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N-2432 REV. C 06 / 2020

Revestimento Externo de Concreto para


Dutos Submersos

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve


ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual
CONTEC resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve ter
Comissão de Normalização fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela Unidade
Técnica da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 13 CONTEC - Subcomissão Autora.

Oleodutos e Gasodutos As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e Subsidiárias,
devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e serviços,
conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas em
Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada
5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas
em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas sobre as
Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 29 páginas e Índice de Revisões


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N-2432 REV. C 06 / 2020

SUMÁRIO

Prefácio.................................................................................................................................................... 4

1 Escopo........................................................................................................................................... 4

2 Referências Normativas ................................................................................................................ 4

3 Termos e Definições ..................................................................................................................... 5

4 Símbolos e Abreviaturas ............................................................................................................... 6

5 Materiais ........................................................................................................................................ 7

5.1 Revestimento Anticorrosivo ................................................................................................ 7

5.2 Cimento ............................................................................................................................... 7

5.3 Agregados ........................................................................................................................... 7

5.4 Água .................................................................................................................................... 8

5.5 Tela de Reforço ................................................................................................................... 8

5.6 Filme de Polietileno ............................................................................................................. 9

6 Processo Produtivo ....................................................................................................................... 9

6.1 Tubos Pré-Revestidos......................................................................................................... 9

6.2 Condições Ambientais ........................................................................................................ 9

6.3 Preparação da Mistura de Concreto ................................................................................... 9

6.4 Aplicação de Tela de Reforço e Concreto ........................................................................ 10

6.5 Colarinho (“Cutback”) do Concreto ................................................................................... 11

6.6 Instalação de Anodos ....................................................................................................... 12

6.7 Estocagem, Manuseio e Transporte de Tubos e Materiais .............................................. 12

7 Plano de Qualidade dos Tubos Concretados ............................................................................. 14

7.1 Plano de Qualificação e Produção do Revestimento de Concreto ................................... 14

7.2 Plano de Inspeção e Teste (Fases de Qualificação e Produção) .................................... 15

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Tabelas

Tabela 1 - Certificados .......................................................................................................................... 15

Tabela 2 - Tubos ................................................................................................................................... 16

Tabela 3 - Matéria Prima ....................................................................................................................... 17

Tabela 4 - Mistura de Concreto ............................................................................................................. 19

Tabela 5 - Controle de Aplicação do Concreto ..................................................................................... 20

Tabela 6 - Testes Off-Line do Concreto Aplicado ................................................................................. 22

Tabela 7 - Reparo .................................................................................................................................. 23

Tabela 8 - Identificação dos Tubos ....................................................................................................... 23

Figuras

Figura 1 - Reforço Circunferencial .......................................................................................................... 8

Figura 2 - Reforço Longitudinal ............................................................................................................... 8

Figura 3 - Tubo Revestido de Concreto com Anodo ............................................................................. 12

Figura 4 - Aparato de Teste de Resistência ao Cisalhamento .............................................................. 27

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Prefácio

Esta norma PETROBRAS estabelece os requisites mínimos para a aplicação de revestimento externo
de concreto em tubos destinado a construção de dutos submersos.

A aplicação de revestimento externo de concreto pode ser requerida para prover empuxo negativo e/ou
proteção mecânica de tubos usados em sistemas de dutos submersos.

1 Escopo

1.1 Esta norma PETROBRAS fornece guia e requisitos com relação a materiais, processo produtivo e
plano de qualidade para o processo de aplicação e para o revestimento de concreto externamente
aplicado em tubos pré-revestidos com revestimento anticorrosivo. Esses tubos destinam-se a utilização
em sistemas de dutos submersos para a indústria de óleo e gás.

1.2 Esta norma é aplicável a revestimentos de concreto com espessuras igual ou maior a 40 mm de
acordo com a norma DNVGL-ST-F101.

1.3 Esta norma considera apenas os processos de concretagem por projeção (“impingement”) e por
compressão.

1.4 Esta norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.

1.5 Esta norma contém requisitos técnicos.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis para a aplicação desta norma. Aplica-se a
última edição de cada documento referenciado, incluindo qualquer ementa.

ANP SGSS - Regulamento Técnico do Sistema de Gerenciamento de Segurança


Operacional de Sistemas Submarinos;

PETROBRAS N-1644 - Construção de Fundações e de Estruturas de Concreto Armado;

PETROBRAS N-1935 - Projeto de Sistema de Proteção Catódica por Corrente Galvânica -


Duto Submarino;

PETROBRAS N-2680 - Tinta Epóxi, sem Solventes, Tolerante a Superfícies Molhadas;

PETROBRAS N-2726 - Terminologia de Dutos;

PETROBRAS N-2838 - Proteção Catódica para Instalações Marítimas Flutuantes/Fixas e


Equipamentos Submarinos;

ABNT NBR 5739 - Concreto - Ensaio de Compressão de Corpos-de-Prova Cilíndricos;

ABNT NBR 6118 - Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento;

ABNT NBR 7211 - Agregado para Concreto - Especificação;

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ABNT NBR 9775 - Agregado Miúdo - Determinação do Teor de Umidade Superficial por Meio
do Frasco de Chapman Total - Método de Ensaio;

ABNT NBR 9939 - Agregado Graúdo - Determinação do Teor de Umidade Total - Método de
Ensaio;

ABNT NBR 12655 - Concreto de Cimento Portland - Preparo, Controle, Recebimento e


aceitação;

ABNT NBR 15577-1 - Agregados - Reatividade álcali-agregado, Parte 1: Guia para avaliação
da reatividade potencial e medidas preventivas para uso de agregados em concreto;

ABNT NBR 16212 - Tubos – Estocagem em Áreas Descobertas;

ABNT NBR 16697 - Cimento Portland – Requisitos;

ABNT NBR NM 52 - Agregado Miúdo - Determinação da Massa Específica e Massa


Específica Aparente;

ABNT NBR NM 137 - Argamassa e Concreto - Água para Amassamento e Cura de


Argamassa e Concreto de Cimento Portland;

ACI 308.1 - Standard Specification for Curing Concrete;

ASTM A810 - Standard Specification for Zinc-Coated (Galvanized) Steel Pipe Winding Mesh

ASTM A1064 - Standard Specification for Carbon-Steel Wire and Welded Wire
Reinforcement, Plain and Deformed, for Concrete;

ASTM C171 - Standard Specification for Sheet Materials for Curing Concrete;

ASTM C309 - Standard Specification for Liquid Membrane-Forming Compounds for Curing
Concrete;

ASTM C642 - Standard Test Method for Density, Absorption, and Voids in Hardened
Concrete;

DNVGL-RP-F111 - Interference between Trawl Gear and Pipelines;

DNVGL-ST-F101 - Offshore Standard, Submarine Pipeline System;

ISO 21809-5 - Petroleum and natural gas industries - External coatings for buried or
submerged pipelines used in pipeline transportation systems - Part 5: External concrete
coatings.

