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Programa de Engenharia de
Padronização de Materiais (PEPM)

O Catálogo de Materiais de Ancoragem e Alívio (offloading) visa apresentar


as especificações técnicas dos materiais tratados pelo Grupo Técnico de
Ancoragem, constituído no âmbito do Programa de Enge- nharia de
Padronização de Materiais (PEPM).

O PEPM visa promover uma mudança no foco, do esforço direto de redução


de estoques para um esforço corporativo de padronização de materiais,
equipamentos e uniformização dos padrões de engenharia da Companhia,
levando em conta a oferta e as potencialidades da indús- tria. Tem por
objetivo a integração de ações, hoje dispersas, das ativi- dades de
padronização de materiais na Companhia.

Tais ações passam a ser desenvolvidas de forma integrada, em articulação


com as diferentes Áreas e Unidades de Negócios, bem como, dos
segmentos representativos do mercado fornecedor, fomentando a
uniformização das descrições dos materiais, da sua classificação, bem como
dos padrões de engenharia.

O escopo do PEPM tem como foco materiais e equipamentos, cujas


aplicações nas instalações ajudam a mitigar riscos de Segurança, Meio
Ambiente e Saúde e/ou que tenham grande impacto nos resultados da
Companhia. Espera-se também a obtenção de ganhos financeiros, oriun-
dos das inúmeras atividades da cadeia logística de suprimento.

Mais detalhes poderão ser obtidos na intranet:

Destaques dinâmicos na aba de MATERIAIS : Padronização de materiais ou

Aba de MATERIAIS: Instruções e Procedimentos: Orientações:


Macroprocesso Suprir Bens e Serviços: Realizar Gestão de Padronização e
Cadastro de B&S: Padronização de Materiais: Programa de Engenharia de
Padronização de Materiais – PEPM

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Introdução

Nesta 4ª edição do Catálogo de Materiais de Ancoragem, foram revisados e


atualizados os itens de ancoragem e alívio, além da inclusão dos itens
âncora e torpedo. O presente Catálogo de Materiais de Ancoragem e Alívio
visa especificar e padronizar os materiais de ancoragem e alívio utilizados
pela Petrobras, nas unidades de Exploração e Produção.

Ele é direcionado a todos os usuários de material de ancoragem e alívio,


desde o projetista, o construtor, o contratado, o comprador, o fornecedor
até os responsáveis pela manutenção e pela instalação de linhas de
ancoragem e de operações de alívio. Surgiu da necessidade que o usuário
tinha de especificar e padronizar os referidos equipamentos, frente à grande
variedade de ofertas dos fornecedores e a dificuldade de se ter normas
confiáveis que estabelecessem os requisitos de segurança compatíveis com
os projetos.

Este catálogo estará também disponível na intranet em:

Destaques dinâmicos da página de MATERIAIS : Padronização de materiais


ou

Aba de MATERIAIS : Instruções e Procedimentos : Orientações :


Macroprocesso Suprir Bens e Serviços : Realizar Gestão de Padronização e
Cadastro de B&S : Padronização de Materiais : Programa de Engenharia de
Padronização de Materiais : Ancoragem

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Classificação Naval

Os equipamentos e acessórios do sistema de ancoragem de Unidades


Estacionárias de Produção (UEP), Terminais Oceânicos (TO) e de Unidades
de Perfuração (MODU) devem ser aprovados por Sociedades Classificadoras.
Isso inclui as amarras, cabos de aço, cabos de poliéster e os acessórios.

Os fabricantes devem necessariamente obter o type approval da Sociedade


Classificadora para o material que pretendem fornecer, antes de iniciar a
sua fabricação.

Os acessórios de ancoragem utilizados nas operações de instalação e


desinstalação, tais como cabo pendente, cabo de manuseio e cabo de
trabalho, não precisam necessariamente da aprovação da Sociedade
Classificadora, porém, devem ser adquiridos com certificados de
conformidade com as normas citadas no catálogo. No recebimento, deve ser
verificado, pelo menos, se o certificado apresentado corresponde ao lote
fornecido.

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Sumário

1 Materiais de Ancoragem ................................................................................................... 8


