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CONCRETO
ANÁPOLIS / GO
2015
ii
CONCRETO
ANÁPOLIS/GO: 2015
iii
FICHA CATALOGRÁFICA:
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BADUE, C. S. Metodologias de Dimensionamento de Pisos Industriais de Concreto. Projeto
Final, Curso de Engenharia Civil, Universidade Estadual de Goiás, Anápolis, GO, 73p. 2015.
CESSÃO DE DIREITOS
NOME DO AUTOR: Cassius Santos Badue
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO DE PROJETO FINAL: Metodologias de Dimensionamento de
Pisos Industriais de Concreto
GRAU: Bacharel em Engenharia Civil ANO: 2015
É concedida à Universidade Estadual de Goiás a permissão para reproduzir cópias deste
projeto final e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e
científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte deste projeto final
pode ser reproduzida sem a autorização por escrito do autor.
_____________________________
Cassius Santos Badue
Av. Copacabana, 135, Qd. 146, Área 5, Bloco 1, Apto 1601
Jardim Atlântico
CEP 74343-240 – Goiânia / GO – Brasil
iv
CONCRETO.
APROVADO POR:
_____________________________________________
BENJAMIN JORGE RODRIGUES DOS SANTOS, Dr (UEG).
(ORIENTADOR)
_____________________________________________
MARCUS VINÍCIUS SILVA CAVALCANTI, Dr (UEG).
(EXAMINADOR INTERNO)
RESUMO
construção civil devido ao marcante crescimento da indústria brasileira nos últimos anos. Por
se tratar de um elemento importante das edificações que receberá transito intenso e sujeito ao
que a qualidade e a durabilidade dos pisos industriais de concreto estão diretamente ligadas a
construtivas que são aplicadas com o intuito de auxiliar na escolha adequada do processo de
ABSTRACT
The industrial concrete floor has gained enough market within the building due to the
large growth of the Brazilian industry in recent years. Because it is an element of utmost
importance that receive heavy traffic and subject to attack by aggressive agents, it is necessary
specific project developed by experienced personnel and based on accurate technical data. It
is important to emphasize that the quality and durability of concrete industrial floors are
directly linked to the technological control and to executive process of the floor. This paper
presents some most widespread methods of sizing industrial concrete floors and some sizing
prerequisites and some constructive characteristics studied in order to assist in the proper
LISTA DE FIGURAS
Figura Página
5.2 – Ábaco do número N para veículos de eixo simples de rodagem simples ...................... 50
LISTA DE TABELAS
Tabela Página
ABREVIAÇÕES NOMENCLATURA
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
1.1 GENERALIDADES SOBRE O ASSUNTO ............................................................. 12
1.2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 13
1.3 OBJETIVOS ............................................................................................................ 13
1.3.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................. 13
1.3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ........................................................................................ 13
1.4 METODOLOGIA..................................................................................................... 14
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................................. 15
2.1 UM BREVE HISTÓRICO DA PAVIMENTAÇÃO INDUSTRIAL ......................... 15
3 OS PAVIMENTOS DE CONCRETO ...................................................................... 16
3.1 TIPOS DE PISO DE CONCRETO ........................................................................... 17
3.1.1 PISO DE CONCRETO SIMPLES ............................................................................ 17
3.1.2 PISO DE CONCRETO COM ARMADURA DISTRIBUIDA .................................. 19
3.1.3 PISO DE CONCRETO ESTRUTURALMENTE ARMADO .................................... 21
3.1.4 PISO DE CONCRETO REFORÇADO COM FIBRAS............................................. 22
3.1.5 PISO DE CONCRETO PROTENDIDO ................................................................... 23
4 OS PISOS INDUSTRIAIS DE CONCRETO............................................................ 24
4.1 O SISTEMA PAVIMENTO INDUSTRIAL E SEUS COMPONENTES
ESTRUTURAIS .................................................................................................................. 26
4.1.1 FUNÇÕES DOS COMPONENTES ESTRUTURAIS .............................................. 27
5 DIMENSIONAMENTO ........................................................................................... 34
5.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 34
5.2 ESTUDO DE CASO................................................................................................. 35
5.3 TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO E LISTA DE QUESTIONAMENTOS ............ 37
5.4 DADOS UTILIZADOS NO DIMENSIONAMENTO DO GALPÃO ....................... 39
5.4.1 CONCRETO ............................................................................................................ 39
5.4.2 AÇO ......................................................................................................................... 40
5.4.3 SOLO ....................................................................................................................... 41
5.4.4 GEOMETRIA DO PAVIMENTO ............................................................................ 41
5.4.5 CARACTERÍSTICAS DO VEÍCULO UTILIZADO NO DIMENSIONAMENTO .. 42
5.5 MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO UTILIZADOS.......................................... 43
xi
1 INTRODUÇÃO
concreto.
função essencial suportar os esforços do tráfego previstos para um determinado período, além
usuários durante sua utilização. A estrutura do piso pode ser composta por várias camadas e
De acordo com a norma NBR 7207/82: “O pavimento é uma estrutura constituída após
rolamento quanto à comodidade segurança; resistir ainda aos esforços horizontais que nela
Neste trabalho são estudados os pisos industriais de concreto com ênfase nos diversos
1.2 JUSTIFICATIVA
Nos últimos anos novas exigências do mercado da construção civil no Brasil têm
industriais de concreto.