3 Termos e Definições

3.1
agregados (fino e graúdo)
material granular, tais como: areia, cascalho, brita, ou minério de ferro usados com água e cimento
para constituir o concreto

3.2
aplicador
a parte responsável para aplicação do revestimento de concreto de acordo com os requisitos desta
norma PETROBRAS N-2432

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3.3
comprador
proprietário ou terceira parte atuando em seu nome, cuja responsabilidade é garantir os requisitos de
compra do produto

3.4
cura
ação conduzida para manter as condições de umidade e temperatura em uma mistura de concreto
recentemente aplicada para permitir a hidratação do cimento de modo obter as propriedades requeridas

3.5
FBE tail
comprimento do FBE exposto nas extremidades dos tubos revestidos com sistema tripla camada

3.6
holiday
descontinuidade do revestimento anticorrosivo que apresenta condutividade elétrica quando exposto a
uma determinada voltagem

3.7
traço do concreto
mistura de cimento, agregado, água e/ou aditivos que resultarão na mistura do concreto

3.8
Fita Pi
fita periférica usada para medir o diâmetro dos tubos revestidos de concreto

3.9
fornecedor
parte responsável pelo fornecimento de bens, materiais e/ou serviços usados na aplicação do
revestimento de concreto

3.10
tela de reforço
elementos, tais como: barras e arames, que são embutidos no revestimento de concreto, usados como
reforço estrutural do concreto

4 Símbolos e Abreviaturas

FBE – “Fusion Bonded Epoxy”

N/A – Não Aplicável

PE – Polietileno

PU – Poliuretano

tc – Espessura nominal do concreto

Δtc – Variação da espessura de concreto


Fita Pi é marca registrada de Pi Tape Texas, LLC.
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5 Materiais

5.1 Revestimento Anticorrosivo

A fim de assegurar sua aderência ao revestimento de concreto, o revestimento anticorrosivo deve ter
um sistema de ancoragem com rugosidade adequada para suportar as cargas impostas ao duto.

NOTA Alternativas, se aplicáveis, que assegurem a aderência do concreto no revestimento


anticorrosivo deverão ser previamente acordadas entre o fornecedor do revestimento
anticorrosivo, o aplicador do revestimento de concreto e o comprador.

5.2 Cimento

5.2.1 O cimento a ser usado na mistura de concreto deve ser do tipo Portland e atender os seguintes
requisitos:

a) Cimento Portland resistente a sulfato de acordo com a ABNT NBR 16697;


b) Cimento Portland-pozolânico ou cimento Portland de alto-forno, conforme a
ABNT NBR 16697, ambos com teor de alumínio tricálcio entre 4 e 8%.

5.5.2 O teor de álcali não deve exceder 0,6% conforme ISO 21809-5, se agregados potencialmente
reativos foram utilizados. Além disso, o teor máximo de álcali para o concreto não deve exceder 3 kg/m3,
conforme a ABNT NBR 15577.

5.3 Agregados

5.3.1 Agregados devem atender os requisitos da norma ABNT NBR 7211.

5.3.2 O teor total de substâncias nocivas, conforme definido na ABNT NBR 7211, deve ser
considerado nas misturas de agregados.

5.3.3 A distribuição granulométrica dos agregados finos deve ter módulo de finura da zona entre 2,20
e 2,90, conforme ABNT NBR 7211.

5.3.4 A distribuição granulométrica dos agregados graúdos deve ter módulo de finura da zona entre
4,75 / 12,5 e 9,5 / 25,0, conforme ABNT NBR 7211.

5.3.5 A distribuição granulométrica do minério de ferro (limonita, hematita ou magnetita) deve ter
módulo de finura da zona entre 2,90 e 3,50, conforme ABNT NBR 7211, e densidade seca mínima de
4410 kg/m3 determinada pela norma ABNT NBR NM 52.

5.3.6 Todos os agregados devem estar isentos de quantidade nocivas de sais, de acordo com a norma
ABNT NBR 7211.

5.3.7 Concreto reciclado pode ser usado como agregado desde que os requisitos deste Item sejam
atendidos, assim como os requisitos da norma ISO 21809-5.

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5.4 Água

5.4.1 A água deve atender os requisitos da ABNT NBR NM 137.

5.4.2 A água deve estar livre de óleo, ácidos, álcalis, ou materiais orgânicos. A quantidade admissível
máxima de sólidos dissolvidos na água deve ser de 2000 ppm, com carbonatos e bicarbonatos alcalinos
não excedendo 1000 ppm.

5.4.3 O aplicador deve assegurar a qualidade da água durante o processo de aplicação do concreto.

5.4.4 Água potável certificada não requer testes de conformidade.

5.5 Tela de Reforço

5.5.1 O revestimento de concreto deve ser reforçado por uma tela contínua de arame feita de aço
carbono galvanizado, conforme normas ASTM A810 e ASTM A1064.

5.5.2 A tela de arame deve atender os seguintes requisitos:

a) Distância entre arames longitudinais ao tubo (paralelo ao eixo longitudinal do tubo) igual
a 67 mm +/- 5 mm;
b) Distância entre arames transversais ao tubo igual a 25 mm +/- 5 mm;
c) Sobreposição mínima de 25 mm para duas telas de arame subsequentes;
d) Mínima taxa de armadura circunferencial (1) ao tubo igual a 0,5% (vide Figura 1);
e) Mínima taxa de armadura longitudinal(1) ao tubo igual a 0,1% (vide Figura 2).

Figura 1 - Reforço Circunferencial

Figura 2 - Reforço Longitudinal

NOTA A taxa de armadura é dada pela área total de aço na seção dividido pela área de concreto
na seção.

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5.6 Filme de Polietileno

O filme de polietileno deve atender os requisitos da norma ASTM C171.

6 Processo Produtivo

6.1 Tubos Pré-Revestidos

6.1.1 O revestimento anticorrosivo dos tubos deve ser inspecionado antes da aplicação do
revestimento de concreto. Os seguintes procedimentos devem ser executados:

a) Inspeção dos tubos para verificar a presença de quaisquer materiais nocivos, que possam
influenciar a adesão do concreto;
b) Inspeção dos tubos com Holiday Detector com a finalidade de detectar descontinuidades
no revestimento anticorrosivo, de acordo com a Tabela 2 desta norma;
c) Uma verificação de conformidade da rugosidade e da superfície do “rough coat” de acordo
com a Tabela 2 desta norma.

6.1.2 O controle de descontinuidade poderá ser dispensado quando os tubos tiverem sidos revestidos
em planta adjacente a planta de revestimento de concreto e o transporte dos tubos revestidos tiver sido
realizado sem manipulação. Além disso, todos os tubos devem estar aprovados no processo de
revestimento anticorrosivo.

6.1.3 Se o revestimento de concreto tiver sido removido por qualquer razão, então os tubos com
revestimento anticorrosivo devem ser testados com Holiday Detector em conformidade com a Tabela
2 desta norma. Descontinuidades devem ser reparadas conforme acordado com o comprador.

6.2 Condições Ambientais

6.2.1 A aplicação do revestimento de concreto deve atender as seguintes condições:

a) A temperatura do tubo, revestimento anticorrosivo, tela de reforço de aço, água e mistura


de concreto devem estar no intervalo de +3 °C e +35 °C;
b) A temperatura do ar na vizinhança da planta de concreto deve estar no intervalo de +1 °C
e +43 °C.

6.2.2 Se as condições para aplicação do revestimento estiverem fora dos limites definidos acima, o
aplicador deve apresentar um procedimento de proteção do revestimento de concreto para aprovação
do comprador.

6.2.3 O aplicador deve definir a umidade total do agregado e seu range de variação conforme
ABNT NBR 7211 durante a fase de qualificação. Esses parâmetros devem ser seguidos durante a fase
de produção.

6.3 Preparação da Mistura de Concreto

6.3.1 A dosagem de concreto deve ser feita conforme ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 12655, de modo
a obter as propriedades requeridas pelo projeto.

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6.3.2 O uso de aditivos é permitido com a finalidade de reduzir o tempo de pega, contanto que o teor
de íons cloreto não ultrapasse os limites da ABNT NBR 6118.

