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RIO DE JANEIRO
2019
ii
Bibliográficas: p. 67
Banca Examinadora
________________________________________________________
Prof. Dr. Jeferson Luis da Silva Rosa (Orientador) – UNav/UEZO
________________________________________________________
Prof. Dr. Marcelo Musci – UNav/UEZO
_______________________________________________________
Prof. Dr. André Luis Pereira– UNav/UEZO
v
RESUMO
ABSTRACT
It is a general agreement to say that the evolution of mankind is aligned with the
discovery of new sources of energy. We have always adapted and developed
technologies to use these new sources, and with the oil industry could not be
different. The discovery of the pre-salt in Brazil brought the need for exploration of
water depths of 2000 meters, which was undoubtedly an ambitious project. With the
accelerated growth of pre-salt exploration, the ROV became more demanded in
deep-sea underwater operations and from these demands, the technology applied in
underwater robotics also required evolution, after all, great depths require greater
care due to water's pressure and temperature. With the increase in exploration, the
ROVs performed unprecedented operations, using pioneering technologies to open
the first wells. However, despite this movement, the ROV is not a piece of known
equipment to people who are in some way not inserted in the field until nowadays.
Taking a drone as a parameter of comparison, the ROV has no popularity at all. From
the point of view that the lack of available information and the knowledge of this
technology is almost exclusive to those who work in the operations field, and the
technology applied in submarine robotics, consequently, it is concluded that the
development of this particular segment experience delays in its evolution and this is
the barrier that this work has the ambition to break. By explaining in a simple and
accessible way, it will be divided into parts the basic operating components of the
ROV and explained the use of the tools linked to the operations which it is believed to
be of utmost importance, and consequently attract new looks from those who wish to
contribute to technological development.
LISTA DE FIGURAS
Figura 59: (a) Limpeza com escova rotativa e (b) Limpeza com hidro jateamento
Figura 60: Inspeção visual de ANM, verificação de status de válvulas
Figura 61: Medidor de espessura
Figura 62: Operação com medidor de espessura
Figura 63: Ferramenta de torque sendo acoplada na válvula IQ2
Figura 64: Operação com Hot Stab
Figura 65: Operação com torqueadeira hidráulica em desconexão de dutos
x
NOMENCLATURAS
PAL: Phase Alternating Line - Linha de Fase Alternada - é uma forma de codificação
da cor usada nos sistemas de transmissão
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1
2. OBJETIVO .............................................................................................................. 3
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 4
3.1. CLASSIFICAÇÃO DOS ROVS...........................................................................4
3.1.1 Classe 1 – Classe de observação ............................................................. 5
3.1.2 Classe 2 – Classe de Observação e Transporte de Pequenas Cargas.. 5
3.1.3 Classe 3 – Classe de Trabalho e Intervenções ........................................ 5
3.1.4 Classe 4 – Tratores ou Trenching............................................................. 7
3.1.5 Classe 5 – Classe Autônoma ou AUV ...................................................... 7
3.2. TIPOS DE LANÇAMENTO................................................................................ 8
3.2.1 Free Swimming........................................................................................... 9
3.2.2 ROV com Sistema de Gerenciamento de Tether ..................................... 9
3.2.3 ROV com Free Umbilical ......................................................................... 10
3.3 COMPONENTES DO ROV...............................................................................11
3.3.1 Chassi ....................................................................................................... 11
3.3.2 Flutuadores .............................................................................................. 13
3.3.3 Lastreamento/Centro de Gravidade ....................................................... 14
3.3.4 Sistema Hidráulico ................................................................................... 15
3.3.5 Propulsores .............................................................................................. 17
3.3.5.1 Propulsores Elétricos .......................................................................... 17
3.3.5.2 Propulsores Hidráulicos ...................................................................... 18
3.3.5.3 ROV com Thrusters Axiais INTRODUÇÃO ......................................... 19
3.3.5.4 ROVs com Thrusters Vetoriais INTRODUÇÃO................................... 20
3.3.5.5 Unidade de Controle dos Thrusters .................................................... 20
3.3.6 Válvulas .................................................................................................... 22
3.3.6.1 Servo-válvulas .................................................................................... 22
3.3.6.2 Válvulas Proporcionais ....................................................................... 23
3.3.7 Unidade de Controle Hidráulico.............................................................. 24
3.3.8 Unidade de Força Hidráulica ................................................................... 26
3.3.9 Compensadores ....................................................................................... 27
3.3.10 Reservatório ........................................................................................... 28
xiii
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
3. FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA
Não existem fontes confiáveis que digam exatamente quem detém o crédito por
desenvolver o primeiro ROV, no entanto, o Veículo Submarino Programado, em
inglês Programmed Underwater Vehicle (PUV), foi um torpedo desenvolvido pela
Luppis-Whitehead Automobile na Áustria em 1864, e foi considerado assim, o
primeiro veículo remotamente operado, sendo aprimorado por Dimitri Rebikoff em
1953 e batizado de Poodle. Sua primeira aplicação foi na arqueologia subaquática.
