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SANEAMENTO

“É o controle dos componentes físicos que exercem ou podem exercer efeitos deletérios a saúde humana.” (OMS)
“O controle de todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos deletérios sobre
seu estado de bem-estar físico, mental ou social.”

 VERTENTES
Técnica;
Política;
Representação social  Saúde coletiva.

Saúde: bem-estar completo


SAÚDE PÚBLICA  Responsabilidade do Estado (técnica)
X
SAÚDE COLETIVA  Estudo, ciência, filosofia e interação

Zoonose: doença transmissível; mais comum em países pobres, devido à falta saneamento.

 SANEAMENTO BÁSICO
“É o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de: a) abastecimento de água potável, b)
esgotamento sanitário, c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos d) drenagem e manejo das águas pluviais
urbanas.”

OBS
Água para consumo e pluvial;
Tratamento de esgoto;
Coleta de lixo – a maioria não possui tratamento.

 AÇÕES DE SANEAMENTO
São formas de intervenção destinadas à preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, a fim de
assegurar a saúde e a dignidade da vida humana.

 OBJETIVO DA MEDICINA VETERINÁRIA


Zelar pela saúde humana  Desde 1995, o médico veterinário se tornou profissional da saúde.
One health: Humano, animal e ambiente.

 MEIO AMBIENTE
“É o conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos em
um prazo curto ou longo sobre os seres vivos e as atividades humanas.” (ONU)

Tipos:
- Meio ambiente natural, ou físico;
- Meio ambiente artificial;
- Meio ambiente cultural.

 SAÚDE AMBIENTAL
Compreende aspectos da saúde humana, incluindo a qualidade de vida, que são determinados por fatores físicos,
químicos, biológicos, sociais e psicológicos no meio ambiente.
 Ambiente
Sanidade: vivos;
Salubridade: “O estado das coisas, do meio e seus elementos constitutivos, que permitem a melhor saúde possível” 
Não vivos – não oferecem risco a saúde.

 USO DA ÁGUA
- Transmissão de doenças;
- Consumo humano e animal;
- Criação animal;
- Criação de espécies aquáticas;
- Navegação;
- Geração de energia;
- Tratamentos (hidroterapia);
- Recreação/lazer;
- Irrigação;
- Limpeza;
- Tecnologia de alimentos – produção e processamento;
- Transporte e diluição de dejetos;
- Produção e aplicação de medicamentos.

 CAPTAÇÂO
É o conjunto de estruturas e dispositivos, construídos ou montados junto ao manancial, para a retirada de água
destinada ao abastecimento coletivo ou individual.
Todo processo de qualidade da água começa com a captação, que pode ser:
 Superficial
Rios (barragens), lagos (bombas) e nascentes (barragens ou bombas, a depender da localização).
 Subterrânea
Superficial: lençol freático (bombeamento);
Profunda: aquífero e lençol confinado (bombeamento ou não).

OBS
Lençol freático  Poço raso (contato com lençol freático e risco de contaminação superficial);
Lençol confinado  Poço artesiano.

 OBJETIVO DO SANEAMENTO
Promoção da saúde – dar visibilidade, promover condições onde o sujeito se sinta bem;
Proteção da saúde – vacinação, controle da dengue etc.;
Prevenção de doenças e agravos.

E, contemplar os princípios de atendimento universal, equidade, integralidade, participação e controle social, gestão e
responsabilidade pública.

 DBO E DQO
Demanda biológica e química de oxigênio  Utilizadas para o calcula da necessidade de O2.
 Ciclo do fósforo
Aumento de fósforo na água causa aumento da proliferação de algas e cianobactérias, o que causará maior consumo
de O2 e menor entrada de luz, levando a aumento da DBO.

QUALIDADE DA ÁGUA
Refere-se a características utilizadas para avaliação;
Depende da finalidade para qual a água será utilizada (possíveis usos ↑), pois cada uso necessita de uma determinada
qualidade.

 QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO


A água para consumo humano é a de melhor qualidade e pode ser utilizada em qualquer outro uso;
A qualidade da água é dinâmica:
Água bruta  Água tratada (ETA)  Água distribuída  Água armazenada  Água consumida  Água usada
 Água tratada (ETE)  Corpo receptor  Novo ciclo.
 Água de reuso  Água nova (novo uso).