6.4 Aplicação de Tela de Reforço e Concreto

6.4.1 Armadura

A tela de reforço deve ser continua e deve atender as cargas de instalação impostas durante o processo
de lançamento do duto.

6.4.2 Filme de Polietileno

6.4.2.1 A aplicação do filme de polietileno deve ser realizada de forma contínua, imediatamente após
a aplicação do concreto e num mesmo processo.

6.4.2.2 O filme de polietileno deve ser removido apenas após o período de cura.

6.4.3 Concretagem

6.4.3.1 A preparação da mistura de concreto deve ser realizada mecanicamente. Após o


carregamento, os materiais devem ser misturados por no mínimo 5 minutos.

6.4.3.2 O tempo decorrido entre o início da preparação e o final do lançamento do concreto não deve
exceder 1 hora, a menos que tempos de início de pega do cimento superiores a 1 hora sejam
comprovados através de ensaios previamente realizados.

6.4.3.3 O transporte do material misturado para o local de aplicação deve ser feito de forma a não
provocar segregação entre os componentes da argamassa.

6.4.4 Métodos de Aplicação do Concreto

6.4.4.1 No processo por compressão, o concreto é aplicado sobre a superfície do tubo junto com a tela
contínua, sendo comprimido simultaneamente por um filme de polietileno.

6.4.4.2 No processo por projeção, a tela é aplicada durante a projeção do concreto sobre o tubo, sendo
o conjunto posteriormente envolvido por um filme de polietileno.

6.4.4.3 Os tubos devem ser umedecidos antes do início da aplicação.

6.4.4.4 A posição da tela deve estar de acordo com o Item 5.2.2.

6.4.5 Aplicação do Revestimento de Concreto:

a) Os tubos liberados para a concretagem se deslocam na planta através de movimentos de


rotação e translação simultâneos, feitos com o auxílio de roletes de borracha, a fim de não
danificar o revestimento anticorrosivo;

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b) Os agregados e o cimento, armazenados em depósitos distintos, devem ser despejados


sobre a correia transportadora principal, sendo que a dosagem destes materiais é
realizada através do controle de vazão e cujo ajuste é função do traço em peso;
c) A homogeneização da mistura seca dos agregados e o cimento deve ser realizada na
própria correia transportadora principal, a qual deve possuir paletas transversais para
atender esta finalidade;
d) A água deve ser adicionada imediatamente antes do concreto cair sobre a camada do
aplicador, injetada através de bicos borrifadores controlados no painel do sistema da
operação da planta;
e) A mistura de concreto, tela de reforço e filme de polietileno devem ser comprimidos
helicoidalmente ao redor do tubo.

6.4.6 Concreto Reciclado como Agregado

6.4.6.1 O reuso de concreto reciclado é permitido desde que seja imediato e não comprometa a
resistência final do concreto.

6.4.6.2 O concreto reciclado como agregado deve atender os requisitos da norma ISO 21809-5.

6.4.7 Cura

O filme impermeável de PE deve ser mantido durante o período requerido para a cura, de acordo com
o tipo de cimento de forma obter as propriedades finais do concreto.

6.4.8 Identificação

6.4.8.1 Os tubos concretados devem conter no mínimo as seguintes informações:

a) Tipo de concreto conforme ordem de compra;


b) Peso do tubo;
c) Espessura do revestimento de concreto;
d) Número do tubo;
e) Data de aplicação do concreto.

6.4.8.2 A marcação dos tubos concretado deve ser legível na superfície interna do tubo e feita de
acordo com os requisitos da ordem de compra.

6.5 Colarinho (“Cutback”) do Concreto

As extremidades de cada tubo concretado devem ser preparadas de acordo com a ordem de compra
e como descrito abaixo:

a) A remoção do concreto para formar o colarinho deve ser realizada enquanto o concreto
estiver fresco, utilizando serras de corte com limitadores e/ou alicates de corte;
b) Para preservar o concreto, deve ser aplicada fita adesiva filamentada em torno da
circunferência do tubo, nos locais dos cortes;
c) O colarinho do revestimento de concreto deve ser definido na ordem de compra;
d) A extremidade do revestimento de concreto deve formar um ângulo de 90° com o eixo do
tubo;
e) Os biseis e a parte não revestida com concreto devem ser limpos dos resíduos de
concreto;
f) As extremidades do concreto no local dos cortes devem ser protegidas com tinta epóxi,
conforme PETROBRAS N-2680.

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6.6 Instalação de Anodos

6.6.1 Os anodos de sacrifício devem ser montados e conectados eletricamente de acordo com a
PETROBRAS N-1935 e de acordo com a ordem de compra. O espaço anular entre o anodo e o
concreto deve ser preenchido com PU com densidade maior que 900 kg/m3.

6.6.2 Os tubos concretados com montagem de anodo devem ser preparados conforme estabelecido
na Figura 3. Deve ser provido espaço anular de 25 mm entre o anodo e o concreto, com
preenchimento dos espaços vazios com PU.

Figura 3 - Tubo Revestido de Concreto com Anodo

6.7 Estocagem, Manuseio e Transporte de Tubos e Materiais

6.7.1 Estocagem

6.7.1.1 Todos os materiais devem ser adequadamente estocados de modo estar protegido de
deterioração, contaminação ou qualquer outro dano que possa afetar a qualidade do produto final.

6.7.1.2 Os planos de estocagem de materiais e tubos devem ser aprovados antes do início dos
serviços.

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6.7.1.3 A estocagem dos tubos deve atender os requisitos da norma ABNT NBR 16212.

6.7.1.4 A estocagem de materiais deve atender os requisitos da norma PETROBRAS N-1644, assim
como, os requisitos descritos abaixo.

6.7.1.4.1 Cimento Portland

a) O cimento ensacado deve estar em perfeito estado de conservação, não sendo aceitas as
embalagens avariadas ou que contenham cimento empedrado;
b) O cimento deve ser estocado em silos.

6.7.1.4.2 Agregados

a) Os diferentes agregados devem ser armazenados diretamente sobre uma base do próprio
material, abaixo do nível do terreno, com espessura mínima de 200 mm e afastados entre
si, de modo a impossibilitar a sua mistura;
b) Os agregados devem ser armazenados afastados de agentes contaminantes tais como:
vegetação, resíduos sólidos, resíduos líquidos e chuva.

6.7.1.4.3 Telas de Reforço

a) As telas de reforço devem ser empilhadas sobre estrados de madeira até uma altura máxima
de 2 m em relação ao estrado;
b) As telas de reforço devem ser estocadas em uma área coberta, seca e protegida da chuva.

6.7.1.4.4 Tubos Concretados

a) Os tubos concretados não curados devem ser estocados em uma única camada. A superfície
de apoio deve ser preparada de forma permitir que o tubo seja inteiramente suportado ao
longo do seu comprimento;
b) Os tubos concretados curados devem ser estocados com uma inclinação longitudinal de pelo
menos 1%;
c) As condições de estocagem e o número máximo de camadas de tubos concretados curados
devem ser definidos de forma segura, evitando danos aos tubos e de acordo com a norma
ABNT NBR 16212.

6.7.2 Manuseio e Transporte

6.7.2.1 No transporte de tubos, as cargas devem ser dispostas de modo a permitir amarração firme e
a não danificar os tubos ou seus revestimentos. Antes de desamarrar a pilha para descarga, deve ser
feita uma inspeção visual, a fim de verificar se os tubos estão convenientemente apoiados, sem risco
de rolamento.

