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Pedro Rodrigues-1180900
Rui Sousa-1151466
1. Plataforma e extensões;
2. Tesouras;
3. Escolha dos materiais e processos de fabrico;
4. Cálculos ;
5. Elementos de ligação;
6. Casos de carga;
7. Sistema Hidráulico;
Para os cálculos assumiu-se a posição do elevador fechado, uma vez que é o caso mais crítico.
Foram também realizadas as análises dos elementos constituintes com base nos métodos
presentes no livro Mechanical Engineering Design, 8ª edição e em normas presentes no
Eurocódigo 3.
Para a modelação, assim como a verificação dos casos de carga dos componentes desenvolvidos,
recorreu-se à ferramenta de simulação do SolidWorks para a realização de testes de modo a
verificar as tensões e deformações máximas presentes nos componentes dimensionados.
A ferramenta Ftools foi utilizada para verificação das tensões de corte, assim como o momento
fletor máximo nas barras da tesoura, de modo a escolher o perfil mais adequado para o objetivo
pretendido.
Para o sistema hidráulico, analisou-se o caso critico no qual o elevador se encontra fechado,
uma vez que é o momento em que o hidráulico necessita de exercer um maior esforço para
conseguir elevar a plataforma.
Palavras chave (Tema): Caso mais crítico, casos de carga, momento fletor máximo, tensões e
deformações máximas.
Resumo ........................................................................................................................................ 3
Índice ............................................................................................................................................ 5
Índice de Figuras ........................................................................................................................ 7
Índice de Tabelas ....................................................................................................................... 9
Índice de Equações .................................................................................................................. 11
Acrónimos .................................................................................................................................. 13
1 Introdução .......................................................................................................................... 15
1.1 Enquadramento ............................................................................................ 15
1.2 Apresentação do Projeto .............................................................................. 15
1.3 Objetivos ...................................................................................................... 16
1.4 Mapa de Gantt .............................................................................................. 16
1.5 Organização do relatório............................................................................... 17
2 Elevadores Hidráulicos .................................................................................................... 19
2.1 Tipos de Elevadores Hidráulicos................................................................... 19
2.1.1 Elevador Hidráulico em Tesoura .................................................................... 19
2.1.2 Elevador Hidráulico de uma Coluna .............................................................. 20
2.1.3 Elevador Hidráulico de Duas Colunas........................................................... 20
2.1.4 Elevador Hidráulico de qutro Colunas ........................................................... 21
2.2 Material......................................................................................................... 21
2.3 Processos de fabrico .................................................................................... 22
2.3.1 Conformação plástica ...................................................................................... 23
2.3.2 Maquinagem ...................................................................................................... 24
2.3.3 Soldadura........................................................................................................... 25
2.3.4 Corte a Laser ..................................................................................................... 25
3 Desenvolvimento .............................................................................................................. 27
3.1 Plataforma .................................................................................................... 27
3.2 Extensões ..................................................................................................... 29
3.3 Tesouras ...................................................................................................... 31
3.3.1 Apoios de Articulação de Perfis ..................................................................... 32
3.3.2 Elementos de ligação entre perfis.................................................................. 35
3.3.3 Elementos de reforço entre perfis .................................................................. 37
3.3.4 Fixação do elevador ......................................................................................... 39
3.4 Hidráulico ..................................................................................................... 41
1.1 Enquadramento
Este relatório equivale a 60% da nota final, tendo uma nota mínima de 10 valores. Os restantes
40% estão divididos em dois elementos de avaliação, nomeadamente a Avaliação
Intermédia(20%) e a Apresentação e Defesa do trabalho(20%).
A primeira plataforma de elevação em tesoura foi patenteada em 1963 por Charles L. Larson.
No entanto, só em 1973 passou a ser produzida em série pela empresa JLG. Apesar desta ter
sido patenteada a mais de 50 anos, os princípios básicos continuam a ser utilizados atualmente.
São conhecidas como plataformas em tesoura devido ao facto de serem constituídas por pares
de vigas conectadas nos seus centros, formando um “X”. Dependendo do propósito de uma
determinada plataforma, esta pode possuir vários pares de tesoura.
Por fim é necessário fazer a verificação do sistema de travagem desenvolvido tanto a nível de
travagem, desaceleração por exemplo, como a nível mecânico, resistência mecânica do pedal
por exemplo.
