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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

UNIDADE ACADÊMICA GARANHUNS

Manejo de defensivos agrícolas

Apresentação Prof.:Rodrigo Gomes Pereira

Garanhuns, Estado de Pernambuco, Brasil


Abordagem
A) Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
1. Introdução
2. Equipamentos de proteção individual (EPIs)
3. Precauções gerais
4. Precauções no manuseio
5. Precauções durante a aplicação
6. Precauções após a aplicação
7. Precauções de uso e advertência quanto aos cuidados de proteção ao meio
ambiente
8. Instruções de armazenamento
9. Instruções em caso de acidente
10. Destino final dos resíduos e embalagens
11. Transporte das embalagens
Abordagem
B) Módulo II: Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
1. Introdução
2. Tecnologia de aplicação
2.1 Escolha do equipamento de pulverização
2.2 Volume ideal para uma boa aplicação
2.3 Controle de deriva
2.4 Calibração do pulverizador costal manual
2.5 Manutenção de pulverizadores

C) Considerações Finais
Módulo I
Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
1. Introdução

O que são defensivos agrícolas?

São produtos físicos, químicos ou biológicos cuja


finalidade é alterar a composição da flora ou da fauna, a fim
de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados
nocivos (Decreto Nº 4.074, de 04 de janeiro de 2002).
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
1. Introdução
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
1. Introdução

Classes toxicológicas
a
Extremamente tóxicos
Classe I
(Tordon 2,4D - folha larga)
Altamente tóxicos
Classe II
(Gliato – herbicida não seletivo)
a
Medianamente tóxicos
Classe III
(Decis 25 CE – inseticida)
a
Pouco ou muito pouco tóxicos
Classe IV
(Mirex-S - formicida)

Vias de intoxicação
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
1. Introdução

Os defensivos agrícolas são essenciais para


qualquer sistema de produção agrícola e, por
serem substâncias de alto risco, devem ser
empregadas de forma criteriosa (Azevedo &
Freire, 2006).
Objetivo

Apresentar as precauções necessárias no manuseio de


agrotóxicos a fim de preservar a saúde do aplicador e o meio
ambiente, além da produção de alimentos saudáveis.
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
2. Equipamentos de proteção individual (EPIs)

É obrigação de quem emprega (patrão)


a

(Lei Nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977)

• Fornecer gratuitamente os EPIs em perfeito estado de conservação e


funcionamento;
• Instruir e treinar quanto ao uso de EPIs;
• Fiscalizar e exigir o uso de EPIs;
• Manutenção e higienização periódica dos EPIs;
• Repor os EPIs extraviados ou danificados.
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
2. Equipamentos de proteção individual (EPI)

É obrigação do empregado (aplicador)


a

(Lei Nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977)

• Usar, guardar e conservar os EPIs;


• Comunicar ao patrão quanto à necessidade de manutenção ou troca
de EPIs;
• Informar ao patrão sobre roubo ou desaparecimento dos EPIs.
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
2. Equipamentos de proteção individual (EPI)
Principais equipamentos de proteção individual

Luvas
Um dos equipamentos mais
importantes, pois protege as
partes do corpo com maior
risco de exposição: as mãos.
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
2. Equipamentos de proteção individual (EPI)
Principais equipamentos de proteção individual

Respiradores
Geralmente chamados de
máscaras, têm o objetivo de
evitar a inalação de vapores
orgânicos, névoas ou finas
partículas tóxicas através das
vias respiratórias.
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
2. Equipamentos de proteção individual (EPI)
Principais equipamentos de proteção individual

Viseira facial
Protege os olhos e o rosto
contra respingos durante o
manuseio e a aplicação.

