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CLIENTE:

Edifício Cannes

ENDEREÇO:

SQN 314, Bloco C, Asa Norte, Brasília - DF


ÁREA:

Subsolo da Edificação (Garagem)


TÍTULO:

Realização de inspeção preliminar, ensaios tecnológicos e laudo técnico.


R. TÉC.: CREA: DATA

Eng. Civil Jorge Antonio da Cunha Oliveira 9788–D / PA 21/03/2018


ÍNDICE

1. OBJETIVO .......................................................................................................... 1
2. LOCALIZAÇÃO DA EDIFICAÇÃO ..................................................................... 2
3. DESCRIÇÃO DA EDIFICAÇÃO ......................................................................... 3
4. METODOLOGIA DE INSPEÇÃO ........................................................................ 5
5. LEVANTAMENTO HISTÓRICO .......................................................................... 9
6. INSPEÇÃO PREDIAL ESTRUTURAL DO SUBSOLO ..................................... 11
6.1. Região do subsolo voltada para a fachada posterior da edificação
(Local que apresenta a Laje de Avanço) .............................................................. 12
6.1.1. Vigas calha .......................................................................................... 12
6.1.2. Pilares do subsolo localizados ao longo das vagas de garagem 1 a
32 17
6.1.3. Vigas do subsolo localizadas entre as vagas de garagem 1 a 32 .. 21
6.1.4. Lajes de avanço localizadas entre as vagas de garagem 1 a 32 .... 25
6.1.5. Cortinas de concreto armado ............................................................ 29
6.2. Região central do subsolo ........................................................................ 36
6.2.1. Laje nervurada .................................................................................... 36
6.2.2. Piso da área central do subsolo ........................................................ 42
6.3. Região do subsolo voltada para a fachada frontal da edificação ......... 43
6.3.1. Cortinas de concreto armado ............................................................ 43
6.3.2. Pilares do subsolo localizados ao longo das vagas de garagens 33
a 54 49
6.3.3. Vigas do subsolo localizadas entre as vagas de garagem 33 a 54 52
6.3.4. Laje nervurada .................................................................................... 56
6.4. Junta de dilatação estrutural localizada próxima às vagas de garagens
de números 16/17 e 42/43 ...................................................................................... 58
6.4.1. Elementos estruturais separados pela junta de dilatação estrutural
58
6.5. Junta de dilatação estrutural localizada no pilotis da edificação ......... 62
7. ENSAIOS TECNOLÓGICOS E RESULTADOS ............................................... 64
7.1. Pacometria ................................................................................................. 64
7.1.1 RESULTADOS OBTIDOS .................................................................... 66
7.2. Esclerometria ............................................................................................. 69
7.2.1. RESULTADOS OBTIDOS .................................................................... 71
7.3. Avaliação da Frente de Carbonatação..................................................... 74
7.3.1. RESULTADOS OBTIDOS .................................................................... 76
7.4. ENSAIO DE ULTRASSONOGRAFIA ............................................................... 78
7.4.1. RESULTADOS OBTIDOS .................................................................... 80
8. DIAGNÓSTICO E ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ......... 81
8.1. Elementos Estruturais do Subsolo do Edifício Cannes ......................... 81
8.1.1. Infiltrações identificadas nas vigas calha, nas lajes de avanço e nas
cortinas de concreto armado do subsolo ........................................................ 81
8.1.2. Infiltrações observadas nas lajes nervuradas do subsolo.............. 81
8.1.3. Fissuras/trincas identificadas nos elementos estruturais do
subsolo 82
8.1.4. Falhas na concretagem e exposição das armaduras observadas
nas peças estruturais vistoriadas da garagem................................................ 82
8.1.5. Corrosão das barras de aço, carbonatação e desplacamento do
concreto presentes nas peças estruturais em estudo .................................... 83
8.1.6. Corrosão da armadura do pilar localizado entre as vagas 35 e 36 . 85
8.1.7. Trinca/fissura na viga localizada entre as vagas 23 e 24 do subsolo
da Garagem......................................................................................................... 86
8.1.8. Flecha na viga localizada entre as vagas de garagem 3 e 4 ........... 86
8.1.9. Infiltrações observadas nas vigas, pilares e cortinas separadas
pela junta de dilatação estrutural ..................................................................... 86
8.1.10. Corrosão das barras de aço, carbonatação e desplacamento do
concreto presentes nas peças estruturais isoladas pela junta de dilatação
estrutural ............................................................................................................. 87
8.2. Piso do subsolo do Edifício Cannes........................................................ 87
8.2.1. Danos no piso de concreto da garagem coberta ............................. 88
8.3. Junta de dilatação estrutural localizada no pilotis da edificação ......... 88
8.3.1. Falhas no sistema de impermeabilização da junta de dilatação do
pilotis do condomínio ........................................................................................ 88
9. GRAU DE RISCO ADOTADO .......................................................................... 89
10. PROPOSTA DE MANUTENÇÃO CORRETIVA ............................................... 90
10.1. Recuperação do sistema de impermeabilização da junta de dilatação
estrutural localizada entre as vagas de garagens 16/17 e 42/43 ........................ 90
10.2. Recuperação estrutural – Vigas, lajes e pilares deteriorados da
garagem do subsolo .............................................................................................. 91
10.2.1. Vigas e lajes do subsolo que apresentam carbonatação do
concreto, corrosão e exposição da armadura ................................................. 91
10.2.2. Pilares que apresentam carbonatação do concreto e corrosão das
armaduras, localizados no subsolo .................................................................. 92
10.3. Fissuras/trincas identificadas no subsolo da edificação ...................... 95
10.4. Danos no piso de concreto do subsolo .................................................. 96
10.5. Sinais de infiltrações no subsolo............................................................. 96
10.6. Proposta de alivio de carga na laje de avanço ....................................... 98
10.7. Custo estimado para execução dos serviços de manutenções
corretivas .............................................................................................................. 100
11. REFERÊNCIAS ............................................................................................... 102
12. ENCERRAMENTO .......................................................................................... 104
1. OBJETIVO

O presente Laudo Técnico tem por finalidade realizar um estudo de avaliação do


desempenho estrutural do subsolo do Edifício Cannes, por meio da execução de
inspeções prediais técnicas e ensaios investigativos, com equipamentos não
destrutivos, de pacometria, esclerometria, ultrassonografia e avaliação de frente
de carbonatação, em virtude de solicitações dos usuários do condomínio devido
aos recentes acontecimentos de instabilidades estruturais em edificações nas
regiões de vizinhança e às deformações do solo ocorridas na área externa do
Edifício do Bloco C da 314 Norte.

Em detrimento do objetivo deste trabalho, serão apresentados os seguintes


conteúdos: descrições das atividades realizadas ao longo das inspeções prediais
no subsolo, identificação das manifestações patológicas encontradas, proposta
técnica para a recuperação estrutural e orçamento estimativo para a execução
dos serviços de restauração das estruturas de concreto armado do subsolo.

Através de software específico, AutoCad, elaborou-se um croqui do subsolo, com


o intuito de ilustrar os locais afetados por manifestações patológicas e apresentar
as peças estruturais que foram submetidas aos ensaios não destrutivos
supracitados.

O Laudo Técnico está devidamente registrado no Conselho Regional de


Engenharia e Agronomia – CREA/DF sob o número de Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART) 0720180012527.

LAUDO TÉCNICO DO (ENDEREÇO DO EDIFÍCIO) Página 1 de 104


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Eng. Civil Doutor em Estruturas e Construção Civil. Jorge Antônio da Cunha Oliveira CREA 9788-D PA SCLN 111, Bloco A Sala 110, Asa Norte,
CEP 70754-510, Brasília DF. Telefone: (61) 3034-2026, Celular: (61)98260-9444
E-mail: tecnoplandf@gmail.com ART: Nº ART
2. LOCALIZAÇÃO DA EDIFICAÇÃO

O Edifício Cannes é um condomínio residencial, localizado na SQN 314, Bloco C,


Asa Norte, Brasília - DF CEP 70.767-030 e sob as coordenadas geográficas:
15°44'43.13"S e 47°53'38.67"O.

A Figura 1 ilustra a localização do Edifício Cannes.

Figura 1-Imagem com o posicionamento do Condomínio Cannes (Google Maps)

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3. DESCRIÇÃO DA EDIFICAÇÃO

O Edifício Cannes (Figura 2) foi construído pela empresa Encol e é um


condomínio de múltiplos pavimentos contendo subsolo (com 54 vagas de
garagem), pilotis, 4 caixas de escadas e 6 pavimentos tipo. Em cada pavimento
tipo há 16 apartamentos, resultando, em um total de 96 unidades habitacionais.

Figura 2- Edifício Cannes.

O Condomínio do Bloco C da 314 Norte é composto pelos seguintes sistemas


construtivos:

• Sistema estrutural: concreto armado;

• Sistema de impermeabilização: manta asfáltica;

• Sistema de revestimento externo das fachadas: revestimento em pastilha;

• Acabamento dos pilares do pilotis: mármore branco;

• Piso do pilotis: granito escuro.

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A Figura 3 apresenta as fachadas da edificação, sendo a fachada posterior
localizada para o Bloco D e a fachada frontal voltada para a entrada da quadra
314 Norte.

Fachada Posterior

Fachada Frontal

Figura 3 - Localização das fachadas do Edifício Cannes (Google Earth).

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4. METODOLOGIA DE INSPEÇÃO

A metodologia adotada para o desenvolvimento do trabalho constituiu-se,


primeiramente, de uma inspeção preliminar realizada in loco objetivando, através
da análise visual, detectar eventuais anomalias, falhas construtivas e
manifestações patológicas que possam estar acometendo os elementos
estruturais da garagem no subsolo do Edifício Cannes e prejudicando o
desempenho estrutural dessa área.

No decorrer da inspeção preliminar, realizaram-se registros fotográficos das


peças estruturais do subsolo, mediram-se aberturas das fissuras/trincas
identificadas na garagem com a utilização do fissurômetro e foram coletados
dados e informações de interesse para a elaboração do croqui do subsolo e do
Laudo Técnico da edificação.

Com o intuito de obter dados complementares às inspeções visuais, ensaios não


destrutivos de pacometria, esclerometria (NBR 7584:2013), ultrasonográfia (NBR
8802:2013) e avalição de frente de penetração de carbonatação foram
empregados de acordo com as necessidades dos elementos estruturais do
subsolo.

A seguir, são apresentados os ensaios adotados para pilares, vigas calha e a


viga localizada entre as vagas de garagem 3 e 4 do subsolo:

1. Pilares de Concreto Armado:


• Ensaios de Pacometria;
• Ensaios de Esclerometria (NBR 7584:2013);
• Ensaios de Ultrassonografia (NBR 8802:2013);
• Avaliação de Penetração de Carbonatação com aplicação de
fenolftaleína no concreto.
2. Viga Calha:
• Ensaios de Pacometria;

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• Avaliação de Penetração de Carbonatação com aplicação de
fenolftaleína no concreto.
3. Viga entre as vagas 3 e 4:
• Ensaios de Pacometria;
• Ensaio de Ultrassonografia (NBR 8802:2013).

A etapa subsequente, após a coleta dos resultados dos ensaios aplicados,


conforme descrito anteriormente, foi a obtenção do diagnóstico, para posterior
elaboração do laudo técnico, que apresenta em seu escopo análise do
desempenho estrutural do subsolo do Edifício Cannes, medidas técnicas
adotadas para solucionar as manifestações patológicas e anomalias detectadas
e orçamento estimativo para a execução das manutenções corretivas
necessárias.

A representação esquemática da metodologia empregada pode ser visualizada


no Fluxograma 1.

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Fluxograma 1 - Esquema da metodologia de inspeção utilizada.

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A metodologia adotada nesse trabalho fundamenta-se na Norma Básica para
Perícias de Engenharia e na Norma de Inspeção Predial do Instituto Brasileiro de
Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo – IBAPE/SP.