(FERREIRA; MARAVILHA, 2008)
Fonte: Gcaptain.com1
1
Disponível em <https://gcaptain.com/bibby-offshore-signs-rov-contract-seascape/smd-atom/> Acesso
em 15/11/2019
7
Fonte: Gcaptain.com1
Figura 4 – Trenching
Fonte: Rigzone.com 2
Os ROV’s podem ser construídos para projetos específicos e desta forma cada um
apresenta uma característica diferente, de acordo com as demandas que deve
atender. Estas características podem ser: potência hidráulica, tamanho, tipos de
câmeras, tipos de manipulador, tamanho do ROV, profundidade de trabalho, entre
outras. (CHRIST; WERNLI, 2014)
por ser leve, mas em contrapartida o tether é mais sensível a danos. Existem dois
tipos de TMS: Top Hat (tradução literal cartola), onde o veículo é acoplado ao
sistema de gerenciamento de tether, aparentando uma cartola no ROV e devido a
essa semelhança tem este nome, conforme mostrado na Figura 7 e Garagem
(Figura 8), onde o veículo fica no interior da estrutura de gerenciamento de tether e
por isso recebe o nome de garagem. (CHRIST; WERNLI, 2014)
Fonte: Keynvormorlift.co.uk4
Essa configuração não é utilizada com frequência devido ao fato de requerer mais
manutenções por ser um sistema mais propenso a falhas em virtude da exposição
constante do tether. (CHRIST; WERNLI, 2014)
A abordagem no que diz respeito aos componentes do ROV será breve e sem
grande detalhamento, pois este trabalho tem como objetivo apenas ilustrar o ROV e
seu funcionamento.
Todo ROV precisa necessariamente ser dotado de uma estrutura. Esta estrutura é
usualmente chamada de chassi estrutural, que em sua maioria é feito de alumínio
especial, e representa o esqueleto do ROV, fornecendo sua forma e sustentação. O
material escolhido deve ser um material resistente em termos de força e também de
corrosividade, assim como deve ser o mais leve possível de modo que não impacte
3.3.2 Flutuadores
Para que o ROV não fique completamente sem flutuabilidade (negativo) devido ao
peso de sua estrutura e seus componentes, se faz necessário o uso de flutuadores
para que, quando na água, seu peso fique equilibrado de modo a deixar o mesmo
neutro, fornecendo assim uma flutuabilidade estável. Os flutuadores são usualmente
colocados na parte superior de seu chassi estrutural. (FEDALTO et al., 2014)
Por sua vez, a espuma sintética reveste e preenche todo o vazio entre as
macroesferas ocas. A composição dessa espuma sintética é uma matriz de epóxi
polimérica que envolve todas as esferas promovendo a flutuabilidade, reforçando a
14
Fonte: Eccofloat®6
Para fazer a descrição geral, foi utilizado como base um veículo de fabricação da
empresa SMD. O sistema hidráulico principal é formado por um motor e duas
bombas hidráulicas que distribuem o fluxo de óleo usando tubos e acessórios
hidráulicos em aço inox 316. Nas conexões dos propulsores com a linha de pressão
principal e nas conexões de retorno para a bomba hidráulica são utilizadas
mangueiras adequadas e especificadas de acordo com o espaço físico entre as
partes a serem conectadas, a pressão de trabalho, as conexões das extremidades e
etc. (SUMAN, 2010)
acordo com o desejável para o componente mais sensível do sistema e vai até o
manifold (caixa de distribuição) da Unidade de Controle dos Propulsores, em inglês,
Thruster Control Unit (TCU). O TCU, por sua vez, direciona o fluxo hidráulico de alta
pressão para os propulsores do veículo, que em seguida o redirecionam para a linha
de retorno no manifold do TCU. (FERREIRA; MARAVILHA, 2008)
Fonte: Wideseatech.com7
Figura 14 – Layout dos propulsores hidráulicos (a) vista superior e (b) corte transversal
Fonte: Sperre-as.com8
Este tipo de ROV possui thrusters horizontais dispostos no vetor de 45° e thrusters
verticais conforme ilustrado na Figura 16.
