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R.065.035.222.10
 

Plano Municipal de Saneamento Básico - Versão


Final

LOTE 13 – Município de Macaíba

CLIENTE:
Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte –
CAERN
Tomada de Preço – N° 0078/2010

“Elaboração de Diagnósticos e Estudos Destinados à


Elaboração, pela Prefeitura, do Plano Municipal de
Saneamento Básico”

Agosto/2011

 
Prefeitura Municipal de Macaíba - RN
Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte –
CAERN

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE


ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Plano Municipal de Saneamento Básico - Versão Final

Promoção: Elaboração:

                                                                                            
APRESENTAÇÃO
O presente documento constitui-se no Relatório Síntese do Plano de Saneamento
Básico (Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário) do município Macaíba.
O objetivo geral do planejamento dos sistemas de saneamento básico de Macaíba é
garantir o bem estar da população urbana em um ambiente sadio, incluindo a
esperança individual e coletiva de desenvolvimento sustentável.
O Plano de Saneamento Básico (Abastecimento de água e Esgotamento Sanitário)
não resolve os problemas, mas aponta quais são e indicam os caminhos que devem
ser percorridos para a resolução dos mesmos. Por esse motivo, os Planos de
Saneamento são importantes ferramentas de gestão em todo o mundo. No Brasil, os
Planos de Saneamento Básico receberam destaque na Lei Federal n° 11.445, de 5 de
janeiro de 2007, bem como nas inúmeras leis estaduais sobre políticas de recursos
hídricos.
O objetivo específico deste Plano de Saneamento é a caracterização e diagnóstico
das condições atuais dos sistemas existentes, apontando as causas das deficiências 1

encontradas, bem como a definição, e respectivo cronograma de implantação, dos


programas, projetos e ações necessárias, para atendimento das necessidades futuras,
para um horizonte de planejamento de 30 anos (2041).
Este plano procurou atender aos quesitos da legislação vigente que trata dos Planos
de Saneamento, atendendo aos seguintes objetivos específicos:
 Diagnóstico da situação atual apontando as causas das deficiências
detectadas;
 Identificação das necessidades futuras;
 Definição dos objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para
atendimento das necessidades futuras (cronograma de intervenções);
 Definição dos mecanismos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia
das ações programadas.
É importante ressaltar que a elaboração do plano em questão se trata de mais um
importante passo visando a melhoria continuada da qualidade ambiental do município
e região; juntamente com as obras de ampliação e melhorias dos sistemas existentes
de abastecimento de água e esgotamento sanitários, atualmente em implantação, o
Plano Diretor de Saneamento, objeto do presente trabalho, vem complementar as
diretrizes relativas ao saneamento básico do município, consolidando ainda mais o
comprometimento da Prefeitura Municipal de Macaíba com a melhoria das condições
de vida da população e a preservação do meio ambiente.

Macaíba, agosto de 2011.

2
3

ÍNDICE ANALÍTICO
ÍNDICE ANALÍTICO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 25

2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO ....................................................... 29

2.1 HISTÓRICO DO MUNICÍPIO ................................................................................ 29

2.2 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS .............................................................................. 30

2.3 ATRIBUTOS CLIMÁTICOS .................................................................................. 31

2.4 FORMAÇÃO VEGETAL ....................................................................................... 33

2.5 ATRIBUTOS GEOLÓGICOS E GEOMORFOLÓGICOS ...................................... 34

2.5.1 Geologia ........................................................................................................... 34

2.5.2 Geomorfologia ................................................................................................. 36


4
2.6 PEDOLOGIA ........................................................................................................ 37

2.7 HIDROLOGIA E HIDROGEOLOGIA .................................................................... 38

2.7.1 Hidrologia ......................................................................................................... 38

2.7.2 Hidrogeologia ................................................................................................... 40

3. PERFIL MUNICIPAL .............................................................................................. 41

3.1. POPULAÇÃO ...................................................................................................... 41

3.2 ESTATÍSTICAS VITAIS E SAÚDE ....................................................................... 44

3.3 EDUCAÇÃO ......................................................................................................... 49

3.4 HABITAÇÃO E INFRA-ESTRUTURA URBANA .................................................. 51

3.4.1 Transporte ........................................................................................................ 51

3.4.2 Setor de Comunicação .................................................................................... 51

3.4.3 Comércio e Serviços........................................................................................ 51


3.4.4 Setor Elétrico.................................................................................................... 51

3.4.5 Saneamento Básico ......................................................................................... 51

3.4.6 Habitação.......................................................................................................... 55

3.5 RENDA ................................................................................................................. 56

3.6 ECONOMIA .......................................................................................................... 57

4. INSTRUMENTOS ORDENADORES DE GESTÃO ................................................. 59

5. CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA – SÍNTESE


DAS CONDIÇÕES ATUAIS ....................................................................................... 62

5.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA CAERN – ZONA URBANA ................................. 64

5.1.1. Mananciais de Captação................................................................................. 64


5
5.1.2. Captação Granja Recreio................................................................................ 69

5.1.3. Captação CIA (Centro Industrial Avançado) ................................................. 70

5.1.4. Estação Elevatória .......................................................................................... 71

5.1.5. Adução............................................................................................................. 75

5.1.6. Reservação ...................................................................................................... 76

5.1.7. Redes de Distribuição .................................................................................... 79

5.1.8. Qualidade da Água .......................................................................................... 81

5.1.9. Análise de Perdas ........................................................................................... 85

5.1.10. Informações Comerciais............................................................................... 88

5.1.11. Política tarifária ............................................................................................. 96

5.1.12. Estrutura e Recursos Disponíveis ............................................................... 98

5.1.13. Projeto de Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água ................. 99


5.2. ABASTECIMENTO DE ÁGUA CAERN – ZONA RURAL .................................. 103

5.2.1. Sistemas Independentes .............................................................................. 104

5.2.2. Sistema de Abastecimento Reta Tabajara ................................................... 106

5.2.3. Sistema de Abastecimento Traíras .............................................................. 107

5.2.4. Sistema de Abastecimento Araçá/Bom Jesus ............................................ 109

5.2.5. Sistema de Abastecimento Bom Jesus/Marias ........................................... 110

5.3. ABASTECIMENTO DE ÁGUA ZONA RURAL - SAAE ..................................... 111

5.3.1. Comunidade Mangabeira.............................................................................. 111

5.3.2. Comunidade Ladeira Grande ....................................................................... 113

5.4. ABASTECIMENTO DE ÁGUA ZONA RURAL – ASSOCIAÇÕES 6


COMUNITÁRIAS ...................................................................................................... 117

5.4.1. Comunidade Jundiaí ..................................................................................... 124

5.4.2. Comunidade Tapará...................................................................................... 128

5.4.3. Curral das Juntas e Curralinho .................................................................... 130

5.4.4. Comunidade Japecanga ............................................................................... 132

5.4.5. Sítio Lamarão ................................................................................................ 133

6. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ....................... 135

6.1. DIAGNÓSTICO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA CAERN ............................. 135

6.2. DIAGNÓSTICO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA ZONA RURAL – SAAE .... 139

6.3. DIAGNÓSTICO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA ZONA RURAL –


ASSOCIAÇÕES COMUNITÁRIAS ........................................................................... 139

7. CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO .............. 141


7.1. ESGOTAMENTO SANITÁRIO CAERN – SÍNTESE DAS CONDIÇÕES ATUAIS
................................................................................................................................. 141

7.1.1. Sistema de Esgotamento Sanitário do Centro Industrial Avançado (CIA) 143

7.1.2. Projeto de Implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário na Área


Urbana do Município .............................................................................................. 146

7.1.3. Zona Rural ..................................................................................................... 150

7.1.4. Qualidade do Efluente .................................................................................. 150

7.1.5. Informações Comerciais............................................................................... 153

7.2. ESGOTAMENTO SANITÁRIO COMUNIDADES RURAIS - SAAE ................... 159

7.3. ESGOTAMENTO SANITÁRIO COMUNIDADES RURAIS – ASSOCIAÇÕES


COMUNITÁRIAS ...................................................................................................... 159 7

8. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ....................... 159

8.1. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO CAERN ........................... 159

8.2. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO COMUNIDADES RURAIS -


SAAE........................................................................................................................ 161

8.3. DIAGNÓSTICO DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO COMUNIDADES RURAIS –


ASSOCIAÇÕES COMUNITÁRIAS ........................................................................... 161

9. EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO NO HORIZONTE DE PROJETO ........................ 161

9.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................. 161

9.2. METODOLOGIA ................................................................................................ 162

9.3. BANCO DE INFORMAÇÕES POPULACIONAIS .............................................. 165

9.4. DETALHAMENTO DAS EQUAÇÕES MATEMÁTICAS A SEREM USADAS


PARA PREVISÃO POPULACIONAL ....................................................................... 168
9.4.1. Método Aritmético......................................................................................... 168

9.4.2. Método Geométrico ...................................................................................... 169

9.4.3. Método Exponencial ..................................................................................... 169

9.4.4. Método Logarítmico ...................................................................................... 170

9.4.5. Método da Taxa Decrescente de Crescimento ........................................... 170

9.4.6. Método do Crescimento Logístico ............................................................... 171

9.5. PREVISÃO DA POPULAÇÃO TOTAL DO MUNICÍPIO .................................... 172

9.6. PREVISÃO DA POPULAÇÃO URBANA E RURAL .......................................... 176

9.7. PREVISÃO DA POPULAÇÃO DOS DISTRITOS .............................................. 178

10. METODOLOGIA ................................................................................................. 180 8

11. PROJEÇÃO DAS DEMANDAS FUTURAS DOS SERVIÇOS DE


ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO ............................. 180

11.1. ÍNDICES E PARÂMETROS ATUAIS ADOTADOS .......................................... 180

11.1.1. Índices de Atendimento Atual .................................................................... 181

11.1.2. Consumo Per Capita ................................................................................... 181

11.1.3. Coeficientes de Dia e Hora de Maior Consumo ........................................ 182

11.1.4. Coeficiente de Retorno Esgoto/Água ........................................................ 182

11.1.5. Índice de Perdas na Distribuição ............................................................... 182

11.1.6. Extensão de Redes ..................................................................................... 183

11.1.7. Taxa de Infiltração....................................................................................... 184

11.1.8. Ligações Ativas ........................................................................................... 184

11.1.9. Síntese dos Parâmetros Atuais Adotados ................................................ 184


11.2. DADOS OPERACIONAIS................................................................................ 185

11.3. CRITÉRIOS DE PROJEÇÃO ADOTADOS...................................................... 186

11.3.1 Padrões de Atendimento ............................................................................. 186

11.3.2 Consumo Per Capita .................................................................................... 187

11.3.3 Índice de Perdas de Água ............................................................................ 187

11.4. VALORES APURADOS NAS PROJEÇÕES ................................................... 188

11.5. PROJEÇÃO DAS DEMANDAS DE ÁGUA E ESGOTO DAS COMUNIDADES


RURAIS .................................................................................................................... 192

12. CONCEPÇÃO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E


ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................................................................................. 196
9
12.1. AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE HÍDRICA .............................................. 196

12.1.1. Mananciais Superficiais .............................................................................. 196

12.1.2. Mananciais Subterrâneos ........................................................................... 197

12.2. CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA .................... 198

12.3. CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO .................... 199

13. CRITÉRIOS PARA APURAÇÃO DAS NECESSIDADES GLOBAIS DOS


SISTEMAS ............................................................................................................... 200

13.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA .................................................. 201

13.1.1. Produção de Água Tratada ......................................................................... 201

13.1.2. Reservação de Água Tratada ..................................................................... 202

13.1.3. Sistema de Distribuição de Água ............................................................... 202

13.2. SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS .......................................................... 204


13.2.1. Estação de Tratamento de Esgoto ............................................................. 204

13.2.2. Rede Coletora e Ligações de Esgoto ........................................................ 204

13.3. COMUNIDADES RURAIS ............................................................................... 205

14. APURAÇÃO DAS NECESSIDADES PARA UNIVERSALIZAÇÃO DO


ATENDIMENTO ....................................................................................................... 207

14.1. AÇÕES NECESSÁRIAS PARA UNIVERSALIZAÇÃO DO ABASTECIMENTO


DE ÁGUA ................................................................................................................. 207

14.2. AÇÕES NECESSÁRIAS PARA UNIVERSALIZAÇÃO DA COLETA E


TRATAMENTO DOS ESGOTOS.............................................................................. 213

14.3. AÇÕES NECESSÁRIAS NAS COMUNIDADES RURAIS ............................... 218

14.4. CONSIDERAÇÕES SOBRE AS NECESSIDADES GLOBAIS APURADAS ... 225 10

14.4.1. Sistema de Abastecimento de Água .......................................................... 225

14.4.2. Coleta e Tratamento dos Esgotos.............................................................. 226

14.4.3. Comunidades Rurais .................................................................................. 228

15. COMPATIBILIZAÇÃO COM OS DEMAIS PLANOS SETORIAIS ...................... 230

16. OBRAS, SERVIÇOS E AÇÕES NECESSÁRIAS ............................................... 237

16.1. CARACTERIZAÇÃO DAS OBRAS E SERVIÇOS NECESSÁRIOS NA ÁREA


URBANA .................................................................................................................. 237

16.2. CARACTERIZAÇÃO DAS OBRAS E SERVIÇOS NECESSÁRIOS NA ÁREA


RURAL ..................................................................................................................... 239

16.3 CARACTERIZAÇÃO DOS PROGRAMAS E AÇÕES DE GESTÃO ................. 240

16.4. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA ATINGIR AS METAS DE


UNIVERSALIZAÇÃO ............................................................................................... 248
16.4.1. Sistema de Abastecimento de Água .......................................................... 248

16.4.2. Sistema de Esgotamento Sanitário............................................................ 249

17. MECANISMOS DE AVALIAÇÃO, REGULAÇÃO E CONTROLE SOCIAL ........ 250

17.1. AÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE


SANEAMENTO ........................................................................................................ 250

17.2. DEFINIÇÃO DOS PADRÕES DE QUALIDADE .............................................. 251

17.3. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO ............................... 252

17.4. DIRETRIZES PARA A REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS.................................. 253

17.5. DIRETRIZES PARA A FORMATAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE CONTROLE E


PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE .......................................................................... 255
11
18. RECOMENDAÇÃO PARA O PLANO DE METAS E INDICADORES ................ 256

18.1. INDICADORES ................................................................................................ 256

18.1.1. Sistema de Abastecimento de Água .......................................................... 257

18.1.2. Sistema de Esgotamento Sanitário............................................................ 262

18.1.3. Sistema de Gestão dos Serviços ............................................................... 265

19. AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA ................................................. 270

19.1. AÇÕES DE CONTINGÊNCIA .......................................................................... 270

19.2. AÇÕES DE EMERGÊNCIA ............................................................................. 271

19.3. CENÁRIOS DE EVENTOS E MEDIDAS DE EMERGÊNCIA ........................... 272

19.4. PLANEJAMENTO PARA ESTRUTURAÇÃO OPERACIONAL PAE-SAN ...... 273

19.5. MEDIDAS PARA A ELABORAÇÃO DO PAE-SAN ........................................ 274

19.6. MEDIDAS PARA A VALIDAÇÃO DO PAE-SAN ............................................. 274


19.7. MEDIDAS PARA A ATUALIZAÇÃO DO PAE-SAN ........................................ 274

20. VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA E MODICIDADE TARIFÁRIA ..... 275

20.1. INVESTIMENTOS PREVISTOS PARA ATENDIMENTO ÀS DEMANDAS DA


ZONA URBANA ....................................................................................................... 275

20.1.1. Investimentos Previstos para atendimento às demandas das Projeções


................................................................................................................................. 278

20.2. FLUXO DE CAIXA E ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DA ZONA


URBANA .................................................................................................................. 279

20.2.1. Modicidade Tarifária ................................................................................... 280

20.3. INVESTIMENTOS PREVISTOS PARA ATENDIMENTO ÀS DEMANDAS DA


ZONA RURAL .......................................................................................................... 281
12
20.4. FLUXO DE CAIXA E ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DA ZONA RURAL
................................................................................................................................. 282

20.5. ALTERNATIVAS DE FONTES DE RECURSOS ............................................. 283

20.5.1. Recursos de tarifas ..................................................................................... 284

20.5.2. Recursos não onerosos ............................................................................. 284

20.5.3. Recursos de Fundos................................................................................... 285

20.5.4. Fontes de Financiamento ........................................................................... 285

21. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 291

22. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 292

23. EQUIPE TÉCNICA ............................................................................................. 297


LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Política Tarifária Urbana da CAERN. ............................................................. 97

Quadro 2 - Política Tarifária Rural da CAERN. ................................................................. 97

13
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Localização do município de Macaíba. ............................................................. 30

Figura 2 - Mapa de acesso ao município de Macaíba. ..................................................... 31

Figura 3 - Mapa do clima do Estado do Rio Grande do Norte. ........................................ 32

Figura 4 - Mapa de Vegetação do município de Macaíba. ............................................... 34

Figura 5 - Formações Geológicas do município de Macaíba. .......................................... 35

Figura 6 - Mapa de Relevo do Estado do Rio Grande do Norte. ..................................... 37

Figura 7 - Mapa de solos do município de Macaíba. ........................................................ 38

Figura 8 - Mapa das Bacias Hidrográficas do Estado do Rio Grande do Norte. ............ 39

Figura 9 - Estrutura Organizacional da Prefeitura. ............................................................ 59

Figura 10 - Poço PT-10 (a); Poço PT-11 (b)...................................................................... 65


14
Figura 11 - Poço PT-15. ...................................................................................................... 66

Figura 12 – Poço PT-17. ..................................................................................................... 66

Figura 13 – Poço PT-17 e casa de quadro de comando. ................................................. 66

Figura 14 - Poço PT-18 (a); Poço PT-21 (b)...................................................................... 67

Figura 15 - Estação de bombeamento EE-1 (Central). .................................................... 71

Figura 16 - Medidor proporcional e Tap na tubulação de entrada da EE-1 (a); Medidor


de nível da EE-1 (b). ............................................................................................................ 72

Figura 17 - Conjunto motobomba das adutoras de saída da EE-1. ................................ 73

Figura 18 - Poço de reunião da EE-1, capacidade de reservação 140m³. ..................... 73

Figura 19 - Casa de bombas da EE-1 (a); Vazamento na bomba em funcionamento


(b). ......................................................................................................................................... 74

Figura 20 - Quadro de comando da EE-1. ......................................................................... 74

Figura 21 - Cilindros de cloro da EE-1. .............................................................................. 75

Figura 22 - Adutora de saída da EE-1................................................................................ 75


Figura 23 - Reservatório elevado R1 (a); Problemas estruturais no R1 (b). .................. 76

Figura 24 - Problemas de infiltração na estrutura interna do R1. .................................... 77

Figura 25 - Vazamentos nos registros do R1. ................................................................... 77

Figura 26 - Reservatório elevado R2 (a); Problemas de infiltração no R2 (b)................ 78

Figura 27 - Medidor de pressão na tubulação de entrada do R2. ................................... 78

Figura 28 - Esquema de circuito de desvio (by-pass) em reservatórios. ........................ 79

Figura 29 - Booster Alto da Raiz (a); Booster Morada da Fé (b). .................................... 81

Figura 30 - Matriz de Balanço Hídrico. ............................................................................... 86

Figura 31 – Porcentagem de ligações por situação atual. ............................................... 90

Figura 32 – Porcentagem de economias por categoria de consumo. ............................. 91

Figura 33 – Porcentagem das ligações por faturamento. ................................................. 92


15
Figura 34 – Porcentagem do volume faturado por categoria de consumo. .................... 93

Figura 35 – Porcentagem do faturamento por categoria de consumo. ........................... 95

Figura 36 – Despesas de exploração................................................................................. 96

Figura 37 - Poço subterrâneo do Sítio Guarapes. .......................................................... 104

Figura 38 - Área de localização do poço subterrâneo do Sítio Pé do Galo (a); Poço


subterrâneo do Sítio Pé do Galo (b). ................................................................................ 105

Figura 39 - Área do poço subterrâneo do Sítio Pé do Galo (a); Quadro de comando do


poço subterrâneo (b).......................................................................................................... 105

Figura 40 - Estação de bombeamento. ............................................................................ 109

Figura 41 - Poço subterrâneo da Comunidade Mangabeira (a); Quadro de comando do


poço subterrâneo (b).......................................................................................................... 111

Figura 42 - Sistema de gotejamento de cloro direto no poço. ....................................... 112

Figura 43 - Poço subterrâneo da comunidade Ladeira Grande (a); Quadro de comando


do poço (b).......................................................................................................................... 113

Figura 44 - Comunidade Ladeira Grande. ....................................................................... 114


Figura 45 - Reservatório elevado da comunidade Ladeira Grande. .............................. 114

Figura 46 - Sistema de gotejamento de cloro direto no poço. ....................................... 115

Figura 47 - Hidrômetros instalados na comunidade Ladeira Grande. ........................... 116

Figura 48 - Casas da Comunidade Jundiaí. .................................................................... 124

Figura 49 - Captação Superficial do Açude do Bêbado. ................................................ 125

Figura 50 – Estruturas civis da Captação Superficial do Açude do Bêbado. ............... 125

Figura 51 - Reservatório semi-enterrado da comunidade Jundiaí. ............................... 126

Figura 52 - Poço que abastece os bebedouros, a diretória e o prédio de informática da


Escola Agrícola (a); Quadro de comando do poço (b). .................................................. 127

Figura 53 - Reservatório apoiado da Escola Agrícola. ................................................... 127

Figura 54 - Açude para irrigação e abastecimento do estábulo e dos tanques de


piscicultura. ......................................................................................................................... 128 16
Figura 55 - Instituto de Neurociências.............................................................................. 128

Figura 56 - Poço da comunidade Tapará (a); Reservatório (caixa d'água) elevado (b).
............................................................................................................................................. 129

Figura 57 - Comunidade Tapará....................................................................................... 129

Figura 58 - Cacimbões utilizados para abastecimento. .................................................. 130

Figura 59 - Poço cacimbão das comunidades Curral das Juntas e Curralinho............ 131

Figura 60 - Poço cacimbão sem tampa. .......................................................................... 131

Figura 61 - Poço perfurado pelo PAPP/RN (a); Quadro de comando do poço (b). ..... 132

Figura 62 - Reservatório elevado construído pelo Programa de Apoio ao Pequeno


Produtor Rural – PAPP/RN. .............................................................................................. 133

Figura 63 - Sítio Lamarão. ................................................................................................. 134

Figura 64 - Reservatório elevado do Sítio Lamarão. ...................................................... 134

Figura 65 - Área de localização do poço e do reservatório. ........................................... 135

Figura 66 - Obra da ETE em construção. ........................................................................ 142


Figura 67 - Medidor de vazão – calha Parshall (a); Gradeamento (b). ......................... 144

Figura 68 - Lagoa aerada da ETE em funcionamento (a); Aerador da lagoa aerada (b).
............................................................................................................................................. 145

Figura 69 - Lagoa aerada inoperante (a); Bolhas de gases na lagoa aerada inoperante
(b). ....................................................................................................................................... 145

Figura 70 - Bombas operantes da estação de bombeamento (entrada e saída de


efluentes). ........................................................................................................................... 146

Figura 71 - Porcentagem de ligações em função do tipo de rede. ................................ 154

Figura 72 – Porcentagem de economias por tipo de estabelecimento. ........................ 155

Figura 73 - Porcentagem das ligações por faturamento. ............................................... 156

Figura 74 - Porcentagem do volume faturado por tipo de estabelecimento. ................ 157

Figura 75 - Porcentagem do faturamento por tipo de estabelecimento. ....................... 158


17
Figura 76 - Gráfico Comparativo Entre as Projeções Populacionais. ........................... 174

Figura 77 - Gráfico da Regressão Aritmética. ................................................................. 175

Figura 78 - Qualidade de Águas Subterrâneas do Município. ....................................... 198

Figura 79 - Índice de Atendimento dos Serviços de Abastecimento de Água da Zona


Urbana. ............................................................................................................................... 258

Figura 80 - Projeções de Perdas admissíveis no sistema. ............................................ 261

Figura 81 - Índice de Atendimento dos Serviços de Esgotamento Sanitário da Zona


Urbana. ............................................................................................................................... 263
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Açudes com capacidade de acumulação superior a 100.000 m³. ................. 40

Tabela 2 - População Residente por Faixa Etária e Sexo. .............................................. 42

Tabela 3 - Indicadores Demográficos. ............................................................................... 42

Tabela 4 - População por situação de domicílio. .............................................................. 43

Tabela 5 - IDH do município de Macaíba e do Estado do Rio Grande do Norte. .......... 43

Tabela 6 - Recursos Humanos segundo categoria selecionada. .................................... 44

Tabela 7 - Leitos de internação por 1.000 habitantes. ..................................................... 44

Tabela 8 - Indicadores de Atenção Básica. ....................................................................... 45

Tabela 9 - Indicadores de natalidade. ................................................................................ 45

Tabela 10 - Cobertura Vacinal por tipo de imunobiológico. ............................................. 46 18


Tabela 11 - Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas e Faixa
Etária - CID10. ...................................................................................................................... 47

Tabela 12 - Mortalidade Proporcional (%) por Faixa Etária Segundo Grupo de Causas -
CID10. ................................................................................................................................... 48

Tabela 13 - Indicadores mortalidade. ................................................................................. 48

Tabela 14 - Nível Educacional da população jovem e adulta. ......................................... 49

Tabela 15 - Número de Matrículas por dependência administrativa e tipo de ensino. .. 50

Tabela 16 - Número de Docentes por dependência administrativa e tipo de ensino. ... 50

Tabela 17 - Número de estabelecimentos de ensino por dependência administrativa e


tipo de ensino. ...................................................................................................................... 50

Tabela 18 - Veículos Registrados por tipo de Veículos. ................................................... 51

Tabela 19 - Estabelecimentos de Serviços Públicos. ....................................................... 52

Tabela 20 - Estabelecimentos que proporcionam cultura e lazer.................................... 52

Tabela 21 - Consumo e número de ligações de energia elétrica por classe. ................. 53


Tabela 22 - Proporção de moradores por tipo de abastecimento de água. ................... 53

Tabela 23 - Proporção de moradores por tipo de instalação sanitária. .......................... 54

Tabela 24 - Proporção de moradores por tipo de destino de lixo. ................................... 55

Tabela 25 - Acesso a bens de consumo. ........................................................................... 55

Tabela 26 - Distribuição percentual da renda mensal da população maior de 10 anos


de idade. ............................................................................................................................... 56

Tabela 27 - Indicadores de renda, pobreza e desigualdade. ........................................... 56

Tabela 28 - Produto Interno Bruto do município de Macaíba. ......................................... 57

Tabela 29 - Área Colhida e Quantidade Produzida dos Principais Produtos Agrícolas.