De acordo com a Norma de Inspeção Predial – IBAPE/SP de 2011 são três os


níveis de rigor:

▪ Nível 1: vistoria para identificação de anomalias aparentes, elaborada por


profissional habilitado e capacitado.

▪ Nível 2: vistoria para identificação de anomalias aparentes identificadas


com auxílio de equipamentos, elaborada por profissionais de diversas
especialidades. Nele se enquadram edifícios de múltiplos andares,
comerciais, residenciais e mistos, centros comerciais, galpões industriais,
etc.

▪ Nível 3: vistoria para a identificação de anomalias aparentes e ocultas


constatáveis com o auxílio de equipamentos, incluindo testes e ensaios
locais e/ou laboratoriais específicos, elaborada por profissionais de
diversas especialidades. Neste se enquadram os imóveis com suspeitas
de vícios ocultos significativos.

O nível de rigor adotado para o presente trabalho é de Nível 2, para as


atividades de inspeção predial desenvolvidas in loco, visto que o objeto de
estudo em questão trata-se de um edifício residencial de múltiplos pavimentos, e
a vistoria contou com o emprego de equipamentos tais como: fissurômetro,
pacômetro, esclrerômetro e ultrassom.

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5. LEVANTAMENTO HISTÓRICO

Nessa etapa, foram coletadas informações que auxiliaram a compreender o


processo construtivo do Edifício Cannes, bem como a visualizar os
problemas/anomalias e as necessidades dessa edificação.

O Condomínio do Bloco C da 314 Norte foi edificado pela empresa Encol, como
mencionado no item 3 deste Laudo, e acredita-se que a construção foi executada
entre os anos 1973 e 1974.

Segundo informações fornecidas pela síndica do edifício, Sra. Sylma Monteiro de


Araújo, a edificação passou por uma intervenção através da substituição do
sistema de impermeabilização empregado no condomínio, manta asfáltica, há 14
anos. Os locais submetidos a essa manutenção foram: laje de avanço e cortina
de concreto armado que estão voltados para a fachada posterior do edifício.
Segundo informações da Sindica, foi efetuada a remoção do jardim e executada
a troca de todo o sistema de impermeabilização das áreas mencionadas
anteriormente.

Durante as vistorias no Edifício Cannes, moradores relataram que em alguns


pontos da cortina de concreto armado localizados nas vagas de garagem 5, 25 e
30/31, há infiltrações significantes que, em épocas de alta intensidade
pluviométrica (chuvosas), provocam um fluxo relevante de água para o interior da
garagem.

No entanto, ao questionar a representante legal do condomínio, Sra. Sylma


Monteiro de Araújo, acerca dessas manifestações patológicas, foi informado que
existem infiltrações nas vagas de garagem 5, 25 e 30/31, porém, nenhuma delas
atinge/atingiu a situação de “escorrer” água para o interior do subsolo.

Segundo a síndica, a única infiltração na cortina, a qual foi considerada mais


grave, localizava-se entre as vagas 42 e 43, e foi ocasionada por um problema
na caixa de visita em detrimento de uma tubulação de esgoto, que desembocava

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no solo. Em função deste infortúnio com a caixa de visita, situada no subsolo da
fachada frontal (Figura 3), foi mencionado que houve um recalque na escada da
edificação.

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6. INSPEÇÃO PREDIAL ESTRUTURAL DO SUBSOLO

Seguindo a metodologia previamente definida para o desenvolvimento do


trabalho, a avaliação de desempenho e diagnóstico das estruturas de concreto
armado do subsolo do Edifício Cannes iniciou-se por meio da inspeção
preliminar, a qual englobou a análise visual, registros fotográficos e aferição das
aberturas das fissuras/trincas com o auxílio do fissurômetro, conforme
apresentado no acervo fotográfico das áreas vistoriadas, ANEXO I, com o intuito
de identificar e mapear a localização de manifestações patológicas presentes nos
elementos estruturais do subsolo da edificação.

No decorrer das vistorias, foram identificadas outras manifestações patológicas,


as quais não constituem objetos de estudo do presente laudo, mas que serão
brevemente apresentadas.

A seguir, está descrito como foi realizada as inspeções nas peças estruturais do
Edifício Cannes.

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6.1. Região do subsolo voltada para a fachada posterior da edificação
(Local que apresenta a Laje de Avanço)

A inspeção realizada na região do subsolo voltada para a fachada posterior da


edificação, demarcada em vermelho no croqui do subsolo (Figura 4), iniciou-se
na vaga de garagem número 1 e seguiu até a vaga de número 32, conforme
indica seta na Figura 4.

Figura 4 – Região do subsolo voltado para a fachada posterior da edificação

6.1.1. Vigas calha

As vigas calha, cujo comprimento se estende por todo o subsolo do Edifício


Cannes, estão devidamente ilustradas no croqui da Figura 5 através do traçado
azul.

VIGAS CALHA

Figura 5 – Ilustração do posicionamento da viga calha no subsolo

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No decorrer das inspeções visuais foi possível identificar algumas
anomalias/manifestações patológicas nas vigas calha, sendo elas:
fissuras/trincas (Figuras 6, 7 e 8), sinais de infiltração (Figuras 9 e 10),
irregularidades na concretagem (devido a imperfeições na forma) (Figuras 11 a e
11 b), vestígios de tratamento estrutural (Figuras 12 a e 12 b), desplacamento do
concreto e sinais de corrosão das armaduras (Figuras 13, 14 e 15).

As fissuras/trincas detectadas ao longo das vigas calha seguiam, em sua


maioria, sentido longitudinal, ou seja, estavam paralelas ao comprimento das
vigas, conforme pode ser visualizado nas Figuras 6, 7 e 8.

(a) (b)
Figura 6 – Fissuras/trincas na fração das vigas calha localizada na frente da vaga de garagem
número1

(a) (b)
Figura 7 - Fissuras/trincas na parte das vigas calha localizada em frente a vaga de garagem número 2

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(a) (b)
Figura 8 - - Fissuras/trincas no seguimento das vigas calha localizado na vaga de garagem de
número 19

As infiltrações verificadas em alguns pontos das vigas calha localizavam-se tanto


na parte inferior da viga, como na região frontal da estrutura, conforme ilustrado
nas Figuras 9 e 10.

Infiltração na parte
Infiltração na região
inferior da viga calha
frontal da viga calha

(a) (b)
Figura 9 - Sinais de infiltração na fração da viga calha localizada na frente da vaga de garagem
número16

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Infiltração na região
frontal da viga calha
Infiltração na região
frontal da viga calha

(a) (b)
Figura 10 - Sinais de infiltração na parcela da viga calha que se encontra na frente das vagas de
números 22 e 23

Com relação ao observado no decorrer das inspeções, foram visualizadas


irregularidades na concretagem em função de falhas no processo executivo da
montagem das formas, conforme apresentado nas figuras 11 a e 11 b.

(a) (b)
Figura 11 – Irregularidades na concretagem da fração da viga calha localizada na frente das vagas de
números 14 e 15

A presença de tonalidades distintas em algumas regiões das vigas calha, Figuras


12 a e 12 b, são indicativos de intervenções pontuais nas peças estruturais.

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(a) (b)
Figura 12 – Sinais de tratamento na intercessão da viga calha com a laje de avanço localizada nas
vagas de números 6 e 7

Os pontos das vigas calha que apresentam desplacamento do concreto e


corrosão da armadura, como ilustrado nas Figuras 13, 14 e 15, são indícios de
perda de desempenho estrutural e consequentemente, redução da vida útil da
edificação.

(a) (b)
Figura 13 - Desplacamento do concreto e sinais de corrosão da armadura na parte da viga calha que
se encontra na frente da vaga de garagem número16

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(a) (b)
Figura 14 – Desplacamento do concreto e sinais de corrosão da armadura na fração da viga calha
localizada na frente das vagas de garagem de números 24 e 25

(a) (b)
Figura 15 - Desplacamento do concreto e sinais de corrosão da armadura na parcela da viga calha
que se encontra em frente as vagas de números 28 e 29

6.1.2. Pilares do subsolo localizados ao longo das vagas de garagem 1 a 32

Os pilares analisados nessa etapa são os elementos estruturais localizados entre


as vagas de garagem de número 1 até a de número 32 e estão devidamente
demarcados em azul na Figura 16.

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PILARES DE CONCRETO ARMADO
VISTORIADOS ENTRE AS VAGAS 1 A 32
Figura 16 – Localização dos pilares vistoriados nesta etapa

Durante as inspeções visuais, foi possível observar que alguns dos pilares de
concreto armado edificados entre as vagas de garagem 1 até a 32 apresentam:
fissuras/trincas (Figuras 17 e 18), irregularidades na superfície do concreto em
detrimento da imprecisão das formas (Figuras 19 e 20), brocas/ bicheiras no
concreto (Figuras 21 a e 21 b), exposição da armadura (Figuras 22 a e 22 b) e
sinais de intervenção/correção pontual de manifestações patológicas (Figuras 23
a e 23 b).

Com o intuito de averiguar as medidas das fissuras/trincas, foi empregado o


fissurômetro, conforme ilustrado nas Figuras 17 e 18, e foram encontrados os
seguintes valores: 0,25 mm para a abertura da fissura/trinca localizada no pilar
da extremidade direita da vaga número 1 (Figuras 17 a e 17 b) e 0,55 mm para a
fissura/trinca do pilar que se encontra entre as de números 9 e 10 (Figuras 18 a e
18 b).

(a) (b)
Figura 17 – Fissura/trinca no pilar localizado na extremidade direita da vaga de número1

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(a) (b)
Figura 18 - Fissura/trinca no pilar localizado entre as vagas de números 9 e 10

Identificaram-se, também, no decorrer das inspeções, irregularidades nas


superfícies do concreto, ilustradas através das Figuras 19 e 20. Essas falhas,
oriundas de problemas executivos no ato da concretagem, apesar de
transmitirem certo desconforto ao serem visualizadas não ocasionam problemas
estruturais.

(a) (b)
Figura 19 – Irregularidades na superfície do concreto do pilar entre as vagas de números 2 e 3

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(a) (b)
Figura 20 - Irregularidades na superfície do concreto do pilar entre as vagas de números 9 e 10

Outras falhas que ocorreram em função de problemas executivos são as


brocas/bicheiras no concreto (Figuras 21 a e 21 b) e a exposição de parte da
armadura, conforme ilustrada nas Figuras 22 a e 22 b.

(a) (b)
Figura 21 – Brocas/bicheiras no concreto do pilar que se encontra entre as vagas de números 3 e 4

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(a) (b)
Figura 22 – Exposição de parte da armadura no pilar entre as vagas de números 13 e 14

Assim como o observado nas vigas calha, foram identificados, em alguns pilares,
pontos que apresentavam tonalidades diferentes na pintura (Figuras 23 a e 23 b),
sugerindo assim manutenções corretivas e/ou preventivas.

(a) (b)
Figura 23 - Sinais de manutenções pontuais no pilar localizado na extremidade esquerda da vaga de
número 32

6.1.3. Vigas do subsolo localizadas entre as vagas de garagem 1 a 32

As vigas situadas entre as vagas de garagem de número 1 a de número 32


também são objetos de estudo/análise deste trabalho, e estão demarcadas em
azul no croqui do subsolo (Figura 24).

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VIGAS DE CONCRETO ARMADO
VISTORIADAS ENTRE AS VAGAS 1 A 32
Figura 24 – Localização das vigas de concreto armado vistoriadas entre as vagas de garagem 1 a 32

No decorrer das vistorias, as vigas do subsolo localizadas no meio das vagas de


garagem de números 1 a 32 foram inspecionadas visualmente e identificou-se,
em algumas delas, a presença de: flechas (Figuras 25 a e 25 b), imperfeições
nas superfícies do concreto (segregação do concreto) (Figuras 26 e 27),
corrosões das armaduras (Figuras 28 a e 28 b) e sinais de
intervenção/manutenção corretiva nas estruturas (Figuras 29 a e 29 b).

