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N-2001 REV. F 03 / 2022

Projeto e Instalação de Fundação


para Estrutura Marítima

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 04 CONTEC - Subcomissão Autora.

Construção Civil As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.
“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO
S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e em suas
participações societárias nas quais a Regra Corporativa Comum (RCC)
seja desdobrada, devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e
serviços, conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas
em Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS
PÚBLICA 36 páginas e Índice de Revisões
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Sumário

1 Escopo ..................................................................................................................................................4

2 Referências Normativas .......................................................................................................................4

3 Termos e Definições .............................................................................................................................5

4 Projeto ..................................................................................................................................................6

4.1 Apresentação de Documentos ................................................................................................6

4.1.1 Premissas de Projeto ......................................................................................................6

4.1.1.1 Dados de Projeto ....................................................................................................6

4.1.1.2 Seleção de Tecnologias ..........................................................................................7

4.1.1.3 Indicação dos Materiais ..........................................................................................7

4.1.1.4 Metodologia de Projeto ...........................................................................................7

4.1.2 Memória de Cálculo ........................................................................................................8

4.1.3 Desenhos ........................................................................................................................9

4.1.4 Recomendações para Execução e Controle ..................................................................9

4.1.5 Plano de Contingência ....................................................................................................9

4.2 Dimensionamento, Instalação e Controle das Fundações .................................................. 10

4.2.1 Fundação Rasa ............................................................................................................ 11

4.2.2 Estacas Cravadas com Martelo ................................................................................... 12

4.2.3 Estacas Perfuradas e Cimentadas .............................................................................. 15

4.2.3.1 Considerações Gerais ......................................................................................... 15

4.2.3.2 Procedimentos de Cimentação ............................................................................ 16

4.2.4 Estacas Mistas ............................................................................................................. 18

4.2.5 Estaca Torpedo ............................................................................................................ 18

4.2.6 Estaca de Sucção ........................................................................................................ 22

4.2.7 Estacas Atirantadas ..................................................................................................... 23

4.2.8 Ancora de Arraste ........................................................................................................ 23

4.2.9 Ancora VLA e Placas de Reação ................................................................................. 24

5 Interligação Fundação-Estrutura (Jaquetas) ..................................................................................... 24

5.1 Interligação por Cimentação ................................................................................................ 25

5.2 Interligação por Soldagem ................................................................................................... 25

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5.3 Conformação Mecânica (“Swaged”) .................................................................................... 25

Anexos

Anexo A - Requisitos de Fabricação de Estruturas de Fundação de Equipamentos Submarinos ....... 26

Anexo B - Figura .................................................................................................................................... 27

Anexo C - Formulário de Acompanhamento de Cravação ................................................................... 28

Anexo D - Folha de Registro de Controle da Operação de Cimentação .............................................. 32

Anexo E - Folha de Registro do Controle dos Ensaios de Compressão dos Corpos-de-Prova ........... 34

Figuras

Figura 1 - Esquema Ilustrativo do carregamento imposto a estaca torpedo devido a catenária


invertida desenvolvida pela linha de ancoragem no solo ...................................................... 19

Figura 2 - Vista de Topo da Estaca Torpedo - Carregamento Atuando na Direção mais Crítica para as
Análises Geotécnicas (Menor Projeção) - a 45º em Relação às Aletas ................................ 20

Figura 3 - Vista de Topo da Estaca Torpedo - Carregamento Atuando na Direção mais Crítica para as
Análises Estruturais (Maior Flexão) - Paralelo em Relação às
Aletas.....................................................................................................................................20

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1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para projetos e execução de fundações de equipamentos
submarinos (ancoragem de “riser”, “plet”, “plem” etc.), unidades de produção e/ou de transferência
(fixas e flutuantes) e estruturas de apoio (píer, atracadouros etc.), assim como sua apresentação.

1.2 As prescrições desta Norma se aplicam aos procedimentos iniciados a partir da data de sua
edição.

1.3 O prazo efetivo para implementação desta Norma em substituição à revisão anterior é de 180
dias a partir da data de sua publicação. Caso a unidade da Petrobras que está aplicando a Norma
entenda que não é possível implementá-la neste prazo, deve registrar neste prazo um Plano de
Implementação definindo as ações necessárias e os respectivos prazos.

1.4 A definição do prazo efetivo de implementação dos requisitos desta norma, quando esta é
referenciada em contratos de prestação de serviços e aquisição de bens, é prerrogativa exclusiva da
Petrobras.

1.5 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

PETROBRAS N-133 - Soldagem;

PETROBRAS N-381 - Execução de Desenhos e Outros Documentos Técnicos em Geral;

PETROBRAS N-1710 - Codificação de Documentos Técnicos de Engenharia;

PETROBRAS N-1852 - Estruturas Oceânicas - Fabricação e Montagem de Unidades Fixas;

PETROBRAS N-2000 - Investigações Geofísicas, Geológicas e Geotécnicas no Mar;

ABNT NBR 5629 - Tirantes ancorados no terreno - Projeto e execução;

ABNT NBR 6118 - Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento;

ABNT NBR 6122 - Projeto e Execução de Fundações;

ABNT NBR 7480 - Aço Destinado a Armaduras para Estruturas de Concreto Armado -
Especificação;

ABNT NBR 8800 - Projeto de Estruturas de Aço e de Estruturas Mistas de Aço e Concreto
de Edifícios;

ABNT NBR 16903 - Solo - Prova de carga estática em fundação profunda;

ABNT NBR 13208 - Estacas - Ensaio de Carregamento Dinâmico;

ISO 10426-1:2009 - Petroleum and Natural Gas Industries - Cements and Materials for Well
Cementing - Part 1: Specification;

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ISO 13628-15 - Petroleum and Natural Gas Industries - Design and Operation of Subsea
Production System - Part 15 Subsea Structures and Manifolds;

ISO 19901-4 - Petroleum and Natural Gas Industries - Specific Requirements for Offshore
Structures - Part 4: Geotechnical and Foundation Design Considerations;

ISO 19901-7 - Petroleum and Natural Gas Industries - Specific Requirements for Offshore
Structures - Part 7: Station keeping Systems for Floating Offshore Structures and Mobile
Offshore Units;

AISC 325 - Steel Construction Manual;

API RP 2A-WSD - Planning, Designing and Constructing Fixed Offshore Platforms - Working
Stress Design;

API RP 2GEO - Geotechnical and Foundation Design Considerations;

API RP 2SK - Design and Analysis of Station Keeping Systems for Floating Structures;

AWS D1.1/D1.1M - Structural Welding Code-Steel;

DNV-CN-30.4 - Foundations;

DNVGL-OS-C101 - Design of Offshore Steel Structures, General - LRFD Method;

DNV-ST-C502 - Offshore Concrete Structures;

DNVGL-RP-E301 - Design and Installation of Fluke Anchors;

DNVGL-RP-E302 - Design and Installation of Plate Anchors in Clay;

DNVGL-RP-E303 - Geotechnical Design and Installation of Suction Anchors in Clay;

DNVGL-ST-0126 - Support Structures for Wind Turbines;

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os termos e definições das referências normativas
apresentadas na Seção 2 desta Norma e os seguintes.

