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AGO 1989 NBR 10711


Fios de aço-alumínio nus, encruados,
de seção circular, para fins elétricos
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
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Rio de Janeiro - RJ
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NORMATÉCNICA

Especificação
Origem: ABNT - 03:020.01-019/1989 (EB-1956)
CB-03 - Comitê Brasileiro de Eletricidade
CE-03:020.01 - Comissão de Estudo de Condutores Elétricos de Alumínio
NBR 10711 - Hard-drawn aluminium clad steel wires with circular section for
Copyright © 1989, electrical purposes - Specification
ABNT–Associação Brasileira Esta Norma foi baseada nas ASTM B 415-81 e ASTM B 502-70
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavra-chave: Fio de aço-alumínio 5 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO NBR 6810 - Fios e cabos elétricos - Tração à ruptura


1 Objetivo em componentes metálicos - Método de ensaio
2 Documentos complementares
3 Definições NBR 6815 - Fios e cabos elétricos - Ensaios de deter-
4 Condições gerais minação da resistividade em componentes metáli-
5 Condições específicas cos - Método de ensaio
6 Inspeção
7 Aceitação e rejeição NBR 7308 - Características dimensionais e estruturais
ANEXO - Tabelas de carretéis de madeira para condutores nus de alu-
mínio - Padronização
1 Objetivo NBR 7310 - Transporte, armazenamento e utilização
de bobinas de condutores elétricos em madeira -
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis na aceitação
Procedimento
e/ou recebimento de fios nus de aço capeado com alu-
mínio, para fins elétricos, nos diâmetros de 1,5 mm a NBR 7312 - Rolos de fios e cabos elétricos - Caracte-
5,5 mm. rísticas dimensionais - Padronização

1.2 Esta Norma não se aplica a fios destinados a fases 3 Definições


posteriores de trefilação.
Os termos técnicos utilizados nesta Norma estão definidos
2 Documentos complementares nas NBR 5456 e NBR 5471.

Na aplicação desta Norma é necessário consultar: 4 Condições gerais

NBR 5426 - Planos de amostragem e procedimento 4.1 Material


na inspeção por atributos - Procedimento
4.1.1 O fio consiste em um núcleo de aço capeado com
NBR 5456 - Eletricidade geral - Terminologia uma camada uniforme e contínua de alumínio, perfei-
tamente ligada a esse núcleo. O aço deve ser produzido
NBR 5471 - Condutores elétricos - Terminologia por processo open-hearth, forno elétrico ou processo
oxigênio básico. O fio de aço-alumínio acabado deve
NBR 6242 - Verificação dimensional para fios e cabos atender às propriedades e características estabelecidas
elétricos - Método de ensaio nesta Norma.
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4.1.2 O alumínio usado no capeamento deve atender aos c) diâmetro nominal do fio, em milímetros, e material
requisitos de espessura e resistência elétrica estabele- (aço-alumínio);
cidos nesta Norma.
d) número desta Norma;
4.2 Acabamento
e) massa líquida, em quilogramas;
A superfície do fio não deve apresentar fissuras, escamas,
rebarbas, asperezas, estrias ou inclusões que comprome-
f) massa bruta, em quilogramas;
tam o desempenho do produto.

4.3 Emendas g) número da ordem de compra;

Não são permitidas emendas no fio acabado. h) número de série da bobina;

4.4 Designação do fio i) seta no sentido de rotação para desenrolar.

Os fios devem ser designados por seu diâmetro nominal, 4.6.8 As indicações das alíneas a), b), h) e i) de 4.6.7 de-
em milímetros, com duas casas decimais. vem constar em ambas as faces do carretel.

4.5 Constantes físicas


4.6.9 Os rolos devem ter uma etiqueta com as indicações
de 4.6.7, com exceção das referentes às alíneas f), h) e i).
Para fins de cálculo, são indicadas as seguintes constan-
tes físicas para o fio de aço-alumínio:
4. 7 Garantia
3
a) massa específica: 6,590 g/cm a 20°C;
O fabricante deve garantir a reposição, livre de despesas,
b) coeficiente de expansão linear: 12,96 x 10-6 (°C)-1; de qualquer unidade do lote que não esteja de acordo
com os requisitos desta Norma, durante a vigência do
c) módulo de elasticidade: 162 GPa (16500 kgf/mm2); período de garantia. Este período deve ser estabelecido
em comum acordo entre comprador e fabricante.
d) coeficiente de variação da resistência com a tem-
peratura: 0,0036 (°C)-1. 4.8 Descrição para aquisição dos fios

4.6 Acondicionamento e fornecimento 4.8.1 O comprador deve indicar necessariamente, em sua


consulta para aquisição do fio e posteriormente em sua
4.6.1 Os fios devem ser acondicionados em rolo ou ordem de compra, os seguintes dados fundamentais:
carretel. Os carretéis devem estar de acordo com a
NBR 7308 e os rolos com a NBR 7312. a) diâmetro nominal do fio, em milímetros, e material
(aço-alumínio);
4.6.2 O transporte, o armazenamento e a utilização das
bobinas devem ser feitos de acordo com a NBR 7310. b) número desta Norma;

4.6.3 Cada rolo ou bobina deve conter um só lance de fio,


c) massa, em quilogramas, a ser adquirida e respec-
sem emendas.
tiva tolerância;
4.6.4 Noventa por cento dos rolos ou bobinas podem ter a
massa de fios compreendida entre + 25% e - 12,5% da d) massa, em quilogramas, das unidades de expedi-
massa nominal. ção e respectiva tolerância.