Verificou-se, através de simples análise visual, a existência de um arqueamento


na viga posicionada entre as vagas de garagem de números 3 e 4 do subsolo.
Essa flexão da estrutura (Figuras 25 a e 25 b) é denominada de flecha e foi
provocada por sobrecarga estrutural, conforme será explicado no item 8.1.8.

(a) (b)
Figura 25 – Presença de flecha na viga localizada entre as vagas de números 3 e 4

As imperfeições observadas nas superfícies do concreto de algumas das vigas


em análise apresentavam um aspecto grosso, semelhante às características do
agregado graúdo (brita) empregado no concreto (Figuras 26 e 27), indicando

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assim, que os elementos estruturais sofreram segregação no momento da
concretagem.

(a) (b)
Figura 26 – Imperfeições/segregação do concreto da viga localizada entre as vagas de números 5 e 6

(a) (b)
Figura 27 – Segregação do concreto da viga localizada entre as vagas de números 15 e 16

Em função do surgimento de uma coloração acobreada na cortina de concreto


armado, foi verificada a presença de pontos de corrosão da armadura da viga
localizada entre as vagas de garagem de números 17 e 18, conforme
apresentado nas Figuras 28 a e 28 b.

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(a) (b)
Figura 28 – Corrosão da armadura da viga localizada entre as vagas de números 17 e 18

A diferença de coloração também foi empregada para visualizar regiões


localizadas nas vigas, as quais foram submetidas a intervenções pontuais, como
ilustrado nas Figuras 29 a e 29 b.

(a) (b)
Figura 29 – Sinais de intervenção na junção da viga, localizada entre as vagas 30 e 31, a laje de
avanço

A inspeção possibilitou ainda, a visualização de fissura/trinca que segue a


direção de 45° na viga entre as vagas de números 23 e 24. Para averiguar a
abertura dessa manifestação patológica, empregou-se o fissurômetro, como
ilustrado nas Figuras 30 a e 30 b.

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(a) (b)
Figura 30 – Fissura/trinca de 45° na viga localizada entre as vagas 23 e 24

6.1.4. Lajes de avanço localizadas entre as vagas de garagem 1 a 32

As investigações deste trabalho incluíram as análises das lajes de avanço, as


quais se encontram no subsolo do lado posterior da edificação, conforme
demarcado no croqui do subsolo (Figura 31).

LAJES DE AVANÇO EM CONCRETO ARMADO


VISTORIADAS ENTRE AS VAGAS 1 A 32
Figura 31 – Localização das lajes de avanço do subsolo da edificação

Foi visualizado no decorrer das inspeções, que as lajes de avanço possuem:


sinais de infiltração (Figuras 32 e 33), irregularidades nas superfícies do concreto
(Figuras 34 e 35), brocas/bicheiras no concreto (Figuras 36 a e 36 b), ferragens
expostas (Figuras 37 a e 37 b), pontos submetidos a tratamentos/manutenções
corretivas (Figuras 38 a e 38 b), desplacamento do concreto e corrosão da
armadura (Figuras 39 a e 39 b).

Foi observada, em algumas regiões da laje de avanço, a presença de manchas


escuras e empolamento da pintura ocasionado pela formação de bolhas de ar

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(Figuras 32 e 33), acusando a existência de infiltrações nesses pontos.

(a) (b)
Figura 32 – Sinais de infiltração (manchas escuras) na laje de avanço localizada na vaga de número
3

(a) (b)
Figura 33 - Sinais de infiltração (empolamento da pintura) na laje de avanço que se encontra na vaga
de número 5

Identificou-se a existência de marcas salientes, conforme ilustrado nas Figuras


34 e 35, em grande parte das lajes de avanço. Essas anomalias são ocasionadas
em função de falhas na execução da obra, mas, não são preocupantes, pois não
prejudicam o desempenho das estruturas.

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(a) (b)
Figura 34 – Irregularidades na superfície do concreto da laje de avanço da vaga de garagem de
número 4

(a) (b)
Figura 35 - Irregularidades na superfície do concreto da laje de avanço das vagas de garagem de
números 6 e 7

Outras falhas detectadas no decorrer das vistorias foram as brocas/bicheiras no


concreto e as ferragens expostas, conforme apresentado nas Figuras 36 e 37.

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(a) (b)
Figura 36 – Brocas/bicheiras no concreto da laje de avanço da vaga 2

(a) (b)
Figura 37 – Ferragens expostas da laje de avanço localizada na garagem 18

Por fim, foram observados pontos submetidos a tratamentos pontuais (Figuras 38


a e 38 b) e locais que apresentavam desplacamento do concreto e corrosão da
armadura (Figuras 39 a e 39 b).

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(a) (b)
Figura 38 – Sinais de tratamento pontual na viga/laje de avanço da vaga de número 5

(a) (b)
Figura 39 – Desplacamento do concreto e corrosão da armadura da laje de avanço da vaga de
número 21

6.1.5. Cortinas de concreto armado

As cortinas de concreto armado edificadas perpendicularmente às vagas de


números 1 a 32 do subsolo foram os itens inspecionados nesta etapa do
trabalho, e estão devidamente delimitadas pelos traçados azuis no croqui do
subsolo, conforme apresentado na Figura 40.

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CORTINA DE CONCRETO ARMADO LOCALIDA ENTRE AS VAGAS 1 A 32
Figura 40 - Cortinas de concreto armado que se encontram entre as vagas de garagem 1 a 32

As manifestações patológicas constatadas nas cortinas de concreto armado


localizadas no lado posterior da edificação são respectivamente: fissuras/trincas
(Figuras 41 e 42), sinais de infiltrações (Figuras 43, 44, 45 e 46), falhas na
concretagem (brocas e irregularidades no concreto) (Figuras 47, 48 e 49),
presença de materiais empregados durante a execução da obra (presença de
pregos) (Figuras 50 a e 50 b), desplacamento do concreto e corrosão da
armadura (Figura 51 a e 51 b).

Com a finalidade de aferir as aberturas das fissuras/trincas encontradas em


alguns pontos das cortinas de concreto armado, fez-se o uso do fissurômetro,
como exposto nas Figuras 41 e 42, aferindo-se medidas de aberturas que
variavam entre 0,25 mm e 0,5 mm.

(a) (b)
Figura 41 – Fissuras/trincas nas cortinas de concreto armado localizada na vaga de número 2

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(a) (b)
Figura 42 - Fissuras/trincas nas cortinas de concreto armado que se encontra na vaga de número 3

Pode-se observar nas Figuras 43, 44, 45 e 46 a existência de manchas,


provenientes de infiltrações, em algumas regiões das superfícies de concreto
armado das cortinas.

(a) (b)
Figura 43 – Sinais de infiltração na cortina de concreto armado localizada na vaga de número 1

As Figuras 44, 45 e 46 retratam os pontos das cortinas de concreto armado


mencionados no histórico deste trabalho (item 5), os quais foram reportados
pelos usuários das vagas de garagem em função da presença do fluxo de água
para o interior do subsolo.

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(a) (b)
Figura 44 - Sinais de infiltração na cortina de concreto armado encontrada na vaga de número 5

(a) (b)
Figura 45 - Sinais de infiltração na cortina de concreto armado posicionada na vaga número 25

(a) (b)
Figura 46 - Sinais de infiltração na cortina de concreto armado localizada entre as vagas de números
30 e 31

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As pequenas cavidades detectadas no decorrer das inspeções em algumas
regiões das cortinas, são as brocas e/ou bicheiras e podem ser visualizadas nas
Figuras 47 e 48.

(a) (b)
Figura 47 – Falhas na concretagem (brocas) na cortina de concreto armado que se encontra na vaga
de número 2

(a) (b)
Figura 48 - Falhas na concretagem (brocas) na cortina de concreto armado. (a) Vaga número 6 ; (b)
Vaga número 14

O desaprumo das formas no ato da concretagem foi preponderante para o


surgimento das irregularidades identificadas nas Figuras 49 a e 49 b.

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(a) (b)
Figura 49 - Falhas na concretagem (irregularidades) na cortina de concreto armado. (a) Vaga 2 ; (b)
Vaga 21

Os pregos identificados na parede da cortina, conforme apresentado nas Figuras


50 a e 50 b, são provenientes das formas empregadas na concretagem da obra e
se encontram em processo avançado de corrosão.

(a) (b)
Figura 50 – Presença de materiais da forma (pregos) na cortina localizada nas vagas de números 15
e 16

As Figuras 51 a e 51 b demonstram, nitidamente, um ponto de infiltração na


cortina de concreto armado que se encontra na vaga de garagem de número 21.
Essa manifestação patológica somada à condição de exposição do subsolo
acarreta, na mesma região, a corrosão da armadura e o desplacamento do
concreto.

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(a) (b)
Figura 51 – Sinais de infiltrações, desplacamento do concreto e corrosão da armadura na cortina de
concreto armado da garagem de número 21

Também, foi analisado no decorrer das inspeções a presença de pontos na


cortina de concreto armado que passaram por algum tipo de tratamento, visto
que apresentavam tonalidades diferentes do restante da superfície da cortina
(Figuras 52 a e 52 b)

(a) (b)
Figura 52 – Pontos da cortina localizada na vaga 14 que pesaram por tratamento

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6.2. Região central do subsolo

A vistoria executada na região central do subsolo (Figura 53), assim como a


inspeção realizada na região voltada para a fachada posterior, começou da direta
para a esquerda na garagem da edificação, conforme o sentido da seta na Figura
53.

Figura 53 – Região central do subsolo

6.2.1. Laje nervurada

Verificou-se que as lajes nervuradas que se encontram na região central da


garagem, conforme demarcado no croqui do subsolo na Figura 54, apresentam
um estado de deterioração generalizado.

LAJES NERVURADAS QUE SE ENCONTRAM NA REGIÃO CENTRAL DO SUBSOLO

Figura 54 – Lajes nervuradas analisadas na região central do subsolo

As falhas e anomalias detectadas nesses elementos estruturais são: sinais de

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infiltrações (Figuras 55 e 56), falhas/brocas no concreto (Figuras 57 e 58),
ausência de ferragem nas nervuras (Figuras 59 a e 59 b), exposição da
armadura (Figuras 60 a e 60 b), desplacamento do concreto e corrosão da
armadura (Figuras 61, 62 e 63).

As Figuras 55 e 56 ilustram as infiltrações observadas no decorrer das vistorias,


em certas regiões das lajes nervuradas.

(a) (b)
Figura 55 – Sinais de infiltração nas lajes nervuradas

(a) (b)
Figura 56 - Sinais de infiltração nas lajes nervurada

As falhas na concretagem que ocasionaram brocas no concreto, conforme


apresentadas nas Figuras 57 e 58, bem como a ausência de ferragens em
algumas nervuras das lajes, Figuras 59 a e 59 b, foram manifestações
patológicas recorrentes em praticamente toda a extensão das lajes nervuradas.

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(a) (b)
Figura 57 – Falhas/brocas no concreto da laje nervurada

(a) (b)
Figura 58 - Falhas/brocas no concreto da laje nervurada

(a) (b)
Figura 59 – Ausência de armadura nas nervuras das lajes nervuradas

As exposições das ferragens localizadas nas nervuras das lajes também ocorrem
com frequência nas estruturas situadas na região central do subsolo, como pode

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ser visualizado nas Figuras 60 a e 60 b.

(a) (b)
Figura 60 – Ferragem exposta na laje nervurada

Os surgimentos de tonalidades diferentes em trechos das lajes nervuradas


chamaram a atenção para a existência de corrosão da armadura, e ao realizar
uma análise visual mais minuciosa das regiões, percebeu-se que o concreto
apresentava sinais de desplacamento, como pode ser identificado nas Figuras
61, 62 e 63.

(a) (b)
Figura 61 – Desplacamento do concreto e corrosão da armadura na laje nervurada

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(a) (b)
Figura 62 - Desplacamento do concreto e corrosão da armadura na laje nervurada

(a) (b)
Figura 63 - Desplacamento do concreto e corrosão da armadura na laje nervurada

As vistorias também possibilitaram visualizar falhas na junção das tubulações às


lajes nervuradas (Figuras 64, 65 e 66), nas quais se observou também, o
emprego de materiais distintos, conforme apresentado nas Figuras 67 a e 67 b.