Para a modelação dos componentes utilizou-se o SolidWorks, assim como a sua funcionalidade
de simulação para realizar os testes necessários à resistência dos mesmos. Para a análise das
tensões foi utilizada a ferramenta Ftools.
O diagrama de gantt, é uma ferramenta muito utilizada para ilustrar o avanço nas diferentes
etapas de um projeto. Este consiste em intervalos de tempo representados do inicio ao fim em
que, cada fase, aparece em forma de barras coloridas sobre o eixo horizontal do gráfico.
Na figura 1, pode-se observar a duração por nós estipulada dividida por tarefas.
A estrutura do relatório está divida em 6 capítulos distintos. No primeiro capítulo foi feita uma
introdução inicial do projeto desenvolvido, onde se enquadra o âmbito do trabalho que foi
realizado. É também neste capítulo que são apresentados os objetivos do projeto assim como
as características do mesmo.
Neste capítulo também são evidenciadas as características dos materiais mais utilizados na
produção dos componentes constituintes dos elevadores, assim como, uma explicação sobre os
diferentes processos de fabrico utilizados nos mesmos.
No quinto capítulo são apresentados os testes realizados a certos componentes para verificar a
sua resistência mecânica, demonstrando as tensões e deformações máximas que estes
apresentam de acordo com a sua geometria e material utilizado.
Por fim, no sexto capítulo, temos uma análise quanto aos objetivos propostos que foram
realizados e melhorias que se poderiam eventualmente realizar no futuro bem como as
conclusões quanto aos objetivos.
O elevador hidráulico em tesoura tal como podemos observar na figura 2, é constituído por
plataformas em tesoura, devido ao facto de serem constituídas por pares de vigas conectadas
nos seus centros, formando um “X”.
Estas plataformas possuem um hidráulico que aplica a força nas tesouras fazendo o elevador
subir, elevando assim o veículo.
O elevador hidráulico de uma coluna, que podemos observar na figura 3, é uma das escolhas
mais utilizadas para quem realiza trabalhos em garagens ou para o proprietário que não quer
ver comprometido o seu espaço permanentemente.
Este tipo de elevador pode ser utilizado em qualquer tipo de solo que esteja nivelado e permite
que o operador trabalhe em torno do carro para executar um serviço acessível.
O elevador de 2 colunas, figura 4, são um dos principais elementos de qualquer oficina mecânica.
É o tipo de elevador mais utilizado, principalmente devido à sua versatilidade em todos os tipos
de trabalhos de reparação, economizando espaço e preço.
2.2 Material
As suas características mecânicas alteram de acordo com a sua composição, seja em relação aos
elementos adicionados ou à percentagem dos mesmos presentes na liga.
O aço é essencialmente composto por ferro, tendo uma percentagem de carbono que pode
variar entre os 0,008% e os 2% aproximadamente. Pode também ter na sua composição silício,
fósforo e enxofre.
Para além dos materiais, existem outros fatores que condicionam a escolha dos processos de
fabrico. Aliás não é possível dissociar o material do processo de fabrico, sendo que é frequente
encontrar dois ou mais materiais associados a dois ou mais processos de fabrico distintos para
obter soluções equivalentes para determinado componente.
Outro fator a ter em conta é o número de peças a produzir, sendo completamente diferente
produzir 1 ou 2 peças (por exemplo protótipos), pequenas séries (por exemplo 500 peças) ou
grandes séries (por exemplo 1 milhão de peças).
Quando se pretende produzir protótipos, por exemplo, é frequente recorrer a processos como
a maquinagem, soldadura, ou até à fundição em areia que são processos que dispensam grandes
recursos (moldes metálicos), apesar de serem normalmente mais lentos para produzir grandes
séries.
Quando se trata de grandes séries, o fator custo e tempo são mais importantes sendo necessário
recorrer a processos com capacidade produtiva muito superior. Existem alguns processos
adaptados para séries médias (por exemplo peças obtidas com puncionadoras, algumas peças
forjadas). Pode-se afirmar que em todos os domínios (construção soldada, fundição,
conformação, maquinagem) é possível utilizar processos para todas as séries.
