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Pedro Rodrigues
1180900
Entrega dia:21/06/2021
Inicialmente organizado o tempo que havia até à entrega final com o que era necessário
desenvolver e decidir a ordem de trabalho a seguir. Por isso elaborou-se também um mapa de
Gantt de modo a ter um maior controlo sobre a evolução do projeto como também do tempo
restante até à entrega do mesmo.
Foram também estudadas normas ergonómicas para alguns componentes uma vez que alguns
deles têm contacto direto com o condutor e afetam diretamente o seu conforto e desempenho
quando este está a conduzir.
Por fim foram realizados os desenhos 2D dos componentes onde podem ser consultadas as
dimensões dos componentes.
Resumo ........................................................................................................................................ 3
Índice ............................................................................................................................................ 5
Índice de Figuras ........................................................................................................................ 7
Índice de Tabelas ..................................................................................................................... 11
Índice de Equações .................................................................................................................. 13
Acrónimos .................................................................................................................................. 15
1 Introdução .......................................................................................................................... 17
1.1 Enquadramento ........................................................................................................ 17
1.2 Apresentação do Projeto ......................................................................................... 17
1.3 Objetivos .................................................................................................................... 18
1.4 Mapa de Gantt .......................................................................................................... 19
1.5 Organização do relatório ......................................................................................... 20
2 Sistema de travagem para um automóvel .................................................................... 21
2.1 Quais os diferentes componentes existentes atualmente? ............................... 21
2.1.1 Pedaleira ............................................................................................................ 21
2.1.2 Bomba hidráulica .............................................................................................. 22
2.1.2.1 Bomba hidráulica simples ....................................................................... 24
2.1.2.2 Bomba Hidráulica Tandem ...................................................................... 25
2.1.3 Balança repartidora de travagem ................................................................... 26
2.1.4 Sistemas de travagem ..................................................................................... 27
2.1.4.1 Travão de tambor ..................................................................................... 28
2.1.4.2 Travão de disco ........................................................................................ 30
2.2 Materiais..................................................................................................................... 32
2.3 Processos de fabrico................................................................................................ 33
2.3.1 Fundição ............................................................................................................ 33
2.3.2 Conformação plástica ...................................................................................... 34
2.3.3 Maquinagem ...................................................................................................... 35
2.3.4 Soldadura........................................................................................................... 36
3 Ergonomia ......................................................................................................................... 37
4 Desenvolvimento .............................................................................................................. 41
4.1 Pedaleira .................................................................................................................... 41
4.1.1 Pedal Box........................................................................................................... 41
4.1.2 Pedal do travão ................................................................................................. 45
F-Força
P- Pressão
r-Raio ótimo
Rroda-Raio da roda
Mmax- Maximo de massa que o veiculo pode possuir para respeitar a desaceleração mínima.
a-desaceleração do veículo
1.1 Enquadramento
Este relatório equivale a 60% da nota final , tendo uma nota mínima de 10 valores. Os restantes
40% então divididos em dois elementos de avaliação, nomeadamente a Entrega
Intermédia(20%) e a Apresentação e Defesa do trabalho(20%).
Por fim é necessário fazer a verificação do sistema de travagem desenvolvido tanto a nível de
travagem, desaceleração por exemplo, como a nível mecânico, resistência mecânica do pedal
por exemplo.
❖ Pedaleira completa
❖ Fixação ao teto
❖ Com balança repartidora
❖ Com 1 ou 2 bombas simples
❖ Pinça fixa de 2 êmbolos
❖ Disco de 22 mm de espessura
❖ Disco com 220 mm de diâmetro
Para a modelação dos componentes usei o SolidWorks assim como a sua funcionalidade de
simulação para realizar os testes necessários à resistência dos componentes.
1.3 Objetivos
-O material escolhido ser adequados para os processos de fabrico aos quais serão submetidos.
Na Figura 1 está apresentado o mapa de Gantt que demonstra a organização do tempo ao longo
das 14 semanas de acordo com as várias etapas que o projeto exigia de modo a ter uma maior
noção da nossa evolução. Os espaços coloridos representam o tempo que havia sido estipulado
para a realização de certa tarefa. O “x” representam as semanas nas quais essas tarefas
começaram ou estavam a ser realizadas. Assim sendo, se aparecer um x antes da zona colorida
significa que comecei essa tarefa antes do tempo e se o x aparecer após a zona colorida, significa
que a respetiva tarefa foi concluída após o tempo estipulado.
A estrutura do relatório está divida em 8 capítulos distintos. No primeiro capítulo é feita uma
introdução inicial do projeto desenvolvido, onde se enquadra o âmbito do trabalho que foi
realizado. É também neste capítulo que são apresentados os objetivos do projeto assim como
as características do mesmo.
No sexto capítulo são demonstrados os testes realizados a certos componentes para verificar a
sua resistência mecânica, mostrando as tensões e deformações máximas que estes apresentam
de acordo com a sua geometria e material utilizado.
Por fim, no sétimo capítulo temos uma análise quanto aos objetivos propostos que foram
realizados, melhorias que se poderia realizar no futuro e as conclusões tiradas quanto aos
resultados.
2.1.1 Pedaleira
A pedaleira pode ser fixa de três maneiras distintas: ao chão, ao teto e ao teto reverse,
representadas pela Figura 2 , Figura 3 e Figura 4 respetivamente.
