do aço, e indicaram
alongamento após ruptura do aço. Foi que os elementos estruturais foram
feito ainda ensaio metalográfico, para submetidos a temperaturas máximas
estimar a temperatura atingida pelo aço da ordem de 712ºC;
durante o incêndio. • indicaram que o aço utilizado é
Figura 3 - Planta
do apartamento As amostras de aço utilizadas nos compatível com aços estruturais do tipo
com mobiliário ensaios foram extraídas de elemen- patinável, com valor característico de
e local de início
do incêndio tos estruturais da sala, dependência resistência ao escoamento de 445 MPa.
2005 construção metálica 21
22 construção metálica 2005
2005 construção metálica 23
a rtigot écnico

5. VERIFICAÇÃO DA Na figura 7, vê-se o esquema da es- ços solicitantes advindos do impedimen-


trutura do apartamento incendiado, reti- to das expansões térmicas.
ESTRUTURA DE AÇO FRENTE
rada da estrutura completa da edificação, A adaptação da ABNT NBR 14762:2001
AO FOGO
com a identificação das vigas e dos pila- consistiu do uso de sua formulação para
res (com a numeração usada na análise determinação dos esforços solicitantes
5.1 Análise Estrutural estrutural) que foram verificados. resistentes de cálculo, multiplicando-se
Conforme o item 2, todos os pila- os valores da resistência ao escoamento
A análise estrutural foi feita usan-
res são constituídos por dois perfis Ue e do módulo de elasticidade do aço res-
do o programa computacional comer-
200x50x30x5,0 soldados entre si, for- pectivamente pelos fatores de redução
cial SAP 2000 (2003), com a combina-
mando uma seção fechada. As vigas ky,θ , igual a 0,12, e kE,θ , igual a 0,11, para
ção excepcional da ABNT NBR
são constituídas por dois perfis Ue a temperatura de 712oC. Os fatores de re-
14323:1999 para obtenção dos esfor-
200x50x15xt também soldados entre si dução foram obtidos das recomendações
ços solicitantes de cálculo em situa-
formando seções fechadas, sendo do Eurocode 3 - Part 1.2 (1995), para ele-
ção de incêndio.
que V4005, V4006, V4041 e V4042/4043 mentos classe 4. Além disso, foram inse-
Foi modelada a estrutura comple-
têm espessura de 3,30 mm, V4079, ridos na formulação os diversos coefici-
ta do Conjunto Habitacional Juscelino
V4096, V4081 e V4098 espessura de 3,75 entes e ajustes adicionais para dimensi-
Kubitschek, incluindo seus quatro blo-
mm e V4022, V4023, V4080 e V4097 es- onamento em situação de incêndio, exi-
cos, em três dimensões, com as lajes
pessura de 4,70 mm. gidos pela ABNT NBR 14323:1999 com base
simuladas como diafragmas infinita-
no Eurocode 3 - Part 1.2 (1995).
mente rígidos em seu plano e com ri-
5.3 Procedimentos
gidez nula no plano perpendicular. As
e Resultados 5.3.2 Pilares
bases dos pilares foram consideradas
engastadas nas duas direções princi- Considerando o aço estrutural com
pais e todas as ligações entre vigas e 5.3.1 Normas e Programa a resistência ao escoamento encontra-
pilares foram supostas rígidas. da nos ensaios (445 MPa), para a atua-
Computacional
Como ações permanentes, foram ção conjunta de força axial de compres-
considerados os pesos próprios dos Os pilares e vigas foram verificados são e momentos fletores, são obtidos
materiais estruturais e construtivos, em situação de incêndio obedecendo- os seguintes valores de cálculo dos es-
obtidos a partir dos pesos específicos se à ABNT NBR 14762:2001, adaptada forços solicitantes e resistentes no pi-
fornecidos pela ABNT NBR 6120:1985 e para a condição de temperatura eleva- lar P 438, que se encontra em pior con-
como ação decorrente do uso uma so- da, usando o programa DIMEPEFF (Di- dição estrutural:
brecarga de 1,5 kN/m2 nos pisos, de 0,5 mensionamento de Perfis Formados a • força axial de compressão: Nfi,Sd
kN/m2 na cobertura e de 3,0 kN/m2 nas Frio), desenvolvido no Departamento de = 25 kN, Nfi,Rd = 174 kN (para escoamen-
escadas. Engenharia de Estruturas da UFMG com to) e Nfi Rd = 64 kN (para instabilidade);
base nos trabalhos de Barros Jr. (2001) • momento fletor em relação ao
5.2 Estrutura do e Soares (2002). eixo de maior momento de inércia da
Tendo em vista a eficácia da com- seção transversal (eixo x): Mfi,Sdx = 5,87
Apartamento Incendiado
partimentação, citada no item 3, e à tro- kN.m e Mfi,Rdx = 9,30 kN.m (o momento
ca de calor entre o aço da estrutura e fletor em relação ao eixo de menor
paredes e laje, a temperatura varia na momento de inércia é desprezável).
seção transversal dos elementos estru- Usando as expressões de interação
turais. No entanto, por simplicidade, essa adaptadas da norma brasileira ABNT
variação não foi considerada, e por con- NBR 14762:2001, vem:
seqüência, foram desprezados os esfor- • resultado da expressão de resis-
ços solicitantes decorrentes do gradien- tência = 0,77;
te térmico. Assim, a temperatura foi con- • resultado da expressão de estabi-
siderada constante na seção transver- lidade = 1,20.
sal, com valor igual a 712oC, conforme o Na determinação da força axial de
item 4 deste trabalho. Também por sim- compressão resistente, foram usados os
Figura 7 - Esquema da estrutura do apartamento
incendiado plicidade, foram desprezados os esfor- mesmos coeficientes de flambagem da
24 construção metálica 2005
verificação à temperatura ambiente, con- baixas, como ocorre usualmente no tipo uma clara condição de colapso estrutu-
forme admite a ABNT NBR 14323:1999. de estrutura em estudo. ral e que os demais componentes estru-
Nota-se portanto que, pelo procedi- turais mantiveram reserva de capacida-
mento adotado no dimensionamento, o 6. CONCLUSÕES de resistente. Deve-se destacar que tais
pilar em questão encontra-se, em situa- resultados não levaram em conta os
Neste trabalho foi descrito um in-
ção de incêndio, em condição de colapso efeitos das deformações térmicas, que
cêndio ocorrido em 2002 em um apar-
estrutural por instabilidade. Fazendo-se poderiam elevar ligeiramente os esfor-
tamento do Conjunto Habitacional Jus-
a verificação dos outros pilares, é possí- ços solicitantes em alguns componen-
celino Kubitschek, em Limeira, Estado
vel constatar que, com exceção do pilar P tes da estrutura incendiada, mas tam-
de São Paulo, que possui vigas e pila-
458, cujo resultado da expressão de esta- bém que não foram observados quais-
res constituídos por perfis de aço for-
bilidade fornece o valor 1,02, todos en- quer danos na mesma. Conclui-se por-
mados a frio, em seção caixão. Obser-
contram-se com reserva de resistência. tanto que os procedimentos de cálculo
vou-se que o incêndio iniciou-se na sala
As forças cortantes não foram con- normatizados são conservadores para
do imóvel e que, devidos às boas condi-
sideradas por apresentarem valores o dimensionamento das estruturas de
ções de compartimentação, usuais nes-
muito reduzidos. aço constituídas por perfis formados a
se tipo de edifício, não houve propaga-
frio, demandando mais estudos e pes-
ção das chamas para os outros cômo-
5.3.3 Vigas quisas, a fim de se otimizar as soluções
dos e nem para os apartamentos vizi-
de projeto para esse tipo de perfil em
Do dimensionamento em tempera- nhos. Foram feitos ensaios para carac-
situação de incêndio.
tura elevada, obtém-se que a maior re- terização do aço estrutural e para ava-
lação entre os momentos fletores liação da temperatura atingida pelo in-
Agradecimentos
solicitante e resistente de cálculo atinge cêndio. A estrutura de aço foi verificada
0,78, na viga V 4081, para resistência ao em situação de incêndio, usando-se Ao CBCA, Centro Brasileiro da Cons-
escoamento do aço de 445 MPa (Mfi,Sdx procedimentos de normas de projeto. trução em Aço, e ao CNPq, Conselho
= 7,23 kN.m e Mfi,Rdx = 9,27 kN.m). Veri- Com a temperatura máxima de 712oC Nacional de Desenvolvimento Científi-
fica-se assim que as vigas conseguiram e resistência ao escoamento de 445 MPa, co e Tecnológico, por terem tornado
manter uma reserva de resistência. valores obtidos por ensaios, os cálculos possível a elaboração deste trabalho.
As forças cortantes solicitantes são mostraram que no pilar P 438 ocorreu

