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2022

Saneamento Básico

Sistemas de Abastecimento de Água

Profa. Dra. Natalia Felix Negreiros


Declaração de Havana → “o direito à água é um dos direitos
fundamentais do ser humano”.
Todas as fases do tratamento da água de abastecimento→
controle cuidadoso, sob pena de afetar drasticamente a saúde da
população.

Por isso é dever do Estado, incluindo ai as instituições governamentais nos níveis


municipal, estadual e federal, regular, normatizar e fiscalizar este sistema,
garantindo sua qualidade.
Ciclos Urbanos da Água

Ciclo natural da água. Ciclo urbano da água.


Serviços de abastecimento de água.
Recursos hídricos e usos da água. Qualidade
e usos da água para consumo humano.
Padrão de Potabilidade. Abastecimento de
água e saúde. Processos para potabilização
da água.
Saneamento Ambiental
As obras de saneamento têm se restringido ao
atendimento de emergências, tais como:

➢ evitar o aumento do número de vítimas de


desabamento;

➢ contornar o problema de enchentes;

➢ controlar epidemias de cólera ou dengue.


Saneamento Ambiental

Outorga de Uso de Recursos Hídricos

Para qualquer finalidade de uso das águas de um rio, lago


ou mesmo de águas subterrâneas, deve ser solicitada

uma Outorga ao Poder Público.

Necessidade de outorga

❑ Geração de conflitos entre setores usuários;

❑ Impactos ambientais.
Outorga de Uso de Recursos Hídricos/Saneamento

Que usos dependem de outorga?

❑ derivações ou captações
(abastecimento público, abastecimento industrial,
irrigação, piscicultura, dessedentação de animais e lazer);
USOS CONSUNTIVOS
referem-se aos usos que retiram a água de sua fonte natural
diminuindo suas disponibilidades, espacial e temporalmente. Exs:
dessedentação de animais, irrigação, abastecimento público,
processamento industrial, etc.
Outorga de Uso de Recursos
Hídricos/Saneamento

Que usos dependem de outorga?

❑ derivações ou captações

Abastecimento público

❖ Consumo doméstico;
❖ Uso comercial;

❖ Uso industrial; Demanda


❖ Uso público.
Outorga de Uso de Recursos
Hídricos/Saneamento
Que usos dependem de outorga?

❑ derivações ou captações

Abastecimento público

❖ Oceanos;
❖ Água subterrânea;
❖ Água superficial; Oferta
❖ Água de chuva;
❖ Reuso.
Outorga de Uso de Recursos Hídricos/Saneamento

Que usos dependem de outorga?


❑ lançamento de efluentes;
❑ aproveitamentos hidrelétricos;
❑ intervenções e obras;
❑ extração de água subterrânea.
USOS NÃO-CONSUNTIVOS
❑ referem-se aos usos que retornam à fonte de suprimento,
praticamente a totalidade da água utilizada, podendo haver
alguma modificação no seu padrão temporal de disponibilidade.
Exs: navegação, recreação, piscicultura, hidroeletricidade, etc.
Qualidade da Água para Consumo Humano

Identificação/quantificação das impurezas:

 Dinâmico;

 Novos elementos tóxicos;

 Avanços no desenvolvimento de tecnologias e metodologias


para quantificação;

 Efeitos sinérgicos.
Teoricamente, a água de qualquer qualidade pode ser tratada.

Água bruta

Tecnologia disponível
Custos
Segurança (riscos)

Água tratada

PADRÃO DE POTABILIDADE – PORTARIA 518/2004


Portaria de Consolidação nº 5 DE 28/09/2017, com alteração
do Anexo XX com a Portaria nº 888 de 04/05/2021
 https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-gm/ms-n-
888-de-4-de-maio-de-2021-318461562
 TABELA DE PADRÃO BACTERIOLÓGICO DA ÁGUA PARA
CONSUMO HUMANO.
Padrão de Potabilidade

Tabela 1.1 TABELA DE NÚMERO MÍNIMO DE AMOSTRAS E FREQUÊNCIA MÍNIMA DE


AMOSTRAGEM PARA O CONTROLE DA QUALIDADE DA ÁGUA DE SOLUÇÃO
ALTERNATIVA COLETIVA, PARA FINS DE ANÁLISES FÍSICAS, QUÍMICAS E
MICROBIOLÓGICAS, EM FUNÇÃO DO TIPO DE MANANCIAL E DO PONTO DE
AMOSTRAGEM.