Figura 2-Pedaleira com fixação ao chão Figura 3-Pedaleira com fixação ao teto
Assim sendo, é importante que a pedaleira esteja bem dimensionada de modo que o seu uso
seja intuitivo. É necessário também que estes sejam confortáveis à posição do pé e que
executam a sua função sem quaisquer problemas ou interferências.
Respetivamente ao material utilizado no fabrico das pedaleiras, temos o alumínio e o aço como
os mais utilizados devido às suas propriedades mecânicas.
A bomba hidráulica é a responsável por transmitir a força para as pinças através de óleo quando
este é comprimido na bomba por meio de um pistão.
Antes de explicar as diferenças entre os dois tipos de bombas, é necessário referenciar que o
sistema de travagem é constituído por pelo menos dois sistemas hidráulicos independentes,
sendo o uso de dois o mais comum, ou seja, um sistema hidráulico para cada duas rodas. Isto
para evitar que em caso de aparecimento de alguma fuga no sistema hidráulico, o veículo não
perca os quatro travões de uma só vez. Com dois sistemas independentes, em caso de fuga num
deles, apenas duas rodas serão afetadas, permitindo ao condutor conseguir mesmo assim
imobilizar o veículo.
Na ligação em X , tem-se as rodas das diagonais ligadas ao mesmo sistema hidráulico enquanto
que na ligação em H , temos um sistema hidráulico para as rodas da frente e outro para as rodas
traseiras.
A bomba hidráulica simples está encarregue de transmitir a força de travagem para duas rodas.
Assim sendo, precisaremos sempre de duas bombas simples no sistema para transmitir a força
de travagem para as quatro rodas. Na Figura 8 podemos observar a constituição de uma bomba
hidráulica simples.
O Pushrod ou haste que é ligado ao pedal, empurra o pistão fazendo-o pressurizar o fluido
conforme o pedal vai avançando. Inicialmente, algum deste é deslocado para o reservatório que
se encontra em cima da bomba através do orifício de compensação até que o pistão tape este
mesmo por completo, impedindo o fluido de sair. A partir desse momento o fluido é
pressurizado, transmitindo esta pressão para as pinças e consequentemente para o disco,
fazendo o veículo desacelerar.
Quando se deixa de pressionar o pedal do travão, este recua por meio da mola de retorno que
ficou comprimida ao pressionar o pedal. Quando o pistão já estiver recuado o suficiente para
destapar o orifício de entrada de fluido, o fluido volta a entrar para a bomba hidráulica e assim
sucessivamente.
Estas bombas hidráulicas são as que nos permitem ter a possibilidade de alterar a repartição de
travagem nos dois pares de pneus, uma vez que temos duas bombas. Consegue-se isto alterando
a força que cada umas das bombas recebe por meio de uma balança repartidora, que será falado
mais à frente, que aparece antes da bomba hidráulica.
A bomba tandem funciona exatamente como se fossem duas bombas simples uma vez que este
tipo de bomba já tem dois sistemas hidráulicos independentes dentro de uma só carcaça.
Como se pode observar na Figura 9, numa bomba tandem tem-se dois reservatórios
independentes, com um orifício de compensação e um orifício Fluid-Intel Port cada um, tendo
também um pistão e uma mola de retorno para cada sistema.
No entanto , a haste que trasmite a força do pedal para a bomba é a mesma para ambos os
circuitos , ou seja, com uma bomba tandem, primeiro atua um sistema e só depois atua o outro.
Por isso , normalmente o primeiro pistão a atuar,nominado por pistão principal, é destinado
para as rodas da frente e o segundo,nominado de pistão secundário, é destinado para as rodas
traseiras, umas vez que numa travagem temos uma tranferência de peso e a travagem é mais
eficiente nas rodas frontais.
A força exercida no pedal é aplicada numa zona da balança repartidora. A distância a que esta
dista das hastes das bombas hidráulicas é que vai ditar a força que vai ser aplicada em cada
bomba.
Vejamos o exemplo da Figura 11 onde temos uma força aplicada a uma mesma distância de
ambas as hastes, recebendo a duas bombas hidráulicas a mesma força.
Mas caso desloquemos o ponto de aplicação da força mais para a direita por exemplo, por meio
do equilíbrio mecânico a bomba hidráulica da direita irá receber uma força superior à da bomba
da esquerda.
Relativamente ao material usado na fabricação destes componentes temos o aço como o mais
comum.
Como dizia Newton: “Todo corpo continua no seu estado de repouso ou de movimento uniforme
em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre
ele.”. Assim sendo, para imobilizar um veículo, é necessário aplicar uma força resistente ao
movimento do veículo.
As soluções criadas variaram muito desde que esta necessidade de imobilizar os veículos foi
inventada. No entanto, o princípio foi sempre o mesmo, que era aplicar a força de travagem nas
rodas.
Inicialmente esta força era aplicada diretamente na roda, sendo como exemplo o caso
apresentado na Figura 13. Com tempo, e com a evolução do ramo automóvel, em vez de aplicar
a força nas rodas, passou-se a aplicá-la num componente preso solidariamente às rodas.
Quando o conceito de aplicar a força de travagem num componente da roda foi criado, a
primeira solução a aparecer foram os travões de tambor. Neste tipo de travões, a força
resistente é provocada pelo contacto entre as maxilas e o tambor.