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a) (b)
Figura 64 – Falhas na junção das tubulações às lajes nervuradas

(a) (b)
Figura 65 - Falhas na junção das tubulações às lajes nervuradas

(a) (b)
Figura 66 - Falhas na junção das tubulações às lajes nervuradas

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(a) (b)
Figura 67 – Emprego de materiais distintos na laje nervurada

6.2.2. Piso da área central do subsolo

A vistoria do piso da área central da garagem do subsolo baseou-se na inspeção


visual e na coleta de imagens através do emprego de câmera fotográfica.

Foram observados o desgaste natural do piso de concreto e a deterioração do


suporte de captação de águas pluviais, grelha metálica (Figuras 68 a e 68 b).

(a) (b)
Figura 68 – Piso de concreto do subsolo danificado.

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6.3. Região do subsolo voltada para a fachada frontal da edificação

A inspeção visual da região do subsolo voltada para o lado da fachada frontal do


edifício residencial (Figura 69), iniciou-se da área próxima à saída da garagem
(vaga número 33) e prosseguiu para o sentido da entrada da garagem (vaga
número 54).

Figura 69 – Região do subsolo voltado para a fachada frontal da edificação

6.3.1. Cortinas de concreto armado

Observou-se que, as cortinas de concreto armado paralelas às vagas de


garagem de números 33 a 54, ilustradas através das linhas azuis presentes no
croqui do subsolo (Figura 70), apresentam as anomalias mencionadas nos
parágrafos abaixo.

CORTINA DE CONCRETO ARMADO LOCALIZADA ENTRE AS VAGAS 33


A 54

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Figura 70 - Cortinas de concreto armado que se encontram entre as vagas de número 33 a 54

Nas vagas de número 34 e 38, há diversos exemplos de manifestações


patológicas, tais como: sinais de infiltrações, desplacamento do concreto,
exposição e corrosão de armadura e a existência de parafuso e bucha (Figuras
71 a 73).

(a) (b)
Figura 71 - Sinais de infiltrações, desplacamento do concreto e corrosão das armaduras na cortina de
concreto armado vaga número 34

(a) (b)
Figura 72 - Indícios de infiltrações, corrosão da armadura na região da tubulação e presença de
materiais na cortina de concreto armado na vaga 38

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(a) (b)
Figura 73 - Desplacamento do concreto e corrosão da armadura e presença de outros materiais
(parafuso e bucha) na cortina de concreto armado na vaga de número 38

Foi ainda verificada, a presença de tricas/fissuras na cortina de concreto armado


localizada na vaga de número 36 (Figura 74).

(a) (b)
Figura 74 - Presença de fissuras/trincas na cortina de concreto armado na vaga de número 36

Observa-se que a maioria das tubulações de ferro fundido de barbará encontra-


se com sinais de deterioração (Figura 75). Nas vagas 42 e 43 há sinais de
infiltrações ao redor da tubulação e desplacamento e corrosão da armadura
(Figuras 75 e 76).

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(a) (b)
Figura 75 - Infiltração e corrosão da armadura na região da tubulação localizada na cortina de
concreto armado na vaga 42

(a) (b)
Figura 76 – Entre as vagas 42/43 apresentam sinais de infiltrações, ferragem exposta, desplacamento
do concreto e corrosão das armaduras e fissuras/trincas

Mais adiante, foi constatada a presença de trinca/fissura na cortina de concreto


armado presente na vaga de garagem de número 44 (Figuras 77 a 79).

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(a) (b)
Figura 77 - Fissuras/trincas e infiltração na vaga 44

(a) (b)
Figura 78 - Fissuras/trincas e infiltração na cortina de concreto armado presente na vaga 43

(a) (b)
Figura 79 – Sinais de fissuras/trincas e infiltração na cortina de concreto armado na vaga 49

As Figuras 80 e 81 exibem diversas fissuras/trincas com presença de infiltração.


A maior fissura/trinca identificada situa-se na vaga de número 53 e possui

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abertura de 4,5 mm.

(a) (b)
Figura 80 – Fissuras/trincas e infiltração na cortina de concreto armado na vaga 53

(a) (b)
Figura 81 – Infiltração e fissuras/trincas na cortina de concreto armado na vaga 53

Outro exemplo de fissura/trinca na cortina de concreto armado, a qual apresenta


abertura de 1,6 mm, está devidamente ilustrada nas Figuras 82 e 83.

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(a) (b)
Figura 82 – Presença de fissuras/trincas na borda do lado esquerdo do portão de entrada da garagem

(a) (b)
Figura 83 – Abertura de fissura/trinca na cortina de concreto armado na borda do portão da garagem

6.3.2. Pilares do subsolo localizados ao longo das vagas de garagens 33 a


54

A Figura 84 identifica os pilares, inspecionados visualmente, que se encontram


entre as vagas de número 33 a 54 do subsolo do Edifício Cannes.

PILARES DE CONCRETO ARMADO


VISTORIADOS ENTRE AS VAGAS 33 A 54
Figura 84 – Localização dos pilares vistoriados nesta etapa

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Foi possível constatar que os pilares edificados entre as vagas de números 35/36
e 41/42 apresentam sinais de perfuração e inserção de buchas de acordo com as
Figuras 85 e 86.

(a) (b)
Figura 85 - Presença de materiais (buchas) no pilar e viga na garagem 35

(a) (b)
Figura 86 – Sinais de perfuração (parafuso e bucha) na vaga 41

Também foram identificados: processo de corrosão das barras de aço na base


do pilar (Figura 87), irregularidades na superfície do concreto em detrimento da
imprecisão das formas (Figuras 88 e 89), e danos nas quinas, devido a impacto
de objetos (Figuras 88 e 89).

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(a) (b)
Figura 87 – Desplacamento do concreto e corrosão da armadura na base do pilar na vaga 35

(a) (b)
Figura 88 – Sinais de impacto de objeto e irregularidades na superfície do concreto do pilar localizado
na vaga 38

(a) (b)
Figura 89 - Sinais de impacto de objeto e irregularidades na superfície do concreto do pilar localizado
na vaga 41

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6.3.3. Vigas do subsolo localizadas entre as vagas de garagem 33 a 54

Posteriormente, foram inspecionadas as vigas do subsolo voltadas para a região


da fachada frontal do Edifício residencial (Figura 90).

VIGAS DE CONCRETO ARMADO


VISTORIADAS ENTRE AS VAGAS 33 A 54

Figura 90 – Localização das vigas de concreto armado vistoriadas entre as vagas de garagem 33 a
54

No decorrer das vistorias, observou-se que algumas vigas apresentaram


imperfeições nas superfícies do concreto, tais como: brocas/bicheiras e ferragem
exposta (Figuras 91 a 93). Além disso, foi identificada a presença de materiais
distintos nas vigas, como buchas e pregos (Figuras91 a 94).

(a) (b)
Figura 91 - Imperfeições na execução da concretagem na caixa de elevador (parte externa) na vaga
de número 39

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(a) (b)
Figura 92 - Presença de broca e material (bucha) na viga localizada na vaga 39

(a) (b)
Figura 93 - Presença de broca e de materiais da forma (pregos) na viga localizada na vaga 37

(a) (b)
Figura 94 – Presença de materiais (bucha) na viga da vaga de número 36

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Foi visualizado, no decorrer das inspeções, fissuras/trincas na base da viga
situada na vaga de garagem de número 39, conforme apresentado na Figura 95.

(a) (b)
Figura 95 - Fissuras/trincas na base da viga localizada na vaga 39

Observou-se, na viga localizada na vaga de número 40, a presença de uma


perfuração no concreto armado para a passagem de tubulação (Figura 96).
Identificou-se, ainda, nessa mesma viga, a existência de materiais utilizados na
execução da concretagem da obra (Figura 97).

(a) (b)
Figura 96 - Presença de furo na caixa de escada e elevador na vaga de número 40

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(a) (b)
Figura 97 - Presença de materiais da forma (pregos e arames) na viga localizada na vaga de número
40

A Figura 98 demonstra que foi realizada a soldagem de um elemento do armário


na ferragem da viga de concreto armado localizada na vaga de número 43.

(a) (b)
Figura 98 - Material soldado na viga na vaga 43

Identificou-se também, a presença de um suporte fixado no elemento estrutural


(viga) encontrado na vaga de número 51, conforme ilustra Figura 99.

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(a) (b)
Figura 99 - Objeto fixado na viga na vaga 51

6.3.4. Laje nervurada

Verificou-se que as lajes nervuradas que se encontram na região central da


garagem, conforme demarcado no croqui do subsolo na Figura 100, apresentam
um estado de deterioração generalizado.

LAJES NERVURADAS QUE SE ENCONTRAM NA REGIÃO FRONTAL DO SUBSOLO

Figura 100 – Lajes nervuradas analisadas na região frontal do subsolo

As falhas e anomalias detectadas nesses elementos estruturais são: sinais de


infiltrações (Figuras 101 e 102), falhas nas junções das tubulações às lajes
(Figura 102), falhas/brocas no concreto e ausência de ferragens nas nervuras
(Figura 103).

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(a) (b)
Figura 101 - Sinais de infiltrações na laje nervurada

(a) (b)
Figura 102 - Falhas na junção das tubulações às lajes nervuradas e sinais de infiltrações

(a) (b)
Figura 103 - Falhas/brocas no concreto e ausência de armadura nas nervuras das lajes nervuradas

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6.4. Junta de dilatação estrutural localizada próxima às vagas de
garagens de números 16/17 e 42/43

A junta de dilatação estrutural está localizada nas vigas, pilares e cortinas do


alinhamento das vagas 16/17 e 42/43 do subsolo, representada pela linha azul
na Figura 104.

JUNTA DE DILATAÇÃO ESTRUTURAL

Figura 104 – Localização da junta de dilatação estrutural

6.4.1. Elementos estruturais separados pela junta de dilatação estrutural

Observou-se, ao longo das vistorias, que as vigas calha, vigas, pilares e pontos
da cortina isolados pela junta de dilatação estão danificadas em função da falta
de manutenção do sistema de impermeabilização da junta estrutural, localizada
na parte superior do subsolo, ou seja, no pilotis da edificação.

As manifestações patológicas identificadas nesses elementos estruturais são:


fissuras/trincas (Figuras 105 a e 105 b), desplacamento do concreto, corrosão da
armadura (Figuras 106 a e 106 b), brocas/bicheiras no concreto (Figuras 107 a e
107 b), sinais de infiltração (Figuras 108 a e 108 b) e ausência do material NP1,
responsável por absorver as tensões advindas da movimentação da estrutura e
impermeabilizar a junta (Figuras 109 a e 109 b).

As Figuras 105 a e 105 b, ilustram as fissuras/trincas identificadas em algumas


das estruturas separadas pela junta de dilatação. O elemento estrutural
analisado, neste caso, é a cortina de concreto armado localizada na vaga de
número 16.

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(a) (b)
Figura 105 – Fissuras/trinca na extremidade da junta de dilatação estrutural da cortina de concreto
armado localizada na garagem de número 16

O desplacamento do concreto e a corrosão da armadura foram manifestações


patológicas identificadas nas peças estruturais desmembradas pela junta
estrutural, visto nas Figuras 106 a e 106 b.

(a) (b)
Figura 106 – Desplacamento do concreto e corrosão da armadura na viga que apresenta a junta de
dilatação

As Figuras 107 a e 107 b ilustram as Brocas e/ou bicheiras observadas no


decorrer das inspeções no elemento estrutural da viga, que se encontra entre os
pilares localizados no meio das vagas de números 16/17 e 42/43.

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(a) (b)
Figura 107 – Brocas/bicheiras no concreto próximo à junta de dilatação estrutural da viga localizada
entre os pilares das vagas de números 16/17 e 42/43

Em função dos danos nos sistemas de impermeabilização da junta estrutural


localizada no pilotis, observou-se a presença de infiltrações nas estruturas
separadas por essa junta, visualizadas nas Figuras 108 a e 108 b.