Boné árabe
Confeccionado em tecido de
algodão tratado para tornar-se
hidrorrepelente. Protege o couro
cabeludo e o pescoço de respingos
e do sol.
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
2. Equipamentos de proteção individual (EPI)
Principais equipamentos de proteção individual

Jaleco e calça hidrorrepelente


Confeccionados em tecido de
algodão tratado para se tornarem
hidrorrepelentes. São apropriados
para proteger o corpo dos respingos
do produto formulado.
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
2. Equipamentos de proteção individual (EPI)
Principais equipamentos de proteção individual

Capuz ou touca
Peça integrante de jalecos ou
macacões, podendo ser em tecido
de algodão tratado para tornar-se
hidrorrepelente ou em não tecido.
Substitui o boné árabe na
proteção do couro cabeludo e
pescoço.
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
2. Equipamentos de proteção individual (EPI)
Principais equipamentos de proteção individual

Avental
Produzido com material
resistente a solventes orgânicos
(PVC, tecido emborrachado
aluminizado, nylon resinado ou
não tecidos).
Aumenta a proteção do
aplicador contra respingos de
produtos concentrados durante a
preparação da calda ou de
eventuais vazamentos de
equipamentos de aplicação costal.
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
2. Equipamentos de proteção individual (EPI)
Principais equipamentos de proteção individual

Botas
Devem ser impermeáveis, preferencialmente de
cano alto e resistentes aos solventes orgânicos, por
exemplo, PVC. Sua função é a proteção dos pés.
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
2. Equipamentos de proteção individual (EPI)
Ordem de vestir e retirar os EPIs

Vestir
1. Calça
Retirar
2. Jaleco
3. Botas 1. Boné árabe
4. Avental 2. Viseira facial
5. Respirador 3. Avental
6. Viseira facial 4. Jaleco
7. Boné árabe 5. Botas
8. Luvas 6. Calça
7. Luvas
8. Respirador
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
2. Equipamentos de proteção individual (EPI)
Limpeza e manutenção das roupas e EPIs

• Os EPIs devem ser lavados separadamente da roupa comum;


• As vestimentas de proteção devem ser enxaguadas com bastante água
corrente para diluir e remover os resíduos de agrotóxicos;
• Durante a lavagem das vestimentas, luvas e aventais impermeáveis devem
ser utilizados;
• A lavagem deve ser feita de forma cuidadosa com sabão neutro. Em
seguida, enxaguar bem para remover todo sabão;
• As vestimentas não devem ficar de molho e nem serem esfregadas;
• Importante: nunca usar alvejantes, pois poderá retirar a hidrorrepelência
das vestimentas;
• As vestimentas devem ser secas à sombra.
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
2. Equipamentos de proteção individual (EPI)
Limpeza e manutenção das roupas e EPIs

• Enxaguar com água abundante após cada


uso, as botas, luvas e viseira;
• Guardar o respirador (máscara) em sacos
plásticos limpos;
• Guardar os EPIs separados da roupa comum
para evitar contaminação;
• Fazer revisão periódica e substituir os EPIs
danificados;
• Lavar e rasgar antes de jogar no lixo a
vestimenta dos EPIs, antes de descartá-la, para
que outras pessoas não a utilizem.
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
3. Precauções gerais

• Manter o produto afastado de crianças, animais e pessoas desprotegidas;


• Manter o produto afastado de alimentos ou de rações animais;
• Não comer, não beber e não fumar durante o manuseio do produto;
• Não utilizar equipamentos de aplicação com vazamentos;
• Não contaminar lagos, fontes, rios, lavando as embalagens ou aparelhagem
aplicadora, bem como lançando-lhes seus restos;
• Manter sempre disponível sacos plásticos, para envolver adequadamente as
embalagens rompidas ou para recolhimento dos produtos vazados;
• Não permitir que menores de idade trabalhem na aplicação.
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
4. Precauções no manuseio

• Ler e seguir as instruções do rótulo, bula e Receituário Agronômico;


• Evitar contato com o nariz e boca;
• Durante a manipulação e preparação da calda, usar EPIs;
• Não desentupir bicos, orifícios ou válvulas com a boca;
• Ao abrir a embalagem, fazer de forma a evitar respingos;
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
4. Precauções no manuseio

Evitar contato com os olhos Evitar contato com a pele

Lavar imediatamente com Se houver irritação, procurar um


água corrente durante 15 médico levando a embalagem, bula
minutos. ou rótulo do produto.
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
5. Precauções durante a aplicação