A força proveniente da bomba hidráulica chega ao bombito, “wheel cylinder”, existente dentro
do tambor que com o aumento da pressão, vai exercer força sobre as maxilas para que estas
encostem no tambor e assim, imobilizar o veículo. O bombito pode ser de simples efeito ou de
duplo efeito, caso atue num sentido ou em dois sentidos respetivamente.
O retorno das maxilas quando o condutor deixar de exercer força de travagem, é garantido pelo
uso de molas de retorno que foram esticadas devido ao deslocamento das maxilas.
Como observamos, a força de travagem é aplicada num dos topos das maxilas fazendo com a
que a pressão nessa zona seja elevada, mas em contrapartida, a pressão na outra extremidade
da maxila vai ser bastante reduzida. Esta distribuição de pressão pode ser analisada na Figura
17 ,sendo que no exemplo da figura, temos dois bombitos de simples efeito, ou seja, temos um
bombito em cima a exercer força para um sentido e temos outro em baixo a exercer força para
o outro sentido.
Além desta grande variação de pressão ao longo das maxilas, temos um outro problema que é
o sobreaquecimento que esta solução sofria com travagens bruscas ou travagens consecutivas.
O facto de toda a ação de travagem ser exercida dentro do tambor, faz com que não haja um
sistema eficaz de arrefecimento capaz de impedir que se atingissem temperaturas muito
elevadas provocando assim o aparecimento sujidade/impurezas que se acumulam entre o
O travão de disco é constituído por um disco, uma pinça e duas pastilhas que são o componente
de atrito.
Esta solução é mais fiável do que o travão de tambor apresentando vantagens como o disco
estar em contacto com o ar permitindo que este seja arrefecido, apresentar uma distribuição de
pressão mais uniforme e sendo mais leve. Em contrapartida tem um custo maior.
Dentro dos travões de disco, estes podem apresentar duas soluções distintas. Podemos ter
travões de disco com pinça fixa ou com pinça flutuante, Figura 18 e Figura 19 respetivamente.
Os travões de disco possuem um ou mais cilindros nas pinças que recebem o fluido proveniente
da bomba hidráulica, provocando um aumento de pressão dentro da mesma. Este aumento de
pressão irá provocar uma força no pistão que está em contacto com a pastilha, fazendo com que
esta entre em contacto com o disco fazendo-o parar.
As pinças fixas possuem cilindros nos dois lados, fazendo assim com que tenhamos sempre um
número par de cilindros, pois os que temos num dos lados, temos no outro igual.
Cada cilindro de uma pinça fixa é alimentado diretamente pela bomba hidráulica, atuando todos
os pistões ao mesmo tempo. Com isto temos uma maior distribuição de pressão, e temos os dois
lados da pinça a exercer a mesma força, Figura 20.
Por outro lado, as pinças flutuantes apenas possuem cilindros num dos lados da pinça, sendo o
outro lado movimentado solidáriamente.
Esta apresenta uma carcaça única, para que quando a pastilha juntamente com o pistão
entrarem em contacto com o disco, o pistão irá empurrar a pinça para trás fazendo o outro lado
entrar em contacto com disco
A partir desse momento começa-se a exercer a força de travagem imobilizando assim o veículo.
O modo de atuação deste tipo de pinças pode ser observado na Figura 21.
Relativamente ao disco, este é normalmente feito de ferro fundido devido à sua resistência à
corrosão e baixo custo. No mundo de competição ou nos veículos superdesportivos esses podem
ser feitos de cerâmica devido ao seu peso reduzido.
Nas últimas décadas surgiu um movimento mundial muito forte para reduzir a emissão de CO2
proveniente do consumo de combustível, já que o gás contribui para o efeito estufa, e
consequentemente, para o aquecimento global.
De acordo com uma pesquisa da The Aluminum Association, a cada 10% de redução no peso
do automóvel, há o aumento de 5% a 10% de eficiência do combustível. O estudo também
mostrou que a cada 1 kg de redução da massa do carro, há uma diminuição de 20 kg de gás
estufa, durante toda a vida útil do automóvel.
Assim sendo, começou a haver uma maior preocupação em tentar reduzir ao máximo o peso
do veículo, já que isso também resulta num aumento no desempenho do veículo.
Com esta preocupação, uma das áreas que mais impacto teve neste objetivo foi a área da
metalúrgica. Estes focaram-se em encontrar ou desenvolver materiais que fossem capazes de
desempenhar o papel do aço, que até então era o material predominante na área automóvel,
mas que fossem mais leves do que este.
Com isto, surgiu o alumínio que rapidamente se tornou no material predominante no mundo
automóvel, vindo a substituir o aço.
Isto deveu-se ao facto de o alumínio apresentar uma densidade de 2,7 g/cm³ e os materiais
ferrosos possuírem em média 7,8 g/cm³, fazendo com que só a substituição do aço pelo
alumínio reduzisse o peso do veículo em cerca de 50%.
Além disto, o alumínio, quando incorporado com outros elementos, é capaz de absorver o
dobro da energia de impacto, e por isso, oferece duas vezes mais resistência de colisão quando
comparado com o aço.
O alumínio está presente em toda a crosta terrestre. Esta abundância permite que o seu preço
por unidade seja relativamente baixo. Alem destas vantagens, temos também o facto de que o
alumínio é 100% reciclável, ou seja, ele não apresenta alterações nas suas características físico-
químicas quando é recuperado. Isto faz com que haja também uma diminuição no desperdício
de material.