A solução deste problema da classificação dos processos de conformação plástica foi recorrer a
três tipos de classificações:
Outra das formas de classificação é relativa à espessura do produto (ou semi-produto), dividindo
os processos em dois tipos: conformação em massa e conformação em chapa.
Mesmo com estas divisões o processo de classificação é sempre algo confuso uma vez que no
mesmo processo de conformação (mesmo equipamento) podem ser obtidos produtos ou semi-
produtos, em massa e em chapa, a frio e a quente.
Talvez o processo mais útil de classificação seja o relativo à temperatura (quente ou frio) uma
vez que a maior parte dos trabalhos a frio são realizados em chapa ou em produtos com pequena
espessura (num grupo de equipamentos) enquanto que a grande maioria dos trabalhos a quente
são realizados em massa (noutro grupo de equipamentos).
A matéria prima deste processo são produtos de outros processos de fabrico: fundição,
conformação plástica ou soldadura.
Processo de fabrico que permite obter um dado componente através da união de um conjunto
de elementos simples (perfis, corpos maquinados, etc…) que são obtidos por outros processos
de fabrico. Utiliza um método de ligação de metais, permanente, assegurando continuidade
metálica, com propriedades mecânicas superiores aos metais base.
O segundo baseia-se na deformação localizada das partes a serem unidas, que pode ser
auxiliada pelo aquecimento dessas até uma temperatura inferior à temperatura de fusão,
conhecido como processo de soldagem por pressão ou processo de soldagem no estado sólido.
Além da função de unir permanentemente componentes um ao outro, este também serve para
recuperação e enchimento de peças, beneficiação superficial e corte.
Relativamente à matéria prima deste processo, são usados produtos de outros processos de
fabrico como fundição, conformação plástica e maquinagem.
O corte a laser é um processo de separação com o qual os materiais metálicos e não metálicos
de diversas espessuras são cortados.
Este processo consiste no guiamento do laser sobre a peça de modo a delinear o corte a ser
feito. Quando o laser é direcionado para a peça, o material aquece de tal forma que derrete ou
vira vapor. Geralmente toda a potência laser se concentra num ponto com menos de meio
milímetro de diâmetro.
Se nesse ponto for colocado mais calor do que aquela que o material consegue conduzir, o raio
laser perfura totalmente o material.
3.1 Plataforma
O material utilizado foi o aço S355 e a plataforma obteve-se pelo processo de quinagem de uma
chapa de 5 mm de espessura, obtendo a forma apresentada na figura 6.
Para o processo de quinagem, é necessário ter atenção ao seguinte aspeto: tendo em conta as
medidas presentes na figura 7, é necessário que a medida “b” seja inferior à medida “a” e a
medida “c” inferior à medida “b”, para que seja possível quinar sem que a peça interfira no
funcionamento da máquina.
Estes são feitas em aço (aço S355) e obtiveram-se através do processo de corte a laser, sendo
posteriormente maquinados para a obtenção dos furos e respetivas tolerâncias.
À plataforma também foram soldadas duas chapas de 5 mm de espessura que servem de guia
para as extensões, tal como se pode observar na figura 9.
São também feitas com o aço S355 e são obtidas através de corte a laser de uma chapa de 5 mm
de espessura.
Além das chapas de guia, foram ainda soldadas mais duas chapas de reforço de 5 mm de
espessura, aonde se irão deslocar os rolamentos dos braços exteriores das tesouras.
Na figura 10, pode-se observar estas mesmas chapas e a sua posição final após soldadas.
3.2 Extensões
A extensão é produzida com duas barras de aço S355 de 20 mm de espessura, figura 11, nas
quais serão soldadas uma chapa quinada de 10 mm de espessura numa das extremidades das
barras, tal como se observa na figura 12.
Por fim soldou-se uma chapa de aço S355 de 5 mm de espessura no final de cada extensão, para
aumentar a resistência da extensão à flecha, tal como se pode observar na figura 14.
Este é constituído por uma chapa de 8 mm que é soldada à extensão e por outra que é
aparafusada à plataforma por meio de um parafuso M6.
3.3 Tesouras
Figura 16 - Tesouras.
A ligação entre cada par de tesouras é feita através de dois tipos de apoios: apoios que são
introduzidos na parte interior das barras sendo posteriormente soldados, figura 17, ou apoios
que são soldadas às laterais exteriores das barras, figura 18.
