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Técnico em Controle Ambiental

Gestão e Tecnologias para


Tratamento de Efluentes
Industriais

Profª: Bióloga Lauren Machado Gayeski


Precisamos falar
sobre ÁGUA!
O termo água refere-se, regra geral, ao elemento
natural, desvinculado de qualquer uso ou utilização.

O termo recurso
hídrico é a consideração da água
como bem econômico, passível de utilização para
tal fim.

Nem toda a água existente no planeta é,


necessariamente, um recurso hídrico, na medida em
que seu uso nem sempre tem viabilidade econômica.
DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA NO PLANETA
Classificação das águas brasileiras
CONAMA 357/2005

Baseada na SALINIDADE

ÁGUA DOCE = salinidade inferior a 0,5‰

ÁGUA SALOBRA = salinidade entre 0,5‰ e 30‰

ÁGUA SALGADA = salinidade superior a 30‰


Classificação das águas brasileiras
COANAMA 357/2005

Baseada na SALINIDADE Consumo humano

ÁGUA DOCE = salinidade inferior a 0,5‰

ÁGUA SALOBRA = salinidade entre 0,5‰ e 30‰

ÁGUA SALGADA = salinidade superior a 30‰


A água constitui fator de grande importância na
constituição do mundo em que vivemos. No clima, permite
a manutenção de temperaturas amenas e variações não
muito acentuadas. É responsável pela formação da maior
parte das rochas sedimentares. Além disso, constitui
componente indispensável à existência humana.

É uma rocha constituída de


sedimentos (rochas, lama, matéria
orgânica). Esta matéria é
transportada e acumulada em um
determinado local, sofrendo ação
da temperatura, transformando
sedimento em rocha.
Chapada Diamantina-BA
Vivemos no Planeta Água! A película de água (na maioria
salgada) cobre cerca de 71% da superfície terrestre. Todos
os organismos são formados por uma grande parte de
água. Aproximadamente 70% da constituição do seu
corpo é água, a maior parte disso está nas células.

Você pode sobreviver


sem comida várias
semanas... Mas apenas
alguns dias sem água!

Quantidades enormes de água são


necessárias para lhe fornecer
alimento, abrigo e atender a outras
necessidades e desejos!
USOS DA ÁGUA...
Abastecimento doméstico e industrial,
irrigação e (possivelmente) dessedentação
de animais implicam em retirada
significativa de água das fontes onde se
encontram = USO CONSUNTIVO

Os demais são considerados NÃO CONSUNTIVO, pela não


retirada do recurso do meio original
http://exame.abril.com.br/economia/noticias/agricultura-um-negocio-extremamente-sedento-por-agua
Brasil

Conjuntura do Recursos Hídricos no Brasil. Informe 2015


http://exame.abril.com.br/economia/noticias/agricultura-um-negocio-extremamente-sedento-por-agua
http://exame.abril.com.br/economia/noticias/agricultura-um-negocio-extremamente-sedento-por-agua
Então quer dizer que...
CONSUMO DE ÁGUA

Média diária, por indivíduo, dos


volumes utilizados para
satisfazer os consumos
domésticos, comercial, público
e industrial

Segundo a ONU, são


necessários 110l de
água por pessoa
diariamente!

Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto - 2014


Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto - 2014
Apesar da importância, a água é um dos recursos mais mal
administrados... Nós a desperdiçamos e poluímos!
Também cobramos muito pouco para disponibilizá-la,
o que estimula o desperdício e a poluição.
PERDAS DE ÁGUA NA
DISTRIBUIÇÃO
As perdas são um dos grandes problemas do sistema de
abastecimento de água brasileiros e um tema recorrente
devido à escassez hídrica e aos altos custos de energia
elétrica.

Comparação entre o
volume de água
disponibilizada para
distribuição com o volume
de água consumido.

Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto -


2014
Perda aparente... (Não física/comercial)
Volume de água efetivamente consumido
pelo usuário, mas que não foi medido ou
contabilizado (ocasionando perda de
faturamento ao prestador de serviço.
Erros de medição (hidrômetros não
operantes, erros de leitura, fraude),
ligações clandestinas, “gatos”... A água é
EFETIVAMENTE CONSUMIDA, mas não
é faturada.
Perda real... (Física)
Água disponibilizada para distribuição mas que
NÃO CHEGA AOS CONSUMIDORES.
Vazamentos em adutoras, conexões,
reservatórios... Compreendem principalmente os
vazamentos em tubulações da rede de
distribuição, causada por aumentos de pressão
(em regiões com grande variação topográfica. A
qualidade do material utilizado, a idade das
tubulações, qualidade de mão de obra, falta de
monitoramento, também estão associados aos
vazamentos.
Diagnóstico dos Serviços
de Água e Esgoto - 2014
Diagnóstico dos
Serviços de Água e
Esgoto - 2014
SEM CONTAR OS NOSSOS DESPERDÍCIOS...
“Apenas quando o poço seca é que sabemos o valor da
água” Benjamin Franklin

Março/2014 Outubro/2014

Sistema Cantareira
Quanto você
está disposto
a pagar pela
água que
você consome
Vamos comparar...
E o litro da água
tratada que chega
até as
residências?

< R$0,01
TARIFAS DE ÁGUA E
ESGOTO

Despesas totais médias


superiores às tarifas médias
praticadas indicam dificuldades
em manter a sustentabilidade
dos serviços, comprometendo a
qualidade. Por outro lado, tarifas
muito superiores às despesas
também podem indicar valores
acima do necessário, com
prejuízo para os usuários que
pagam pelo serviço

Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto - 2014


Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto - 2014
QUALIDADE DA ÁGUA

A noção de qualidadeda água pode variar muito,


dependendo principalmente do uso a ser feito dela.
Poucas das suas utilidades, porém, exige água em estado
de pureza química absoluta, e sim soluções de diversos
elementos em quantidades variáveis.

Por isso a importância de que sejam


estabelecidos critérios e padrões de qualidade
para os diversos usos da água.
Desta forma, pode-se pensar que o uso
mais nobre da água seja representado
pelo abastecimento doméstico, o que
requer satisfação de diversos critérios de
qualidade.

De forma oposta, o uso menos nobre é o


da diluição de despejos, o qual não possui
nenhum requisito especial em termos de
qualidade.

ENTRETANTO... Deve-se lembrar que diversos corpos


d’água têm usos múltiplos, decorrendo daí a necessidade da
satisfação simultânea de diversos critérios de qualidade.
A CONAMA 357/05 enquadra, em classes de qualidade,
os recursos hídricos brasileiros. Este enquadramento,
previsto na Lei das Águas (Política Nacional de
Recursos Hídricos – 9.433/97), visa assegurar às
águas qualidade compatível com seus usos mais
exigentes a que forem destinadas e diminuir os
custos de combate à poluição das águas mediante
ações preventivas permanente.

Estabelecimento do nível de qualidade a ser alcançado ou


mantido em um segmento de corpo de água ao longo do
tempo. É um instrumento de planejamento, pois deve ser
baseado não necessariamente na condição atual do corpo
hídrico, mas nos níveis de qualidade que deveriam possuir ou
ser mantidos no corpo d’água para atender às necessidade
estabelecidas pela sociedade.
Classes de ÁGUA DOCE

Plano da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos - 2014


Caso o corpo hídrico receptor não apresente
o enquadramento pelo respectivo Comitê de
Bacia no âmbito do seu plano de recursos
hídricos, a classe a ser considerada será a
Classe 2. (CONSEMA-RS128/06)
PLANOS DE RECURSOS HÍDRICOS...
Planos diretores que visam fundamentar e orientar a implementação
da Política Nacional de Recursos Hídricos (9.433/97) e a Lei Gaúcha
das Águas (10.350/94) bem como o gerenciamento dos recursos
hídricos.
Plano Nacional De
Recursos Hídricos

Planos Estaduais De
Recursos Hídricos

Planos De
Recursos
Hídricos das
Bacias
Hidrográficas
Cada bacia hidrográfica do RS possui como
instrumento de planejamento um plano de gestão
dos recursos hídricos, onde são estabelecidas
metas de qualidade e quantidade para as águas
da bacia, estabelecidos critérios para o uso
dessas águas e ações necessárias para atingir a
esses fins.

REALIDADE:
BACIAS PLANOS DE
HIDROGRÁFICAS BACIA
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A classe do enquadramento de um corpo d’água
deve ser definida em um pacto acordado pela
sociedade, levando em conta as prioridades de uso da
água. O enquadramento é referência para os outros
instrumentos de gestão de recursos hídricos (outorga e
cobrança) e instrumentos de gestão ambiental (licenciamento e
monitoramento).
Plano da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos - 2014

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