REFERÊNCIAS
ABNT NBR 6120:1985: Cargas para o Cálculo de Estruturas de Edificações - Procedimento. Associação Brasileira de Normas
Técnicas, Rio de Janeiro.
ABNT NBR 14323:1999: Dimensionamento de Estruturas de Aço de Edifícios em Situação de Incêndio - Procedimento.
Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro.
ABNT NBR 14762:2001: Dimensionamento de Estruturas de Aço Constituídas por Perfis Formados a Frio - Procedimento.
Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de Janeiro.
Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo (2003). Certidão de Sinistro número 015/130/03, expedido pelo
16o GB - 1o SGB - 3o/4o PB, Limeira, SP.
Barros Jr., P. M. (2001), Verificação e Dimensionamento e Perfis Formados a Frio Segundo a ABNT e o AISI/96. Dissertação de
Mestrado. Curso de Pós-Graduação em Engenharia de estruturas, Escola de Engenharia da UFMG, Belo Horizonte, MG.
Eurocode 3 - Part 1.2 (1995): Design of Steel Structures-Structural Fire Design. European Committee for Standadization,
Brussels, Belgium.
SAP 2000 Nonlinear (2003), Version 8.2.7, Computers and Structures, Inc., Berkeley, CA, USA.
Soares, C. H. (2002), Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio em situação de incêndio. Dissertação
de Mestrado. Curso de Pós-Graduação em Engenharia de estruturas, Escola de Engenharia da UFMG, Belo Horizonte, MG.

A Revista Construção Metálica comunica que os Artigos Técnicos enviados para esta Seção deverão conter
informações técnicas gerais, não configurando propaganda. E-mail: imprensa@abcem.org.br
2005 construção metálica 25
26 construção metálica 2005
c onstruindoc oma ço

Painéis isotérmicos
são opção para centro
de distribuição

Implantado, em agosto, no próprio tos, recebeu o investimento de 14 milhões.


parque industrial da agroindústria em
Marau (RS), o Centro de Logística e Distri-
buição (CD) da Perdigão, com 4.100 metros
Somente na Grande Porto Alegre, o novo
CD da Perdigão garante o abastecimento
de 3.500 clientes.
Ficha
quadrados de área construída e capaci- Os recursos investidos no CD fazem
dade para movimentar cerca de 14 mil
toneladas de produtos por mês, teve todo
parte de um pacote de R$ 40 milhões,
destinado pela empresa a diversos pro-
técnica
os seus 9.000m² de fechamento lateral jetos de ampliação e implementação de C D Perdigão Marau
executado com painéis isotérmicos melhorias em suas unidades no Rio Local: Marau - RS
“Isojoint”, fornecidos pela Isoeste Indús- Grande do Sul, que já geraram 580 no- Início da Obra: Fevereiro de 2005
tria e Comércio de Isolantes Térmicos.. vos postos de trabalho. Esses projetos Término da obra: Agosto de 2005
Criado para reforçar o abastecimen- foram executados entre o final de 2004 e Estrutura metálica: Gerwal
to dos outros 16 CDs da empresa espa- o primeiro semestre de 2005. Fechamento lateral: Isoeste
lhados pelo Brasil, o Centro que segue o Dotado com avançados recursos Siderúrgica: Companhia Siderúrgica
modelo de multifilial, isto é, opera de acor- tecnológicos, o CD de Marau que conta
Nacional - CSN
do com as necessidades do cliente e não com estrutura moderna power rack, Portas frigoríficas: Isoeste
restrito a uma área geográfica, podendo permitindo economizar espaço, foi pro- Projeto: GPR & Kal/Perdigão
dinamizar o sistema logístico da compa- jetado para armazenar produtos con- Construtora: Kade Engenharia
nhia, com mais eficiência e menores cus- gelados e resfriados.
2005 construção metálica 27
c a p a

ABCEM realiza confraternização


e lança CONSTRUMETAL 2006
A 2ª edição do maior evento da Construção Metálica do País será
realizada em São Paulo, nos dias 12, 13 e 14 de setembro.