(a) (b)
Figura 108 – Sinais de infiltração na junta de dilatação estrutural que passa no pilar entre e na viga
localizados entre as vagas de números 16 e 17

A ausência do material NP1, um dos componentes do sistema de


impermeabilização da junta estrutural do subsolo, é representada através das
Figuras 109 a e 109 b.

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(a) (b)
Figura 109 – Ausência de material NP1 do sistema de impermeabilização da junta de dilatação
estrutural

Identificou-se também, a presença de resquícios de materiais, empregados


durante a execução da obra, na viga localizada entre os pilares 16/17 e 42/43,
conforme apresentado nas Figuras 110 a e 110 b.

(a) (b)
Figura 110 – Presença de resquícios de materiais empregados durante a construção do edifício

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6.5. Junta de dilatação estrutural localizada no pilotis da edificação

Observou-se, no decorrer das inspeções, que o sistema de impermeabilização da


junta de dilatação estrutural localizada próxima à guarita da edificação, apresenta
descolamento do material elástico (NP1) das laterais da junta (Figuras 111 a e
111 b) e ressecamento do material elastomérico (NP1) (Figuras 112 a e 112 b).
Além disso, há alguns trechos que possuem falhas nos acabamentos que se
encontram nas proximidades da junta (Figuras 113 a e 113 b). Indicando assim,
que o sistema de impermeabilização não só perdeu seu desempenho, como não
foi submetido a nenhum tipo de manutenção corretiva e/ou preventiva.

(a) (b)
Figura 111 – Descolamento do material elástico (NP1) das laterais da junta localizada no pilotis

(a) (b)
Figura 112 - Ressecamento do material elastomérico (NP1) da junta localizada no pilotis

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(a) (b)
Figura 113 - Falhas nos acabamentos que se encontram nas proximidades da junta de dilatação do
pilotis

Essas manifestações patológicas identificadas no sistema de impermeabilização


da junta estrutural do pilotis são as causadoras das anomalias detectadas nas
estruturas do subsolo que se encontram separadas pela junta de dilatação.

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7. ENSAIOS TECNOLÓGICOS E RESULTADOS

A metodologia adotada para a análise do desempenho estrutural do subsolo do


Edifício Cannes abrange a realização de ensaios tecnológicos com o objetivo de
coletar resultados/informações que possam contribuir para a elaboração de
diagnósticos dos problemas que foram detectados durante as inspeções visuais.

Foram realizados ensaios não destrutivos de pacometria, esclerometria,


ultrassonografia e avaliação de frente de penetração de carbonatação.

7.1. Pacometria

A pacometria é um ensaio não destrutivo que utiliza o pacômetro, aparelho que


detecta a posição da barra de aço na estrutura de concreto armado e fornece o
diâmetro da armadura e a espessura do cobrimento, por meio de indução
magnética.

Durante a análise visual dos elementos estruturais do subsolo foram identificadas


irregularidades nas espessuras do cobrimento, sendo que em determinados
pontos, os cobrimentos das barras de aço eram insuficientes, o que pode facilitar
o processo de corrosão da armadura devido ao ataque por carbonatação.

Dessa forma, fez-se necessário a execução do ensaio de pacometria em


algumas estruturas do subsolo, escolhidas por amostragem, para determinar a
espessura do cobrimento da armadura, conforme apresentado nas Figuras 114 a
116 e no ANEXO II referente ao acervo fotográfico dos ensaios de pacometria.

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(a) (b)
Figura 114 - Pacômetro sendo utilizado na região da viga calha localizada na vagas d número 32

(a) (b)
Figura 115 - Ilustração do pacômetro empregado nos ensaios do pilar localizado entre as vagas de
números 3 e 4

(a) (b)
Figura 116 - Pacômetro sendo utilizado na viga localizada entre as vagas de números 3 e 4

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7.1.1 RESULTADOS OBTIDOS

Os elementos estruturais do subsolo selecionados para a realização do ensaio


de pacometria estão devidamente demarcados na Figura 117 e são
respectivamente: quatro frações das vigas calha (representadas na Figura 117
por linhas azuis), seis pilares (representados na Figura 117 por retângulos
vermelhos) e a viga localizada entre as vagas 3 e 4 (representada na Figura 117
por uma linha verde).

Figura 117 – Elementos Estruturais ensaiados com pacômetro

Os resultados obtidos dos ensaios de pacometria, realizados durante as


inspeções, foram representados na Tabela 1 através de três valores (menor,
médio e máximo). Optou-se por essa forma de apresentação, pois os valores de
cobrimento da armadura apresentavam grandes variações entre si. Portanto, se
fosse realizada uma média com os resultados da pacometria, o valor obtido
dessa operação não representaria a realidade.

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RESULTADOS DOS ENSAIOS DE PACOMETRIA NO SUBSOLO
VIGA CALHA COBRIMENTO (mm)
Menor Médio Maior
1) Fração da viga calha localizada entre as vagas 02/03 8 18 31
2) Fração da viga calha localizada entre as vagas 18/19 26 30 35
3) Fração da viga calha localizada entre as vagas 24/25 11 24 40
4) Fração da viga calha localizada na vaga 32 13 21 49
PILARES COBRIMENTO (mm)
Menor Médio Maior
1) Pilar localizado entre as vagas 03/04 13 18 19
2) Pilar localizado entre as vagas 15/16 13 21 35
3) Pilar localizado entre as vagas 23/24 9 26 40
4) Pilar localizado entre as vagas 31/32 14 24 31
5) Pilar localizado entre as vagas 35/36 12 15 24
6) Pilar localizado entre as vagas 47/48 11 22 25
VIGA COBRIMENTO (mm)
Menor Médio Maior
1) Viga localizada entre as vagas 03/04 21 31 44
Tabela 1- Tabela com os resultados dos ensaios de pacometria

A norma utilizada para a construção do Edifício Cannes, em meados dos anos


70, foi a NB-1/60: Cálculo e execução de obras de concreto armado. Essa
norma, a qual precedeu a NBR 6118/2014, não aborda as espessuras mínimas
de cobrimento da armadura (cobrimento nominal) que devem ser empregadas no
concreto armado.

Portanto, apesar de algumas medidas do cobrimento nominal do aço serem


pequenas e não estarem em acordo com a atual NBR 6118/2014, não há
inconformidades relacionadas ao cobrimento nominal da armadura na edificação
em questão, pois a norma vigente à obra não contemplava esse aspecto.

Os cobrimentos que estão mais espessos (cobrimento maior) são indicativos de


que houve o deslocamento da armadura no ato da concretagem das peças
estruturais.

O emprego do pacômetro possibilitou, ainda, a visualização do diâmetro das


barras de aço localizadas nas estruturas ensaiadas. No entanto, os valores lidos
no equipamento não foram considerados para a análise das estruturas visto que

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foi identificada visualmente a presença de corrosão das armaduras, processo no
qual há um aumento das seções das barras de aço comprometendo o
desempenho da peça estrutural.

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7.2. Esclerometria

Este ensaio é executado seguindo os procedimentos prescritos na NBR


7584/2013: Concreto endurecido – Avaliação da dureza superficial pelo
esclerômetro de reflexão- Método de ensaio.

O ensaio é baseado no princípio do ricochete e consiste em realizar impactos na


superfície da estrutura e medir o retorno da força aplicada após o impacto. O
equipamento utilizado é chamado de esclerômetro de Schimidt.

O objetivo do ensaio é medir a dureza superficial do concreto endurecido com


intuito de avaliar sua qualidade desse material, estabelecendo uma correlação
com a resistência.

A norma determina que para a execução dos ensaios, as superfícies do concreto


devem estar secas ao ar livre, limpas e, preferencialmente planas. Superfícies
irregulares, ásperas, curvas ou talhadas não fornecem resultados homogêneos e
devem ser evitadas, bem como superfícies de concreto úmidas ou carbonatadas.
Além disso, as áreas ensaiadas devem estar distantes de regiões afetadas por
segregação, exsudação, concentração excessiva de armadura, juntas de
concretagem, cantos, arestas, etc.

As áreas de ensaio foram definidas com base nesses critérios e foram


devidamente preparadas por meio de polimento enérgico com disco de
carborundum, através de movimentos circulares, conforme exigido pela norma. A
preparação da área de ensaio é apresentada na Figura 118.

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Figura 118 - Polimento da área de ensaio no pilar localizado entre as vagas de números 31 e 32 com
disco de carborundum

Conforme estabelecido na norma, em cada área de ensaio devem ser efetuados


16 impactos em pontos uniformemente distribuídos e espaçados numa distância
mínima de 30 mm, conforme exemplificada na Figura 119.

Figura 119 - Malha dividida em 16 pontos

Devem ser evitados impactos sobre armaduras, bolhas e áreas similares, que
não representem o concreto em avaliação. Além disso, a norma determina que
não é permitido mais de um impacto sobre um mesmo ponto e que se isto
ocorrer, o segundo valor lido não pode ser considerado nos cálculos dos
resultados.

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Utilizando-se do ensaio de pacometria, descrito no item 7.1, foi determinado o
posicionamento das barras de aço, e em função desse posicionamento, foram
delimitadas as áreas a serem ensaiadas.

As Figuras 120 e 121 apresentam o ensaio de esclerometria sendo realizado em


algumas estruturas do subsolo.

(a) (b)
Figura 120 - Ensaio de esclerometria sendo realizado no pilar entre as vagas de números 23 e 24

(a) (b)
Figura 121 - Ensaio de esclerometria sendo realizado no pilar entre as vagas de números 47 e 48

7.2.1. RESULTADOS OBTIDOS

Cada impacto realizado com o esclerômetro de Schmidt fornece um índice


esclerométrico. Segundo a NBR 7584/2013, o resultado a ser calculado em
cada área de ensaio é o índice esclerométrico médio efetivo. Para se obter esse
resultado deve-se:

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1) Calcular a média aritmética dos 16 índices esclerométricos
correspondentes a uma única área de ensaio.
2) Desprezar todo índice esclerométrico individual que esteja afastado em
mais de 10% do valor médio obtido e calcular nova média aritmética.
3) O índice esclerométrico médio final deve ser obtido com no mínimo cinco
valores individuais.

Os valores finais de resistência do concreto à compressão foram adquiridos por


meio da correlação do índice esclerométrico médio efetivo com o sentido de
aplicação do impacto do equipamento, através do ábaco representado na Figura
122.

Figura 122- Ábaco empregado no ensaio de esclerometria

A Tabela 2 exibe os valores de índices esclerométricos médios obtidos para cada


ponto ensaiado e suas respectivas resistências do concreto à compressão.

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Resistência do
concreto à
Ensaio Elemento IE Médio
compressão (MPa)
(*)
1 Pilar entre vagas 03/04 40,69 43,64
2 Pilar entre vagas 15/16 43,27 48,54
3 Pilar entre vagas 23/24 48,00 57,86
4 Pilar entre vagas 30/31 47,55 56,88
5 Pilar entre vagas 35/36 39,91 42,17
6 Pilar entre vagas 47/48 45,46 52,76
(*) Média de resistência do concreto à compressão obtida na curva de
esclerometria do Ábaco de Schmidt
Tabela 2- Valores dos índices esclerométricos médios obtidos em cada ponto ensaiado

É importante destacar que a análise dos resultados obtidos através do ensaio de


esclerometria somada à avalição da frente de carbonatação, processo a ser
descrito no item 7.3, permite concluir que os valores de resistência de dureza
superficial do concreto (Tabela 2) estão majorados, uma vez que o concreto
sofreu carbonatação, processo suscetível de gerar a corrosão da armadura,
mesmo essa não estando exposta.

Para se ter certeza do valor real da resistência de compressão do concreto, seria


interessante a execução do ensaio de extração de corpo de prova do concreto
em algumas peças estruturais da edificação.