Os dois pares de barras diferem-se um do outro apenas no tipo de apoios de articulação que
levam.
No conjunto inferior, cada uma das barras leva um apoio interior numa extremidade e dois
exteriores na outra extremidade, figura 20, enquanto que, no conjunto superior cada uma das
barras leva apenas dois apoios interiores, um em cada extremidade como se pode observar na
figura 21.
A ligação entre dois perfis, tal como se pode observar na figura 24, é realizada por um veio oco
que vai ser soldado no interior do perfil para permitir que este o salvaguarde do esmagamento
do mesmo aquando da sua montagem, no seu interior introduziu-se um casquilho (identificado
a amarelo), de modo a permitir a livre rotação do perfil em torno do veio tal como se pode
observar na figura 25.
Nesta montagem decidiu-se também utilizar uma arruela de encosto que estará localizada
numa pequena folga que irá existir entre a ligação dos dois perfis para que a mesma previna o
atrito entre os materiais, figura 26.
A ligação dos perfis aos apoios fixos utiliza o mesmo princípio que foi mencionado
anteriormente.
Além das chapas, também foram soldados dois tubos de aço circulares a unir os dois conjuntos
de tesouras nas extremidades onde se localizam os rolamentos, figura 30.
Todos estes reforços são do mesmo material que os perfis, ou seja, Aço S355.
A esta chapa serão soldados 4 apoios fixos como se pode observar na figura 32, que utilizam o
mesmo princípio e mecanismos de ligação das tesouras com a plataforma.
Na outra extremidade da chapa são soldadas duas chapas quinadas de 5mm de espessura que
servem de guiamento para os rolamentos tal como podemos observar na figura 33.
Com todos os cálculos realizados facilmente se percebe a força necessária para o elevador
projetado, com isso, posteriormente passaríamos à fase de pesquisa de um elevador real que
estivesse de acordo com os objetivos necessários para este projeto. Obtendo as dimensões
reais do mesmo, procederíamos a um dimensionamento mais cuidado e com mais detalhe de
todos os componentes.
Sendo que se utilizou um modelo existente, grande parte dos componentes foram
dimensionados para transparecer a ideia que se intencionou na criação deste projeto, mas
sempre limitados às dimensões do hidráulico modelo.
• Braço superior;
• Chapa quinada + componentes de engrenamento;
• Chapa de reforço do braço superior;
Na figura 36 pode-se observar todos estes componentes em funcionamento para que se possa
perceber como interagem.
Por fim, pode-se observar na figura 37 este mesmo conjunto já aplicado no elevador.
O elevador deve suportar um veículo de com o peso 3500 kg. No entanto, para o
dimensionamento do mesmo, foi aplicado um coeficiente de segurança de 1.25 de acordo com
a Equação 1:
Equação 1.
𝑃 = 3500 × 1.25
𝑃 = 4375 𝑘𝑔
O peso do veículo não é uniformemente distribuído, uma vez que existe sempre um eixo no qual
incide mais carga do que no outro.
Com isto, decidiu-se repartir o peso do veículo em 60% para o eixo frontal e 40 % para o eixo da
retaguarda, sendo o peso do veículo à frente calculado através da Equação 2 e o peso do veículo
à retaguarda calculado através da Equação 3.
Equação 2.
Equação 3.
4.1 Plataforma
A análise seguinte terá em conta o momento inicial de subida do elevador, pois foi considerado
o momento mais critico devido aos esforços aplicados pelo hidráulico.
Começou-se então por analisar os esforços na plataforma, onde se realizou o diagrama de corpo
livre do mesmo, figura 39.
∑ 𝐹𝑥 = 0 ⇔ 𝐴𝑥 = 0
∑ 𝐹𝑦 = 0 ⇔ 𝐴𝑦 + 𝐵𝑦 − 𝑃𝑓 − 𝑃𝑟 = 0
𝐴𝑥 = 0 𝑁
𝐴𝑦 = 13001,66 𝑁
𝐵𝑦 = 8457,71 𝑁
4.2 Tesouras
Tendo as reações nos apoios da plataforma, pode-se agora avançar para o cálculo das reações
nas tesouras.