No Salão Nobre do Blue Tree & Convention Center Ibirapuera, em São Paulo, a ABCEM realizou, dia 1º de dezembro, o
Coquetel Anual de Confraternização e lançou oficialmente, o CONSTRUMETAL 2006 – Congresso Latino-Americano da Cons-
trução Metálica.
Na oportunidade, o Presidente da Associação, José Eliseu Verzoni, falou para cerca de 120 convidados sobre as
dificuldades e as conquistas de 2004 e 2005. Agradeceu o apoio que a ABCEM recebe dos Associados, das Associa-
ções de Classe, dos Colaboradores e, principalmente, das Usinas Siderúrgicas, do IBS e do CBCA, que sempre estive-
ram ao lado da entidade.
Falou das ações da Associação, tais como: a manutenção do Programa de Cursos da ABCEM; a criação do Grupo de RH e
o PSQ de Estruturas Metálicas. Destacou a revisão da Norma NBR 6223, sob a responsabilidade do Comitê de Galvanização
e das NBR 14513 e 14514, pelo Comitê de Coberturas Metálicas. Falou ainda do projeto FINEP, desenvolvido pela ABCEM em

28 construção metálica 2005


parceria com o Instituto Brasileiro de Siderurgia – IBS, e que consiste da criação de um plano de Conformidade de Telhas que
será utilizado pelo PSQ em consonância com o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-h).
O Presidente ressaltou os investimentos realizados no mercado em 2005 e os anunciados para 2006, que sinalizam com
boas perspectivas para o setor. Destacou o aquecimento da iniciativa privada, que tem sido o principal sustentáculo da
construção metálica, e expectativa de um crescimentos ainda maior em 2006 com a possibilidade de investimentos do
governo em obras de infra-estrutura.
Verzoni apresentou também os resultados positivos do CONSTRUMETAL 2004, que contou com a presença de 62 exposi-
tores, 3.500 visitantes e a participação dos principais especialistas das mais diversas vertentes da cadeia construtiva nacional
e internacional. Durante os três dias do evento foram realizadas 50 palestras técnicas e 3 conferências de renomados
arquitetos do cenário mundial. O CONSTRUMETAL 2004 alcançou um extraordinário sucesso, recebendo o reconhecimento
do mercado como evento de alta relevância para o segmento da construção metálica.
CONSTRUMETAL
CONSTRUMET AL 2006 – Agora ampliado aos demais países da América Latina, o evento teve o seu formato modificado,
visando permitir a efetiva participação de todos os setores e representantes da cadeia de fornecimento da Construção
Metálica. O CONSTRUMETAL 2006 - Congresso Latino-Americano da Construção Metálica, conta com o apoio do Centro
Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), Instituto Latino-Americano del Fierro y el Acero (ILAFA) e o American Institute of
Steel Construction (AISC), que certamente lhe agregam prestígio internacional. Será realizado em São Paulo, no Frei Caneca
Shopping & Convention Center. Na área de exposições, com 1.726 m2, serão erguidos 48 estandes.
CONGRESSO – Com objetivo de discutir e apresentar tendências, melhores práticas e experiências do segmento da
construção metálica, o programa inclui uma grade de palestras nacionais e internacionais de renomados profissionais do
setor. O Congresso será realizado durante os três dias de duração do evento, numa área de 500 m2, composto de cinco salas
ajustáveis para distintos tamanhos de públicos. Em breve a ABCEM divulgará maiores detalhes sobre o evento.
Reserve já o seu espaço! www.construmetal.com.br Fone: 11- 3816.6597

2005 construção metálica 29


d e s t a q u e s

José Eliseu Verzoni (da esquerda para a direita), Mauro


Cruz (Vice-presidente de Coberturas Metálicas da Abcem),
O presidente da Associação, José Eliseu Verzoni abre a Paulo Martins da Regional Telhas e Carlos Gaspar (Vice-
Convidados recepcionados pela equipe da ABCEM confraternização anual e lança o CONSTRUMETAL 2006 presidente de Desenvolvimento de Mercado da ABCEM)

Ao centro, a nova secretária executiva da ABCEM,


Verzoni (central) posa ao lado do diretor da Abcem, Edson
Patrícia Davidsohn, com os vice-presidentes Carlos
Presidente da ABCEM cumprimenta Willian Estevan Zanettini e do arquiteto Antônio Carvalho Neto da Ancom
Gaspar (à esquerda) e Mauro Cruz
Piccinini da ICEC e Moisés Maschio da Metasa (Associação Nordeste Brasileira da Construção Metálica)

Eduardo Munhoz da Ananda (da esquerda para a


direita), Arquiteto Siegbert Zanettini da Zanettini
Arquitetura, Márcio Loschiavo da Contrato
Engenharia e Norimberto Ferrari da Fam As senhoras Maschio (à esquerda) e Verzoni Dra. Cátia Mac Cord (IBS/CBCA) e Verzoni

30 construção metálica 2005


c onstruindoc oma ço

Aço concretiza obra


em 140 dias
Com um período de execução total Distribuição das Casas Bahia, em Ri- área de projeção de 11.808 m² e uma
de 140 dias, desde o projeto até a en- beirão Preto (SP). ampliação de shed existente, com
trega, foi realizada, no segundo se- Compreendida em duas fases: área de 5.184m², a obra foi executa-
mestre de 2004, a obra do Centro de uma cobertura duas águas, com da sem interromper a atividade do
Centro de Distribuição.
As tesouras das coberturas são em
perfis soldados com alma variável,
vencendo vãos de 24,0 metros apoia-
das sobre vigas mestras treliçadas,
com altura de 2,0 metros, pois a mo-
dulação dos pilares de concreto era de
24,0 x 24,0 metros.
Foram executados fechamentos
laterais com altura de 9,5 metros em
todo o perímetro da edificação. A es-
trutura apoiada em pilares de concre-
to pré-moldado totalizou um peso de
300 toneladas.