Por fim, segue no ANEXO III, os valores dos ensaios resultantes em cada local
ensaiado. Vale ressaltar que os pontos destacados de vermelho indicam os
índices esclerométricos que foram desprezados no cálculo da média final, por se
afastarem em mais de 10% do primeiro valor de média obtido.

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7.3. Avaliação da Frente de Carbonatação

O método de ensaio consiste na visualização da alteração do pH do concreto de


cobrimento, por meio da aspersão de um indicador como a solução de
fenolftaleína. Essa substância reage com os produtos das reações de hidratação
do cimento e altera a coloração de acordo com a alcalinidade do concreto.

Os produtos da reação de hidratação do cimento conferem ao concreto um pH


em torno de 13 à 14. Essa elevada alcalinidade da solução dos poros do
concreto é responsável pela formação da película passivadora, que protege o
aço contra a corrosão.

A penetração do dióxido de carbono (CO2) presente na atmosfera provoca a


reação de carbonatação do concreto, que reduz seu pH a níveis insuficientes
para manter o estado passivo das armaduras, podendo causar a corrosão do
aço.

Para medir a carbonatação nos elementos de concreto ensaiados do subsolo do


Edifício Cannes, foram realizados ensaios da frente de penetração de
carbonatação utilizando uma solução de fenolftaleína.

Ao aplicar fenolftaleína na superfície de concreto, a região não carbonatada (pH


entre 8,3 e 9,5) assume uma coloração rosa, enquanto a região carbonatada (pH
inferior a 8,3) se mantem incolor. Em seguida, são realizadas as medidas da
frente de carbonatação, considerando a espessura do concreto de cobrimento.

As Figuras 123 e 124, bem como o acervo fotográfico apresentado no ANEXO


IV, apresentam o ensaio de avaliação da frente penetração de carbonatação
realizado nas peças estruturais da garagem do Bloco C da quadra 314 Norte.

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(a) (b)
Figura 123 - Ensaio de avaliação da frente de penetração de carbonatação da fração da viga calha
localizada na vaga de número 32

(a) (b)
Figura 124 - Ensaio de avaliação da frente de penetração de carbonatação na fração da viga calha
localizada nas vagas de números 2 e 3

Com o propósito de analisar a situação dos pilares localizados na garagem da


edificação, foi selecionada, de maneira aleatória, uma peça estrutural para a
realização do escareamento do concreto e aplicação de fenolftaleína sobre a
armadura (Figuras 125 e 126).

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(a) (b)
Figura 125 - Aplicação de fenolftaleína no pilar localizado entre as vagas de números 35 e 36

(a) (b)
Figura 126 - Aplicação de fenolftaleína no pilar localizado entre as vagas 35 e 36

7.3.1. RESULTADOS OBTIDOS

Após a realização do ensaio de frente de carbonatação, como apresentado no


item 7.3, foi possível observar a não alteração de cor nas regiões ensaiadas da
viga calha do subsolo, indicando assim, a carbonatação do concreto. Cabe
ressaltar, que esse ensaio foi executado nessas áreas com o intuito de atestar o
observado ao longo das inspeções visuais, as quais já haviam constatado a
carbonatação do concreto, que pode ser complementado/corroborado pelos
ensaios de esclerometria descritos no item 7.2 deste trabalho.

Ao aplicar a fenolftaleína no pilar localizado entre as vagas de número 35 e 36


(Figuras 125 e 126), que foi escolhido aleatoriamente, visualizou-se que a
substância também permaneceu incolor, sugerindo, desta forma, que a estrutura

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estudada encontrava-se carbonatada.

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7.4. ENSAIO DE ULTRASSONOGRAFIA

Este ensaio é realizado conforme os procedimentos prescritos na NBR


8802/2013: Concreto endurecido – Determinação de velocidade de propagação
de onda ultrassônica.

O método estabelecido pela norma consiste em determinar a velocidade de


propagação de ondas longitudinais, obtidas por pulsos ultrassônicos, através de
um componente de concreto e tem como principais aplicações:

1) Avaliação da resistência à compressão do concreto;


2) Verificação de homogeneidade do concreto;
3) Detecção de eventuais falhas internas de concretagem, profundidade de
fissuras e outras imperfeições;
4) Monitoramento de variações no concreto, ao longo do tempo, decorrentes
de agressividade do meio (ataque químico), principalmente pela ação de
sulfatos.

A norma estabelece que as peças de concreto a serem ensaiadas devem ter as


superfícies planas, lisas e isentas de sujeira, além de recomendar que se deve
evitar realizar o ensaio em pontos onde exista grande concentração de
armadura, principalmente no sentido longitudinal ao de propagação das ondas,
pois a velocidade de propagação é maior no aço do que no concreto.

Os pontos ensaiados foram escolhidos conforme os critérios estabelecidos pela


norma e de forma a representar uma quantidade satisfatória de peças
estruturais. Dessa maneira, realizou-se o ensaio de ultrassonografia nos pilares
entre as vagas: 03/04, 15/16, 23/24, 31/32, 35/36 e 47/48 e na viga entre as
vagas 03/04, conforme demarcado na Figura 127 e apresentado nas Figuras
128 e 129 e no ANEXO V.

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Figura 127 – Localização das peças estruturais que foram submetidas ao ensaio de ultrassonografia

(a) (b)
Figura 128 – Ensaio de ultrassonografia sendo realizado no pilar localizado entre as vagas de
números 31 e 32

(a) (b)
Figura 129 - Ensaio de ultrassonografia sendo realizado na viga entre as vagas de números 3 e 4

Vale ressaltar que todos os ensaios foram executados com o auxílio do


pacômetro (Figura 130), aparelho que detecta a posição do aço na estrutura,
evitando-se áreas com concentração excessiva de armadura.

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(a) (b)
Figura 130- Utilização do pacômetro para detecção de armaduras de aço

7.4.1. RESULTADOS OBTIDOS

Os resultados obtidos nos ensaios de ultrassonografia (Tabela 3), em geral,


foram satisfatórios, indicando que o concreto das vigas e dos pilares ensaiados
dos subsolos da garagem coberta apresenta boa qualidade.

Qualidade do
Ensaio Elemento Velocidade
concreto
1 Pilar entre as vagas 3 e 4 3242,54 ACEITÁVEL
2 Pilar entre as vagas 15 e 16 2601,97 MÁ
3 Pilar entre as vagas 23 e 24 3563,22 ACEITÁVEL
4 Pilar entre as vagas 30 e 31 4132,23 BOM
5 Pilar entre as vagas 35 e 36 3174,81 ACEITÁVEL
6 Pilar entre as vagas 47 e 48 3900,16 BOM
7 Viga entre as vagas 3 e 4 3320,31 ACEITÁVEL
Tabela 3- Resultados do ensaio de ultrassonografia

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8. DIAGNÓSTICO E ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS

8.1. Elementos Estruturais do Subsolo do Edifício Cannes

As causas das manifestações patológicas observadas nas peças estruturais do


subsolo da edificação estão relacionadas aos seguintes fatores:

• classe de agressividade ambiental onde estão localizadas as peças


estruturais;
• ausência de manutenção preventiva;
• falhas durante o processo executivo.

8.1.1. Infiltrações identificadas nas vigas calha, nas lajes de avanço e nas
cortinas de concreto armado do subsolo

Os sinais de infiltrações observados nas vigas calha, nas lajes de avanço e nas
cortinas de concreto armado da garagem da edificação vistoriada, conforme
mencionados nos itens 6.1.1, 6.1.4 e 6.1.5, são provenientes de falhas e perdas
de desempenho dos sistemas de impermeabilização empregados na cortina de
concreto armado, nas lajes de avanço e no interior das vigas calha.

As infiltrações mais salientes na cortina, inclusive, são fortes indicadores que a


manta de impermeabilização não só perdeu sua funcionalidade e desempenho,
como possivelmente apresenta danos/rasgos em certos trechos. Esses danos
pontuais mais relevantes podem, por sua vez, terem sidos causados devido a
movimentações estruturais e/ou adensamento do solo.

Portanto, as infiltrações são ocasionadas devido à falta de manutenção


preventiva do sistema de impermeabilização da edificação e a movimentação
estrutural que pode ter ocasionado fissuras internas ao concreto.

8.1.2. Infiltrações observadas nas lajes nervuradas do subsolo

As infiltrações visualizadas nas lajes nervuradas da garagem da edificação,

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mencionadas no item 6.2.1 do presente laudo, são, assim como nas lajes de
avanço, ocasionadas devido às falhas no sistema de impermeabilização da
estrutura. No entanto, em alguns pontos foi possível identificar sinais do fluxo da
água advinda das tubulações que atravessam as lajes, que estão ocorrendo em
função de possíveis fissuras/trincas nessas encanações ou ainda devido à falta
de um tratamento localizado na união dos tubos.

Dessa forma, as infiltrações são causadas por falta de manutenção do sistema


de impermeabilização e por falhas na junção tubulação/laje.

8.1.3. Fissuras/trincas identificadas nos elementos estruturais do subsolo

As fissuras/trincas observadas em diversos pontos das estruturas do subsolo,


como apresentado nos itens 6.1.1, 6.1.2, 6.1.5 e 6.4.1, foram acarretadas em
função da movimentação estrutural do edifício e/ou através de falhas durante o
processo executivo da obra.

É um processo natural, que as estruturas sofram movimentações estruturais no


decorrer de sua vida útil. No entanto, algumas dessas movimentações causam
tensões internas nas estruturas que ultrapassam os limites que os materiais são
capazes de suportar, gerando, assim, as fissuras/trincas nos elementos
estruturais.

Outro fator relevante para a formação de fissuras/trincas é a falta de controle


tecnológico no ato da execução da obra. Caso o concreto não seja curado da
forma adequada, por exemplo, pode ocorrer à formação de fissuras/tricas no
material em detrimento da perda de água do concreto para o meio. Essas
manifestações patológicas também são conhecidas como dessecações
superficiais.

8.1.4. Falhas na concretagem e exposição das armaduras observadas nas


peças estruturais vistoriadas da garagem

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As falhas na concretagem (brocas/bicheiras e irregularidades nas superfícies do
concreto) identificadas nos elementos estruturais inspecionados no subsolo
(vigas calha, pilares, vigas, lajes de avanço, lajes nervuradas e cortinas) foram
acarretadas devido a problemas no processo executivo, uma vez que a mão de
obra não executou devidamente os processos de vibração, lançamento,
adensamento e cura do concreto, e não houve o cuidado ao montar as formas,
de maneira a deixa-las alinhadas umas às outras.

Diante da existência de muitas brocas, as armaduras das peças estruturais


estavam expostas em alguns pontos, como reportado nos itens 6.1.2, 6.1.4 e
6.2.1, colaborando assim para o processo de corrosão do aço.

8.1.5. Corrosão das barras de aço, carbonatação e desplacamento do


concreto presentes nas peças estruturais em estudo

Foi verificado, por meio dos ensaios de pacometria e inspeções visuais, que as
espessuras dos cobrimentos nominais da armadura das vigas, pilares, lajes e
cortinas do subsolo apresentavam-se insuficientes para promover uma correta
proteção do aço.

É importante frisar, no entanto, que apesar do cobrimento ser insuficiente para


proteger a armadura dos elementos estruturais, a norma vigente à obra não
determinava esse parâmetro, como mencionado no item 7.1. Portanto, os baixos
valores de cobrimento não podem ser considerados falhas construtivas causadas
por incompatibilidade com a norma.

Em consequência do pequeno cobrimento nominal, tem-se a frente de


carbonatação avançada do concreto, cuja existência pode ser corroborada por
meio do emprego da fenolftaleína, conforme ensaio citado no item 7.3.

A redução da alcalinidade do concreto induz a corrosão da armadura. O


processo de corrosão gera o aumento de seção das barras de aço, causando a
abertura de trincas, fissuras e rachaduras na estrutura e o desplacamento do

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concreto de cobrimento, como exposto nos itens 6.1.4, 6.1.5, 6.2.1 e 6.4.1 do
presente laudo.