• Usar os EPIs;
• Não aplicar o produto contra o vento;
• Evitar o contato com a área tratada.
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
5. Precauções após a aplicação

• Ter à disposição no campo, água e sabão para a lavagem


das mãos após a aplicação;
• Não reutilizar a embalagem vazia, destruir e devolvê-la;
• Manter o restante do produto adequadamente fechado
em local trancado, longe do alcance de crianças e animais;
• Lavar adequadamente o pulverizador e os instrumentos
utilizados;
• Tomar banho, trocar e lavar as roupas.
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
6. Precauções de uso e advertência quanto aos cuidados de proteção ao meio ambiente

• Aplicar somente as doses recomendadas;


• Não utilizar equipamentos com vazamentos;
• Não aplicar o produto na presença de ventos fortes ou nas horas mais
quentes;
• Não lavar as embalagens ou equipamentos aplicador em lagos, fontes, rios e
demais corpos d’água;
• Descartar corretamente as embalagens e restos de produto;
• Em caso de acidentes, seguir corretamente as instruções constantes na bula.
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
7. Instruções em casos de acidentes

• Contatar as autoridades locais competentes;


• Utilizar os EPIs;
• Isolar e sinalizar a área contaminada;
• Em casos de incêndio, usar extintores de água em forma de neblina, CO2 ou
pó químico, ficando a favor do vento para evitar intoxicação;
• Em casos de derrame, estancar o escoamento, não permitindo que o produto
entre em bueiros, drenos ou curso de água naturais.
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
8. Instruções de armazenamento

• O depósito deve ficar em local livre de inundações e separado de outras


construções, como residências e instalações para animais;
• A construção deve ser de alvenaria, com boa ventilação e iluminação natural;
• O piso deve ser cimentado e o telhado sem goteiras para permitir que o
depósito fique sempre seco;
• Bom estado de conservação para evitar curto-circuito e incêndios;
• O depósito deve estar sinalizado com uma placa "cuidado veneno";
• As portas devem permanecer trancadas para evitar a entrada de crianças,
animais e pessoas não autorizadas;
• Os produtos devem estar armazenados de forma organizada, separados de
alimentos, rações animais, medicamentos e sementes;
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
8. Instruções de armazenamento

• Não é recomendável armazenar estoques de produtos além das quantidades


para uso em curto prazo (no máximo para uma safra);
• Nunca armazenar restos de produtos em embalagens sem tampa ou com
vazamentos;
• Manter sempre os produtos ou restos em suas embalagens originais.
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
9. Destino final dos resíduos e embalagens
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
9. Destino final dos resíduos e embalagens
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
9. Destino final dos resíduos e embalagens
Sobras de calda de pulverização

O que fazer com a sobra da calda no tanque do


pulverizador?

O pequeno volume de calda que sobra no tanque do


pulverizador deve ser diluído em água e aplicado nas bordaduras
da área tratada ou no carreadores sem acesso de pessoas ou
animais.
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
9. Destino final dos resíduos e embalagens
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
9. Destino final dos resíduos e embalagens
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
10. Transporte

O veículo deve estar em perfeitas condições


(pneus, lâmpadas, freios etc)

A carroceria deve estar sem frestas, objetos


pontiagudos ou lascas de madeira
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
10. Transporte

• O veículo recomendado é do tipo caminhonete;


• As embalagens devem estar organizadas de forma segura no veículo e
cobertas por uma lona impermeável, presa à carroceria;
• Nunca transporte embalagens danificadas ou com vazamentos;
• É proibido o transporte de agrotóxicos dentro das cabines ou na carroceria,
quando esta transportar pessoas, animais, alimentos, rações ou medicamentos;
Módulo I: Precauções no manuseio dos defensivos agrícolas
10. Transporte

• O transporte deve ser acompanhado da ficha de emergência do produto


(fornecida pelo fabricante ou expedidor), onde estão contidos todos os
procedimentos em caso de acidente.
• Seguir as instruções das normas NBR 8286; Emprego de Simbologia para o
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos.
Módulo II
Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
1. Introdução

Questionamentos básicos antes da aplicação:

Qual é o alvo biológico que precisa ser controlado?