Ficha Técnica
Cliente: Casas Bahia Comercial Ltda.
Início de obra: julho de 2004
Final da obra: novembro 2004
Projeto: Bauen Construtora
Estrutura metálica: GF Alphafer Construções Metálicas
Cálculo metálica
metálica: Edivaldo Caovila
Engenheiro responsável Metálica
Metálica: Rômulo Lopes Moreira
Detalhamento do Projeto
Projeto: GF Alphafer Construções Metálicas
Construtora
Construtora: Bauen Construtora

2005 construção metálica 31


g alvanização

Uma das características principais do Projeto da Com-


panhia Níquel Tocantins (CNT), ao invés do uso do sistema
convencional de pintura, foi à opção pela completa galvani-
zação a fogo da estrutura, pelas empresas B. Bosch, Mangels

Protegendo e Fogal, o que deu um aspecto diferenciado, além da exce-


lente proteção contra a corrosão.
Para o engenheiro Jose Roberto Piagentini da Votorantim

o aço
Metais, a galvanização a fogo desta obra foi adotada em
função da efetiva e duradoura proteção à corrosão que a
mesma propicia aliada a outras vantagens quando compa-
rada com os esquemas de pintura.

com o zinco “A imersão das peças de aço no zinco líquido forma um


revestimento de zinco e ligas de Fe + Zn aderente e tenaz
com excelente resistência a corrosão. Somam-se a esta van-
tagem outros aspectos extremamente convenientes que
contribuíram pela adoção desta solução, tais como: menor
custo de manutenção; maior durabilidade; maior confiabili-
dade em função do melhor controle durante o processo de
galvanização; maior capacidade de recobrimento em su-
perfícies de difícil acesso (cantos vivos, fendas); manuten-
ção da espessura de revestimento em cantos e bordos e
facilidade de inspeção durante o processo", explica.
Executada pela Metasa, a obra caracteriza-se por dois
galpões geminados em arco com vão livre de 60 metros e 100
metros de comprimento; pé direito de 8,0 metros e altura central
de 18 metros, além de um anexo com cobertura em uma água.
Segundo José Eliseu Verzoni, diretor da Metasa, as em-
presas galvanizadoras cumpriram o prazo, atendendo às
necessidades da obra.
Com área total 13.106 m2, o Projeto CNT teve a cobertura
realizada em telha ondulada (galpões em arco) e telha
trapezoidal (anexo) galvanizadas a fogo.

Ficha técnica
Galpão de Estocagem de Minério
Local: Niquelândia (GO)
Local
Cliente
Cliente: Companhia Níquel Tocantins
Inicio da Obra
Obra: Julho 2005
Final da Obra
Obra: Novembro 2005
Chapas
Chapas: Cosipa
Laminados
Laminados: Gerdau Açominas.
Fornecedor das estruturas metálicas
metálicas: Metasa S/A
Fornecedor civil: Construplan
Cálculo Metálica: Joaquim Sasaki
Coordenador Projeto e fabricação: Márcio Prauchner
Coordenador Montagem: Flavio Fabri

32 construção metálica 2005


DEZ BOAS RAZÕES PARA GALVANIZAR A FOGO grande resistência à avarias mecânicas durante a mani-
pulação, estocagem, transporte e instalação.
1 - Custo inicial competitivo
Além disso, a dureza do revestimento faz com que ele
Em diversas utilizações, a galvanização a fogo, por ser um
seja particularmente adequado em aplicações onde a
processo industrial altamente mecanizado, tem um custo ini-
abrasão poderia ser um problema.
cial menor do que os outros revestimentos anticorrosivos.

7 - Cobertura completa
2 - Menor custo de manutenção
A imersão da peça no zinco faz com que toda a superfície
O custo inicial baixo e a durabilidade fazem com que a
da mesma seja revestida - superfícies internas, externas,
galvanização seja o meio mais versátil e econômico para
cantos vivos e fendas estreitas nas quais a proteção por
se proteger o aço e o ferro fundido, por longos períodos,
outros processos seria impossível. Somando-se a isto, a
contra a corrosão atmosférica.
galvanização mantém a espessura do revestimento nos
Nos equipamentos ou nas estruturas localizadas em áreas
cantos e bordas, o que não ocorre em outros processos.
de difícil acesso, montadas de forma compacta ou ainda
com restrições quanto à segurança (ex.: torres de eletrifi-
cação), o aumento dos intervalos de manutenção reduz os 8 - Protege de três maneiras
custos decorrentes desta operação e da interrupção de ser- O revestimento produzido pela galvanização protege o
viços. Em muitos casos, a galvanização torna a manuten- aço de três maneiras:
ção até desnecessária; mas, quando ela é indispensável, A - o revestimento de zinco sofre uma corrosão ambiental
sua execução se faz sem pré-tratamentos complexos. mínima, sob ação do meio ambiente, o que proporciona
uma vida longa e previsível;
3 - Durabilidade B - o revestimento é corroído preferencialmente fornecen-
A durabilidade dos produtos galvanizados é diretamente pro- do uma proteção catódica (de sacrifício) para as pequenas
porcional à espessura do revestimento de zinco e, inversa- áreas da peça expostas ao meio ambiente devido, por exem-
mente, à agressividade do meio ambiente. Ela costuma atin- plo, ao esmerilhamento, cortes ou danos acidentais. Se o
gir 10 anos em atmosferas industriais, 20 anos na orla marí- revestimento for riscado, os sulcos são preenchidos por
tima e, freqüentemente, mais de 25 anos em áreas rurais. compostos de zinco formados pela corresão ambiental, os
quais impedem que o metal base seja corroído;
4 - Confiabilidade C - quando a área danificada for extensa, a proteção
O processo de galvanização é simples, direto e totalmente catódica do zinco impede que a corrosão se propague
controlado. A espessura (massa) do revestimento formado é sob o revestimento.
uniforme, previsível e de simples especificação. (NBR 6323)
9 - Facilidade de inspeção
5 - Rapidez do processo (e de utilização) O produto galvanizado pode ser facilmente inspecionado.
Com a galvanização a fogo, pode-se obter um revesti- A natureza do processo é tal que, se o revestimento parece
mento completo sobre uma peça em alguns minutos, en- contínuo e perfeito, ele realmente é. Além disto, a espessu-
quanto que por outro processo seriam necessárias horas ra do revestimento pode ser facilmente verificada a qual-
ou dias. (As modernas linhas de zincagem contínua, por quer momento, através de equipamento magnético ou por
exemplo, produzem, no ritmo de 500 m2/min, chapas com testes não destrutivos. (NBR - 7.397, 7.398, 7.399, 7.400)
excelente qualidade de revestimento.)
Logo após a galvanização, a peça está pronta para ser utiliza- 10 - Versatilidade de Aplicações
Versatilidade
da, sem exigir preparação da superfície, retoques ou pintura. • Tubulação Industrial
• Estruturas Metálicas
6 - TTenacidade
enacidade (resistência) do rre
(resistência) evestimento • Telecomunicações
O processo de imersão no zinco fundido produz um reves- • Eletrificações
timento unido metalurgicamente ao aço pela formação • Urbanização
de camadas de liga Fe-Zn e Zn. • Material Ferroviário
Nenhum outro processo de revestimento apresenta esta • Ferragens
característica que confere ao produto galvanizado uma • Tubulação Residencial