Vale ressaltar que as condições de exposição do subsolo, devido à circulação de


veículos, contribuem significativamente na ocorrência das manifestações
patológicas verificadas. A alta concentração de dióxido de carbono (CO2) no
ambiente e a insuficiência do cobrimento nominal das vigas, pilar e lajes
intensificam o processo de carbonatação do concreto e corrosão da armadura
nesses elementos.

Assim sendo, mesmo o concreto apresentando resultados satisfatórios com o


ensaio de ultrassonografia (item 7.4.1), indicando que nos pontos ensaiados o
material era de boa compacidade e não possuía vazios, as peças estruturais, em
geral, apresentavam-se com brocas e cobrimentos insuficientes. É importante
destacar que os resultados da ultrassonografia foram bons, pois os pontos
escolhidos para a execução dos ensaios seguiram o especificado em norma, a
qual solicita a realização dos procedimentos em locais que não apresentem
grande concentração de armadura e irregularidades nas superfícies, conforme
mencionado no item 7.4 do presente trabalho.

Portanto, pelo o que foi observado nas inspeções visuais e nos ensaios
realizados, a manifestação patológica de corrosão das armaduras foi causada
por problemas na execução e condições de exposição das peças.

O Fluxograma 2 apresenta um esquema explicativo das causas e do ciclo das


manifestações patológicas observadas nas estruturas do subsolo.

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Espessura
insuficiente do
concreto de
cobrimento

Abertura de trincas
e fissuras e
desplacamento do Alta conentração
concreto de de CO2 no
cobrimento ambiente

Corrosão da Avanço da frente


armadura de carbontação do
concreto

Fluxograma 2 – Esquema explicativo das causas e do ciclo das manifestações patológicas


observadas nas estruturas do subsolo

8.1.6. Corrosão da armadura do pilar localizado entre as vagas 35 e 36

A corrosão da armadura do pilar que se encontra entre as vagas 35 e 36 do


subsolo, assim como mencionado no item 8.1.5, foi ocasionada devido ao baixo
cobrimento nominal e às brocas/bicheiras presentes no concreto. Esses dois
fatores possibilitam o surgimento de uma frente de carbonatação avançada na
peça estrutural e levou a deterioração do aço.

Nota-se, no entanto, que a corrosão do aço nesse caso ainda não levou ao
desplacamento do concreto, mas o elemento estrutural está comprometido.

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8.1.7. Trinca/fissura na viga localizada entre as vagas 23 e 24 do subsolo da
Garagem

A fissura/trinca detectada na viga que se encontra entre as vagas 23 e 24 possui


inclinação de 45 graus, o que indica ser ocasionadas por movimentações
estruturais.

Além disso, foi realizada a medição dessas fissuras/trincas por meio do emprego
do fissurômetro, verificando que as aberturas variavam de 0,4 mm a 0,3 mm.

8.1.8. Flecha na viga localizada entre as vagas de garagem 3 e 4

A flecha identificada na viga que se encontra entre as vagas de números 3 e 4 do


subsolo foi acarretada devido à sobrecarga do jardim sobre a estrutura.

Em períodos chuvosos, o solo fica saturado e seu peso aumenta


consideravelmente. Somado a isso, a água advinda da chuva não é retirada
dessa área, pois não há sistema de drenagem no jardim. Portanto, há uma
sobrecarga considerável atuando na laje de avanço e consequentemente nas
vigas do subsolo voltadas para o lado posterior da edificação.

8.1.9. Infiltrações observadas nas vigas, pilares e cortinas separadas pela


junta de dilatação estrutural

As infiltrações constatadas ao longo das peças estruturais do subsolo próximas à


junta de dilatação, localizada no alinhamento das vagas 16/17 e 42/43, são
ocasionadas por falhas nos sistemas de impermeabilização da junta de dilatação
presente no pilotis, visto que esses sistemas apresentam-se deteriorados devido
ao ressecamento/descolamento do material elastomérico (NP1), conforme será
mencionado no item 8.3.1.

Colaborando para o agravamento da percolação de água por entre as estruturas


de concreto armado do subsolo, a manta impermeabilizante da área externa da
edificação, que deveria proporcionar a estanqueidade na junta de dilatação, não

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está mais desempenhando sua função e há locais no pilotis que não possuem
acabamento entre o piso e a junta de dilatação, permitindo assim, que a água
advinda da limpeza infiltre na estrutura.

Infere-se assim que essas manifestações patológicas descritas são relacionadas


à falta de manutenção por parte do condomínio no sistema de impermeabilização
da junta estrutural.

8.1.10. Corrosão das barras de aço, carbonatação e desplacamento do


concreto presentes nas peças estruturais isoladas pela junta de dilatação
estrutural

O processo de corrosão do aço, carbonatação e desplacamento do concreto


entre as estruturas localizadas na junta de dilatação é semelhante ao explicado
no item 8.1.5 deste trabalho. No entanto, a fração das vigas calha, das vigas, dos
pilares e dos pontos das cortinas que estão separados pela junta estrutural
possuem outro fator que agrava esses processos, a passagem de água por entre
a junta devido a falhas nos sistemas de impermeabilização.

A redução da alcalinidade do concreto devido à avançada frente de


carbonatação, somada à infiltração proveniente das juntas de dilatação do jardim,
induz a corrosão da armadura. O processo de corrosão gera o aumento de seção
das barras de aço, causando a abertura de trincas, fissuras e rachaduras na
estrutura e o desplacamento do concreto de cobrimento, como exposto no item
6.4.1 do presente laudo.

8.2. Piso do subsolo do Edifício Cannes

A falha verificada no piso do subsolo está concatenada aos seguintes fatores:

• condições de exposição do local (classe de agressividade ambiental do


subsolo) ;
• ausência de manutenção preventiva.

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8.2.1. Danos no piso de concreto da garagem coberta

Apesar da inspeção do piso da garagem do subsolo não fazer parte do escopo


do laudo, foi realizada uma análise visual da região, e com o observado pode-se
inferir que os danos apresentados no piso de concreto da garagem do edifício
são decorrentes do uso e da falta de manutenção preventiva e/ou corretiva da
área.

8.3. Junta de dilatação estrutural localizada no pilotis da edificação

8.3.1. Falhas no sistema de impermeabilização da junta de dilatação do


pilotis do condomínio

As falhas nos sistemas de impermeabilização da junta estrutural localizada no


pilotis da edificação são provenientes de possíveis falhas no processo executivo,
somadas a falta de manutenção corretiva e/ou preventiva, visto que foi possível
identificar ressecamento/descolamento do material NP1, além da não existência
de acabamento entre o piso e a junta em alguns pontos.

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9. GRAU DE RISCO ADOTADO

O grau de risco é fator determinante durante o processo de elaboração e


execução de um laudo de inspeção predial. Baseadas nessa classificação, as
anomalias e falhas são agrupadas de acordo com o risco oferecido aos usuários,
ao meio ambiente e a edificação.

A Norma de Inspeção Predial do IBAPE/SP de 2011 classifica as manifestações


patológicas segundo os seguintes graus de risco:

▪ Crítico: Pode provocar danos contra a saúde e segurança das pessoas


e/ou meio ambiente, perda excessiva de desempenho causando possíveis
paralisações, aumento de custo, comprometimento sensível de vida útil e
desvalorização acentuada.
▪ Regular: Pode provocar a perda de funcionalidade sem prejuízo à
operação direta de sistemas, perda pontual de desempenho (possibilidade
de recuperação), deterioração precoce e pequena desvalorização.
▪ Mínimo: Pode causar pequenos prejuízos à estética ou atividade
programável e planejada, sem incidência ou sem a probabilidade de
ocorrência dos riscos críticos e regulares, além de baixo ou nenhum
comprometimento do valor imobiliário.

De acordo com os critérios propostos por essa Norma de Inspeção para


classificação das anomalias e falhas quanto ao grau de risco, e conforme as
observações efetuadas durante as vistorias, determinou-se que o grau de risco
das dos elementos estruturais do subsolo do Edifício Cannes é REGULAR.

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10. PROPOSTA DE MANUTENÇÃO CORRETIVA

Através das atividades de inspeção desenvolvidas e dos resultados obtidos nos


ensaios tecnologicos realizados, verifica-se a necessidade de execução de
serviços de manutenções corretivas imediatas de recuperação das estruturas de
concreto armado do subsolo.

Visto que o grau de riso adotado para os elementos estruturais do subsolo do


Edifício Cannes é REGULAR, e que há a tendência de uma evolução para o grau
de risco CRÍTICO com a utilização da edificação, recomenda-se que as
manutenções descritas a baixo sejam executadas por uma empresa
especializada na área de recuperação estrutural e que apresente como
comprovação de execução de serviços, acervos técnicos de obras similares que
foram executadas.

A seguir são apresentadas sugestões para a execução das manutenções


corretivas das anomalias detectadas.

10.1. Recuperação do sistema de impermeabilização da junta de dilatação


estrutural localizada entre as vagas de garagens 16/17 e 42/43

Os sistemas de impermeabilização da junta de dilatação estrutural do


pilotis/subsolo estão deteriorados e ressecados, causando as infiltrações nas
juntas de dilatação estrutural, e consequentemente proporcionando o fluxo de
água para o interior da garagem do subsolo.

Portanto, essas anomalias na junta de dilatação do subsolo serão, em sua


maioria, sanadas ao se executar os procedimentos de reparo nos sistemas de
impermeabilização da junta do pilotis, como apresentado a seguir:

1) Limpar as frestas das juntas de dilatação estrutural, retirando todo


tarucel e o material elastomérico que perderam suas funcionalidades;
2) Realizar nova instalação de tarucel sendo 25% maior do que a largura
da junta;

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3) Aplicar o novo material elastomérico, NP1, sobre o tarucel instalado.

Esses procedimentos indicados para serem executados no sistema de


impermeabilização da junta do pilotis são ilustrados através da Figura 131.

Instalação de novo NP1


Instalação de novo tarucel
Espaço vazio

Figura 131 - Manutenção corretiva de junta de dilatação estrutural

Recomenda-se, ainda, realizar alguns serviços na junta de dilatação localizada


no subsolo, conforme descrito abaixo:

1) Retirar todo material existente na junta de dilatação;


2) Fixar um perfil metálico na junta de dilatação para não deixar o espaço
vazio exposto ao ambiente.

10.2. Recuperação estrutural – Vigas, lajes e pilares deteriorados da


garagem do subsolo

10.2.1. Vigas e lajes do subsolo que apresentam carbonatação do


concreto, corrosão e exposição da armadura

As vigas calha do subsolo analisadas encontram-se, praticamente, em estado


generalizado de deterioração por carbonatação do concreto, corrosão e
exposição das armaduras,

Essas anomalias mencionadas no parágrafo anterior (carbonatação do concreto,


corrosão e exposição das armaduras), também foram visualizas em alguns
elementos estruturais de vigas e lajes do subsolo.

Para a recuperação do desempenho estrutural dessas peças estruturais seria


interessante à prévia contratação de um engenheiro calculista para elaboração

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de projeto específico de reforço estrutural.

Os procedimentos empregados para reestabelecer às vigas e lajes que


apresentam carbonatação do concreto e corrosão/exposição das armaduras,
normalmente, são:

1) Demarcação das regiões de reparo;


2) Demolição superficial do concreto;
3) Verificação das seções das barras de aço (verificar se houve perda de
seção das barras de aço);
4) Recomposição ou substituição das barras de aço corroídas;
5) Realcalização química do concreto;
6) Recuperação do concreto por meio da aplicação de material estrutural
tipo graute.

10.2.2. Pilares que apresentam carbonatação do concreto e corrosão


das armaduras, localizados no subsolo

Para o pilar situado na garagem do subsolo da edificação e que apresentou


carbonatação do concreto e corrosão das armaduras, deve-se realizar a
RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DE IMEDIATO. Visto que, foi observado
durante as inspeções visuais e execução de ensaios tecnológicos, que as seções
das barras de aço não apresentam o desempenho adequado.