3.1
fundação rasa
fundação superficial (direta) onde a carga é transmitida diretamente no leito marinho ou em pequenas
profundidades

3.2
fundação profunda
estacas onde a carga é transmitida ao solo ao longo da profundidade através de atrito lateral e de
resistência de ponta

3.3
“hook up”
etapa de instalação referente a conexão do sistema de ancoragem com a plataforma

3.4
“set up”
recuperação da resistência ao cisalhamento do solo ao longo do tempo após a instalação da
fundação

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4 Projeto

a) a concepção da alternativa e o desenvolvimento do projeto das fundações devem ser


integrados e compatíveis com o projeto da estrutura;
b) as alternativas do tipo de fundações devem atender as necessidades das estruturas a
serem instaladas;
c) as fundações de estruturas oceânicas podem ser dos seguintes tipos:
1) fundação rasa
2) fundação profunda:
— estaca cravada com martelo;
— estaca perfurada e cimentada;
— estaca mista;
— estaca torpedo;
— estaca de sucção;
— estaca atirantada;
3) placa de reação - âncoras:
— âncora de arraste;
— âncora de carga vertical (VLA - “Vertical Load Anchor”);
d) deve ser utilizado no projeto o Sistema Internacional de Unidades (S.I.) sendo facultado
a projetista o uso simultâneo de outro sistema de unidades entre parênteses, após a
indicação da unidade S.I;
e) o projeto da fundação deve levar em consideração os recursos a serem utilizados e sua
disponibilidade;
f) é responsabilidade da projetista definir os requisitos de fabricação e dos materiais da
fundação, a fim de garantir os critérios de segurança e utilização da estrutura.

4.1 Apresentação de Documentos

O projeto deve ser constituído e apresentado, no mínimo, com as seguintes informações:

a) premissas de projeto;
b) memória de cálculo;
c) desenhos;
d) recomendações para instalação e controle;
e) plano de contingência.

NOTA Os documentos técnicos devem ser codificados de acordo com a PETROBRAS N-1710.

4.1.1 Premissas de Projeto

Devem ser consideradas as seguintes premissas de projeto:

a) dados de projeto;
b) seleção de tecnologias;
c) indicação dos materiais;
d) metodologia de execução do projeto.

4.1.1.1 Dados de Projeto

4.1.1.1.1 Os dados de projeto devem ser compostos de informações documentadas sobre os


seguintes assuntos:

a) investigações geofísicas, geológicas e geotécnicas (ver PETROBRAS N-2000);


b) condições de carregamento;
c) arranjos.

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4.1.1.1.2 Os parâmetros básicos de solo e perfil geotécnico de projeto a serem utilizados devem ser
oriundos da interpretação integrada dos relatórios de investigações geofísicas, geológicas e
geotécnicas do local da instalação.

NOTA Dados de registros de outras estruturas semelhantes já instaladas na região ou em locais


de perfil geotécnico semelhante podem ser utilizados de forma complementar, mediante
análise crítica.

4.1.1.1.3 Para o projeto de fundações de estruturas portuárias devem ser adotadas, no mínimo: as
cargas permanentes, sobrecargas verticais, ações ambientais, empuxo de terreno, ações de
amarração bem como a combinação dessas ações.

4.1.1.2 Seleção de Tecnologias

A tecnologia de fundação deve ser definida através do estudo de viabilidade que contemple as
seguintes considerações:

a) identificação das alternativas;


b) metodologias de instalação;
c) recursos para instalação;
d) custos e prazos.

4.1.1.3 Indicação dos Materiais

4.1.1.3.1 Devem ser definidos:

a) componentes das fundações;


b) interligação entre fundação e estrutura;
c) acessórios à instalação.

4.1.1.3.2 A especificação dos aços estruturais (chapas, perfis, tubos etc.) das fundações para
unidades de produção e equipamentos submarinos devem atender, no mínimo, aos requisitos da
API RP 2A-WSD.

4.1.1.3.3 A especificação dos aços para armadura das fundações em concreto armado devem
atender, no mínimo, aos requisitos da ABNT NBR 6118 e NBR 7480.

4.1.1.3.4 As especificações dos materiais de enchimento (pasta, argamassa ou concreto) das


fundações em estacas perfuradas e cimentadas, cravadas e injetadas, e do espaço anular
estaca/luva, devem atender às características mínimas de trabalhabilidade, resistência mecânica,
contração e resistência ao ataque de agentes químicos existentes na água do mar, em especial aos
sulfatos, conforme estabelecido nos requisitos das ABNT NBR 6118, API RP 2A-WSD e
ISO 10426-1:2009.

4.1.1.3.5 No caso de fundações atirantadas, as especificações dos materiais componentes do


sistema de atirantamento devem atender às ABNT NBR 5629, NBR 6118 e NBR 8800.

4.1.1.4 Metodologia de Projeto

4.1.1.4.1 A metodologia de projeto deve ser previamente definida e a descrição do projeto deve
relacionar:

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a) sequência de análises;
b) descrição sumária dos métodos analíticos, numéricos e/ou experimentais, bem como dos
programas computacionais adotados nas análises.

4.1.1.4.2 Na descrição sumária dos programas computacionais utilizados devem ser apresentadas
suas limitações, dados de entrada e saída, e comprovações de verificação e validação ou aplicações
análogas.

4.1.1.4.3 A análise da capacidade de carga e deslocamentos de uma fundação deve ser feita de
acordo com um método ou combinação de métodos de cálculo (analítico, numérico e/ou
experimental). Nesta análise devem ser considerados o efeito de grupo, análises de interferências,
características do solo, intervalo de tempo decorrente entre a instalação e o carregamento,
velocidade de carregamento e método de instalação.

4.1.1.4.4 Dependendo do tipo de tecnologia a ser aplicada no projeto de fundação deve-se atender a
uma ou mais das seguintes normas: API RP 2A-WSD, DNV-CN-30.4, DNVGL-OS-C101, AISC 325,
ISO 19901-4, DNV-OS-J101, API RP 2GEO, DNVGL-RP-E301, DNVGL-RP-E302 e
DNVGL-RP-E303, selecionadas conforme a indicação abaixo.

a) fundação rasa: ISO 19901-4 ou API RP 2GEO.

NOTA Para a consideração de carga de torção, utilizar a DNVGL-ST-0126 associada a uma das
normas citadas em 4.1.1.4.4 a).

b) fundação profunda:
— estacas cravadas com martelo (ISO 19901-4 ou API RP 2GEO);
— estacas perfuradas e cimentadas (ISO 19901-4);
— estaca mista;
— estacas torpedo;
— estaca de sucção (DNVGL-RP-E303);
— estacas atirantadas.
c) placa de reação - âncoras:
— âncoras de arraste (DNVGL-RP-E301);
— âncoras de carga vertical (VLA) (DNVGL-RP-E302).

4.1.2 Memória de Cálculo

4.1.2.1 Os documentos referentes à memória de cálculo para dimensionamento geotécnico e


estrutural das fundações devem ser apresentados conforme o disposto na PETROBRAS N-381 e
conter, no mínimo, os seguintes elementos:

a) detalhamento das hipóteses de carregamento analisadas de modo a representar as


condições críticas para a fase de instalação, vida útil das fundações e seu
descomissionamento;
b) definição do modelo geológico e geotécnico de projeto e dos parâmetros de solo a partir
das investigações geofísica e geotécnica, em função da alternativa de fundação e do tipo
de solicitação;
c) estudo do comportamento de fundação (avaliação da capacidade de carga,
deslocamentos e rotações);
d) definição de critérios de aceitação e fatores de segurança adotados;
e) análise da interação solo-estrutura;
f) estudos relativos à metodologia de execução das fundações;
g) dimensionamento estrutural de forma a verificar os carregamentos de manuseio,
instalação, vida útil e descomissionamento;
h) definição e dimensionamento da interligação fundação-estrutura para transferência dos
esforços à fundação;

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i) referências adotadas;
j) simbologia.