2005 construção metálica 33


c onstruindoc oma ço

Cobertura autoportante
agiliza ginásios poliesportivos
As telhas autoportantes da
Açoport,que levam a marca Imasa fo-
ram aplicadas em ginásios poliesporti-
vos na cidade de Praia Grande – SP,
construídos pela prefeitura local para
sediar as competições da 49º edição dos
jogos regionais do interior.
Para vencer o vão livre de 34
metros, dispensando a utilização de
estruturas intermediárias e eliminan-
do emendas, as telhas autoportantes
foram conformadas no próprio cantei-
Ficha Técnica
ro das obras, consumindo 40 tonela- Ginásio da Prefeitura Municipal de Praia Grande
das de aço galvanizado pré-pintado, Local da obra
obra: Praia Grande - SP
em bobinas, nas espessuras de 1,11 e Extensão: 1.767,48 m²
1,55 mm. A forma geométrica da telha Fabricação e montagem das telhas: Açoport Ind. e Com. de Telhas Metálicas Ltda.
e as características do aço zincado Tipo de cobertura: Autoportante
proporcionaram maior resistência, ra- Quantidade de aço: 38.000 Kg
pidez e economia nos serviços. Usina fornecedora do aço: CSN

Além da Prefeitura de Praia Grande, as cidades de São Caetano do Sul e Araras,


dentre outras, tiveram ginásios cobertos com as telhas da Açoport/Imasa.

Ficha Técnica Ficha Técnica


Ginásio Esportivo Congregação das Filhas Canossiana Segunda Escola Municipal de Ensino Fundamental
Local da obra: Araras - SP Local da Obra: São Caetano do Sul - SP
Extensão:
Extensão:1.642,50 m² Extensão
Extensão: 1.627,60 m²
Fabricação e montagem das telhas: Açoport Indústria e Fabricação e montagem das telhas: Açoport Indústria e
Comércio de Telhas Metálicas Ltda Comércio de Telhas Metálicas Ltda
Tipo de Cobertura: Autoportante Tipo de Cobertura: Autoportante
Quantidade de Aço: 31.500 Kg Quantidade de Aço Utilizada
Utilizada: 31.664 Kg
Usina Fornecedora do aço: CSN Usina Fornecedora do aço
aço: CSN

34 construção metálica 2005


c onstruindoc oma ço

Bemo fornece e monta


cobertura de centro
de convenções
A Bemo do Brasil concluiu recen-
temente o fornecimento e a montagem
de 20.000 m² de telhas zipadas para
ampliação da cobertura do Centro de
Convenções Ulisses Guimarães, loca-
lizado no eixo monumental de Brasília.
Foram utilizadas telhas Bemo Roof,
contínuas, perfiladas na própria obra,
em comprimentos de 98,60 metros (pe-
ças únicas).
O material utilizado foi aço galvaniza-
do pré-pintado na espessura de 0,65 mm,
de fornecimento da Inal, empresa CSN.
A Bemo também forneceu 1.800 m²
de Painel Bemo, em aço pré-pintado
na espessura de 0,80 mm que foram
instalados na fachada principal do Cen-
tro de Convenções.

Fast Roof cobre quadra poliesportiva


com vão livre de 26,5m
Ficha Técnica
A quadra poliesportiva da Cooperativa Educacional São Carlos, em São Paulo,
com uma área de 2.154,00 metros e vão livre principal de 26,5 metros, pé
direito de 7,5 metros e peso total de 46 toneladas (estrutura + cobertura), foi
coberta com o sistema Fast Roof da Eucatex, que consiste em um sistema Cooperativa Educacional
treliçado de banzos paralelos, espaçados a cada 1,25m, em aço galvanizado. São Carlos
As treliças são compostas em campo e pré-montadas em seções de 34,5m x
Local
Local: São Carlos - SP
2,5m, sendo içadas com auxílio de guindaste.
Extensão: Área 2.154,00 m2
Extensão
Na cobertura foram utilizadas telhas termo-acústicas com lã mineral, telhas
Fabricação e Montagem
Montagem: Eucatex
superior tipo A120 e inferior tipo L40 e na Testeira, a telha trapezoidal tipo L40
Usina Fornecedora do aço
aço: CSN
(sobrecarga de 25kgf/m² acidental + 20kgf/m² para utilidades).

2005 construção metálica 35


r estaurandoc oma ço

Uso inédito do aço


restaura igreja

Em 1950 o pintor húngaro Antavas


Navikas foi contratado para executar
a pintura do teto e desenhar o altar da
Igreja Matriz. Na ocasião, esculpiu tam-
bém os quatro evangelistas que ador-
nam o frontal da Igreja.

Em 7 de janeiro de 1807, o Capitão Para evitar confusões e extravio de cor-


atibaiano Lourenço Franco da Rocha respondência a Câmara Municipal de
e sua esposa, Dona Rita de Cássia de Atibaia solicitou a troca do nome do Distrito
Moraes, doaram por escritura pública de Paz de Campo Largo para Jarinú, acre-
uma gleba de terras há poucas léguas ditando ser essa a tradução para a língua
da sede da sua fazenda, no Bairro de guarani (Jarí significa largo e nu Campo).
Campo Largo, para construção de uma Com o crescimento do Distrito a ca-
capela sob a invocação de Nossa Se- pela torna-se pequena para abrigar os
nhora do Carmo de Campo Largo. fiéis e em 1928, o padre João Batista
Neste local, foi erguida de pilão e Lavello solicita a ampliação da igreja e
taipa de mão a Capela de Nossa Se- a troca dos assoalhos por mosaico.
nhora do Carmo. Com o tempo forma- Em setembro de 1939 toma posse o
se ao seu redor um pequeno povoado padre João Engelberto Heuser que lá
e em 12 de outubro de 1830, Campo permaneceu até 1951, com um período
Largo (hoje Jarinú) passa à capela cu- de interrupção de 1940 a 1944. Foi no
rada e tem nomeado o seu primeiro paroquiato desse padre conhecido por
pároco: Estanislau José Soares. João Alemão e reconhecido como arqui-
Em 1842 a capela foi elevada à ca- teto que ocorreu a reforma que possibi-
tegoria de freguesia e incorporada à litou à integração das naves laterais a
Vila de São João Batista de Atibaia. De nave central da igreja através de arcos.
1844 a 1846 essa freguesia passou para Nesse período iniciou-se a pintura da
o termo de Jundiaí, retornando então igreja, concluída durante o paroquiato
a Atibaia. do padre José Cezar de Oliveira.
36 construção metálica 2005
TEMPOS MODERNOS Segundo Flávio Rangel, enge-
nheiro responsável pela restaura-
Como o madeiramento de susten-
ção, esta estrutura metálica utiliza-
tação do telhado e do forro, onde ha-
da para cobertura é inédita no Bra-
via as figuras sacras estava deteriora-
sil. “Este sistema é semelhante ao
do por ação do tempo, a Igreja cons-
utilizado na Capela Sistina”.
truída em taipa de pilão foi restaura-
da, com o mais moderno sistema cons-
trutivo: o Steel Framing.