Esgoto  Água residuária bruta  ETE  Água residuária tratada  Reuso.


 Corpo receptor.

Manancial (água bruta)  ETA  Distribuição  Caixa d’água (armazenamento)  Uso (residências)  ETE
 Outro uso ou Corpo receptor.

Água superficial: Água superficial bruta (ASpB)  ETA  Água superficial tratada (ASpT);
Água subterrânea: Água subterrânea bruta (ASbB)  ETA  Água subterrânea tratada (ASbT).

OBS
Água bruta: água que não passou por processos físicos de tratamento;
Água que advém das casas é destinada ao esgoto;
Água que advém do uso animal e da indústria é considerada água residuária.

A qualidade da água vai se perdendo no caminho. Isso quer dizer que a qualidade da água ao sair do tratamento é
maior do que na distribuição. Por isso, na ETA a água recebe uma quantidade maior que a exigida de cloro, por
exemplo, para que a água chegue na distribuição com a quantidade/qualidade mínima exigida.

 PADRÃO DE POTABILIDADE
Leva em conta a eficiência/capacidade de transformar uma água bruta em água tratada em tempo e custo possíveis.
*A água deve ter condições de ser tratada (água com presença de cianobactérias não deve ser tratada).
Conceitos
Eficaz: atinge o objetivo;
Eficiente: é eficaz e leva mais variáveis em conta (custo, tempo, manutenção etc.);
Efetivo: melhores condições de eficiência.

Os dejetos (pastosos, com resíduos sólidos, secos etc.) podem ser classificados como água residuária se diluídos
bastante para diminuir a quantidade de sólidos.

 IMPUREZAS ENCONTRADAS NA ÁGUA


Tipos:
 FÍSICAS
Sólidos: dissolvidos ou em suspensão  Realizar filtração para separar os dois tipos.
Gases: sempre dissolvidos.
 QUÍMICAS
Orgânicos;
Inorgânicos.
 BIOLÓGICAS
Micro;
Macro.
 RADIOATIVAS

 PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO


Variáveis passíveis de medição.

 PADRÕES DE QUALIDADE DA ÁGUA


Valores que os parâmetros podem assumir e são considerados os ideais.
Presentes na Portaria 2.914/2011.
Exemplo: Padrão de potabilidade  valores ideais.

 PORTARIA 2.914/2011
“Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão
de potabilidade.”

 DEFINIÇÕES
Água para consumo humano: água potável destinada à ingestão, preparação e produção de alimentos e à higiene
pessoal, independentemente da sua origem.

Água potável: água que atenda ao padrão de potabilidade estabelecido nesta Portaria e que não ofereça riscos à
saúde.

Padrão de potabilidade: conjunto de valores permitidos como parâmetro da qualidade da água para consumo humano,
conforme definido nesta Portaria (conceito variável, pois é definido por legislações diferentes).
*A água que não atinge o padrão de potabilidade mesmo após os processos físicos e químicos é considerada água
não tratada.

Padrão organoléptico: conjunto de parâmetros caracterizados por provocar estímulos sensoriais que afetam a
aceitação para consumo humano, mas que não necessariamente implicam risco à saúde. Cor, gosto, odor: pessoas
utilizam essas características para aceitar ou rejeitar a água.

Água tratada: água submetida a processos físicos, químicos ou combinação destes, visando atender ao padrão de
potabilidade.

Sistema de abastecimento de água para consumo humano: instalação composta por um conjunto de obras civis,
materiais e equipamentos, desde a zona de captação até as ligações prediais, destinada à produção e ao fornecimento
coletivo de água potável, por meio de rede de distribuição. Exemplo:

Solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano: modalidade de abastecimento coletivo
destinada a fornecer água potável, com captação subterrânea ou superficial, com ou sem canalização e sem rede de
distribuição. Utilizada apenas quando não há a solução comum (rede de abastecimento). Não há rede de distribuição
canalizada. Exemplo: caminhão pipa.
*Sua inclusão na portaria permitiu a fiscalização (comparação entre a água coletada e a água fornecida).
Solução alternativa individual de abastecimento de água para consumo humano: modalidade de abastecimento de
água para consumo humano que atenda a domicílios residenciais com uma única família, incluindo seus agregados
familiares. Comum do campo. Exemplo: poço.