4.1.2.2 Deve ser considerada no projeto a influência da erosão máxima do leito marinho durante a
vida útil da estrutura, tendo em vista as características do solo superficial, da fundação e das
correntes marinhas e das ondas, quando aplicável.

4.1.2.3 Para uma fundação constituída por estacas cravadas à percussão, a análise de cravabilidade
deve ser realizada através da metodologia da equação da onda, em função dos equipamentos
previstos e disponíveis para instalação.

4.1.2.4 Para uma fundação constituída por estacas cravadas por gravidade, a análise de
cravabilidade deve ser realizada através da metodologia de conservação de quantidade de
movimento, em função da velocidade de impacto esperada.

4.1.2.5 As figuras, tabelas, ábacos e métodos de cálculo utilizados, devem ser fornecidos como parte
integrante dos documentos da memória de cálculo.

4.1.2.6 Os arquivos de entrada e saída dos simuladores utilizados devem ser disponibilizados
[Prática Recomendada]

4.1.3 Desenhos

A apresentação e execução dos desenhos deve obedecer ao disposto na PETROBRAS N-381 e


conter, no mínimo, os seguintes elementos e informações:

a) plantas de localização e situação;


b) planta de locação e posicionamento (coordenadas, projeção, “datum” e meridiano
central) de elementos da fundação;
c) geometria dos elementos de fundação;
d) detalhes de solda e de acabamento, chanfros, unhas, variações de espessura e furos;
e) detalhes dos equipamentos desenvolvidos especificamente para execução da fundação,
(quando necessário);
f) sequência executiva detalhada da instalação;
g) lista e especificação dos materiais (fundações e acessórios);
h) valores limites dos parâmetros de controle da qualidade na execução da fundação ou da
interligação fundação-estrutura;
i) nomenclatura adotada para as estacas;
j) deve ser apresentada uma tabela, que contenha as especificações, quantidades,
dimensões, pesos unitários e totais, de cada tipo de material.

4.1.4 Recomendações para Execução e Controle

Devem ser apresentadas no projeto recomendações para:

a) seleção dos equipamentos de instalação;


b) procedimentos de instalação;
c) controle da qualidade das partes integrantes da fundação;
d) execução de provas de carga e/ou instrumentação da fundação, (quando exigido).

4.1.5 Plano de Contingência

Devem ser apresentados planos de contingência para todas as etapas de execução das fundações.

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4.2 Dimensionamento, Instalação e Controle das Fundações

a) o modelo geológico e geotécnico, juntamente com a caracterização de resistência e


deformabilidade a serem utilizadas no projeto, devem ser oriundos da interpretação
integrada das investigações geofísicas, geológicas e geotécnicas da área de interesse;
b) dados de registros de outras estruturas semelhantes já instaladas na região ou em locais
de perfil geotécnico semelhante podem ser utilizados de forma complementar, mediante
análise crítica;
c) o projetista pode aplicar técnicas de tratamento estatístico na base de dados devendo
deixar claro os critérios adotados na definição dos parâmetros de projeto; [Prática
Recomendada]
d) as hipóteses de carregamento devem atender todas as fases do empreendimento nas
combinações críticas para as fundações, considerando os carregamentos provenientes
da superestrutura nas condições extremas de projeto, de operação, de instalação e de
seu descomissionamento;
e) os dados dos perfis geotécnicos devem abranger a zona de influência da solução de
fundação a ser aplicada;
f) as fundações devem ser verificadas estruturalmente de modo a garantir a integridade
diante dos esforços de movimentação (transporte, içamento, manuseio), de instalação da
fundação, de recuperação, de operação e de intervenção na estrutura;
g) os critérios mínimos de controle da qualidade das soldas de ligação dos segmentos de
aço estrutural das fundações devem ser recomendados pelo projeto;
h) o projeto deve abordar no mínimo a especificação dos seguintes tipos de equipamentos:
— meios navais;
— de cravação e/ou perfuração;
— para cimentação e/ou concretagem;
— acessórios;
— para execução do controle da qualidade dos materiais e serviços.
i) o procedimento de instalação, relativo à fase executiva das fundações, deve conter no
mínimo as seguintes informações:
— objetivo;
— normas de referência;
— definições;
— equipamentos e acessórios;
— descrição da sequência executiva da instalação;
— janelas de operação;
— descrição da interligação fundação-estrutura;
— medidas de controle da instalação;
— formas de registro da instalação;
— critérios de aceitação/rejeição;
— contingências;
— recomendações gerais.
j) devem ser fornecidas informações referentes à embarcação de instalação, tais como:
— sistemas de manuseio de carga;
— características geométricas;
— capacidade de operação;
— sistema de posicionamento;
— compensador de movimento vertical;
— potência;
— área livre de convés;
— equipamentos auxiliares.
k) as janelas de operação devem ser definidas para cada etapa da instalação,
considerando as condições ambientais máximas admissíveis (onda, vento e corrente);
l) desde que constatada a necessidade de execução de prova-de-carga ou instrumentação
para execução da fundação, o projeto deve estabelecer os respectivos procedimentos;
m) qualquer alteração nas condições de instalação e controle de qualidade previstas em
projeto deve ser analisada pelo projetista para sua aceitação.

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4.2.1 Fundação Rasa

4.2.1.1 Para o dimensionamento geotécnico podem ser adotadas as seguintes API RP 2GEO ou
ISO 19901-4. Para consideração de carregamento de torção deve ser usado o respectivo item da
DNVGL-ST-0126.

4.2.1.2 Na necessidade de otimização do projeto de fundações de equipamentos submarinos, a


ISO 19901-4 contempla o uso de coeficientes de segurança parciais, sendo a mais adequada.
[Prática Recomendada]

4.2.1.3 Deve ser garantido que a capacidade de carga, os critérios de tombamento, escorregamento,
resistência ao arrancamento, estabilidade estrutural e limites de deformação, deslocamento e
inclinação sejam adequados aos requisitos de projeto.

4.2.1.4 As fundações de equipamentos submarinos em solos argilosos de baixa à média resistência


não drenada na camada superficial devem ser dotadas de saias laterais. Deve ser verificada e
garantida a penetração total da saia no leito marinho.

4.2.1.5 Nas fundações de equipamentos submarinos em solos arenosos, deve ser avaliada a
susceptibilidade de erosão, decorrente de correntes de fundo, ver 4.1.2.2.

4.2.1.6 Para o atendimento dos requisitos de fabricação e de material das fundações para “plem”,
“plet” e equipamento “in line” verificar Anexo A.

4.2.1.7 O posicionamento, o aproamento, e o nivelamento devem ser medidos durante a instalação


da fundação, de modo a garantir os requisitos estabelecidos no projeto, para isso devem ser
utilizados equipamentos com precisão compatível com o projeto.