Os perfis leves e galvanizados


acompanham a curvatura do arco
do altar.

A Igreja não poderia ser descarac-


terizada, pois foi tombada pelo
Patrimônio Histórico. Então, como re-
tirar e recolocar no forro as figuras
sacras, visto que a estrutura susten-
tava o forro e o telhado? Só uma op- O uso de estruturas metálicas pro-
ção atenderia a esta necessidade: o porciona maior espaço para manuten-
uso de uma tecnologia moderna, leve, ção da rede elétrica e hidráulica
que não necessitasse de manutenção,
entre outras vantagens.

Só a habilidade do engenheiro e
as possibilidades oferecidas pelo
uso do Steel Framing possibilitam,
A estrutura utilizada nesta restau- em apenas 6 meses, a restauração
ração consiste em perfis metálicos le- com perfeição de um Patrimônio
ves galvanizados, fornecidos unica- Histórico que data do século XIX e é
mente pela Metform, empresa associ- um marco da fundação do Município
ada a Abcem de Jarinú.
2005 construção metálica 37
S i d e r u r g i a

Produção de aço
em outubro
A produção de aço bruto em outubro
foi de 2,68 milhões de toneladas, 1,1% in-
ferior ao mesmo mês em 2004. Repre-
senta, no entanto, um incremento em
relação à utilização da capacidade de pro-
dução, que atingiu 95%, enquanto à média
período janeiro/setembro foi de 92,8%.
Os sinais de lenta recuperação da
construção civil e a redução da ativi-
dade no setor automotivo enfraque-
cem a expectativa de recuperação
mais efetiva no quarto trimestre.
Essa conjuntura fez com que as ex-
portações de laminados em outubro
crescessem 81,2% em tonelagem em
relação ao mesmo mês no ano passa-
do, totalizando 535,3 mil toneladas. es-
pecificamente em produtos planos
houve incremento de 96,9%, atingindo
a 383,9 mil toneladas. em produtos lon-
gos, a exportação cresceu 50,6% atin-
gindo 151,4 mil toneladas.
Fonte: IBS

38 construção metálica 2005


s ó c i o s

Entidades de classe Profissionais


ligadas a ABCEM da categoria
AARS - ASSOCIAÇÃO DO AÇO DO RIO GRANDE DO SUL
“Sócios Colaboradores”
Fone/Fax: (51) 3228.3216 ANTONIO GA
ANTONIO TT
GATTAI
TTAI
E-mail: aars@aars.com.br Engenheiro Civil
Fone: 11- 3735-5775 – Fax: 11- 3735-6179
ACBCOM - ASSOCIAÇÃO CENTRO BRAS. E-mail: gattai@gattai.com.br
DA CONSTRUÇÃO METÁLICA
Fone/Fax: (62) 3215.1047 GABRIEL JESZENSKY
E-mail: acbcom@brturbo.com.br Engenheiro Industrial
Fone/Fax: 11- 5051.1131
AMICEM - ASSOCIAÇÃO MINEIRA DA CONST
DA CONST.. METÁLICA E-mail: gabriel.j@uol.com.br
Fone/Fax: (31) 3227.8540
E-mail: amicem@amicem.com.br LEONARDO RYOZO KA
RYOZO TORI
KAT
Engenheiro Civil
ANCOM - ASSOCIAÇÃO NORDESTE BRASILEIRA Fone/Fax: 61- 3037.7107
DA CONSTRUÇÃO METÁLICA E-mail: leonardo.katori@dearquitetura.com.br
Fone: (85) 261.0266 - Fax: (85) 224.6020
E-mail: ancom@sfiec.org.br MÁRCIO DANTAS DE MEDEIROS
DANTAS
Engenheiro Civil
ASCOM - ASSOCIAÇÃO SUL BRASILEIRA Fone: 84- 201.9187 - Fax: 84- 211.8118
DA CONSTRUÇÃO METÁLICA E-mail: mmedeiros@digizap.com.br
Fone/Fax: (41) 233.5899
E-mail: ascom@ascom.org.br NELSON CUSTÓDIO FÉR
Engenheiro Mecânico
CBCA - CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO Fone: 15- 3233.6440 – Fax: 15- 3229.8480
Fone: (21) 2141.0001 - Fax: (21) 2262.2234 E-mail: nelson_nuclear@yahoo.com.br
E-mail: cbca@ibs.org.br
PAULO EHRENBERGER MACHADO
CDMEC - CENTRO CAPIXABA DE DESENVOL
DESENVOL VIMENT
OLVIMENTO
VIMENTO Engenheiro Civil
METALMECÂNICO
METALMECÂNICO Fone/Fax: 11- 3868.3229
Fone/Fax: (27) 3227.6767 E-mail: paulo.ax@uol.com.br
E-mail: cdmec@zaz.com.br
SANDRA BARRADAS TRA
BARRADAS VASSOS
TRAV
IBS - INSTITUTO BRASILEIRO DE SIDERURGIA Engenheira Industrial Metalúrgica
Fone: (21) 2141.0001 - Fax: (21) 2262.2234 Fone: 11- 5052-7109
E-mail: ibs@ibs.org.br E-mail: stravassos@quick.com.br