1.3 OBJETIVOS
deste tipo de pavimento que deve ser projetado e executado com tecnologia e materiais
adequados para que tenham suporte suficiente aos esforços pelos quais foram projetados e
serão expostos.
Utilizar o software Tela Piso do Instituto Brasileiro de Telas Soldadas - IBTS para
entrada de dados de solos, sub-bases, solicitações de cargas, tipo de concreto, juntas, cálculo
1.4 METODOLOGIA
No quarto capítulo foi abordada uma classe de pavimentos específica que são os pisos
industriais de concreto.
piso industrial.
Por fim, o sexto capítulo traz algumas sugestões e considerações finais a respeito do
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
se confunde com a dos pavimentos de concreto, que começou na década de 1920 com os
elástico do concreto. A exatidão do trabalho desenvolvido por esse pesquisador vem sendo
placas apoiadas em meio elástico através do limite plástico do material. Para isso, Lösberg
trabalhou com placas de concreto armado, e seu trabalho tem sido fundamental para o
mecânicas, resistência química e, sobretudo, fatores estéticos. Além disso, a grande facilidade
de limpeza inerente a este produto também colaborou muito para que este tipo de
Rodrigues (2006), afirma que o Brasil vem se destacando de maneira clara como
detentor de conceitos firmes na área de projeto, tendo adotado a Escola Europeia como opção
3 OS PAVIMENTOS DE CONCRETO
mesmo de lazer em edifícios necessitam de uma plataforma sólida sobre a qual operar e na
maioria das vezes são feitas de concreto. Os pavimentos de concreto são constituídos por
placas de concreto de cimento Portland interligadas por juntas e assentes sobre o solo de
depende das técnicas utilizadas na sua construção. Alguns requisitos são fundamentais e têm
através da laje como das juntas que devem estar seladas com material adequado, Rodrigues
(2011).
fixada em função da resistência à flexão das placas de concreto e das resistências das camadas
subjacentes.
As placas de concreto podem ser armadas ou não com barras de aço – Figura 3.1. É
usual designar-se a subcamada desse pavimento como sub-base, uma vez que a qualidade do
estrutural, com a presença ou não de armadura na placa de concreto. Desta forma podem ser
São pavimentos onde os esforços atuantes são resistidos apenas pelo concreto, sem a
Oliveira (2000) define piso de concreto simples como um sistema construtivo em que a
camada de concreto não possui nenhum tipo de reforço, sendo o concreto o único responsável
18
por resistir aos esforços de flexão. Devido à ausência de qualquer reforço, e apresentando o
concreto uma baixa resistência aos esforços de tração, é necessário elevar a espessura do
pavimento e criar um maior número de juntas fator que provoca uma redução da dimensão das
placas de concreto. Esta solução culmina numa menor capacidade de resistência em relação
carregamentos, fator relevante na execução deste tipo de pavimento. A figura 3.2 ilustra o
retração, dilatação térmica e empenamento das placas. A sua utilização justifica-se em locais
onde o elevado número de juntas não interfere na durabilidade do pavimento, Cristelli (2010).
transferência de carga tais como, barras de transferência ou de ligação podem ser empregadas,
ficando assim, a critério do projetista. Neste tipo de pavimento todos os esforços de tração são
concreto. Sua utilização é restrita em áreas onde existem grandes necessidades de suporte de
carga, sendo indicado geralmente para casos onde a grande quantidade de juntas não prejudica
Figura 3.3 Piso de Concreto Simples com Barra de Transferência. (Fonte: Cristelli, 2010)
necessários para a construção dos pavimentos de concreto simples por processo mecânico em
portuárias. Esta norma foi cancelada em outubro de 2014 e não é mais utilizada pelo setor,
Rodrigues et al. (2006) diz que é com certeza o mais popular dos pavimentos
industriais, sendo constituído por uma estrutura em que a armadura (geralmente uma tela
soldada) é posicionada no terço superior da placa de concreto, conforme mostra a figura 3.4.
20
demonstram ensaios de verdadeira grandeza efetuados com placas de concreto simples e com
De acordo com Silva et al. (2014) os pavimentos de concreto com armadura distribuída
pavimentos de aeroportos.
De acordo com Silva et al. (2014) os pavimentos de concreto com armadura distribuída
localizadas em cada junta transversal e longitudinal do pavimento, por isso mesmo, o termo
“armadura descontínua”.