1.1. Amarra Oceânica ........................................................................................................... 9
1.2. Manilha ....................................................................................................................... 14
1.2.1. Manilha de União Tipo D ..................................................................................... 14
1.2.2. Manilha de União Final........................................................................................ 15
1.2.3. Manilha de Âncora .............................................................................................. 15
1.2.4. Manilha de Espera do Gancho KS........................................................................ 16
1.2.5. Manilha especial de 102mm (710 tons) .............................................................. 17
1.2.6. Manilha Rolete .................................................................................................... 17
1.2.7. Manilha Sapatilho................................................................................................ 18
1.2.8. Manilha “H” ......................................................................................................... 19
1.2.9. Contra pino ou pino de segurança ...................................................................... 20
1.3. Placa Triangular ........................................................................................................... 20
1.4. Elo Desmontável.......................................................................................................... 21
1.4.1. Kenter .................................................................................................................. 22
1.4.2. Kenter tipo Pera .................................................................................................. 24
1.4.3. Tipo C ................................................................................................................... 24
1.4.4. Tipo C Pera .......................................................................................................... 25
1.4.5. Elos Baldt N7 e N8* ............................................................................................. 26
1.4.6. Elo K ..................................................................................................................... 27
1.4.7. Elo de instalação (Elo LLLC) ................................................................................. 29
1.4.8. Pino de Chumbo .................................................................................................. 30
1.5. Soquete ....................................................................................................................... 32
1.5.1. Soquete Aberto ................................................................................................... 32
1.5.2. Soquete Tipo Pera ............................................................................................... 33
1.6. Adaptador Giratório .................................................................................................... 34
1.7. Gancho Caça Amarra (J Chaser) .................................................................................. 35
1.8. Gancho Caça Amarra com trava (J Lock Chaser) ......................................................... 35
1.9. Ganchos KS .................................................................................................................. 37
1.9.1. KS 12 .................................................................................................................... 37
1.9.2. KS 40 .................................................................................................................... 37
5
1.9.3. KS 50 .................................................................................................................... 38
1.10. Gancho Disparador.................................................................................................. 39
1.10.1. Gancho Disparador DN40 .................................................................................... 39
1.10.2. Torpedo de Linha................................................................................................. 40
1.11. Limitador para Caça de Amarra (Chaser Trap) ........................................................ 41
1.12. Garatéia ................................................................................................................... 42
1.13. Swivel ou Tornel ...................................................................................................... 45
1.14. Sistemas de Fundação - Âncoras ............................................................................. 46
1.14.1. VLA - Vertical Load Anchor .................................................................................. 47
1.14.2. Arraste ................................................................................................................. 47
1.14.3. Estaca Torpedo .................................................................................................... 47
1.15. Garrafa Instrumentada............................................................................................ 48
1.16. Boia .......................................................................................................................... 51
1.16.1. 20T ....................................................................................................................... 52
1.16.2. 40T ....................................................................................................................... 53
1.16.3. Lanterna da Boia ................................................................................................. 53
1.16.4. Rastreador de boia .............................................................................................. 54
1.17. Cabo de Aço............................................................................................................. 55
1.18. Cabo de Fibra........................................................................................................... 59
1.19. Adensador de Amarra e Presilha ............................................................................. 60
1.20. Flutuador ................................................................................................................. 60
2 Materiais de Terminais Oceânicos .................................................................................. 62
2.1 Mangotes .................................................................................................................... 62
2.1.1 Catenária ............................................................................................................. 62
2.1.2 Flutuante ............................................................................................................. 63
2.1.3 Submarino ........................................................................................................... 63
2.2 Cabos de atracação ..................................................................................................... 63
2.3 Boia do cabo de atracação .......................................................................................... 66
2.3.1 Boia de 3,8 toneladas - sintática ......................................................................... 66
2.3.2 Boia de 5 toneladas ............................................................................................. 66
2.4 Válvula Biexcêntrica .................................................................................................... 67
2.5 Válvulas de Bloqueio/NSV ........................................................................................... 67
2.6 Flanges Cego................................................................................................................ 69

6
2.7 Flanges de lavagem ..................................................................................................... 69
2.7.1 Flange de lavagem para NSV ............................................................................... 70
2.7.2 Flange de lavagem para carretel ......................................................................... 70
2.8 Carretéis ...................................................................................................................... 72
2.8.1 Simétrico ............................................................................................................. 72
2.8.2 Simétrico de redução .......................................................................................... 73
2.8.3 Assimétrico .......................................................................................................... 73
2.8.4 Simétrico Rotativo ............................................................................................... 74
2.8.5 Assimétrico Rotativo ........................................................................................... 74
3 Acessórios de elevação ................................................................................................... 75
3.1 Gancho de Carga ......................................................................................................... 75
3.2 Anel de Carga .............................................................................................................. 75
3.3 Anel Pera ..................................................................................................................... 76
3.4 Manilha de Carga Curva .............................................................................................. 77
4 Rastreabilidade................................................................................................................ 78
5 Anexos ............................................................................................................................. 79

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1 Materiais de Ancoragem

A gerência de ancoragem e terminais oceânicos da US-OPSUB é responsável


pela instalação e manutenção das UEP´s da Petrobras, mobilização e
desmobilização de Sondas ancoradas e operação e manutenção das linhas
de off-load.

Na parte de ancoragem são realizadas as aquisições das linhas de


ancoragem das novas UEP´s conforme os projetos emitidos pelo CENPES.
Todo o projeto de instalação é feito pelo nosso setor conforme a
necessidade de cada projeto.

A ancoragem desenvolve equipamentos para uso nas instalações, tais como


os ganchos de disparo de Torpedo e torpedos de linha.

Apresentar todos os acessórios na forma como eles são, não faria sentido
pois cada um deles tem a sua especificidade e depende da operação que
está sendo realizada. Por este motivo é discutido sucintamente cada uma
delas a seguir.

A grande maioria dos acessórios são parametrizados em função das bitolas


de amarra que a Petrobras padronizou para o uso nas plataformas tipo SS e
FPSO.

Amarras [bitolas em mm]


76 84 95 105 114 120

Operação de ancoragem de unidades estacionárias de


produção UEP´s

Consiste na ancoragem da plataforma para a produção de petróleo ou para


testes de longa duração – TLD. A operação é dividida em duas partes:

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Pré-lançamento: momento quando a parte que fica no solo do sistema de
ancoragem é lançado. A Petrobras utiliza nos projetos próprios e nas
parcerias estacas do tipo torpedo modelo T120. A configuração de
lançamento está indicado abaixo.

Hook-up: quando é realizada a instalação do resto do sistema de


ancoragem e feito a conexão na UEP. A figura baixo mostra o exemplo de
uma configuração típica de linha de ancoragem.

Operação de ancoragem de MODU – Mobile Offshore Drilling


Unit

Este tipo de operação é para a ancoragem temporária de sondas de


perfuração para serviços de perfuração ou de manutenção de poços.

1.1. Amarra Oceânica

Amarra oceânica (offshore mooring chain)

Definição: corrente formada por elos, destinada a amarrar a unidade


flutuante à âncora.

Classe: 31151600B.

Família: 98.000.250

Nomes coloquiais: corrente de fundeio, quartel de amarra ou corrente de


âncora.

As amarras podem ser classificadas em navais (para uso em navios) ou


oceânicas (para uso em estruturas oceânicas). Neste catálogo são
especificadas apenas as amarras oceânicas.

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As amarras são especificadas conforme a Norma ABNT NBR 13715-2
(Estruturas oceânicas – Amarras – Parte 2: Requisitos).

As amarras padronizadas são classificadas em dois graus, R3 e R4, de


acordo com as propriedades mecânicas dos aços utilizados na fabricação.