De acordo com uma outra pesquisa da The Aluminum Association, cerca de 75 % de todo o
alumínio produzido encontra-se atualmente ainda em uso.
Para além dos materiais, existem outros fatores que condicionam a escolha dos processos de
fabrico. Aliás não é possível dissociar o material do processo de fabrico, sendo que é frequente
encontrar dois ou mais materiais associados a dois ou mais processos de fabrico distintos para
obter soluções equivalentes para determinado componente.
Outro fator a ter em conta é o número de peças a produzir, sendo completamente diferente
produzir 1 ou 2 peças (por exemplo protótipos), pequenas séries (por exemplo 500 peças) ou
grandes séries (por exemplo 1 milhão de peças).
Quando se pretende produzir protótipos, por exemplo, é frequente recorrer a processos como
a maquinagem, soldadura, ou até à fundição em areia que são processos que dispensam
grandes recursos (moldes metálicos), apesar de serem normalmente mais lentos para produzir
grandes séries.
Quando se trata de grandes séries, o fator custo e tempo são mais importantes sendo
necessário recorrer a processos com capacidade produtiva muito superior. Existem alguns
processos adaptados para séries médias (por exemplo peças obtidas com puncionadoras,
algumas peças forjadas). Pode-se afirmar que em todos os domínios (construção soldada,
fundição, conformação, maquinagem) é possível utilizar processos para todas as séries.
2.3.1 Fundição
A fundição é o processo pelo qual os metais ou ligas metálicas em estado líquido (fundido) são
vazadas em um molde para a fabricação dos mais variados tipos de peças, objetos decorativos,
joias/bijuterias, carcaças de máquinas, etc.
Em muitos casos, a fundição é o processo mais simples e económico de se produzir uma peça,
principalmente quando esta é de grande porte, de geometria intrincada ou com canais
internos e cavidades.
Os moldes, por sua vez, são o negativo da peça a ser produzida e o tipo de material com que
são feitos depende do processo que será utilizado.
Já os moldes podem ser feitos de vários materiais. Os mais comuns são feitos de areia de
fundição: a areia sintética, composta por uma mistura de areia, argila e água; a areia verde,
que contém areia silicosa; e a areia seca, utilizada quando se precisa de peças com melhor
acabamento ou estabilidade dimensional, que contém aditivos que melhoram suas
propriedades. No processo de moldagem com areia é reaproveitada cerca de 98% da areia
utilizada. Ela é peneirada e volta para o processo.
A solução deste problema da classificação dos processos de conformação plástica foi recorrer a
três tipos de classificações:
Outra das formas de classificação é relativa à espessura do produto (ou semi-produto), dividindo
os processos em dois tipos: conformação em massa e conformação em chapa.
Mesmo com estas divisões o processo de classificação é sempre algo confuso uma vez que no
mesmo processo de conformação (mesmo equipamento) podem ser obtidos produtos ou semi-
produtos, em massa e em chapa, a frio e a quente.
Talvez o processo mais útil de classificação seja o relativo à temperatura (quente ou frio) uma
vez que a maior parte dos trabalhos a frio são realizados em chapa ou em produtos com pequena
espessura (num grupo de equipamentos) enquanto que a grande maioria dos trabalhos a quente
são realizados em massa (noutro grupo de equipamentos).
A matéria prima deste processo são produtos de outros processos de fabrico: fundição,
conformação plástica ou soldadura.
Processo de fabrico que permite obter um dado componente através da união de um conjunto
de elementos simples (perfis, corpos maquinados, etc…) que são obtidos por outros processos
de fabrico. Utiliza um método de ligação de metais, permanente, assegurando continuidade
metálica, com propriedades mecânicas superiores aos metais base.
O segundo baseia-se na deformação localizada das partes a serem unidas, que pode ser
auxiliada pelo aquecimento dessas até uma temperatura inferior à temperatura de fusão,
conhecido como processo de soldadura por pressão ou processo de soldadura no estado
sólido.
Relativamente à matéria prima deste processo, são usados produtos de outros processos de
fabrico como fundição, conformação plástica e maquinagem.
Os pedais do veículo: acelerador, travão e embraiagem (pedal ABC) são as peças usadas com
mais frequência. Por causa disso, o posicionamento das pessoas dentro do habitáculo é
extremamente importante tanto no ponto de vista do conforto do motorista, bem como para
questões de segurança. A ergonomia aplicada inadequadamente pode levar a lesões como
fadiga, lesões por movimentos repetitivos, etc., portanto é necessário que a ergonomia esteja
sempre presente no desenvolvimento de um ou vários componentes.
As normas são usadas para ajudar a definir os parâmetros, componentes ou atributos do veículo.
Esses padrões também são chamados de práticas recomendadas. Os padrões SAE representam
a maior coleção de padrões definidos para o desenvolvimento de veículos. Os padrões SAE J1100
e J4004 fornecem a posição ideal do pedal. Na Figura 22 temos as terminologias em relação ao
pé de pedal.
O BOF, ball of foot, significa a porção da sola do pé humano, entre os dedos dos pés e o arco no
qual o peso do corpo repousa quando o calcanhar é levantado.
De acordo com os padrões SAE , é especificado que o BOF para o percentil 95 está a 203 mm
desde o calcanhar para o comprimento de pé de 306 mm . A localização do BOF e AHP para os
diferentes tipos de pedais é mostrada na Figura 23.
