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química

seminÁrio de herbicidas
Professora: Maria Teresa Galdiano
Alunas: Ana Luiza Massaroto
Helena El Khouri
Jessica Gastardi
Maria Fernanda Biliato
Marina Satler
Sofia Cury
o que são herbicidas ?
Os herbicidas são agentes biológicos ou
substâncias químicas capazes de matar ou suprimir
o crescimento de espécies específicas.
São produtos químicos, físicos ou biológicos usados
na agricultura para o controle de seres vivos
considerados prejudiciais à lavoura. Eles têm a
função de defender as lavouras do ataque de
insetos, plantas daninhas e doenças que atingem o
ciclo de uma cultura.
dicamba
NOME COMUM: Dicamba

NOME QUÍMICO: Ácido


3,6-dicloro-2-motoxibenzoico

FÓRMULA MOLECULAR: C8H6Cl2O3


FÓMULA ESTRUTURAL:

ESTADO FÍSICO: Sólido


branco,
cristalino
PROPRIEDADES FÍSICO QUÍMICAS
● Sólido de cor creme/marrom claro composto de
grânulos, pedaços de massa (22,8°C)
● Odor moderado, neutro.
● PONTO DE FUSÃO: 87-100°C
● GRAU DE PUREZA: 88,8 %
● pH: 2,37 (25°C)
SOLVENTE: Água pura, solução tampão

NÃO É OXIDANTE

HIDROLICAMENTE ESTÁVEL NOS pHs: 4,5,7 e 9


(25°)
FORMULAÇÃO E SELETIVIDADE
● SELETIVO

● Concentrado solúvel. Concentração aquosa (20g


de dicamba + 250g de MCPA, na forma de sais
potassicos)
indicação de uso
● Os herbicidas memetizadores de auxina, como o
dicamba, normalmente controlam um grande
número de espécies de plantas daninhas
dicotiledôneas, incluindo algumas
espécies-chave que desenvolveram resistência ao
glifosato.
Buva (Conyza spp)

Erva-quente
(Spermacoce latifólia)
Trapoeraba
(Commelina benghalensis)

Poaia
(Richardia brasiliensis)
Corda de viola (Ipomoea
grandifolia)
● Um estudo feito em 2012.

● Segundo o Oscip (2016).


TRANSLOCAÇÃO NA PLANTA
● Para que ocorra a translocação de
solutos na planta é essencial um
sistema de comunicação, o qual
deve interligar a planta do ápice da
parte aérea até o ápice das raízes.
Condições Climáticas PARA A APLICAÇÃO
A recomendação é de que o dicamba não seja
aplicado em condições climáticas como:
Temperaturas superiores a 29°C;
Umidade relativa do ar abaixo de 40%;
Ventos acima de 16 km/h;
Dias com inversão térmica.
Aplicação

● As aplicações devem ser feitas em plena


atividade de crescimento vegetativo e nas
condições recomendadas, requerendo um
período mínimo de 4 horas para ser
completamente absorvido pelas plantas.
● Altura de barras de aplicação:

A barra pulverizadora deverá estar posicionada


a no máximo 50 cm de altura do alvo a ser
atingido. Quanto menor a distância entre a
altura da barra e o alvo a ser atingido menor a
exposição das gotas e menor o impacto na
aplicação pelas condições ambientais, como a
evaporação e transporte pelo vento.
● Velocidade do equipamento: Selecione uma
velocidade adequada às condições do terreno e
topografia, equipamento e cultura, não devendo
ser superior a 25 km/h observando o volume de
aplicação e a pressão de trabalho desejada. A
aplicação efetuada em velocidades mais baixas,
geralmente resultam em uma melhor cobertura e
deposição na área alvo
Condições meteorológicas
● temperatura inferior a 30ºC e umidade relativa
do ar maior que 55%. A baixa umidade relativa
do ar e altas temperaturas aumentam o risco da
evaporação