( ) valores recomendados na entrada do sistema de distribuição;


Padrões de Potabilidade

Tabela 1.2 TABELA DE PADRÃO DE TURBIDEZ PARA ÁGUA PÓS-DESINFECÇÃO


(PARA ÁGUAS SUBTERRÂNEAS) OU PÓS-FILTRAÇÃO
Escolha do manancial

 Superficial;
 Subterrânea;
 Água de chuva;
 Reuso (?)

Qualidade
e
Quantidade
Sistema de Abastecimento de Água
Sistema de Abastecimento de Água

Adução

 Água bruta;
 Água tratada;
 Gravidade;
 Recalque.

Tratamento

 Convencional;
 Simplificado;
 Avançado.
Qualidade da Água para Consumo Humano
As impurezas contidas na água podem
encontrar-se:

❖ Em suspensão;

❖Suspensões grosseiras:

Vegetais, restos de folhas, sílicas


facilmente capazes de flutuar ou
sedimentar quando a água estiver
em repouso.

❖Suspensões finas:
Turbidez, bactérias, plâncton, etc.
Qualidade da Água para Consumo Humano

As impurezas contidas na água podem encontrar-se:

❖ Dissolvidas;

Dureza, em parte sais de cálcio e Manganês, ferro e


manganês não oxidados, etc.

❖ Coloidais:

Cor (emulsóides), ferro e manganês oxidados,


microrganismos, etc
Tratamento da Água

 Condições Higiênico/Sanitárias:

 Remoção de bactérias, vírus, protozoários e outros


microrganismos patogênicos;
 Remoção de substancias tóxicas ou nocivas;

 Condições Estéticas/Sanitárias:

 Correção de turbidez, cor, odor e sabor, substâncias químicas.

 Condições Econômicas
 Redução de corrosividade, dureza, cor, turbidez, ferro, manganês etc.
Tratamento da Água x Impacto ambiental

 O tratamento de água visando torná-la potável gera


uma quantidade de resíduos, que pode possuir
características diferentes dependendo da concepção
do sistema de tratamento.
 Antes de se pensar na disposição e no tratamento de
que os resíduos gerados em ETA's necessitam, deve-se
pensar na utilização dos mesmos.
 É necessário pensar em tecnologias de tratamento de
água que gerem menos resíduos.

NOSSA REALIDADE ?
SANEAMENTO AMBIENTAL

ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUAS (ETAs) – AULA 5


Tratamento de Águas para
Consumo Humano
 Água → captada diretamente de um lago ou de um
rio, pode conter impurezas altamente prejudiciais à
saúde, se for consumida sem tratamento algum.

 Estas impurezas → podem conferir cor, turvação,


sabor e cheiro desagradáveis à água em questão,
podem ser agrupadas em três categorias
Tratamento de Águas para
Consumo Humano
❖ FÍSICAS - se forem substâncias que não estão
dissolvidos na água e que se encontram em
suspensão;

❖ QUÍMICAS - se forem substâncias que estão


dissolvidas na água;

❖ BIOLÓGICAS - se forem vírus, bactérias, algas


ou outros pequenos seres vivos.
Tratamento de Águas para
Consumo Humano
 Assim, toda a água destinada ao consumo humano
deve ser sujeita a um processo de tratamento, que
remova as impurezas, para:

❖ a tornar agradável à vista e ao paladar;

❖ a tornar compatível com a saúde humana;

❖ e para evitar a destruição dos materiais do sistema


de abastecimento de água.
Tratamento de Águas para
Consumo Humano

 O tratamento da água constitui a base do


abastecimento de água e é uma tarefa
que deverá ser mantida sem interrupções,
para que se disponha da quantidade de
água indispensável para a satisfação das
necessidades das populações .
Tratamento de Águas para
Consumo Humano
 A quantidade da água produzida na ETA pode não
ser suficiente para satisfazer as necessidade de
consumo, não por insuficiência da capacidade de
tratamento, mas devido aos elevados índices de
perda na rede de distribuição.