Para um veículo do tipo que consideramos neste projeto, o pedal de travão é projetado de
acordo com o suspended flat pedal.
Se os pedais estiverem fixados no chão, não devem possuir uma altura total superior à 290 mm,
Figura 8. Se forem fixados ao teto não possuem limite do seu comprimento, embora a placa de
atuação deve estar a uma distância do chão não superior à 290 mm medida pelo seu topo
superior.
Refiro desde já que todos os componentes que forem de alumínio, serão contruído em alumínio
6061-T6 e as peças contruídas em aço, serão de aço AISI 1020 .
4.1 Pedaleira
Neste tópico, começar-se-á por demonstrar o pedal box isolado, depois o pedal isolado e por
fim o assembly com a montagem da pedaleira, sem a balança repartidora.
Pretendia-se que o pedal box tivesse o seu corpo contruído por meio de uma chapa quinada,
sendo submetida de seguida ao processo de maquinagem nos locais onde fosse necessária uma
maior precisão. Por fim, as chapas às quais os pedais irão ficar fixos, seriam soldadas ao corpo
principal, completando assim o pedal box.
Tendo em mente este objetivo, a pedal box desenvolvido ficou com a geometria apresentada
na Figura 26.
Esta possui 4 furos na face superior, Figura 27, que são destinados à fixação do pedal box ao
chassi, 4 furos na face frontal destinadas ao deslocamento de componentes e 8 furos na mesma
face para a fixação das bombas hidráulicas à pedal box.
Figura 27-Representação da face que contém os furos através os quais a pedal box será afixada.
Na outra face do pedal box temos os furos centrais para a passagem do push rod da bomba
hidráulica quanto este se movimentar em solidário com o pedal e os furos para a fixação da
bomba hidráulica ao pedal box, que será garantida através de 2 parafusos M10 por cada bomba.
Na Figura 29 temos em realce esta mesma face da pedal box.
Quanto aos apoios aos quais serão afixados os pedais, estes serão obtidas pelo método de
fundição em cera perdida, sendo no fim maquinados em todo o seu corpo de modo a ter uma
maior precisão dimensional. Estas serão posteriormente soldados à pedal box, duas para cada
pedal, completando assim a construção do pedal box, Figura 30
Os apoios possuem um furo de modo a permitir a fixação dos pedais à pedal box, Figura 31.
Relativamente ao material, foi utilizado o aço AISI 1020 devido à sua elevada resistência
mecânica, uma vez que o pedal box terá de suportar esforços provenientes da utilização dos
pedais.
Relativamente ao pedal, o primeiro ponto a pensar foi na escolha da estrutura a usar no pedal.
Diferentes estruturas têm comportamentos mecânicos diferentes e por isso, uma boa escolha
da estrutura significa a possibilidade de obter melhores resultados.
Criou-se então uma viga exemplo de cada estrutura e submeteu-se a todas elas uma força numa
das extremidades de cada viga de modo a comprar o seu comportamento mecânico,
nomeadamente deformação máxima e tensão máxima.
I 63 109 1,13 13
T 32 54 0,98 9,478
C 47 80 3,97 28,18
Como se pode observar, as estruturas que têm melhores comportamentos mecânicos são as
estruturas em “I” e as estruturas em “T” sendo esta última a que apresenta melhores resultados,
uma vez que para a mesma força aplicada, estas são as que apresentam menor deformação
máxima e menor tensão máxima.
Com isso, baseou-se numa solução da wilwood, representada pela Figura 33, pela sua estrutura
em “I”, aspeto simples e atrativa.
O site da wilwood disponibiliza os desenhos 2D com algumas dimensões dos seus componentes,
e por isso, sendo o pedal exemplo um pedal da wilwood, guiou-se pelas medidas que foram
disponibilizadas por esta. Na Figura 34 e Figura 35 podemos ver a modelação do pedal no
SolidWorks.
O pedal será feito de alumínio 6061-T6 e o seu corpo será obtido através do processo de
fundição em cera perdida, sendo posteriormente maquinado nas zonas onde é exigido uma
maior precisão e melhor acabamento superficial.
O pedal pad, Figura 36, será soldado ao pedal através de 4 arestas, Figura 37.
Já o pedal por sua vez será fixo através de um pino colocado no furo superior do pedal e no furo
dos apoios, permitindo assim apenas o deslocamento axial deste, Figura 38. Por sua vez, este
pino possui duas ranhuras de modo a poder ser fixo axilamente com dois anéis elásticos, ficando
totalmente preso, Figura 39.
Observação: na Figura 39 não é apresentado o pino com os dois anéis elásticos mas sim apenas um, de modo a poder
ver não só como fica o pino com o anél elástico, como ver também os rasgos que o pino possui.
Os restantes furos que aparecem ao longo do pedal devem-se ao facto de o pedal ter ficado
sobredimensionado e uma das soluções foi retirar algum material, tendo ficado com o aspeto
final igual ao apresentado.
Por fim é apresentado na Figura 42 um render do pedal do travão completo fixo à pedal box,
estando cada componente já com o material escolhido de modo a ter uma melhor perceção da
sua apresentação final.
O pedal da embraiagem será exatamente igual ao pedal de travagem uma vez que a única coisa
que iria alterar seria na sua ligação à bomba hidráulica uma vez que esta não levará balança
repartidora. No entanto, o furo será na mesma utilizado para levar o mecanismo de ligação á
bomba.