Figura 16 - Posicionamento dos thrusters vetoriais (a) vista inferior e (b) vista em perspectiva
Por sua vez, a Figura 18 demonstra o bloco de válvulas que fica dentro da caixa
compensada.
3.3.6 Válvulas
3.3.6.1 Servo-válvulas
São válvulas de extrema precisão, atuam linearmente, trabalham com uma tensão
que normalmente varia entre -5VDC e +5VDC, e fazem o controle de vazão do óleo
que é direcionado ao thrusters. A polaridade da tensão aplicada é o que determina o
sentido do giro do propulsor e a variação da tensão determina sua velocidade de
giro. Seu tamanho varia de acordo com o tamanho dos thrusters a serem
controlados. (PARKER, 2001)
apresentado na Figura 22, é bem mais simples que das servo-válvulas. (PARKER,
2001)
9
Disponível em: <http://www.wideseatech.com/en/product_show.asp?id=189> Acesso em 14/11/2019
25
Alguns ROVs possuem mais de uma HCU, estas podem ser ajustadas com pressões
de trabalho diferentes de acordo com a necessidade do projeto, estes ajustes feitos
através dos parafusos demonstrados na parte traseira, conforme exibido na Figura
24b. (PARKER, 2001)
Devido a energia consumida pela HPU e a quantidade de cabo necessária para que
se atingisse profundidades cada vez maiores, optou-se elevação da tensão AC
fornecida à mesma para que seja gerada uma corrente menor passando pelos
condutores, com isso alguns modelos de maior profundidade de trabalho, alimentam
o motor elétrico com tensões na faixa de 3 a 3,3 kVAC. Existem restrições quanto
ao acionamento do conjunto fora d’água devido à falta de refrigeração, que é feita
pela água. (GRAHAM AND TROTMAN LTD, 1983)
3.3.9 Compensadores
A pressão interna se faz através de uma única mola ou conjunto de molas sobre
uma membrana, na Figura 27 é possível ver um compensador instalado e
preenchido com óleo hidráulico. (MATHEUS, MOREIRA, 2007)
28
3.3.10 RESERVATÓRIO
Figura 29 – Reservatórios
Fonte: Seatools11
3.3.11 MANIPULADORES
11
Disponível em: <http://www.wideseatech.com/en/product_show.asp?id=189> Acesso em 14/11/2019
30
Fonte: Seatronics12
Figura 31 – Raio de atuação do manipulador Rigmaster: (a) vista lateral e (b) vista superior
Chamados de manipuladores 7F, são controlados normalmente por uma HCU, assim
como os de 5F. Possuem comunicação com a unidade de controle da superfície,
que é o controle chamado de Master (demonstrado na Figura 32). (FMC
TECHNOLOGIES SCHILLING ROBOTICS, 2018)
Por possuir um número maior de juntas, 7 no total, este manipulador possui um raio
de atuação muito mais abrangente que o de 5 funções, como pode ser observado na
Figura 34. (FMC TECHNOLOGIES SCHILLING ROBOTICS, 2018)
é incomum que ele requeira uma rotina de manutenções tanto preventivas, quanto
corretivas mais frequente. As peças sobressalentes têm alto custo, fazendo com que
a manutenção desse tipo de manipulador aumente consideravelmente os custos
operacionais. (FMC TECHNOLOGIES SCHILLING ROBOTICS, 2018)
Figura 34 – Área de atuação (a) vista lateral e (b) vista superior do modelo Titan 4
Figura 35 – Acessórios disponíveis para o modelo de manipulador Titan 4: (a) garra de 3 dedos, (b)
garra de 4 dedos, (c) garra paralela e (d) câmera com LED
sai o cabo de fibra ótica em direção a garrafa eletrônica com a comunicação e vídeo.