............................................................................................................................................... 58

Tabela 30 - Efetivo de Rebanho. ........................................................................................ 58

Tabela 31 - Produtos de Origem Animal. ........................................................................... 59 19


Tabela 32 - Situação e condições de exploração dos Poços Tubulares. ....................... 68

Tabela 33 - Características dos conjuntos elevatórios dos Boosters da área urbana. .. 81

Tabela 34 - Resultado de Análises de água físico-químicas e bacteriológica. .............. 84

Tabela 35 – Volumes do sistema de abastecimento de água do município. .................. 87

Tabela 36 – Dados Populacionais do Município de Macaíba. ......................................... 88

Tabela 37 – Número de ligações e economias do município. ......................................... 89

Tabela 38 – Número de economias ativas por categoria de consumo. .......................... 90

Tabela 39 – Número de ligações por faturamento. ........................................................... 91

Tabela 40 – Volume faturado por categoria de consumo. ............................................... 92

Tabela 41 – Faturamento, arrecadação e saldo de contas a receber............................. 93

Tabela 42 – Taxa de inadimplência anual do município. ................................................. 94

Tabela 43 – Faturamento por categoria de consumo. ...................................................... 94

Tabela 44 - Extensões de rede projetada. ....................................................................... 101


Tabela 45 - Extensões de rede de distribuição projetada para o Setor 3. .................... 102

Tabela 46 - Extensões de rede de distribuição projetada para o Setor 4. .................... 102

Tabela 47 - Extensões de rede de distribuição projetada para o Setor 5. .................... 102

Tabela 48 - Extensões de adutoras por recalque projetada da EEA1 até os setores 3, 4


e 5........................................................................................................................................ 103

Tabela 49 - Extensões de adutoras por recalque projetada da EEA2 até os setores 3, 4


e 5........................................................................................................................................ 103

Tabela 50 - Relação de comunidades do Sistema Reta Tabajara que possuem


reservatório. ........................................................................................................................ 107

Tabela 51 - Quantitativos de imóveis e habitantes do Sistema Reta Tabajara. ........... 107

Tabela 52 - Quantitativos de imóveis, habitantes e ligações do Sistema Traíras. ....... 108

Tabela 53 - Quantitativos de imóveis, habitantes e ligações do Sistema Araçá/Bom


Jesus. .................................................................................................................................. 110 20

Tabela 54 - Quantitativos de imóveis, habitantes e ligações do Sistema Bom


Jesus/Marias. ..................................................................................................................... 111

Tabela 55 - Dados das comunidades rurais abastecidas por Sistemas Independentes


geridos por Associações Comunitárias. ........................................................................... 118

Tabela 56 - Área das bacias de esgotamento sanitário de Macaíba. ........................... 147

Tabela 57 - Características da rede coletora implantada. .............................................. 148

Tabela 58 - Vazões efluentes das estações elevatórias. ............................................... 149

Tabela 59 - Características das estações elevatórias e linhas de recalque. ................ 149

Tabela 60 - Características da estação de tratamento de esgotos. .............................. 150

Tabela 61 - Resultado de Análises de Águas Residuárias físico-químicas e


bacteriológica. .................................................................................................................... 152

Tabela 62 - Número de ligações e economias de esgoto do município. ...................... 153

Tabela 63 – Número de economias ativas por tipo de estabelecimento. ..................... 154

Tabela 64 - Número de ligações por faturamento. .......................................................... 155


Tabela 65 - Volume faturado por tipo de estabelecimento. ............................................ 156

Tabela 66 - Faturamento, arrecadação e saldo de contas a receber. .......................... 157

Tabela 67 - Faturamento por tipo de estabelecimento. .................................................. 158

Tabela 68 - Classificação por Faixa Populacional. ......................................................... 162

Tabela 69 - Classificação por Número de Habitantes. ................................................... 162

Tabela 70 - Informações Populacionais Conforme o IBGE. ........................................... 166

Tabela 71 - Taxa Anual de Crescimento Populacional................................................... 166

Tabela 72 - Informações Populacionais Conforme Relatório da VBA. .......................... 166

Tabela 73 - Taxa Anual de Crescimento Segundo Relatório da VBA. .......................... 166

Tabela 74 - Dados para Projeção: População Total. ...................................................... 167

Tabela 75 - Dados para Projeção: Taxa de Urbanização. ............................................. 167


21
Tabela 76 - Comparação Entre os Métodos Matemáticos de Projeção. ....................... 173

Tabela 77 - Evolução da População Conforme Projeção Aritmética. ........................... 175

Tabela 78 - População Total, Urbana e Rural de Projeto............................................... 177

Tabela 79 - Projeção das Demandas de Água. .............................................................. 189

Tabela 80 - Projeção das Vazões de Coleta de Esgoto. ................................................ 190

Tabela 81 - Projeção das Vazões de Tratamento de Esgoto. ....................................... 191

Tabela 82 - Projeção de Demandas de Água e Esgoto para as Comunidades


Abastecidas pela CAERN. ................................................................................................ 193

Tabela 83 - Projeção de Demandas de Água e Esgoto para as Comunidades


Abastecidas pelo SAAE de São Gonçalo do Amarante. ................................................ 194

Tabela 84 - Projeção de Demandas de Água e Esgoto para as Comunidades


Abastecidas por Sistemas Independentes e Geridas pelas Associações Comunitárias.
............................................................................................................................................. 194

Tabela 85 - Necessidades anuais de ampliações na produção e reservação do


Sistema de Abastecimento de Água. ............................................................................... 208
Tabela 86 - Necessidades anuais de ampliações em extensão de rede e ligações de
água do Sistema de Abastecimento de Água. ................................................................ 209

Tabela 87 - Necessidades anuais de ampliações em instalação de hidrômetros do


Sistema de Abastecimento de Água. ............................................................................... 210

Tabela 88 - Necessidades anuais de substituições em extensão de rede, ligações de


água e instalação de hidrômetros do Sistema de Abastecimento de Água. ................ 211

Tabela 89 - Ações anuais para Universalização do Sistema de Abastecimento de


Água. ................................................................................................................................... 212

Tabela 90 - Necessidades anuais de implantações em extensão de rede e ligações de


esgoto do Sistema de Esgotamento Sanitário. ............................................................... 214

Tabela 91 - Necessidades anuais de implantações em vazão de tratamento do


Sistema de Esgotamento Sanitário. ................................................................................. 215

Tabela 92 - Necessidades anuais de substituições em extensão de rede e ligações de


esgoto do Sistema de Esgotamento Sanitário. ............................................................... 216
22
Tabela 93 - Ações anuais para Universalização do Sistema de Esgotamento Sanitário.
............................................................................................................................................. 217

Tabela 94 - Ações para universalização do sistema de abastecimento de água das


comunidades rurais abastecidas pelo SAAE São Gonçalo do Amarante, com número
de residências superior a 100 unidades. ......................................................................... 219

Tabela 95 - Ações para universalização do sistema de abastecimento de água das


comunidades rurais abastecidas pela CAERN, com número de residências superior a
100 unidades. ..................................................................................................................... 220

Tabela 96 - Ações para universalização do SAA das comunidades rurais abastecidas


por Sistemas Independentes geridos pelas Associações Comunitárias, com número de
residências superior a 100 unidades. ............................................................................... 221

Tabela 97 - Ações anuais para Universalização do Sistema de Esgotamento Sanitário


da Zona Rural (SAAE São Gonçalo do Amarante e CAERN). ...................................... 223

Tabela 98 - Ações anuais para Universalização do Sistema de Esgotamento Sanitário


da Zona Rural (Sistemas Independentes gerenciados pelas Associações
Comunitárias). .................................................................................................................... 224

Tabela 99 - Ações de curto, médio e longo prazo para o sistema de abastecimento de


água. ................................................................................................................................... 238
Tabela 100 - Ações de curto, médio e longo prazo para o sistema de esgotamento
sanitário............................................................................................................................... 238

Tabela 101 - Programas e Ações de Gestão previstas no horizonte do plano. ........... 244

Tabela 102 - Indicadores de Eficiência. ........................................................................... 257

Tabela 103 - Índices de qualidade da água desejados no horizonte de Projeto.......... 260

Tabela 104 - Índices de qualidade desejados no horizonte de projeto. ........................ 264

Tabela 105 - Prazos de atendimento dos serviços. ........................................................ 266

Tabela 106 - Estruturas de atendimento ao público. ...................................................... 267

Tabela 107 - Adequação das estruturas de atendimento ao público. ........................... 268

Tabela 108 - Lista de Medidas Emergenciais. ................................................................ 273

Tabela 109 – Investimentos em curto, médio e longo prazo para o Sistema de


Abastecimento de Água. ................................................................................................... 276 23
Tabela 110 – Investimentos em curto, médio e longo prazo para o Sistema de
Esgotamento Sanitário. ..................................................................................................... 276

Tabela 111 - Investimentos em Programas de Gestão. ................................................. 277

Tabela 112 - Resumo financeiro de investimentos necessários e previstos no Plano de


Saneamento Básico. .......................................................................................................... 277

Tabela 113 - Previsão de Investimentos no Horizonte de Plano. .................................. 278

Tabela 114 - Fluxo de Caixa. ............................................................................................ 279

Tabela 115 - Investimentos no Sistema de Abastecimento de Água das Comunidades


Rurais. ................................................................................................................................. 281

Tabela 116 - Investimentos no Sistema de Esgotamento Sanitário das Comunidades


Rurais. ................................................................................................................................. 281

Tabela 117 - Fluxo de Caixa. ............................................................................................ 282


24

1. INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO

O setor de saneamento no Brasil, anteriormente a 1930, era baseado num modelo


institucional e financeiro do qual participavam o setor público e as empresas privadas
estrangeiras, através de concessões do serviço. No início dos anos 30, com a edição
do Código das Águas (decreto n° 24.643 de julho/34) e o desenvolvimento industrial,
iniciou-se o processo de intervenção no setor, nacionalizando e estatizando as
empresas concessionárias.
Na década de 40, os serviços de saneamento foram assumidos pelas prefeituras
municipais, porém os investimentos na área foram pequenos, apesar da aceleração do
crescimento populacional e do bom desempenho da economia. No início dos anos 60,
os investimentos no setor continuaram baixos, apesar da taxa de crescimento da
economia estar a uma taxa de 8% do PIB (produto interno bruto).
Porém, entre 1964 e 1967, no governo Castelo Branco, foram instituídas políticas
explícitas para o Setor de Saneamento, como financiamentos para implantação do 25

Programa de Abastecimento de Água para cidades com menos de 40 (quarenta) mil


habitantes.
Em 1971, foi criado pelo Banco Nacional de Habitação um Plano Nacional de
Saneamento (Planasa), a partir da década de 70, onde a cobertura dos serviços de
abastecimento de água e esgotamento sanitário teve um importante crescimento,
através do Planasa e do Sistema Financeiro de Saneamento (SFS).
O documento de Política Nacional de Saneamento criado pelo Ministério do
Planejamento e Orçamento em 1997 reconheceu a expansão do nível de cobertura do
atendimento urbano de água.
No Brasil, existem dois modelos de administração dos serviços de saneamento:
 Serviços Municipais: quando o município administra os serviços de
saneamento;
 Companhias Estaduais de Saneamento: quando empresas de economia mista
têm controle acionário de cada Estado da Federação.
A qualidade do saneamento básico, que condiciona os fatores do meio físico e que
exercem ou podem exercer efeitos deletérios sobre o bem estar da sociedade, envolve
questões tais como: abastecimento de água, coleta, afastamento e tratamento de
esgotos, controle de fatores epidemiológicos, controle da poluição ambiental, entre
outros.
A importância do saneamento ambiental envolve o conjunto de ações técnicas e
socioeconômicas, entendidas fundamentalmente como de saúde pública, tendo por
objetivo alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental, compreendendo o
abastecimento de água em quantidade e dentro dos padrões de potabilidade vigentes,
o manejo de esgotos sanitários, de águas pluviais, de resíduos sólidos e emissões
atmosféricas, o controle ambiental de vetores e reservatórios de doenças, a promoção
sanitária e o controle ambiental do uso e ocupação do solo e prevenção e controle do
excesso de ruídos, tendo como finalidade promover e melhorar as condições de vida
urbana e rural.
O principal desafio das empresas de saneamento consiste em viabilizar a implantação
de sistemas de tratamento de esgotos e assegurar o pleno abastecimento de água às
suas populações. Eventualmente, verifica-se a necessidade de ampliação da produção
de água, o que freqüentemente deve estar associado à adoção de medidas que 26

propiciem a redução de perdas, inclusive para uma efetiva avaliação da real


necessidade de investimentos para ampliação física do sistema existente.
No intuito de atender à legislação federal n° 11.445 de 05 de janeiro de 2007, que
demanda o Plano de Saneamento como requisito para obtenção de recursos federais,
e fomentar a organização da gestão dos serviços de abastecimento de água,
esgotamento sanitário e limpeza urbana, as empresas do setor de saneamento, estão
buscando um gerenciamento capaz de assegurar à população atendimento pleno, com
qualidade e continuidade.
Dentro deste contexto, a Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte –
CAERN em parceria com a Prefeitura do Município de Macaíba, na busca pelo
atendimento da legislação supracitada, bem como pela melhoria da qualidade do
saneamento no Município, contratou o presente trabalho, como forma de subsidiar a
elaboração, por este Município, de seu Plano Municipal de Saneamento, para os
capítulos de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
O presente documento constitui a versão final do Plano de Saneamento Básico do
Município de Macaíba, abrangendo os Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) e
Sistema de Esgotamento Sanitário (SES), elaborado de acordo com o Artigo 19 da Lei
Federal nº. 11.445, de 05 de Janeiro de 2007, que estabelece as diretrizes nacionais
para o Saneamento Básico.
O Plano Municipal de Saneamento de Macaíba foi elaborado em 5 (cinco) etapas,
sendo elas:
Etapa 1 (Relatório 1 - RSI): contemplou as informações sobre os indicadores
sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos da área de trabalho;
Etapa 2 (Relatório 2 - RDS): contemplou o diagnóstico dos Sistemas de
Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário e os seus impactos nas condições
de vida da população;
Etapa 3 (Relatório 3 e 4 – RCPCA e RCPS): apresentou os cenários prospectivos e
concepção de alternativas e a compatibilização com os demais planos setoriais;
Etapa 4 (Relatório 5, 6 e 7 – ROM, RAEC e RASP): apresentou os objetivos e metas
de curto, médio e longo prazos para a universalização dos serviços de abastecimento
de água e esgotamento sanitário, as ações para emergências e contingências e os
mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das 27

ações programadas; e,
Etapa 5 (Relatório 8): que constitui a versão completa do Plano Municipal de
Saneamento Básico (PMSB) Final.
O PMSB de Macaíba foi desenvolvido considerando-se um horizonte de planejamento
de 30 (trinta) anos projetados, portanto, para o período 2011 - 2041.
Conforme determinação do § 4º do Artigo 19 da Lei nº. 11.445/07, o PMSB de
Macaíba deverá ser revisto em prazo não superior a 4 (quatro) anos, anteriormente à
elaboração do Plano Plurianual do Município.
As atividades para o desenvolvimento do Plano Municipal de Saneamento Básico do
Município de Macaíba foram realizadas entre os meses de Agosto 2010 a Agosto de
2011.
SISTEMA DE INDICADORES SANITÁRIOS,
28
EPIDEMIOLÓGICOS, AMBIENTAIS E
SOCIOECONÔMICOS, APONTANDO AS CAUSAS DAS
DEFICIÊNCIAS DETECTADAS
2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO

2.1. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO


No início do século XVII, precisamente em 1614, o Capitão Francisco Rodrigues
Coelho, recebeu algumas datas de terra, que deram origem ao Ferreiro Torto, e
ergueu o Segundo Engenho da Capitania do Rio Grande: o Engenho Potengí.
Em meados do século XVII, Macaíba ainda não existia como unidade político-
administrativa. Somente os sítios do Ferreiro Torto, Uruaçú e Jundiaí eram habitados
por portugueses, mestiços e índios que trabalhavam na agricultura rudimentar,
exploração de engenho e pecuária.
No século XVIII, entre 1780 e 1795, surgiu o primeiro nome da vila emergente: Coité.
Este nome foi dado pelo Coronel Manoel Teixeira Casado.
Árvore de grande fruto não comestível, que servia para fazer vasilhas, era muito vista
em toda a vila. O proprietário do povoado era o português Francisco Pedro Bandeira,
que se instalou no fluorescente Engenho. 29

Por volta de 1855, Fabrício Gomes Pedroza, paraibano de Areia, comerciante de alto
prestígio, mudou o nome de Coité para Macaíba, uma palmeira com frutos pequenos,
buchuda no meio, apreciada por muitos, inclusive por ele. Existiam muitos exemplares
da palmeira na propriedade do comerciante “Seu Fabrício”.
No final do século XIX, precisamente no dia 27 de outubro de 1877, através da Lei
no 801, a Vila foi elevada à categoria de Município, denominando-se Município de
Macaíba, ganhando, portanto autonomia político-administrativa. Somente em 1882 foi
conhecido seu primeiro administrador, o senhor Vicente de Andrade Lima.
Macaíba, cidade localizada às margens do Rio Jundiaí, é berço de muitos filhos
ilustres, dentre eles Auta de Souza, poetisa; seu irmão Henrique Castriciano de Souza
(ex-vice-Governador do Estado, Fundador da Escola Doméstica de Natal e da
Academia Norte-riograndense de Letras); Dr. Octacílio Alecrim, escritor e um dos mais
respeitados juristas do seu tempo; Augusto Severo de Albuquerque Maranhão,
professor, político, aeronauta inventor do dirigível balão PAX; Alberto Frederico de
Albuquerque Maranhão, ex-Governador do Estado por dois mandatos; Augusto
Tavares de Lyra, ex-Governador, ex-Ministro de Estado do governo Afonso Pena e um
dos maiores oradores do Brasil.
Como pontos históricos destacam-se o Solar do Ferreiro Torto, a Matriz de Nossa
Senhora da Conceição, a Capela de São José (mais antiga da cidade), o Solar da
Madalena, Capela da Soledade, casa onde nasceu Henrique Castriciano, Obelisco
Augusto Severo, Casarão dos Guarapes e Solar Caxangá.

2.2. LOCALIZAÇÃO E ACESSOS


De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – IDEMA,
o Município de Macaíba pertence à Microrregião de Macaíba do Rio Grande do Norte.
A sua área total é de 512,49 km² e equivale a 0,92% da superfície estadual.
Segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a densidade
demográfica prevista do município, para o ano de 2009, é de 129,65 habitantes por
km2.
Suas coordenadas geográficas são: latitude 5º 51’ 30” Sul e longitude: 35º 21’ 14”
Oeste e a altitude da sede é de 11 metros. A figura 1 apresenta o mapa de
microrregiões do Estado e a localização geográfica do município. 30

Fonte: Adaptado Mapa de Microrregiões do Anuário Estatístico 2008 (IDEMA).


Figura 1 - Localização do município de Macaíba.
Distante 14 km da Capital do Estado (Natal), Macaíba possui como limites: ao norte,
os municípios de São Gonçalo do Amarante e Ielmo Marinho; ao sul, Vera Cruz e São
José de Mipibu; ao leste, Natal e Parnamirim; e ao oeste, Ielmo Marinho, São Pedro e
Bom Jesus.
O acesso rodoviário para Macaíba, a partir de Natal, pode ser realizado pela rodovia
federal BR 226. A figura 2 apresenta o acesso para o município de Macaíba.

31

Fonte: Adaptado Google Maps.


Figura 2 - Mapa de acesso ao município de Macaíba.

2.3. ATRIBUTOS CLIMÁTICOS


Segundo o IDEMA (2008), o Estado do Rio Grande do Norte apresenta os seguintes
tipos de clima:
 Clima Semi-Árido Rigoroso - localizado na parte central e litoral setentrional,
prolongando-se numa faixa estreita, quase contínua, até o extremo sul do
Estado, abrangendo uma área total de 18% da superfície estadual. Não
apresenta excedente de água durante todo o ano;
 Clima Semi-Árido - domina, de forma quase contínua, todo o interior do Estado,
onde a oeste se prolonga até o litoral setentrional, perfazendo uma área de
57% da superfície estadual. Apresenta um excedente de água inferior a 40 mm
durante os meses de março e abril;
 Clima Sub-Úmido Seco - localizado, em parte, no litoral oriental e nas áreas
serranas do interior do Estado; este clima abrange 20% da superfície estadual.
Possui um excedente de água que vai de 150 a 450 mm durante os meses de
março a junho aproximadamente;
 Clima Úmido - localizado no litoral oriental, engloba as estações pluviométricas
de Natal, São José de Mipibu e Canguaretama, perfazendo 5% da área
estadual. A estação pluviométrica de Natal apresenta um excedente de água
de 1.040 mm, distribuído de fevereiro a julho, enquanto as estações de
Canguaretama e São José de Mipibu têm um excedente de água de 400 mm,
distribuído de abril a julho;
A distribuição dos tipos de clima na extensão do território norte-rio-grandense está
representada na figura 3:
32

Fonte: Adaptado Mapa de Microrregiões do Anuário Estatístico 2008 (IDEMA).


Figura 3 - Mapa do clima do Estado do Rio Grande do Norte.
Como é possível identificar na figura 3 o município de Macaíba está situado no clima
sub-úmido, com uma pequena faixa de território no clima semi-úmido. Segundo o
IDEMA (2005), o município é caracterizado por clima tropical chuvoso com verão seco
e estação chuvosa adiantando-se para o outono. O período chuvoso característico
ocorre de março a julho e a umidade relativa média anual: 76 %. A precipitação
pluviométrica anual normal é 1058,1 mm, a observada é 1.433,0 mm, com um desvio
de 374,9 mm. A temperatura média anual máxima é 32,0 °C, a média 27 °C, e a
mínima 21,0 °C. As horas de insolação presentes na região atingem o valor de 2.700
horas.

2.4. FORMAÇÃO VEGETAL


O IDEMA (2005) caracteriza a formação vegetal do município de Macaíba como
sendo:
 Floresta Subcaducifólia - vegetação que se caracteriza pela queda das folhas
das árvores durante o período seco; 33

 Manguezal - sistema ecológico costeiro tropical dominado por espécies


vegetais - mangues e animais típicos, aos quais se associam outras plantas e
animais, adaptadas a um solo periodicamente inundado pelas marés, com
grande variação de salinidade;
 Ecossistema Protegido – Manguezal.
A figura 4 apresenta o mapa de vegetação do município.
Fonte: Software livre I3Geo, Interface Integrada para Internet de Ferramentas de
Geoprocessamento.
Figura 4 - Mapa de Vegetação do município de Macaíba.

34
2.5. ATRIBUTOS GEOLÓGICOS E GEOMORFOLÓGICOS

2.5.1. Geologia
Segundo o IDEMA (2005), geologicamente o município abrange terrenos pertencentes
ao Embasamento Cristalino e ao Grupo Barreiras. O Embasamento Cristalino, de
Idade Pré-Cambriana Média (1.100 - 2.500 milhões de anos), situa-se a oeste da faixa
de contato entre as unidades e é caracterizado por migmatitos, gnaisses, xistos,
anfibolitos, granitos. O grupo Barreiras, de Idade Terciária (7 milhões de anos), situa-
se a leste e é caracterizado por areias, arenitos, conglomerados, siltitos. Localmente,
estão presentes coberturas Colúvio-eluviais recentes, que formam solos arenosos
inconsolidados, altamente lixiviados e de boa drenagem. Nos leitos dos principais rios,
estão aluviões compostos por sedimentos elásticos de origem terrígena. A figura 5
demonstra as ocorrências minerais e formações geológicas presentes no município de
Macaíba.
Fonte: Software livre I3Geo, Interface Integrada para Internet de Ferramentas de
Geoprocessamento.
Figura 5 - Formações Geológicas do município de Macaíba.

35
 Ocorrências Minerais não Metálicos
Argila para cerâmica vermelha - também denominada cerâmica estrutural,
compreende a parte da cerâmica que engloba todos os produtos que apresentam cor
vermelha após a queima a 950ºC. Estes produtos são utilizados, em sua maioria, na
construção civil, como tijolos, telhas, blocos, lajes, lajotas e outros artefatos.
Ocorrências na parte drenada pelo rio Potengi, constituídos por aluviões recentes, com
espessura entre um e três metros.
Calcário - inúmeras são as aplicações das rochas carbonáticas, representando uma
das mais importantes matérias primas que a natureza proporciona, face à diversidade
de aplicações na indústria, sendo empregadas como matéria-prima essencial para
manufatura de cimento portland, na fabricação de cal, como corretivo de solos, como
pedra britada, como fundente em metalurgia, na indústria química e farmacêutica, na
complementação de ração animal, como pedras ornamentais, dentre outras.
Caulim - de origem secundária, formado a partir da alteração de granodioritos
regionais, trata-se de um banco de caulim arenoso, com espessura superior a cinco
metros e extensão aflorante de 150 metros, intercalado nos sedimentos do Grupo
Barreiras. Os principais usos industriais são para cerâmica branca, papel, borracha,
tintas, plásticos, tecidos, inseticidas, fertilizantes, adesivos, esmaltes, vidros especiais,
medicamentos, química e couros, dentre outros. Os fatores que controlam os usos
industriais do caulim são principalmente grau de pureza, alvura, poder de reflexão
luminosa e a granulometria.
Diatomito - industrialmente, possui uma extensa e variada aplicação, as principais são
como agente filtrante, isolante, de carga industrial ou enchimento, de suporte
absorvente e abrasivo, dentre outros, abrangendo as indústrias químicas, isolantes,
bebidas, produtos alimentícios, materiais plásticos, farmacêutica perfumaria, borracha,
papel e papelão. Ocorrências localizadas na maioria das vezes em lagoas de água
doce destacando-se a lagoa Tapera com uma espessura de 1,5 metros e em menor
proporção a lagoa Grande.