O método de fixação do pedal pad ao pedal e do pedal ao pedal box é feita através do mesmo
método utilizado no pedal de travagem.
O pedal do acelerador, assim como o pedal da embraiagem, é igual ao pedal do travão, tendo
apenas uma diferença no furo que era destinado á balança repartidora. Este contem igualmente
esse furo, no entanto não é reforçado como os outros dois, Figura 43.
No que toca ao material e processo de fabrico a partir do qual o pedal será feito, este será igual
ao pedal de travagem. Na Figura 44, temos uma representação da pedaleira com os três pedais.
Para a balança repartidora baseou-se numa solução também da wilwood apresentada na Figura
45
Igualmente a esta, a balança repartidora desenvolvida, Figura 46 também será composta por
um veio roscado, um rolamento esférico, um tubo que fará o contacto entre o rolamento
esférico e o pedal, dois pinos, duas luvas e quatro porcas onde duas são para fixar o rolamento
e as outras duas para prender os dois pinos.
As luvas possuem um furo roscado, Figura 47, que é destinado à fixação do push rod finalizando
o aperto com uma porca para cada um ,Figura 48.
Para a bomba hidráulica baseou-se num exemplar da wilwood , uma vez que nos são fornecidos
alguns dados dimensionais da mesma e pelo facto desta apresentar uma geometria simples,
Figura 50 .
Nos seguintes subcapítulos será mostrado os diferentes componentes que constituem a bomba
hidráulica que foram desenvolvidos para este projeto.
A carcaça desenvolvida, Figura 51 , será construída em alumínio devido à sua leveza e será obtida
por meio do processo de fabrico de fundição em cera perdida
Esta será fixa ao pedal box através de dois parafusos M8 sendo por fim apertados com uma
porca cada um, Figura 53 e Figura 54 .
O pistão hidráulico será obtido através do processo de maquinagem, uma vez que este
componente se deslocará através de um furo da carcaça, onde é requerida uma grande precisão
e bom acabamento superficial, Figura 55 e Figura 56 .
Figura 55- Vista com ênfase no furo do Figura 56-Face do pistão que ficará em contacto com o
pistão vedante.
O pistão hidráulico estará em contacto com o pushrod , que tem uma das pontas esférica e outra
roscada Figura 57, e por isso, foi necessário fazer um furo onde este pudesse assentar, Figura 58
Os diâmetros dos furos são todos superiores ao diâmetro do terminal esférico do pushrod, uma
vez que a haste irá deslocar-se verticalmente e ganhar inclinação e por isso, é necessário que
4.3.3 Vedantes
Nesta mesma figura podemos também observar o rasgo para o guarda-pós da bomba
hidráulica.
4.3.4 Reservatório
Relativamente ao reservatório, este foi feito baseando-se no exemplo da willwood, Figura 64.
Na
temos o reservatório juntamente com a pedaleira para ter uma boa noção da sua posição, uma
vez que este tem uma grande dimensão e não pode bater na pedal box. Temos também
representado o guarda-pós da bomba hidráulica.
O corpo da pinça, Figura 69, será fabricada em ferro fundido ASTM A336 Grade 805506 e será
obtida por meio de fundição em cera perdida, sendo posteriormente maquinada nas zonas onde
é necessário uma maior precisão e acabamento superficial, nomeadamente furos e faces de
contacto.
Está será composta por duas metades semelhantes, onde as únicas diferenças então no facto
de uma das metades, a metade interior que fica do lado de dentro do disco, conter a fixação à
manga de eixo e o furo de alimentação para receber o óleo proveniente da bomba hidráulica,
Figura 70 e Figura 71.
O óleo proveniente da bomba hidráulica entra na metade interior através do furo central visível
na Figura 70com recurso a um banjo, sendo transmitida posteriormente para a metade exterior
através do furo do lado esquerdo da Figura 72. A passagem do óleo para a outra metade será
através do uso de um Crossover, Figura 73. O furo do lado direito terá um sangrador.
Na Figura 74 podemos ver o corpo da pinça com o crossover e com o sangrador enquanto que
na Figura 75 podemos observar os rasgos para o vedante e guarda-pós e ainda o furo de entrada
de óleo proveniente da bomba hidráulica.
A fixação da pinça à manga de eixo é garantida através de dois parafusos M8 que serão
posteriormente apertados com uma porca, Figura 76.
Serão também utilizados quatro parafusos M8 que passarão nos furos vazantes, para fixar as
duas metades uma à outra, sendo utilizadas 4 porcas M8 no final para as fixar, Figura 77.
O pistão, Figura 78, será fabricado em aço e obtido por meio de fundição em cera perdida e
maquinagem.
As fixações das pastilhas serão feitas através do uso de dois pinos elásticos, Figura 81.
Para a realização dos cálculos serão necessários alguns dados, como por exemplo os pneus a
usar e a massa do veículo.
Assim sendo, foi considerado como modelo as specs dos Peugeot 206 1.6 que apresenta uma
massa de 988kg e utiliza pneus de 195/55 R15.
5.1 Pedal
O pedal do travão é dimensionado para produzir um ganho ou uma vantagem mecânica na força
transferida, pois o deslocamento do pedal na zona onde é aplicada a força é superior ao
deslocamento que os cilindros principais sofrem, Figura 83.