Rede de distribuição: parte do sistema de abastecimento formada por tubulações e seus acessórios, destinados a
distribuir água potável, até as ligações prediais.

 CONTROLE DE QUALIDADE DA ÁGUA


 O controle de qualidade da água para consumo humano é feito pela empresa que fornece a água. Já a vigilância
da qualidade da água para consumo humano é feita pelo poder público (VIGIÁGUA), uma de suas funções é
monitorar o controle da qualidade da água monitorando tanto a empresa (controle) quanto o manancial de onde a
água é coletada, a rede de distribuição e o armazenamento.
 Para monitorar a qualidade, o ideal é coletar água na saída da ETA e nas casas (fim do sistema). Também deve-se
coletar nos locais com população de risco, como creches (crianças), asilos (idosos) e hospitais (doentes).
 Quando a qualidade da água que sai da ETA não é a mesma da água que chega nas casas, deve-se coletar água
de outros pontos/criar novos pontos de amostragem para delimitar o local da rede de distribuição onde a qualidade
está sendo afetada (diminuindo).

 FOLHA DE PARÂMETROS
 PARÂMETROS FÍSICOS DE QUÍMICOS DE QUALIDADE
o Cor
Aspecto de rejeição, apesar de não causar problemas, já que o que causa problemas são as substâncias que alteram
a mesma. De 10-15 uC: cor imperceptível;
Origem natural: decomposição de matéria orgânica (presente quando há alteração de cor), ferro, manganês (em altas
[ ] causa diarreia).

o Turbidez
Conferida pela [ ] de sólidos em suspensão: partículas de rochas, argila, silte, matéria orgânica (microrganismos);
uT (unidade de turbidez): parâmetro para escolha de filtros e análise pós filtração e sedimentação.
 Máximo de turbidez: 0,5 uT após filtração rápida;
 Máximo de 5 uT na rede de distribuição.
 Revela a presença de cistos de protozoários: quando é =0,5, indica cistos de Giardia; quando é >0,5, indica
cistos de outros protozoários  Cistos ficam retidos na filtração.

o Sabor e odor
Interação entre gosto e cheiro  Rejeição por parte do consumidor.

o Temperatura
Intensidade de calor;
Unidade: ºC  Quanto maior, maior a solubilidade dos outros componentes, pois fica mais pesada, devido a retirada
de gases;
Influencia os tratamentos, por exemplo, a cloração, pois o volatiliza o Cl-.

o pH
Concentração de íons H+;
Íons H+ aumentam a solubilidade de alguns metais;
Varia de 6,8 a 7,2  pH baixo: corrosão dos canos.

o Dureza
Concentração de cátions (Ca2+ e Mg2+)  Quanto maior a [ ], maior a dureza.

o Cloro residual livre


Quantidade mínima que garante que não vai haver recontaminação.
 Mínimo de 0,2 mg/L no final da distribuição;
 Máximo ideal: entre 0,2 e 2 mg/L  Em água muito ruim: máximo 5 mg/L (acima desse valor a água terá cheiro
e gosto ruins).
OBS
Para vírus, o cloro residual livre deve ser de 0,5 mg/ml (cloro não inativa vírus com a mesma efetividade com que
elimina bactérias da água). Como possuem alta infectividade, pouca ingestão de água contaminada gera problemas
para a saúde humana  Deve-se fazer a análise da turbidez e microbiológica da água, e medir a quantidade de cloro
residual livre.

 PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS DE QUALIDADE


Utilizam indicadores: a presença do indicador revela presença potencial de patógenos.
 ORGANISMOS INDICADORES
Aqueles que indicam a presença de outros (patogênicos – provenientes das fezes dos animais).
1. Coliformes totais
Avaliam a eficiência do tratamento (ideal que estejam ausentes após o mesmo);
2. Coliformes termotolerantes (fecais)
Relação direta com a presença de E. coli (tipo de coliforme termotolerante);
3. E. coli (ideal)
Organismo termotolerante;
É o principal indicador de patógenos, pois é exclusiva de fezes de animais de sangue quente e possui fácil identificação.
Além disso, a dificuldade de matá-la por conta dos seus mecanismos de inativação (que é igual ao dos outros
microrganismos) permite deduzir que quando consegue-se matá-la, todos os outros microrganismos também
morreram.
Quantidade permitida na água: 0 a cada 100mL/AT.
*A Portaria diz que se deve avaliar os três parâmetros.
4. Cloro residual.
 ALGAS/CIANOBACTÉRIAS
Sua presença indica se a água pode ser tratada ou não, já que o tratamento não retira as toxinas produzidas pelas
mesmas.