6.7.2.2 Para o manuseio de tubos concretados, devem ser usados cintas com resistência apropriada,
protegidos com material resistente a abrasão. Ganchos especiais para içamento de tubos pelas
extremidades (patolas) podem ser utilizados, desde que apoiem, no mínimo, 1/8 da circunferência do
tubo, sejam revestidos com material macio, para adaptar-se à sua curvatura interna e que não causem
deformações.

6.7.2.3 O manuseio dos tubos revestidos deve ser feito de forma a evitar danos mecânicos ao bisel do
tubo e aos revestimentos anticorrosivo e de concreto.

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6.7.2.4 No caso do uso de equipamento tipo pá carregadeira, dotada de garfos, estes equipamentos
devem ser protegidos para não causar danos ao revestimento de concreto.

6.7.2.5 O manuseio dos tubos concretados, após o início da cura, somente deve ser efetuado após o
concreto atingir a resistência à compressão mínima de 20 MPa.

6.7.2.6 O transporte de tubos concretados para a aplicação na obra só deve ocorrer após o concreto
atingir a resistência mínima de 34 MPa.

6.7.2.7 Para manuseio e transporte do cimento, o aplicador deve seguir as recomendações do


fabricante e das normas aplicáveis.

7 Plano de Qualidade dos Tubos Concretados

7.1 Plano de Qualificação e Produção do Revestimento de Concreto

7.1.1 Um programa de teste de qualificação de acordo com as Tabelas 1 a 8 deve ser realizado antes
do início da produção do revestimento de concreto. No mínimo devem ser utilizados cinco tubos de
teste para aplicação do revestimento de concreto, que devem representar a ordem de compra dos
tubos. Todos os testes devem estar concluídos e aprovados antes do início da produção.

7.1.2 Durante a fase de qualificação, se qualquer resultado de teste não atender os requisitos das
Tabelas 1 a 8, dois novos testes devem ser realizados e ambos devem ser aprovados. Caso não sejam
aprovados, o plano de qualificação deve ser revisado e reiniciado. Todos novos testes devem ser
previamente aprovados pelo comprador.

7.1.3 O plano de qualificação realizado é valido para um determinado diâmetro de tubo revestido, uma
determinada espessura de concreto e uma determinada massa específica do concreto. Além disso,
uma mudança nas seguintes variáveis essenciais deve definir um novo plano de qualificação: tipo de
revestimento anticorrosivo aplicado sobre os tubos, perfil de rugosidade do revestimento anticorrosivo,
especificação do cimento, tipo de tela de reforço, tipo de agregado e equipamento para preparação da
mistura e aplicação do concreto.

7.1.4 Antes do início dos testes de qualificação, uma especificação técnica, um procedimento de
aplicação e um plano de qualificação devem ser emitidos para aprovação do comprador.

7.1.5 Após a conclusão do plano de qualificação, o aplicador deve emitir um relatório de qualificação
contendo no mínimo:

a) Descrição dos materiais do revestimento de concreto;


b) Dimensões dos tubos;
c) Tipo e características do revestimento anticorrosivo aplicado;
d) Espessura do revestimento de concreto;
e) Especificação e certificado do cimento, agregados, tela de reforço, água e filme de PE;
f) Traço do concreto e resultados obtidos;
g) Parâmetros de aplicação do revestimento de concreto e procedimentos de cura;
h) Especificação técnica, procedimento de aplicação e plano de inspeção e teste aprovados;
i) Procedimentos de testes e certificados dos instrumentos;
j) Materiais de reparo e procedimentos de aplicação;
k) Procedimentos de manuseio, estocagem e transporte;
l) Procedimento de instalação de anodo, se aplicável.

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7.1.6 A produção deve iniciar apenas após a aprovação dos testes de qualificação.

7.1.7 Durante a fase de produção, se qualquer resultado de teste não atender os requisitos das
Tabelas 1 a 8, a produção deve ser imediatamente interrompida e dois novos testes devem ser
realizados e ambos devem ser aprovados. Caso não sejam aprovados, o processo de produção deve
ser revisado e deve ser submetido para análise do comprador. O processo de produção revisado pode
incluir testes adicionais de qualificação.

7.2 Plano de Inspeção e Teste (Fases de Qualificação e Produção)

7.2.1 Durante a qualificação e/ou produção do revestimento de concreto, testes de controle de


qualidade devem ser realizados de acordo com as Tabelas 1 a 8 para demonstrar conformidade com
o pedido de compra e esta norma.

7.2.2 Não conformidades nos resultados dos testes do revestimento de concreto devem ser
submetidas para análise do comprador.

Plano de Inspeção e Teste


Tabela 1 - Certificados

Descrição / Método de Teste / Critério de Frequência durante Frequência durante


Item
Propriedade Norma Aceitação a Qualificação a Produção

Todos os certificados
dos instrumentos e
equipamentos antes
do início das
Todos os
Verificação dos Certificados atividades.
instrumentos e
certificados dos assinados por A balança deve ser
7.2.3 equipamentos antes
instrumentos e Terceira parte e verificada antes do
do início da
equipamentos válidos. início de cada turno e
qualificação.
em caso de mudança
de espessura do
revestimento de
concreto.

Verificação dos
certificados da Certificados
Todos os materiais Todos os certificados
tela de reforço, assinados por
7.2.4 antes do início da dos materiais para
cimento, água, Terceira parte e
qualificação. cada lote.
agregados e válidos.
filme de PE

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Tabela 2 - Tubos

Frequência
Descrição / Método de Teste / Critério de Frequência durante
Item durante a
Propriedade Norma Aceitação a Qualificação
Produção

Número de todos os Número de cada


Identificação
7.2.5 tubos em uma base tubo pintado na Todos os tubos. Todos os tubos.
dos tubos
digital. superfície interna.

Inspeção das
superfícies Sem danos,
externa e 7.2.6 Visual. amassamentos, Todos os tubos. Todos os tubos.
interna dos sujeira, graxa, óleo.
tubos
Inspeção com
holiday detection
para Sistema tripla Sem
Inspeção do camada 12 kV/mm descontinuidades do
revestimento ou máximo de revestimento
7.2.6 Todos os tubos. Todos os tubos.
anticorrosivo e 25 kV. anticorrosivo e FBE
do FBE tail Para o sistema FBE tail, de acordo com o
5 kV/mm. pedido de compra.
Velocidade máxima
de 18 m/min.
Controle do
Peso de acordo com
perímetro, Balança, Fita Pi ou
o pedido de compra.
diâmetro e outros métodos de
Perímetro e
peso no ar dos 7.2.8 medição Todos os tubos. Todos os tubos.
diâmetro medidos
tubos apropriados para
em cinco seções de
revestidos com diâmetro.
cada tubo.
anticorrosivo

Medidor de
rugosidade em cinco
seções ao longo dos
tubos com quatro Mínimo de 75 µm.
Rugosidade do medidas ao redor da
revestimento 7.2.9 circunferência de Soma de áreas Todos os tubos. Todos os tubos.
anticorrosivo cada seção. danificadas menor
que 3% por tubo.
Inspeção visual da
superfície externa
dos tubos.

Sem danos no FBE


Fita.
e no revestimento.
Proteção do A cola não deve
7.2.10 Sem cola aderida no Todos os tubos. Todos os tubos.
FBE tail estar em contato
revestimento
com o FBE.
anticorrosivo.

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Tabela 3 - Matéria Prima

Frequência Frequência
Descrição / Método de Teste /
Item Critério de Aceitação durante a durante a
Propriedade Norma
Qualificação Produção

Sem cimento
endurecido, sem 1 amostra por dia e
Inspeção do
Visual. cimento parcialmente 1 amostra por lote. em caso de
cimento
curado e sem recebimento.
presença de torrões.