NÚCLEO DE DESENVOL
DESENVOL VIMENT
OLVIMENTO TÉCNICO MERCADO-
VIMENTO TUING CHING CHANG
LÓGICO DO AÇO INOXIDÁVEL - NÚCLEO INOX Arquiteto
Fone: (11) 3813.0969 - Fax: (11) 3813.1064 Fone/Fax: 48- 222.3658
E-mail: nucleoinox@nucleoinox.org.br E-mail: stabile@k1.com.br
2005 construção metálica 39
s ó c i o se produtos

FABRICANTES COBERTURA / GALVA- MONTAGEM SERVIÇOS INSUMOS E DISTRIBUIDORES SIDERURGIA


DE ESTRUTURAS FECHAMENTO NIZAÇÃO TÉCNICOS COMPLEMENTOS

Torres para telecomunicação e energia

Torres para telecomunicação e energia

Serviços de pintura e acabamento


Mezaninos, escadas, corrimãos

Projeto de engenharia estrutural

Grades de piso, piso industrial


Parafusos, porcas e arruelas
Fornecedores de mp (zinco)

Isolamento termo-acústico
Galpões, silos e armazéns

Consultoria/Planejamento

Tubos com e sem costura


Serviços de galvanização
Telhas termo-acústicas

Laminados não planos


Projeto de arquitetura
Telhas autopor tantes
Edifícios comerciais

Defensas metálicas
Edifícios industriais

Sistemas espaciais

Pré-engenheiradas

Centro de serviços
Laminados planos
Pontes e viadutos

Perfis laminados
Obras especiais

Telhas em geral

Perfis dobrados
Perfis soldados
Chapas planas
Telhas zipadas
Cober turas

Cober turas
EMPRESA TELEFONE

Steel deck

Estruturas

Bobinas

Outros
Tubos
A. Friedberg (19) 3879-9300 •
Açofer (65) 667-0505 • • • • • • • • • • • • • • •
Açoport (12) 3953-2199 • • •
Açotec (49) 3328-6188 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Açotel (32) 2101-1717 • • • • •
Alufer (11) 3022-2544 • • • • • • • •
Ananda (19) 3421-9050 • • • • • • • • •
Armco Staco (11) 6941-9862 • • • •
Asa Alumínio** (19) 3227-1000 • • • • • •
B. Bosch (11) 4581-7988 •
Belgo (11) 3866-6500 • • • • • • •
Bemo (11) 4053-2366 • • • • • • • • • •
Biazam (44) 261-2200 • • • • • •
Bimetal (65) 616-4000 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Brafer (41) 3641-4600 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Carlos Freire (11) 6941-9825 • • •
CCM (16) 3203-1622 • • • • • • •
Central Telha (11) 3965-0433 • • • • • • • • • • •
CMM (11) 3225-3120 •
Cobansa (11) 3372-3454 •
Cofepe (37) 3222-6444 • • • • • • • • • • • • • • • • •
Cofevar (17) 3531-3426 • • • • • • • • • • • •
Contech (11) 6213-7636 • • • • • • • • • • • • • •
Contrato (11) 5562-0051 • • • • • • • • •
Cosipa (11) 5070-8982 • • • •
CPC (61) 361-0030 • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
CSN (11) 3049-7162 • •
CST (27) 3348-1020 •
CVT Engenharia (21) 2595-2248 • • • • • • • • • • •
Dânica (47) 461-5303 • • • • • • • • • • • • •
Daruix (11) 3255-8570 • • •
Dinâmica (19) 3541-2199 • • • • • • •
Entap* (11) 4056-3833
Equipasul (24) 3348-6760 • • • • • • • • • • • • • • •
Etecon (11) 6918-4544 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Eucatex (11) 3049-2257 • • • • •
Eucatex Engenharia (11) 3049-2257 • • • • •
Euro Telhas (54) 227-5211 • • • • • • • • • • • • • • • • •
Fam (11) 4524-1151 • • • • • • • •
Fer Alvarez (19) 3634-7300 • •
Fibam (11) 4393-5300 • •
Fogal (11) 4994-6200 •
Galvanofer (11) 3608-5322 • • • • • • • • • • • • • • • •
Galvicenter (11) 6412-7373 • • • • • • • • • • • • • • • •
Gerdau Açominas (11) 3874-4852 •
Gerdau Açominas (11) 3874-4306 • •
GF (11) 4537-1212 • • • • • • • • • • • • •
H. Pellizzer (11) 4538-0303 • • • • • • • • • • • • • • •
Hard (47) 4009-7209 • • •
Icec (11) 5504-4700 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Ifal (21) 2656-7388 • • • •
Imesul (67) 411-5700 • • • • • • • • •
* Empresas que não responderam ao questionário.
** Asa Alumínio só fornece estruturas em alumínio.

40 construção metálica 2005


s ó c i o se produtos

FABRICANTES COBERTURA / GALVA- MONTAGEM SERVIÇOS INSUMOS E DISTRIBUIDORES SIDERURGIA


DE ESTRUTURAS FECHAMENTO NIZAÇÃO TÉCNICOS COMPLEMENTOS

Torres para telecomunicação e energia

Torres para telecomunicação e energia

Serviços de pintura e acabamento


Mezaninos, escadas, corrimãos

Projeto de engenharia estrutural

Grades de piso, piso industrial


Parafusos, porcas e arruelas
Fornecedores de mp (zinco)