 Deste modo, é altamente prioritário


proceder-se à detecção e extinção de fugas ao
longo do sistema de distribuição.
Tratamento de Águas para
Consumo Humano

 As águas subterrâneas, de uma maneira


geral, só necessitam de uma desinfecção,
o mesmo já não acontecendo com as
águas superficiais, que necessitam de
tratamentos mais completos antes de
serem distribuídas.
Tratamento de Águas para
Consumo Humano
 Quando a adução à ETA é feita através de um canal
a céu aberto, verifica-se o arrastamento dos
organismos fitoplanctônicos presentes na superfície
do reservatório;

❖ estes desenvolvem-se ao longo do canal, dadas as


condições climáticas propícias ao seu
desenvolvimento (temperatura e radiação solar).
Tratamento de Águas para
Consumo Humano
 Para obter água, com melhor qualidade, a
partir da profundidade, deve-se instalar
uma torre de captação.

 No caso de reservatórios, deve-se realizar


descargas de fundo, para diminuir a carga
interna de nutrientes, acumulada no fundo
devido à retenção da água.
 Um tratamento de águas para consumo
humano pode ser constituído por 10
etapas, as quais podem variar de acordo
com a qualidade da água da origem:
❖ Arejamento;
❖ Gradagem;
❖ Tamisação;
❖ Mistura Rápida:

- Remoção da Dureza ou Amaciamento;

- Correção da Acidez (Agressividade);

❖ Coagulação / Floculação;

❖ Sedimentação (Decantação);

❖ Filtração;

❖ Desinfecção;

❖ Fluoretação;

❖ Tratamento de Águas Residuais.


 AREJAMENTO:

❑ O arejamento é adequado para remover


sabores, cheiros, gases dissolvidos e os
elementos químicos ferro e manganês.

❑ Pode ser aplicado logo no local de


captação da água.
❑ Durante o arejamento, é introduzido
ar na água: podem criar-se desníveis
que obriguem a produzir pequenas
cascatas artificiais, ou pode
proceder-se ao arejamento mecânico.

❑ A quantidade de ar adicionada deve


estar adequada às concentrações de
ferro e manganês a remover.
❑ O ferro e o manganês, que estão dissolvidos na
água, reagem com o oxigênio do ar (de
oxidação) e transformam-se em compostos
insolúveis (precipitados).

❑ Isto também pode acontecer adicionando à


água reagentes oxidantes como o cloro ou o
permanganato de potássio .

❑ Os precipitados serão removidos nas etapas


seguintes.
 GRADAGEM

Consiste na remoção de sólidos de grande

dimensão (> 12,5 mm), que poderiam afetar o

equipamento mecânico a jusante.

❑ Utilizam-se barras metálicas paralelas:

❑ grades grossas - 150 a 50 mm

❑ médias - 50 a 20 mm

❑ finas - 20 a 5 mm)
 A água deve ter um limite de velocidade
ao passar nas grades (< 0,7 – 1 m/s),
objetos sólidos (esponjas...) que, por
serem compressíveis e flexíveis, podem
acabar por passar pelas grades.
 TAMISAÇÃO:

❑ Consiste na remoção de sólidos de pequenas


dimensões, utilizando malhas (crivos) de
dimensão igual ou inferior a 12,5 mm
(macrotamisadores e microtamisadores).

❑ A instalação de microtamisadores, à entrada da


ETA, permite “reduzir” a afluência de
microrganismos fitoplanctônicos.
 MISTURA RÁPIDA:

❑ Consiste na adição de produtos químicos em


tanques com agitação (câmaras de mistura
rápida).

❑ A agitação é provocada pelo movimento de


grandes pás (eletroagitadores) e garante as
condições de mistura necessárias à dispersão
dos produtos químicos.
❑ Quando se utilizam produtos químicos deve-se ter em
atenção os seguintes fatores:

❖ Transporte;

❖ Armazenamento;

❖ Preparação e Doseamento;

❖ Consumo diário, semanal e mensal (Stock);

❖ Bombagem e Injeção.

❑ A utilização de tratamentos biológicos pode evitar esta


sequência complicada de fatores.
❑ A mistura rápida inclui os processos de
Remoção da Dureza (Amaciamento) e de
Correção da Acidez.