Equação 1
Gm= 211,57+46,50
46,50
=5,5
Este ganho calculado anteriormente, permite-nos aplicar uma força na balança repartidora 5,5
vezes maior que a força aplicada pelo condutor.
Assim sendo, conseguimos calcular a força aplicada na balança repartidora através da Equação
2:
Sendo aplicada pelo condutor uma força de 500 N, obtemos uma força na balança repartidora
de 2750 N.
Fbb=500 x 5,5=2750
No entanto, esta não é a força que chegará às bombas hidráulicas, umas vez que esta força será
repartida pelos cilindros, de acordo com a afinação da balança repartidora. Na Figura 85
podemos observar que a força aplicada à balança repartidora será dividida em duas forças: Na
força para o pistão mestre do sistema frontal, Fpistão.mestre.f, e na força para o pistão mestre
do sistema traseiro, Fpistão.mestre.t.
Pode então definir-se o coeficiente de ajuste da balança repartidora, Abb.frontal, como a razão
entre a força aplicada no cilindro hidráulico do sistema dianteiro e a força aplicada na barra de
balaço, que se encontra descrita na Equação 3 com auxílio da Figura 85.
Equação 3
Equação 4
Sendo a distância total entre os dois pistões de 67 mm, tem-se que Y + Z = 67mm.
Tendo em conta que se quer uma repartição de travagem de 65% para o eixo frontal, tem-se
que Abb.frontal=0,65
Com isto, pode-se calcular através da Equação 3 qual a medida de y que se deve usar na balança
repartidora para essa afinação.
𝑦
0.65 = ⇔ 𝑦 = 43,55𝑚𝑚
67
Sendo y=43,55mm, fica-se com:
z = 67 - 43,55 = 23,45mm
Também através da Equação 3 e com Abb.frontal=0,65, pode-se obter o valor da força que
chega ao cilindro mestre do sistema frontal:
𝐹𝑝𝑖𝑠𝑡ã𝑜. 𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒. 𝑓
0.65 = ⇔ 𝐹𝑝𝑖𝑠𝑡ã𝑜. 𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒. 𝑓 = 1787,5𝑁
2750
Com a Equação 4 e com Abb.traseiro=0,35 obtém-se a força que chega ao cilindro do sistema
traseiro:
𝐹𝑝𝑖𝑠𝑡ã𝑜. 𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒. 𝑡
0.35 = ⇔ 𝐹𝑝𝑖𝑠𝑡ã𝑜. 𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒. 𝑡 = 962,5𝑁
2750
O diâmetro dos cilindros principais e dos cilindros das maxilas, ou pinças, também são escolhidos
de forma a produzirem uma vantagem mecânica. Isto acontece quando a área da secção
transversal dos cilindros das maxilas é superior à área da secção transversal dos pistões dos
cilindros principais, resultando num ganho devido ao uso de um sistema hidráulico.
Recorrendo à equação 5 e tendo o pistão mestre um diâmetro de 10mm uma área igual a 314,16
mm2, fica-se com:
➢ Sistema frontal
𝐹𝑝𝑖𝑠𝑡ã𝑜. 𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒. 𝑓
𝑃𝑓 =
A. pistão. mestre
1787,5
𝑃𝑓 = = 5,7𝑀𝑝𝑎
314,16
➢ Sistema Traseiro
𝐹𝑝𝑖𝑠𝑡ã𝑜. 𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒. 𝑡
𝑃𝑡 =
A. pistão. mestre
962,5
𝑃𝑡 = = 3,1𝑀𝑝𝑎
314,16
5.3.2 Pinça
Tendo a pressão no sistema hidráulico, e sabendo que o cilindro da maxila tem 50mm de
diâmetro e 1963,5mm2 de área, passa-se agora para o cálculo da força do cilindro da pinça,
utilizando novamente a Equação 5.
➢ Sistema frontal
➢ Sistema traseiro
Como o coeficiente de atrito entre as pastilhas(µp) e disco varia entre 0,25 e 0,45, assumiu-
se o valor de 0,45.
Assim sendo, a força de atrito para cada pastilha(F.atritro.Past) é dada pela Equação 6:
➢ Sistema frontal
F. atritro. Past. f = µp × 𝐹. 𝑝𝑖𝑛ç𝑎𝑓
F. atritro. Past. f = 0,45 × 11191,95 = 5036,38 N
➢ Sistema traseiro
F. atritro. Past. t = µp × 𝐹. 𝑝𝑖𝑛ç𝑎𝑡
F. atritro. Past. t = 0,45 × 6068,85 = 2739,08 N
O momento de travagem aplicado sobre a roda, será a força de atrito das duas pastilhas
multiplicada pela distância ao centro da roda.
Considerando que a pressão é uniforme entre a pastilha e o disco de travão, esta distância será
igual ao raio ótimo que é calculada através da Equação 7:
Equação 7
Considerando:
• re=110mm
• ri=70mm, com uma pastilha com altura de 40 mm.
fica-se com:
2 × (1103 − 703 )
𝑟= ≈ 91,48 𝑚𝑚
3 × (1102 − 702 )
➢ Sistema frontal
➢ Sistema traseiro
𝑀𝑓𝑟𝑒𝑛𝑎𝑛𝑡𝑒
𝐹𝑓𝑟𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑚 = Equação 9
𝑅𝑟𝑜𝑑𝑎
Sendo usado o pneu 195/55 R15, este possui um diâmetro de 582 mm de acordo com a
seguinte expressão:
Com a Equação 9 e com Rroda=291mm passa-se para o cálculo das forças de frenagem no
sistema frontal e sistema traseiro.