4.2.1.8 O assentamento da fundação rasa deve ser executado de forma progressiva e gradual, com
velocidade controlada, respeitando a integridade da estrutura e seus equipamentos. A necessidade
de instrumentação do assentamento deve ser estabelecida a nível de projeto executivo.

4.2.1.9 Devem ser estabelecidos em projeto requisitos de inspeção, controle e manutenção ao longo
da estrutura de fundação de forma a garantir a sua utilização em todo o período de vida útil projetada.

4.2.1.10 Devem ser realizadas medições de deslocamentos verticais ao longo da vida útil da
estrutura de fundação. Para isso devem ser dotados dispositivos que permitam medições, como por
exemplo, o uso de réguas nas laterais da estrutura de fundação.

4.2.1.11 Após a execução da estrutura de fundação, as condições iniciais de instalação (locação,


cota, recalque imediato, verticalidade e outros) devem ser documentados em “As Built”.

4.2.1.12 Deve ser apresentada a sequência executiva de instalação, de modo a conter:

a) armazenamento e leiaute do elemento de fundação, linhas e acessórios;


b) detalhamento das fases de lançamento, descida e assentamento no fundo.

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4.2.2 Estacas Cravadas com Martelo

4.2.2.1 Para o dimensionamento podem ser adotadas as seguintes ISO 19901-4 ou API RP 2GEO.

4.2.2.2 Fundações realizadas através de martelos devem ser dimensionadas para atender os
carregamentos impostos durante as fases de instalação e vida útil da superestrutura.

4.2.2.3 Na fase de instalação devem ser feitos análises de cravabilidade, considerando-se condições
de limite superior de resistência do solo, a fim de dimensionar os equipamentos de cravação.

4.2.2.4 O projeto deve apresentar os critérios de sequenciamento de instalação das diversas


estacas, a fim de garantir a exequibilidade das fundações.

4.2.2.5 Em plataformas fixas, a sequência de cravação deve ser estabelecida de forma tal que o
nivelamento e a estabilidade da jaqueta sejam atendidos. No caso das estacas a serem utilizadas
como elemento de reação para nivelamento da estrutura, sua capacidade de carga, nesta condição
específica, deve ser avaliada.

4.2.2.6 A instalação deve ter seu controle de qualidade feito através da monitoração da cravação
dinâmica das estacas, a ser definido em projeto.

4.2.2.7 Deve ser considerado no projeto o efeito da ocorrência de erosão em solos arenosos nas
camadas superficiais.

4.2.2.8 Devem ser fornecidas no mínimo as seguintes informações dos equipamentos de cravação:

a) martelos:
— tipo de acionamento;
— geometria e peso;
— energia nominal de cravação;
— faixa de utilização e limitações (pressão mínima necessária de alimentação do fluido
de acionamento, limite de golpes por troca do coxim);
— acessórios;
b) ferramentas a percussão:
— geometria;
— altura máxima de queda;
— faixa de utilização e limitações do equipamento.

4.2.2.9 A instalação da cravação deve seguir os seguintes itens:

a) identificação e a marcação das estacas e das luvas devem obedecer ao especificado na


Figura do Anexo B e devem ser mantidas legíveis durante toda a fase de cravação;
b) o arranjo das estacas e prolongadores no convés da embarcação deve considerar a
sequência de cravação preestabelecida, levando-se em conta, também, as dimensões
das peças e a existência de estacas instrumentadas, se houver;
c) a movimentação dos segmentos de estaca deve ser feita de forma que elas não sejam
danificadas;
d) a construção e montagem das estacas deve obedecer ao que estabelece a
PETROBRAS N-1852;
e) sempre que o posicionamento de uma ou mais estacas ou prolongadores exija um apoio
provisório na estrutura, a estrutura deve ser verificada para esta condição de carga;

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f) em estacas auxiliares, sempre que o encaixe de peças ocorrer de forma submersa o


acompanhamento deve ser feito por meios que permitam a visualização da operação;
g) a primeira estaca cravada deve servir como teste para observar o comportamento do
terreno à cravação;
h) o acompanhamento da cravação deve ser feito através dos registros de informações nos
formulários padronizados do Anexo C;
i) o formulário padronizado pela Folha 2 do Anexo C deve ser utilizado somente como
folha de rosto de cada conjunto de folhas de acompanhamento da cravação de uma
mesma estaca;
j) o formulário padronizado pela Folha 3 do Anexo C deve ser utilizado para as folhas
complementares de acompanhamento da cravação;
k) o preenchimento dos diversos campos do formulário deve ser como explicado na Folha 4
do Anexo C;
l) a cravação deve obedecer às limitações de golpes por unidade de comprimento,
estabelecidas pelo estudo de cravabilidade, pelo fabricante do equipamento de cravação
e pelas normas utilizadas;
m) no caso de estacas de ponta aberta não atingirem a penetração estabelecida em projeto,
devem ser utilizados recursos complementares que permitam a continuidade da
cravação, tais como:
— remoção da bucha interna de solo (plugue);
— jateamento d’água simultâneo à cravação;
— perfuração de furo de alívio, abaixo da ponta da estaca;
n) no caso de cravação de estacas de ponta aberta, deve ser sempre executada a medição
do plugue interno de solo ao fim de cada tramo cravado.

4.2.2.10 A aplicação de golpes do martelo no início da cravação em solos carbonáticos pode levar a
estaca penetrar por peso próprio devido ao puncionamento de camadas cimentadas junto a ponta da
estaca. De forma a evitar acidentes durante a cravação neste tipo de solo deve-se elaborar um plano
de cravação de forma a controlar a energia e a sequência de golpe a ser aplicada.

4.2.2.11 Os procedimentos de controle e monitoração da capacidade de carga das estacas cravadas


podem ser realizados de diferentes formas devendo ser especificado pelo projetista.

a) medição da nega e repique elástico: devem ser exigidos a medição da nega e do repique
elástico em todas as estacas cravadas atendendo as recomendações da
ABNT NBR 6122. O projetista deve estabelecer o procedimento de medição das
deformações elástica e plástica.
b) prova de carga estática:
— o procedimento da execução de prova de carga deve fornecer as seguintes
informações:
▪ objetivos (previsão dos estágios de carga, controle de incrementos dos estágios,
controle de ruptura);
▪ equipamentos de aplicação de carga (tipo, limitações, certificados de
aferição/calibração);
▪ dispositivos de reação;
▪ metodologia de execução;
▪ equipamentos de medição (tipo, acurácia, certificados de aferição/calibração);
— devem atender as recomendações da ABNT NBR 16903;
— os pontos de reação devem possuir características compatíveis com os
equipamentos utilizados e com a estrutura de reação;
— o procedimento de execução de prova-de-carga deve considerar que, no caso da
estaca ser elemento estrutural definitivo a ser aproveitado pela estrutura, a
prova-de-carga não pode levar à ruptura da estaca ou da interface solo-estaca;
— deve ser apresentado um relatório conclusivo dos resultados, ao final da execução da
prova de carga;
c) prova-de-carga dinâmica.
— o procedimento de instrumentação deve conter as seguintes informações:
▪ objetivo;

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▪ metodologia de medição e análise;