Qual o tratamento mais adequado?

Como realizar uma aplicação eficaz?

A aplicação errada de produtos químicos é sinônimo de


prejuízo:
 gera desperdício;
 pode causar resistência;
 riscos de contaminação das pessoas e do ambiente.

Para melhorar este desempenho, são essenciais a utilização


correta e segura dos produtos e a capacitação da mão de obra para
o uso seguro dos equipamentos de aplicação.
Objetivo

Discutir as tecnologias adequadas de aplicação dos


defensivos agrícolas, permitindo seu uso, reduzindo os
prejuízos econômicos, bem como danos ao meio ambiente.
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação

Consiste da aplicação de um defensivo por um equipamento


adequado, de maneira que o controle do alvo biológico (praga,
fitopatógeno ou planta daninha) seja efetuado com eficiência,
economia e segurança.
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.1 Escolha do equipamento de aplicação

A aplicação eficaz de produtos fitossanitários começa na


seleção de um equipamento de qualidade e adequado às
condições da cultura, que proporcione o máximo rendimento
aliado ao menor custo.
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.1 Escolha do equipamento de aplicação

Alguns tipos de pulverizadores

Costal manual Pressão hidráulica


Atomização centrífuga

Atomização gasosa

Defensivos sólidos

Nebulização
Módulo II:Tecnologia 2.
deTecnologia
aplicação de
deagrotóxicos
aplicação
2. Tecnologia de aplicação
2.1 Escolha do equipamento de aplicação

Alguns tipos de pulverizadores

Pressão hidráulica
Atomização centrífuga

Atomização gasosa

Nebulização
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.1 Escolha do equipamento de aplicação

PULVERIZADOR COSTAL MANUAL


Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.1 Escolha do equipamento de aplicação

PULVERIZADOR COSTAL MANUAL


• Baixo rendimento;
• Variação na pressão;
• Variação na velocidade;
• Variação na altura de barra;
• Qualidade da mão-de-obra.
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.1 Escolha do equipamento de aplicação

PULVERIZADOR COSTAL MANUAL


Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.1 Escolha do equipamento de aplicação

PULVERIZADOR ACOPLADO SOBRE RODAS


“ciclo-jet”
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.1 Escolha do equipamento de aplicação

PULVERIZADOR ACOPLADO SOBRE RODAS


“ciclo-jet”
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.1 Escolha do equipamento de aplicação

PULVERIZADOR ACOPLADO SOBRE RODAS


“ciclo-jet”
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.1 Escolha do equipamento de aplicação

PULVERIZADOR ACOPLADO SOBRE RODAS


“carroça-jet”
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.1 Escolha do equipamento de aplicação

PULVERIZADOR TRAÇÃO ANIMAL


“Burro-jet”
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.1 Escolha do equipamento de aplicação

PULVERIZADORES DE BARRA ACOPLADO


AO SISTEMA HIDRÁULICO DO TRATOR
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.1 Escolha do equipamento de aplicação

PULVERIZADORES DE BARRA ACOPLADO


AO SISTEMA HIDRÁULICO DO TRATOR
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.1 Escolha do equipamento de aplicação

PULVERIZADORES DE BARRA ACOPLADO


AO SISTEMA HIDRÁULICO DO TRATOR
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.1 Escolha do equipamento de aplicação

ATOMIZADOR TIPO CANHÃO (Pulv. pneumático)


Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.1 Escolha do equipamento de aplicação

PULVERIZADORES HIDRO-PNEUMÁTICO
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.1 Escolha do equipamento de aplicação

PULVERIZAÇÃO AÉREA
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.2 Volume ideal para uma boa aplicação

•Depende:
• Do alvo desejado;
• Do tipo de bico utilizado;
• Das condições climáticas;
• Da arquitetura da planta;
• Do produto a ser aplicado.