Testes do
5.2.2 ABNT NBR 16697. 1 amostra por lote. N/A
cimento

Sólidos dissolvidos:
máximo de 2000 ppm.
Carbonatos e
Nota: O Aplicador
bicarbonatos de álcali:
deve assegurar as
máximo de 1000 ppm
Análise mesmas
ABNT NBR NM 137 Livre de óleo, ácido, 1 amostra por fonte
química da 5.4.2 propriedades da
. sal ou material de fornecimento.
água água utilizada
orgânico, de acordo
durante a fase de
com norma ABNT.
qualificação.
Nota: Água potável
não requer testes de
conformidade.

Livre de defeitos
Inspeção visual visíveis (rasgos, furos,
ASTM C171. 1 amostra por lote. 1 amostra por lote.
do filme de PE etc.) e apresentar
aparência uniforme.

Testes do filme
ASTM C171. 1 amostra por lote. N/A
de PE

Livre de sujeira, graxa,


Inspeção da Todas as telas de
Visual. óleo e amassamentos. 1 amostra por lote.
tela de reforço reforço.
Sem corrosão.

Teste da tela ASTM A810 e


1 amostra por lote. N/A
de reforço ASTM A1064.

No início de cada
Verificação da De acordo com o Item
Todos os tubos. turno e a cada 20
tela de reforço 6.5 desta norma.
tubos.

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Tabela 3 - Matéria Prima

Frequência Frequência
Descrição / Método de Teste /
Item Critério de Aceitação durante a durante a
Propriedade Norma
Qualificação Produção

1 amostra por dia e


Inspeção dos Livre de resíduos
Visual. 1 amostra por lote. em caso de
agregados sólidos.
recebimento.

Teste dos
ABNT NBR 7211. 1 amostra por lote. N/A
agregados

No início de cada No início de cada


Controle de ABNT NBR 9775 A ser proposto pelo
turno e turno e
umidade do 7.2.12 e/ou aplicador e definido na
imediatamente em imediatamente em
agregado ABNT NBR 9939. qualificação.
caso de chuva. caso de chuva.

Massa
específica do
Massa específica No início de cada No início de cada
agregado 5.3.5 ABNT NBR NM 52.
maior que 4410 kg/m3. turno. turno.
(minério de
ferro)

De acordo com os
5.3.3
Granulometria itens 5.3.3 (finos) e No início de cada No início de cada
ABNT NBR 7211.
do agregado 5.3.4 (graúdos) desta turno. turno.
5.3.4
norma.

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Tabela 4 - Mistura de Concreto

Frequência
Descrição / Método de Teste / Critério de Frequência durante
Item durante a
Propriedade Norma Aceitação a Qualificação
Produção

Registro das
condições Registros diários a
ambientais: partir de 3 dias antes No início de cada
A ser definido pelo
Condições Temperatura do início da turno e
7.2.11 aplicador na
ambientais ambiente, do tubo, qualificação e imediatamente em
qualificação.
da tela de reforço e imediatamente em caso de chuva.
da água, umidade e caso de chuva.
índice chuva.

A ser definido e
Ajuste dos
Procedimento de registrado pelo No início de cada
equipamentos No início da
7.2.13 aplicação a ser aplicador antes do turno e reinício da
de mistura de qualificação.
fornecido. início da qualificação produção.
materiais
e/ou produção.

Fator água/cimento
≤ 0,40 em massa. No início da No início de cada
Fator A ser definido pelo qualificação e turno e
7.2.13
água/cimento aplicador. Quantidade de imediatamente em imediatamente em
cimento Portland na caso de chuva. caso de chuva.
mistura ≥ 400 kg/m3.

Período de
tempo entre o No início da No início de cada
preparo da 7.2.13 < 1 h. qualificação e em turno e no reinício
mistura e a sua qualquer parada. da produção.
aplicação

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Tabela 5 - Controle de Aplicação do Concreto

Método de
Descrição / Frequência durante a Frequência durante
Item Teste / Critério de Aceitação
Propriedade Qualificação a Produção
Norma

Tela de reforço
posicionada 1 tubo no começo
aproximadamente no de cada turno e a
meio da espessura de cada 20 tubos
concreto (para uma (tubos em as ambas
camada de tela de 2 tubos em as ambas extremidades e no
Posição da reforço). extremidades e no meio do tubo) e no
7.2.15 Trena.
tela de reforço meio dos tubos, nas caso de qualquer
Distância mínima da posições 12 e 6 horas. mudança na
tela de reforço para o espessura de
revestimento concreto. Nas
anticorrosivo e para a posições 12 e 6
superfície externa de horas.
15 mm.
1 tubo no começo
de cada turno e a
Distância mínima das
cada 20 tubos
Distância entre telas de reforço para o
(tubos em as ambas
duas telas de revestimento
2 tubos em as ambas extremidades e no
reforço anticorrosivo e para a
extremidades e no meio do tubo) e no
(aplicável para 7.2.15 Trena. superfície externa de
meio dos tubos, nas caso de qualquer
espessura de 15 mm.
posições 12 e 6 horas. mudança na
concreto maior Distância mínima entre
espessura de
do que 50 mm) telas de reforço de
concreto. Nas
10 mm.
posições 12 e 6
horas.
1 tubo no começo
de cada turno e a
Trena. 2 tubos em as ambas cada 20 tubos
Sobreposição
Sobreposição mínima extremidades e no (tubos em as ambas
de telas de 7.2.17
Inspeção de 25 mm. meio dos tubos, nas extremidades e no
reforço
visual. posições 12 e 6 horas. meio do tubo). Nas
posições 12 e 6
horas.
Dimensões e
tolerâncias de acordo
com a ordem de
compra.

Trena. Superfície do concreto


uniforme.
Colarinho 7.2.21 Todos os tubos. Todos os tubos.
Inspeção
visual. Corte da tela de
reforço suave.

Sem danos no
revestimento
anticorrosivo do tubo.
Sem danos ao
concreto ou a tela de
reforço na área do
colarinho.
Proteção do Inspeção
7.2.22 Todos os tubos. Todos os tubos.
colarinho visual. Tinta epóxi a ser
aplicada como
proteção de acordo
com PETROBRAS N-
2680.

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Tabela 5 - Controle de Aplicação do Concreto

Método de
Descrição / Frequência durante a Frequência durante
Item Teste / Critério de Aceitação
Propriedade Qualificação a Produção
Norma

ASTM C171.
Aplicação do Sobreposição de
filme de Inspeção 25 mm e sem defeitos,
polietileno e 7.2.23 visual ao danos ou Todos os tubos. Todos os tubos.
definição da longo do enrugamentos no filme
sobreposição comprimento de PE.
dos tubos.
Resistência a
compressão
do concreto ABNT NBR 5 3 amostras em 3
7.2.24 > 15 MPa. -
(condição para 739. tubos.
remover o
filme de PE)

Danos no concreto a
ser reparados de
Inspeção de
acordo com o Item de
tubos
7.2.25 Visual. reparo. Todos os tubos. Todos os tubos.
concretados
não curados
Sem danos no filme de
PE.
Média durante 12 h de
produção: -0%, +4%.
Tolerância de
peso no ar de Média para cada 25
7.2.28 Balança. Todos os tubos. Todos os tubos.
tubos tubos: -1%, +6%.
concretados.
Para cada tubo:
-3%, +12%.
Fita Pi ou
outros
Todos os tubos.
métodos de Todos os tubos.
Variação de espessura
Variação da medição de nominal entre: 5 medidas
espessura de 7.2.29 diâmetro 5 medidas espaçadas
espaçadas
concreto apropriados igualmente em cada
0 < Δtc < 0.1tc. igualmente em cada
(ex.: tubo.
tubo.
paquímetro
digital).