❑ O agente coagulante, necessário para


provocar o processo de
coagulação/floculação, também pode ser
adicionado na câmara de mistura rápida.
 REMOÇÃO DA DUREZA OU AMACIAMENTO

❑ Consiste na remoção dos compostos de


cálcio e Manganês, que contribuem para a
dureza da água, por precipitação química ou
por permuta iônica.
❑ Teores elevados de dureza não oferecem
perigo para a saúde, mas estas águas têm
vários inconvenientes:

❖ incrustações nas canalizações


(principalmente nas de água quente);

❖ consumos suplementares de sabão.


❑ Tratamento por precipitação química:

❖ adiciona-se cal (hidróxido de cálcio) ou soda


cáustica (hidróxido de sódio), que têm como
efeito transformar os compostos de cálcio e
Manganês, dissolvidos na água, em compostos
insolúveis (precipitados), que são depois
removidos nas etapas seguintes.

❖ Este esquema de tratamento é


particularmente vantajoso quando as águas são
duras e turvas.
 Tratamento por permuta iônica

❖ utilizam-se resinas permutadoras


(naturais ou artificiais) que têm a
capacidade fazer troca iônica com o
cálcio ou Manganês que existem em
excesso na água.
 CORREÇÃO DA ACIDEZ

 Consiste na adição de produtos químicos que


neutralizem as águas ácidas
(<10 mg CaCO3/L), reduzindo ou eliminando o
dióxido de carbono em excesso, que é um dos
responsáveis pela acidez da água.

❑ As águas ácidas têm uma ação corrosiva sobre as


canalizações e as máquinas.
❑ Também é necessário manter o pH em valores
convenientes para o processo de coagulação /
floculação (entre 6,5 - 7).

❑ Mesmo que as águas não sejam ácidas, o agente


coagulante aumenta a acidez devido à produção de
dióxido de carbono gasoso, pelo que é necessário
adicionar um agente neutralizante.
❑ Os produtos químicos neutralizantes
utilizados são a cal (hidróxido de cálcio) ou o
hidróxido de sódio (soda cáustica).

❑ Pode diminuir-se o tempo de contacto ou a


dosagem do produto neutralizante através do
arejamento prévio da água, para libertação
do dióxido de carbono livre para a atmosfera.
❑ Pode-se adicionar dióxido de carbono
quando o pH no final do tratamento for
elevado, devido à adição produtos
químicos neutralizantes.
❑ Também se pode obter o mesmo efeito
fazendo a água a passar por um
reservatório com brita calcária:
o carbonato de cálcio existente no
calcário funciona como um agente
neutralizante, reagindo com o dióxido de
carbono em excesso.
❑ A acidez pode estar associada à
presença de ferro e Manganês.

❑ Nestes casos, a remoção de ferro e


Manganês deve anteceder a correção da
acidez, evitando que o ferro se deposite
na superfície da brita.
Tratamento de Águas para
Consumo Humano
 Entre o local de captação e a ETA pode existir
uma Estação Elevatória, que permite elevar a
água para uma cota superior.

 Equipadas com uma ou duas bombas imersas,


com comando automático por bóia de nível e
válvulas de retenção, que impedirão o retorno
da água, devido à inversão da pressão ou à
formação de bolhas de ar no interior das
canalizações, evitando assim danos nas
bombas.
Principais processos utilizados no Tratamento de Água de
Abastecimento

 Coagulação
A coagulação geralmente é realizada com sais de alumínio e
ferro.
Resulta de dois fenômenos:
 Químico;
 Físico.
Químico:
Consiste nas reações coagulantes com a água e na formação
de espécies hidrolisadas com carga positiva e depende
da concentração do metal e do pH final da mistura;
Físico:
Consiste no transporte das espécies hidrolisadas para que haja
contato com as impurezas presentes na água.