Isolamento termo-acústico
Galpões, silos e armazéns

Consultoria/Planejamento

Tubos com e sem costura


Serviços de galvanização
Telhas termo-acústicas

Laminados não planos


Projeto de arquitetura
Telhas autopor tantes
Edifícios comerciais

Defensas metálicas
Edifícios industriais

Sistemas espaciais

Pré-engenheiradas

Centro de serviços
Laminados planos
Pontes e viadutos

Perfis laminados
Obras especiais

Telhas em geral

Perfis dobrados
Perfis soldados
Chapas planas
Telhas zipadas
Cober turas

Cober turas
EMPRESA TELEFONE

Steel deck

Estruturas

Bobinas

Outros
Tubos
Isoeste (62) 4015-1122 • • • • • • • • • •
Josita (11) 4648-6464 •
Juresa (11) 6160-9600 • • • • •
Kofar (11) 4161-1000 • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Lisy (11) 4155-1142 •
Lumegal (11) 4066-6466 •
Mangels (11) 6412-8911 • • • • •
Manzato (54) 221-5966 • •
Marfin (11) 3064-1052 • • • • • • • • • • • • • •
Marko (11) 2577-8966 •
MBP (11) 2168-0080 • • • • • • • • • • • • • • •
Medabil (54) 273-4000 • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Metalpar (11) 6954-3044 •
Metasa (51) 2131-1500 • • • • • • • • • • • •
Metform (31) 3591-1684 • • • • • • • • • •
Multiaços (11) 4543-8188 • • • • • • • • • • • • • • •
Multimetal (65) 685-2811 • • • • • • • • • • • • • • • •
Multi-Steel (16) 3343-1010 • • • • • • • •
Mutual (15) 3363-9400
MVC* (54) 209-4150
ORB* (11) 4544-1300 • • • • • • •
Paulo Andrade Engª (11) 5093-0799 • •
Perfilor (11) 3065-3400 • • • • • • • • •
Pint (11) 3168 9955 • •
Pintur (11) 3062-8844 •
Plasmont (11) 6241-0122 • • • • • • • • • • •
Poliaço (11) 4023-1651 • • • • • • • • • • • •
Projeart (85) 3275-1220 • • • • • • • • • • •
Regional Telhas (18) 3322-7377 • • • • • • • • •
SadeFem (12) 3955-2746 • • • • • • • • • •
Sanebrás (21) 2671-5354 • • • • • • • •
Santo André (11) 4426-2966 • • • • • • • • • • •
Sergal (11) 4161-3276 •
Sider tec (16) 3371-8241 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Sigper (11) 3857-1179 • • • • • • • • • • • • • •
Sinovo (19) 3608-1515 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Siraço (11) 6431-3400 • • •
Sorocaba (15) 3225-1540 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Soufer (19) 3634-3600 • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Techsteel (41) 233-9910 • •
Tecnoform (21) 3452-9800 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
Tekno (11) 6903-6051 • • • • • •
Telhaço (19) 3434-7233 • • • • • • •
Tetraferro (11) 6241-5211 • •
Torres (11) 6412-9212 • • • • • • • • • • • • •
Trevecom (19) 3424-2766 •
Tuper (47) 634-1366 • • • • • • • • • • •
Usiminas (31) 3499-8500 • • • • • • •
Usiminas Mecânica (31) 3829-3827 • • • •
V & M do BRASIL (31) 3328-2391 • • • • • • • • • •
Van Der Hoeven (19) 3877-2281 •
Zanettini (11) 3849-0394 • •

2005 construção metálica 41


n o t í c i a s a b c e m

ABCEM TEM NOVA reu em apenas 14 horas. Tendo em vista que mais de 30% da
safra de grãos é transportada em vagões de trens, esse tra-
SECRETÁRIA balho exigiu alta competência e eficiência, pois qualquer atraso
EXECUTIVA na execução poderia acarretar em grandes prejuízos.

A partir do mês de outubro, a


Associação está contando com os ASA COMEMORA 1,5 MILHÃO
serviços da nova secretária exe- DE M2 INSTALADOS
cutiva, Patrícia Nunes Davidsohn,
que estará organizando o Cons- A ASA Alumínio
trumetal 2006 e coordenando as está comemorando
demais atividades da Abcem. 1,5 milhão de m 2 de
Com mais de 15 de experiência no setor da Construção estruturas de alumí-
Metálica, Graduada em Relações Públicas pela Fundação nio instaladas. Com
Armando Álvares Penteado (FAAP) e Pós-Graduada (MBA) mais uma obra con-
em Marketing pela FEA – USP, Patrícia possui vasta experi- cluída, na unidade in-
ência em organização de eventos. dustrial da CBA - Cia
Brasileira de Alumí-
nio, na cidade de Alu-
ZANETTINI É DESTAQUE mínio (SP), a ASA atin-
ge essa metragem
NO SETOR DE EDUCAÇÃO histórica após 12
O arquiteto Siegbert Zanettini é o vencedor do prêmio anos de atividades,
destaque do setor Educação, categoria Projeto, com a atendendo ao mer-
obra Sede Centro Virtual Cultura - Escola do Futuro - USP. cado da construção civil e da indústria em geral.
A premiação faz parte do 2º Grande Prêmio de Arquitetu- “A ASA tem realmente motivos para comemorar. In-
ra Corporativa, organizado pela Editora Flex Eventos. vestimos constantemente no aperfeiçoamento de nos-
Zanettini concorreu também ao prêmio máster, onde foi sa tecnologia de extrusão, estamos sempre atentos às
saiu vitorioso, e premiado com uma viagem de uma sema- novidades do mercado mundial no que se refere a per-
na a Paris, com visita a Feira Batimat - uma das principais fis, além da seriedade com que projetamos e executa-
feiras de arquitetura e construção. mos obras de estruturas, com o apoio de nossos
dealers”, afirma Felício Bragante, diretor da Asa.

BRAFER PARTICIPA DA
CST RECEBE EQUIPAMENTOS
RECUPERAÇÃO DA PONTE
PARA TERMOELÉTRICA
SOBRE O RIO SÃO JOÃO
A Brafer, em parceria com a construtora Roca, executou Aproveitamento dos gases gerados na queima do carvão
em prazo recorde a obra de recuperação da ponte sobre o Rio na Sol Coqueria vai gerar quase 200MW de energia elétrica. A
São João, localizada na estrada de ferro Curitiba – Paranaguá. CST recebeu em setembro quatro caldeiras da termoelétrica
No dia 19 de julho de 2004, parte da estrutura se rom- da Sol Coqueria Tubarão, que têm a função de recuperar ca-
peu e 35 vagões carregados caíram de uma altura de 50 lor dos gases originados no processo de produção de coque,
metros. O acidente provocou o desabamento de uma das gerando vapor para acionar duas turbinas para produção
torres da ponte, de um vão de 14 metros e de uma viga energia elétrica. Produzidas na Coréia do Sul, com peso mé-
metálica. O trabalho de recuperação da torre teve início dio de 90 toneladas, os equipamentos tiveram que ser trans-
no dia 22/07. A circulação de trens vazios foi liberada em portados por navio, numa viagem de 39 dias até o Espírito
09/08 e a do trem operacional três dias depois. Santo. Cerca de 2200 empregados estão envolvidos (direta ou
A Brafer fabricou as peças para a torre, processo que indiretamente) nas obras da coqueria e a expectativa é que
durou apenas quatro dias. A montagem das estruturas ocor- ela comece a operar no final do terceiro trimestre de 2006.
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AÇOMINAS
(FOTOLITO)

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