 Recursos Minerais Associados


Complexo Gnáissico-Migmatítico - rocha ornamental especialmente migmatitos
utilizado em piso e revestimento; brita e rocha dimensionada utilizada para construção
civil. 36

Paleocascalheiras e Grupo Barreiras - cascalho, material utilizados para construção


civil; seixos e calhaus de calcedónia, utilizada em artesanato mineral e em moinhos de
bolas, água mineral, utilizada para o consumo humano.

2.5.2. Geomorfologia
Geomorfologicamente no município, segundo o IDEMA (2005), predominam formas
tabulares de relevos, de topo plano, com diferentes ordens de grandeza e de
aprofundamento de drenagem, separados geralmente por vales de fundo plano. A
altitude do relevo é menor que 100 metros.
O município está situado sobre as Planícies Fluviais, os Tabuleiros Costeiros e a
Depressão Sub-litorânea, como observado na figura 6. As Planícies Fluviais são
caracterizadas por terrenos baixos e planos situados nas margens dos rios. Também
denominados de vales. Os Tabuleiros Costeiros por relevos planos de baixa altitude,
também denominados planaltos rebaixados, formados basicamente por argilas (barro).
E a Depressão Sub-litorânea por terrenos rebaixados, localizados entre duas formas
de relevo de maior altitude. Ocorre entre os Tabuleiros Costeiros e o Planalto da
Borborema.
37
Fonte: Adaptado Mapa de Microrregiões do Anuário Estatístico 2008 (IDEMA).
Figura 6 - Mapa de Relevo do Estado do Rio Grande do Norte.

2.6. PEDOLOGIA
No município de Macaíba há predominância dos solos do tipo Podzólico Vermelho
Amarelo e Latossolo Vermelho Amarelo e pequenas manchas de Planossolo, Solos
Indiscriminados de Mangue e Areia Quartzosas. (figura 7). Segundo o relatório do
IDEMA (2005), intitulado como perfil do município, os solos do tipo Podzólico
Vermelho Amarelo Abrúptico Plinthico possuem fertilidade natural baixa, textura
média, relevo plano, moderada a imperfeitamente drenados, profundos. Os solos do
tipo Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico possuem fertilidade natural baixa, textura
média, relevo plano, fortemente drenado, muito profundos e muito porosos.
Esses solos são utilizados com fruticultura (manga, banana, jaca, abacate), além de
culturas de mandioca, sisal, milho, feijão e pastagens. Recomenda-se adubações
parceladas e irrigação no período seco. As limitações ao uso agrícola estão
relacionadas à baixa fertilidade natural e a falta d’água, decorrente do longo período
de estiagem.
38

Fonte: EMBRABA, 1971.


Figura 7 - Mapa de solos do município de Macaíba.

No município, de forma geral, o solo possui aptidão regular para lavouras, aptas para
dois cultivos por ano, aptas para culturas especiais de ciclo longo, tais como: algodão
arbóreo, sisal, caju e coco. Pequenas faixas de terra, ao norte, com aptidão regular
para pastagem plantada.
Para os serviços agrícolas, são usados sistema de manejo baixo, médio e alto nível
tecnológico, sendo utilizados tanto o trabalho braçal e a tração animal, com
implementos agrícolas simples com a motomecanização.

2.7. HIDROLOGIA E HIDROGEOLOGIA

2.7.1. Hidrologia
Segundo a SEMARH (1998) o estado do Rio Grande do Norte é subdividido em 16
bacias hidrográficas (figura 8). O município de Macaíba encontra-se com 71,95% do
seu território inserido na Bacia Hidrográfica do rio Potengi e 26% na Bacia Hidrográfica
do rio Pirangi.

39

Fonte: SEMARH, 1998.


Figura 8 - Mapa das Bacias Hidrográficas do Estado do Rio Grande do Norte.

Segundo o Plano Estadual de Recursos hídricos (SEMARH, 1998), a Bacia do Potengi


ocupa uma superfície de 4.093 km2, correspondendo a cerca de 7,7% do território
estadual. Na mesma foram cadastrados 245 açudes, totalizando um volume de
acumulação de 109.986.000 m3 de água. Isto corresponde, respectivamente, a 10,9%
e 2,5% dos totais de açudes e volumes acumulados do Estado. A Bacia do rio Pirangi
ocupa uma superfície de 458,9 km2, correspondendo a cerca de 0,9% do território
estadual. Na mesma não existem açudes de maior importância.
Segundo o Serviço Geológico do Brasil – CPRM, em seu Projeto Cadastro de Fontes
de Abastecimento por Água Subterrânea - Macaíba, de 2005, o município de Macaíba
tem como principais tributários os rios Jundiá, Grande e Japecanga, além dos riachos:
Lamarão, Água Vermelha, Taborda, do Mel e do Sangue. O padrão de drenagem é o
dendrítico e os cursos d’ água têm regime intermitente. Os principais corpos de
acumulação são: as lagoas dos Cavalos, Seca, Santo Antônio, Tapará, do Papagaio,
Grande e do Sítio; e os açudes: Bêbado, Cana Brava, Jambeiro e Tabajara. No
município, ainda, encontra-se construída uma barragem de contenção de cheias, a
Barragem de Tabatinga, com capacidade de acumulação em torno de 90.000.000 m3.
O município de Macaíba não possui disponibilidade de águas superficiais que atenda
ao abastecimento do município. A zona urbana do município é abastecida através de
poços tubulares (manancial subterrâneo). A Fundação Instituto de Desenvolvimento do
RN (IDEC, 1993) realizou um inventário dos espelhos d’água superficiais do estado do
Rio Grande do Norte, no qual foram levantados 11 açudes pertencentes a Bacia do
Potengi, com capacidade de acumulação superior a cem mil metros cúbicos,
localizados no município de Macaíba. Desses açudes, 8 são particulares e possuem
capacidade de acumulação acima de 100.000 m3. A tabela 1 apresenta as 40

características dos principais açudes. O IDEC não apresentou dados de açude com
capacidade de acumulação superior a 100.000 m 3 na Bacia do rio Pirangi.

Tabela 1 - Açudes com capacidade de acumulação superior a 100.000 m³.


Açude Localização Rio/Riacho Capacidade Ano de
Lat. Lon. Barrado (m3) Conclusão
Açudes Públicos
Rchs. Lagoa
Bêbado 5º53’25” 35º21’35”
Grande e 108.000 1916
Urubu
Cana Brava 5º58’55” 35º24’15” - 100.000 -
Jambeiro 5º52’00” 35º20’20” - 100.000 -
Açudes Particulares (capacidade de acumulação superior a 500.000m3)
Tabajara Sítio Tabajara - 630.000 -
Fonte: IDEC, 1993.

2.7.2. Hidrogeologia
Segundo o IDEMA (2005), o município de Macaíba apresenta três tipos de aqüíferos: o
Barreiras, o Aluvião e o Cristalino.
O Aqüífero Barreiras apresenta-se confinado, semiconfinado e livre em algumas áreas.
Os poços construídos mostram capacidades máximas de vazão, variando entre 5 a
100 m³ / h, com águas de excelente qualidade química, com baixos teores de sódio,
podendo ser utilizada praticamente para todos os fins. O Aqüífero Aluvião apresenta-
se disperso, sendo constituído pelos sedimentos geralmente arenosos depositados
nos leitos e terraços dos rios e riachos de maior porte. Estes depósitos caracterizam-
se pela alta permeabilidade, boas condições de realimentação e uma profundidade
média em torno de 7 metros. A qualidade da água geralmente é boa e pouco
explorada. E o Aqüífero Cristalino engloba todas as rochas cristalinas, onde o
armazenamento de águas subterrâneas somente se torna possível quando a geologia
local apresenta fraturas associadas a uma cobertura de solos residuais significativa.
Os poços perfurados apresentam uma vazão média baixa de 3,05 m³/h e uma
profundidade de até 60 m, com água comumente apresentando alto teor salino de 480
a 1.400 mg/l com restrições para o consumo humano e uso agrícola.
Segundo o CPRM (2005), o levantamento realizado no município registrou a existência 41

de 161 pontos d’ água, sendo todos poços tubulares. Com relação à propriedade dos
terrenos, existem 59 pontos d’ água em terrenos públicos, 102 em terrenos
particulares. Em relação ao uso da água, 28% dos pontos cadastrados são destinados
ao uso doméstico primário (água de consumo humano para beber), 30% são utilizados
para o consumo doméstico secundário (água de consumo humano para uso geral), 9%
para a agricultura, 12% para dessedentação animal e 21% para outros usos.

3. PERFIL MUNICIPAL

3.1. POPULAÇÃO
Segundo o Banco de Dados do Sistema Único de Saúde - DATASUS, em seu
Caderno de Informações de Saúde do Município de Macaíba, a população estimada
do município, para o ano de 2009, é de 66.384 habitantes, os quais estão distribuídos
conforme a tabela 2. Portanto a população do município representa 2,12% da
população do Estado, e 0,035% da população do País.
Tabela 2 - População Residente por Faixa Etária e Sexo.
Faixa Etária Masculino Feminino Total
Menor 1 669 646 1.315
1a4 2.587 2.539 5.126
5a9 3.136 3.151 6.287
10 a 14 3.093 3.122 6.215
15 a 19 3.299 3.317 6.616
20 a 29 6.292 6.341 12.633
30 a 39 5.014 5.050 10.064
40 a 49 3.920 3.904 7.824
50 a 59 2.172 2.331 4.503
60 a 69 1.457 1.657 3.114
70 a 79 779 978 1.757
80 e + 418 512 930
Ignorada - - -
Total 32.836 33.548 66.384
Fonte: DATASUS, 2009.

De acordo com o Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento – PNUD, em 42


seu Atlas de Desenvolvimento Humano para o Brasil, a razão de dependência no
município é de 66,2%, sendo, portanto próxima a do Estado que é de 61,3%.
Através dos indicadores apresentados na tabela 3, nota-se que a cidade de Macaíba
ainda apresenta uma taxa de crescimento anual alta se comparada a do Estado e do
País.

Tabela 3 - Indicadores Demográficos.


Indicadores Macaíba Rio Grd. do Norte Brasil
Taxa de crescimento anual
1,6 1,0 0,8
estimada (%) (2006-2009)
Mulheres em idade fértil (10-49
21.734 1.021.861 61.417.666
anos), 2009
Proporção da pop. feminina em
64,8 63,8 63,0
idade fértil, 2009 (%)
Fonte: DATASUS, 2009.

A tabela 4 apresenta a população, em 2000, por situação de domicílio. Percebe-se que


a população rural é bem inferior a população urbana e a taxa de urbanização do
município de Macaíba apresenta-se inferior a do Estado.
Tabela 4 - População por situação de domicílio.
Indicador Macaíba Rio Grande do Norte
População total (habitantes) 43.450 2.776.782
Urbana (habitantes) 29.019 2.036.673
Rural (habitantes) 14.431 740.109
Taxa de urbanização (%) 66,79 73,35
Fonte: PNUD, 2000.

O Índice de desenvolvimento Humano – IDH – é um índice criado para oferecer um


contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita,
que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. O IDH pretende
ser uma medida geral, sintética, do desenvolvimento humano. O mesmo se dá através
da média aritmética simples de três subíndices, referentes às dimensões longevidade,
educação e renda. Para aferir a longevidade, o indicador utiliza números de
expectativa de vida ao nascer. O item educação é avaliado pelo índice de
analfabetismo e pela taxa de matrícula em todos os níveis de ensino. A renda é
43
mensurada pelo PIB per capita, em dólar PPC (paridade do poder de compra, que
elimina as diferenças de custo de vida entre os países). Essas três dimensões têm a
mesma importância no índice, que varia de zero (pior situação) a um (melhor
situação). A tabela 5 apresenta o IDH do município de Macaíba e do Estado do Rio
Grande do Norte, para no ano de 2000.

Tabela 5 - IDH do município de Macaíba e do Estado do Rio Grande do Norte.


Indicadores Macaíba Rio Grd. do Norte
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano 0,665 0,705
IDH - Educação 0,736 0,779
IDH - Longevidade 0,694 0,700
IDH - Renda 0,566 0,636
Fonte: PNUD, 2000.

Nota-se que o principal subíndice que proporcionam a redução do IDH está ligado a
renda. A classificação do PNUD, o município está entre as regiões consideradas de
médio desenvolvimento humano (IDH entre 0,5 e 0,8). Em relação aos outros
municípios do Estado, Macaíba apresenta uma situação boa, pois ocupa a 33ª
posição, sendo que 32 municípios (19,3%) estão em situação melhor e 133 municípios
(80,7%) estão em situação pior ou igual.
3.2. ESTATÍSTICAS VITAIS E SAÚDE
Segundo o DATASUS (2009), o município de Macaíba apresenta um total de 367
profissionais (tabela 6) alocados em 42 estabelecimentos de saúde, sendo 36
públicos, 1 filantrópico e 5 privados. Esses estabelecimentos totalizam 37 leitos e
todos estão disponíveis para o Sistema Único de saúde - SUS. A tabela 7 apresenta
uma comparação entre a quantidade de leitos de internação por mil habitantes, o
número de internações por cem habitantes e o valor médio gasto por habitante que o
utiliza o sistema de saúde no município, estado e país.

Tabela 6 - Recursos Humanos segundo categoria selecionada.


Categoria Total Atende ao SUS
Médicos 107 95
.. Anestesista 4 4
.. Cirurgião Geral 2 1
.. Clínico Geral 14 14
.. Gineco Obstetra 16 15
.. Médico de Família 21 21 44
.. Pediatra 10 10
.. Psiquiatra 5 5
.. Radiologista 6 4
Cirurgião dentista 38 38
Enfermeiro 39 39
Fisioterapeuta 6 5
Fonoaudiólogo 1 1
Nutricionista 3 3
Farmacêutico 14 12
Assistente social 8 8
Psicólogo 7 7
Auxiliar de Enfermagem 54 53
Técnico de Enfermagem 12 12
Fonte: DATASUS, 2009.

Tabela 7 - Leitos de internação por 1.000 habitantes.


Rio Grande
Leitos Macaíba Brasil
do Norte
Leitos existentes por 1.000 habitantes: 0,6 2,5 2,4
Leitos SUS por 1.000 habitantes 0,6 2,2 1,8
o
N de internações/100 hab (local de internação) 1,5 5,3 5,8
o
N de internações/100 hab (local de residência) 4,5 5,3 5,8
Valor médio por habitante (R$) 6,89 46,48 52,81
Fonte: DATASUS, 2009.
A tabela acima apresenta a carência de leitos no município, sendo o número de leitos
por mil habitantes do município muito inferior ao apresentado no estado e no país. O
número de internações por cem habitantes, no município em questão, é inferior ao
apresentado no estado e no país, o mesmo ocorre com o valor médio gasto por
habitante. A tabela 8 indica a porcentagem da população coberta por programas de
atenção básica.

Tabela 8 - Indicadores de Atenção Básica.


% da população coberta pelo Rio Grande do
Macaíba Brasil
programa Norte
PACS 12,7 7,9 10,5
PSF 67,4 75,8 49,9
Outros - - 0,1
TOTAL 80,1 83,7 60,6
Fonte: DATASUS, 2009.

Com relação à cobertura do município pelo programas PACS (Programa de Agentes 45

Comunitários de Saúde) e PSF (Programa Saúde da Família) o mesmo encontra-se


em condições de atendimento inferior com relação à porcentagem de cobertura do
programa no Estado e superior em relação à do Brasil.
A tabela 9 apresenta os indicadores de natalidade do município, bem como uma
comparação com os do estado e país.

Tabela 9 - Indicadores de natalidade.


Rio Grande do
Indicador Macaíba Brasil
Norte
taxa bruta de natalidade (1) 14,7 15,9 15,4
% com prematuridade (1) 5,1 6,1 6,7
% partos cesáreos (1) 34,0 44,3 48,5
% mãe de 10-19 anos (1) 23,3 22,0 20,4
% mãe de 10-14 anos (1) 1,6 1,2 1,0
taxa de fecundidade total (2) 2,9 2,5 -
Esperança de vida ao nascer (2) 66,6 67,0 -
Fonte: (1) DATASUS, 2008; (2) PNUD, 2000.

Os dados da tabela 9 apresentam um índice de partos cesáreos e porcentagem de


nascidos prematuros inferior aos índices apresentados pelo estado e país. Os valores
apresentados pelos demais indicadores estão próximos aos apresentados pelo estado
e país.
Na tabela 10 está apresentada a Cobertura Vacinal (%) por tipo de imunobiológico. A
campanha da vacina contra influenza atingiu 88,4% de cobertura, esse índice ainda
não é considerado como ideal. De modo geral o índice de cobertura das vacinas que
estão abaixo de 95% devem melhorar.

Tabela 10 - Cobertura Vacinal por tipo de imunobiológico.


Imunobiológicos Cobertura (%)
BCG (BCG) 58,3
Contra Febre Amarela (FA) -
Contra Haemophilus influenzae tipo b (Hib) -
Contra Hepatite B (HB) 102,9
Contra Influenza (Campanha) (INF) 88,4
Contra Sarampo -
Dupla Viral (SR) -
Oral Contra Poliomielite (VOP) 95,5
Oral Contra Poliomielite (Campanha 1ª etapa) (VOP) 125,0 46
Oral Contra Poliomielite (Campanha 2ª etapa) (VOP) 106,0
Oral de Rotavírus Humano (RR) 72,6
Tetravalente (DTP/Hib) (TETRA) 105,9
Tríplice Bacteriana (DTP) 0,3
Tríplice Viral (SCR) 99,5
Tríplice Viral (campanha) (SCR) -
Totais das vacinas contra tuberculose 58,3
Totais das vacinas contra hepatite B 102,9
Totais das vacinas contra poliomielite 95,5
Totais das vacinas Tetra + Penta + Hexavanlente 105,9
Totais das vacinas contra sarampo e rubéola 99,5
Totais das vacinas contra difteria e tétano 106,2
Fonte: DATASUS, 2009.

A Tabela 11 apresenta a situação das internações por grupo de causas e faixa etária.
As doenças que mais se destacam como motivos de internação são doenças do
aparelho respiratório (10,3%) e doenças relacionadas a gravidez e o período pós-parto
(36,4%).
Tabela 11 - Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas e Faixa
Etária - CID10.
Causas Menor 1a4 5a9 10 a 15 a 20 a 50 a 65 e 60 e Total
1 14 19 49 64 mais mais
I.Algumas doenças
infecciosas e 8,5 5,6 7,8 9,5 1,6 2,3 6,7 8,0 8,1 4,1
parasitárias
II.Neoplasias (tumores) 0,8 0,8 2,0 5,3 2,5 6,0 14,5 11,8 10,9 6,5
III. Doenças sangue
órgãos hemat e transt 0,8 - 1,0 - 0,3 0,3 1,4 1,6 1,5 0,6
imunitár
IV. Doenças endócrinas
nutricionais e 0,8 2,4 2,0 1,1 0,3 1,3 5,7 5,8 5,8 2,1
metabólicas
V. Transtornos mentais
- - - - 0,3 4,5 1,1 - - 2,5
e comportamentais
VI. Doenças do sistema
1,6 0,8 4,9 3,2 0,3 0,9 5,7 6,4 6,9 2,1
nervoso
VII. Doenças do olho e
- - - - - 0,2 - - - 0,1
anexos
VIII. Doenças do ouvido
- 1,6 - 1,1 - 0,1 - - - 0,2
e da apófise mastóide
IX. Doenças do
0,8 - - 2,1 0,9 3,5 20,8 17,6 18,5 5,9
aparelho circulatório
X. Doenças do aparelho
27,9 50,8 32,4 17,9 1,9 3,0 13,4 20,4 19,5 10,3
respiratório
XI. Doenças do 47
2,3 17,5 15,7 11,6 1,9 7,6 9,5 6,1 7,1 7,6
aparelho digestivo
XII. Doenças da pele e
3,1 4,8 5,9 2,1 0,3 1,1 6,7 1,9 2,0 2,1
do tecido subcutâneo
XIII. Doenças sist
osteomuscular e tec 1,6 - 1,0 2,1 - 1,6 0,7 0,3 0,3 1,1
conjuntivo
XIV. Doenças do
- 4,8 3,9 8,4 6,6 5,7 7,4 9,6 9,4 6,1
aparelho geniturinário
XV. Gravidez parto e
- - - 16,8 77,8 51,1 - - - 36,4
puerpério
XVI. Algumas afec
originadas no período 45,7 - - - - - - - - 2,0
perinatal
XVII. Malf cong
deformid e anomalias 2,3 7,1 8,8 5,3 0,9 0,3 0,4 0,3 0,3 1,2
cromossômicas
XVIII. Sint sinais e
achad anorm ex clín e 0,8 - - 2,1 - 0,4 0,4 0,6 0,8 0,4
laborat
XIX. Lesões enven e alg
out conseq causas 3,1 3,2 12,7 7,4 3,8 8,2 3,9 8,0 7,4 7,0
externas
XX. Causas externas de
morbidade e - - - - - - - - - -
mortalidade
XXI. Contatos com
- 0,8 2,0 4,2 0,6 1,9 1,8 1,6 1,5 1,7
serviços de saúde
CID 10ª Revisão não
disponível ou não - - - - - - - - - -
preenchido
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: DATASUS, 2009.
Na tabela 12 a mortalidade por grupo de causa e faixa etária. Na tabela 13 são
apresentados indicadores epidemiológicos de mortalidade.

Tabela 12 - Mortalidade Proporcional (%) por Faixa Etária Segundo Grupo de


Causas - CID10.
Grupo de Causas Menor 1a4 5a9 10 a 15 a 20 a 50 a 65 e 60 e Total
1 14 19 49 64 mais mais
I. Algumas doenças
20,0 25,0 - - - 9,5 6,4 1,5 1,4 5,0
infecciosas e parasitárias
II. Neoplasias (tumores) - - - 60,0 20,0 7,9 36,2 23,4 25,0 21,0
IX. Doenças do aparelho
- - - - - 9,5 31,9 38,7 37,2 26,3
circulatório
X. Doenças do aparelho
- - - - - 3,2 6,4 13,1 12,8 8,2
respiratório
XVI. Algumas afec originadas
50,0 - - - - - - - - 1,8
no período perinatal
XX. Causas externas de
- 50,0 40,0 40,0 70,0 58,7 4,3 0,7 1,4 18,9
morbidade e mortalidade
Demais causas definidas 30,0 25,0 60,0 - 10,0 11,1 14,9 22,6 22,3 18,9
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: DATASUS, 2008.
48
As principais causas doenças no município são devidas a do aparelho circulatório e
neoplasias. A principal causa da mortalidade infantil é devido a doenças originadas no
período perinatal (período de 22 semanas completas após o nascimento) e doenças
infecciosas e parasitárias. Nas pessoas acima de 65 anos, a principal causa de morte
são devidas a doenças no aparelho circulatório.

Tabela 13 - Indicadores mortalidade.


Rio Grande do
Indicador Macaíba Brasil
Norte
Número de óbitos por 1000 habitantes 4,5 4,9 5,6
% de óbitos infantis no total de óbitos 3,4 4,8 4,1
Mortalidade infantil por 1.000
10,4 14,5 15,0
nascidos-vivos
Fonte: DATASUS, 2008.

Ao comparar os indicadores de mortalidade do município de Macaíba com os do Rio


Grande do Norte e Brasil, nota-se que os mesmos estão abaixo do que os
apresentados no estado e no país.
3.3. EDUCAÇÃO
Segundo informações do IDEMA (2005) o município de Macaíba possui uma taxa de
alfabetização de 71,60%. A tabela 14 apresenta uma comparação entre os níveis
educacionais da população jovem e adulta do município em questão e do Estado do
Rio Grande do Norte.

Tabela 14 - Nível Educacional da população jovem e adulta.


Nível Educacional da população jovem (7 a 24 anos)
Índice Macaíba Rio Grande do Norte
taxa de analfabetismo (7 a 14
20,1 20,6
anos)
taxa de analfabetismo (15 a
7,9 7,3
17 anos)
% freqüentando escola (7 a
95,1 94,8
14 anos)
% freqüentando escola (15 a
75,3 78,5
17 anos)
Nível Educacional da população adulta (25 anos ou mais)
49
Índice Macaíba Rio Grande do Norte
taxa de analfabetismo 34,0 29,8
média de anos de estudo 4,1 5,0
Fonte: PNUD, 2000.

A taxa de analfabetismo da população adulta, 25 anos ou mais, bem como a média de


anos de estudo dessa população, registrada pelo PNDU, em 2000, mostra que o
município não se encontra numa situação muito boa com relação a educação e, além
disso, o mesmo encontra-se em situação pior que a do Estado. Ao analisar a taxa de
analfabetismo da população jovem o município, a mesma encontra-se numa situação
próxima a da apresentada pelo estado. Percebe-se, também, uma evasão escolar da
população jovem à medida que a mesma vai envelhecendo.
A distribuição das pessoas matriculadas e o de docentes por tipo de ensino e
dependência administrativa estão apresentados nas tabelas 15 e 16.
Tabela 15 - Número de Matrículas por dependência administrativa e tipo de
ensino.
Pública Pública Pública
Tipo de Ensino Privada TOTAL
Municipal Estadual Federal
Pré-escola (1) 1.796 0 0 373 2.168
Ensino Fundamental (1) 7.261 3.883 0 1.430 12.574
Ensino Médio (1) 0 2.337 254 160 2.751
Ensino Superior (2) - - - - -
Fontes: (1) Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais -
INEP - Censo Educacional 2008; (2) Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais - INEP - Censo da Educação Superior 2007.