➢ Sistema frontal
➢ Sistema traseiro
𝑀𝑓𝑟𝑒𝑛𝑎𝑛𝑡𝑒. 𝑡
𝐹. 𝑓𝑟𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑚. 𝑡 =
𝑅𝑟𝑜𝑑𝑎
501,14
𝐹. 𝑓𝑟𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑚. 𝑡 = = 1722,13 𝑁
0,291
➢ Força total
5.6 Verificação
Para atingir uma desaceleração média superior a 6,4 m/s2 a massa máxima do veículo será
dada pela equação 12:
𝐹. 𝑓𝑟𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑚. 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑀𝑚𝑎𝑥 =
𝑎
9777,32
𝑀𝑚𝑎𝑥 = = 1527,70 𝐾𝑔
6,4
Tendo em conta que o veículo modelo foi um Peugeot 206 com 980 kg, o sistema de
travagem desenvolvido oferece a desaceleração mínima exigida pelo regulamente 13H
UNECE de 6,4 m/s2
Foi realizado um teste aos apoios do pedal, nomeadamente á pedal box, de modo a analisar as
tensões máximas e deformações da mesma e entender se estes estão aceitáveis ou se é
necessário fazer melhorias.
Foram aplicados 4500 N na lateral direita do furo dos apoios, Figura 86, e fixou-se os furos por
onde passam os parafusos que vão fixar a pedal box, Figura 87.
Analisando os resultados obtidos, estes são aceitáveis tendo em conta que a tensão máxima é
cerca de 100MPa inferior à tensão de cedência e a deformação máxima não chega ao 1 mm.
Assim sendo conclui-se que a pedal box está bem dimensionada e que resistes aos esforços
provocados pelo acionamento do pedal do travão.
Assim como aos apoios do pedal, foi realizado um teste ao pedal do travão de maneira a analisar
as tensões máximas e deformações da mesma e entender se estes estão aceitáveis ou se é
necessário fazer melhorias.
Para a realização deste teste, foram aplicados 1500N no pedal, Figura 90, tendo estes sido
aplicados numa saliência criada em vez da superfície toda, de maneira a fazer uma melhor
aproximação à realidade.
O furo destinado á fixação do pedal será considerado uma fixed hinge, Figura 91 , e o furo da
balança repartidora uma Reference Geometry, Figura 92.
Analisando os resultados obtidos, conclui-se que em relação à tensão máxima não obtivemos
nenhum problema, apresentando esta valores inferiores à metade do valor da tensão máxima
de cedência, resistindo aos esforços provocados pelo acionamento do sistema de travagem.
6.3 Pinça
Por último, fez-se também testes á pinça para verificar o seu comportamento aos esforços
submetidos. No entanto, tendo em conta que a pinça é constituída por duas metades e estas
não completamente simétricas , é necessário realizar o teste a ambos os corpos.
Inicialmente definiu-se as zonas De fixed geometry para cada corpo, podendo elas serem
consultadas através da Figura 95 para o corpo com fixação à manga de eixo e através da Figura
96 para o corpo sem fixação à manga de eixo.
Com todos os parâmetros definidos, realizou-se o teste tendo-se obtidos os resultados da Figura
98 e Figura 99 para o corpo sem fixação à manga de eixo e a Figura 100 e Figura 101 para o corpo
com fixação à manga de eixo.
Analisando os resultados , em ambos os corpos a tensão máxima fica muito aquém da tensão
cedência , cerca de metade da tensão de cedência em média , e apresentando deformações
bastante positivos, na casa das 5 centésimas de milímetro.
Com isto conclui-se que a pinça foi bem dimensionada e que resiste aos esforços aplicados.
Com esta confirmação, comprova-se que o sistema de travagem desenvolvido foi bem
dimensionado , correspondendo ao que se propunha.
Acredita-se que a solução desenvolvida seja fiável a esses objetivos, uma vez que as dimensões
e resultados exigidos foram respeitados, como se pode verificar nos Desenhos 2D presentes
nos anexos e nas contas práticas elaboradas anteriormente.
Respetivamente a trabalhos futuros, existem melhorias que poderiam ser efetuadas de modo
a aumentar o ganho mecânico e hidráulico , nomeadamente diminuir o diâmetro do pistão da
bomba hidráulica ou aumentar ligeiramente o rácio do pedal onde iria aumentar a
multiplicação da força exercida pelo condutor , ou então modificações a nível de estrutura,
dando prioridade ao pedal uma vez que este foi o componente que apresentou uma maior
valor de deformação
https://www.rapidsport.pt/
https://stage3.pt/
https://www.topautopecas.pt/
https://www.wilwood.com/Index
https://www.ddesign.fi/search?q=pedal%20box
http://160592857366.free.fr/joe/ebooks/Automative%20engineering%20books/Brake%2
0Handbook.pdf
Brake Handbook
Bosch Brakes, Brake Control and Driver Assistance Systems_ Function, Regulation and
Components-Vieweg and Teubner Verlag
https://www.aluminum.org/
https://www.igus.pt/product/1?artNr=GSM-0406-06
https://eur-lex.europa.eu/legal-
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