21
sem função estrutural. A armadura é posicionada acima da meia seção da placa, a pelo menos
transversal, tendo função exclusiva de manter ligadas as eventuais fissuras que se formem
entre duas juntas transversais consecutivas, espaçadas normalmente entre 6,10 e 36,6 m sendo
possuir armadura positiva, na parte inferior, e negativa, na parte superior. Este tipo de
resistência à tração do aço. Além disso, exige a presença de juntas com a utilização de barras
tensões de tração geradas nos pavimentos de concreto, com armadura posicionada na parte
De acordo com Rodrigues (2003), este tipo de pavimento distingue-se daquele com
armadura distribuída por possuir uma armadura positiva (posicionada na parte inferior da
placa de concreto) destinada a absorver os esforços gerados pelos carregamentos (figura 3.5)
22
De acordo com Chodounsky e Viecili (2007), “O concreto reforçado com fibras nada
destes compósitos são determinadas pela interação entre as propriedades da matriz e das
Rodrigues (2003) afirma que na primeira metade da década de 90, o Brasil passou a
contar com as fibras de aço produzidas a partir de fios trefilados de alta resistência que são
Figura 3.6 – Perfil típico de piso de concreto reforçado com fibras (fonte: CRISTELLI, 2010)
23
Com essas fibras vieram também critérios de dimensionamento que permitem extrair
deste material toda a sua potencialidade estrutural. Pode-se até dizer que a chegada das fibras
Têm-se também outros tipos de fibras disponíveis no mercado com alto módulo de
De acordo com Silva et al. (2014) os pavimentos de concreto reforçado com fibras são
instalados na placa formando uma malha que tem como função básica suportar esforços de
Segundo Petronilho et al. (2011) até a década de 1970, a execução de pisos industriais
produzido era muito distante das exigências impostas pelos fabricantes de equipamentos de
modernos, específicos para a atividade. Este setor da construção logo se fixou no mercado,
A história dos pisos industriais no Brasil é bastante recente, com pouco mais de 20 anos.
Antes disso, havia pouca preocupação com critérios de projeto, Rodrigues (2003). No início,
base nos critérios da PCA. A grande popularidade desse método deve-se à ênfase que a
ABCP, Carvalho e Pitta (1989) deu a ele, que se popularizou com os trabalhos divulgados em
Rodrigues et al. (2006), afirma que uma grande evolução na execução de pisos
industriais no Brasil ocorreu a partir da década de 90, fato justificável devido à estabilidade
econômica iniciada nessa época e resultado de uma maior interação intelectual com outros
naquele período.
25
Com completo domínio das técnicas de projeto e execução, o Brasil tornou-se, nos
escola europeia e cresce a passos largos, apresentando bons resultados tanto do ponto de vista
De acordo com Senefonte (2007), pisos industriais são elementos que estão
continuamente apoiados e que são dimensionados para suportar cargas diferenciais quanto à
(2009) define pisos industriais como sendo o elemento estrutural com finalidade de resistir e
como elemento de grande importância para logística de operação das empresas, visto que é
Scripture et al. (1953) alertavam para o fato de que, em muitos casos, o piso constitui a
parte mais vital da construção industrial e, frequentemente, a mais vulnerável. Por esta razão,
Para isso, o controle tecnológico dos materiais bem como as quantidades a serem
utilizadas durante a execução dos pisos de concreto é de fundamental importância, pois não
26
podem contribuir para falhas durante a execução dos serviços e a sua vida útil.
referência, e que possua uma textura superficial adequada à futura utilização do piso. As
propriedades da superfície são determinadas pela dosagem dos materiais, pela qualidade da
concretagem e execução das juntas. Desta forma, segundo Sá et al. (2009), busca-se um
concreto é fundamental para obtenção destes parâmetros. Por isso, é necessário analisar as
propriedades do concreto tanto no estado fresco como no estado endurecido, além disso,
estudadas detalhadamente para que não ocorram problemas futuros no piso. Sendo assim, os
tipos de piso de concreto, materiais constituintes do concreto e suas propriedades irão ser
camadas superpostas, constituídas por materiais bastante distintos (ver figura 4.1)
basicamente são estruturados com cinco componentes estruturais principais: subleito, sub-
base (ou base), barreira de vapor, placa de concreto e revestimento. Muitas vezes, outras
camadas são introduzidas para resolver problemas específicos, como uma drenagem
superficial ou camada de bloqueio. Outras vezes algumas são suprimidas, como o subleito de
um piso estanqueado.
27
previstas e utilização do piso para poder definir e propor com bastante cuidado, os sistemas
Gasparetto et al (2010).