Tabela 16 - Número de Docentes por dependência administrativa e tipo de


ensino.
Pública Pública Pública
Tipo de Ensino Privada TOTAL
Municipal Estadual Federal
Pré-escola (1) 87 0 0 32 119
Ensino Fundamental (1) 347 146 0 105 598 50
Ensino Médio (1) 0 106 33 24 163
Ensino Superior (2) - - - - -
Fontes: (1) Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais -
INEP - Censo Educacional 2008; (2) Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais - INEP - Censo da Educação Superior 2007.

Segundo o IDEMA (2005), o município possui 78 escolas, sendo1 escola federal, 18


escolas estaduais, 47 municipais e 12 particulares. Na figura 17 é apresentado o
número de estabelecimentos de ensino por dependência administrativa e tipo de
ensino.

Tabela 17 - Número de estabelecimentos de ensino por dependência


administrativa e tipo de ensino.
Pública Pública Pública
Tipo de Ensino Privada TOTAL
Municipal Estadual Federal
Pré-escola (1) 34 0 0 15 49
Ensino Fundamental (1) 39 15 0 14 68
Ensino Médio (1) 0 2 1 2 5
Ensino Superior (2) - - - - -
Fontes: (1) Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais -
INEP - Censo Educacional 2008; (2) Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais - INEP - Censo da Educação Superior 2007.

3.4. HABITAÇÃO E INFRA-ESTRUTURA URBANA

3.4.1. Transporte
Segundo o IDEMA (2005) o município existe uma estação rodoviária e o mesmo é
atendido por uma empresa de transporte coletivo urbano, com 17 veículos em
operação, e uma empresa de transporte coletivo rural, com 2 veículos em operação.
Na tabela 18 é apresentada, com base em dados do IBGE (2000), a quantidade de
veículos registrados por tipo de veículos.

Tabela 18 - Veículos Registrados por tipo de Veículos.


Tipo de veículo Quantidade 51
Automóveis 3.626
Motocicletas 3.660
Ônibus 49
Micro-ônibus 49
Caminhonete 522
Caminhão 558
Caminhão Trator 55
Outros 172
Total 8.691
Fonte: IBGE, 2000.

3.4.2. Setor de Comunicação


Segundo o IDEMA (2005) o município possui uma agência de correios; 15 emissoras
de rádio, sendo 5 AM e 10 FM; 5 jornais em circulação; 8 sinais de recepção de TV; e,
é atendido por uma telefonia fixa (Telemar Norte Leste S.A.) e móvel (Oi, Claro, TIM,
Vivo).

3.4.3. Comércio e Serviços


Segundo IDEMA (2005), o município possui 2 agências bancárias públicas; 1.300
estabelecimentos comerciais, sendo 1 atacadista e 1.299 varejista; e diversos
estabelecimentos de serviços públicos, como apresentados na tabela 19.
Tabela 19 - Estabelecimentos de Serviços Públicos.
Estabelecimento Quantidade
Mercados Públicos 02
Feiras Livres 01
Supermercados 03
Restaurantes 10
Farmácias/Drogarias e/ou Postos de Medicamentos 09
Cartórios 03
Delegacias de polícia 01
Fonte: IDEMA, 2005.

Além disso, existem duas pousadas no município, que disponibilizam 46 leitos.


Com relação ao pessoal lotado no serviço de segurança pública, o município possui
um quadro com 164 policiais militares, 16 policiais civis e 09 guardas de trânsito.
Na tabela 20 é apresentada a quantidade de estabelecimentos que proporcionam
cultura e lazer aos habitantes do município.

52
Tabela 20 - Estabelecimentos que proporcionam cultura e lazer.
Estabelecimento Quantidade
Museus 02
Bibliotecas 01
Clubes Sociais 06
Estádios e/ou Campos de Futebol 01
Quadras de Esportes 01
Fonte: IDEMA, 2005.

3.4.4. Setor Elétrico


O fornecimento de energia elétrica ao município é efetuado pela Companhia
Energética do Rio Grande do Norte – COSERN, a qual atendia, em 2003, segundo
IDEMA (2005), 13.884 ligações, totalizando um consumo energético de 54.325kw,
conforme tabela 21. Percebe-se que o setor industrial é responsável por a maior parte
da energia consumida no município, em torno de 50,27%.
Tabela 21 - Consumo e número de ligações de energia elétrica por classe.
Classe Consumo (kw) N.º de Ligações
Residencial 11.410 12.075
Comercial 4.197 750
Industrial 27.311 87
Rural 6.491 788
Outros 4.916 184
Total 54.325 13.884
Fonte: IDEMA, 2005.

Segundo o PNUD, em 2000, 96,6% da população tinha acesso à energia elétrica em


suas residências, enquanto que no estado esse percentual é um pouco inferior, 94,3%.

3.4.5. Saneamento Básico


Segundo a Lei Federal no 11.445 de 05 de janeiro de 2007 o saneamento básico
compreende o abastecimento de água, o esgotamento sanitário, a limpeza pública e
manejo dos resíduos sólidos e a drenagem e manejo de águas pluviais urbanas. 53

3.4.5.1. Abastecimento de Água


O sistema de abastecimento e distribuição de água implantado na sede municipal é
operado pela Companhia de Águas e Esgoto do Rio Grande do Norte – CAERN,
contando com 9.921 ligações ativas, sendo 95,17% residencial, 1,68% comercial,
0,24% industrial, 1,48% pública e 1,43% rural, segundo SINP (2010). A tabela 22
apresenta a proporção de moradores por tipo de abastecimento de água, segundo o
DATASUS.

Tabela 22 - Proporção de moradores por tipo de abastecimento de água.


Tipo Abastecimento Água % moradores
Rede geral 77,4
Poço ou nascente (na
12,1
propriedade)
Outra forma 10,5
Fonte: DATASUS, 2000.

Segundo dados do PNUD (2000), com relação à proporção da população que possui
acesso ao serviço de abastecimento de água, o município encontra-se numa situação
critica de abastecimento de água (57,7%), sendo pior até que a situação que o estado
(67,7%). Atualmente, o índice de abastecimento de água na área urbana é 95% e na
área rural é 19,71%, segunda dados da Assessoria de Gestão Empresarial (AGT) da
CAERN.

3.4.5.2. Esgotamento Sanitário


O sistema de coleta de esgotos do município está sendo implantado na sede municipal
pela Companhia de Águas e Esgoto do Rio Grande do Norte – CAERN e pretende
cobrir 90% da zona urbana do município. Atualmente, o município conta com 3% de
coleta e tratamento na área urbana.
Porém, existe um projeto do Governo do Estado do Rio Grande do Norte – Secretaria
de Transportes e Obras Públicas (STOP) em parceria com a CAERN, de Estudos de
Concepção Básica e Projeto Básico e Executivo para o Sistema de Coleta e
Tratamento de Esgotos da área urbana do município de Macaíba, elaborado no ano de
2001 pela empresa HIDROSERVICE Engenharia Ltda. As obras do projeto estão em 54

andamento, porém o sistema de esgotamento sanitário ainda não está em


funcionamento.
A tabela 23 apresenta a proporção de moradores por tipo de instalação sanitária,
segundo o DATASUS.

Tabela 23 - Proporção de moradores por tipo de instalação sanitária.


Instalação Sanitária % moradores
Rede geral de esgoto ou pluvial 3,3
Fossa séptica 9,0
Fossa rudimentar 77,8
Vala 1,8
Rio, lago ou mar 0,3
Outro escoadouro 0,7
Não sabe o tipo de escoadouro -
Não tem instalação sanitária 7,1
Fonte: DATASUS, 2000.

3.4.5.3. Limpeza Pública


Segundo o IDEMA (2005), a coleta dos resíduos sólidos na zona urbana do município
de Macaíba é do tipo convencional e o destino final dos mesmos é o lixão. A tabela 24
apresenta a proporção de moradores por tipo de destino de lixo, segundo o
DATASUS.

Tabela 24 - Proporção de moradores por tipo de destino de lixo.


Coleta de lixo % moradores
Coletado 60,1
Queimado (na propriedade) 28,4
Enterrado (na propriedade) 5,1
Jogado 6,0
Outro destino 0,4
Fonte: DATASUS, 2000.

Segundo dados do PNUD (2000), com relação à proporção da população, residente


em domicílios urbanos, que possui acesso à coleta de lixo, o município (88,8%)
encontra-se numa situação inferior a cobertura do estado (92,1%).

3.4.6. Habitação 55

A tabela 25 apresenta uma comparação entre o acesso aos bens de consumo da


população de Macaíba com a População do Rio Grande do Norte.

Tabela 25 - Acesso a bens de consumo.


Bens de consumo Macaíba Rio Grande do Norte
Geladeira 70,7 72,5
Televisão 87,4 84,8
Telefone 8,6 23,5
Microcomputador 1,4 5,3
Fonte: PNUD, 2000.

Ao analisar o acesso aos bens de consumo apresentados na tabela acima, percebe-se


que a porcentagem de acesso a geladeira e a televisão, para o município, estão bem
próximas dos valores apresentados pelo Estado, porém a porcentagem de acesso a
telefone e microcomputador é inferior. Nota-se que a porcentagem de acesso a
televisão é superior ao acesso a geladeira.
3.5. RENDA
No tocante à distribuição de renda (tabela 26), os dados do Censo Demográfico de
2000 do IBGE, confirmam que 26,33% da população acima de 10 anos residente na
cidade de Macaíba recebem uma renda mensal inferior a um salário mínimo. Esta
porcentagem se torna ainda mais critica se levarmos em conta a população sem
rendimento, aumentando assim para 76,76%, o que comprova o baixo padrão de vida
da população residente no município. Nota-se que a distribuição da renda do
município de Macaíba é próxima, em termos percentuais, da distribuição de renda do
estado do Rio Grande do Norte.

Tabela 26 - Distribuição percentual da renda mensal da população maior de 10


anos de idade.
Salário Macaíba Rio Grande do Norte
até 1 salário mínimo 26,33 25,07
mais de 1 a 2 salários mínimos 13,99 12,62
mais de 2 a 3 salários mínimos 3,29 4,31 56
mais de 3 a 5 salários mínimos 3,21 4,00
mais de 5 a 10 salários mínimos 1,90 3,27
mais de 10 a 20 salários mínimos 0,64 1,57
mais de 20 salários mínimos 0,20 0,83
sem rendimento 50,43 48,33
Homens com rendimento 59,91 55,95
Mulheres com rendimento 40,09 44,05
Fonte: IBGE, 2000.

Apesar da população feminina, maior de 10 anos de idade, ser superior a população


masculina (tabela 2), a porcentagem de homens empregados é bem maior que a de
mulheres (tabela 26).
A tabela 27 apresenta uma comparação entre os indicadores de renda, pobreza e
desigualdade do município de Macaíba e o estado do Rio Grande do Norte.

Tabela 27 - Indicadores de renda, pobreza e desigualdade.


Indicador Macaíba Rio Grande do Norte
Renda per capita Média (R$ 1,00) 115,80 176,20
Proporção de Pobres (%) 56,6 50,6
Índice de Gini 0,57 0,66
Fonte: PNUD, 2000.
Analisando os valores da renda per capita, percebe-se que a renda do município é
bem inferior da média do estado, e do salário mínimo vigente da época (R$ 151,00).
A pobreza, medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior
a meio salário mínimo (R$ 75,50 em agosto de 2000) medida no município é superior
a do estado.
O Índice de Gini mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos
segundo a renda domiciliar per capita. Seu valor varia de 0, quando não há
desigualdade (a renda de todos os indivíduos tem o mesmo valor), a 1, quando a
desigualdade é máxima (apenas um indivíduo detém toda a renda da sociedade e a
renda de todos os outros indivíduos é nula). Percebe-se então que o grau de
concentração da renda fornecido pelo índice para o município de Macaíba (0,57) é
inferior com relação ao do estado (0,66) denotando assim uma menor concentração de
renda que o mesmo, porém, ainda considerada elevada.

3.6. ECONOMIA 57

Atualmente, o setor terciário (comércio e serviços) da economia é o mais expressivo


no município de Macaíba, tendo contribuído com 54,0% para formação do Produto
Interno Bruto (PIB), seguido pelo setor industrial, que contribui com 41,4% para
formação do PIB, de acordo com a tabela 28. As atividades agropecuárias apresentam
uma pequena participação na formação do PIB, contribuindo com 4,6%.
O município possui um distrito industrial composto pelas seguintes empresas: SAMS,
Multi-dia, Indústria de Massas Weston, Toli, RC Cola, Pipoca Bokus, Coteminas,
Tempero Sadio, Plugetech Computadores, Rufitos, Água Mineral Cristalina, Águia
Piscinas.

Tabela 28 - Produto Interno Bruto do município de Macaíba.


PIB Valor
Valor adicionado bruto da agropecuária (R$ 1.000,00) 22.092
Valor adicionado bruto da indústria (R$ 1.000,00) 200.824
Valor adicionado bruto dos serviços (R$ 1.000,00) 261.604
Impostos sobre produtos líquidos de subsídios (R$ 1.000,00) 91.590
PIB a preços correntes (R$ 1.000,00) 576.110
PIB per capita (R$ 1,00) 9.096
Fonte: IBGE, 2007.
Na agricultura destaca-se a produção de mandioca, cana de açúcar, castanha de caju,
coco-da-baía e manga conforme tabela 29.

Tabela 29 - Área Colhida e Quantidade Produzida dos Principais Produtos


Agrícolas.
Produto Área Colhida (ha) Quantidade Produzida (t)
Abacaxi 15 375
Algodão herbáceo 32 26
Batata- doce 10 80
Cana-de-açúcar 60 3.600
Feijão 800 480
Mandioca 3.400 40.800
Milho 840 588
Banana 15 180
Castanha de caju 14.000 2.240
Coco-da-baía (1) 600 1.800
Laranja 60 510
Limão 3 36
Manga 140 1.400
Mamão 10 200 58
(1) 1000 frutos
Fonte: IDEMA, 2005.

A pecuária desenvolvida na região encontra-se centrada na bovinocultura de corte e


leite, aparecendo, ainda, a suinocultura, a ovinocaprinocultura e a criação de
galináceos, com produção de ovos. A tabela 30 e 31 apresenta os dados de rebanho e
produtos de origem animal.

Tabela 30 - Efetivo de Rebanho.


Espécie Quantidade
Bovinos 14.100
Suínos 4.051
Eqüinos 564
Asininos 85
Muares 86
Ovinos 3.565
Caprinos 510
Galinhas 93.640
Galos, frangas, frangos e pintos 181.100
Fonte: IBGE, 2008.
Tabela 31 - Produtos de Origem Animal.
Produto Produção
Leite (1.000 l) 4.655
Ovos de Galinha (1.000 dz) 655
Mel de Abelha (kg) 360
Fonte: IBGE, 2008.

4. INSTRUMENTOS ORDENADORES DE GESTÃO

A estrutura organizacional da prefeitura do município de Macaíba está apresentada na


figura abaixo:

ADMINISTRAÇÃO DIRETA

59
ÓRGÃOS

 Gabinete do Prefeito
 Procuradoria Jurídica Municipal
 Controladoria Geral do Município
 Secretaria Municipal de Administração e Finanças
 Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Controle
Interno
 Secretaria Municipal de Cultura e Turismo
 Secretaria Municipal de Esporte e Lazer
 Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo
 Secretaria Municipal de Saúde
 Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social
 Secretaria Municipal de Transito e Transporte
 Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Pesca
 Secretaria Municipal de Assuntos de Governo
 Secretaria de Desenvolvimento econômico
 Secretaria de Educação
 Secretaria de Infraestrutura
 Secretaria de Tributação

Fonte: Prefeitura Municipal de Macaíba.


Figura 9 - Estrutura Organizacional da Prefeitura.
Dentre os instrumentos ordenadores de Gestão presentes no município destacam-se:
 Lei Orgânica do Município de Macaíba-RN de 03 de abril de 1990.

60
DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DOS SISTEMAS DE
61
ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO
SANITÁRIO, E DE SEUS IMPACTOS NAS CONDIÇÕES
DE VIDA
5. CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA –
SÍNTESE DAS CONDIÇÕES ATUAIS

O município de Macaíba teve seu primeiro projeto de abastecimento de água no ano


de 1965, elaborado pelo escritório Saturnino de Brito e executado pelo DNOCS –
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, entre 1966 e 1967. A operação do
sistema foi iniciada no ano de 1967 pela antiga CAENE, tendo sido oficialmente
entregue à CAERN em agosto de 1970. O sistema de abastecimento de água da
cidade de Macaíba funciona em regime de captação subterrânea, feito inicialmente por
dois poços tubulares, perfurados na zona de Ferreiro Torto, situado a
aproximadamente 3,3Km do centro urbano da cidade.
Segundo a VBA Consultores (2004), no ano de 1986 a CAERN desenvolveu estudos
de adequação para o sistema existente, quanto ao atendimento às novas demandas
de crescimento populacional e implantação de um novo sistema produtor. Esse novo
sistema produtor foi denominado Granja Recreio, situado a 3Km a sudeste de Ferreiro 62

Torto, à margem da BR 304, passando a substituir a captação anterior.


A captação Granja Recreio contou inicialmente com 06 poços tubulares denominados:
PT-01, PT-02, PT-03, PT-04, PT-05 e PT-06, sendo o PT-03 e PT-06 substituídos por
novos poços, PT-03B e PT-06A, devido a problemas de obstrução e construção.
Posteriormente foram perfurados mais cinco poços (PT-07, PT-08, PT-09, PT-10 e PT-
11), que totalizaram onze unidades operantes, onde a captação era realizada através
de bombas submersas.
Em 1999, com o advento de implantação do Centro Industrial Avançado de Macaíba
(CIA), foi construída uma nova bateria de poços que passou a ser denominada
“Captação CIA”. Essa nova captação, localizada à margem esquerda da Rodovia BR
304, sentido Parnamirim–Macaíba, mais próxima do rio Pitimbu, apresentou
significativa contribuição para o incremento contínuo da demanda de água do centro
urbano de Macaíba com a perfuração de 09 poços tubulares, então como reserva
técnica, haja vista que essa nova bateria de poços visava o atendimento do
abastecimento de água do centro industrial.
Atualmente, o sistema de abastecimento de água da cidade de Macaíba é operado
pela CAERN – Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte e é composto
por 22 poços profundos perfurados, do PT-01 ao PT-22, estando em operação apenas
07 com a produção total de 421,20 m3/h. Os poços recalcam água para o poço de
sucção da Estação Elevatória Central (EE-1), localizada a margem da BR 304 na
Granja Recreio, a qual recalca para os dois reservatórios elevados (R1 e R2), através
de uma linha de recalque de diâmetro 300mm, em ferro fundido, até a bifurcação que
divide a adutora e a partir deste ponto partem duas linhas de DN 25mm cada.
Os poços que foram desativados apresentaram problemas operacionais ocasionados
por carreamento de areia nos filtros.
Os poços apresentam água de boa qualidade, estando localizados em uma área de
excelente aqüífero subterrâneo com presença de fontes naturais. O sistema de
tratamento é feito através apenas da desinfecção com cloro gasoso.
A operação, manutenção e comercialização dos serviços de água do município de
Macaíba estão a cargo da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte –
CAERN, através de seu Escritório Local, atendendo a zona urbana, e algumas
comunidades da zona rural. As demais comunidades rurais, fazendas, sítios, granjas e 63

assentamentos existentes possuem sistema de abastecimento de água e esgotamento


sanitário independentes, geridos pelo SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de
São Gonçalo do Amarante ou por associações comunitárias.
Atualmente, o sistema de abastecimento de água atende a 95% da população urbana
e 19,71% da população rural, visto que atende a apenas 27 localidades rurais do total
de 137, segundo dados da AGT – Assessoria de Gestão Empresarial da CAERN, do
Escritório Local da CAERN – Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte,
e da Prefeitura Municipal. Com esgotamento sanitário, atende 3% da população
urbana com coleta e tratamento e 100% do Centro Industrial (14 indústrias) com coleta
e tratamento, segundo dados da AGT – Assessoria de Gestão Empresarial da
CAERN.
O sistema distribuidor está organizado em função das zonas urbana e rural, sendo
operados pela CAERN, pelo SAAE de São Gonçalo do Amarante e por Associações
Comunitárias. O abastecimento é feito por meio de Captação Subterrânea (poços
tubulares), localizados a aproximadamente 5km do centro urbano à margem da BR
304 e operados pela CAERN na zona urbana e em 27 localidades rurais. As demais
comunidades rurais, fazendas, sítios, granjas e assentamentos existentes são
gerenciados pelo SAAE de São Gonçalo, por sistemas independentes ou se
abastecem por meio de poço cacimbão, e serão descritas com maior riqueza de
detalhes no decorrer do relatório.

5.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA CAERN – ZONA URBANA

5.1.1. Mananciais de Captação


A cidade de Macaíba tem como fonte de abastecimento manancial subterrâneo, que é
o aqüífero subterrâneo “Barreiras” o qual apresenta elevado potencial de exploração e
com excelente qualidade de água para abastecimento humano direto. A experiência
da CAERN tem mostrado que a capacidade de exploração dos poços tubulares
aumenta quando sua localização se aproxima do rio Pitimbu, ao longo da Rodovia BR
304, no sentido Macaíba – Parnamirim; sendo a condição inversa quando se toma o
sentido contrário, ou seja, de Parnamirim para Macaíba. Os mananciais do grupo
Barreiras apresentam disponibilidade hídrica (vazão) de 5 a 100m³/h, além de 64

apresentar águas de boa qualidade.


Os 07 poços que recalcam para o poço de sucção operam 24 horas, são denominados
PT-10, PT-11, PT-13, PT-15, PT-17, PT-18 e PT-21 e possuem as seguintes
especificações:
 PT-10: perfurado no ano de 1993, pertencente à captação Granja Recreio,
sendo manancial subterrâneo (poço tubular) com diâmetro de 8x6”,
profundidade de 49,87m e condições de exploração recomendadas: vazão de
60m³/h, ND (nível dinâmico) = 32m, NE (nível estático) = 25,89m e Crivo =
36m. Poço equipado com 01 bomba submersa LEÃO, mod. S-45-3, potência
11cv, rotação 3450rpm, vazão nominal 30/56m³/h, altura manométrica (AMT)
53,5/35,5mca;
 PT-11: perfurado no ano de 1993, pertencente à captação Granja Recreio,
sendo manancial subterrâneo (poço tubular) com diâmetro de 8x6”,
profundidade de 54,22m e condições de exploração recomendadas: vazão de
80m³/h, ND (nível dinâmico) = 29,13m, NE (nível estático) = 27,18m e Crivo =
37m. Poço equipado com 01 bomba submersa KSB, potência 19,5cv, rotação
3405rpm, vazão nominal 00-52m³/h, altura manométrica (AMT) 141-55mca;
(a) (b)
Figura 10 - Poço PT-10 (a); Poço PT-11 (b).

 PT-13: perfurado no ano de 1999, pertencente à captação CIA, sendo 65


manancial subterrâneo (poço tubular) com diâmetro de 8x6”, profundidade de
47,30m e condições de exploração recomendadas: vazão de 80m³/h, ND (nível
dinâmico) = 22m, NE (nível estático) = 14,47m e Crivo = 28m. Poço equipado
com 01 bomba submersa EBARA, mod. BHS 813-02, potência 30cv, rotação
3450rpm, vazão nominal 80m³/h, altura manométrica (AMT) 59mca;
 PT-15: perfurado no ano de 1999, pertencente à captação CIA, sendo
manancial subterrâneo (poço tubular) com diâmetro de 8x6”, profundidade de
62m e condições de exploração recomendadas: vazão de 80m³/h, ND (nível
dinâmico) = 34m, NE (nível estático) = 26m e Crivo = 36m. Poço equipado com
01 bomba submersa GRUNDFOS, mod. SP 60/7, potência 25cv, rotação
3450rpm, vazão nominal 72m³/h, altura manométrica (AMT) 77mca;
 PT-17: perfurado no ano de 1999, pertencente à captação CIA, sendo
manancial subterrâneo (poço tubular) com diâmetro de 8x6”, profundidade de
56,70m e condições de exploração recomendadas: vazão de 80m³/h, ND (nível
dinâmico) = 30m, NE (nível estático) = 24,36m e Crivo = 32m. Poço equipado
com 01 bomba submersa GRUNDFOS, mod. S 140-2, potência 20cv, rotação
3460rpm, vazão nominal 72m³/h, altura manométrica (AMT) 54mca;
Figura 11 - Poço PT-15.

66

Figura 12 – Poço PT-17.

Figura 13 – Poço PT-17 e casa de quadro de comando.


 PT-18: perfurado no ano de 1999, pertencente à captação CIA, sendo
manancial subterrâneo (poço tubular) com diâmetro de 8x6”, profundidade de
63,40m e condições de exploração recomendadas: vazão de 80m³/h, ND (nível
dinâmico) = 33m, NE (nível estático) = 27,13m e Crivo = 36m. Poço equipado
com 01 bomba submersa EBARA, mod. BHS 813/02, potência 30cv, rotação
3450rpm, vazão nominal 90m³/h, altura manométrica (AMT) 41mca;
 PT-21: perfurado no ano de 2003, pertencente à captação Granja Recreio,
sendo manancial subterrâneo (poço tubular) com diâmetro de 8”, profundidade
de 58,45m e condições de exploração recomendadas: vazão de 80m³/h, ND
(nível dinâmico) = 36m, NE (nível estático) = 26,85m e Crivo = 46m. Poço
equipado com 01 bomba submersa GRUNDFOS, mod. SP 60/6B, potência
30cv, vazão nominal 72m³/h, altura manométrica (AMT) 60mca.

67

(a) (b)
Figura 14 - Poço PT-18 (a); Poço PT-21 (b).