Na tabela abaixo, são apresentadas as principais características dos graus


R3 e R4 das amarras, conforme a Norma ABNT NBR 13715-1.

Graus de amarras oceânicas

Ensaio de impacto Charpy com


Tensão
Tensão de Reduçao entalhe em V
mínima Alongament
escoament de área Energia Energia
Grau para o mínimo Temperatura
o miníma mínima média média
ruptura (%) do ensaio
(Mpa) (%) (min) solda (min)
(Mpa) (°C)
(J) (J)
0 60 50
R3 410 690 17 50
-20 40 30
R4 580 860 12 50 -20 50 36

Observações:
Valor do escoamento dividido pela resistência: 0,92 máx.
A redução mínima dos materiais fundidos deve ser de 40% para o grau R3 e 35% para o grau R4.
O ensaio de impacto de aços de grau R3 pode ser realizado a 0°C ou a -20°C.

A amarra é composta de elos comuns, alongados e finais e uma série de


acessórios, na maioria das vezes, utilizados para conexão.

As definições dos elos utilizados nas amarras são:

elo comum (EC): elo padrão de amarra, podendo ser com ou sem malhete
(travessão ligando os lados de maior dimensão do elo).

elo alongado (EA): elo que permite a transição entre elos de dimensões
diferenciadas.

elo final (EF): elo sem malhete, utilizado nas extremidades da amarra para
proporcionar sua ligação com outros acessórios ou equipamentos.

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Nas figuras seguintes, são apresentados os tipos de elos utilizados nos dois
tipos de amarras:

Elos para amarras com malhete

elo comum elo alongado elo final

Elos para amarras sem malhete

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elo comum elo alongado elo final

As extremidades mais comuns das amarras são de três tipos: ambas


extremidades com elos comuns; ambas extremidades com elos finais e
alongados; e uma extremidade com elos alongado e final e outra
extremidade com elo comum.

Ambas extremidades com elos comuns

Ambas extremidades com elos alongados e finais

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Uma extremidade com elos alongado e final e a outra com elo comum

As tolerâncias dimensionais dos elos são definidas conforme a

Norma ABNT NBR 13715-2:

Tolerâncias dimensionais

As amarras padronizadas podem ser construídas com ou sem malhete, com


grau R3 ou R4 e diâmetros dos elos de 76, 84, 95, 105, 114 e 120 mm.

As propriedades mecânicas das amarras, em função dos diâmetros dos elos


comuns, são:

Propriedades mecânicas das amarras padronizadas

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A seguir, são apresentadas as especificações das amarras padronizadas,
conforme a Norma ABNT NBR 13715-2:

Tabela 1 – Complemento das especificações das amarras oceânicas sem


malhete e grau de construção R3

1.2. Manilha

Definição: acessório de amarra constituído por uma barra de aço em forma


de U, com um pino atravessado entre as duas extremidades, com a
finalidade de transmitir força.

Classe: 31151609.

Família: 98.000.254

As manilhas de ancoragem podem ser divididas em quatro tipos:

1.2.1. Manilha de União Tipo D


manilha de união (joining shackle): manilha com pino oblongo, utilizada
para unir dois trechos de amarras terminadas por elos finais.

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1.2.2. Manilha de União Final

manilha de união final (end joining shackle): manilha com pino redondo,
utilizada para ligar a amarra a acessórios e equipamentos.

1.2.3. Manilha de Âncora

manilha de âncora (anchor shackle): manilha com pino oblongo, utilizada


para ligar a âncora à amarra.

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1.2.4. Manilha de Espera do Gancho KS

Manilha utilizada juntamente com o gancho KS respectivo.

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1.2.5. Manilha especial de 102mm (710 tons)

A manilha especial é classificada no uso com o rolete em terminações de


cabos de fibra sintética. Devido a sua geometria é utilizada para a
instalação de equipamentos submarinos e como alternativa na montagem
no olhal do gancho disparador.

1.2.6. Manilha Rolete

A manilha rolete é utilizada na terminação dos cabos de fibra sintética,


também chamado de mão, para a montagem nos trechos de amarras. Este
acessório é para a montagem predominante em elos finais.

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1.2.7. Manilha Sapatilho

A manilha rolete é utilizada na terminação dos cabos de fibra sintética,


também chamado de mão, para a montagem nos trechos de amarras. Este
acessório é para a montagem predominante em elos comuns.

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1.2.8. Manilha “H”

A manilha “H” tem por finalidade a união de tramos de amarras conectando


diretamente nos elos comuns.

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1.2.9. Contra pino ou pino de segurança

Para evitar a soltura da porca é utilizado um contra-pino, ou pino de


segurança, de aço inox no furo do pino da manilha.

1.3. Placa Triangular

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A placa triangular é utilizada quando é necessário realizar alguma
transferência de carga dividir etapas em manobras operacionais ou dividi a
carga a ser suportada.

No lançamento de torpedos a placa triangular é utilizada pois durante as


manobras de instalação é necessário lançar o torpedo por um dos lados,
mas tem que ter segurar o trecho de fundo para evitar que se perca no solo
marinho. Quando é necessário retirar um torpedo, dois AHTS são
conectados ao torpedo por meio de uma placa triangular.

Utilizada para a manobra de transferência de carga submarina (TCS) e em


lançamento de manifolds.

1.4. Elo Desmontável

Utilizados para a união entre amarras ou com outros acessórios. A


vantagem do elo desmontável é realizar a união entre amarra com um
elemento que tenha a geometria o mais próximo possível com o elo da
própria amarra a ser emendada. Isso facilita na passagem dessa conexão
pela coroa da embarcação ou pelo fair-leader da plataforma ou sonda.

A desvantagem apresentada ocorre devido à geometria do elo para permitir


a desmontagem faz com que esse acessório tenha uma resistência à fadiga

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inferior se comparado com a amarra. Por este motivo é desaconselhado o
uso de elo desmontável em linhas permanentes.