É de relembrar que cada plataforma tem dois conjuntos de tesouras a suportá-la. Como estas
são iguais, basta analisar apenas um dos conjunto. Isso implica que seja necessário dividir as
reações dos apoios A e B para metade. Além disso, foram apenas analisadas o par de tesouras
nas quais atua o hidráulico, pois são as que sofrem um maior esforço, nomeadamente a Barra
ACE e a Barra BCD, figura 40.
De acordo com o diagrama de corpo livre, as equações da barra ACE ficam da seguinte maneira:
∑ 𝐹𝑥 = 0 ⇔ 𝐶𝑥 + 𝐸𝑥 + 𝐹ℎ × 𝐶𝑜𝑠(α) = 0
𝐴𝑦
∑ 𝐹𝑦 = 0 ⇔ − + 𝐶𝑦 + 𝐸𝑦 + 𝐹ℎ × 𝑆𝑒𝑛(α) = 0
2
𝐴𝑦 𝐿𝐵 𝐿𝐵
∑ 𝑀𝐸 = 0 ⇔ × 𝐿𝐵 × 𝐶𝑜𝑠(𝛽) − 𝐶𝑦 × × 𝐶𝑜𝑠 (𝛽) − 𝐶𝑥 × × 𝑆𝑒𝑛(𝛽)
2 2 2
− 𝐹ℎ × 𝐶𝑜𝑠(𝛼) × 𝐷𝐹ℎ × 𝑆𝑒𝑛(𝛽) − 𝐹ℎ × 𝑆𝑒𝑛(𝛼) × 𝐷𝐹ℎ × 𝐶𝑜𝑠(𝛽) = 0
Como temos mais incógnitas do que equações, ainda não é possível determinar os valores das
reações da barra ACE.
Por isso passa-se agora para o estudo da barra BCD, tendo o seu diagrama de corpo livre na
figura 42.
∑ 𝐹𝑥 = 0 ⇔ 𝐷𝑥 − 𝐶𝑥 = 0
𝐵𝑦
∑ 𝐹𝑦 = 0 ⇔ 𝐷𝑦 − 𝐶𝑦 − =0
2
𝐵𝑦 𝐿𝐵 𝐿𝐵
∑ 𝑀𝐷 = 0 ⇔ − × 𝐿𝐵 × 𝐶𝑜𝑠(𝛽) − 𝐶𝑦 × × 𝐶𝑜𝑠(𝛽) + 𝐶𝑥 × × 𝑆𝑒𝑛(𝛽) = 0
2 2 2
Agora tem-se 6 equações para 7 incógnitas, o que nos torna impossível de resolver o sistema.
Por isso, utilizou-se um processo iterativo dando valores à força hidráulica (Fh) até que o valor
de Ey passasse a ser negativa, significando que o elevador passaria a estar em movimento. O
valor de Fh para o qual Ey passa a ser negativo é de 33 KN. No entanto optou-se por utilizar um
hidráulico que exercesse uma força de 35 KN, de modo a ter alguma margem de segurança. Com
os cálculos efetuados, os valores das reações nos apoios das tesouras são os seguintes:
Agora, é necessário escolher um perfil para as barras que aguente os esforços provocados.
Primeiro, como os eixos X e Y não estão alinhados com os eixos das barras, é necessário rebater
as forças calculadas para os eixos das barras de maneira a ter forças de corte e forças axiais. Só
será analisada a barra ACE neste estudo, uma vez que é onde o hidráulico atua, fazendo com
que esta seja a mais critica.
Na figura 43, observa-se o diagrama de corpo livre da barra ACE com as forças rebatidas sobre
os seus eixos, sendo apresentados os valores logo de seguida.
𝐴𝑥𝑟 = 0,7 𝐾𝑁
𝐴𝑦𝑟 = 5,8 𝐾𝑁
𝐶𝑥𝑟 = 52,9 𝐾𝑁
𝐶𝑦𝑟 = 3,3 𝐾𝑁
𝐹ℎ𝑥 = 32,2 𝐾𝑁
𝐹ℎ𝑦 = 13,7 𝐾𝑁
𝐸𝑥𝑟 = 86 𝐾𝑁
𝐸𝑦𝑟 = 11,1 𝐾𝑁
De acordo com os diagramas presentes na figura 44, conclui-se que a secção crítica da barra é
aonde está aplicada a força do hidráulico, possuindo neste ponto os seguintes esforços
máximos:
𝑁 = 77,3 𝐾𝑁
𝑉 = 9,6 𝐾𝑁
𝑀𝑓 =4,8 KNm
Na figura 45, estão presentes algumas características do perfil escolhido e na tabela 1, algumas
informações necessárias que foram fornecidas pelo fabricante sobre este perfil.