Para a água captada nos poços é realizado apenas tratamento por desinfecção,
através da aplicação de cloro gasoso em cilindro, que é injetado no poço de sucção da
EE-1. O controle da qualidade da água é feito pelo laboratório da CAERN a cada 15
dias.
Os poços existentes e operantes recalcam água para o poço de sucção da Estação
Elevatória Central (EE-1), localizada a margem da BR 304 na Granja Recreio, a qual
recalca para os dois reservatórios elevados (R1 e R2), através de uma linha de
recalque de diâmetro 300mm, em ferro fundido, até a bifurcação que divide a adutora
e a partir deste ponto partem duas linhas de DN 25mm cada.
De acordo com o levantamento Pitométrico realizado em MARÇO/2009 pela Gerência
de Desenvolvimento Operacional (GDO), através da equipe do Núcleo de Pitometria e
Hidromedição (NPHI) são apresentadas na tabela abaixo as vazões operacionais dos
poços em operação:

Tabela 32 - Situação e condições de exploração dos Poços Tubulares.

Sub-Sistema Poço Tubular Vazão Operacional (m3/h)

PT-10 36,00
Captação Granja
PT-11 38,50
Recreio
PT-21 78,00
PT-13 75,40
Captação CIA (Centro PT-15 64,00 68
Industrial Avançado) PT-17 53,80
PT-18 75,50
TOTAL 421,20

A vazão operacional é o valor de bombeamento nas condições de exploração atuais


para abastecimento do sistema de abastecimento de água.
A mesma equipe de Pitometria da CAERN, na mesma data, ainda fez-se as seguintes
medições:
 Medição na saída da EE-1 Granja Recreio para o R-1 e R-2 (Z. Urbana):
344,00 m³/h;
 Medição na saída da EB da Reta Tabajara (Z. Rural): 36,76 m³/h;
 Medição na chegada do R-1: 205,91 m³/h;
 Medição na chegada do R-2: 129,70 m³/h.
Em análise aos dados coletados pela equipe do Núcleo de Pitometria e Hidromedição
(NPHI) da CAERN, pode-se concluir:
 Há uma diferença significativa entre a capacidade instalada na EEAT-GR
(530,0 m³/h) e vazão de adução para a cidade (344,0 m³/h) de 186,0 m³/h.
Essa capacidade reduzida ocorre pela necessidade de ajuste à demanda atual.
Todavia, com a ampliação do sistema, pretende-se ampliar a vazão aduzida e
ativação dos poços em reserva técnica, já que haverá expansão da rede de
distribuição e eliminação de demanda reprimida em setores da cidade,
principalmente devido a perdas de vazão e pressão na rede de distribuição
com longos trechos em diâmetro mínimo (50 mm);
 Efetivamente a produção real para a cidade de Macaíba é de 344,00 m³/h,
todavia a soma das vazões que chegam aos reservatórios R-1 e R-2 é de
335,61 m³/h, observando-se uma diferença de 8,39 m³/h entre o que sai da
EEAT Granja Recreio e o que contribui efetivamente para os reservatórios.
Essa parcela corresponde a derivações na linha para a rede de distribuição,
antes do destino, para setores que ainda não têm condições de abastecimento
pela malha de distribuição;
 A diferença observada entre a soma individual da produção dos poços (421,0
m³/h) e a vazão aduzida pela EEAT (344,0 m³/h) de 77,0 m³/h é o consumo
relativo às indústrias localizadas no CIA. 69

A área de recarga do aqüífero não é protegida, não é realizada manutenção periódica


nem limpeza dos poços, mas, quando necessárias são realizadas através da Gerência
de Hidrogeologia e Perfuração de Poços, também não há manutenção preventiva dos
equipamentos de bombeamento. Os serviços de manutenção apenas são realizados
quando há quebra de algum equipamento. Segundo informações do Escritório Local
da CAERN, o Setor de Hidrogeologia acompanha o nível do lençol freático a cada 5
meses.

5.1.2. Captação Granja Recreio


O sistema de abastecimento de água teve, em sua última ampliação (1987),
implantado uma bateria de poços tubulares ao longo da Rodovia BR 304, à sua
margem direita, no sentido Parnamirim – Macaíba, denominada Captação Granja
Recreio. Os poços da Granja Recreio bombeavam para uma linha adutora comum, por
agrupamento de poços tubulares.
Com o crescimento da demanda e problemas operacionais em alguns poços
tubulares, foram sendo acrescentados novos poços nesta mesma captação (Granja
Recreio). Atualmente existem, nessa captação, doze (12) poços tubulares, sendo:
 Três (3) em Operação: PT-10-GRC, PT-11-GRC e PT-21-GRC; e,
 Oito (8) Desativados: PT-01/03/04/05/06/07/08/09-GRC, por terem apresentado
rompimento no revestimento interno;

Existem ainda dois (2) poços que funcionavam como Reserva Técnica e não operam:
o PT-02-GRC, que está fora de operação devido à recusa pela COSERN em
reenergizá-lo em decorrência dos sucessivos furtos do cabeamento e outros
acessórios da instalação; e o PT-22-GRC, que foi recentemente construído (2008) na
área do Empreendimento Loteamento Beverly Hills, distante 1.300m da Estação de
Bombeamento Granja Recreio (EE-1), necessitando ainda de melhor infraestrutura
para o seu funcionamento.
70

5.1.3. Captação CIA (Centro Industrial Avançado)


Na época da implantação do SAA do CIA, a CAERN perfurou nove (9) poços
tubulares, implantou adutoras, rede de distribuição e estação de bombeamento com
poço de reunião/sucção das bombas das águas oriundas dos poços tubulares. Até o
presente momento essa elevatória ainda não entrou em operação, devido ao fato de o
centro industrial vir se consolidando lentamente. Não havendo a necessidade de
consumo pelo CIA de toda a produção do conjunto de poços perfurados, alguns deles
foram colocados em operação, injetando na rede de distribuição local (centro
industrial) e se interligando ao poço de reunião da elevatória da captação Granja
Recreio, para reforçar a produção para a sede municipal de Macaíba. Com essa nova
produção foi possível a construção de uma elevatória exclusiva para as comunidades
da “Reta Tabajara”.
Os poços da Captação CIA funcionam conforme descritos a seguir:
 Um (1) de propriedade privada (Empresa RAROS);
 Quatro (4) em operação: PT-13-CIA, PT-15-CIA, PT-17-CIA e PT-18-CIA;
 Quatro (4) como reserva técnica: PT-14-CIA, PT-16-CIA, PT-19-CIA e PT-20-
CIA.
5.1.4. Estação Elevatória
A estação de bombeamento EE-1 (Central), que recebe as águas advindas dos poços
subterrâneos operantes, começou a operar em 1981 e recalca água do tanque de
reunião, que é apoiado e possui capacidade de reservação de 140m³, para os dois
reservatórios elevados que abastecem a cidade da Macaíba.
Na estação de bombeamento EE-1, a medição é feita na entrada através de medidor
proporcional, a rede é de PVC com DN de 250mm. Existe ainda nessa rede de
entrada, um registro de derivação (Tap), que se trata de dispositivo instalado na
tubulação em carga, cuja principal função é permitir o acesso ao fluxo interno da
tubulação, sem a necessidade de sua paralisação. Dependendo do instrumento de
medição utilizado na conexão ao Tap é possível obter-se parâmetros como vazão,
velocidade, pressão e dimensão.

71

Figura 15 - Estação de bombeamento EE-1 (Central).


(a) (b)
Figura 16 - Medidor proporcional e Tap na tubulação de entrada da EE-1 (a);
Medidor de nível da EE-1 (b).

A elevatória principal (EE-1), responsável pelo abastecimento da sede municipal de


Macaíba, é composta por duas bombas de eixo horizontal, com a configuração 72
operacional: 1 + 1, ou seja, uma em operação e outra de reserva. Os equipamentos
em operação possuem as seguintes características técnicas:

 Vazão nominal: 530 m3/h (capacidade máxima de operação);


 Altura manométrica Total (AMT): 85 mca;
 Tipo de Bomba: Centrífuga de Eixo Horizontal com Sucção Axial;
 Potência Nominal do Motor: 250 CV;
 Fabricação/Modelo/Nº Série: IMBIL, 150/500 ( rotor = 470 mm), 54.218 (CMB
1) e 54.217 (CMB 2).

Na EE-1 existem duas adutoras de saída, sendo uma para o município de Macaíba e a
outra para Reta Tabajara (zona rural), é utilizado um conjunto motobomba, onde um
encontra-se em funcionamento e o outro é reserva, às vezes as duas bombas estão
funcionando.
Figura 17 - Conjunto motobomba das adutoras de saída da EE-1.

A estação elevatória Granja Recreio, dispõe de um poço de reunião onde as águas


coletadas dos poços subterrâneos recebem tratamento, através de um clorador a
vácuo, onde é realizada a desinfecção com cloro gasoso. O tratamento existente é
composto por uma unidade de desinfecção com cloro gasoso (cilindros de 900 kg) 73
injetado no poço de sucção da Estação Elevatória de Água Tratada Central (Estação
de Bombeamento Granja Recreio). O sistema funciona 24 horas/dia e o consumo
mensal é de 360kg.

Figura 18 - Poço de reunião da EE-1, capacidade de reservação 140m³.


(a) (b)
Figura 19 - Casa de bombas da EE-1 (a); Vazamento na bomba em
funcionamento (b).

74

Figura 20 - Quadro de comando da EE-1.


Figura 21 - Cilindros de cloro da EE-1.

A EE-1 é automatizada, mas sempre conta com operadores que trabalham em sistema
de rodízio ou em escala.

75

Figura 22 - Adutora de saída da EE-1.

5.1.5. Adução
A captação Granja Recreio possui adutoras de água bruta que ligam os poços
tubulares, por agrupamento, até a câmara de reunião e sucção (reservatório apoiado)
da EE-1 Granja Recreio. Segundo dados da VBA Consultores (2004), o trecho que
interliga os poços à Estação de Bombeamento (EE-1) possui aproximadamente
9.023m.
A adutora de água tratada possui uma linha adutora de recalque comum, de extensão
3.080m e DN 300 mm, em ferro fundido, até a bifurcação que divide o fluxo bombeado
para cada centro de reservação (R1 e R2), onde originam duas linhas adutoras
independentes em FºFº, de extensão 3.800m e 2.404m e DN 250 mm (ambas),
respectivamente.
Nos trechos da adutora existem 03 registros de controle, 01 válvula de descarga, 04
ventosas e 02 dispositivos anti-golpe aríete.

5.1.6. Reservação
O município de Macaíba conta com dois reservatórios elevados, sendo: o denominado
R1 localizado dentro da área do Escritório Local da CAERN no centro de Macaíba e o
denominado R2 no bairro de Lagoa Grande. A construção de ambos é em concreto
armado, com uma única câmara, em formato cilíndrico e as capacidades de
reservação dos dois são de 1.000m³ cada.
O R1 começou a operar no ano de 1974 e o R2 em 1993. 76

(a) (b)
Figura 23 - Reservatório elevado R1 (a); Problemas estruturais no R1 (b).
Figura 24 - Problemas de infiltração na estrutura interna do R1.

O reservatório R1 apresenta problemas estruturais de má qualidade das instalações,


apresentando fissuras, infiltração e corrosão, necessitando de recuperação.
Os registros do reservatório R1 apresentam vazamento.
77

Figura 25 - Vazamentos nos registros do R1.

O reservatório R2 apresenta-se em melhor estado de conservação, possuindo apenas


problemas de infiltração.
(a) (b)
Figura 26 - Reservatório elevado R2 (a); Problemas de infiltração no R2 (b).
78

Figura 27 - Medidor de pressão na tubulação de entrada do R2.

Não existe na saída dos reservatórios nenhum macromedidor ou medidor


proporcional.
Segundo dados da VBA Consultores (2004), no ano de 1999 foram feitas reforma e
pintura nos dois reservatórios.
Nos reservatórios não há ocorrência de extravazamentos e nem programa de
manutenção das estruturas hidráulicas, civis e eletromecânicas. Existe plano de
lavagem e desinfecção dos reservatórios feitos anualmente, sempre após o período
chuvoso. Porém, segundo informações do chefe de Escritório Local da CAERN há
mais de oito anos que foi feita limpeza no R1.
Existe no R1 um circuito de desvio (by-pass) entre a adução e a distribuição, para que
a limpeza seja efetuada sem necessidade de parada na distribuição.

79

Figura 28 - Esquema de circuito de desvio (by-pass) em reservatórios.

Não existe sistema de pára-raios e os reservatórios não dispõem de medidores de


nível nem controle de bóia.
Dos reservatórios para a rede de distribuição a água vai por gravidade, existindo
boosters para abastecimento das partes altas do município.

5.1.7. Redes de Distribuição


A distribuição é realizada por gravidade na maior parte da cidade. Porém o
abastecimento em alguns bairros é realizado por recalque, a partir de boosters.
O sistema existente conta com rede de distribuição com diâmetros variando entre 50 e
250 mm, apresentando tubulações de PVC, PVC/DEFOFO e Cimento Amianto. O
sistema não possui um cadastro confiável e nem atualizado, dificultando assim, as
intervenções para manutenção e operação. Segundo informações da Assessoria de
Gestão Empresarial (AGT, 2009) da CAERN, a rede está implantada possui uma
extensão de 189.385m (189,3 Km), em PVC (representa em média 90% do total) e
Cimento Amianto (representa 10% do total). A rede de cimento amianto que tem uma
extensão total de 32km, está sendo substituída por PVC/DEFOFO.
A rede não é setorizada por zona de pressão.
Segundo informações do Chefe de Escritório Local da CAERN, há ocorrências de
pressões altas nas partes baixas, porém não há nenhum tipo de monitoramento de
pressões na rede de distribuição. As ocorrências de pressão baixa são freqüentes nos
bairros: Vila São José, Morada da Fé, Campo da Santa Cruz, Campo da Mangueira e
Loteamento Esperança, nos períodos de seca.
As ocorrências de vazamentos são nas redes de cimento amianto, devido a desnível e
pressões altas e não há programas de manutenção preventiva nas redes de
distribuição e ramais, nem limpeza dos tubos, a manutenção é feita apenas quando
ocorrem problemas (corretiva). Os serviços de manutenção na rede são realizados por
oito funcionários, responsáveis pelas áreas comerciais e operacionais.
A rede de distribuição e ramais encontra-se com boa qualidade, exceto nos trechos de
cimento amianto. Diariamente são feitas 12 manobras em campo para garantir o 80

abastecimento de todo o município, porém não há um quadro fixo de manobras.


Não há medições de vazão nos setores de abastecimento.
O índice de atendimento, segundo a CAERN é em torno de 95%.

5.1.7.1. Boosters
Para atendimento de áreas críticas da cidade, devido à insuficiência de pressões na
rede, foram instalados quatro boosters, os quais estão especificados na tabela 33.
As estruturas civis dos boosters encontram-se com necessidade de pequenos reparos
e pintura. A área, na qual os boosters se encontram, é isolada (casa). Os conjuntos
elevatórios não possuem bomba reserva. Não há instalações elétricas expostas nos
boosters.
Segundo informações do Chefe de Escritório Local da CAERN, não existe um
programa de manutenção preventiva das estruturas civis, hidráulicas e nem
eletromecânicas dos boosters, sendo a mesma somente corretiva.
No verão, quando aumenta a demanda de água no município, os boosters não
conseguem abastecer os bairros localizados nas partes altas, ficando o abastecimento
dos mesmos sendo feito através de caminhão-pipa.
Tabela 33 - Características dos conjuntos elevatórios dos Boosters da área
urbana.

Especificação

Denominação Vazão de Altura


Pot.
Fabricante Modelo Operação Manométrica Rotações
3 (cv)
(m /h) (m.c.a)
Morada da Fé LEÃO R20-11 24/12 80/155 - 3450
Uruaçú LEÃO S30-08 20 A 50 41 A 130 20 3540
Alto da Raiz LEÃO S85-3 50/105 85,5/56 - 3450
Paulino
Pereira (José LEÃO S30-05 20 81 - 3450
Coelho)

81

(a) (b)
Figura 29 - Booster Alto da Raiz (a); Booster Morada da Fé (b).

5.1.8. Qualidade da Água


A qualidade da água pode ser expressa através de parâmetros, que traduzem as suas
principais características físicas, químicas e biológicas. Estes parâmetros podem ser
turbidez, cor, pH, condutividade elétrica (Ce), oxigênio dissolvido (OD), sólidos
suspensos, demanda bioquímica por oxigênio (DBO), demanda química de oxigênio
(DQO), coliformes totais e termotolerantes. A qualidade desejável para uma água é
função do seu uso previsto. Quanto mais nobre for sua utilização, mais pura deverá
ser essa água.
Para garantir que esta água chegue aos consumidores em condições adequadas de
qualidade, isto é, dentro dos padrões de potabilidade estabelecidos pelo Ministério da
Saúde (Portaria MS nº. 518/2004), é necessário manter um programa de
monitoramento que consiste na análise em laboratórios, de centenas de amostras de
água coletadas diariamente, abrangendo os sistemas de abastecimento, desde os
mananciais, onde a água é captada, até a chegada da água nas casas dos
consumidores.
A água para ser consumida pelo homem não pode conter substâncias dissolvidas em
níveis tóxicos e nem transportar em suspensão microrganismos patogênicos que
provocam doenças.
A forma de avaliar a sua qualidade é através das análises físico-químicas e
microbiológicas realizadas por laboratórios especializados. A necessidade do
monitoramento deve-se ao fato de possíveis mudanças em algumas características da
água que podem ocorrer com o tempo ou devido a condições externas que possam vir
a contaminar o manancial com substâncias tóxicas, sal, ou bactérias. 82

No sistema de abastecimento do município de Macaíba, é realizado um


monitoramento quinzenal, mensal e semestral na qualidade da água.
A Regional Natal Norte da CAERN realiza um monitoramento mensal na qualidade da
água utilizada no abastecimento do município de Macaíba, através dos parâmetros
Cloro Residual, Turbidez, Cor Aparente, pH e Coliformes Fecais. Semestralmente é
realizado um monitoramento mais completo da qualidade da água pela Gerência de
Qualidade do Produto e Meio Ambiente da CAERN – GQM. A GQM realiza
monitoramento em oito pontos: na entrada da EE-1 (Granja Recreio), na saída do PT-
10 e PT-11 (Captação Granja Recreio), na saída do PT-13, PT-15 e PT-18 (Captação
CIA), na saída do R1 e na saída do R2. São realizadas mensalmente análises da água
em 25 pontos da rede de distribuição. Nessa análise são englobados os parâmetros
cor, turbidez, cloro e pH.
A tabela 34 apresenta o resultado das análises realizadas em março de 2010, para o
sistema de abastecimento de água do município de Macaíba, bem como os valores
máximos para cada parâmetro, estabelecido pela Portaria n o 518/2004 do Ministério da
Saúde.
Em análise dos dados da tabela 34, nota-se que um parâmetro, destacado em
vermelho, está em desacordo com os padrões estabelecidos pela Portaria n o 518/2004
– MS, e o ponto de coleta refere-se a água tratada, a saber:
 pH: que indica acidez ou alcalinidade da água, encontra-se em desacordo com
a Portaria em um ponto de coleta, sendo em água tratada;
Os demais parâmetros encontram-se de acordo com os padrões estabelecidos pela
Portaria. Porém, fica evidente a necessidade de ações corretivas e coleta e análises
de novas amostras para que a qualidade da água tratada, com relação ao parâmetro
pH, seja restabelecida.
Em análise geral, a qualidade da água é considerada boa para consumo humano.

83
Tabela 34 - Resultado de Análises de água físico-químicas e bacteriológica.

84

Fonte: Gerência de Qualidade do Produto e Meio Ambiente, CAERN, Março/2010.


5.1.9. Análise de Perdas
Há muito tempo, perdas de água e energia tem sido um problema crônico nos
sistemas de abastecimento de água do Brasil. Dados do Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento (SNIS) indicam que a média nacional de perdas de
faturamento é de 40%.
Na tentativa de internalizar e amplificar as experiências de melhoria do desempenho
operacional dos sistemas de abastecimento no Brasil, a IWA (International Water
Association) desenvolveu um amplo arcabouço metodológico e uma padronização da
terminologia adotada em sistemas de abastecimento de água, hoje cada vez mais
aceitos mundialmente. Uma das ferramentas de destaque para a gestão das perdas
nos sistemas de abastecimento é o balanço hídrico. Com ele é possível uma
abordagem simples, que resulta em estimativas das perdas reais e aparentes de água
que podem ser verificadas por outras abordagens, resultando, em seu conjunto, numa
compreensão bastante ampla da natureza, quantificação e localização das perdas nos
sistemas. 85

As perdas podem ser caracterizadas como:


 Perdas Reais: definida pela IWA corresponde ao volume de água produzido
que não chega ao consumidor final devido a ocorrência de vazamentos nas
adutoras, redes e ramais de distribuição e reservatórios, além de
procedimentos operacionais como lavagem de filtros e descargas na rede,
quando estes provocam consumos superiores ao estritamente necessário para
operação;
 Perdas Aparentes: definida pela IWA corresponde ao volume de água
consumido, mas não contabilizado pelo prestador de serviços de saneamento,
decorrente de erros de medição nos hidrômetros e demais tipos de medidores,
fraudes, ligações clandestinas e falhas no cadastro comercial, etc. Nesse caso,
então, a água é efetivamente consumida, mas não é faturada.

Conforme apresentado na matriz de balanço hídrico, referendada pela International


Water Association – IWA, a correta apuração dos índices de perdas depende da
observação e coleta de uma série de variáveis do sistema, visando à apuração das
perdas reais e aparentes.
Fonte: Water Balance Easy Calc – Liemberger & Partnres, 2006.
86
Figura 30 - Matriz de Balanço Hídrico.

Segundo dado do Escritório Local da CAERN, no município de Macaíba não existe


programa de controle de perdas, nem macromedição.
Com relação às perdas no município de Macaíba, os meios para mensurá-las são em
percentual e L/Lig.dia, a partir de volumes distribuídos e consumidos fornecidos pela
CAERN, desconsiderando dados como: quantificação de vazamentos, perdas
aparentes (fraudes) e auditoria da rede. É importante salientar que os recursos de
macromedição disponíveis são: medidores proporcionais, pontos pitométricos e relé de
nível, porém, apesar da existência de uma equipe de Pitometria, não há periodicidade
no levantamento de informações e os dados coletados não estão sendo usados
corretamente.
Com base nas informações atualmente disponíveis na CAERN, podemos estimar o
volume total de perdas, a partir dos dados de volumes de água do município de
Macaíba, conforme abaixo:
Tabela 35 – Volumes do sistema de abastecimento de água do município.
VOLUMES (m3/ano)
Produzido 3.558.025
Distribuído 3.558.025
Serviço 0
Faturado 1.476.846
Medido 956.861
Consumido 1.220.108
Micro Medido 700.123
Estimado 519.985
Fonte: CAERN, Assessoria de Gestão Empresarial, 2009.

Conforme apresentado na tabela 35, apenas 57,38% do volume consumido é


micromedido, sendo os 42,62% restantes, estimados.
Os volumes apresentados na tabela 35 ainda nos permitem calcular o índice de
perdas físicas de água do sistema e a perda física em função do número de ligações.

87
Para obtenção das perdas físicas de água do sistema é realizado o seguinte cálculo:

𝑽𝒅𝒊𝒔𝒕−𝑽𝒄𝒐𝒏𝒔
𝑰𝑷𝑭𝑰𝑺 = 𝑽𝒅𝒊𝒔𝒕
× 𝟏𝟎𝟎 (Equação 1)

sendo:
IPFIS – índice de perdas físicas;
Vdist – volume distribuído;
Vcons – volume consumido.

Sendo, portanto, o índice de perda física obtido no sistema de abastecimento de água


do município igual a 65,71%, considerado um índice muito alto.
Já para obtenção das perdas físicas em função do número de ligações, tem-se:

𝑽𝒅𝒊𝒔𝒕−𝑽𝒄𝒐𝒏𝒔
𝑰𝑷𝑳𝑰𝑮 = 𝑳𝒄𝒂𝒅
(Equação 2)

sendo:
IPLIG – índice de perdas físicas por ligação;
Vdist – volume distribuído;
Vcons – volume consumido;
Lcad – ligações cadastradas.

Sendo, portanto, o índice de perda física em função do número de ligações, indicador


técnico operacional, obtido no sistema de abastecimento de água do município igual a
465,36 L/ligaçãoxdia, considerado um índice alto.
A tabela 36 apresenta os dados populacionais da CAERN 2009, o qual foi calculado
através do índice divulgado pelo IBGE (Pn = P1 x Tn – 1) transformada em taxa média
geométrica de crescimento anual das populações total e urbana. Tais dados nos
permitem calcular o indicador de consumo per-capita que é de 75,15 L/hab.dia e
produzido per-capita que é de 219,14 L/hab.dia. E para achar a população rural, foi
calculada a diferença entre população total e a urbana.

Tabela 36 – Dados Populacionais do Município de Macaíba. 88

População (habitantes)

Urbana Rural Total

41.609 24.775 66.384

Fonte: CAERN, Assessoria de Gestão Empresarial, 2009.

É importante salientar que não se torna possível, a partir dos dados disponíveis, o
carregamento integral da matriz de balanço hídrico, para a obtenção dos indicadores
preconizados pela IWA, tampouco estimativas quanto ao rateio destas perdas totais,
entre as parcelas de perda real e aparente.

5.1.10. Informações Comerciais

5.1.10.1. Análise das Ligações e Economias


Segundo informações da CAERN, em outubro de 2010, o sistema de abastecimento
de água contava com 13.764 ligações cadastradas, as quais abastecem 14.433
economias, sendo, portanto, 1,04 a densidade de economias por ligação. Nas tabelas
e nas figuras abaixo são apresentados dados das ligações e economias do município,
em outubro de 2010, segundo o Sistema de Informações para Planejamento – SINP –
da CAERN.

Tabela 37 – Número de ligações e economias do município.