 RESOLUÇÃO CONAMA N°357/2005


“Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como
estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências.”
 Única que fala de água para animais!  É permitido até 1000 VMP contagem de coliformes
termotolerantes/100mL de água (*VMP: valor mais próximo).

 CLASSIFICAÇÃO DOS CORPOS DE ÁGUA


“As águas doces, salobras e salinas do Território Nacional são classificadas, segundo a qualidade requerida para os
seus usos preponderantes, em treze classes de qualidade. As águas de melhor qualidade podem ser aproveitadas em
uso menos exigente, desde que este não prejudique a qualidade da água, atendidos outros requisitos pertinentes.”

 ÁGUAS DOCES
As águas doces são classificadas em:
I - Classe especial
Águas destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção; b) à preservação do equilíbrio natural
das comunidades aquáticas; e, c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção
integral.

II - Classe 1
Águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado; b) à
proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e
mergulho, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000; d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de
frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e e) à proteção das
comunidades aquáticas em Terras Indígenas.

III - Classe 2
Águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional; b) à
proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e
mergulho, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000; d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques,
jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e e) à aquicultura e à atividade
de pesca.

IV - Classe 3
Águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou
avançado; b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; c) à pesca amadora; d) à recreação de contato
secundário; e e) à dessedentação de animais.

V - Classe 4
Águas que podem ser destinadas: a) à navegação; e b) à harmonia paisagística.

 ÁGUAS SALINAS
As águas salinas são classificadas em:
I - Classe especial
Águas destinadas: a) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral; e b)
à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.
II - Classe 1
Águas que podem ser destinadas: a) à recreação de contato primário, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000;
4 b) à proteção das comunidades aquáticas; e c) à aquicultura e à atividade de pesca.

III - Classe 2
Águas que podem ser destinadas: a) à pesca amadora; e b) à recreação de contato secundário.

IV - Classe 3
Águas que podem ser destinadas: a) à navegação; e b) à harmonia paisagística.

 ÁGUAS SALOBRAS
As águas salobras são classificadas em:
I - Classe especial
Águas destinadas: a) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral; e, b)
à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.

II - Classe 1
Águas que podem ser destinadas: a) à recreação de contato primário, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000;
b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à aquicultura e à atividade de pesca; d) ao abastecimento para consumo
humano após tratamento convencional ou avançado; e e) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de
frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película, e à irrigação de
parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto.

III - Classe 2
Águas que podem ser destinadas: a) à pesca amadora; e b) à recreação de contato secundário.

IV - Classe 3
Águas que podem ser destinadas: a) à navegação; e b) à harmonia paisagística.

 DEFINIÇÕES
o Águas doces: águas com salinidade igual ou inferior a 0,5 ‰;
o Águas salobras: águas com salinidade superior a 0,5 ‰ e inferior a 30 ‰;
o Águas salinas: águas com salinidade igual ou superior a 30 ‰.

o Recreação de contato primário: contato direto e prolongado com a água (tais como natação, mergulho, esqui-
aquático) na qual a possibilidade de o banhista ingerir água é elevada;
o Recreação de contato secundário: refere-se àquela associada a atividades em que o contato com a água é
esporádico ou acidental e a possibilidade de ingerir água é pequena, como na pesca e na navegação (tais como
iatismo);

o Tratamento simplificado: clarificação por meio de filtração e desinfecção e correção de pH quando necessário;
o *Desinfecção: remoção ou inativação de organismos potencialmente patogênicos.
o Tratamento convencional: clarificação com utilização de coagulação e floculação, seguida de desinfecção e
correção de pH;
o Tratamento avançado: técnicas de remoção e/ou inativação de constituintes refratários aos processos
convencionais de tratamento, os quais podem conferir à água características, tais como: cor, odor, sabor, atividade
tóxica ou patogênica.