▪ especificação dos instrumentos e equipamentos de medição, processamento e
análise;
▪ identificação dos programas computacionais, quando utilizados;
— a monitoração da cravação de estacas - prova-de-carga dinâmica (DPT - “Dynamic
Pile Testing”) constitui-se de duas fases:
▪ medição e registro:
• deve ser apresentado a especificação dos instrumentos e equipamentos de
medição;
• a medição deve ser realizada com a utilização conjunta de transdutores de
deformação específica e acelerômetros piezoelétricos, instalados em pares, em
posições diametralmente opostas, a uma distância do topo da estaca ou
prolongador, maior que dois diâmetros, respeitando-se as limitações
geométricas do conjunto estaca/martelo/estrutura;
• os sensores devem manter inalteradas suas características de funcionamento
e serem calibrados em laboratório, para um nível de esforços compatível com
as condições de operação a que são submetidos durante a fase de registro;
• para o registro das informações devem ser utilizados, no mínimo, os seguintes
equipamentos: osciloscópio com armazenamento de sinal; gravador de
frequência modulada com quatro ou mais canais; analisador analógico ou
conjunto composto por computador acoplado a condicionadores de sinais;
registrador gráfico;
• devem ser registrados os sinais analógicos de velocidade e força da onda de
impacto, além de observações que permitam a identificação dos sinais e
expressem os fatos mais relevantes ocorridos durante a medição;
▪ processamento e análise:
• deve ser apresentado a especificação dos softwares de processamento e
análise;
• na análise de campo devem constar, no mínimo, correlacionado com a
penetração de cada golpe instrumentado, os valores de: eficiência do sistema
de cravação; e força e velocidade máxima da onda de impacto;
• em estacas longas, métodos expeditos de interpretação (método “CASE” ou
similares), devem ser considerados somente para avaliação preliminar da
capacidade de carga;
• a digitação dos registros analógicos de velocidade e força da onda de impacto
deve abranger, no mínimo, o trecho compreendido entre a primeira passagem
da onda pela seção instrumentada e a segunda reflexão da ponta da estaca;
• em solos que permitam a variação da capacidade de carga da estaca ao longo
do tempo (recuperação ou perda) devem ser previstas recravações
instrumentadas, compatíveis com o programa de instalação;
• na avaliação da capacidade de carga, por programa de cálculo automático,
após o ajuste definitivo das curvas medida e calculada da força da onda de
impacto, deve ser realizada uma verificação através de procedimento idêntico
de ajuste para as curvas de velocidade;
— os procedimentos e o relatório final de execução de prova de carga dinâmica devem
atender as recomendações da ABNT NBR 13208;
— descrição da sequência executiva da instalação:
▪ armazenamento;
▪ movimentação;
▪ composição, acoplamento e ligação de tramos e acessórios de instalação;
▪ detalhamento das fases de cravação;
▪ detalhamento do abandono da linha de ancoragem.

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4.2.3 Estacas Perfuradas e Cimentadas

4.2.3.1 Considerações Gerais

4.2.3.1.1 Sempre que as características do solo impedirem o uso de soluções convencionais de


cravação (Instalação de Estaca Cravada com Martelo, Estaca Torpedo ou Estaca de Sucção), podem
ser empregadas estacas perfuradas e cimentadas, executadas com ou sem lama de perfuração,
conforme o caso. [Prática Recomendada]

4.2.3.1.2 Para o dimensionamento deve ser adotada uma das seguintes API RP 2GEO,
API RP 2A-WSD, ISO 19901-4.

4.2.3.1.3 Devem ser fornecidas, no mínimo, as seguintes informações dos equipamentos de


perfuração:

a) características da perfuratriz;
b) composição da coluna (geometria e peso);
c) faixa de utilização e limitações (torque, rotação máxima em regime de trabalho, máximas
forças de “pull-up” e “push-down”);
d) tipos de brocas disponíveis;
e) características do sistema de “air lift” (número de estágios, pressão máxima de trabalho);
f) sistema de tratamento e controle do fluído de perfuração;
g) acessórios.

4.2.3.1.4 Devem ser fornecidas no mínimo as seguintes informações do equipamento de


concretagem:

a) silos:
— geometria;
— capacidade de armazenamento;
— características gerais;
b) misturador:
— características de funcionamento;
— capacidade de mistura;
c) bomba:
— tipo de acionamento;
— características da bomba;
— pressão máxima de trabalho;
— vazão;
d) linhas e válvulas:
— características gerais;
— detalhamento das interligações;
e) equipamentos de controle de qualidade:
— densímetros (especificação);
— aparelhos de ensaios.

4.2.3.1.5 O projeto deve indicar, para o controle da qualidade da mistura da pasta de cimento,
argamassa ou concreto, parâmetros-limites aceitáveis relativos à ISO 10426-1:2009 ou
DNV-ST-C502, para as propriedades a seguir:

a) densidade;
b) resistências no ensaio de compressão axial para corpos-de-prova;
c) parâmetros específicos de retração volumétrica, tempo de início e fim de pega.

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4.2.3.1.6 A fase de perfuração e cimentação deve seguir os seguintes itens:

a) na execução do furo deve ser garantida a estabilidade das paredes laterais, para isso
deve ser definido e controlado o fluido de perfuração durante todo o processo executivo;
b) o diâmetro nominal da broca de perfuração, deve ser, no mínimo, 150 mm maior que o
do elemento estrutural a ser inserido, quando houver;
c) o controle de qualidade da lama bentonítica, quando utilizada, deve ser realizado através
da determinação e controle de:
— densidade;
— pH;
— teores de sal e de sólidos em suspensão;
— concentração de bentonita;
— viscosidade plástica;
— “cake”;
— outras determinações a critério da PETROBRAS.

4.2.3.2 Procedimentos de Cimentação

4.2.3.2.1 Devem abordar os seguintes tópicos:

a) sistema de cimentação;
b) especificação da pasta (características e composição);
c) contingências.

4.2.3.2.2 Controle da pasta de cimento:

a) cada batelada de cimento deve atender às especificações da ISO 10426-1:2009 para os


cimentos classes G ou H, e devem vir acompanhadas de certificados de qualidade
fornecido por órgão competente;
b) após a chegada do cimento a bordo da embarcação e antes do início da operação de
cimentação, para cada silo de armazenagem, devem ser moldados corpos-de-prova, a
serem ensaiados segundo a ISO 10426-1:2009 estes ensaios são complementares e
não eliminam os certificados de qualidade prescritos em 4.2.3.2.2 a);
c) a mistura a ser utilizada na cimentação deve ser aprovada pela PETROBRAS ou
sociedade certificadora, por ocasião da elaboração do manual de instalação e antes do
início da operação de cimentação, devendo esta atender aos parâmetros definidos pela
projetista;
d) o uso de aditivos só deve ser utilizado, quando for previamente comprovado, em
amostras submetidas a ensaios, em que os aditivos não afetam as condições de
trabalhabilidade, resistência mecânica e durabilidade da cimentação.

4.2.3.2.3 Quando necessária a associação de mais de um tipo de aditivo essa deve ser feita através
de produtos de mesmo fabricante, visto que os fabricantes não garantem a compatibilidade de seus
produtos associados ao de outros. [Prática Recomendada].

4.2.3.2.4 Sistema de Cimentação

a) todo sistema de cimentação deve ser testado antes do início da operação;


b) todos os instrumentos de medição e teste devem possuir os certificados de aferição e
calibração dentro dos seus prazos de validade, inclusive os de laboratório de bordo.