(SOIL MACHINE DYNAMICS, 2017)
Figura 36 – Caixa de terminação do Centurion SP SMD (a) vista frontal, (b) vista perpendicular e (c)
vista sem a tampa onde os componentes eletrônicos podem ter vistos.
A garrafa eletrônica (POD) é o compartimento que abriga toda ou quase toda parte
dos circuitos de controle do ROV e se conecta às outras partes através de cabos
elétricos submarinos que podem ser compensados ou não, conforme demonstrado
na Figura 37. Em seu interior existem placas eletrônicas, módulos de PLC, fusíveis,
disjuntores, multiplex de fibra ótica e uma gama variada de componentes
eletrônicos. (SOIL MACHINE DYNAMICS, 2017)
A tampa da garrafa possui penetradores que são as peças que fazem a interface
entre os componentes internos e os cabos elétricos submarinos. A quantidade de
pinos, seu tamanho e modelo variam de acordo com o equipamento a ser
conectado. (SOIL MACHINE DYNAMICS, 2017)
39
O ROV possui diversas opções de periféricos e acessórios que podem ser utilizados
para auxiliar no trabalho a ser executado, dentre esses equipamentos podemos
destacar as luminárias, câmeras, equipamentos para movimentação axial e vertical
das câmeras, equipamentos de navegação, equipamentos de posicionamento,
medidores de profundidade, sonar, entre outros.
São uma evolução das Pan & Tilts elétricas, pois, possuem placa eletrônica de
controle, telemetria independente, com controle de velocidade e finais de curso
eletrônicos programáveis. Sua desvantagem é que requer compensação externa,
mas como pode ser visto nas Figuras 41 e 42, sua estrutura é mais robusta
apresentando maior durabilidade. (KONGSBERG MARITIME LTD, 2005)
Segue exatamente o mesmo princípio da pan & tilt, porém, como seu nome já diz, só
tem a função tilt (movimento vertical). Essas unidades também podem ser elétricas
(Figura 43), eletrônicas e hidráulicas (Figura 44). São utilizadas especificamente em
câmeras que transmitem imagem em preto e branco, e que não requerem
movimento amplo. Caso se faça necessário, uma unidade pan & tilt pode ser
utilizada nesta função, bastando desabilitar o movimento de pan via software.
(CHRIST; WERNLI, 2007)
Existem diversos tipos de câmeras que podem ser instaladas no ROV, tais como as
coloridas (Stardard definition), preta e branca (câmera sit), HD, 3D e minicâmeras,
que podem possuir ou não controle de zoom e foco mecânicos. Todas as câmeras
mencionadas são especialmente desenvolvidas para o ambiente submarino.
44
Fonte: Teledynemarine.com13
Fonte: Teledynemarine.com14
3.3.15.3 Câmera HD
Fonte: Teledynemarine.com15
São câmeras de baixo perfil conforme demonstrado na Figura 49, isto é, compactas.
Tem seu custo reduzido e podem ou não possuir controle de zoom, foco e
iluminação de led. São usadas em funções auxiliares, como por exemplo,
monitoramento contínuo de um manômetro instalado no veículo ou, em inspeções
aonde não se consegue observar com as outras câmeras devido ao ângulo e
posicionamento do alvo. (TELEDYNE MARINE, 2016)
Fonte: Teledynemarine.com16
3.3.16 Sonar
Por atuar em ambiente aquático, trabalha com frequências baixas (300 kHz) e os
sinais são enviados à superfície, onde o operador de ROV dispõe de um monitor que
exibe uma representação gráfica do objeto detectado, como pode ser visto na Figura
51. (TRITECH INTERNATIONAL LIMITED, 2019)
Fonte: Tritech.uk.co17
14/11/2019
48
3.3.17 Profundímetro
unidades de engenharia selecionadas pelo usuário, com uma precisão total típica de
0,01%, em uma ampla faixa de temperatura. As medições de pressão são
totalmente compensadas pela temperatura usando um sensor de temperatura de
cristal de quartzo (usando o princípio da piezoeletricidade). Cada sensor de
profundidade inteligente é pré-programado com coeficientes de calibração
específicos.