A 𝟏𝟎, 𝟒 × 𝟏𝟎−𝟒
Ixx 75,1 × 10−8
Iyy 24,6 × 10−8
Equação 4 .
77,3 × 103
𝜎𝑁 = = 74,33 𝑀𝑃𝑎
10,4 × 10−4
Equação 5 .
𝐿 1,301
Como se trata de uma viga esbelta e 𝐻
= 0,08
= 16,26 > 10, pode-se desprezar a tensão
originada pelo esforço transverso, calculando assim a tensão de Von Mises equivalente através
da equação 6:
Equação 6 .
Uma vez que 266,24 < 355 MPa, o perfil escolhido suporta os esforços impostos logo
pode ser usado no dimensionamento do elevador.
Para a realização do teste foi necessário descobrir qual o valor da força a usar. Tendo em conta
que o caso de estudo era com o elevador na sua posição inicial, onde os perfis fazem 5° com a
horizontal e o hidráulico 10° com a horizontal.
Com estes dados, descobriu-se que a força necessária para elevar o elevador era de 55KN e
obtiveram-se as seguintes reações:
𝐴𝑥 = 0
𝐴𝑦 = 11,8 𝐾𝑁
𝐵𝑦 = 9,6 𝐾𝑁
Cx = 74,9 KN
𝐶𝑦 = −3,1 𝐾𝑁
𝐷𝑥 = 74,9 𝐾𝑁
𝐷𝑦 = 1,7 𝐾𝑁
𝐸𝑥 = −129 𝐾𝑁
𝐸𝑦 = −0,6𝐾𝑁
Sendo que 129 KN na articulação “E” é o valor máximo atingido, foi esta a força utilizada na
realização dos testes à resistência às articulações de perfis e apoios fixos. Iniciou-se pela
articulação que é soldada à lateral exterior do perfil, que será chamada de articulação exterior.
Como se pode observar na figura 47, são usadas 2 articulações exteriores para suportar o
esforço, ou seja, cada uma terá de suportar apenas metade da força máxima, ou seja, 64,5 KN.
Para a realização do teste, foi necessário decidir quais as características a impor de maneira a
que o teste esteja o mais próximo da realidade. Todas estas características e informações
foram organizadas na tabela 2, para uma melhor organização. É de referenciar que as imagens
da articulação encontradas na tabela 2 são apenas imagens da versão final da mesma, pois
esta sofreu alterações ao longo do seu desenvolvimento.
Geometria
fixa
Número de faces 1
Controlo
deslizante
Número de faces 1
Versão 65
1
Força de Valor da Força Versão 57
Rolamento [N] 2
Versão 40
Final
Direção da Força X
Detalhes da Mesh
Tipo de Mesh Mesh curva
Qualidade da Mesh Alta
Tamanho do elemento [mm] 5,83673
Total de Nós 17458
Total de Elementos 10708
Imagem
Como se pode observar pelos resultados, a articulação exterior não suporta o esforço exigido.
Por isso, a solução encontrada foi diminuir a altura do furo em relação ao eixo do perfil para 25
mm. Repetiu-se o teste e obteve-se o resultado demonstrado na figura 50.
Figura 50 - Tensão de Von Mises segunda versão da articulação exterior com o furo a 25mm.