LIGAÇÕES
Cadastradas 13.764
Com hidrômetro 6.244
Ativas 9.921
Desligadas 3.055
Suprimidas 788
ECONOMIAS
Cadastradas 14.433
Residenciais cadastradas 13.760
Ativas 10.407
Ativas medidas 5.818
Residencial ativa micromedida 5.479
Fonte: SINP, outubro de 2010.
89

De acordo com a tabela 37, o sistema de abastecimento de água conta com 13.764
ligações cadastradas, sendo 6.244 com hidrômetro, gerando, portanto, um índice de
hidrometração de 45,36%. Esta análise nos permite concluir que o índice de
micromedição no município é baixo.
6%

22%

72%

Ativas Desligadas Suprimidas

Figura 31 – Porcentagem de ligações por situação atual.

Conforme apresentado na figura 29, pode-se observar que apenas 72% das ligações 90
totais estão ativas.

Tabela 38 – Número de economias ativas por categoria de consumo.


ECONOMIAS ATIVAS
Total 10.407
Residencial 9.904
Comercial 175
Industrial 25
Pública 154
Rural 149
Fonte: SINP, outubro de 2010.
1,48% 0,24% 1,43%
1,68%

95,17%

Residencial Comercial Industrial Pública Rural

Figura 32 – Porcentagem de economias por categoria de consumo.

Como observado na figura 30, as economias residenciais ativas, representam 95,17% 91


das economias totais. Observa-se ainda que a segunda categoria mais expressiva é a
comercial, com apenas 1,68% do total.
Nota-se que apesar das economias residenciais representarem a maior porcentagem
das economias ativas do município, somente 55,32% delas são micromedidas.

Tabela 39 – Número de ligações por faturamento.


LIGAÇÕES POR FATURAMENTO
Ativas 9.921
Faturadas Medidas 5.553
Faturadas não Medidas 4.470
Não Faturadas 0
Fonte: SINP, outubro de 2010.
45,1%

56,0%

Faturadas Medidas Faturadas não Medidas

Figura 33 – Porcentagem das ligações por faturamento.

De acordo com a figura 31, as ligações faturadas correspondem a mais de 100% das 92
ligações ativas, porém 56,0% são faturadas e medidas, restando 45,1% para ligações
faturadas não medidas, as quais estão suscetíveis a estimativas. Vale ressaltar que a
soma entre ligações faturadas medidas e não medidas excedem os 100%, devido à
CAERN somar ao cálculo de faturamento, as ligações cortadas que estão faturando
apenas esgoto e as ligações cortadas que ainda pagam débito de parcelamento.

5.1.10.2. Análise dos Volumes


Nas tabelas e figuras abaixo são apresentados os dados de volumes de água do
município em questão:

Tabela 40 – Volume faturado por categoria de consumo.


VOLUMES FATURADOS
(m3/ano)
Total 1.476.846
Residencial 1.339.645
Comercial 32.229
Industrial 10.253
Pública 70.939
Rural 23.780
Fonte: CAERN, Assessoria de Gestão Empresarial, 2009.
0,69% 4,80% 1,61%
2,18%

90,7%

Residencial Comercial Industrial Público Rural

Figura 34 – Porcentagem do volume faturado por categoria de consumo.

Segundo a figura 32, os volumes consumidos na categoria residencial, são os mais 93


expressivos no faturamento do município, representando 90,7% dos volumes
faturados. Em segundo lugar, com relação ao volume faturado no município, tem-se a
categoria pública, com 4,80% do volume.
Nota-se que apesar do número de economias industriais serem insignificante com
relação ao total (0,24%) a mesma representa 0,69% do consumo de água.

5.1.10.3. Análise do Faturamento, Despesas e Investimentos


O faturamento recebido pela CAERN, com relação aos serviços prestados de
abastecimento de água está apresentado na tabela abaixo.

Tabela 41 – Faturamento, arrecadação e saldo de contas a receber.

Receitas
Receitas Operacionais com Água Saldo de
Operacionais
(R$/ano) Arrecadação Contas a
Totais - Água
(R$/ano) Receber
e Esgoto
(R$/ano)
Direta Indireta Total (R$/ano)
3.211.161,44 323.003,97 3.534.165,41 3.570.086,77 3.266.579,83 23.166.396,13
Fonte: CAERN, Assessoria de Gestão Empresarial, 2009.
Com base nos dados da tabela 41, tem-se que a receita operacional direta com água
corresponde a 90,86% da receita operacional total com água, sendo 9,14% referente à
receita indireta.
A receita total com água corresponde a 98,99% da receita total com água e esgoto do
município. Nota-se que o saldo em contas a receber é aproximadamente seis vezes a
mais que a receita operacional anual com água e esgoto. A tabela 42 apresenta a taxa
de inadimplência anual do município.

Tabela 42 – Taxa de inadimplência anual do município.


TAXA DE INADIMPLÊNCIA ANUAL
Inadimplência (R$/ano) 303.506,94
Faturamento Total (R$/ano) 3.570.086,77 8,50%
Arrecadação (R$/ano) 3.266.579,83
Fonte: CAERN, Assessoria de Gestão Empresarial, 2009.

Analisando a diferença entre o faturamento e a arrecadação anual do município, 94


observa-se que o índice de inadimplência anual é de 8,50%.

Tabela 43 – Faturamento por categoria de consumo.


RECEITAS OPERACIONAIS
(R$/ano)
Total 3.211.161,44
Residencial 2.753.292,45
Comercial 111.454,96
Industrial 42.345,07
Pública 304.068,96
Fonte: CAERN, Assessoria de Gestão Empresarial, 2009.
1,3%
3,5% 9,5%

85,7%

Residencial Comercial Industrial Pública

Figura 35 – Porcentagem do faturamento por categoria de consumo.

Observa-se na figura 33, que o faturamento na categoria residencial é o mais 95


expressivo do município, representando 85,7% do faturamento. Em segundo lugar
tem-se a categoria pública, com 9,5% do faturamento.
Nota-se que apesar do número de economias industriais serem insignificante com
relação ao total (0,24%) a mesma representa 1,3% do consumo de água, o mesmo
ocorre com a categoria comercial, a qual possui 1,68% das economias do município e
representa 3,5% do faturamento.
O município de Macaíba foi contemplado com investimentos no sistema de
abastecimento de água no ano de 2009 no valor de R$ 17.282,48, segundo
informações da Assessoria de Gestão Empresarial da CAERN.
A figura 34 apresenta as despesas de exploração da CAERN referentes ao município
em questão.
3.187.567
R$

1.006.145 1.079.039
803.041

296.091
3.252

Figura 36 – Despesas de exploração. 96

Dentro das despesas de exploração estão incluídas, através de rateio, as despesas da


Regional e da Administração Central da CAERN.
Com base nos dados da figura 34, nota-se que 33,9% das despesas de exploração
são com energia elétrica, seguidas dos gastos com pessoal sem PASEP, o qual
representa 31,6% dos gastos.

5.1.11. Política tarifária


De acordo com a Resolução do Conselho de Administração da CAERN n o 11/2010-
CA, de 09 de agosto de 2010, a política tarifária da CAERN, a qual é dividida entre
urbana e rural, é baseada nos valores apresentados nos quadros abaixo:
Quadro 1 – Política Tarifária Urbana da CAERN.

Fonte: Resolução no 11/2010-CA.

Ainda segundo a mesma resolução, o preço de venda de água nas captações será de
R$ 5,71/m3 (cinco reais e setenta e um centavos por metro cúbico) e para as
Associações de Chafarizeiros será de R$ 4,58/usuário/mês (quatro reais e cinquenta e
oito centavos por usuário por mês), desde que os associados estejam enquadrados
nos critérios de uma das tarifas da Classe Social, estabelecidos nesta Resolução. O 97
preço de venda de água nas captações e adutoras e aos órgãos dos governos federal,
estadual e municipal, destinada exclusivamente às populações de baixa renda, não
abastecidas por rede pública, será de R$ 2,53/m 3 (dois reais e cinquenta e três
centavos por metro cúbico), salvo nos casos previstos em Resolução ou Norma
Interna da Empresa.

Quadro 2 - Política Tarifária Rural da CAERN.

Fonte: Resolução no 11/2010-CA.


A Resolução no 11/2010-CA define a subcategoria “Residencial Social Rural” como
sendo de uso exclusivo para as comunidades rurais administradas através do modelo
de auto-gestão, como definido e nas condições estipuladas na Resolução 08/2010-CA,
cujas ligações são cadastradas no GSAN como economias da ligação principal e que
são administradas por associações, cooperativas ou outra entidade representativa da
comunidade. A subcategoria “Residencial Popular Rural” é definida pelas ligações
rurais cujos ramais são individuais no Sistema Comercial da CAERN e se enquadra
nos pré-requisitos definidos na Resolução n o 11/2010-CA. E por fim, a subcategoria
“Residencial Rural”, a qual corresponde às ligações rurais cujos ramais são individuais
no Sistema Comercial da CAERN e não se enquadram nos pré-requisitos definidos
para a Residencial Social Rural ou para a Residencial Popular, também definidos
através da Resolução no 11/2010-CA.

5.1.12. Estrutura e Recursos Disponíveis


O escritório local está localizado em uma área de 1.450m², sendo 132m² de área 98

construída. Conta com almoxarifado e alguns itens em estoque: conexões,


hidrômetros, cola, tubulações, registros, etc.
O escritório local conta com um quadro funcional de dezenove funcionários sendo um
chefe de escritório, um agente administrativo e três estagiários, responsáveis pela
administração do sistema no município e serviços de atendimento ao cliente
respectivamente; oito funcionários responsáveis pela execução dos serviços
operacionais (desobstrução, vazamentos, reclamações de falta de água localizada) e
comerciais (serviço de ligação, leitura, corte, cobrança, religação e entrega das contas
de água e esgoto no município, entre outros); três operadores responsáveis pela
manutenção e operação da EE-1 (Central), que trabalham em sistema de turno; três
operadores responsáveis pela manutenção e operação da estação de esgotamento
sanitário do Centro Industrial.
O escritório é dotado de três computadores, três telefones, dois aparelhos de rádio
(um no escritório e um no carro) e equipamentos manuais para manutenção do
sistema. Como meios de transporte para realização dos serviços são utilizados: 02
carros e 03 motos para serviços do escritório local.
O Escritório Local de Macaíba conta com o acompanhamento e apoio, quando
necessário, da Regional de Natal Norte (RNN), que possui em torno de 09 funcionários
e fica localizado no município de Natal/RN coordenando as seguintes Unidades:
 Unidade de Serviço de Operação e Manutenção (USNN) – aproximadamente
30 funcionários;
 Unidade de Serviço Mato Grande e Potengi (USMP) – 07 funcionários;
 Unidade de Receita da Zona Norte (URZN) – aproximadamente 07
funcionários;
 Escritórios da Zona Norte – aproximadamente 14 funcionários.

5.1.13. Projeto de Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água


A CAERN elaborou um projeto de Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água
do município de Macaíba em parceria com o Governo do Estado do Rio Grande do
Norte – Secretaria de Transportes e Obras Públicas (STOP). O projeto teve como
escopo: Estudos de Concepção Básica e Projeto Básico e Executivo de 99

Abastecimento de Água Potável da área urbana do município, tendo sido elaborado no


ano de 2001 pela empresa HIDROSERVICE Engenharia Ltda.
O projeto da HIDROSERVICE previu investimentos da ordem de R$ 1.575.073,62 (um
milhão, quinhentos e setenta e cinco mil, setenta e três reais e sessenta e dois
centavos). Porém, a CAERN possui recursos liberados através do Contrato de
Financiamento nº 245974-54/08 (Obras com Recursos do PAC "Saneamento para
Todos 2008"), no valor de R$ 4.287.244,00 (quatro milhões, duzentos e oitenta e sete
mil, duzentos e quarenta e quatro reais) para Ampliação do Sistema de Abastecimento
de Água de Macaíba.
Segundo informações levantadas no Setor de Projetos da CAERN - Sede, o projeto da
HIDROSERVICE está sendo readequado e atualizado com alterações substanciais,
mas ainda não foi finalizada a revisão. As obras no sistema de abastecimento de água
do município estão em andamento.

5.1.13.1. Síntese do Sistema Proposto


Segundo dados do projeto da HIDROSERVICE (2001), o sistema de abastecimento de
água proposto para a cidade de Macaíba será basicamente o mesmo sistema
existente, com a substituição do booster por um reservatório elevado de 80 m 3 de
capacidade, localizado no Bairro Alto da Paz, alimentado através de uma estação
elevatória com sucção a partir do reservatório de 1.000 m 3 do Centro.
Assim, a cidade será dividida em 3 zonas de pressão, sendo: Leste, Oeste-Central e
Central Alta.

5.1.13.2. Estações Elevatórias de Água


Conforme dados da HIDROSERVICE (2001), A estação elevatória EAT-1 permanece
inalterada e está prevista a construção de mais uma estação elevatória de água
tratada, EAT-2, que recalcará a partir do reservatório da Zona Oeste Central para o
novo reservatório elevado da Zona Central Alta.
A operação da elevatória será automática, com controladores de nível localizados nos
reservatórios elevado e apoiado.

5.1.13.3. Reservatórios 100

De acordo com dados do projeto, a reservação será incrementada através da


construção de um novo reservatório elevado com capacidade de 80 m³, para
complementar o abastecimento da Zona Central Alta.

5.1.13.4. Rede de Distribuição e Ligações Prediais


Segundo dados do projeto da HIDROSERVICE (2001), a rede de distribuição terá três
zonas de pressão, alimentadas a partir dos reservatórios elevados existentes.
Para diâmetro até 100 mm será adotado a linha de PVC, classe 12 e para diâmetros
superiores, até 300 mm a linha de PVC DEFoFo.
Tabela 44 - Extensões de rede projetada.
Diâmetro Nominal Extensões de Rede a Implantar
DN (m)
50 11.863
75 587
100 1.850
150 6.688
200 3.387
250 2.038
300 10
Total 26.423
Elaboração: Hidroservice
(1) - Inclui a extensão de rede de cimento amianto existente a ser substituída.

Estima-se que a quantidade de ligações prediais para as obras de 1a Etapa seja de


1.330.
Foram previstos ainda incremento no sistema de adução, com extensão de 1.326 m de
DN 200 mm em PVC DEFoFo.
101

5.1.13.5. Readequação do Projeto da HIDROSERVICE


No mês de julho do ano 2010, a CAERN através do Setor de Projetos da Sede fez a
readequação no projeto da HIDROSERVICE (2001), para a ampliação de alguns
setores, a saber: 3, 4 e 5.
De acordo com o projeto de readequação (CAERN, 2010), o sistema de ampliação ora
projetado para melhoria do atendimento de água da cidade de Macaíba - RN será
composto das unidades seguintes:
- Estações Elevatórias 1 e 2;
- Rede de Distribuições correspondentes aos setores 3, 4 e 5;
- Adutoras por Recalque 1 e 2; e,
- Ramais Prediais.

 Estações Elevatórias: estas unidades serão construídas para Pontos de


Trabalhos P1 (305,86 m³/h; 46,20 mca) e P2 (305,86 m³/h; 53,39 mca), para as
estações elevatórias 1 (Captação Granja Recreio à EEA2) e 2 (recalque da
estação elevatória 02 para 03 reservatórios de distribuição), respectivamente;
 Redes de Distribuição: as redes serão ampliadas em tubos PVC
PBA/DEFOFO e PVC PBA, com diâmetros nominais variando entre 50 e300
mm, conforme tabelas abaixo:

Tabela 45 - Extensões de rede de distribuição projetada para o Setor 3.


Diâmetro Nominal (mm) Extensões de Rede a Implantar (m)
SETOR 3 PVC PBA/DEFOFO
50 8.010,78
75 2.744,32
100 763
150 412,28
200 394,05
Total 12.324,43

Tabela 46 - Extensões de rede de distribuição projetada para o Setor 4.


Diâmetro Nominal (mm) Extensões de Rede a Implantar (m)
SETOR 4 PVC PBA/DEFOFO
50 12.471,10 102
75 2.871,84
100 1.876,00
150 468,28
200 39,55
250 16,08
Total 17.742,85

Tabela 47 - Extensões de rede de distribuição projetada para o Setor 5.


Diâmetro Nominal (mm) Extensões de Rede a Implantar (m)
SETOR 5 PVC PBA/DEFOFO
50 9.578,16
75 2.875,61
100 1.772,68
150 1.041,88
200 1.347,76
250 359,35
300 586,63
Total 17.562,07

 Adutoras por Recalque: estas unidades serão construídas em tubos PVC


PBA E DEFOFO, com diâmetros nominais variando entre 200 e 400 mm,
conforme tabelas abaixo:
Tabela 48 - Extensões de adutoras por recalque projetada da EEA1 até os
setores 3, 4 e 5.
Diâmetro Nominal (mm) Extensões de Rede a Implantar (m)
SETORES 3, 4 e 5 – EEA1 PVC PBA/DEFOFO
200 1.983,79
250 3.228,26
400 243,79
Total 5.455,84

Tabela 49 - Extensões de adutoras por recalque projetada da EEA2 até os


setores 3, 4 e 5.
Diâmetro Nominal (mm) Extensões de Rede a Implantar (m)
SETORES 3, 4 e 5 – EEA2 PVC PBA/DEFOFO
400 8.200
Total 8.200

 Reservatórios Elevados: essas unidades serão construídas em concreto


103
armado, com capacidades para 400, 400 e 450 m³, para os setores 3, 4 e 5
respectivamente;
 Ramais Prediais: estas unidades serão construídas em tubos PVC RÍGIDO
SOLDÁVEL, de ½” (20 mm), somando um total de 5.000 unidades, distribuídas
para os setores 3, 4 e 5.

5.2. ABASTECIMENTO DE ÁGUA CAERN – ZONA RURAL


Conforme descrito anteriormente, a CAERN é responsável pelo abastecimento de 27
localidades rurais, descritas a seguir:
 Assentamento Xingu/Mangabeira: é abastecido por uma derivação da adutora
que abastece a cidade de Macaíba. O assentamento possui 154 imóveis com
população de 539 habitantes;
 Fazenda Félix Lopes: é abastecido por uma derivação da adutora Monsenhor
Expedito. A fazenda possui 73 imóveis com população de 167 habitantes;
O sistema de esgotamento sanitário das comunidades abastecidas pela CAERN é
feito por meio de fossa negra individual ou do lançamento a céu aberto.
Os demais sistemas estão descritos abaixo.
5.2.1. Sistemas Independentes

5.2.1.1. Sítio Guarapes


O Sítio Guarapes possui sistema independente abastecido por um poço tubular,
localizado no próprio Sítio. O manancial subterrâneo (poço tubular) funciona 12 horas,
é automatizado e possui as seguintes características: diâmetro 6”, profundidade 60m,
vazão de 10m³/h, ND (nível dinâmico) = 42m, NE (nível estático) = 27,75m e Crivo =
44m .
O poço está equipado com 01 bomba submersa LEÃO, mod. R-10-7, potência 4,5cv,
vazão nominal 7-12m³/h, altura manométrica (AMT) 92-57mca, rotação 3450rpm.
O Sítio Guarapes possui 436 imóveis, população de 763 habitantes e um total de 155
ligações ativas de água.
O abastecimento é feito por injeção direta na rede de distribuição.

104

Figura 37 - Poço subterrâneo do Sítio Guarapes.

Conforme pode ser observado nas fotos acima, a área de localização do poço
subterrâneo encontra-se com as estruturas abandonadas, necessitando de limpeza do
terreno. A bomba e as estruturas civis, hidráulicas e elétricas do poço encontram-se
em bom estado de conservação.

5.2.1.2. Sítio Pé do Galo


O Sítio Pé do Galo possui sistema independente abastecido por um poço tubular,
localizado no próprio Sítio. O manancial subterrâneo (poço tubular) funciona 12 horas
e possui as seguintes características: diâmetro 6”, profundidade 44m, vazão de
10m³/h, ND (nível dinâmico) = 18m, NE (nível estático) = 9,39m e Crivo = 28m .
O poço está equipado com 01 bomba submersa EBARA, mod. BHS 511-4, potência
4,5cv, vazão nominal 11m³/h, altura manométrica (AMT) 49mca, rotação 3600rpm.
O Sítio Pé de Galo possui 273 imóveis, população de 625 habitantes e um total de 114
ligações ativas de água.
O abastecimento é feito por injeção direta na rede de distribuição.

105

(a) (b)
Figura 38 - Área de localização do poço subterrâneo do Sítio Pé do Galo (a);
Poço subterrâneo do Sítio Pé do Galo (b).

(a) (b)
Figura 39 - Área do poço subterrâneo do Sítio Pé do Galo (a); Quadro de
comando do poço subterrâneo (b).
Conforme pode ser observado nas fotos acima, a área de localização do poço
subterrâneo encontra-se com as estruturas abandonadas, necessitando de limpeza do
terreno. A bomba e as estruturas civis, hidráulicas e elétricas do poço encontram-se
em bom estado de conservação.
No Sítio Pé do Galo, existe um funcionário da Prefeitura Municipal de Macaíba,
responsável pelo controle e operação do poço subterrâneo.

5.2.2. Sistema de Abastecimento Reta Tabajara


Na EE-1 existem duas adutoras de saída, conforme descrito anteriormente, sendo
uma para o município de Macaíba e a outra para Reta Tabajara (zona rural). O
sistema Reta Tabajara possui 464 ligações no total e é responsável pelo
abastecimento de oito comunidades: Assentamento Caracrachá, Lagoa do Lima,
Lagoa de Cavalos, Assentamento José Coelho, Espinheiro I e II, Várzea, Rua da
Palha, Retiro.
O sistema Reta Tabajara possui dois trechos de abastecimento sendo: 106

 Trecho 01 – adutora de água tratada: da EE-1 (Granja Recreio) ao booster, por


recalque, com extensão de 14.500m, DN 150mm em PVC/DEFOFO;
 Trecho 02: do booster até a última comunidade abastecida (final do trecho), por
recalque, com extensão de 13.000m, DN 100mm em PVC/DEFOFO.
Da EE-1 (Granja Recreio), a água é bombeada para o booster, abastecendo
anteriormente a comunidade Várzea. Do booster a água é recalcada para as demais
comunidades.
A água utilizada para abastecimento das comunidades do Sistema Reta Tabajara é
tratada na EE-1 (Granja Recreio).
As bombas do Sistema Reta Tabajara possuem as seguintes características:
 EE-1 (Granja Recreio) até o Booster: 01 bomba centrífuga KSB, mod.
MEGANOR 40/125, potência 7,5cv, vazão nominal 31,66m³/h, altura
manométrica (AMT) 24,67mca, rotação 3500rpm;
 Booster: 01 bomba submersa LEÃO, mod. S30-08, potência 15cv, vazão
nominal 20m³/h, altura manométrica (AMT) 115mca, rotação 3450rpm.
Das comunidades que compõem o sistema de abastecimento Reta Tabajara, existem
três que possuem reservatório elevado para abastecimento por gravidade (conforme
tabela 50), as demais comunidades são abastecidas através de injeção direta na rede
de distribuição.

Tabela 50 - Relação de comunidades do Sistema Reta Tabajara que possuem


reservatório.
Comunidade Capacidade de Reservação (m³)
Reservatórios Elevados
Retiro 10
Lagoa de Cavalos 10
Assentamento José Coelho 10

Os dados de população e número de habitantes das comunidades que compõem o


Sistema Reta Tabajara estão listados na tabela abaixo.

Tabela 51 - Quantitativos de imóveis e habitantes do Sistema Reta Tabajara.

Comunidade Quantidade de Imóveis Nº de Habitantes 107


Assentamento Caracrachá 78 271
Assentamento José Coelho 111 352
Espinheiro I e II 74 217
Lagoa de Cavalos 148 560
Lagoa do Lima 128 312
Retiro 165 370
Rua da Palha ND ND
Várzea 38 128
TOTAL 742 2.210
*ND: Não Disponível

5.2.3. Sistema de Abastecimento Traíras


O sistema de Traíras é abastecido por um poço tubular, que abastece também as
comunidades rurais: Lagoa Nova, Sucavão, Umari e Torrões.
O sistema de abastecimento de água existente é composto de manancial, captação,
tratamento, recalque, adução, reservação, rede de distribuição e ramais prediais.
O poço que abastece o sistema Traíras fica localizado na Fazenda dos Patriotas
(município de Vera Cruz), de lá a água é bombeada para o poço de reunião da
estação elevatória localizada no Sítio Papagaio, de onde é recalcada para o
reservatório elevado da comunidade Traíras. O abastecimento é feito por gravidade.
As bombas do Sistema Traíras possuem as seguintes características:
 Poço até a EEAT-Sítio Papagaio: 01 bomba submersa LEÃO, mod. R16i-09,
potência 10cv, vazão nominal 10/22m³/h, altura manométrica (AMT)
132/78mca, rotação 3450rpm;
 EEAT-Sítio Papagaio para o Reservatório Elevado de Traíras: 01 bomba
centrífuga WEG, mod. 4267-4286, potência 12cv, vazão nominal 20,46m³/h,
altura manométrica (AMT) 70,02mca, rotação 3500rpm.
O sistema Traíras possui dois trechos de abastecimento sendo:
 Trecho 01 – adutora de água bruta: do poço subterrâneo (Fazenda dos
Patriotas) à EEAT (Sítio Papagaio), por recalque, com extensão de 2.925m, DN
75mm em PVC/PBA;
 Trecho 02 – adutora de água tratada: da EEAT (Sítio Papagaio) ao reservatório
elevado da comunidade Traíras, por recalque, com extensão de 9.850m, DN
100mm em PVC/DEFOFO.
Na água utilizada para abastecimento das comunidades do Sistema Traíras é feito
tratamento com adição de cloro no poço de reunião da EEAT (Sítio Papagaio). 108

Nas comunidades que compõem o sistema de abastecimento Traías, existem apenas


dois reservatórios sendo: um reservatório apoiado (poço de reunião) na EEAT com
capacidade de 35m³ e, um reservatório elevado na comunidade Traíras com
capacidade de 100m³. As demais comunidades são abastecidas através de injeção
direta na rede de distribuição.
Os dados de população, número de habitantes e quantidade de ligações das
comunidades que compõem o Sistema Traíras estão listados na tabela abaixo.