8 pontos em ambas
8 pontos em ambas
Excentricidade extremidades de 1
7.2.30 Trena. < 12 mm. extremidades de todos
do concreto tubo a cada 20
os tubos.
tubos produzidos.

1 tubo no começo
de cada turno (em
ambas
Resistência
1 teste em cada extremidades).
elétrica entre a 500 V
7.2.31 Ohmímetro. extremidade de todos
tela de reforço > 10 KOhm.
os tubos. Primeiro tubo após
e o tubo
mudança na
espessura de
concreto.
De acordo com a
Preparação da
Trena. ordem de compra. Preparação da
abertura para
abertura a ser Como definido no
aplicação do 7.2.32
Inspeção Sem danos ao demonstrada em 2 projeto.
anodo (corte
visual. revestimento tubos.
do concreto)
anticorrosivo.

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Tabela 6 - Testes Off-Line do Concreto Aplicado

Frequência Frequência
Descrição / Método de Teste / Critério de
Item durante a durante a
Propriedade Norma Aceitação
Qualificação Produção

Inspeção dos tubos


concretados
De acordo com o
curados (após 7.2.33 Inspeção visual. Todos os tubos. Todos os tubos.
critério de reparo.
remoção do filme de
PE)

Tolerância da
3 amostras para
massa específica do 7.2.34 ASTM C642. ±5%. N/A.
cada tubo.
concreto

Média durante 12 h
de produção: -0%,
+4%.
Tolerância de peso
Média para cada
submerso do tubo 7.2.35 Calculado. Todos os tubos. Todos os tubos.
25 tubos: -1%,
concretado
+6%.

Para cada tubo:


-3%, +12%.
3 amostras para 7
dias e 3 amostras
Amostras pré-
para 28 dias e em
moldadas com > 24 MPa para 7 3 amostras para 7
cada 20 tubos no
150 mm de dias. dias e 3 amostras
Teste de resistência primeiro dia de
7.2.36 diâmetro e 300 mm para 28 dias no
a compressão produção. Para os
de comprimento. > 34 MPa para 28 início do processo
dias subsequentes
dias. de aplicação.
a mesma
ABNT NBR 5739.
frequência a cada
50 tubos.

A ser selecionado
A ser selecionado uma amostra de
uma amostra de tubo a cada 50
< 5% do peso do tubo. Após tempo tubos produzidos.
Absorção de água 1 Tubo em um
tubo seco após de cura de 24 h, o Após tempo de
(teste em escala 7.2.37 tanque com água
tempo de cura de tubo selecionado cura de 24 h, o
real) potável.
24 h. deve ficar imerso tubo selecionado
na água durante deve ficar imerso
24 h. na água durante
24 h.

Amostras de
2 testes no
comprimento
segundo tubo e 2 2 testes no mesmo
Resistência ao mínimo de 1 m.
testes no quarto tubo no início da
cisalhamento (teste 7.2.38 > 0.35 N/mm2.
tubo da produção e 1 teste
em escala real) Procedimento a ser
qualificação. a cada 500 tubos.
definido pelo
Total de 4 testes.
aplicador.

Energia de 6000 J.
2 testes no
Defeitos locais segundo tubo e 2
Resistência ao
pequenos testes no quarto
impacto (teste em 7.2.39 DNVGL-RP-F111. N/A.
(menores que tubo da
escala real)
625 cm2) sem qualificação.
exposição da tela Total de 4 testes.
de reforço.

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Tabela 6 - Testes Off-Line do Concreto Aplicado

Frequência Frequência
Descrição / Método de Teste / Critério de
Item durante a durante a
Propriedade Norma Aceitação
Qualificação Produção

Carga e
configuração dos
roletes a ser
definido de acordo 2 testes no
com a ordem de segundo tubo e 2
Procedimento a ser
Ramp roller (teste compra. testes no quarto
7.2.40 definido pelo N/A.
em escala real) tubo da
aplicador.
Sem danos ao qualificação. Total
concreto. Trincas de 4 testes.
são aceitáveis de
acordo o critério de
reparo.

Tabela 7 - Reparo

Descrição / Método de Teste / Critério de Frequência durante Frequência durante


Item
Propriedade Norma Aceitação a Qualificação a Produção

Soma dos danos


menor ou igual a
De acordo com o
30 cm2 por tubo
processo de
Reparo do devem ser
aplicação
revestimento 7.2.41 reparados. Todos os tubos. Todos os tubos.
qualificado do
anticorrosivo Tubos com danos
revestimento
maiores do que
anticorrosivo.
30 cm2 devem ser
segregados.

Reparo no
concreto antes 7.2.42 A ser proposto. Ver item 7.2.42. Todos os tubos. Todos os tubos.
da cura

Reparo no
concreto 7.2.43 A ser proposto. Ver item 7.2.43. Todos os tubos. Todos os tubos.
depois da cura

Tabela 8 - Identificação dos Tubos

Descrição / Método de Teste / Critério de Frequência durante Frequência durante


Item
Propriedade Norma Aceitação a Qualificação a Produção

Marcar na área
interna de cada tubo
as seguintes
informações:
número do tubo, tipo
de concreto,
Identificação
6.4.8 espessura do Todos os tubos. Todos os tubos.
dos tubos
concreto, massa
específica do
concreto, peso do
tubo e data de
aplicação do
concreto.

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7.2.3 Os instrumentos de inspeção, medição e equipamentos de teste devem ser calibrados de acordo
a norma aplicável numa frequência que assegure a confiabilidade apropriada das inspeções, medições
e testes. Os registros da calibração devem incluir todas as informações requeridas conforme a norma.
Os registros de todas as calibrações devem ser mantidos pelo aplicador e devem estar disponíveis
para verificação do comprador.

7.2.4 Os certificados das matérias-primas por lote devem estar disponíveis e serem apresentados ao
comprador antes do início das atividades da qualificação e da produção. Os certificados das matérias-
primas devem conter a data de validade, devem ser assinados pelo fornecedor e todos os certificados
devem ser aprovados antes do início das atividades da qualificação e da produção.

7.2.5 O número de identificação do tubo deve constar em uma base de dados digital antes de entrar
na planta de revestimento de concreto. O número do tubo e outros dados relevantes devem ser pintados
na superfície interna do tubo.

7.2.6 Todos os tubos devem ser inspecionados por um inspetor de revestimento qualificado, de acordo
com os documentos de compra, antes de serem aceitos na planta de concreto. Os tubos revestidos
devem estar livres de danos, trincas, defeitos, mossas, graxas, óleos ou qualquer outro contaminante
externo. Os tubos devem estar internamente limpos e livres de qualquer sujeira ou contaminação. Uma
inspeção visual do FBE tail de todos os tubos deve ser realizada antes de entrar na planta de
revestimento de concreto. Os tubos com FBE tail em desacordo com a ordem de compra devem ser
rejeitados e o tubo segregado. Toda a superfície do revestimento anticorrosivo deve ser testada de
acordo com a Tabela 2. Os defeitos no revestimento anticorrosivo devem ser imediatamente reparados
de acordo com os requisitos definidos pelo comprador. O reparo do revestimento anticorrosivo deve
ser realizado de acordo com a Tabela 7.