4.2.3.2.5 Operação de Cimentação

a) quando a mistura atingir a densidade especificada no projeto, devem ser coletadas


amostras, para confecção de corpos-de-prova, nas seguintes etapas:

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— na saída do misturador, no mínimo: uma amostra no início da operação; uma amostra


quando a metade do volume previsto houver sido injetada; uma amostra no final da
operação;
— no retorno (quando houver) uma amostra no final da operação;
b) a quantidade de amostras a ser coletada pode ser aumentada, em função de critérios de
controle de qualidade estabelecidos pelo projeto, ou pela PETROBRAS; [Prática
Recomendada]
c) no caso de não haver coleta de amostras ou acompanhamento do retorno, tornando-se
necessário o extravasamento da pasta de cimento, o excesso extravasado deve ser no
mínimo de 25 % do volume total teórico necessário à cimentação;
e) sempre que ocorrer uma interrupção, deve ser avaliada a necessidade de lavagem para
a limpeza da linha, removendo-se da estrutura toda a mistura injetada na operação;
f) para cada amostra retirada de cada etapa da cimentação, conforme citado em 4.2.3.2.5
a), devem ser moldados, no mínimo, três corpos-de-prova para pelo menos três idades
(as idades devem ser compatíveis com o cimento especificado no projeto, sendo a última
sempre a 28 dias) para serem ensaiados à ruptura por compressão;
g) pelo menos um corpo-de-prova deve ser ensaiado nas idades estabelecidas pelo
projetista, cabendo à PETROBRAS utilizar os demais corpos-de-prova para averiguação
de resultados anômalos.

4.2.3.2.6 O procedimento de cimentação deve obedecer ao plano de contingência do projeto, sempre


que houver falhas no sistema.

4.2.3.2.7 Registros de Cimentação

a) deve ser preenchida uma Folha de Registro de Controle da Operação de Cimentação,


(ver Anexo D), contendo no mínimo, as seguintes informações:
— número da estaca;
— data, hora de início e término da cimentação e períodos de paralisação durante a
operação;
— densidade das amostras colhidas, indicando hora e o estágio da cimentação;
— registro de observação por vídeo (ROV - “Remotely Operated Vehicle”) nas atividades
submarinas;
— volume de nata bombeada em cada espaço anular;
— pressão da bomba injetora durante a cimentação;
— observações relevantes referentes à operação.
b) deve ser preenchida uma Folha de Registro do Controle dos Ensaios de Compressão
dos Corpos-de-Prova (ver Anexo E) contendo, no mínimo, as seguintes informações:
— temperatura da água do tanque de cura;
— resistência à compressão medida à ruptura;
— data e hora de realização do ensaio.

4.2.3.2.8 A temperatura da água do tanque de cura deve ser tomada, no mínimo, de 6 horas em
6 horas, enquanto estiver ocorrendo moldagem de corpos-de-prova; depois de decorridas 24 horas
da colocação do último corpo-de-prova no tanque de cura, a temperatura da água pode ser tomada
diariamente. [Prática Recomendada]

4.2.3.2.9 Descrição da sequência executiva da cimentação:

a) armazenamento e leiaute das plantas de lama e de cimentação;


b) detalhamento das fases de perfuração;
c) composição e detalhamento dos elementos de fundação;
d) instalação do elemento estrutural (“insert”);
e) detalhamento das fases de cimentação ou concretagem.

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4.2.4 Estacas Mistas

4.2.4.1 Sempre que as características do solo impedirem o uso de soluções convencionais de


cravação de seu trecho total podem ser empregadas estacas mistas isto é, com trecho complementar
perfurado abaixo da ponta da estaca cravada. [Prática Recomendada]

4.2.4.2 As premissas de projeto, instalação e monitoração de cada um dos seus trechos devem
seguir os apresentados nos itens 4.2.2 e 4.2.3.

4.2.5 Estaca Torpedo

4.2.5.1 Estaca Torpedo para Ancoragem de Unidade de Produção

4.2.5.1.1 Para o dimensionamento da estaca torpedo devem ser adotados os seguintes


procedimentos:

a) definir perfil geotécnico de projeto (estratigrafia e resistência), considerando ensaios “in situ”
do tipo PCPT - “Piezocone Penetration Test”, ensaios de laboratório em amostras
indeformadas e interpretação geológica e geofísica;

NOTA O projetista deve atentar à presença de camadas resistentes no substrato e avaliar a


exequibilidade da cravação.

b) a variabilidade do perfil geotécnico de projeto deve ser definida pelo projetista para as
diferentes etapas de projeto (análise de cravabilidade e análise de capacidade de carga);
c) as estacas torpedo devem atender estruturalmente às condições de manuseio,
transporte, instalação e sua utilização;
d) fundações realizadas através de estacas torpedo devem ser dimensionadas para
atender os carregamentos do ponto de vista geotécnico e estrutural impostos pela linha
de ancoragem na condição intacta e na condição de avaria (ISO 19901-7);
e) os carregamentos impostos pela linha de ancoragem devem considerar a catenária
invertida na profundidade correspondente ao topo da estaca torpedo, conforme Figura 1;

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Figura 1 - Esquema Ilustrativo do carregamento imposto a estaca torpedo devido a


catenária invertida desenvolvida pela linha de ancoragem no solo

f) o torpedo deve ser dimensionado considerando possíveis penetrações e diversas inclinações


do carregamento.
g) o dimensionamento dos torpedos deve considerar as condições mais críticas entre a
posição das aletas em relação ao alinhamento do carregamento. Do ponto de vista
geotécnico deve ser considerado o posicionamento das aletas na posição de menor área de
projeção lateral conforme Figura 2. Da mesma forma deve ser feito dimensionamento
estrutural avaliando-se o alinhamento mais crítico das aletas conforme Figura 3.

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Figura 2 - Vista de Topo da Estaca Torpedo - Carregamento Atuando na Direção mais


Crítica para as Análises Geotécnicas (Menor Projeção) - a 45º em Relação às Aletas

Figura 3 - Vista de Topo da Estaca Torpedo - Carregamento Atuando na Direção mais


Crítica para as Análises Estruturais (Maior Flexão) - Paralelo em Relação às
Aletas

h) os fatores de segurança adotados no projeto geotécnico de estacas torpedo devem ser


de 2,0 na condição intacta e de 1,5 na condição de avaria de uma linha de ancoragem,
conforme ISO 19901-7.
i) devem ser feitas análises de cravabilidade, considerando as condições mais críticas de
resistência do solo e as energias prováveis de lançamento, a fim de garantir que a
instalação atenderá a penetração mínima indicada no projeto;
j) o dimensionamento estrutural do torpedo deverá atender aos critérios estabelecidos na
API RP 2A-WSD;

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k) o cálculo da capacidade de carga do torpedo deve considerar a combinação das


componentes de carregamento horizontal e vertical, incluindo o seu peso próprio. Devem
ser consideradas possíveis inclinações com a vertical oriundas da instalação;
l) métodos numéricos devem ser utilizados na previsão de capacidade de carga e
cravabilidade da estaca. Devem ser considerados fatores de adesão na interface
estrutura-solo conforme preconizado na API RP 2GEO;
m) devem ser estabelecidos critérios de posicionamento espacial, penetração e inclinação
da estaca torpedo para sua aceitação na fase de instalação. O projetista deve
estabelecer a monitoração necessária na instalação;
n) o projetista pode estabelecer uma penetração mínima para a qual pode ser dispensada a
instrumentação da inclinação, baseado no histórico de instalações semelhantes e nos
estudos de cravabilidade; [Prática Recomendada]
o) pode ser avaliada a necessidade da aplicação de fatores de degradação de resistência
devido a carregamento cíclico. [Prática Recomendada]

4.2.5.1.2 Durante a fase de construção e montagem da estaca torpedo devem ser atendidos os
critérios de projeto relativos à geometria, à massa da estrutura e à posição do centro de gravidade, e
esses aferidos através de medições no canteiro de fabricação.