• Qualquer quantidade do produto químico que não atinja o


alvo não terá qualquer eficácia e estará representando uma
forma de perda;

A eficácia da aplicação está diretamente ligada ao volume que chega no


alvo e NÃO ao volume pulverizado!
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.2 Volume ideal para uma boa aplicação
Cobertura do alvo

• Qualquer que seja o alvo selecionado, o sistema de pulverização


deverá ser capaz de produzir a cobertura adequada do mesmo.

Cobertura = Nº gotas/área

• Cobertura ideal  varia

• O agente a ser controlado


• O modo de ação do produto aplicado (sistêmico, contato)
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.2 Volume ideal para uma boa aplicação
Cobertura recomendada para alguns defensivos

Classe de produto Cobertura (gotas/cm2)

Inseticidas 20 a 30

Herbicidas pré-emergentes 20 a 30

Herbicidas pós-emergentes 30 a 40

Fungicidas sistêmicos 30 a 40

Fungicidas de contato > 70


Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva

DERIVA
É o deslocamento da calda do defensivo para fora do
alvo desejado.

Pode acontecer:
1. Pela ação do vento;
2. Escorrimentos;
3. Volatilização do diluente
(água) e do produto
(defensivo);
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva

Causas da deriva:
1. Tamanho das gotas
As gotas produzidas pelos bicos de pulverização depende do ângulo do
jato, da pressão, do tipo de ponta, da vazão, etc.
Quanto menores forem as gotas, mais sujeitas à deriva serão

1 µm = 0,001 mm  600 µm = 0,6 mm

(Cunha, 2008)
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva

Causas da deriva:
2. Altura de pulverização

Quanto mais próximo do alvo estiverem os bicos, menor a


probabilidade de ocorrer a deriva.
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva

Causas da deriva:
3. Pressão de pulverização
Aumento de pressão resulta em um aumento de número de
pequenas gotas.

4. Condições climáticas
Umidade relativa do ar (mínima de 55%)
Velocidade de vento (< 10 km/h)
Temperatura (< 30ºC)
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva

Como evitar a Deriva?

• Verificar as condições do dia em


que irá fazer a aplicação: umidade
do ar, vento e temperatura.

• Fazer aplicação nas horas mais


frescas do dia (amanhecer e final
da tarde).

• Utilizar bicos de pulverização de


baixa deriva.
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva

Como evitar a Deriva?


Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva

Uso de manômetros adequados

“Quanto maior a pressão menor o tamanha da gota”


Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva
2.3.1 Ponta de Pulverização

Finalidades das pontas de pulverização?


• Formar e distribuir as gotas uniformemente

Tamanho da gota ideal?


• Pequena o suficiente para produzir boa cobertura –
Grande o necessário para provocar menor perda
por deriva e evaporação.
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva
2.3.1 Ponta de Pulverização

Estudo de uma ponta de pulverização:


Parte s:

1 - Abraçadeira
Multiplo
2 - Corpo
Antigotejamento

3 - Filtro

4 - Ponta

5 - Capa •Determina a Vazão


•Produz as Gotas
•Distribui a Pulverização

CORPO FILTRO PONTA CAPA


Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva
2.3.1 Ponta de Pulverização

Estudo de uma ponta de pulverização:

Cônicos

Classificação quanto
Cone cheio Cônico vazio
a forma do jato

Leques

Flooding ou Jato Plano


deflector (TK)
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva
2.3.1 Ponta de Pulverização

Tipos de ponta de pulverização:


Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva
2.3.1 Ponta de Pulverização

Diâmetro mediano volumérico – DMV.


Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva
2.3.1 Ponta de Pulverização

Diâmetro mediano volumérico – DMV.


DMV= 200µm DMV= 300µm DMV= 400µm

Volume 2X Volume 2X Volume 2X


258 gotas/cm2 76 gotas/cm2 32 gotas/cm2
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva
Causas da deriva:
5. Tipo de ponta do pulverizador
“Bicos” pulverizadores produzem uma gama extensa de tamanhos de
gotas. A seleção do bico é um fator crítico para reduzir a deriva.
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
Finalidades das pontas de pulverização? 2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva
2.3.1 Ponta de Pulverização

Diâmetro mediano volumérico – DMV.