3.3.17.2 Altímetro
3.3.18 Bússola
Para que o operador consiga se orientar no fundo do mar são utilizados dados que
são coletados e enviados pela superfície. O periférico que executa esta função é a
50
As bússolas de anel laser (ring laser) aplicam o conceito do efeito Sagnac. Este
efeito baseia-se no fato da luz possuir velocidade constante e independente do
referencial. Nela uma fonte de luz coerente e de comprimento de onda fixo (LASER)
é dividida por um espelho parcialmente refletor. Estes feixes de luz são forçados a
percorrer o mesmo caminho, porém em sentidos inversos. Caso o anel formado por
estes caminhos esteja sofrendo algum tipo de rotação, os caminhos percorridos
pelos feixes de luz terão comprimentos absolutos diferentes. A variação do
comprimento do caminho faz com que os dois feixes cheguem ao final com uma
diferença de tempo ou fase.
Por interferometria é possível identificar qual foi esta diferença de fase. Com três
conjuntos montados ortogonalmente é possível também identificar a direção e
Esse modelo de bússola pode possuir unidades DVL (Doppler Velocity Log) ou não
acopladas. As FOG’s têm como características maior precisão, boa estabilidade
térmica, rápida estabilização, baixo consumo de energia e baixo peso.
(PETROBRAS, 2008)20
19
Disponível em: Básico Sobre Bussolas (Gyro), Petrobras 2008
pode alternar automaticamente entre eles a fim de coletar o dado mais estável. Na
Figura 54 pode-se ver uma PHINS, com DVL acoplado. (BUELONI, 2016)
Existem sistemas mais simplificados e outros mais sofisticados com uma precisão de
0,5% da lâmina d’água, onde são auxiliados por outros instrumentos acoplados ao
ROV, como Sistema Inercial, SVP (Perfilador de velocidade do som, temperatura da
água, condutividade e pressão). Na superfície o sistema é auxiliado por DGPS
(Differential Global Positioning System), MRU (Motion Reference Unit), entre outros.
Com a adição destas informações ao sistema, a acurácia é elevada por conta dos
parâmetros mais precisos e reais do que estimados. (OSHIRO, 2012)
3.3.21 Perfiladores
Fonte: Valeport.21
Local onde os pilotos operam o ROV, que consiste em um contêiner ou numa sala
de operações com cadeiras e console de pilotagem. As informações de fundo
chegam através do cabo armado na superfície, que após ser passado por caixas
elétricas é transformado no deck cable, este sendo composto por vias elétricas e
fibra óptica. Ao chegar ao control van, os cabos são destinados aos seus respectivos
equipamentos de leitura e essas informações são dispostas em telas de operação,
onde algumas são destinadas as imagens de fundo e outras aos dados dos
periféricos. No control van é possível realizar alterações, atuar ferramentas, fazer
marcações nos níveis dos compensadores e diversas outras atividades através do
software de controle do ROV, além do controle do próprio ROV e seus
manipuladores que é feito através de joysticks. (NAUTILUS LIVE, 2010)
É comum se que se diga que os ROV’s são os olhos das operações no fundo do
mar, e isto se dá ao fato de que o homem não é capaz de suportar a pressão em
profundidades superiores a 300 metros, deste modo a presença dos mesmos se
torna fundamental para o processo de exploração. A utilização frequente do ROV se
dá devido a necessidade de visualização, mapeamento, intervenção e
monitoramento de estruturas submarinas, bem como do solo. A marcação da área a
ser perfurada é realizada com o uso deste equipamento e a partir daí o mesmo
participa de todas as etapas seguintes, desde a perfuração até as inspeções
periódicas. (CARVALHO et al., 2009)
A inspeção cadastral, como seu nome sugere, tem por objetivo realizar um
levantamento cadastral geodésico, dos objetos e estruturas que estão no fundo do
mar e deve ser bastante precisa e detalhada. Sempre que houver alterações na
planta submarina é preciso refazer a inspeção na região em questão.
(PETROBRAS, 2018)19
observação, devido ao seu tamanho reduzido, como pode ser visto na Figura 56. A
inspeção de casco não requer nenhuma intervenção, ou seja, tem objetivo apenas
de visualizar as condições do casco do navio. Um veículo da classe de trabalho não
atenderia a essa demanda devido ao seu tamanho e alta potência, o que faria com o
que o sistema hidráulico do veículo aquecesse rapidamente inviabilizando a
continuidade da inspeção. (CARVALHO et al., 2009)
Fonte: Nutecmar.com.br23
São inspeções periódicas que tem por objetivo constatar a integridade física dos
dutos, registrar danos caso haja, retirar objetos ou sucatas que estejam em contato
com os dutos e registrar deslocamento dos mesmos, caso tenham sido observados.