Cada componente estrutural tem função específica dentro deste sistema construtivo. Os
cuidados de projeto e execução de cada um deles são de extrema importância para a eficiência
necessariamente compensada por outro; assim, se o subleito é mal compactado, uma placa de
concreto bem dimensionada pode romper com carga muitas vezes bem abaixo da prevista em
projeto e, embora o defeito se apresente de forma estrutural, na realidade foi causado por uma
4.1.1.1 SUBLEITO
O subleito é composto pelo terreno de fundação do piso sendo, portanto, o solo local.
decomposição de rochas, solos de mesma origem podem ter comportamentos muito distintos
quando são formados, por exemplo na Serra do Mar ou no planalto central. Portanto, suas
propriedades devem ser previamente conhecidas e lembrando que nem sempre o mesmo tipo
de ensaio é adequado: solos de natureza laterítica, típicos de partes bem drenadas de regiões
tropicais úmidas, são melhor caracterizados pelos ensaios MCT, enquanto que os saprolíticos,
estes são suportados por terrenos de fundação denominados de subleito. A existência de solos
moles a certa profundidade não é tolerada para este terreno de fundação, pois é desprezível
propriedades dessa camada, ser aceita para pavimentos industriais. Assim sendo, no
dimensionamento dos pavimentos industriais é necessário, assim como nas rodovias, ter o
conhecimento da camada superficial do solo, obtido através de seus índices físicos (CBR) e
do coeficiente de recalque (k), bem como do conhecimento das camadas mais profundas,
Dessa forma, entende-se que o projetista deve exigir uma série de ensaios antes de
iniciar qualquer procedimento de projeto. Tais ensaios, listados a seguir, são a garantia de um
processo correto do ponto de vista técnico que viabilizará a busca da melhor solução para os
pavimentos.
29
para o piso, seja sob o ponto de vista estrutural, homogeneizando a condição de suporte e
como brita graduada tratada com cimento, concreto compactado com rolo, solo-cimento, etc,
Hovaghimian et al (2008).
de concreto e o subleito, formado pelo terreno natural ou por solo trocado, devidamente
ausência de sub-base, sendo o mais perceptível formado pelo bombeamento, que é a perda de
material fino da camada de suporte, expelido junto com água pela junta.
baixas solicitações de cargas, subleito homogêneo, com boa capacidade de suporte, com
ausência de material fino plástico e clima seco, é fundamental a presença da sub-base para se
com ligante hidráulico (concreto pobre, solo-cimento) de forma a oferecer uma boa resistência
a solicitações de tráfego pesado e intenso. Também visa garantir uma superfície estável e
uniforme à camada sobrejacente, com capacidade para resistir à erosão, tanto no decorrer da
A fundação deve ser constituída por material homogéneo, não sensível à água. Se
apresentar heterogeneidade nas suas características físicas e mecânicas bem como reduzida
30
capacidade de carga, deve incorporar um leito de pavimento com solo melhorado, Rodrigues
J. L., (2011).
capacidade de suporte do subleito, uma vez que o fenômeno provoca profundas alterações no
esqueleto sólido do solo; a falta de suporte adequado induz a maiores deformações da placa,
-saturação do subleito;
do bombeamento em que, mesmo após dez anos de trabalho sob condições severas de tráfego,
de água, ou em sua ausência, sofrer fenômenos de expansão ou retração, que podem vir a
31
fundamental a adoção de um rígido sistema de controle de umidade, que deve ser igual ou
ligeiramente superior à ótima, resultando em uma camada cuja espessura final compactada
sendo a melhoria da resistência apenas uma vantagem acessória. Tal fato origina-se a partir do
As barreiras de vapor formadas por camadas impermeáveis, tais como lonas plásticas ou
tais como bolhas, é a presença deste componente, mas a sua adoção deveria ser generalizada
A placa de concreto é, sem dúvida, o elemento estrutural mais importante, pois é ela que
vai absorver todos os carregamentos do piso, transferindo-os para a fundação, de modo que
esta trabalhe sempre no regime elástico, isto é, sem deformações permanentes. Além disso, é
a responsável pela ancoragem dos revestimentos. Pode ser de concreto simples ou reforçado,
sendo este tipo o preferido do nosso meio, já que nele a quantidade de juntas é bem menor.
Os reforçados podem ser com armaduras de aço, tipo as telas soldadas, fibras ou
variações causadas pela retração hidráulica e de outros tipos, importantes estas tem que serem
Rodrigues (2008).
4.1.1.5 REVESTIMENTO
4.1.1.6 JUNTAS
característica de permitir a continuidade estrutural do piso, mas mesmo assim são sempre a
parte mais fraca e quando há problemas estruturais, é nela que eles se manifestam
De acordo com Rodrigues (2006), como os solos são muito diferentes entre si,
Para cada região em particular pode-se ter características de solos mais marcantes ou
importantes do que em outras, fazendo com que essa disciplina seja bastante complexa.
grande que impossibilita uma padronização, como se pode ver nas cartas pedológicas1, muito
empregadas na agricultura, exigindo que cada projeto seja verificado de forma particular.
A primeira consideração que deve ser feita para desenvolver o projeto de um pavimento
industrial refere-se ao nível de informações geotécnicas disponíveis. Estas, por sua vez,
devem ser de tal magnitude que propiciem ao projetista o nível de segurança necessário para
1
Embora a pedologia seja a ciência que trata do solo para fins agrícolas, é muito comum associar
esses solos com as suas propriedades mecânicas, servido como uma primeira diferenciação entre os diversos
tipos.