DMV (µm) Risco de Deriva


Categoria Cor Aplicações Agrícolas
Aproximado / evaporação
Muito Fina Verm < 100 Muito alto Não recomendado

Fina Lar 100 – 175 Muito alto Fungicida de contato

Média Amar 175 – 250 Alto Inseticidas e herbicidas de contato

Herbicidas sistêmicos e pré-


Grossa Azul 250 – 375 Médio
emergentes
Herbicidas sistêmicos e pré-
Muito Grossa Verde 375 – 450 Baixo
emergentes
Extrem. Herbicidas sistêmicos e pré-
Branco >450 Baixo
Grossa emergentes

Fonte: TeeJet Spray Products


Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva
2.3.1 Ponta de Pulverização

Estudo de uma ponta de pulverização:


Tipo

Marca
(fabricante)

120 02
110 015
Material = Visiflo (código de cores)
Still (aço inox)

Vazão = galões/min
ângulo

a 40 lbs/pol

Pontas de jato cônico

Marca
(fabricante)

TX-3 = Vazão em galões/hora



a 40 lbs/pol
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva
2.3.1 Ponta de Pulverização

Estudo de uma ponta de pulverização:


Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
Finalidades das pontas de pulverização? 2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva
2.3.1 Ponta de Pulverização

Vazão da ponta de pulverização:


Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva
2.3.1 Ponta de Pulverização

Estudo de uma ponta de pulverização:


Bicos de baixa deriva
Bicos com injeção de ar
Entrada do líquido geram gotas grandes com bolhas
de ar em seu interior, que
minimizam a deriva e garantem
Entrada de ar uma melhor cobertura.

Câmara de ar

Gotas com bolhas de


ar
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva
2.3.1 Ponta de Pulverização

Estudo de uma ponta de pulverização:

DURABILIDADE QUALIDADE

• Material da Ponta • Idoneidade


• Produto Aplicado • Controle de Qualidade
• Pressão de Trabalho • Assistência
• Limpeza da água
• Manutenção Tecnologia

Material da Ponta Vida útil relativa


Latão 1,0
Polímero 2,0
Aço Inoxidável 3,5
Cerâmica(alumax) 130,0
Spraying Systems Co.(1994) - Dados obtidos por desgaste
acelerado(30 anos). Ponta de jato plano padrão a 40 PSI
produto atrazina.
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva
2.3.2 uniformidade de distribuição

Uniformidade de distribuição da pulverização:

CV = Coeficiente de Variação
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva
2.3.2 uniformidade de distribuição

Uniformidade de distribuição da pulverização:

Boa distribuição Distribuição Irregular Distribuição muito irregular

- Boa relação espaça_ - Barra muito alta - Pontas diferentes


mento e altura. - Espaçamento entre - Pontas danificadas
- Pontas novas bicos variados - Grandes oscilações na
- Pouca oscilação da - Pontas desgastadas altura da barra
barra
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva
2.3.2 uniformidade de distribuição

Uniformidade de distribuição da pulverização:


Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.3 Controle da deriva
2.3.2 uniformidade de distribuição

Uniformidade de distribuição da pulverização:


Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.4 Calibração do pulverizador costal manual

PASSOS:

1. Encher o tanque do pulverizador


somente com água limpa.
Marcar o nível do tanque.
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.4 Calibração do pulverizador

2. Marcar no local em que será realizada a pulverização, uma área


de 100 m2.