Além deste reforço, fizemos uma alteração no ângulo que o hidráulico faz com a horizontal
quando o elevador está na posição inicial. Em vez deste começar o movimento com 10◦, passou
a começar com 15◦, sendo agora necessária uma força no hidráulico de 35 KN para fazer o
elevador subir, o que perfaz as seguintes reações:
𝐴𝑥 = 0
𝐴𝑦 = 11,8 𝐾𝑁
𝐵𝑦 = 9,6 𝐾𝑁
Cx = 79KN
𝐶𝑦 = −2,4 𝐾𝑁
𝐷𝑥 = 79 𝐾𝑁
𝐷𝑦 = 2,4 𝐾𝑁
𝐸𝑥 = −113 𝐾𝑁
𝐸𝑦 = −0,7𝐾𝑁
Com a nova força máxima e redesenhada a articulação exterior, realizou-se o teste novamente
mas desta vez com 57 KN, obtendo os resultados demonstrados na figura 52. De acordo com os
resultados a articulação já suporta os esforços exigidos.
Geometria
fixa
Número de faces 1
Versão -113
Força de 1
Rolamento Versão -113
2
Versão -80
Final
Sentido da força X
Detalhes da Mesh
Tipo de Mesh Mesh curva
Qualidade da Mesh Alta
Tamanho do elemento [mm] 6,82937
Total de Nós 14329
Total de Elementos 9182
Imagem
Tendo tudo definido passou-se à realização do teste, onde se obtiveram os resultados que se
pode observar na figura 54.
Como resolução deste problema, optou-se por diminuir a altura do furo em relação ao eixo do
perfil tal como se fez na outra articulação. Passou-se assim então de 65mm para 50mm.
Não se podia reduzir mais esta medida pois ia implicar que os perfis batessem uns nos outros
quando o elevador estivesse fechado. Assim sendo, testou-se a articulação interior com a nova
altura do furo obtendo os resultados demonstrados na figura 55.
Tendo em conta que mesmo assim ainda continua muito longe de conseguir suportar os esforços
exigidos, foi necessário arranjar uma solução mais eficaz. Para isso voltou-se a redesenhar tanto
as articulações interiores como as exteriores e alteramos os ângulos que os perfis e o hidráulico
fazem com a horizontal quando o elevador está fechado.
Com estes novos dados, voltaram-se a realizar os cálculos tendo-se obtido os seguintes valores:
𝐴𝑥 = 0
𝐴𝑦 = 13 𝐾𝑁
𝐵𝑦 = 8,4 𝐾𝑁
Cx = 44,2 KN
𝐶𝑦 = −3 𝐾𝑁
𝐷𝑥 = 44,2 𝐾𝑁
𝐷𝑦 = 1,2 𝐾𝑁
𝐸𝑥 = −77,9 𝐾𝑁
𝐸𝑦 = −0,1𝐾𝑁
Realizou-se o teste, mas agora com uma força de 40 KN e obteve-se os resultados presentes na
figura 57 para a tensão de Von Mises.
Como 304<355 MPa, conclui-se que a articulação exterior suporta os esforços provocados.
Realizou-se então novamente o teste, mas desta vez com uma força de 80 KN. A figura 59
demonstra as tensões de Von Mises presentes na peça.
5.2 Plataforma
Para a realização do teste, foi necessário decidir quais as características a impor de maneira
que o teste se aproxime ao máximo à realidade. Todas estas características e informações
foram organizadas na tabela 4, para uma melhor organização.
Geometria fixa
Número de 1
faces
Força 1 Valor da 12900
Força [N]
Sentido da Y
força
Número de 1
faces
Valor da 8600
Força 2 Força [N]
Sentido da Y
força
Detalhes da Mesh
Tipo de Mesh Mesh curva
Qualidade da Mesh Alta
Tamanho do elemento [mm] 29,1498
Total de Nós 26927
Total de Elementos 13199
Imagem
Tendo tudo definido partiu-se para a realização do teste onde se analisou a tensão de Von
Mises, figura 60.
Os apoios fixos foram simulados para a força máxima presente no elevador tal como se fez
para as articulações entre perfis. No entanto, como se pode observar na figura 61, são dois
apoios a suportar o esforço e por isso, será usada a força de 40 KN em vez dos 80 KN.
Informações do Modelo
Massa [Kg] 0,61
Informações do Material
Nome Aço AISI 1020
Tensão de 350
cedência [MPa]
Módulo Elástico 205
[GPa]
Razão de Poisson 0,29
Densidade [Kg/m3] 7870
Características do Teste
Nome Imagem Detalhes
Número de 1
faces
Geometria fixa
Número de 1
faces
Carga de Valor da 40000
Rolamento Força [N]
Sentido da Y
força
Detalhes da Mesh
Tipo de Mesh Mesh curva
Qualidade da Mesh Alta
Tamanho do elemento [mm] 4,70572
Total de Nós 11895
Total de Elementos 7494
Imagem
5.4 Extensões
As extensões são compostas por uma plataforma e pelas barras que a suportam. Assim sendo,
foram realizadas simulações à plataforma da extensão e às barras em separado.