34
5 DIMENSIONAMENTO
5.1 INTRODUÇÃO
elaboração do projeto, mas não deve ser considerada como a mais importante, pois é preciso
(1961).
dimensionados com base nos critérios da Portland Cement Association - PCA. A elevada
aceitação deste método de dimensionamento foi devido à ênfase que a Associação Brasileira
de Cimento Portland – ABCP deu a ele, com ampla divulgação feita em seus trabalhos,
Westergard (Westergard, 1927), Pickett, Ray (Pickett e Ray, 1950) e Packard (Packard,
1976).
consideram o comportamento plástico dos materiais na ruptura, como os que empregam telas
pavimento tipo Jointless, que emprega placas com mais de 500 m².
Nota-se que nos últimos dez anos tem-se adotado no Brasil a metodologia aplicada na
para um galpão industrial de dimensões (60m x 120 m), o que totaliza uma área de 7200 m².
Deve-se considerar que sobre este pavimento haverá aplicações de cargas montantes
A figura 5.1 mostra a planta de forma geral com a disposição das placas de concreto
Para todo projeto executivo de grande porte, recomenda-se que seja desenhada a planta
de fôrma geral da edificação em escala grande em uma prancha A1. A seguir, recomenda-se
que esta planta seja dividida em diversos quadrantes de forma que o desenho contido em cada
quadrante seja plotado em uma planta A1 na escala de 1:100, de modo a representar de forma
além de desenhos específicos de caixa, canaletas de drenagem e/ou de outros dispositivos das
instalações.
recomenda-se que o responsável pelo dimensionamento faça uma entrevista com o cliente e
uma inspeção ou reconhecimento no local onde será realizada a obra, a fim de levantar dados
Quando do reconhecimento do local da obra, recomenda-se que sejam tiradas fotos (de
preferência uma câmera de boa resolução), procedidas medições com trena metálica e
dimensionamento do piso.
dados técnicos.
pavimento.
pode, por exemplo, estar utilizando uma empilhadeira com capacidade para
38
25,00kN e ter previsão para o usar empilhadeiras com capacidade de 120,00 kN,
Acabamento liso, camurçado ou vassourado? Esse item deve ser muito bem
8. Qual o tipo de material das rodas das empilhadeiras que operarão sobre o piso?
metálicas, além de gerarem maior ruído, podem exigir aplicação de produto anti-
superficial do mesmo.
portão preexistente, caso haja uma elevação no nível do pavimento e não for
previsto a reconstrução do portão, pode ocorrer que o novo vão livre vertical
níveis das soleiras das portas, que antes estavam acima do nível do piso
existente, poderão ficar niveladas ou até mesmo abaixo do novo nível de piso a
ser projetado.
5.4.1 CONCRETO
Coeficiente de Poisson:
ν = 0,20.
5.4.2 AÇO
de telas soldadas em aço CA-60 e barras de transferência (entre placas) em aço CA-25.
cálculos.
Eaço = 205.000MPa.
Barra de transferência
Altura total da placa
Diâmetro Comprimento Espaçamento
(mm)
(mm) (cm) (cm)
125 16 50 30
150 20 50 30
200 25 50 30
→250 32 50 30
41
5.4.3 SOLO
CBR% = 20 %
K = 79 MPa/m.
d = h - d’ → d = 15 cm – 5 cm → d = 10 cm.
Deve-se ter um cuidado especial quanto ao processo de cura. Tal processo deve ser
rigoroso e iniciado logo após o início da pega do concreto devendo-se estender até o 21º dia
(no caso da utilização de concreto constituído de cimento com Pozolana e de Alto forno) ou
14º dia (no caso da utilização de concreto constituído por outros tipos de cimento).
Tem-se portanto:
Largura da placa = 5 m.
Comprimento da placa = 10 m.
Quanto a geometria:
Quanto a carga:
No caso em que não é possível encontrar dados a respeito às aplicações de cargas nos
eixos dianteiro e traseiro, pode-se considerar para o eixo dianteiro uma carga equivalente a
Para efeito de carga móvel sobre o pavimento adotou-se uma carga de 86,3 kN,
Após a obtenção dos dados referentes a geometria e cargas em estudo pode-se dar
2. Método de Mayerhof;
4. Método de Palmgren-Miner.
estruturalmente armado e cargas dinâmicas. O método tem como base a determinação das
tensões atuantes e dos momentos fletores, de acordo com o modelo proposto por Westergaard,
favorável, toma as cargas atuando no interior da placa, enquanto a outra leva em conta o
carregamento na borda livre; nesta, os esforços gerados podem atingir cerca do dobro dos
valores produzidos pelo primeiro caso. Entre os dois extremos, podem-se ter valores
intermediários, como nas juntas protegidas, cuja magnitude dos esforços será função da sua
norma NBR 6118, para armação considera-se o emprego de telas soldadas produzidas com
aço CA-60. A resistência do concreto utilizada deve ser superior a 25 MPa, para que se tenha
processo de expulsão de finos por bombeamento ou processo similar, por meio de redutores
calculado em função da pressão nos pneus, geometrias de pneus e eixos e, a partir deles,
de que este dano é de pequena magnitude, mas o efeito acumulativo causado por esse dano
l = 0,602m.