Para a recuperação do desempenho estrutural desse elemento estrutural de


concreto armado, deve-se antes de tudo, contratar profissional especializado
para executar um projeto especifico de reforço estrutural.

É indicada a recuperação estrutural conforme os procedimentos:

1) Elaboração de um projeto específico de reforço estrutural por um


engenheiro calculista;
2) Escoramento da região dos pilares deteriorados;
3) Demolição do concreto de cobrimento nominal (Figura 132);

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Figura 132 – Demolição superficial do concreto.

4) Recomposição ou remoção das barras de aço que perderam seção;


5) Limpeza das armaduras corroídas que não perderam seção, com o
emprego de escova de aço e ácido (Figura 133);

Figura 133 – Limpeza das armaduras com escova de aço e ácido

6) Aplicação de resina epoxídica sobre as armaduras limpas (Figura 134);

Figura 134 – Pintura epoxídica na armadura

7) Realcalização química do concreto;


8) Inserção de novas armaduras na região onde necessita do reforço
estrutural (Figuras 135 e 136);

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Figura 135 – Armadura inserida ao redor do pilar

Figura 136 - Armadura inserida ao redor do pilar

9) Recomposição do concreto, com material de reparo estrutural tipo


graute (Figura 137).

Figura 137 – Aplicação de material de reparo tipo graute para recuperação dos pilares

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No entanto, como mencionado anteriormente, os processos executados para a
manutenção corretiva das manifestações patológicas do pilar em questão devem
ser realizados depois de ter sido efetivado a análise estrutural e a elaboração de
projeto de reforço estrutural por profissional capacitado.

10.2.3. Pilares, vigas e lajes que apresentam falhas (brocas) na


concretagem

Nas regiões onde foram detectadas falhas de concretagem (brocas/bicheiras), as


quais acarretam perda de desempenho do concreto armado e facilita o processo
de corrosão da armadura, os procedimentos de recuperação desses elementos
estruturais devem ser realizados da seguinte maneira:

1) Remoção do concreto que está britado e/ou que não apresente


argamassa, deixando a armadura exposta;
2) Realizar a limpeza superficial das barras de aço com o emprego de
escova de aço e ácido;
3) Aplicar pintura epoxídica na barra de aço, após a execução da limpeza;
4) Executar a recuperação do concreto com a utilização de produto tipo
graute.

Para as regiões que apresentarem pregos, arames e orifícios com ou sem


presença de bucha (de parafuso) localizadas nas vigas, pilares e lajes, deve-se
inicialmente retirar esses objetos (buchas, arames e pregos) e, em seguida,
executar o preenchimento com graute.

10.3. Fissuras/trincas identificadas no subsolo da edificação

Para executar a manutenção corretiva das fissuras/trincas encontradas nas


peças estruturais da garagem do subsolo recomenda-se realizar:

1) Corte superficial dos elementos estruturais com makita seguindo o


alinhamento da fissura (Figura 138);

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Figura 138 - Abertura de sulco sobre a fissura

2) Inserção de resina epoxídica na abertura da fissura;


3) Reaplicação de pintura na área tratada.

10.4. Danos no piso de concreto do subsolo

Como indicado no item 6.2.2 do presente laudo, o piso de concreto do subsolo


apresenta-se deteriorado nas regiões próximas as grelhas. Portanto, recomenda-
se:

1) Remoção do piso na região das grelhas metálicas;


2) Limpeza do local onde foi retirado o piso;
3) Refazer o piso de concreto com tela metálica.

10.5. Sinais de infiltrações no subsolo

Com a finalidade de corrigir as anomalias advindas das infiltrações, como sinais


de eflorescências e mofos, deve-se inicialmente realizar as medidas propostas
nos itens 10.1 e 10.2 e em seguida executar a limpeza e repintura nas áreas
danificadas.

Para tratar os sinais de infiltrações nas regiões de encontro dos tubos de ferro
fundido barbará às lajes nervuradas sugere-se, que seja realizada a substituição
das tubulações, caso essas estejam com algum desgaste, ou executar um
tratamento localizado na união dos canos antes de realizar nova pintura nas

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áreas afetadas por estas manifestações patológicas.

Propõe-se ainda, a realização de uma impermeabilização negativa na junção das


tubulações às lajes nervuradas, bem como nas fissuras/trincas identificadas nas
cortinas de concreto armado.

Esse procedimento é considerado interessante, pois acarreta menores danos aos


moradores, em comparação a um possivel tratamento de impermeabilização
positiva, uma vez que não envolve processo escavação.

A técnica, normalmente, adotada para o tratamento de impermeabilização


negativa é:

1) Realizar a remoção da pintura deteriorada na parte interna do subsolo


nos pontos que necessitam de reparo;
2) A superfície a ser impermeabilizada deve estar limpa, saturada com água,
sem vestígios de pó, sujeira;
3) Detectar todas as falhas de concretagem abrindo até a obtenção de
concreto firme e homogêneo;
4) Retirar elementos estranhos à estrutura, como tocos de madeira e pregos;
5) Executar o reparo com a aplicação de espuma de poliuretano ou
cristalizante pelo lado interno da estrutura (Figura 139);

Figura 139 - Procedimento da aplicação da espuma de poliuretano em fissura/trinca

6) Executar nova pintura da superfície.

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Para sanar os problemas de infiltração que estão acometendo as vigas calha,
recomenda-se:

1) Realizar a remoção total ou parcial do sistema antigo de


impermeabilização;
2) Realizar a limpeza da superfície e readequar o substrato com
argamassa contendo inclinação no mínimo de 1% com caimento para
as saídas (ralos);
3) Realizar aplicação de primer entre a manta e a superfície regularizada;
4) Realizar a colagem da manta asfáltica conforme as especificações do
fabricante;
5) Fazer o teste da lâmina d’água durante 72 horas para verificação da
estanqueidade;
6) Realizar a proteção mecânica com tela metálica, de acordo com a
norma;
7) Executar nova pintura nas vigas calha.

10.6. Proposta de alivio de carga na laje de avanço

A proposta para execução da manutenção corretiva de remoção da sobrecarga


do jardim externo (voltado para a fachada posterior da edificaçao) devida a
saturação do solo, provocada pelo alto índice pluviométrico baseia-se na
elaboração de um projeto de drenagem da área.

O projeto tem como finalidade realizar o escoamento rápido da água do jardim.


Para a elaboração desse projeto deve-se levar em consideração a contratação
de um projetista, o qual deverá realizar o dimensionamento da tubulação que
será utilizada.

Propõe-se assim um possível esquema de sistema de drenagem para esta área,


conforme apresentado a seguir:

1) Escavação do terreno;

LAUDO TÉCNICO DO (ENDEREÇO DO EDIFÍCIO) Página 98 de 104


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2) Criação de uma rede principal com tubulações de 200 mm de diâmetro,
anexando à mesma ramificações de 150 mm de diâmetro
(comercialmente conhecida como espinha de peixe), como ilustrado na
Figura 140 (a qual indica um exemplo de drenagem espinha de peixe
utilizada em um campo de futebol) e na Figura 141 (onde se ilustra o
esquema de drenagem proposto por este Laudo Técnico). Segue-se tal
ordem de procedimento:

2.1) Colocar brita;


2.2) Instalar a manta geotêxtil;
2.3) Aplicar a brita;
2.4) Posicionar o tubo dreno;
2.5) Sobrepor com brita
2.6) Fechar a manta
2.7) Cobrir com terra

3) Direcionamento da rede principal ao reservatório de águas pluviais do


Condomínio Cannes, para que essa água seja aproveitada para a
limpeza da edificação bem como para a irrigação de seus jardins.

Figura 140 - Sistema de drenagem no formato escama de peixe utilizado em um campo de futebol

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Figura 141 - Esquema ilustrativo do sistema de drenagem proposto neste laudo técnico predial

É importante destacar a importância da realização deste projeto de sistema de


drenagem, visto que a sobrecarga do jardim, o qual se encontra no lado posterior
da edificação, está causando as deformações (flechas) em algumas vigas,
conforme mencionado no item 6.1 deste trabalho.

10.7. Custo estimado para execução dos serviços de manutenções


corretivas

Após a realização da análise de desempenho das peças estruturais de concreto


armado do subsolo, bem como a identificação, diagnóstico e proposta de
manutenções corretivas para as manifestações patológicas identificadas, foi
executado o levantamento dos quantitativos de serviços a serem executados
nessas intervenções à estrutura de concreto armado. Não estando incluso nesse
orçamento a drenagem, uma vez que foi indicada uma elaboração de um projeto
preliminar, para seguida execução.

Esses quantitativos levantados, somados à coleta de preços e à elaboração de

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composições unitárias, foram empregados na estruturação da planilha
orçamentária estimativa, a qual foi elaborada no software Volare, da editora PINI,
como apresentado no Anexo VI (Planilha Orçamentária).

Desta maneira, o custo estimado para realizar os serviços de manutenção


corretiva do Edifício Cannes nas estruturas de concreto armado do subsolo,
supracitados nos intens 10.1 ao 10.5, é de R$ 330.401,71 (trezentos e trinta mil,
quatrocentos e um reais e setenta e um centavos), onde foi considerado um BDI
estimado de 26,35% e 120% de encargos sociais sobre a mão de obra.

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11. REFERÊNCIAS

NORMA BRASILEIRA, NB-1: Cálculo e execução de obras de concreto armado,


1960.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de


estruturas de concreto - Procedimento, Rio de Janeiro, 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7584: Concreto


endurecido- Avaliação da dureza superficial pelo esclerômetro de reflexão-
Método de ensaio, 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8802: Concreto


endurecido- Determinação da velocidade de propagação de onda ultrassônica,
2013.

CORSINI, Rodnei. Trinca ou fissura?:Como se originam, quais os tipos, as


causas e as técnicas mais recomendadas de recuperação de fissuras. 2010.
Disponível em: <http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/160/trinca-ou-fissura-
como-se-originam-quais-os-tipos-285488-1.aspx>.

INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA DE


SÃO PAULO. Norma Básica para Perícias de Engenharia, São Paulo, 2015.

INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA DE


SÃO PAULO. Norma de Inspeção Predial, São Paulo, 2011.

LAPA, José Silva. Patologia, Recuperação e Reparo das Estruturas de Concreto.


2008. 56 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Civil, Universidade Federal de
Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008.

SOUZA, Vicente Custódio Moreira de; RIPPER, Thomaz. Patologia,


Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto. São Paulo: Pini, 1998.

VITÓRIO, A. Fundamentos da patologia das estruturas nas perícias de

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engenharia. Instituto Pernambucano de Avaliação e Perícias de Engenharia.
Recife, 2003.

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12. ENCERRAMENTO

O presente relatório técnico é composto de 104 (cento e quatro) páginas


impressas somente frente e rubricadas. Desta forma, responsabilizo-me pelas
informações relativas à inspeção realizada no subsolo do Edifício Cannes, que
fica localizado no endereço SQN 314 Bloco C, Asa Norte, Brasília - DF CEP
70.767-030.

Esse laudo técnico está registrado no Conselho Regional de Engenharia e


Agronomia – CREA/DF sob o número de Anotação de Responsabilidade Técnica
(ART) 0720180012527 CREA

Brasília, 21 de março de 2018.

___________________________________________________________
Engenheiro Civil DSc. Jorge Antônio da Cunha Oliveira
CREA 9788-D/PA

Bacharel em Engenharia Civil, pela Unama – Universidade da Amazônia (1996);


Mestre em Estruturas e Construção Civil, pela Universidade de Brasília (1999);
Doutor Estruturas e Construção Civil, pela Universidade de Brasília (2011);
Membro do IBAPE-DF (Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícia de Engenharia) sob
o número 201402024 (2014);
Pós Graduado em Engenharia Legal – Auditoria, Avaliações e Perícias de
Engenharia IPOG 2016;
Consultor em Engenharia Diagnóstica e em Gestão de Manutenção de Edificações;
Perito e Avaliador do Poder Judiciário Estadual e Federal.

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