Devido às diferenças de geometrias entre as terminações de soquetes com


as amarras ou o uso de elementos com maior densidade linear para se
otimizar o dimensionamento de algum arranjo de ancoragem, existem os
elos desmontáveis de redução, permitindo a conexão entre amarras de
diferentes diâmetros.

Como os elos desmontáveis são utilizados a mais de um século no meio


naval as geometrias do elo desmontável tipo Kenter e tipo “C” mudaram
muito pouco. Quando esses elos são de redução, ou seja, permite a
conexão em diferentes geometrias de amarras, ele é acrescentado a
denominação “Tipo Pera”, que segundo a norma ABNT 13715-3 o lado
maior é 1,3D do valor nominal da barra da amarra.

Comercialmente existem alguns tipos de elos desmontáveis

1.4.1. Kenter

Basicamente constituído de duas partes iguais que montam entre si e um


malhete. Devido ao seu design os esforços são distribuídos igualmente
entre as suas partes.

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Para a montagem do elo Kenter, ele deve ser inserido no meio do elo e
depois levado para a extremidade para a montagem com a outra metade e
realizado o seu fechamento.

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1.4.2. Kenter tipo Pera

A geometria é semelhante ao elo Kenter, contudo cada um dos lados monta


em bitolas distintas de amarras ou outros acessórios.

1.4.3. Tipo C

O seu formato de “C” deu origem ao nome desse elo desmontável. Devido
ao seu design a maioria dos esforços são concentrados na parte de maior
volume, somente quando este de deforma e encosta no elemento central a
carga começa a ser dividia. De forma semelhante ao elo kenter, um pino
cônico mantém unido as partes do elo “C”.

Este elo é utilizado na conexão de acessórios com cabos de aço. Como o


cabo de aço é passível de sofrer torção quando submetido á tração, mesmo
com swível na linha pode não ser suficiente para retirar a torção da linha,

24
nestes casos a desconexão dos acessórios com o cabo de aço pode ter o
risco do cabo destorcer. Com o uso do elo tipo C

1.4.4. Tipo C Pera

25
1.4.5. Elos Baldt N7 e N8*

26
1.4.6. Elo K

Este elo foi elaborado pela Petrobras, pelo prestador Komura, para a função
de conectar a amarra de topo com a amarra instaladora da unidade no
momento do hook-up, pois passa no chain-jack e no chain stoper devido a
sua geometria ser a mesma a do elo comum. Este elo também pode ser
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utilizado para o fundeio de amarras, conectando os tramos de vários
comprimentos pois permite a passagem pela coroa de barbotin. Não deve
ser utilizado nas linhas definitivas de ancoragem.

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1.4.7. Elo de instalação (Elo LLLC)

Elo de união de amarra utilizado para conectar elos comuns, da amarra de


topo com a amarra instaladora. A geometria desse elo é igual às dimensões
externas do elo comum para permitir a passagem pelo chain stoper da
unidade. Este elo foi desenvolvido por fornecedores de acessórios
especialmente para esta função. Não deve ser utilizado nas linhas
definitivas de ancoragem.

29
1.4.8. Pino de Chumbo

O pino de chumbo é utilizado para impedir o pino cônico utilizado no


fechamento de elo desmontável Kenter e Baldt saia durante o uso do
acessório.

30
O chumbo utilizado deve possuir em torno de 99,8% de pureza para
permitir a deformação ao ser martelado no orifício para a fixação do pino.

31
1.5. Soquete

São utilizados para a terminação de cabos de aço. Unidos por metal patente
ou por resina.

1.5.1. Soquete Aberto

O soquete aberto permite a montagem em placa triangular. É interessante o


uso desse soquete para montagens específicas

32
1.5.2. Soquete Tipo Pera

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1.6. Adaptador Giratório

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São utilizados para na conexão de âncoras de arrasto. É um equipamento
antigo, utilizado em âncoras de atracação.

1.7. Gancho Caça Amarra (J Chaser)

1.8. Gancho Caça Amarra com trava (J Lock


Chaser)

Utilizado para pescaria e em abandono de amarra durante a realização do


hook-up.

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36
1.9. Ganchos KS

O gancho KS é um desenvolvimento Petrobras, registrada na patente como


inovação tecnológica. É o primeiro acessório aberto utilizado em linhas de
ancoragem. É sempre utilizado juntamente com a sua respectiva manilha de
espera.

1.9.1. KS 12

Durante o desenvolvimento do gancho KS 40 e KS 50, foi construído o


gancho KS 12 para a realização de ensaios mecânicos em escala reduzida,
contudo a sua geometria favorecia a manipulação por ROV, tornando-se um
acessório e ferramenta para instalações submarinas.

1.9.2. KS 40

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Utilizado com manilha de união final de 95 mm no olhal e montada na
manilha de espera do KS40.

1.9.3. KS 50

Utilizado com manilha de união final de 120 mm no olhal e montada na


manilha de espera do KS50.

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1.10. Gancho Disparador

Os ganchos disparadores foram criados para ser uma ferramenta na


instalação de sistemas de ancoragem do tipo estacas torpedos e
equipamentos submarinos. Dois tipos de ganchos disparadores foram
criados no setor da ancoragem, sendo um para atender os torpedos de
UEP´s e outro para atender os torpedos utilizados para a ancoragem de
linhas flexíveis.

1.10.1. Gancho Disparador DN40

Este equipamento é utilizado para o lançamento de estacas torpedos


superiores ao T66. Também pode ser utilizado para a instalação de
equipamentos submarinos.

DE-3010.00-6620-962-PBK-009_Rev_D

39
1.10.2. Torpedo de Linha

Este gancho foi concebido para o uso em instalações de torpedos até o T44.

40
1.11. Limitador para Caça de Amarra (Chaser
Trap)

Serve para realizar operações de recolhimento e abertura de linhas de


sondas de perfuração sem o auxílio de ROV juntamente com o chaser colar.