Tabela 52 - Quantitativos de imóveis, habitantes e ligações do Sistema Traíras.


Quantidade de Quantidade de
Comunidade Nº de Habitantes
Imóveis Ligações
Traíras 567 1.024 485
Umari 7 40 7
Torrões 24 125 ND
Lagoa Nova 115 240 35
Sucavão 154 770 ND
TOTAL 867 2.199 ND
*ND: Não Disponível
5.2.4. Sistema de Abastecimento Araçá/Bom Jesus
O sistema de Araçá/Bom Jesus abastece a cidade de Bom Jesus e a zona rural de
Macaíba, sendo as comunidades: Assentamento Margarida Alves, Lagoa do Sítio I e II,
Porteiras, Riacho do Feijão e Capoeira dos Negros.
Na comunidade Araçá (município de Vera Cruz) ficam localizados cinco poços
tubulares que abastecem o reservatório elevado (700 m³) do município de Bom Jesus,
além das comunidades do sistema Araçá/Bom Jesus.
Dos poços a água é recalcada para uma estação de bombeamento, localizada
próxima à comunidade Lagoa do Sítio, onde passa por tratamento de cloração, para
posteriormente ser injetada direto na rede de distribuição das comunidades:
Assentamento Margarida Alves, Lagoa do Sítio I e II, Porteiras, Riacho do Feijão e
Capoeira dos Negros.

109

Figura 40 - Estação de bombeamento.

Os dados de população, número de habitantes e quantidade de ligações das


comunidades que compõem o Sistema Araçá/Bom Jesus estão listados na tabela
abaixo.
Tabela 53 - Quantitativos de imóveis, habitantes e ligações do Sistema
Araçá/Bom Jesus.
Quantidade de Quantidade de
Comunidade Nº de Habitantes
Imóveis Ligações
Assentamento Margarida
93 298 80
Alves
Lagoa do Sítio I e II 177 619 187
Porteiras 72 167 ND
Riacho do Feijão 92 205 ND
Capoeira dos Negros 360 1.010 225
TOTAL 794 2.299 ND
*ND: Não Disponível

5.2.5. Sistema de Abastecimento Bom Jesus/Marias


O sistema Bom Jesus/Marias é abastecido pela adutora de Araçá/Vera Cruz, e
abastece as comunidades: Marias, Cajazeiras, Mata Verde, Lagoa Comprida e
Negrinhos.
O sistema Bom Jesus/Marias possui vazão total de 100m³/h, sendo 40m³/h 110
provenientes da adutora Monsenhor Expedito e 60m³/h dos poços da comunidade
Araçá.
Na comunidade Araçá (município de Vera Cruz) ficam localizados cinco poços
tubulares que abastecem o reservatório elevado (700 m³) do município de Bom Jesus.
Na área do reservatório de Bom Jesus existe um booster, que fica localizado embaixo
do reservatório, e que bombeia água para abastecimento das comunidades que
compõem o sistema Bom Jesus/Marias. Este booster opera com uma vazão de
20m³/h, com altura manométrica de 90mca e motor com 15cv de potência.
O abastecimento é feito por injeção direta na rede de distribuição.
O trecho da adutora de água tratada que funciona por recalque e vai dos poços,
passando pelo município de Bom Jesus até o booster, possui uma extensão de
7.216m, com DN 100mm em PVC/DEFOFO.
Os dados de população, número de habitantes e quantidade de ligações das
comunidades que compõem o Sistema Bom Jesus/Marias estão listados na tabela
abaixo.
Tabela 54 - Quantitativos de imóveis, habitantes e ligações do Sistema Bom
Jesus/Marias.
Quantidade de Quantidade de
Comunidade Nº de Habitantes
Imóveis Ligações
Marias 322 550 200
Cajazeiras 418 1.078 356
Mata Verde 91 194 51
Negrinhos 32 128 32
Lagoa Comprida ND ND ND
TOTAL ND ND ND
*ND: Não Disponível

5.3. ABASTECIMENTO DE ÁGUA ZONA RURAL - SAAE


O SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) do município de São Gonçalo do
Amarante é responsável pelo abastecimento de água de 03 (três) comunidades rurais
pertencentes ao município de Macaíba, conforme descrito a seguir.

111
5.3.1. Comunidade Mangabeira
A gestão do sistema da comunidade Mangabeira é realizada pelo SAAE de São
Gonçalo do Amarante. A captação para o abastecimento da comunidade Mangabeira
é realizada através de cinco poços tubulares, sendo três com 30m de profundidade e
dois com 60 m de profundidade, com DN 6” e vazão de 8m³/h.

(a) (b)
Figura 41 - Poço subterrâneo da Comunidade Mangabeira (a); Quadro de
comando do poço subterrâneo (b).
Os cinco poços tubulares abastecem além da Comunidade Mangabeira, mais duas
comunidades pertencentes ao município de São Gonçalo do Amarante: Loteamento
Monte Castelo e Loteamento Santa Rosa.
O sistema funciona sem bomba reserva. O tratamento da água é realizado através da
aplicação de cloro no poço, sendo utilizado 500g/dia, através de um sistema de
gotejamento da solução de cloro diluído em água.

112

Figura 42 - Sistema de gotejamento de cloro direto no poço.

O abastecimento é feito por injeção diretamente na rede de distribuição e o sistema


conta com 500 ligações ativas, sendo 234 com hidrômetros.
A rede de distribuição é 100% em PVC e possui diâmetros variando entre 50 e 85mm,
sendo: 2.000m em DN 50mm, 25.000m em DN 60mm, 500m em DN 75mm e 200m
em DN 85mm. A rede de distribuição constantemente apresenta vazamento.
Os ramais variam de DN 32 a 40mm em PVC.
A comunidade conta com uma população de 2.367 habitantes em 870 imóveis.
Os usuários que possuem hidrômetro na ligação pagam uma taxa de R$18,30 por 10
m3 de água por mês, os demais usuários pagam taxa fixa de R$ 18,50 que é a tarifa
normal, porém existem usuários que possuem a tarifa social pagando uma taxa fixa de
R$ 12,00.
A comunidade possui um escritório do SAAE na localidade, o qual conta com um
operador e um assistente administrativo.
O sistema de esgotamento sanitário da comunidade Mangabeira é feito por meio de
fossa negra individual ou do lançamento a céu aberto, o que causa um grande
problema de os esgotos serem direcionados para a rede de águas pluviais.

5.3.2. Comunidade Ladeira Grande


A gestão do sistema da Comunidade Ladeira Grande é realizada pelo SAAE de São
Gonçalo do Amarante. A captação é realizada em um poço tubular com vazão de 10
m3/h, o qual recalca a água para um reservatório elevado com capacidade de 32m³.
A comunidade conta com uma população de 740 habitantes em 185 imóveis.

113

(a) (b)
Figura 43 - Poço subterrâneo da comunidade Ladeira Grande (a); Quadro de
comando do poço (b).
Figura 44 - Comunidade Ladeira Grande.

O sistema funciona sem bomba reserva. O tratamento da água é realizado através da


aplicação de cloro no poço, sendo utilizado 250g/dia, através de um sistema de
gotejamento da solução de cloro diluído em água. Apesar de possuir tratamento, os
moradores consideram a água “pesada”. São realizadas análises mensais da água do 114
reservatório e corrigida a quantidade de cloro, se necessário.

Figura 45 - Reservatório elevado da comunidade Ladeira Grande.


Figura 46 - Sistema de gotejamento de cloro direto no poço.

O sistema possui rede de distribuição e micromedição. Esse sistema ainda abastece


as áreas rurais de: loteamento Lagoa do Mato, comunidade Boa Vista, na qual a rede
115
está sendo ampliada, e algumas ligações na comunidade Tapará. Essas áreas
também pertencem ao município de Macaíba.
Para realização do abastecimento nas outras comunidades são realizadas manobras.
Existe uma pequena porcentagem de casas que não possuem hidrômetros, porém o
SAAE está com um projeto para colocar hidrômetro em todas as ligações.
O valor pago pelo usuário é R$ 18,50 por 10m 3 de água por mês. Mesmo com um
sistema de abastecimento implantado, existem casas em Ladeira Grande que não
possuem ligação, portanto, o abastecimento das mesmas é realizado através de
caminhão-pipa.
O loteamento Lagoa do Mato possui captação própria.
Figura 47 - Hidrômetros instalados na comunidade Ladeira Grande.

As comunidades e quantitativos de ligações abastecidas por esse sistema são:


 06 casas em Tapará;
 185 casas em Ladeira Grande (falta colocar hidrômetro em 4 casas);
 105 casas em Lagoa do Mato (falta colocar hidrômetro em 8 casas);e, 116
 14 casas em Boa Vista sem hidrômetro, onde a rede sendo ampliada.
A rede de distribuição não apresenta problemas freqüentes de vazamentos ou
rupturas, o mesmo só acontece devido ao transporte de veículos pesados no local.
A rede de distribuição na comunidade Ladeira Grande apresenta material, diâmetros e
extensões:
 Material PVC, DN 75mm – aproximadamente 2,5 Km;
 Material PVC, DN 85mm – aproximadamente 2,5 Km;
 Material PVC, DN 60mm – aproximadamente 2,0 Km.
No loteamento Lagoa do Mato a rede de distribuição é em PVC, DN 50mm e
aproximadamente 5,0 Km de extensão.
O sistema de esgotamento sanitário é feito por meio de fossa negra individual e as
águas servidas (cozinha, lavatórios e banho) são jogadas no próprio terreno onde se
encontram as casas.
O lixo da comunidade é queimado, enterrado ou jogado em terrenos baldios.
5.4. ABASTECIMENTO DE ÁGUA ZONA RURAL – ASSOCIAÇÕES
COMUNITÁRIAS
Segundo a Prefeitura Municipal de Macaíba, o município possui 107 (cento e sete)
comunidades rurais com sistemas independentes e geridos por associações
comunitárias (tabela 55). As comunidades rurais do município possuem os seguintes
tipos de abastecimento:
 Através de captação em açudes ou poços tubulares e abastecimento através
de rede de distribuição;
 Através de poços perfurados pelo Programa de Apoio ao Pequeno Produtor
Rural – PAPP/RN, com bomba, reservatório e rede de distribuição;
 Através da captação em poços cacimbão, onde a retirada da água é realizada
manualmente com baldes e em algumas casas através de bombas;
 Através de cisternas, as quais armazenam as águas pluviais no período de
chuvas, e no período de seca são abastecidas através da Operação Carro Pipa
do Ministério da Integração Nacional e Exercito Brasileiro, a qual é 117

complementada pela Operação Carro Pipa realizada pela Prefeitura.

O sistema de esgotamento sanitário das comunidades listadas abaixo, que são


abastecidas por sistemas independentes geridos por associações comunitárias é feito
por meio de fossa negra individual ou do lançamento a céu aberto.
Tabela 55 - Dados das comunidades rurais abastecidas por Sistemas
Independentes geridos por Associações Comunitárias.

Gestor do Povoado, Sítio, Fazenda ou Quantidade de Nº de


Sistema Assentamento Rural Imóveis Habitantes

Sítio Açude 87 164

Sítio Araçá 24 81

Fazenda Arapiranga 08 07

Sítio Areia Branca 03 10


Sistemas Independentes – Associações Comunitárias

Assentamento Eldorado dos


104 367
Carajás
Assentamento Quilombo dos
ND ND
Palmares
118
Assentamento Zumbi dos
15 44
Palmares

Fazenda Baixa Grande 05 04

Sítio Baixa Grande 03 07

Povoado Betulia 74 259

Sítio Betulia 24 81

Sítio de José Targino 07 24

Sítio Cajarana 51 149

Fazenda Cajazeiras 18 39

Fazenda Cajazeiras dos Bulhões 48 162

Povoado Cana Brava 351 735

Sítio Cana Brava 15 50


Continuação da Tabela 55 - Dados das comunidades rurais abastecidas por
Sistemas Independentes geridos por Associações Comunitárias.

Gestor do Povoado, Sítio, Fazenda ou Quantidade de Nº de


Sistema Assentamento Rural Imóveis Habitantes

Sítio Cana Brava de Cima 16 31

Fazenda Canaã 19 64

Fazenda Capim Açu 13 32

Sítio Córrego 108 156


Sistemas Independentes – Associações Comunitárias

Sítio Curral da Junta 54 122

Sítio Curralinho 145 396

Engenho Duvidoso 14 47 119

Fazenda Espírito Santo 07 03

Sítio Ferreiro Torto 378 645

Sítio Granja Santa Rosa 55 80

Sítio Guajiru 37 124

Fazenda Guarapes 23 35

Sítio Guarapes de Dr. Nicodemos 41 65

Sítio Gundelo 33 87

Engenho Japecanga 34 114

Sítio Joaquim Siano 01 03

Fazenda Jundiaí 94 329


Continuação da Tabela 55 - Dados das comunidades rurais abastecidas por
Sistemas Independentes geridos por Associações Comunitárias.

Gestor do Povoado, Sítio, Fazenda ou Quantidade de Nº de


Sistema Assentamento Rural Imóveis Habitantes

Sítio Jundiaí 05 17

Sítio Ladeira Grande 33 80

Sítio Lagoa da Vaca 03 06

Sítio Lagoa de Fora 33 69


Sistemas Independentes – Associações Comunitárias

Sítio Lagoa de Pedra ND ND

Fazenda Lagoa de Santo Antonio ND ND

Fazenda Lagoa do Boi 37 79 120

Sítio Lagoa do Espinheiro 38 79

Sítio Lagoa do Espinho 21 48

Fazenda Lagoa do Lima 26 78

Fazenda Lagoa do Papagaio 04 37

Sítio Lagoa do Papagaio 33 84

Fazenda Lagoa do Peixe 15 35

Fazenda Lagoa do Sítio 08 09

Sítio Lagoa do Sítio 68 129

Fazenda Lagoa da Tapara 142 310

Sítio Lagoa da Tapara 158 263


Continuação da Tabela 55 - Dados das comunidades rurais abastecidas por
Sistemas Independentes geridos por Associações Comunitárias.

Gestor do Povoado, Sítio, Fazenda ou Quantidade de Nº de


Sistema Assentamento Rural Imóveis Habitantes

Sítio Lagoa do Umbu 19 62

Sítio Lagoa dos Bezerras 15 62

Fazenda Lagoa dos Currais 27 39

Sítio Lagoa Grande 03 10


Sistemas Independentes – Associações Comunitárias

Sítio Lagoa Redonda 14 12

Sítio Lagoa Seca 19 64

Fazenda Lagoa Seca 164 574


121
Sítio Lamarão 155 521

Loteamento Bela Vista II 2.225 5.651

Loteamento Brasil ND ND

Loteamento Jardim Pingo D’água 253 604

Loteamento Morada Nova ND ND

Loteamento Porto Brasil ND ND

Sítio Macambira 23 48

Sítio Mato Comprido ND ND

Sítio Moita Verde 107 155

Sítio Nova Aurora 12 40

Sítio Novo 14 30
Continuação da Tabela 55 - Dados das comunidades rurais abastecidas por
Sistemas Independentes geridos por Associações Comunitárias.

Gestor do Povoado, Sítio, Fazenda ou Quantidade de Nº de


Sistema Assentamento Rural Imóveis Habitantes

Fazenda Oiticica 10 34

Sítio Olheiro 14 19

Sítio Olho D’água do Lucena 24 46

Sítio os Torrões 10 37
Sistemas Independentes – Associações Comunitárias

Engenho Pacatuba 21 71

Sítio Passagem do Vigário 91 203

Sítio Pau Ferro 07 24 122

Sítio Pavilhão ND ND

Sítio Pedreira 25 84

Fazenda Peri Peri 94 155

Sítio Pitimbu da Cruz 43 144

Fazenda Primavera 13 18

Sítio Raros 37 124

Fazenda Reis Magos 06 09

Sítio Residência do DNER 166 417

Fazenda Reta Tabajara 60 111

Sítio Retirada 07 54
Continuação da Tabela 55 - Dados das comunidades rurais abastecidas por
Sistemas Independentes geridos por Associações Comunitárias.

Gestor do Povoado, Sítio, Fazenda ou Quantidade de Nº de


Sistema Assentamento Rural Imóveis Habitantes

Fazenda Retirada 07 24

Sítio Retiro 19 51

Fazenda Riacho do Feijão 12 31

Sítio Riacho do Mel 11 37


Sistemas Independentes – Associações Comunitárias

Sítio Riacho do Sangue 270 945

Fazenda Santa Fé 50 ND

Fazenda Santa Inez 09 31


123
Fazenda Santa Julia 23 77

Fazenda São Francisco 22 74

Fazenda São Joaquim 03 09

Fazenda São Lourenço 43 144

Sítio Sede Campestre 268 948

Fazenda Serra Azul 06 20

Fazenda Sucavão de Cima 28 56

Sítio Sucavão dos Gomes 79 191

Sítio Tabatinga 53 178

Sítio Tabatinga dos Romões 137 479

Fazenda Trairas 92 197


Continuação da Tabela 55 - Dados das comunidades rurais abastecidas por
Sistemas Independentes geridos por Associações Comunitárias.

Gestor do Povoado, Sítio, Fazenda ou Quantidade de Nº de


Sistema Assentamento Rural Imóveis Habitantes
Independentes
– Associações

Sítio Trairas 46 157


Comunitárias
Sistemas

Fazenda Transval 14 17

Fazenda Uberaba 09 24

*ND – Informação não Disponível


Fonte: Prefeitura Municipal de Macaíba.

As comunidades que possuem os sistemas de abastecimento de água maiores serão


descritas com maior riqueza de detalhes.

124
5.4.1. Comunidade Jundiaí
A comunidade Jundiaí é abastecida pelo sistema da Escola Agrícola de Macaíba.

Figura 48 - Casas da Comunidade Jundiaí.

O manancial de captação é superficial e a água é retirada de uma vertente do Açude


do Bêbado, através de uma galeria que transporta a água por gravidade para um
reservatório semi-enterrado, localizado na área da Escola Agrícola. Não existe registro
capacidade do reservatório.
Figura 49 - Captação Superficial do Açude do Bêbado.

125

Figura 50 – Estruturas civis da Captação Superficial do Açude do Bêbado.


Figura 51 - Reservatório semi-enterrado da comunidade Jundiaí.

O abastecimento é feito por gravidade e abastece a comunidade Jundiaí e os


banheiros da Escola Agrícola. A água não passa por nenhum tipo de tratamento e é
distribuída através de uma rede de distribuição executada pela Escola Agrícola.
Não existe registro de falta d’água na localidade. 126
O consumo de água não é medido e a população não paga pela mesma.
A escola possui um poço com vazão de 5m³/h, onde a bomba funciona 3,5 horas/dia.
Este poço bombeia água para um reservatório apoiado (não existe registro de volume
do mesmo) que abastece os bebedouros, a diretória e o prédio de informática. Ocorre
com freqüência transbordamentos nesse reservatório e a água não passa por nenhum
tipo de tratamento.
(a) (b)
Figura 52 - Poço que abastece os bebedouros, a diretória e o prédio de
informática da Escola Agrícola (a); Quadro de comando do poço (b).
127

Figura 53 - Reservatório apoiado da Escola Agrícola.

A escola utiliza ainda a água do açude para irrigação e abastecimento do estábulo e


dos tanques de piscicultura.
O Instituto de Neurociências, que está instalado dentro da Escola Agrícola, é
abastecido pela CAERN.
Figura 54 - Açude para irrigação e abastecimento do estábulo e dos tanques de
piscicultura.

128

Figura 55 - Instituto de Neurociências.

O sistema de esgotamento sanitário é feito por meio de fossa negra individual.

5.4.2. Comunidade Tapará


A gestão do sistema é realizada pelo conselho comunitário de Tapará.
O sistema atende a 83,2% da comunidade e é composto por um poço subterrâneo,
perfurado pela prefeitura de Macaíba, com profundidade de aproximadamente 45m e
vazão desconhecida. Do poço a água é recalcada para uma caixa d’água (reservatório
elevado) de 12m³.
(a) (b)
Figura 56 - Poço da comunidade Tapará (a); Reservatório (caixa d'água) elevado
(b).

129
A distribuição é feita por gravidade, através de reservatório elevado. A água não passa
por nenhum tipo de tratamento.
A comunidade possui 117 casas na área de Macaíba e 32 casas na área de São
Gonçalo do Amarante. A comunidade (cerca de 60 casas) paga uma taxa de R$ 8,00
para o Conselho Comunitário (Sr. Genival) realizar a gestão do sistema.

Figura 57 - Comunidade Tapará.


Nas casas onde o abastecimento não é realizado pelo sistema, a comunidade retira
água de cacimbões. Os cacimbões não possuem uma área de proteção e alguns são
construídos próximos às fossas negras.

Figura 58 - Cacimbões utilizados para abastecimento.


130

O sistema de esgotamento sanitário é feito por meio de fossa negra individual e as


águas servidas (cozinha, lavatórios e banho) são jogadas no próprio terreno onde se
encontram as casas.

5.4.3. Curral das Juntas e Curralinho


O abastecimento de água das comunidades é realizado através de poço cacimbão, os
quais não possuem proteção em seu entorno e, em alguns casos, não possuem nem
tampa de proteção.
Figura 59 - Poço cacimbão das comunidades Curral das Juntas e Curralinho.

131

Figura 60 - Poço cacimbão sem tampa.

A retirada da água é realizada manualmente com baldes e em algumas casas através


de bombas.
O sistema de esgotamento sanitário é feito por meio de fossa negra individual e as
águas servidas (cozinha, lavatórios e banho) são jogadas no próprio terreno onde se
encontram as casas.
O lixo da comunidade é queimado, enterrado ou jogado em terrenos baldios.
5.4.4. Comunidade Japecanga
O abastecimento de água da comunidade é realizado através de poço cacimbão, os
quais não possuem proteção em seu entorno e, em alguns casos, não possuem nem
tampa de proteção.
A retirada da água é realizada manualmente com baldes e em algumas casas através
de bombas.
A comunidade possui um poço que foi perfurado pelo Programa de Apoio ao Pequeno
Produtor Rural – PAPP/RN, com bomba, reservatório (caixa d’água) elevado e em
bom estado de conservação, e rede de distribuição, a qual foi totalmente danificada
pela passagem de carros pesados, devido à mesma ter sido instalada com pequena
profundidade. Esse sistema foi construído em 1997, porém nunca foi utilizado devido a
problemas com a fase da energia (falta de um transformador).

132

(a) (b)
Figura 61 - Poço perfurado pelo PAPP/RN (a); Quadro de comando do poço (b).
Figura 62 - Reservatório elevado construído pelo Programa de Apoio ao
Pequeno Produtor Rural – PAPP/RN.

O sistema de esgotamento sanitário é feito por meio de fossa negra individual e as 133
águas servidas (cozinha, lavatórios e banho) são jogadas no próprio terreno onde se
encontram as casas.
O lixo da comunidade é queimado, enterrado ou jogado em terrenos baldios.

5.4.5. Sítio Lamarão


A comunidade possui um poço que foi perfurado pelo Programa de Apoio ao Pequeno
Produtor Rural – PAPP/RN, com bomba instalada e em funcionamento, apesar de não
existir bomba reserva.
Figura 63 - Sítio Lamarão.

A água do poço é recalcada para um reservatório (caixa d’água) elevado. Apesar de o


reservatório ser lavado de seis em seis meses, e a Secretaria de Saúde do município
de Macaíba analisar a qualidade da mesma semestralmente, a água não passa por
134
tratamento.

Figura 64 - Reservatório elevado do Sítio Lamarão.

Do reservatório, a água é distribuída para a comunidade por gravidade, através de


uma rede de distribuição. É necessário realizar manobra para abastecimento de toda a
comunidade e as casas não possuem hidrômetros.
A área de localização do poço e do reservatório necessita de limpeza do terreno. A
gestão dos serviços é realizada pela Associação Comunitária, que cobra uma taxa fixa
de R$ 5,00 para manter o sistema.

Figura 65 - Área de localização do poço e do reservatório.


135

A energia consumida pela bomba é paga pela Prefeitura. Na comunidade, existem


aproximadamente 60 casas com ligação de água, e algumas granjas, mas nem todas
são abastecidas.
O sistema de esgotamento sanitário é feito por meio de fossa negra individual e as
águas servidas (cozinha, lavatórios e banho) são jogadas no próprio terreno onde se
encontram as casas.
O lixo da comunidade é queimado, enterrado ou jogado em terrenos baldios.

6. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

6.1. DIAGNÓSTICO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA CAERN


No diagnóstico é apresentada a análise e verificação da capacidade das unidades
componentes do sistema de abastecimento de água existente (produção, tratamento,
reservação e distribuição), identificando suas deficiências atuais, bem como suas
prováveis causas e necessidades de melhorias.
Os problemas existentes nos mananciais de captação estão relacionados à falta de
manutenção de bombas.
Em análises gerais, o sistema de Macaíba apresenta uma avaliação positiva, visto que
a capacidade da captação é considerada suficiente. Porém, na captação, os
equipamentos usados são obsoletos, apresentando problemas de funcionamento,
necessitando de manutenção e até substituição destes.
As áreas dos poços estão desprovidas de uma cerca ou muro de proteção, em alguns
casos, e de vigilância. As estruturas elétricas, em alguns casos, encontram-se
expostas e as estruturas hidráulicas estão desgastadas, porém sem vazamentos.
Não existe um programa de limpeza dos poços, nem manutenção preventiva das
estruturas civis, hidráulicas e eletromecânicas das bombas e casas de comando,
sendo a mesma somente corretiva.
Os problemas operacionais mais freqüentes nas captações são queda de energia e
roubo dos fios dos conjuntos moto-bomba.
O sistema de abastecimento e distribuição de água implantado na sede municipal é
operado pela CAERN - Companhia de Água e Esgotos do Rio Grande do Norte, sendo
considerado deficitário no que se refere à distribuição e satisfatório no que se refere à 136

oferta, à captação e à reservação.