45
hidráulica.
tem-se:
Isso faz com que o processo de cura deva ser bastante rigoroso, sendo iniciado logo
após o início da pega do concreto e se estendendo até o 21º dia no caso de concreto
constituído de cimento com Pozolana e de Alto forno, e até o 14º dia no caso de concreto
pneu (w):
A = PR/q →
A = 0,062m².
L= (A/0,5227)(1/2) →
L = (0,062/0,5227)(1/2) →
L = 0,344.
w = 0,60 . L →
46
w = 0,60 . 0,344 →
w = 0,207m.
c) Determinação do número N:
L’ = (0,254.L)/l →
L’ = 0,145m (14,50cm).
d' = (0,254.d)/l →
d’ = 0,844m (84,40cm).
Figura 5.2 – Ábaco número N para veículos de eixo simples de rodagem simples (Fonte: Neto, 2013).
47
solicitações causadas pelo eixo de um veículo sobre um pavimento. O dano causado pela
passagem de cada veículo é de pequena magnitude, mas o efeito acumulativo deste dano
MB = 12,81 kN.m.
e) Armadura de retração
placa(cm).
Adotando-se barras de aço com 6,3 mm de diâmetro, tem-se o seguinte valor para
Será adotada armação dupla, com armaduras principais dispostas nas camadas superior
e inferior, desta forma o uso de armadura de retração, que deveria ser colocada na camada
Para altura total da placa de concreto adotada de 15cm, tem-se da tabela 5.1:
48
Para h = 15 cm → 1 Ø 20 mm c/ 30 cm C = 50 cm
Portanto, deve-se dispor, no projeto estrutural executivo, de uma barra com 20mm de
Por esse método, foi possível determinar um valor de momento fletor correspondente a
pavimento. Onde cada situação faz o concreto do pavimento trabalhar sob diferentes variações
Deve-se, portanto, obter o maior valor dentre essas situações quando suscetíveis de
aplicação.
Roteiro de cálculo:
d) Momento fletor:
M = PR/[6.(1+(2.a)/1))] = (86,30kN/2rodas)/[6.(1+((2.0,141m)/0,602m))] =
4,90kN.m
e) Espessura da placa:
dimensionamento dos pavimentos industriais, mas na realidade, não são muito comuns no seu
"senso estricto", mas sim camufladas por cargas pontuais, lineares e outras configurações.
carregamento plano, apoiado sobre o piso por meio de uma área de contato que coincide com
suplantam os momentos positivos que ocorrem sob a placa e são inferiores aos produzidos por
fazendo com que haja uma mudança da curvatura da linha elástica da placa na área
1,1.l do término da área carregada (PCA, 2001), onde l é o raio de rigidez da placa.
momentos negativos e esta será máxima para L=2,2.l ; nesta condição, a capacidade do piso
c = 1,03 ∗ σ ∗ √h ∗ k
onde:
distribuída no galpão em estudo, tendo como base a razão entre a massa e a área de base dessa
massa, para os diversos equipamentos é obtida junto ao cliente da obra. Para o galpão
estudado os valores de carga distribuída que serão utilizados são inferiores a 40 kN/m²,
portanto, este valor que será adotado como referência para o dimensionamento em estudo.
6,24MPa
onde:
40kN/m², que no caso seria de 0,04MPa. No caso em estudo o maior dos dois valores é o
h ≤ h = 15 cm (satisfaz)
/ /
f = 0,30 ∗ f = 0,30 ∗ (40MPa) = 3,51MPa.
σ = 17,6 ∗ 10 / ².
Para dimensionamento considerou-se que as estantes possuem três andares, e cada andar
possui capacidade de carga de até 2000kg. A base da estante se apoia no piso através de um
pilarete principal que se apoia sobre uma chapa de aço fixada diretamente sobre o pavimento,
por meio de um chumbador mecânico. A chapa de base possui dimensões de 14cm x 14 cm. A
andares, com cada andar possuindo 20kN, mas com limite de uso de 20kN. Para os pilares P5
Sendo assim, para 3 andares, tem-se uma carga total de: 3 x 20kN = 60kN.
Como as estantes estão montadas de modo contíguo, como mostrado na figura 5.4,
percebe-se que cada um dos pilares de divisa acaba por absorver o dobro da carga dos pilares
de periferia, Sendo assim, para a situação a seguir, os pilares P2, P4, P6 e P8 passam a receber
Com isso, para o modelo existente no galpão, em função da capacidade de carga para
cada andar e da disposição dos pilares, constata-se que os pilares intermediários recebem a
Sabe-se que a altura da placa de concreto do piso corresponde a 15 cm. Para o cálculo
da área de influência da chapa de base dos pilares deve-se espraiar a base do pilar até a linha
Ou seja, de imediato, a partir dos dados de campo, consegue-se obter a carga máxima
aplicada no pilar da estante, bem como a tensão máxima aplicada no pilar da estante, bem
base da estante, pode-se efetivamente dimensionar este pavimento de concreto para aplicação
de cargas montantes.
solo, a seguir:
a) Dados:
a.1) Concreto:
( / )
Resistência Média do Concreto à Tração: , = 0,30 ∗ = 0,30 ∗
(40 )( / )
= 3,51 .