Este acessório permite que o chaser colar passe pela parte cone prisioneiro
mas não transpasse o limitador. Isso facilita a operação de abertura de
linha sem o auxílio de ROV

A distância entre os acessório é de 10 à 15 metros para caber o conjunto


inteiro dentro da extensão do convés da embarcação para a manobra.

Definição: dispositivo que limita o curso do gancho ou do anel caça amarra.

Classe: 31151609.

Família: 98.005.701.

A seguir, é apresentada a especificação do limitador padronizado:

Carga de trabalho (t) Diâmetro da amarra (mm) NM


100 76 10.777.373

41
Segundo o Daniel, a distância entre a parte cônica e o batente é de
aproximadamente de 10 à 20 metros para garantir que o que ficar no
convés vai ficar depois do forque ou do sharkjaw.

1.12. Garatéia

Equipamento utilizado para a pescaria de amarras de 76mm até 120mm. A


manilha que monta no olhal é a especial de 710 ton. O olhal inferior serve
para colocar uma manilha que facilite a desconexão, podendo colocar um
cabo ou um peso como um tramo de amarra.

Para o uso da garateia, as cargas máximas estão especificadas conforme a


posição que ela chega no convés:

250 toneladas para a amarra conectada na pata voltada para baixo:

42
150 toneladas para a amarra conectada na pata voltada para cima:

43
400 toneladas de capacidade máxima para carregamento axial

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Documento de referência

Manual

MA–3000.00–1520–612–P9A–001

Sindotec

http://sbcas230/webfacil3/structBrTecEngP.aspx?OBID=YU5W001A

MA–3000.00–1520–612–P9A–001

1.13. Swivel ou Tornel

É utilizado em montagem juntamente com cabos de aço, para evitar que a


torção induzida no cabo seja transmitida para outros acessórios que
compões a linha de ancoragem ou o cabo de manuseio.

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1.14. Sistemas de Fundação - Âncoras

As âncoras são os elementos que realizam o contato com o solo marinho e


transferem toda a carga transmitida pelas linhas de ancoragem. O termo
utilizado pela marinha mercante é ferro, contudo o equipamento utilizado
nas embarcações serve apenas para fundear em águas abrigadas. Para o
uso de ancoragens temporárias e definitivas é necessário um cálculo
geotécnico para determinar qual é a iteração com o solo com a fundação a
ser utilizada, que pode ou não ser uma âncora. Segundo a definição
geotécnica temos os seguintes tipos de sistemas de fundação:

1) Fundação profunda;

a) Estacas cravadas com martelo; ISO 19901-4, API RP 2GEO

b) Estacas perfuradas e cimentadas;

c) Estaca Mista;

d) Estacas torpedo;

e) Estaca de sucção;

f) Estacas atirantadas.

2) Placa de Reação - Âncoras

a) Âncoras de arraste;

b) Âncoras de carga vertical (VLA).

Devido ao histórico do uso do termo “âncora” no jargão operacional, não é


possível desassociar esse termo do meio naval e do off shore. Por este
motivo, mesmo com toda a carga histórica, o temo técnico pode divergir da
ideia comum do equipamento.

A Petrobras possui plataformas ancoradas com estacas de sucção e estacas


perfuradas e cimentadas, contudo são projetos específicos e os materiais
para a fundação foram adquiridos somente para estes casos. Nesta parte do
catálogo estão listados os materiais que são utilizados com mais frequência.

46
1.14.1. VLA - Vertical Load Anchor

Este tipo de âncora é uma placa de reação que uma vez instalada, ela
assume uma posição ou penetra em uma determinada profundidade que
atende aos requisitos do projeto geotécnico.

1.14.2. Arraste

Este tipo de âncora é uma placa de reação que uma vez instalada ela
penetra no solo até uma determinada profundidade até atender aos
requisitos do projeto geotécnico para suportar a carga de projeto da
plataforma ou sonda.

1.14.3. Estaca Torpedo

A âncora tipo estaca torpedo é uma patente da Petrobras, desenvolvida


para a instalação de sondas e plataformas de modo mais fácil do que a
âncora de arraste. Comumente chamada de torpedos, os modelos são
diferenciados principalmente pela massa, por este motivo a designação é o
“T” de torpedo, seguido da massa em toneladas.

Os torpedos até o modelo T35 são utilizados para a ancoragem a


ancoragem de dutos.

Os modelos T43 e T66 são utilizados para sondas, mas já foi necessário o
emprego para alguns dutos em solos pouco coesos.

Os T98, T115 e o T120 são utilizados nas instalações de plataformas.

ØD
TORPEDOS A [mm] L [mm]
[mm]
T24 (8m) 761,84 762 9550,319
T24 761,84 762 13550,32
T35 1603,31 762 13821,84
47
T43 1182,28 762 13821,84
T66 2027,28 1067 14706
T98 2027,28 1067 17706
T115 2027,28 1067 17706
T120 2586,74 1219 22819
T120 PIB 2586,74 1219 23819

A particularidade da estaca torpedo é o uso de um equipamento para


verificar o ângulo assumido após a instalação, quando necessário. Este
equipamento é chamado comumente de garrafa instrumentada.

1.15. Garrafa Instrumentada

Como parâmetro de aceitação da cravação das fundações utilizando as


estacas torpedos está a verificação da inclinação após a cravação por
gravidade. O único meio de verificação é por meio de um monitoramento
com um equipamento eletrônico que realize essa medição.

Inicialmente desenvolvida para medir a velocidade terminal do torpedo no


início do desenvolvimento, para se estimar a energia dissipada na gravação.
Com o acréscimo de acelerômetros nos três eixos foi possível medir
também a inclinação após a cravação. Para a obtenção das informações
referentes à posição do torpedo após a instalação os sinais elétricos
provenientes dos acelerômetros são integradas para se encontrar a

48
velocidade e depois integradas novamente para obter a posição e
posteriormente o ângulo de inclinação por trigonometria.