Essas inspeções em sua maioria requerem medição de potencial eletroquímico. Os
trechos dos dutos que ficam em contato com o solo muitas vezes acabam
enterrados, nesses casos para inspecionar pontos específicos são realizadas
operações de dragagem de solo. A Figura 58 contém imagens coletadas na
inspeção de um duto rígido. (PETROBRAS, 2018)25
25
Disponível em: <https://canalfornecedor.petrobras.com.br/media/filer_public/64/07/64073613-bcdf-
401b-ab73-8152f44f010d/anexo_o-2_-_et-300000-1500-91c-pll-002.pdf> Acesso em 14/11/2019
58
Após todos os estudos necessários para a escolha do local de perfuração, para dar
início a um novo poço é necessário fazer uma marcação da área onde a broca de
perfuração deve tocar o solo. Essa marcação é feita utilizando os parâmetros de
localização do ROV através dos equipamentos de survey e acústica com base nas
coordenadas fornecidas pela pessoa responsável por tal atividade. São utilizadas
três boias, para fazer a marcação triangular com 7 metros de lado em torno desta
área e tal marcação deve ser feita com precisão, pois será o ponto de entrada da
broca de perfuração. (PETROBRAS, 2017)
4.3 PERFURAÇÃO
O anel VX é um modelo de junta tipo anel, que atua na vedação entre conexões que
trabalham com alta pressão, como por exemplo na conexão entre a cabeça de poço
e o BOP. A ferramenta de anel VX é instalada no ROV e permite a colocação deste
anel quando a estrutura submarina já está no fundo do mar. (PETROBRAS, 2018) 26
A ferramenta pode ser instalada no ROV com a junta já posicionada, como também
pode fazer o resgate de um anel spare que desce no BOP, com o manipulador a
ferramenta é cuidadosamente posicionada no local correto e acionada
26
Disponível em: <https://canalfornecedor.petrobras.com.br/media/filer_public/64/07/64073613-bcdf-
401b-ab73-8152f44f010d/anexo_o-2_-_et-300000-1500-91c-pll-002.pdf> Acesso em 14/11/2019
59
As estruturas submarinas ficam no fundo do mar por muitos anos e, com isso, muitas
vezes a vida marinha se desenvolve nestas estruturas. Como a maioria das
inspeções são feitas visualmente, é necessário realizar a limpeza da estrutura, que
pode ser feita de duas formas: através de uma ferramenta rotativa, onde uma
escova circular é conectada como está exemplificado na Figura 59. Esta escova
pode possuir cerdas de nylon ou de latão, ou através do jato de água que é feito por
uma ferramenta hidrojateadora, conforme ilustra a Figura 59b e ambas as
ferramentas são instaladas no ROV.
27
Disponível em: <https://canalfornecedor.petrobras.com.br/media/filer_public/64/07/64073613-bcdf-
401b-ab73-8152f44f010d/anexo_o-2_-_et-300000-1500-91c-pll-002.pdf> Acesso em 14/11/2019
28
Disponível em: <https://canalfornecedor.petrobras.com.br/media/filer_public/64/07/64073613-bcdf-
401b-ab73-8152f44f010d/anexo_o-2_-_et-300000-1500-91c-pll-002.pdf> Acesso em 14/11/2019
61
Esta medição é realizada por meio de contato direto, onde a ponteira metálica da
ferramenta (contendo semi-células de Ag/AgCl em seu interior) é encostada na
estrutura a ser medida, de modo que a ponteira metálica se polariza em relação ao
sistema de proteção catódica da estrutura submarina que está sendo medida.
(PETROBRAS, 2018)27
31
Disponível em: <https://canalfornecedor.petrobras.com.br/media/filer_public/64/07/64073613-bcdf-
401b-ab73-8152f44f010d/anexo_o-2_-_et-300000-1500-91c-pll-002.pdf> Acesso em 14/11/2019
64
Após o torque de abertura ser vencido, não se faz mais necessária a utilização da
torqueadeira, sendo possível utilizar a parafusadeira que atua em velocidade maior e
torque menor agilizando a retirada da porca. Quando a porca é totalmente retirada, o
estojo fica livre para ser removido e o processo se repete em todos os estojos até
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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