54
(3,51 ) = 4,56 .
35.417,51 .
a.2) Aço:
a.3) Solo:
dimensionamento por subbase constituída de Brita Graduada Simples (BGS) com espessura
recalque k= 79 MPa/m.
Verifica-se que a tensão aplicada pela placa é inferior à tensão resistente do concreto, do
seguinte modo:
= 22,8 ∗ 10 / ⟹ = 2280 / ².
2280 / ²⟹
= ℎ ℎ = 14 ∗
14 = 196 ⟹
= (196/10.000) ⟹ = 0,0196 .
solicitante (σPLACA ), o pavimento satisfaz a aplicação de tensão aplicada pela chapa de basedo
pilar da estante.
= 0,602 .
Onde:
− ;
ℎ− ;
− ;
− / .
⟹ = 3,96 . .
ℎ = 0,10 = 10 .
fazendo necessário aumentar o valor da espessura do pavimento para atender ao cálculo aqui
visto.
Por fim, de posse do valor do momento fletor de magnitude de 3,96 kN.m, da altura do
Cálculo do kmd:
= /( ∗ ∗ ) ⟹
= 28.570 / ².
= / ⟹
= (43,48 / ²) / (205.000 ∗ 10 / ²) ⟹
= 2,121 ∗ 10 = 2,121 °/ .
/ ⟹
= 1,15.
Como o valor do kmd= 0,019 encontrado é inferior ao kmd = 0,318 do aço CA-50 A, o
Cálculo do KX:
′ = 2,472; ′′ = 0,028 .
′ = ′ ∗ ℎ = 2,472 ∗ 15 = 37,08 .
′′ = ′′ ∗ ℎ = 0,028 ∗ 15 = 0,42 .
(adota-se x = 0,028, pelo fato do valor final de 0,42cm permanecer dentro da seção
Cálculo de KZ:
Cálculo da armadura:
= /( ∗ ∗ )⟹
Á ç â 8 = ( ∗ )/4 ⟹
Á = ( ∗ (8 ) )/4 = 0,50 ².
n= / Á ⟹
n = (1,29cm²)/(0,50 ²) = 2,58 / .
= Á / ⟹
58
Para placas e lajes, o espaçamento entre barras de aço não deve exceder a 2 x d (altura
pois se encontrou um espaçamento máximo de cálculo de 39 cm. Porém, opta-se por deixar
introduzir uma barra de 8 mm de diâmetro disposta a cada 15 cm, nas duas direções, e nas
Para essa disposição de armaduras, pode-se adotar o tipo de tela Q335 constituída de 1
Ø8 c/15.
((ℎ /2 ) + ℎ + (ℎ /2 )) =
= 356,7 .
= 0,27 ∗ ∗
Portanto:
= (64,8 ∗ 10 )/ ² = 6480 / ².
= /( ∗ ) ⟹
(6480 / ²) = /(91,06 ∗ 10 )⟹
= 590,1 .
Seção Íntegra do Pavimento (IG), bem como o valor do Momento de Inércia da Seção
Fissurada (ICRÍTICO), além de nos permitir encontrar um valor de Carga Equivalente dado em
Ou seja, como se vê, pode-se calcular o momento fletor atuante na placa em virtude da
disposição das rodas tanto no sentido longitudinal como transversal, em função de um raio
, = 4,56 = 4,56 ∗ 10 / ² ⟹
, = 45,6 ∗ 10 / ².
Í = ∗ Í
Kmd = 0,084 < kmd=0,318 do aço CA-50A (o concreto não rompe por ruptura frágil);
kz = 0,948; AS=5,80cm².
Í = ( ∗ ³/3) + ∗ ∗ ( − )² ⟹
Í = 14.334,38 .
≅ 7,50 ( çã ó ç ).
Cálculo do valor de a:
= Í / ⟹
= (14.334,38 )/(0,00028 )⟹
,
= (( ∗ ℎ³ ∗ )/12 ∗ (1 − ²) ∗ )) ⟹
,
= ((35.417,51 ) ∗ (0,15 )³ ∗ 0,51)/12 ∗ (1 − 0,20²) ∗ 79 / )) ⟹
= 0,509 .
Raio de influência:
= 2,00( 1 2).
= 86,3 ( ).
primeiro os valores de cargas P1, P2, ... PN, aplicados pelas rodas, com o veículo disposto
sobre a placa de concreto. Como a empilhadeira só possui dois eixos, o estudo restringir-se-á
à aplicação de cargas P1 e P2, que compreendão as duas rodas vistas de lado e de frente, com a
As figuras 5.6 e 5.7 ilustram respectivamente, a situação 1 (vista lateral das rodas da
empilhadeira com os dois eixos dentro do raio de influência da placa) e situação 2 (vista
lateral das rodas da empilhadeira com apenas um eixo dentro do raio de influência da placa).