Sistemas de Coordenadas

Ângulo de Inclinação (α)

Ângulo de Azimute (β)

49
Para a medição do azimute pela integração das acelerações havia o
problema de não ser conhecer exatamente a posição angular do torpedo
antes do lançamento. Embora o ROV fizesse uma conferência final antes do
lançamento, o torpedo poderia rotacionar de forma devagar enquanto o
ROV se afasta para o lançamento do torpedo, sendo difícil perceber com
exatidão qual foi este valor devido a acuracidade dos acelerômetros. Para
resolver inicialmente esse problema fui introduzido girômetros que
apresentavam uma resolução melhor, porém não satisfatória. Atualmente
são utilizados sensores de rotação por efeito Doppler em fibra ótica que
apresentam uma resolução bem melhor.

Garrafa instalada

Operação de teste do T120 PIB


50
Após a cravação, é realizada a contagens de elos para a medição a
penetração e remoção da garrafa instrumentada com o auxílio do ROV.

1.16. Boia

A boia é utilizada para o balizamento das sondas de perfuração e também


para a desmobilização e ancoragem das mesmas, suportando as linhas de
ancoragem para as embarcações realizarem os manuseios necessários.

Cada boia deve conter no mínimo uma lanterna de sinalização e faixas


reflexivas para evitar o abalroamento por embarcações que não tenham um

51
radar. Um sistema de localização por GPS para localização em caso de
desprendimento acidental da boia.

Definição: objeto flutuante, mantido no seu lugar fundeado ou amarrado,


utilizado para balizamento ou amarração de embarcações.

Classe: 25111900B. Família: 98.001.194

Nomes coloquiais: boia luminosa marítima, boia de ancoragem ou boia

de sinalização.

As boias marítimas padronizadas podem ter duas aplicações:

sinalização e amarração.

A seguir, são apresentadas as especificações das boias marítimas


padronizadas:

Dimensõe Empuxo
Material Desenho de NM
s líquido
engenharia
(mm) (t)
aço carbono DN 1620 x compr. 3,6 DE.4400.06-6621-290-PTT- 10.759.923
2920 001
aço carbono DN 2438 x compr. 20 DE.3504.00-1357-962-PBK- 10.311.425
5656 018
aço carbono DN 3800 x compr. 40 DE.3504.00-1357-962-PBK- 10.203.639
6000 019
aço carbono DN 3200 x compr. 50 DE.3504.00-1357-962-PBK- 10.401.828
10000 017

Observação:

DN - diâmetro nominal

1.16.1. 20T

52
1.16.2. 40T

1.16.3. Lanterna da Boia

53
As lanternas das boias são específicas para meio marítimo, funcionando por
energia elétrica coletadas por painel solar e armazenadas em baterias
recarregáveis.

1.16.4. Rastreador de boia

54
O rastreador das boias é um equipamento eletrônico que recebe sinal dos
satélites de geoposicionamento, realiza um processamento e retorna com o
sinal indicando a posição naquele momento. A função do rastreador é a
localização da boia em caso de soltura indesejada do sistema de ancoragem
em espera.

1.17. Cabo de Aço

Definição: cabo composto por pernas de arames de aço, dispostas em


forma de hélice, em torno de uma alma, que pode ser de aço ou fibra, com
o propósito de transmitir força de tração.

Classe: 31151505.

Famílias: 98.007.295 e 98.000.249

Os cabos de aço são especificados, conforme a Norma ISO 10425 (Steel


wire ropes for the petroleum and natural gas industries Minimum
requirements and terms of acceptance).

55
O acabamento dos cabos de aço são definidos em função da sua classe de
galvanização, que pode ser de dois tipos: classe A ou classe B, sendo que o
que difere as classes é a massa de zinco utilizada no revestimento do cabo.

Na tabela a seguir, são apresentadas as espessuras da camada de zinco no


arame, conforme a Norma ISO 10425 (Steel wire ropes for the petroleum
and natural gas industries - Minimum requirements and terms of
acceptance):

Massa de zinco utilizada no revestimento de cabos

A construção do cabo de aço indica o número de pernas, o número de


arames de cada perna, a sua disposição, o tipo de alma e a maneira como
os arames estão dispostos nas pernas.

Para os cabos compostos com arames de mesmo diâmetro, a construção


indica que, na composição das pernas, os diâmetros dos arames são
aproximadamente iguais. O processo de fabricação deste cabo envolve
normalmente uma ou mais operações de fechamento da perna.

Para os cabos compostos com arames de diâmetros diferentes, a construção


indica que na composição das pernas existem arames com diâmetros
diferentes. As composições mais conhecidas são:

filler: indica que na composição das pernas existem arames principais e


arames finos, que servem de enchimento para a boa acomodação dos
outros arames. Os arames de enchimento não entram no cálculo da carga
de ruptura dos cabos, nem estão sujeitos ao atendimento de requisitos que
os arames principais devem satisfazer;

Warrington: indica que na composição das pernas existe pelo menos uma
camada, constituída de arames de dois diâmetros diferentes e alternados;
56
seale: indica que na composição das pernas existem pelo menos duas
camadas adjacentes com mesmo número de arames. Todos os arames de
uma mesma camada possuem o mesmo diâmetro.

Outra característica dos cabos de aço é a torção das pernas, podendo ser:

• Torção regular à direita (torção regular em Z). Engloba a grande maioria


dos cabos hoje utilizados;

• Torção regular à esquerda (torção regular em S). Estes cabos de aço não
farão parte da padronização.

Tipo de Torção

Define-se como torção, a forma como os arames externos estão enrolados e


as pernas dos cabos são posicionadas sobre a alma. Os cabos de aço
apresentam torção a direita ou a esquerda, podendo ser do tipo LANG ou
REGULAR.A norma ISO 17.893 designa a torção dos arames nas pernas
pelas letras “s” e “z”, e a torção das pernas no cabo por “S” e “Z”.

57
O diâmetro nominal indica as seguintes notações:

• O diâmetro nominal da circunferência que circunscreve o cabo,


antepondo DN;

• O símbolo da unidade de medida (por exemplo: DN 77 mm).