● Período de chuvas: A ocorrência de chuvas


dentro de um período de quatro horas após
aplicação pode afetar o desempenho do
produto.
FITOTOXIDADE
● Baixo potencial de lixiviação para águas
subterrâneas
● Não é persistente no solo
● Persiste em sistemas aquáticos
● Moderamente tóxico para mamíferos, possui
baixo potencial de bioacumulação
● Moderamente tóxico para pássaros,
espécies aquáticas, abelhas e minhocas
CLORFLURECOLMETIL
NOME COMUM: Clourflurecolmetil / Clorflurenol

NOME
QUÍMICO:2-cloro-9-hidroxifluorenocarboxilato de
metila
FORMULA MOLECULAR: C15H11Cl03

FÓRMULA ESTRUTURAL:

ESTADO FÍSICO:Sólido
branco,
cristalino
PROPRIEDADES FÍSICO QUÍMICAS
RETARDADOR DE CRESCIMENTO EM GRAMÍNEAS E
NO CONTROLE DE INFESTANTES DE FOLHA LARGA
EM PLANTAS ORNAMENTAIS E ABACAXI.
● DT50 com hidrólise aquosa
● pH 9,22°C
● Toxicidade aguda em animais
● Solubilidade em água: baixa
● NÃO POSSUI PERSISTÊNCIA NO SOLO,
SEDIMENTO DE ÁGUA
● BIOACUMULAÇÃO: LEVE
● PRESSÃO DE VAPOR: 25°C
● PONTO DE FUSÃO: N/A
● PONTO DE EBULIÇÃO: 426.5± 45.0°C at 760mmHg
● DENSIDADE: 1.4± 0.1 g/cm3
● PRESSÃO DE VAPOR: 0.0± 1.1 mmHg at 25°C
FORMULAÇÃO E SELETIVIDADE
● SELETIVO

● formulações: CE (125g i.a/kg) concentrado


emulsionável.
NÚMERO, ÉPOCA E INTERVALO DE APLICAÇÕES
● poderá ser usado uma vez em dessecação das
plantas daninhas vegetal (préplantio) ou uma vez
no ciclo da cultura, não ultrapassando 80 gotas
por /ha de Classic® por ciclo da cultura.

● Classic® deve ser aplicado com um volume de


calda de 20 a 40 litros/ha. Para um volume de
aplicação de 20L/ha, aplicar através de aeronaves
agrícolas com bicos rotativos e altura de vôo de
3-4 m ou 2-3 m (bicos cônicos), e largura da faixa
de deposição efetiva de 13 m.
● Para volumes de aplicação entre 30 e 40 litros/ha,
aplicar através de aeronaves agrícolas com barra
equipada com bicos tipo cônico (D8 ou D10), com
altura de vôo de 2-4 m, e largura da faixa de
deposição efetiva de 13- 15 m.

● Parâmetros mínimos aceitáveis na uniformidade


de aplicação: diâmetro de gotas de 200 a 400
micra e densidade de gotas mínima de 30
gotas/cm².
Tratorizado
● Adicionar a quantidade recomendada no
tanque pulverizador com ¼ (25%) de sua
capacidade com água limpa, adicionando em
seguida óleo mineral emulsionável na dose de
50 mL/100 litros de água e completar o volume,
mantendo a calda sob contínua agitação.

● A agitação deve ser constante durante a


preparação e aplicação do produto. Prepare
somente a quantidade necessária de calda para
uma aplicação, pulverizando o mais rápido
possível após o seu preparo.
Aeronave
● Adicionar a pré-mistura de Classic® e deixar o
agitador ligado até formar uma calda
homogênea, completando o volume em seguida.
Este procedimento também é válido em casos
onde a calda é preparada em reservatório
separado
● Fazer uma pré-mistura em balde adicionando a
quantidade recomendada de Classic® e misturar
até obter uma calda homogênea, adicionando
nesta fase óleo mineral emulsionável na dose de
50 mL/100 litros de água. Colocar água no
reservatório (Hopper) da aeronave até atingir ¾
(75%) do volume desejado.
Condições Climáticas
● devem ser respeitadas condições de velocidade
do vento inferior a 10 km/h, temperatura menor
que 25ºC e umidade relativa maior que 70%,
visando reduzir ao máximo perdas por deriva e
evaporação. Cuidados neste sentido devem ser
redobrados quando da aplicação em volumes de
calda de 20 L/ha, sob pena de comprometer os
resultados.
aplicção terrestre
Volume de aplicação:

100 a 300 L/ha de calda, via tratorizada; ou

400 a 600 L/ha de calda, via manual costal.

Pressão de trabalho: 30 a 50 Lb/pol².

Tipos de ponta de pulverização: leque Diâmetro de


gotas: 180 a 200 µm Densidade mínima de gotas: 40
gotas/cm² .
● NÃO APLICAR SE HOUVER RAJADAS DE VENTOS
OU EM CONDIÇÕES SEM VENTO.

● Quando aplicando em condições de clima quente


e seco, regule o equipamento para produzir gotas
maiores para reduzir o efeito da evaporação.

● Não aplicar Classic® em períodos de seca


prolongada ou em condições da baixa umidade
relativa do ar
FITOTOXIDADE
● Baixa toxicidade oral em mamíferos -> não foi
avaliado quanto aos impactos crônicos na saúde
● Moderadamente tóxico para peixes e
invertebrados aquáticos
INDICAÇÃO DE USO
•Abacaxi
•Morangos
• Situações não agrícolas
•Bermas de estradas
•Calçadas
Ferrovias
FENAC
NOME COMUM: FENAC

NOME QUÍMICO: Ácido 2,3,6-triflurofenilscético

FÓRMULA MOLECULAR: C8H5F3O2


FÓRMULA ESTRUTURAL:

ESTADO FÍSICO: Pó
branco, cristalino,
inodoro
PROPRIEDADES FÍSICO QUÍMICAS
● GRUPO DA AMETRINA
● CONTROLA FOLHA FINA
● SUPRESSÃO EM FOLHA LARGA
● PONTOS NEGATIVOS:Influência no ambiente
aquático
● FATORES AMBIENTAIS: Hidrólise, degradação
microbiana, fotodegradação
FORMULAÇÃO E SELETIVIDADE
● SELETIVO

● Formulações: Fenevar granularâ. Fenac +


bromacila e também com outras misturas, com
amitrol, atrazina, e outros herbicidas. Suspensão
concentrada, dispersível em água.
FITOTOXIDADE
● Moderadamente tócxico para peixes e mamíferos
se ingerido
● Pouco tóxico para aves
INDICAÇÃO DE USO
Clorfenac

•Cana de açúcar
•Áreas não cultivadas, como direitos de passagem,
pastagens
•Ervas daninhas aquáticas submersas
2,4-D
NOME COMUM: 2,4-D / 2,4-AO

NOME QUÍMICO: Ácido 2,4-diclorofenoxiscético

FÓRMULA MOLECULAR:C8H6Cl2O3
FÓRMULA ESTRUTURAL:

ESTADO FÍSICO: Pó
branco, com leve
odor fenólico, não
higroscópico
PROPRIEDADES FÍSICO QUÍMICAS
● APARÊNCIA: Branco a amarelo pó
● DENSIDADe: 1,42 g·cm-3
● PONTO DE FUSÃO: 140,5°C
● PONTO DE EBULIÇÃO: 160°C
● SOLUBILIDADE EM ÁGUA: 20°C
● SOLÚVEL EM VÁRIOS COMPOSTOS ORGÂNICOS
FORMULAÇÃO E SELETIVIDADE
● SELETIVO