4.6.5 Até 10% dos rolos ou bobinas, ou uma unidade 4.8.2 Caso não sejam indicadas as tolerâncias relativas
nos fornecimentos de menos de 10 unidades, pode ter às alíneas c) e d) de 4.8.1, são adotadas as prescrições
até o mínimo de 50% da massa nominal de uma uni- de 4.6.4, 4.6.5 e 4.6.6.
dade.
5 Condições específicas
4.6.6 Na quantidade total a ser fornecida, é permitida uma
tolerância de mais ou menos 5% em massa, em relação 5.1 Tolerância no diâmetro nominal
ao valor nominal.
Os diâmetros dos fios de aço-alumínio devem obedecer
4.6.7 Externamente os carretéis devem ser marcados di-
às seguintes tolerâncias:
retamente sobre o disco ou por meio de etiqueta metálica,
em lugar visível, com caracteres indeléveis, com as se-
guintes indicações: Diâmetro nominal Tolerância

a) nome do fabricante e CGC; < 2,50 mm ± 0,04 mm

b) indústria brasileira; ≥ 2,50 mm ± 1,5%


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5.2 Resistência à tração, tensão a 1% de alongamento superior a 30°C, e corrigida para a temperatura de 20°C,
e alongamento na ruptura com a utilização da seguinte fórmula:

A resistência à tração e à tensão a 1% de alongamento


 1 
dos fios de aço-alumínio devem estar de acordo com o R20 =   Rt
Anexo, Tabela 1. O alongamento na ruptura, medido em  1 + α (t - 20) 
250 mm, deve ser no mínimo 1,0%.
Onde:
5.3 Ductilidade
T = temperatura na qual foi efetuada a medição,
O fio de aço-alumínio não deve apresentar fratura ou evi- em °C
dência de trinca, quando ensaiado de acordo com 6.1.3.
R t = resistência a t°C
5.4 Espessura da camada de alumínio
R 20 = resistência a 20°C
A espessura da camada de alumínio, em qualquer ponto,
não deve ser inferior a 10% do raio nominal do fio. α = coeficiente de variação da resistência com a
temperatura: 0,0036 (°C)-1
5.5 Resistividade elétrica
6.1.5.2 A resistividade deve ser determinada com o valor
A resistividade elétrica do fio aço-alumínio, a 20°C, não da resistência referido a 20°C, conforme a NBR 6815,
deve ser superior a 0,084800 Ω mm2/m. devendo atender ao especificado em 5.5.

6 Inspeção 6.1.6 Verificação da espessura da camada de alumínio

6.1 Descrição dos ensaios A espessura da camada de alumínio deve ser verificada
através de medição direta ou com aparelho elétrico ade-
6.1.1 Verificação do diâmetro quado, operando sob o princípio da medição de permeabi-
lidade magnética.
O diâmetro dos fios deve ser medido conforme a
NBR 6242, devendo atender às tolerâncias indicadas em 6.2 Condições gerais de inspeção
5.1.
6.2.1 Para a inspeção podem ser adotados os seguintes
6.1.2 Ensaio de resistência à tração, tensão a 1% de procedimentos, conforme acordo entre comprador e fabri-
alongamento e alongamento na ruptura cante, por ocasião da colocação da ordem de compra:

Os ensaios das características mecânicas dos fios de aço- a) inspeção final nas instalações do fabricante;
alumínio devem ser realizados conforme a NBR 6810,
devendo atender aos valores especificados em 5.2. b) inspeção de recebimento no almoxarifado do com-
prador.
6.1.3 Ensaio de enrolamento (ductilidade)
6.2.2 No caso da alínea a) de 6.2.1, o fabricante deve
O fio de aço-alumínio deve ser enrolado ao redor de seu proporcionar ao inspetor todos os meios que lhe permitam
próprio diâmetro, com ou sem uso do mandril, de modo a verificar se o material fornecido está de acordo com esta
formar uma hélice de oito voltas, devendo atender ao Norma.
especificado em 5.3. A velocidade de enrolamento não
pode ser superior a 15 voltas por minuto. Notas: a)Todos os ensaios previstos em 6.2.1 a) desta Norma
devem ser realizados às expensas do fabricante.
6.1.4 Ensaio de torção
b) Quando o comprador dispensar a inspeção, o fabricante
O fio deve suportar, sem fratura, no mínimo 20 voltas em deve fornecer, se solicitado, os certificados dos ensaios
comprimento equivalente a 100 vezes seu diâmetro realizados.
nominal. Neste ensaio, o fio é preso por suas extremidades
a duas morsas, sendo uma das quais livre para deslizar 6.2.3 No caso da alínea b) de 6.2.1, a inspeção deve ser
longitudinalmente durante o ensaio. Uma tração, de limitada a uma verificação visual do material e do acondi-
aproximadamente 70 N, é aplicada à amostra durante a cionamento, e à análise dos relatórios dos ensaios do
operação. A amostra é então torcida pela rotação de uma lote correspondente, fornecidos pelo fabricante.
das morsas à velocidade de aproximadamente 15 voltas
por minuto, no mesmo sentido até a ruptura ocorrer. O 6.3 Relação dos ensaios e verificações - Critérios de
número de voltas deve ser indicado por um dispositivo amostragem
adequado. Após a ocorrência da ruptura, o exame do fio
não deve mostrar separação entre o alumínio e o aço. 6.3.1 Os ensaios e verificações de recebimento solicitados
por esta Norma são:
6.1.5 Ensaio de resistividade elétrica
a) inspeção visual;
6.1.5.1 A resistência elétrica do fio de aço-alumínio deve
ser medida a uma temperatura não inferior a 10°C, nem b) verificação do diâmetro do fio, segundo 6.1.1;
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c) ensaio da resistência à tração, tensão a 1% de mesmo ensaio em dois outros corpos-de-prova adicio-
alongamento e alongamento na ruptura, segundo nais da mesma amostra.
6.1.2;
6.3.5 Se os resultados obtidos nos ensaios de ambos os
d) ensaio de rolamento, segundo 6.1.3; corpos-de-prova adicionais forem satisfatórios, considera-
se aquela amostra aceita.
e) ensaio de torção, segundo 6.1.4;
7 Inspeção
f) ensaio de resistividade elétrica, segundo 6.1.5;
7.1 A aceitação ou rejeição do lote deve obedecer ao se-
guinte critério, com relação ao número de amostras que
g) ensaio para verificação da espessura da camada
não satisfizer aos requisitos especificados, conforme Ane-
de alumínio, segundo 6.1.6 (ver 6.3.3).
xo, Tabela 2:
6.3.2 Para os ensaios previstos em 6.3.1, com exceção da
a) menor ou igual a Ac1: o lote deve ser aceito;
alínea g), o número de amostras requerido deve estar
conforme Anexo, Tabela 2, a menos que outro critério, b) igual ou maior que Re1: o lote pode ser rejeitado;
baseado na NBR 5426, seja estabelecido entre comprador
e fabricante, por ocasião da consulta para aquisição do c) maior que Ac1 e menor que Re1: permite a forma-
fio. Das amostras devem ser retirados corpos-de-prova ção da segunda amostragem;
com comprimento suficiente de fio, desprezando-se o pri-
meiro metro da extremidade. d) menor ou igual a Ac2: o lote deve ser aceito;

6.3.3 A verificação da espessura da camada de alumínio, e) igual ou maior que Re2: o lote pode ser rejeitado.
indicada em 6.3.1 g), não é geralmente requerida para o
recebimento de material, não sendo aplicável o critério 7.2 Qualquer unidade que tiver sua amostra represen-
de amostragem de 6.3.2. Quando solicitado, deve ser tativa rejeitada deve ser excluída do lote.
efetuada verificação em uma amostra para cada lote
fornecido. 7.3 O fabricante pode recompor um novo lote, subme-
tendo-o a uma nova inspeção, após ter eliminado as uni-
6.3.4 Se um corpo-de-prova extraído de uma amostra, dades de expedição defeituosas. Em caso de nova re-
conforme prescrito em 6.3.2 e 6.3.3, não satisfizer o valor jeição, são aplicadas as cláusulas contratuais per-
especificado em qualquer ensaio, deve ser efetuado o tinentes.

/ANEXO
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ANEXO - Tabelas

Tabela 1 - Propriedades mecânicas dos fios de aço-alumínio

Diâmetro nominal (mm) Tensão mínima a 1% de Limite mínimo de


alongamento resistência à tração
Acima de Até (inclusive) (MPa) (MPa)

1,50 3,30 1200 1340


3,30 3,50 1170 1310
3,50 3,70 1140 1270
3,70 4,00 1100 1240
4,00 4,10 1100 1200
4,10 4,40 1070 1176
4,40 4,60 1030 1140
4,60 5,00 1000 1100
5,00 5,50 970 1070

Tabela 2 - Plano de amostragem dupla normal (NQA = 2,5% - NI = II)

Primeira amostragem Segunda amostragem


Quantidade de unidades que
formam o lote Tamanho da Tamanho da
Ac1 Re 1 Ac2 Re 2
amostra amostra

2a 8 2 0 1 - - -
9 a 15 3 0 1 - - -
16 a 25 5 0 1 - - -
26 a 50 8 0 1 - - -
51 a 90 8 0 2 8 1 2
91 a 150 13 0 2 13 1 2
151 a 280 20 0 3 20 3 4
281 a 500 32 1 4 32 4 5
501 a 1200 50 2 5 50 6 7
1201 a 3200 80 3 7 80 8 9
3201 a 10000 125 5 9 125 12 13

Notas: a)Ac1, Ac2 = aceitação.

b) Re1, Re2 = rejeição.

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