10 m x 10 m = 100 m2
Módulo II:Tecnologia de aplicação de agrotóxicos
2. Tecnologia de aplicação
2.4 Calibração do pulverizador

3. Pulverizar a área marcada,


mantendo a mesma velocidade e à
pressão constantes.
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2. Tecnologia de aplicação
2.4 Calibração do pulverizador

4. Encher o pulverizador novamente, medindo o quanto foi gasto.


5. Repetir essa operação por mais duas vezes.
6. Tirar a média do gasto de água.

Exemplo:

Primeira aplicação gastou  1,5 litros;


Segunda aplicação gastou  1,7 litros;
Terceira aplicação gastou  1,6 litros;
Média de gasto na área de 100 m2 = 1,6 L
Calcular o gasto de água por hectare (ha) 10.000m2  160 L

7. Ler a bula do produto para verificar se este volume está


dentro dos limites recomendados (10%).
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2. Tecnologia de aplicação
2.4 Calibração do pulverizador
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2. Tecnologia de aplicação
2.4 Calibração do pulverizador

Turbo Atomizador
Q = Volume de pulverização em litros por hectare
Q = q * 600 q = Somatório da vazão de todos os bicos, em litros por minuto
vel * f f = Largura da rua em metros ou espaçamento entre linhas
V = Velocidade do trator, em quilômetros por hora (4 km/h)
600 = Constante da fórmula

EXEMPLO:

q - Vazão do bico - 1,99 litro/min * 26 (bicos) = 51,74 L/mim


f - Largura da rua = 7 m
Vel - Velocidade de trabalho = 4,0 km/hora

Q= 51,74 * 600 = 1.108,71 (L/ha)


7,0 * 4,0
Espaçamento da cultura: 5,0*7,0 = 35 m2
I = 10000 = 285,7 pl/ha
35

II = 1108,71 = 3,88 l/pl


285,7
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2. Tecnologia de aplicação
2.4 Calibração do pulverizador

Escolha do bico em função do volume de pulverização


q = Vazão de todos os bicos, em litros por minuto
q = Q * f * vel Q = Volume de pulverização em litros por hectare
600 f = Largura da rua em metros ou espaçamento entre linhas
V = Velocidade do trator, em quilômetros por hora (4 km/h)
600 = Constante da fórmula

EXEMPLO:

q - Vazão do bico - 1,99 litros/min * 26 (bicos) = 51,74 L/mim


f - Largura da rua = 7 m
Vel - Velocidade de trabalho = 4,0 km/hora

q= 1108 * 7 * 4 = 51,70 (L/por 26 bicos)


600
I = 51,70 = 1,98 l/min = vazão do bico
26 (Escolher bicos com essa vazão)
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2.4 Calibração do pulverizador

Pressão de pulverização
P = Pressão (lbs/pol2)
VC = Vazão Conhecida (l/min)
P = VD 2 VD = Vazão desejada (l/min)
VC * PC PC = Pressão Conhecida (lbs/pol2)

EXEMPLO: (Pulverizador de barras)

VD - Vazão desejada = 0,83 litros/min * 24 (bicos) = 19,92 L/mim


VC – Vazão conhecida = 0,75 litros/min
PC – Pressão conhecida = 32 lbs/pol2

2
P = 0,83 * 32 = 39 lbs/pol2
0,75
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2. Tecnologia de aplicação
2.4 Calibração do pulverizador

Outras informações

1 BAR = 1 kg/cm2 = 14,22 PSI

(PSI = lbs/pol2) (BAR = kg/cm2)

1 PSI = 0,07 BAR = 0,07 kg/cm2

Velocidade = 3,6 * Distância(m)


Tempo(Segundos)

Ex. 3,6 * 100 = 7,2 km/h


50
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2. Tecnologia de aplicação
2.5 Manutenção de pulverizadores

Procedimentos que devem ser adotados durante a operação de limpeza:


1. Colocar água limpa no tanque do pulverizador;
2. Retirar todos os bicos e filtros da barra de pulverização;
3. Acionar o pulverizador para limpeza do sistema hidráulico;
4. Proceder a limpeza dos filtros da bomba;
5. Lubrificar a bomba do pulverizador;
6. Limpar os bicos e filtros, com auxílio de uma escova macia;
7. Guardar o equipamento em local coberto e ventilado.
Considerações Finais
Os defensivos agrícolas podem ser utilizados com
segurança, desde que as instruções técnicas sejam observadas
criteriosamente e complementadas por outras práticas de
prevenção de risco, que devem ser seguidas de maneira
responsável e rigorosa.
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!

rgpereira2005@hotmail.com

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