4.2.5.1.3 O procedimento de lançamento da estaca torpedo deve garantir a velocidade terminal de


cravação prevista em projeto.

4.2.5.1.4 O tempo entre a instalação dos torpedos e “hook up” para a operação da plataforma deve
respeitar o tempo de “set up” estabelecido pelo projetista.

4.2.5.1.5 Descrição da sequência executiva:

a) construção da estaca e controle de qualidade;


b) armazenamento;
c) manuseio;
d) transporte;
e) procedimentos de instalação;
f) abandono da linha de ancoragem;
g) “hook up” da linha.

4.2.5.2 Estaca Torpedo para Ancoragem de Linha

4.2.5.2.1 Para o dimensionamento da estaca torpedo para ancoragem de “risers” devem ser
adotados os seguintes procedimentos:

a) definir perfil geotécnico de projeto (estratigrafia e resistência), considerando ensaios


“in situ” do tipo PCPT, ensaios de laboratório em amostras indeformadas e interpretação
geológica e geofísica;

NOTA O projetista deve atentar à presença de camadas resistentes no substrato e avaliar a


exequibilidade da cravação.

b) a variabilidade do perfil geotécnico de projeto deve ser definida pelo projetista para as
diferentes etapas de projeto (análise de cravabilidade e análise de capacidade de carga);
c) as estacas torpedo devem atender estruturalmente às condições de manuseio,
transporte, instalação e sua utilização;
d) fundações realizadas através de estacas torpedo devem ser dimensionadas para
atender os carregamentos, do ponto de vista geotécnico e estrutural, impostos pelos
“risers” nas suas condições mais críticas;

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e) o dimensionamento dos torpedos deve considerar as condições mais críticas entre a


posição das aletas em relação ao alinhamento do carregamento. Do ponto de vista
geotécnico deve ser considerado o posicionamento das aletas na posição de menor área
de projeção lateral conforme Figura 3. Da mesma forma deve ser feito dimensionamento
estrutural avaliando-se o alinhamento mais crítico das aletas conforme Figura 4;
f) o torpedo deve ser dimensionado considerando possíveis penetrações e carregamentos
horizontais. A avaliação da capacidade de carga deve ser obtida através de análise
numérica ou métodos analíticos;
g) os fatores de segurança adotados no projeto geotécnico de estacas torpedo devem ser
de 1,6 na condição intacta e de 1,2 na condição de avaria da linha de ancoragem,
conforme a API RP 2SK;
h) devem ser feitas análises de cravabilidade, considerando as condições mais críticas de
resistência do solo e as energias prováveis de lançamento, a fim de garantir que a
instalação atende a penetração mínima indicada no projeto;
i) o dimensionamento estrutural do torpedo deve atender aos critérios estabelecidos na
API RP 2A-WSD;
j) devem ser estabelecidos critérios de penetração da estaca torpedo para sua aceitação
na fase de instalação.

4.2.5.2.2 Durante a fase de construção e montagem da estaca torpedo devem ser atendidos os
critérios de projeto relativos à geometria, à massa da estrutura e à posição do centro de gravidade, e
esses aferidos através de medições no canteiro de fabricação.

4.2.5.2.3 O procedimento de lançamento da estaca torpedo deve garantir a velocidade terminal de


cravação prevista em projeto.

4.2.5.2.4 O intervalo de tempo entre a cravação e o carregamento dos torpedos deve respeitar o
tempo de “set up” estabelecido pelo projetista.

4.2.5.2.5 Descrição da sequência executiva:

a) construção da estaca e controle de qualidade;


b) armazenamento;
c) manuseio;
d) transporte;
e) procedimento de instalação e abandono;
f) conexão da linha de ancoragem.

4.2.6 Estaca de Sucção

4.2.6.1 Para o dimensionamento deve ser adotada a DNVGL-RP-E303.

4.2.6.2 Fundações realizadas através de processos de sucção devem ser dimensionadas para
atender os carregamentos do ponto de vista geotécnico e estrutural impostos durante as fases de
manuseio, transporte, instalação e vida útil em operação.

4.2.6.3 Na fase de projeto devem ser feitos análises de cravabilidade, considerando-se condições de
limite superior de resistência do solo, a fim de dimensionar os equipamentos e parâmetros para a
sucção.

4.2.6.4 A instalação deve ter seu controle de qualidade feito através da monitoração de no mínimo os
seguintes itens:

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a) posicionamento espacial;
b) pressão de sucção;
c) penetração;
d) velocidade de penetração;
e) posição do plug interno;
f) inclinação;
g) alinhamento do olhal.

4.2.6.5 O efeito da trincheira formada pela catenária inversa da amarra no solo deve ser considerado
no projeto.

4.2.6.6 O uso de estacas de sucção se aplica apenas a solos argilosos normalmente adensados.

4.2.6.7 Devem ser fornecidas, no mínimo, as seguintes informações do equipamento (bomba de


sucção):

a) tipo de acionamento;
b) geometria e peso;
c) faixa de utilização e limitações (pressões e vazões de operação).

4.2.6.8 Descrição da sequência executiva da instalação:

a) armazenamento;
b) movimentação;
c) acessórios de instalação;
d) detalhamento das fases de cravação;
e) detalhamento do abandono da linha de ancoragem.

4.2.7 Estacas Atirantadas

4.2.7.1 No caso de estacas cravadas e/ou perfuradas submetidas a elevados esforços de tração,
podem ser adotados tirantes, para resistir a tais esforços. A execução e o procedimento dos tirantes
devem atender as especificações da ABNT NBR 5629.

4.2.7.2 Fundações realizadas através de estacas atirantadas devem ser dimensionadas para atender
os carregamentos do ponto de vista geotécnico e estrutural impostos durante as fases de instalação e
vida útil.

4.2.7.3 Os detalhes de interligação entre a estaca e o(s) tirante(s) devem ser estabelecidos no
projeto.

4.2.7.4 A monitoração e instrumentação devem ser estabelecidas pelo projetista.

4.2.8 Ancora de Arraste

4.2.8.1 Para o dimensionamento deve ser adotada a DNVGL-RP-E301.

4.2.8.2 Âncoras de arraste devem ser dimensionadas para atender os carregamentos do ponto de
vista geotécnico e estrutural impostos durante as fases de instalação e vida útil.

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4.2.8.3 Sequenciamento de execução das âncoras de arraste:

a) armazenamento e leiaute das âncoras, linhas e acessórios;


b) detalhamento da montagem das linhas de ancoragem;
c) detalhamento das fases de descida, assentamento no fundo e arraste da âncora;
d) detalhamento do abandono da linha de ancoragem.