Cada plataforma suporta metade do peso do veículo. Como a distribuição do peso do veículo
não é uniforme, assumiu-se 60% para a frente 40 % para trás sendo que se testou a extensão
com os 60% pois é a extensão que sofre um maior esforço. Isto significa que na extensão a
analisar, ser-lhe-á aplicada uma força de 12,9 KN.
5.4.1Barra da extensão
No entanto, cada extensão é composta por duas barras, fazendo com que cada uma tenha de
suportar apenas 6,45 KN. Além da força, também foi necessário decidir quais as características
a impor de maneira que o teste se aproxime ao máximo à realidade. Todas estas características
e informações foram organizadas na tabela 6 para uma melhor organização.
Geometria fixa
Número de 1
faces
Carga de Valor da 6500
Rolamento Força [N]
Sentido da Y
força
Detalhes da Mesh
Tipo de Mesh Mesh curva
Qualidade da Mesh Alta
Tamanho do elemento [mm] 14,382
Total de Nós 66250
Total de Elementos 40971
Imagem
Após análise, conclui-se que esta estaria sobredimensionada e por isso, optou-se por diminuir a
espessura da barra de 30 para 20mm e realizaram-se novamente os testes. Na figura 64
demonstramos as tensões de Von Mises.
De acordo com os resultados obtidos, conclui-se que as barras das extensões suportam os
esforços exigidos.
5.4.2Plataforma da extensão
Informações do Modelo
Massa [Kg] 15,3
Informações do Material
Nome Aço AISI 1020
Tensão de cedência [MPa] 350
Módulo Elástico [GPa] 205
Razão de Poisson 0,29
Densidade [Kg/m3] 7870
Características do Teste
Nome Imagem Detalhes
Número 4
de faces
Geometria
fixa
Número 1
de faces
Força 1 Valor da 12900
Força [N]
Sentido Y
da força
Detalhes da Mesh
Tipo de Mesh Mesh curva
Qualidade da Mesh Alta
Tamanho do elemento [mm] 10,401
Total de Nós 36276
Total de Elementos 19163
Imagem
É de referenciar que a plataforma da extensão que foi usada no teste é ligeiramente diferente
da real uma vez que a de teste é fechada num dos lados de modo a representar a chapa que é
soldada de maneira a simplificar o teste.
Com isto, aumentou-se a espessura da chapa para 10 mm , tendo assim suportado os esforços
exigidos como se pode observar na figura 66.
De acordo com os resultados conclui-se que que a plataforma da extensão suporta os esforços
exigidos.
Foram calculadas as forças aplicadas no sistema quando este está no início da sua subida pois
é o momento mais crítico devido à baixa inclinação que os hidráulicos fazem com a horizontal.
Foi realizada uma análise estrutural a todos os elementos e ligações entre os perfis e foram
escolhidos materiais que tivessem uma tensão de cedência maior do que a tensão de von
Mises aplicada nos elementos.
A utilização do Excel mostrou-se bastante útil neste projeto uma vez que facilitou bastante o
processo iterativo existente no dimensionamento do elevador, nomeadamente na
determinação da força do hidráulico necessária para elevar o elevador.
Existem ainda alguns aspetos que podiam ser aprofundados, tal como o travão e apoios do
hidráulico, onde numa próxima etapa consistiria em comprar um hidráulico com a força
necessária, e de acordo com esse, desenvolver os apoios e o travão de modo a garantir o bom
funcionamento.
Além deste aspeto, poder-se-ia tentar rentabilizar ao máximo cada peça, fazendo com que
certos elementos desenvolvidos não ficassem sobredimensionados assim como tentar
encontrar geometrias que permitissem diminuir o peso dos elementos ou usar um material
mais adequado e de preço acessível. Também seria interessante elaborar o orçamento para a
obtenção do elevador.
Brake Handbook.