7.2.7 No caso de remoção parcial ou total do revestimento de concreto, o revestimento anticorrosivo


deve ser novamente testado, conforme Tabela 2.

7.2.8 Cada tubo identificado e revestido com anticorrosivo deve ser pesado utilizando uma balança
certificada com resolução máxima de 1% e seu peso registrado em uma base de dados digital. Cada
tubo também deve ter seu perímetro medido, registrado e incluído na base de dados digital.

7.2.9 A rugosidade do revestimento anticorrosivo deve ser medida em pelo menos em 4 pontos ao
redor da circunferência em 5 seções igualmente espaçadas ao longo do comprimento do tubo. O valor
mínimo a ser aprovado é de 75 m e todas as 5 seções devem ser aprovadas. Se um ponto não for
aprovado, outras 4 medidas igualmente espaçadas devem ser feitas ao redor do ponto original a uma
distância de 200 mm. A inspeção visual não deverá identificar áreas danificadas, caso contrário estas
áreas devem ser medidas e somadas. A área total danificada deverá ser inferior a 3% da área do tubo.

7.2.10 O FBE tail deve ser completamente protegido por uma fita de modo evitar qualquer dano durante
a aplicação do concreto. Após a aplicação do concreto e execução do colarinho, a fita deve ser
removida e a área (FBE tail e revestimento tripla camada) deve ser visualmente inspecionada.
Resquícios de cola e dano ao FBE ou qualquer outra parte do revestimento anticorrosivo não são
permitidos.

7.2.11 As condições ambientais devem ser monitoradas e registradas. As condições ambientais para
o início das atividades estão definidas no Item 6.2.1 desta norma.

7.2.12 A ocorrência de chuva deve ser monitorada e registrada para assegurar as condições
adequadas para a preparação do agregado. O valor de umidade do agregado e sua tolerância deve
ser definida durante a fase de qualificação e o range deste parâmetro deve ser controlado durante as
fases de qualificação e produção.

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7.2.13 O aplicador deve propor o percentual dos componentes (cimento, água, agregados e aditivos)
para compor a mistura do concreto, que devem ser misturados por pelo menos 5 minutos. Uma vez a
mistura pronta, esta deve ser aplicada nos tubos em até 1 hora. A razão água cimento deve ser menor
ou igual a 0,40 em massa e deve ser usado mais do que 400 kg de cimento Portland por metro cúbico
de mistura de concreto.

7.2.14 A tela de reforço deve ser do tipo malha soldada, atender as cargas de instalação impostas
durante o lançamento do duto e deve prevenir trincas e rompimento do concreto durante o transporte
e a instalação do duto.

7.2.15 Para espessuras do revestimento de concreto menor ou igual a 50 mm, uma camada de tela de
reforço deve ser posicionada no meio do revestimento de concreto. Para espessuras do revestimento
de concreto maior que 50 mm, duas camadas de tela de reforço devem ser aplicadas. A distância da
tela de reforço para o revestimento anticorrosivo e para a superfície externa do concreto deve ser maior
do que 15 mm. As tolerâncias devem ser definidas pelo Aplicador antes do início da qualificação e/ou
produção.

7.2.16 A mínima taxa de armadura circunferencial e longitudinal devem ser 0,5% e 0,1%,
respectivamente, conforme Figuras 1 e 2.

7.2.17 A tela de reforço deve ser aplicada continuamente sobre os tubos e deve manter uma
sobreposição mínima de 25 mm entre duas camadas sequenciais.

7.2.18 Antes preparar o colarinho, uma fita deve ser aplicada ao redor da superfície externa do tubo
de forma a preservar o concreto. Em seguida, o concreto nas extremidades de cada tubo deve ser
cortado (colarinho) a 90º do eixo do tubo.

7.2.19 Não são permitidos danos no revestimento anticorrosivo.

7.2.20 O revestimento anticorrosivo e as extremidades dos tubos devem estar completamente limpos
e livres de quaisquer detritos.

7.2.21 O comprimento do colarinho deve ser previamente definido pelo comprador.

7.2.22 A área cortada do concreto e as extremidades da tela de reforço devem ser protegidas com
uma demão de tinta epóxi de acordo com a norma PETROBRAS N-2680.

7.2.23 Processo de cura

Durante o processo de aplicação do concreto um filme de PE de acordo com a norma ASTM C171
deve ser aplicado sobre a superfície externa do concreto. A sobreposição do filme de PE deve ser de
no mínimo 25 mm.

7.2.24 O filme de PE deve permanecer nos tubos até que a resistência a compressão do concreto
atinja 15 MPa. A resistência a compressão deve ser demonstrada através de testes.

7.2.25 Toda a superfície dos tubos concretados deve ser inspecionada visualmente imediatamente
após a aplicação do concreto. Danos no concreto devem ser reparados de acordo com o Item 7.2.42.
Danos no filme de PE não são permitidos.

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7.2.26 Cada tubo revestido de concreto deve ser pesado imediatamente após a aplicação do concreto
e conclusão do colarinho. A balança deve ser calibrada com uma acurácia de +/- 0,5% do peso de
calibração, que deve ser representativo do peso dos tubos revestidos.

7.2.27 O peso de cada tubo deve ser registrado e fornecido ao comprador ao final de cada dia.

7.2.28 As tolerâncias de peso dos tubos revestidos de concreto devem estar de acordo com a Tabela
5.

7.2.29 A espessura do revestimento de concreto deve ser controlada e registrada para cada tubo.
Cinco medidas igualmente espaçadas devem ser realizadas para cada tubo. A espessura do
revestimento anticorrosivo deve ser considerada ao se definir a espessura de concreto de acordo com
o data book do revestimento anticorrosivo dos tubos.

7.2.30 A excentricidade do concreto deve ser avaliada pela medição da espessura em 8 posições
defasadas de 45 ° nas duas extremidades do tubo concretado. A excentricidade máxima de cada tubo
é definida como a diferença entra a maior e a menor espessura do revestimento de concreto.

7.2.31 A resistência elétrica da tela de reforço deve ser avaliada quando um potencial de 500 V é
aplicado entre a tela de reforço e o tubo.

7.2.32 Abertura no concreto para instalação dos anodos

O comprador definirá o tamanho dos anodos. O aplicador deve demonstrar a capacidade de fazer a
abertura sem qualquer dano ao revestimento anticorrosivo do tubo e ao tubo. Após fazer a abertura do
concreto, deve ser aplicada uma demão de tinta epóxi na seção de concreto e tela de reforço expostas
de acordo com a norma PETROBRAS N-2680.

7.2.33 Após remoção do filme de PE, os tubos concretados e seus colarinhos devem ser
completamente inspecionados visualmente. Danos no revestimento de concreto assim como vazios,
trincas, falta de aderência, etc. não são aceitáveis e os tubos devem ser segregados e reparados, se
aplicável, de acordo com o Item 7.2.43.

7.2.34 Massa específica do concreto

A massa específica do concreto curado deve ser determinada de acordo com a norma ASTM C642.

7.2.35 Peso submerso do tubo

O peso submerso do tubo deve ser calculado pelo aplicador e submetido para aprovação do comprador
ao final de cada dia.

7.2.36 Resistência a compressão

Amostras devem ser coletadas durante o processo de aplicação do concreto. Testes devem ser feitos
de acordo com a norma ABNT NBR 5739.

7.2.37 Teste de absorção de água

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7.2.37.1 O teste em escala real de absorção de água deve ser feito com um tubo revestido de concreto.

7.2.37.2 O tubo deve ser completamente imerso em um tanque com água potável por um período de
24 horas um dia após a aplicação do concreto.