A seguir, são apresentadas as especificações dos cabos de aço


padronizados, conforme a Norma ISO 10425, torção à direita,
soquetes peras e com lubrificação pesada:

Diâmetr Carga de
o Comprimen
Construção / Alma ruptura Acabamento Certificação Aplicação NM
to
nominal (kN) (m)
(mm)
25,4 460 750 10.576.06
6
6x25 W S-AACI 31,8 710,83 polido (não sem cabos de 10.383.23
500 certificação 3
38,1 790 galvanizado manusei 10.199.86
) o 2
6x25 Filler+AACI 38,1 1010 NENHUM sem 11.382.20
certificação 9
50 10.362.48
2
6x36 Warring-Seale+AACI 1755,4 100 com 10.301.76
certificação 4
200 10.301.55
51 galvanização B pendente 9
400 10.155.81
6
6X36WS-AACI 1810 600 sem 10.155.57
certificação 5
1000 10.544.31
6
6x36 Warring-Seale+AACI 100 10.297.67
5
3265,6 200 10.362.48
6x36 Warring-Seale+AACI cabos de 6
69,9 galvanização B 500 com 10.641.84
manusei 0
certificação
300 o 10.301.63
6X36WS-AACI 3530 3
800 10.156.11
7
50 11.067.35
cabos de 6
100 10.205.29
0

58
6x47ou 6x49 Warrington 150 com ancoragem 10.301.52
Seale+AACI certificação de MODU 0
300 10.294.79
4
200 10.155.49
cabos de
0
400 ancoragem 10.155.56
85,7 4775 galvanização B 7
600 de MODU 10.127.31
6X47WS-AACI ou
com 7
6X49WS-AACI 750 10.312.83
certificação cabos de
4
1000 trabalho 10.365.70
de AHTS 4
1500 10.205.26
9

Padronização de cabos de aço:

Os cabos são inspecionados conforme a PE-4ED-00157-0, com base nos


critérios da ISO 4309 e na API RP 2I e eletromagnética conforme a ABNT
16073.

Em caso de necessidade de corte para remover algum trecho com dano, o


cabo é enquadrado para um comprimento de algum cabo da lista dos NM
criados. Não é feito um cabo com comprimento diferente ao comprimento
padronizados dos cabos.

1.18. Cabo de Fibra

Quando molhados devido ao estoque em área aberta, os cabos absorvem


cerca de 5% do seu peso em água. Esta informação é útil quando é
utilizado guindaste para o movimento de carretéis em áreas de
carregamento.

capa

filtro

perna Subcabos
em paralelo

Subcabo
trançado
multifilamento

59
1.19. Adensador de Amarra e Presilha

O adensador de amarra serve para aumentar a densidade linear de um


trecho de amarra. Com isso é possível alterar a resposta do sistema de
ancoragem ou reduzir o raio do sistema.

Detalhe da presilha do adensador de amarras

1.20. Flutuador

Os flutuadores submarinos são utilizados para os seguintes propósitos:

 Sinalização de coordenadas submarinas;


 Desconexão remota;
 Facilidade para conexões de acessórios de ancoragem;
 Sinalizações de abandono temporário de equipamentos;
 Ferramenta de instalação de equipamentos.
60
Os Flutuadores são construídos em resina sintática, que é um material
compósito constituído de uma resina termo fixa e cargas, como
microesferas de vidro, para promover uma densidade menor a da água e
prover a resistência hidrostática necessária para o trabalho em
profundidade até 3000 metros.

61
2 Materiais de Terminais Oceânicos

Os materiais de terminais oceânicos são utilizados nas operações de alívio,


ou offload, das plataformas que estocam a sua produção ou a produção de
um campo petrolífero.

As operações consistem em realizar a instalação, manutenção e manuseio


das linhas de mangotes marítimos. Normalmente as linhas de mangotes são
constituídos por volta de 30 unidades de mangotes que são montados sobre
um AHTS, ou somente TS com uma “piscina” para a contenção do óleo
residual que pode existir nos mangotes que são desmontados na
extremidade da linha de mangote é montado uma válvula do tipo NSV ou
um conjunto de válvula biexcêntrica com um flange sego.

Durante as operações de alívio, o petroleiro permanece conectado por um


cabo de atração à plataforma.

Tanto o cabo de atracação como a linha de mangotes são levados para o


petroleiro com a ajuda de lanchas que fazerm parte dos serviços realizados

TS – Tug Suplay

OSTV Oil suplay tug vessel

2.1 Mangotes

Equipamentos composto por flanges, borrachas, camadas de tecido e


material flutuante com o objetivo de transferir o petróleo ou o óleo bruto da
plataforma para o navio aliviador. Por especificação da Petrobras, todos os
mangotes utilizados nas operações de off-load são dupla carcação, para
mitigação de qualquer tipo de vazamento.

Existem vários tipos de mangotes para finalidades distintas.

2.1.1 Catenária

62
Utilizado para a interligação da monoboia com o sistema de tudo
submarino. Este tipo de mangote já foi utilizado para a transferência de
óleo entre a plataforma e o navio aliviador, mas para esta função os
mangotes tipo flutuante e o submarino, que possumem um desempenho
melhor. Este mangote é o único simples carcaça utilizado na Petrobras.
Mangotes desse tipo são utilizados atualmente pela Transpetro.

2.1.2 Flutuante

Utilizados para o transporte de óleo entre a plataforma e o navio aliviador,


contudo este mangote suporta a válvula da e uma das suas extremidades
deve possuir uma maior flutuabilidade para compensar esse peso.

2.1.3 Submarino

Utilizados para o transporte de óleo entre a plataforma e o navio aliviador.


Também possui flutuação e é utilizado na grande maioria das linhas de
mangotes.

2.2 Cabos de atracação

63
Os cabos de atracação servem para manter o petroleiro a uma distância de
150 metros da plataforma, durante a operação de offload.