4.2.9 Ancora VLA e Placas de Reação

4.2.9.1 Para o dimensionamento deve ser adotada a DNVGL-RP-E302.

4.2.9.2 Âncoras VLA ou placas de reação devem ser dimensionadas para atender os carregamentos
do ponto de vista geotécnico e estrutural impostos durante as fases de instalação e vida útil em
operação.

4.2.9.3 Na fase de projeto devem ser feitas análises de cravação e de capacidade de carga. Para
análise de cravação deve ser considerada a condição de limite superior de resistência do solo, a fim
de avaliar a adequação das embarcações às cargas de cravação solicitadas, linhas de arraste e
componentes de abertura da âncora, ou dispositivos de cravação de placas de reação. Para a
avaliação da capacidade de carga deve ser considerada a resistência média do solo.

4.2.9.4 Âncoras VLA devem ser adotadas apenas em solos argilosos. Camadas argilosas
pré-adensadas podem impossibilitar a continuidade da cravação das âncoras.

4.2.9.5 Devem ser fornecidas as seguintes informações a respeito do sistema de instalação no


projeto executivo:

a) composição, arranjo dos componentes e acessórios da linha;


b) tipo de acionamento das ancoras VLAs ou dispositivos de cravação de placas de reação;
c) tração para o cisalhamento do pino;
d) tração do teste de carga;
e) arrasto esperado;
f) penetração esperada;
g) tolerâncias para offset;
h) meios de transporte e lingada de içamento.

4.2.9.6 Sequenciamento de execução das âncoras de carga vertical (VLA) e placas de reação:

a) armazenamento e leiaute das VLAs/placas de reação, linhas e acessórios;


b) detalhamento da montagem das linhas de cravação;
c) detalhamento das fases de descida, assentamento no fundo e cravação da âncora /
placa de reação;
d) detalhamento do abandono da linha de ancoragem.

5 Interligação Fundação-Estrutura (Jaquetas)

A interligação das fundações com a superestrutura (jaqueta) pode ser de diferentes formas, podendo
ser:

a) por cimentação;
b) por soldagem;
c) por conformação mecânica.

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5.1 Interligação por Cimentação

5.1.1 A interligação da estaca por cimentação é executada através da mobilização do mecanismo de


transferência de carga por atrito, definido pela API RP 2A-WSD.

5.1.2 A cimentação deve atender as seguintes etapas:

a) a operação de cimentação só deve ser iniciada após o término do estaqueamento, com a


cimentação de um plug inicial com o objetivo de garantir a estanqueidade durante o
restante da operação;
b) após o período a ser estabelecido pelo projetista que garanta a pega da pasta de
cimento do plug, deve ser procedida a conclusão da cimentação;
c) no caso de vazamento o plug deve ser refeito de modo a garantir a estanqueidade;
d) devem ser coletadas amostras da cimentação do plug para avaliação do tempo de pega;
e) os resultados dos corpos-de-prova ensaiados a 24 horas devem ser avaliados, no
sentido de se corrigir o procedimento adotado nas operações de cimentação
subsequentes;
f) demais procedimentos de cimentação e controle de qualidade da pasta, ver 4.2.3.2;
g) nas estacas principais o nível da cimentação deve ficar, obrigatoriamente, acima do nível
superior de contraventamento da estrutura, antes da soldagem da coroa e/ou
centralizadores (“shim plates”).

5.2 Interligação por Soldagem

A execução e inspeção da soldagem devem seguir as orientações e exigências constantes das


recomendações estruturais apresentadas para a plataforma como um todo.

5.3 Conformação Mecânica (“Swaged”)

5.3.1 A interligação entre a estrutura e a estaca pode ser executada através da imposição de uma
deformação plástica no tubo da estaca, de modo que este se solidarize com a luva.

5.3.2 A conformação mecânica deve atender as seguintes etapas:

a) detalhamento das fases:


— movimentação;
— posicionamento;
— acionamento;
b) registro dos dados relativos ao acionamento e perfilagem;
c) contingências.

5.3.3 Devem ser fornecidas no mínimo as seguintes informações:

a) descrição e características gerais;


b) geometria;
c) controle de acionamento;
d) registro de dados de controle.

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Anexo A - Requisitos de Fabricação de Estruturas de Fundação de Equipamentos


Submarinos

A.1 Os requisitos de fabricação e materiais para estrutura de equipamentos submarinos são


baseados nas ISO 13628-15, API RP 2A-WSD, PETROBRAS N-1852 e AWS D1.1/D1.1M com
exceções e modificações descritas nos demais itens do Anexo A.

A.2 A seleção dos aços estruturais devem ser conforme os materiais disponíveis na API RP 2A-WSD
[ref. 2,5] e os requisitos da ISO 13628-15 [ref. 2,3]. Outros materiais com propriedades equivalentes
podem ser propostos para avaliação da PETROBRAS.

A.3 Para placas/olhais e membros estruturais primários, aplicam-se os requisitos da ISO 13628-15
[ref. 2.3], condicionando-se às seguintes alterações:

a) a porcentagem máxima de massa de enxofre deve ser 0,035 %;


b) materiais com espessuras até 50 mm: considerar classe B da API RP 2A-WSD, com
requisito de “Charpy” de 0 ºC/34 J (mínimo);
c) materiais com espessuras acima de 50 mm: considerar classe A da API RP 2A-WSD,
com requisito de “Charpy” de 0 ºC/34 J (mínimo);
d) componentes submetidos à alta concentração de tensão com carregamento cíclico e
sem redundâncias: considerar classe A da API RP 2A-WSD, com requisito de “Charpy”
de 20 °C/34 J (mínimo);
e) componentes não classificados como membros estruturais primários ou olhais podem
ser selecionados considerando classe C da API RP 2A-WSD.

A.4 Os seguintes itens da PETROBRAS N-1852 podem ser desconsiderados:

a) se os consumíveis de soldagem estiverem de acordo com os requisitos da


PETROBRAS N-133;
b) se os procedimentos de soldagem estiverem qualificados durante o projeto.

A.5 Penetração parcial em juntas soldadas de acordo com a AWS D1.1/D1.1M são permitidas
apenas quando a junta não está submetida a carregamento cíclico e quando não é soldada a um
membro estrutural primário.

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Anexo B - Figura

Figura B.1 - Identificação e Marcação de Penetração de Estacas e Prolongadores

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Anexo C

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Anexo D

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Anexo E

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A, B e C
Não existe índice de revisões

REV. D
Partes Atingidas Descrição da Alteração
4.2 Revisado

4.2.1 Revisado

4.2.1.1 Revisado

4.2.3 Revisado

4.2.5 Incluído

4.3.2.2 Renumerado

4.3.2.4 Incluído

4.3.3 Revisado

5.1.5.2 Excluído

5.2.1.1 Revisado

REV. E
Partes Atingidas Descrição da Alteração
2 Substituição da PETROBRAS N-1678 por API RP 2A-WSD

Inclusão DNV OS C101

Inclusão DNV CN 30.4

3 Alteração de referências normativa

4.2.1.1 Alteração

4.2.4 Alteração

4.3.1.3 Alteração

4.3.3.1 Substituição de referência normativas

4.3.4 Alteração de documento de referência

REV. F

Partes Atingidas Descrição da Alteração


Todas Toda a norma

IR 1/1

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