Situação 1:
Situação 2:
Em seguida serão estudados os valores das cargas aplicadas pelas rodas, com o veículo
disposto na seção transversal (de frente) – no caso de frente, só se terão possíveis situações
As figuras 5.8 e 5.9 ilustram a situação 3 (rodas dentro do raio de influência) e situação
Situação 3:
= ∗ 0,42 = (86,3 /2) ∗ 0,42 = 18,1 .
Situação 4:
será trabalhado com este valor de carga e não com o valor da carga por eixo, no item a seguir.
= 44,4 ∗ 10 / ⟹ = 4440 / ².
Recomenda-se determinar o valor de fctm e de fctk para este método, que resulta em:
( , )
= 0,56 ∗ = 0,56 ∗ (0,40 )( , )
= 5,12 .
MOMENTOS FLETORES
Momento Bordo da Placa MB = 12,81 kN.m
Rodrigues e Pitta, 1997
Momento no Interior da Placa MI = 6,41 kN.m
Meyerhof Momento Cargas Móveis M = 4,90 kN.m
Momento Fletor Crítico MCRITICO = 17,10 kN.m
Anders Lösberg, 1961
Momento de Bordo da Placa M' = 3,00 kN.m
Palmgren - Miner 1961 Momento Fletor M = 16,70 kN.m
De acordo com a Tabela 5.3, pelo método de Rodrigues e Pitta, 1997 – Carta de
concreto a flexão.
66
Por fim, dimensiona-se a placa de concreto do pavimento para este valor máximo de
momento fletor:
Cálculo do kmd:
= /( ∗ ∗ ) ⟹
= 28.570 / ².
= / ⟹
= (43,48 / ²) / (205.000 ∗ 10 / ²) ⟹
= 2,121 ∗ 10 = 2,121 °/ .
/ ⟹
= 1,15.
Como o valor do kmd= 0,084 encontrado é inferior ao kmd = 0,318 do aço CA-50 A, o
Cálculo do KX:
′ = 2,370; ′′ = 0,130 .
′ = ′ ∗ ℎ = 2,370 ∗ 15 = 35,55 .
′′ = ′′ ∗ ℎ = 0,130 ∗ 15 = 1,95 .
(adota-se x = 0,130, pelo fato do valor final de 1,95cm permanecer dentro da seção
Cálculo de KZ:
Cálculo da armadura:
= /( ∗ ∗ )⟹
Á ç â 8 = ( ∗ )/4 ⟹
Á = ( ∗ (8 ) )/4 = 0,50 ².
n= / Á ⟹
n = (5,80cm²)/(0,50 ²) = 11,60 / .
= Á / ⟹
= /( ∗ ∗ )⟹
/ ⟹
= Á / ⟹
10).
uma barra de 8 mm de diâmetro disposta a cada 10 cm, nas duas direções, e nas duas
Para essa disposição de armaduras, pode-se adotar o tipo de tela Q503 constituída de 1
Ø8 c/10.
69
A importância do piso industrial deve ser mais bem difundida entre o meio técnico.
fundamental para o seu desempenho e não como elemento secundário. Falhas no piso durante
a vida útil do edifício, na maioria das vezes, paralisam as atividades resultando em enormes
esperado, fato que torna o projeto uma etapa fundamental para garantir a qualidade exigida
pelo usuário.
conclusivos:
recente e vem se desenvolvendo em larga escala devido à demanda existente, sobretudo dos
Em vista da deficiência normativa específica para esse tipo de pavimento, estes agentes vêm
70
como a de maior peso para obtenção de boa qualidade final do elemento construído, o
trabalho demonstra que a garantia de qualidade e de boas condições de operação são obtidas a
normas estrangeiras, porém, esta prática pode não se adequar em alguns casos à logística
tecnológico-produtiva nacional. A difusão destas tecnologias deve ser acessível feita para
como por exemplo, os pisos de concreto protendido além da utilização de materiais como as
fibras de aço.
71
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Construction. Mighigan, 1996.
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Janeiro, Rio de Janeiro, 2008.
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Cálculo de Barras de Transferência, Barras de Ligação e Armadura Distribuída
Descontínua. Parte III: Projeto de Juntas. Vol. ET 79. São Paulo: Associação Brasileira do
Cimento Portland, 1986.
Carvalho, Marcos Dutra de, e Márcio Rocha Pitta. Pisos Industriais de Concreto. Parte I:
Dimensionamento de Pavimentos de Concreto Simples. ET. 52. São Paulo: Associação
Brasileira de Cimento Portland, 1989.
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Teóricos Executivos. Reggenza. São Paulo, 2007.
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Paulo: PINI, 2010.
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Gerdau de Pisos Industriais. São Paulo : Pini, 2006.
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Histórico, Tipos e Modelos de Fadiga.” Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Instituto Militar de
Engenharia - IME, 2014.
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Construction. Portsmouth: Holbrooks Printers, 2003.