O cabo de atracação é utilizado juntamente com os sapatilhos, rabicho de


amarra de 76mm e a boia.

A manobra de atracação pode ser com o auxílio de lancha, onde a petroleiro


convencional se aproxima a uns 300 metros da plataforma para receber a
linha de atracação ou o próprio petroleiro, quando este é dotado de
Dynamic Position – DP, lança uma retinida com para o FPSO.

Com a boia sintética é fixada com uma manilha e uma corrente de carga de
1 5/8 no elo da amarra de 3”.

64
65
2.3 Boia do cabo de atracação

2.3.1 Boia de 3,8 toneladas - sintática

A boia sintática é utilizada para facilitar o manuseio das cabos de atracação.


Ela é fixada por meio de um dos olhais com uma manilha de carga e uma
corrente de 1 5/8 que é passado no interior de um dos elos da extremidade
do cabo de atracação.

2.3.2 Boia de 5 toneladas

66
2.4 Válvula Biexcêntrica

Adaptação desenvolvida pela Petrobras. Inicialmente utilizada nas válvulas


excêntricas e adaptadas para as válvulas biexcênctricas, que são utilizadas
atualmente em todas as linhas de off-load.

2.5 Válvulas de Bloqueio/NSV

A válvula NSV (do inglês North Sea Valve) é uma válvula com sistema de
engate rápido diretamente no petroleiro. Os olhais laterais da NSV servem
para trazer a válvula e toda a linha de mangote para o petroleiro.

67
68
2.6 Flanges Cego

Os flanges cegos servem como ponto de fixação das linhas de mangote para
trazer a válvula até o manifold do petroleiro.

2.7 Flanges de lavagem

Estes equipamentos são utilizados para a lavagem das linhas de mangotes


após o offload.

69
2.7.1 Flange de lavagem para NSV

Este flange de lavagem é dotado de um dispositivo que permite o


acionamento da sede da válvula NSV para realizar a lavagem da linha de
mangote.

Modelo antigo

2.7.2 Flange de lavagem para carretel

Este flange de lavagem é mais simples, é dotado apenas de uma conexão


para a mangueira da lavagem.

Tem uma válvula direcional para evitar o retorno da água de lavagem.

70
Todo flange de lavagem deve possuir uma válvula de não retorno pois a
bomba da embarcação, normalmente a bomba de incêndio, para de
funcionar e a água com resíduo oleoso retorna para embarcação.

71
2.8 Carretéis

Utilizado como ponto de amarração na linha de mangote ou para a


montagem do flange sego após a montagem da válvula biexcêntrica.

2.8.1 Simétrico

72
2.8.2 Simétrico de redução

2.8.3 Assimétrico

73
2.8.4 Simétrico Rotativo

2.8.5 Assimétrico Rotativo

74
3 Acessórios de elevação

3.1 Gancho de Carga

O gancho de carga é utilizado nas operações de instalação de equipamentos


e como ferramentas nas operações de pré-lançamento. Para as operações
envolvendo o uso de ROV este gancho pode ser adaptado para facilitar a
pega pelo manipulador de 5 ou 7 funções.

3.2 Anel de Carga

É utilizado na união de lingas e para a conexão com gancho de carga em


instalação de equipamentos submarinos em torpedos de linha.

75
3.3 Anel Pera

Tem a mesma função do anel de carga.

76
3.4 Manilha de Carga Curva

Na Petrobras é permitido somente o uso da manilha de carga curva tipo X


(segundo a NBR 13545 possui somente pino com cabeça e porca
sextavadas)

Designação conforme a ABNT 13545

ABNT NBR 13545 - X -YZ CMT

Onde

X é o grau da manilha (4, 6, 8, 8S, R4 ou 10);

Y é o tipo do corpo: D (manilha reta) e B (manilha curva);

Z o tipo do pino da manilha. W (pino roscado com olhal e colar) e X (pino


com cabeça e porca sextavadas)

e contrapino);

CMT a carga máxima de trabalho em toneladas.

77
4 Rastreabilidade

Para a rastreabilidade dos materiais foi criado um código de marcação nos


acessórios de ancoragem:

Código do material + número sequencial + ano

Código Material
Amarra C
Adaptador Giratório/Swivel D
Âncora A
Boia B
Cabo Amarração N
Cabo Aço W
Cabo Poliéster X
Elo E
Garatéia G
Garrafa Instrumentada I
Manilha M
Torpedo T
Gancho K
Válvula V
Mangote H
Placa Triangular P

Também foi homologado no âmbito da Petrobras, o uso de tecnologia de


RFID para auxiliar no rastreamento dos acessórios, cabos e mangotes. Para
a frequência de 125 KHz é utilizado uma etiqueta onde é permitido a
gravação do código com até 10 caracteres em hexadecimal. Para a
frequência na faixa do UHF (860-930 MHz) são utilizadas etiquetas do tipo
passivo obedecendo ao protocolo EPC C1G2. Neste último caso os produtos
já vêm do fornecedor com as etiquetas.

78
5 Anexos

Geometria de montagens

MUF + TRI PLATE + MUF


Amarra A
76 1193 mm
84 1319 mm
95 1492 mm
105 1649 mm
114 1790 mm
120 1884 mm

EA + EF
Amarra A B C
76 334 mm 331 mm 665 mm
84 370 mm 365 mm 735 mm
95 418 mm 413 mm 831 mm
105 462 mm 457 mm 919 mm
114 502 mm 493 mm 995 mm
120 528 mm 522 mm 1050 mm

MUF + GANCHO KS + MKS


Amarra A B C D
MUF 95
KS 40 642 mm 430 mm 1133 mm 1563 mm
MKS 40
MUF 120
KS 50 653 mm 680 mm 1277 mm 1957 mm
MKS 50

Boia Ø [mm] C [mm] L [mm] PESO [kg]

20t 3100 6000 3824 10632

40t 3525 6873 4444 13039

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