7.2.37.3 O tubo concretado deve ser pesado antes e após a imersão e a variação de peso deve ser
menor que 5%. A absorção de água deve ser avaliada conforme definido abaixo:
𝑊𝑃𝑠𝑎𝑡 −𝑊𝑐
Absorção de água [%]= × 1.025 × 100
𝑊𝑐 −𝑊

Onde:
𝑊𝑃𝑠𝑎𝑡 é o peso do tubo saturado em água potável (kgf);
𝑊𝑐 é o peso do tubo imediatamente após a aplicação do concreto (kgf);
𝑊 é o peso do tubo sem revestimento de concreto (kgf).

7.2.38 Teste de resistência ao cisalhamento

7.2.38.1 O teste em escala real de resistência ao cisalhamento deve ser realizado em uma amostra de
tubo concretado de 1 m de comprimento em um aparato capaz de aplicar uma força axial cisalhante
sobre a extremidade metálica do tubo na posição vertical, conforme Figura 4.

7.2.38.2 A amostra deve ser suportada pela espessura da superfície de concreto. O critério de
aceitação da resistência ao cisalhamento deve ser maior ou igual a 0,35 N/mm2.

7.2.38.3 A força deve ser aplicada durante pelo menos cinco minutos, a força deve ser registrada e
nenhum movimento do revestimento de concreto com relação ao tubo deve ser observado.

Figura 4 - Aparato de Teste de Resistência ao Cisalhamento

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7.2.39 Teste de resistência ao impacto

7.2.39.1 O teste em escala real de resistência ao impacto deve ser realizado em uma amostra de tubo
de 1 m de comprimento.

7.2.39.2 O teste deve ser realizado conforme DNVGL-RP-F111 utilizando uma cabeça redonda com
50 mm e deve ser aplicada uma energia mínima de 3000 J.

7.2.39.3 O critério de aceitação da resistência ao impacto é que não haja descolamento do concreto,
embora pequenas trincas e danos locais, sem exposição da tela de reforço, são aceitáveis. No
momento do impacto não é aceitável movimento do tubo.

7.2.40 Teste ramp roller

7.2.40.1 O teste ramp roller em escala real deve ser realizado em uma amostra de 6 m de tubo
concretado.

7.2.40.2 O teste deve ser realizado preferencialmente com roletes da própria embarcação de
lançamento prevista para o projeto ou, caso não seja possível, o aplicador deve propor roletes com as
mesmas dimensões e o mesmo material de cobertura, conforme informações do comprador.

7.2.40.3 A amostra de tubo deve ser submetida a carga de flexão informada pelo comprador e mover-
se sobre os roletes para frente e para trás quatro vezes em uma extensão de pelo menos 4 m.

7.2.40.4 O critério de aceitação do teste é que não haja descolamento do concreto, movimento do
concreto e grandes trincas, embora pequenas trincas e danos locais são aceitáveis de acordo com o
critério de reparo.

NOTA Informações a serem fornecidas pelo comprador: dimensões e materiais dos roletes, raio de
curvatura e nível de tensão a ser imposto as amostras durante o teste.

7.2.41 Reparo do revestimento anticorrosivo

7.2.41.1 O reparo deve ser realizado de acordo com o procedimento qualificado de aplicação do
revestimento anticorrosivo.

7.2.41.2 O tamanho máximo do dano a ser reparado é de 30 cm2 considerando a soma de todos os
defeitos em um tubo.

7.2.42 Reparo do concreto antes da cura

7.2.42.1 O procedimento de reparo deve ser proposto pelo aplicador.

7.2.42.2 O filme de PE deve ser removido, a superfície do concreto deve ser umedecida, reparada e
novamente aplicada o filme de PE.

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7.2.42.3 A mistura de concreto e o tempo de cura deve proporcionar as mesmas propriedades do


concreto aplicado ao tubo.

7.2.42.4 A soma dos danos a ser reparada em cada tubo deve ser menor ou igual a 50 cm2 sem
exposição da tela de reforço.

7.2.42.5 As trincas circunferenciais entre 0,5 e 1,6 mm de largura e com extensão inferior que 180º ao
redor da circunferência do tubo devem ser reparadas.

7.2.42.6 As trincas longitudinais entre 0,5 e 1,6 mm de largura e com extensão inferior 300 mm devem
ser reparadas.

7.2.42.7 Tubos com danos no revestimento de concreto acima dos critérios definidos acima devem ser
segregados.

7.2.43 Reparo do concreto após a cura

7.2.43.1 O procedimento de reparo deve ser proposto pelo aplicador.

7.2.43.2 O filme de PE deve ser removido, a superfície do concreto deve ser umedecida, reparada e
novamente aplicada o filme de PE.

7.2.43.3 A mistura de concreto e o tempo de cura deve proporcionar as mesmas propriedades do


concreto aplicado ao tubo.

7.2.43.4 Não é necessário reparo dos danos com área danificada menor que 10 cm2, considerando a
soma de todos os defeitos em um tubo, o concreto esteja bem aderido ao redor do dano e a tela de
reforço não esteja aparente.

7.2.43.5 Não é necessário reparo dos danos com redução de espessura do revestimento de concreto
menor que 25% em áreas danificadas menores que 50 cm2 e sem exposição da tela de reforço.

7.2.43.6 As trincas circunferenciais entre 0,5 e 1,6 mm de largura e com extensão inferior que 180º ao
redor da circunferência do tubo devem ser reparadas.

7.2.43.7 As trincas longitudinais entre 0,5 e 1,6 mm de largura e com extensão inferior 300 mm devem
ser reparadas.

7.2.43.8 Tubos com danos no revestimento de concreto acima dos critérios definidos acima devem ser
segregados.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Não existe índice de revisão

REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração

1.2, 1.3 Revisadas

2 Revisada

3.1 Revisada

4.1.2 Revisada

4.5.1; 4.5.2 Revisadas

4.5.3 Renumerada

5.2.7 e 5.2.8 Renumeradas e revisadas

5.2.9 Revisada

6.1.1; 6.2 Revisadas

6.2.1 e 6.2.2 Renumeradas e revisadas

6.2.3; 6.3.1; 6.3.2 Renumeradas e revisadas

6.5.1 e 6.5.2 Renumeradas e revisadas

6.5.3 ao 6.5.6 Renumeradas

6.5.7 Renumerada e revisada

6.5.8 Renumerada

6.5.9 Renumerada e revisada

6.7 Revisada

7.1 ao 7.4 Revisadas

8.1 Revisada

8.2.1 ao 8.3.3 Revisadas

8.5 Revisada

8.5.2 Renumerada

8.6.1 Revisada

8.6.2 ao 8.6.6 Renumeradas e revisadas

8.7.1 e 8.7.2 Revisadas

8.8.1 Renumerada e revisada

8.8.2 e 8.8.3 Renumeradas

8.9.3 Revisada

IR 1/2
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Partes Atingidas Descrição da Alteração

8.10 e 8.10.2 Revisadas

8.11.1 e 8.11.3 Revisadas

8.12.2 Revisada

9 Revisada

9.1 Renumerada e revisada

9.1.2 e 9.1.3 Renumeradas e revisadas

9.2 Renumerada

9.2.1 ao 9.2.3 Renumeradas e revisadas

10.1 e 10.2 Renumeradas

10.3 Renumerada e revisada

10.4 e 10.5 Renumeradas

Figura 3 Revisada

Tabelas 1 e 2 Renumeradas e revisadas

REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisão Geral

IR 2/2

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