● Concentração solúvel e emulsionável,


molháveis. Expressa equivalente em ácido. O
ácido solúvel em água a 620 ppm, mas muito
solúvel em alcoois e em soluções alcalinas, é
então concentrado a 98% em pó, misturado com
bicarbonato de sódio.
aplicação
MODO DE APLICAÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE OS
EQUIPAMENTOS DE APLICAÇÃO

-É PROIBIDA APLICAÇÃO COM EQUIPAMENTO


MANUAL OU COSTAL.
-É PROIBIDA APLICAÇÃO TRATORIZADA COM
TURBINA DE FLUXO DE AR.
-PREPARO DE CALDA
Para preparar melhor a calda:

- coloque a dose indicada de 2,4-D NORTOX no


pulverizador com água até ¾ de sua capacidade

- complete o volume agitando constantemente,


mantendo o agitador ou retorno em
funcionamento.
- Utilizar a menor altura possível da barra para
cobertura uniforme, reduzindo a exposição das
gotas à evaporação e aos ventos, e
consequentemente a deriva.

- O equipamento de aplicação deverá apresentar


uma cobertura uniforme na parte tratada.

- Volume da calda: 200 L/ha.


Condições climáticas para a aplicação
- Umidade relativa do ar: mínimo 60%; máximo 95%.

- Velocidade do vento: mínimo – 2 km/hora; máximo –


8 km/hora.

- Temperatura: entre 20 a 27ºC ideal.


- Evitar aplicações em proximidade de culturas
sensíveis. São sensíveis ao produto todas as
culturas dicotiledôneas, hortaliças, bananeiras,
quando a pulverização atinge diretamente a
folhagem.

- A utilização fora das especificações pode causar


sérios danos em culturas sensíveis. Dessa forma,
não aplique quando houver possibilidade de
atingir estas culturas
INDICAÇÃO DE USO
Milho, Arroz de sequeiro e Cana-de-açúcar
Soja
Trigo, Aveia e Sorgo
Café
Arroz irrigado
fitotoxidade

● Baixo potencial de lixiviação para águas


subterrâneas
● Não é persistente no solo
● Persiste em sistemas áquaticos
● Moderadamente tóxico para mamíferos, não
bioacumula
● Moderadamente tóxico para pássaros, maioria
das espécies aquáticas, abelhas e minhocas
CULTURA DO TRIGO
● PRAGA: Bulva
● tolerânte a molécula-> estágios de
afilhamento e e elongação do colmo
● aplicação precoce pode reduzir a
produtividade
● aplicação tardia interfere na esporogênese
RESULTADOS:
● aplicação do 2,4-D no início do afilhamento
resultou em menor número de espigas
● a dose também pode influenciar na
produtividade do cereal
SEGURANÇA
● PRECAUÇÕES DE USO: Não comer, beber, fumar
durante as operações de mistura e
aplicação. use roupas e equipamentos de
proteção durante o manuseio.
REFERÊNCIAS
https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/99/o/transoluto.PDF

https://blog.aegro.com.br/ervas-daninhas/

http://sitem.herts.ac.uk/aeru/ppdb/en/Reports/140.htm

http://sitem.herts.ac.uk/aeru/ppdb/en/Reports/1194.htm

https://www.fishersci.com/shop/products/2-3-6-trifluorophenylacetic-acid-98-thermo-scientific/AC426
030010

https://sci-hub.se/10.2307/4042001

https://sci-hub.se/10.2307/4041774

http://www.plaguicidasdecentroamerica.una.ac.cr/index.php/base-de-datos-menu/36-atrazina

://www.agrolink.com.br/agrolinkfito/produto/2-4-d-nortox_8434.html#:~:text=A%20aplica%C3%A7%C3%A3o%20deve%20ser%20feita,
1%2C5%20litro%2Fha

https://www.agrolink.com.br/agrolinkfito/produto/classic_3006.html

https://blog.aegro.com.br/ervas-daninhas/
APOSTILA DE HERBICIDAS
Engenheiro Agrônomo Carlos Eduardo Borges
Rodrigues
fim

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