o Classe de qualidade: conjunto de condições e padrões de qualidade de água necessários ao atendimento dos usos
preponderantes, atuais ou futuros;
o Classificação: qualificação das águas doces, salobras e salinas em função dos usos preponderantes (sistema de
classes de qualidade) atuais e futuros;
o Condição de qualidade: qualidade apresentada por um segmento de corpo d'água, num determinado momento, em
termos dos usos possíveis com segurança adequada, frente às Classes de Qualidade;
o Condições de lançamento: condições e padrões de emissão adotados para o controle de lançamentos de efluentes
no corpo receptor;
o Controle de qualidade da água: conjunto de medidas operacionais que visa avaliar a melhoria e a conservação da
qualidade da água estabelecida para o corpo de água.

o Escherichia coli (E. Coli): bactéria pertencente à família Enterobacteriaceae caracterizada pela atividade da enzima
-glicuronidase. Produz indol a partir do aminoácido triptofano. É a única espécie do grupo dos coliformes
termotolerantes cujo habitat exclusivo é o intestino humano e de animais homeotérmicos, onde ocorre em
densidades elevadas;
o Coliformes termotolerantes: bactérias gram-negativas, em forma de bacilos, oxidase negativas, caracterizadas pela
atividade da enzima -galactosidase. Podem crescer em meios contendo agentes tensoativos e fermentar a lactose
nas temperaturas de 44 - 45C, com produção de ácido, gás e aldeído. Além de estarem presentes em fezes
humanas e de animais homeotérmicos, ocorrem em solos, plantas ou outras matrizes ambientais que não tenham
sido contaminados por material fecal.

ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO


1) Fonte
Manancial: água bruta.

2) Captação
Superficial: barragem (rio), contenção de encosta (nascentes) ou bombeamento (lagoa);
Subterrânea: poços raso, semi-artesiano e artesiano/profundo;
Pluvial: cisterna e telhado (coleta).

3) Transporte/adução
Geralmente feito por encanamento com canos de PVC.

4) ETA
 Floculação
Adição de alumínio (carga superficial +) para que as partículas em suspensão (cargas superficiais -) se ligam a
molécula, formando grandes e pesados complexos, que descem.

 Decantação/sedimentação
Partículas mais pesadas ficam no fundo  utilização de grades para forçar a água a passar pelo fundo dos tanques.
OBS
Há formação de lodo no fundo dos tanques que precisa ser tratado devido a presença de Al+3  Outra opção seria a
utilização de polímeros orgânicos (origem vegetal) com cargas positivas em substituição ao alumínio, o que facilitaria
o tratamento do lodo, apesar de ser um processo muito caro.

 Filtração
- Ascendente (filtro de torneira);
- Descendente (filtro de barro).
OBS
- Pode ser rápida (permissão de turbidez maior pela legislação) ou lenta (turbidez deve ser menor);
- Tamanho do filtro depende do tempo de filtração e quantidade de água a ser filtrada;
- Limpeza do filtro: retrolavagem com água. O tempo para limpeza do filtro depende da turbidez da água, geralmente
ocorre 1x por dia.

 Desinfecção
Cloração
- A eficiência da cloração depende do pH, turbidez e temperatura da água;
*Devido a isso, a correção do pH precede o processo em alguns momentos (não é feita sempre): deve ser feita, pois
geralmente a água fica ácida, nesses casos, deve-se adicionar Cal a mesma;
- O cloro é mais utilizado devido a vantagem de deixar cloro residual na água, evitando reinfecções.

Ozônio
UV Não são utilizados devido ao custo e ao risco de recontaminação que representam.
Temperatura

 Fluoração
Deve ocorrer após a desinfecção  Flúor importante para evitar cáries em crianças.

5) Reservação
6) Distribuição
Deve ocorrer sempre em pressão positiva, ou seja, sempre deve haver água dentro do cano  Evita a presença de O2
nos canos, o que criaria ambiente propício para o desenvolvimento de lodo e algas; e, evita a entrada de sujeiras nos
canos se houverem quebras nos mesmos.
7) Consumo
8) Descarte
Estabelecido pelo CONAMA.
OBS
- O CONAMA também classifica a água antes da captação;
- Ministério da Saúde, a partir da Portaria 2.914, regulamenta o padrão de potabilidade

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