A coagulação é realizada em uma unidade de mistura rápida na


Estação de Tratamento de Água.
Principais processos utilizados no Tratamento de Água de
Abastecimento

 Coagulação

Unidade de Mistura Rápida - Calha Parshall


Principais processos utilizados no Tratamento de Água de
Abastecimento

 Floculação

Após a coagulação existe a necessidade de agitação


relativamente lenta, para que ocorram choques
entre as impurezas que se aglomeram formando
partículas maiores, denominadas flocos, que podem
ser removidas por sedimentação, flotação ou
filtração rápida. Esta etapa é chamada de
floculação e ocorre em unidades chamada de
floculadores que podem ser hidráulicos ou
mecânicos.
Principais processos utilizados no Tratamento de Água de
Abastecimento

 Sedimentação

Após sair do floculador a água segue para a unidade de


decantação. Na floculação espera-se que os flocos
tenham adquirido tamanho e peso suficientes para que
possam sedimentar e serem separados da água
através da decantação. A sedimentação ocorre em
unidades denominadas decantadores.
Principais processos utilizados no Tratamento de Água de
Abastecimento

 Sedimentação
5.1.5 Principais processos utilizados no Tratamento de Água de
Abastecimento

 Filtração

Após decantada a água em tratamento é


encaminhada aos filtros que tem a
finalidade de reter as partículas que não
foram removidas na decantação.
Principais processos utilizados no Tratamento de Água de Abastecimento

 Filtração
❑ O carvão adsorve as substâncias, isto é,
liga-se às substâncias através da sua
superfície de contato e impede-as de serem
arrastadas com a água (elimina detergentes,
inseticidas, toxinas, hidrocarbonetos e
compostos organoclorados).

❑ Podem existir filtros de carvão ativado


granulado, a jusante dos filtros de areia.
❑ A Filtração pode ser gravítica ou em
pressão, lenta ou rápida (quando existe 
10 g/m3 de sólidos).

❑ Os filtros, perdem a permeabilidade com


o tempo, por obstrução dos orifícios de
passagem da água (colmatação).
 DESINFECÇÃO:

❑ Consiste na eliminação dos


microrganismos, principalmente os
patogênicos, através de um processo de
oxidação, a fim de garantir a qualidade
bacteriológica da água.
 Desinfecção

A Portaria 518/2004 – “Norma de Qualidade para Consumo


Humano estabelece:

 Ausência de Escherichia coli em 100 mL;


 Após a desinfecção, a água deve conter um teor mínimo de
cloro residual livre de 0,5 mg/L, sendo obrigatória a
manutenção de 0,2 mg/L em qualquer ponto da rede de
distribuição;
 Recomenda-se o teor máximo de cloro residual livre em
qualquer ponto do sistema de abastecimento igual a 2,0
mg/L
❑ O processo de oxidação mais utilizado é a
cloração, adicionando-se cloro
(de preferência dióxido de cloro em vez de cloro
gasoso ou de hipoclorito de sódio, que podem
reagir com a matéria orgânica existente na água,
produzindo compostos químicos organoclorados
perigosos (trihalometanos, como o tetracloreto de
carbono - CHCI3).
❑ A desinfecção também pode ser feita com
ozônio ou com radiação ultravioleta.
Ambos os processos são eficazes.

❑ Porém, nenhum deles garante um efeito


residual como o cloro, que proteja a água
de posteriores contaminações, por isso
não devem substituir o cloro.
 FLUORETAÇÃO:

❑ Consiste na adição de flúor, elemento


essencial na prevenção da cárie dentária,
de modo a garantir o teor recomendado
nas normas da OMS.
 Fluoretação

No Brasil, a fluoretação da água


em sistemas de abastecimento em
que existe estação de tratamento é
obrigatória, de acordo com a Lei
Federal n0 6050, de 24 de maio de
1974.
 TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS:

❑ A ETA também produz águas residuais (lamas


provenientes do decantador e água de lavagem
dos filtros), que devem ser tratadas:

❖ podem ser espessadas num espessador e


desidratadas em filtro de prensa, após o que são
ensacadas e enviadas para aterro sanitário.
 OUTROS CUIDADOS A TER NUMA ETA:

 Beneficiar as instalações.

 Verificar o estado dos equipamentos e da


instalação elétrica, e indicar medidas para a sua
beneficiação.

 Manutenção das cubas de preparação de produtos


químicos.
Análises de rotina

Para completar o processo de tratamento, há uma


série de análises de rotina com frequência mínima
estabelecida pela Portaria 518/2004 segundo o Plano de
Amostragem.
Tabela - Frequência mínima de amostragem para controle da
qualidade da água em sistema de Abastecimento de Água

Parâmetro Frequência
Cor, turbidez, pH, fluoreto 2 horas
Cloro residual livre 2 horas
Cianotoxinas semanal
Trihalometanos trimestral
Demais parâmetros semestral

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