A capacidade de atendimento da adutora é considerada satisfatória, porém a adutora
está em processo de corrosão, o que causa vazamentos e rupturas ao menos uma vez
por mês. Não existe um programa de manutenção preventiva, de limpeza das
tubulações e nem monitoramento de pressões nessas adutoras.
A água do Aqüífero Barreiras é considerada de boa qualidade, de tal forma que só é
realizada uma desinfecção na EE-1 (Granja Recreio), antes de a mesma ser recalcada
para os reservatórios de distribuição, de forma a garantir os padrões sanitários durante
o abastecimento.
O município de Macaíba apresenta diversos problemas de falta de água,
principalmente nos bairros que estão localizados nas partes altas da cidade.
A edificação da estação elevatória de água tratada (EE-1 – Granja Recreio) está em
bom estado de conservação e não necessita de recuperação.
A capacidade de reservação de um sistema de abastecimento está relacionada com
as necessidades de produção e adução de água tratada, bem como, com a segurança
do fornecimento de água em quantidade adequada para atendimento das
necessidades da população, ou seja, volume inferior ao mínimo recomendado implica
na necessidade de uma capacidade de produção maior (vazão máxima horária) sob
pena de gerar demandas reprimidas (falta d’água) nos horários de pico de consumo.
Os reservatórios elevados, que atendem a população urbana do município,
apresentam as estruturas hidráulicas em bom estado, porém sua estrutura civil
apresenta infiltrações e algumas fissuras, as quais não comprometem sua integridade,
porém necessita de reparos urgentes. Falta um sistema de automação para um efetivo
controle operacional e redução das perdas por transbordamento no reservatório
elevado do Centro (R1). Não existe também controle da quantidade de água recebida
e distribuída, sistema de pára-raios, medidores de nível e nem controle de bóia.
A eficiência de um sistema distribuidor se mede pela sua capacidade de atendimento
às demandas de consumo e pelas perdas nele existentes, de modo que quanto mais
balanceado ele seja, menores serão as despesas com energia elétrica, produtos
químicos para tratamento de água, manutenções de redes, bem como mais otimizados
serão os investimentos.
Um grande problema do município é com relação à rede de distribuição, uma vez que 137

cerca de 10% da mesma é de cimento amianto, a qual já está sendo substituída. Além
disso, o sistema não possui não possui setorização, dificultando assim, as
intervenções para manutenção e operação. Não há nenhum tipo de monitoramento de
pressões na rede de distribuição, nem programas de manutenção preventiva e de
limpeza de tubos. A manutenção é somente corretiva e seus serviços são priorizados
de acordo com a gravidade do problema. É necessária a realização de 12 manobras
para abastecimento da zona urbana do município.
Porém, o maior problema observado no sistema distribuidor é a inexistência de um
cadastro técnico das redes. O cadastro de redes é a base imprescindível para se
estudar, compreender e implementar intervenções nas redes, que vão desde reparos
de vazamentos até o gerenciamento de zonas de medição e controle.
Outro fator muito marcante na análise do sistema distribuidor é a total ausência de
macromedidores, ou mesmo de atividades rotineiras de pitometria. As vazões
informadas e utilizadas por base em todas as análises são estimadas por métodos
empíricos e rudimentares, não auferindo confiabilidade aos indicadores vigentes.
Pelo exposto acima, torna-se quase impossível diagnosticar as condições
operacionais das redes distribuidoras. Para que isto seja possível, é necessário que
sejam implementadas algumas ações de base como atualização cadastral, setorização
e macromedição, a partir de onde os diagnósticos poderão ser numericamente
analisados, e efetivamente embasar a análise de perdas, condições das redes,
volumes disponibilizados, etc.
As estruturas civis dos boosters encontram-se com necessidade de pequenos reparos
e pintura. Os conjuntos elevatórios não possuem bomba reserva. Não há instalações
elétricas expostas nos boosters.
Segundo informações do Chefe de Escritório Local da CAERN, não existe um
programa de manutenção preventiva das estruturas civis, hidráulicas e nem
eletromecânicas dos boosters, sendo a mesma somente corretiva.
No verão, quando aumenta a demanda de água no município, os boosters não
conseguem abastecer os bairros localizados nas partes altas, ficando o abastecimento
dos mesmos sendo feito através de caminhão-pipa.
Existe na CAERN um projeto de Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água do
município de Macaíba, elaborado em parceria com o Governo do Estado do Rio 138

Grande do Norte – Secretaria de Transportes e Obras Públicas (STOP). O projeto foi


desenvolvido pela HIDROSERVICE (2001), e prevê:
 A substituição do booster por um reservatório elevado de 80 m 3 de capacidade;
 A construção de mais uma estação elevatória de água tratada, EAT-2, que
recalcará a partir do reservatório da Zona Oeste Central para o novo
reservatório elevado da Zona Central Alta;
 Ampliação da rede em 26.423m, sendo: para diâmetro até 100 mm será
adotado a linha de PVC, classe 12 e para diâmetros superiores, até 300 mm a
linha de PVC DEFoFo;
 Estima-se que a quantidade de ligações prediais para as obras de 1a Etapa
seja de 1.330.
 Foram previstos ainda incremento no sistema de adução, com extensão de
1.326 m de DN 200 mm em PVC DEFoFo.
O projeto de ampliação da HIDROSERVICE (2001) está sendo readequado por uma
equipe da CAERN.
O índice de hidrometração (micromedição) no município é de 45,36%, que é
considerado baixo. Existem muitos problemas de hidrômetros que estão parados.
Nas comunidades rurais, abastecidas pela CAERN, ocorrem muitos problemas de falta
de água. Existem algumas comunidades que chegam a ficar 10 dias sem água.
As comunidades enfrentam ainda diversos problemas de hidrômetro parado, porém
não há nenhuma medida regulatória por parte da CAERN.
Nas comunidades rurais abastecidas pela CAERN, as áreas de localização dos poços
subterrâneos encontram-se com as estruturas abandonadas, necessitando de limpeza
dos terrenos.
Segundo o chefe do Escritório Local da CAERN, o sistema de Macaíba necessita de
mais funcionários, equipamentos para a realização dos serviços e veículos para o
transporte.

6.2. DIAGNÓSTICO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA ZONA RURAL – SAAE


O SAAE de São Gonçalo do Amarante é responsável pelo abastecimento de 03 (três)
comunidades rurais pertencentes ao município de Macaíba.
O diagnóstico da zona rural contempla a falta de controle operacional dos sistemas de 139

abastecimento de água.
Atualmente não há nenhuma previsão de investimentos nos sistemas de água e
esgoto da zona rural, por parte do SAAE de São Gonçalo do Amarante.
O sistema funciona sem bomba reserva e, apesar de possuir tratamento, os
moradores consideram a água “pesada”. São realizadas análises mensais da água do
reservatório e corrigida a quantidade de cloro, se necessário.
A rede de distribuição constantemente apresenta vazamento, porém o mesmo só
acontece devido ao transporte de veículos pesados no local.
Mesmo com um sistema de abastecimento implantado, existem casas nas
comunidades que não possuem ligação, portanto, o abastecimento das mesmas é
realizado através de caminhão-pipa.

6.3. DIAGNÓSTICO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA ZONA RURAL –


ASSOCIAÇÕES COMUNITÁRIAS
O diagnóstico da zona rural contempla a falta de controle operacional dos sistemas de
abastecimento de água, além de controle de qualidade da água, sendo o último
executado pela Vigilância Sanitária, apenas quando há solicitação.
Atualmente não há nenhuma previsão de investimentos nos sistemas de água e
esgoto, por parte das Associações Comunitárias e Prefeitura Municipal de Macaíba.
Os problemas de abastecimento da área rural se refletem tanto na quantidade como
na qualidade da água.
Os principais problemas encontrados nas comunidades que possuem sistemas de
abastecimento com captação em poços e abastecimento através de redes de
distribuição são:
 Inexistência de tratamento da água e poços reserva nos sistemas;
 Ausência de proteção e vigilância das áreas dos poços;
 Falta de cadastro técnico dos reservatórios e da rede de distribuição, de forma
que não temos como avaliar a capacidade dos mesmos e a situação da rede
de distribuição;
 Problemas estruturais, como fissuras, destacamento de reboco e vazamentos
nos reservatórios;
 Falta de medição do consumo das residências; 140

 Estruturas hidráulicas danificadas, necessitando de substituições;


 Estruturas elétricas expostas, podendo ocasionar acidentes.
Como solução para as comunidades mais populosas seria necessário um estudo de
disponibilidade hídrica dos mananciais próximos as comunidades, de forma a garantir
o abastecimento das mesmas. Além disso, seria interessante realizar a instalação de
dosadores de cloro ao sistema, e estações de tratamento compactas, quando
necessário. Devem-se recuperar as estruturas civis, hidráulicas e elétricas danificadas.
Também é necessário implantar um sistema de cobrança pelo consumo da água, de
forma que o sistema consiga se mantido. A gestão desses sistemas pode ser realizada
pela própria comunidade, através das associações rurais.
Para as comunidades que possuem um manancial próximo deve-se implantar um
sistema de abastecimento de água com reservatório, unidade compacta de tratamento
e rede de distribuição. Para as comunidades que não possuem manancial próximo
devem-se estudar alternativas de abastecimento dessas comunidades de forma a
garantir a regularidade do abastecimento das mesmas. A gestão desses sistemas
instalados pode ser realizada pela própria comunidade, através das associações
comunitárias.
7. CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

7.1. ESGOTAMENTO SANITÁRIO CAERN – SÍNTESE DAS CONDIÇÕES


ATUAIS
O município de Macaíba não possui sistema público de coleta e tratamento dos
esgotos sanitários na área urbana, exceto por uma pequena extensão de rede,
totalizando 2.335 m com diâmetro de 150 mm, que coleta 312 ligações residenciais,
representando aproximadamente 3% da população urbana. A rede de coleta existente
atende somente o bairro IPÊ (conjunto habitacional) e quatro ruas do bairro São
Geraldo.
Segundo dados do CAERN (2009) – Assessoria de Gestão Empresarial, a extensão
da rede coletora de esgoto do município de Macaíba é de 21.530m (21,5 Km).
A rede existente na margem esquerda do rio direciona os esgotos coletados em duas
fossas sépticas (IPE e São Geraldo), cujo efluente é lançado no rio Jundiaí. Já, a rede
existente na margem direita não está operando visto que não foram executadas as 141

ligações domiciliares.
Não existe cadastro técnico da rede implantada e esta possui mais de 20 anos de
assentamento. As redes são em manilha de cerâmica de DN 100 a 200mm.
Não existe programa de manutenção preventiva, apenas corretiva quando há
necessidade.
Os extravasamentos e entupimentos ocorrem com baixa freqüência, sendo uma ou
duas ocorrências mensais. A desobstrução da rede é realizada através de
hidrojateamento.
Os vazamentos e rupturas ocorrem devido à rede ser antiga, sendo uma ocorrência a
cada dois meses.
Não existe cadastro técnico das redes. As ocorrências de má qualidade das redes são
devidas ao desgaste natural da rede que já opera acima da sua vida útil. Atualmente a
rede encontra-se subdimensionada.
O transporte de esgoto no emissário é feito por gravidade para uma fossa séptica,
seguida de sumidouro, que lança os efluentes no Rio Jundiaí.
Segundo informações do chefe de Escritório Local da CAERN, os resíduos da fossa
séptica são lançados numa lagoa de descarte para ressecamento. A eficiência no
tratamento é em torno de 90%.
O restante do município, que não é atendido com sistema de esgotamento sanitário,
adota como formas de afastamento dos esgotos da população, a solução individual
através de: fossas negras, lançamentos indevidos dos dejetos nas galerias de águas
pluviais e lançamentos a céu aberto.
Existe um projeto do Governo do Estado do Rio Grande do Norte – Secretaria de
Transportes e Obras Públicas (STOP) em parceria com a CAERN, de Estudos de
Concepção Básica e Projeto Básico e Executivo para o Sistema de Coleta e
Tratamento de Esgotos da área urbana do município de Macaíba, elaborado no ano de
2001 pela empresa HIDROSERVICE Engenharia Ltda. As obras do projeto estão em
andamento, porém o sistema de esgotamento sanitário ainda não está em
funcionamento.
142

Figura 66 - Obra da ETE em construção.

O projeto da HIDROSERVICE previu investimentos da ordem de R$ 4.206.013,68


(quatro milhões, duzentos e seis mil, treze reais e sessenta e oito centavos). Porém, a
CAERN possui recursos liberados através do Contrato de Financiamento nº 0156.811-
91/03 (Obras com Recursos do “Pró-Saneamento” – Caixa Econômica Federal), no
valor de R$ 3.376.506,86 (três milhões, trezentos e setenta e seis mil, quinhentos e
seis reais e oitenta e seis centavos), e, através do Contrato de Financiamento nº
248464-42/08 (Obras com Recursos do PAC "Saneamento para Todos 2008"), no
valor de R$ 9.987.535,00 (nove milhões, novecentos e oitenta e sete mil, quinhentos e
trinta e cinco reais), para Ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário de
Macaíba, o que totaliza um valor de R$ 13.364.041,86 (treze milhões, trezentos e
sessenta e quatro mil, quarenta e um reais e oitenta e seis centavos).
Segundo informações levantadas no Setor de Projetos da CAERN - Sede, o projeto da
HIDROSERVICE está sendo readequado e atualizado com alterações substanciais,
mas ainda não foi finalizada a revisão. As obras no sistema de esgotamento sanitário
do município estão em andamento.
Segundo dados do Setor de Projetos da CAERN – Sede, a mesma possui ainda
recursos em fase de aprovação e contratação, no valor de R$ 5.681.103,96 (cinco
milhões, seiscentos e oitenta e um mil, cento e três reais e noventa e seis centavos),
para complementação do esgotamento sanitário de Macaíba. Essa complementação
vai beneficiar uma população de 16.528 habitantes, com 4.132 ligações.
O Centro Industrial Avançado de Macaíba possui sistema de esgotamento sanitário,
que conta com coleta e tratamento dos esgotos através de uma Estação de 143

Tratamento de Esgotos (ETE), gerido pela CAERN.


A zona rural não possui sistema de esgotamento sanitário, sendo a solução individual
através de fossas negras, a forma adotada para o afastamento dos dejetos da
população. As águas servidas de lavatórios e cozinha são despejadas a céu aberto no
próprio terreno das casas.

7.1.1. Sistema de Esgotamento Sanitário do Centro Industrial Avançado


(CIA)
Segundo dados da VBA Consultores (2004), em 2002 foi elaborado um projeto para
tratamento dos efluentes líquidos gerados nas indústrias do CIA, contando com as
seguintes unidades de tratamento:
 Unidades de pré-tratamento: gradeamento simples, caixa de areia tipo canal
longo e medidor de vazão – calha Parshall;
 Lagoa aerada aeróbia: volume útil de 32.193m³ e profundidade de 3m;
 Lagoa aerada facultativa: volume útil de 27.433m³ e profundidade de 3,5m.
O sistema de esgotamento sanitário coleta os efluentes das 14 indústrias (alimentos e
outras) do CIA, sendo o percentual de coleta de 100%. A rede coletora está
implantada em todo o complexo industrial do município de Macaíba.
O tratamento é feito da seguinte forma: os efluentes são despejados nas duas lagoas
aeradas facultativas, sendo uma de estabilização e maturação e uma de polimento,
ainda na ETE existe um leito de secagem, gradeamento e caixa de areia.
A cobertura das lagoas é de polietileno. Atualmente uma das lagoas encontra-se
desativada. Porém, já existe previsão de recuperação da lagoa inoperante do CIA,
para o mês de setembro/2011.
Após as fases de tratamento, o efluente final da ETEI (Estação de Tratamento de
Esgoto Industrial) flui por gravidade através de um coletor até o poço de efluente
tratado da Estação de Bombeamento, de onde é recalcado para o rio Jundiaí.

144

(a) (b)
Figura 67 - Medidor de vazão – calha Parshall (a); Gradeamento (b).

O leito de secagem é utilizado para desidratar o material, que é lançado


posteriormente na lagoa de descarte.
(a) (b)
Figura 68 - Lagoa aerada da ETE em funcionamento (a); Aerador da lagoa aerada
(b).

145

(a) (b)
Figura 69 - Lagoa aerada inoperante (a); Bolhas de gases na lagoa aerada
inoperante (b).

O sistema de tratamento das lagoas aeradas possuía dez aeradores funcionando, mas
alguns foram roubados e outros estão inoperantes, restando apenas quatro em
funcionamento.
O sistema possui apenas uma estação de bombeamento de efluente industrial, que
fica localizada na mesma área da ETE. A estação de bombeamento possui quatro
bombas, onde duas estão operando e duas são reserva. As bombas que estão em
funcionamento são: uma de entrada de efluentes que recalca para as lagoas aeradas,
e uma de saída que recalca os efluentes tratados para lançamento no rio Jundiaí.

Figura 70 - Bombas operantes da estação de bombeamento (entrada e saída de


efluentes).

146
A manutenção nas redes de coleta é apenas corretiva e existem poços de visita que
raramente extravasam ou obstruem o que ocorre, às vezes, por descuido de alguma
indústria têxtil.
A rede está bem dimensionada e são em material PVC, concreto e PVC com fibra de
vidro.
Os vazamentos e rupturas ocorrem com pouca freqüência, causados por erosões
esporádicas.
O monitoramento da qualidade dos efluentes é feito semanalmente. Os pontos de
coleta são: na entrada das lagoas, em diferentes pontos da lagoa e no descarte final.
O sistema de esgotamento sanitário do CIA apresenta problemas mecânicos,
problemas na construção e problemas nos aeradores.

7.1.2. Projeto de Implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário na Área


Urbana do Município
Conforme dados do projeto da HIDROSERVICE (2001), a zona urbana do município
de Macaíba foi subdividida em seis bacias de esgotamento sanitário (tabela 56) em
função das condições topográficas, denominadas B1 a B6, sendo que a bacia B3 é a
única que dispõe de área para tratamento dos esgotos.
As bacias B4 a B6 não serão atendidas pelo sistema público de coleta de esgoto face
à baixa densidade demográfica das mesmas.
As bacias B1 e B2 localizam-se na margem direita do Rio Jundiaí.
Os esgotos coletados nas Bacias B1 e B2 encaminharão os esgotos até uma estação
elevatória de esgoto, denominada EEB-1, localizada próxima à ponte municipal sobre
o rio Jundiaí na bacia B2. E desta, o esgoto será recalcado para a estação de
tratamento de esgoto e no seu percurso o emissário de recalque receberá a
contribuição da elevatória EEB-2.
A bacia B3 localiza-se na margem esquerda do Rio Jundiaí e o esgoto será
direcionado para a elevatória EEB-2, localizada aproximadamente 250 m a jusante da
ponte municipal.
Uma pequena área da bacia B1 será atendida na segunda etapa, face à pequena
densidade demográfica atual, e os esgotos desta área serão direcionados para uma
estação elevatória EEB-3 e recalcados para a rede coletora da bacia B1.
O tratamento será efetuado pelo processo de lagoas anaeróbias seguidas de lagoas 147

facultativas, com lançamento final no Rio Jundiaí.


O período de abrangência do plano é de 20 anos e o mesmo prevê um índice de
cobertura urbano de 87,4% de coleta de esgoto em 2018.

Tabela 56 - Área das bacias de esgotamento sanitário de Macaíba.

BACIA ÁREA (ha)


B1 121,65
B2 78,7
B3 342,93
B4 67,97
B5 31,86
B6 25,17
Total 668,28

O sistema de esgotamento proposto é do tipo condominial e numa primeira etapa


estima-se a realização de 6.487 ligações, representando 47,13% das ligações de água
cadastradas atualmente. Estima-se que essas ligações abranjam uma população de
33.760 habitantes.
7.1.2.1. Rede de coleta de esgoto
Na primeira etapa do projeto pretende-se executar 30.781 m de rede coletora,
conforme tabela 57.

Tabela 57 - Características da rede coletora implantada.

DIÂMETRO EXTENSÃO DE REDE A IMPLANTAR NA 1ª ETAPA (m)


NOMINAL
Bacia 1 Bacia 2 Bacia 3 TOTAL

DN 150 4.406 4.380 17.221 26.007


DN 200 1.800 1.037 2.837
DN 250 1.278 659 1.937
TOTAL 7.484 4.380 18.917 30.781
Fonte: HIDROSERVICE (2001)

Como observado na tabela acima, o diâmetro da rede coletora varia entre 150 e 148
250mm e a mesma é de PVC.
Conforme citado anteriormente, os esgotos coletados na Bacia B1 e B2 encaminharão
os esgotos até uma estação elevatória, denominada EEB-1, e desta o esgoto será
recalcado para a estação de tratamento de esgoto e no seu percurso o emissário de
recalque receberá a contribuição da elevatória EEB-2. Enquanto a bacia B3
encaminhará o esgoto para a elevatória EEB-2.

7.1.2.2. Estações Elevatórias de Esgoto


As bacias de esgotamento B1 e B2 lançarão os esgotos na elevatória EEB-1 e os
esgotos da bacia B3 na elevatória EEB-2. Uma pequena área da bacia B-1 será
atendida no futuro com a construção de mais uma estação elevatória, EEB-3.
Todas as elevatórias serão equipadas com gerador, atendendo a recomendação do
órgão ambiental do Estado.
A EEB-1 recalcará os esgotos das bacias B1 e B2 para a estação de tratamento de
esgoto e no seu percurso o emissário de recalque receberá também o recalque da
elevatória EEB-2.
Todas as elevatórias contarão com um sistema de remoção de material grosseiro
composto por uma cesta de aço inoxidável.
Nas tabelas 58 e 59 estão apresentadas, as vazões afluentes das elevatórias e as
características das mesmas.

Tabela 58 - Vazões efluentes das estações elevatórias.

VAZÃO MÁXIMA HORÁRIA (l/s)


BACIAS DE
ELEVATÓRIA
CONTRIBUIÇÃO
2000 2005 2010 2015 2018

EEB-1 B1 + B2 18,3 20,7 23,2 24,6 25,1


EEB-2 B3 40,5 46,3 52,5 57,1 59,6
EEB-3 B1 (parcial) - - 1,1 1,1 1,1
Fonte: HIDROSERVICE (2001)
A EEB-3 será construída em 2a Etapa

Tabela 59 - Características das estações elevatórias e linhas de recalque.

PARÂMETROS EEB-1 EEB-2


149
Vazão (l/s) 26 60
Quantidade de bombas 1+1 1+1
Altura manométrica (mca) 29 28
Potência (CV) 30 50
Centrífuga Centrífuga
Tipo de bomba
Submersível Submersível
Diâmetro do Emissário (mm) 150/300 200/300
Velocidade (m/s) 1,47 / 1,22 1,91 / 1,22
Extensão (m) 120 / 2.743 80 / 2.743
Material da adutora PVC DEFoFo PVC DEFoFo
Fonte: HIDROSERVICE (2001)

7.1.2.3. Estação de Tratamento de Esgoto e Destino Final


O projeto propõe a construção de uma única estação de tratamento, com vazão de
49,94 l/s, composta por duas lagoas de estabilização anaeróbias e quatro lagoas de
estabilização facultativas. A estação de tratamento contará com um medidor de vazão
na entrada. Suas características estão apresentadas na tabela 60.
Tabela 60 - Características da estação de tratamento de esgotos.

LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO
PARÂMETROS
Anaeróbias Facultativas

Quantidade 2 4
Vazão unitária (l/s) 24,97 12,4
Largura (m) 21,5 33,5
Comprimento (m) 86 134
Profundidade (m) 3,5 1,7
Tempo de detenção (dias) 3,0 7,2
Elaboração: HIDROSERVICE (2001)

A descarga final será no Rio Jundiaí, através de um emissário a gravidade, com


diâmetro de 250 mm e extensão de 110 m.

7.1.3. Zona Rural


A zona rural não possui sistema de esgotamento sanitário, sendo a solução individual 150

através de fossas negras, a forma adotada para o afastamento dos dejetos da


população. As águas servidas de lavatórios e cozinha são despejadas a céu aberto no
próprio terreno das casas.

7.1.4. Qualidade do Efluente


Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta ou
indiretamente, nos corpos de água, após o devido tratamento e desde que obedeçam
as condições, padrões e exigências dispostos na Resolução CONAMA nº 357, datada
de 17 de março de 2005, e em outras normas aplicáveis.
A tabela 61 apresenta o resultado das análises realizadas em Setembro de 2009, para
o sistema de esgotamento sanitário do município de Macaíba, bem como os valores
máximos para cada parâmetro, estabelecido pela Resolução CONAMA nº 357/2005.
Em análise dos dados da tabela 61, nota-se que alguns parâmetros, destacados em
vermelho, estão em desacordo com os padrões estabelecidos pela Resolução
CONAMA no 357/2005, porém estes pontos apresentam-se fora dos padrões apenas
para o parâmetro de sólidos sedimentáveis (ml/L) e referem-se a esgoto bruto.
Os demais parâmetros encontram-se de acordo com os padrões de lançamento de
efluentes estabelecidos pela Resolução.
A eficiência do sistema conforme pode ser observado na tabela 61, apresenta valor de
43,68% de eficiência no tratamento para o parâmetro de DBO (mg/L), que é
considerado um índice baixo.
Em análise geral, o padrão de lançamento de efluentes encontra-se em acordo com o
disposto na Resolução CONAMA.

151
Tabela 61 - Resultado de Análises de Águas Residuárias físico-químicas e bacteriológica.

152

Fonte: Gerência de Qualidade do Produto e Meio Ambiente, CAERN, Setembro/2009.


7.1.5. Informações Comerciais

7.1.5.1. Análise das Ligações e Economias

Segundo informações da CAERN, em outubro de 2010, o sistema de esgotamento


sanitário contava com 322 ligações cadastradas, as quais esgotam 333 economias,
sendo, portanto, 1,03 a densidade de economias por ligação. Nas tabelas e nas
figuras abaixo são apresentados dados das ligações e economias de esgoto do
município, em outubro de 2010, segundo o Sistema de Informações para
Planejamento – SINP – da CAERN.

Tabela 62 - Número de ligações e economias de esgoto do município.


LIGAÇÕES
Cadastradas 322
Cadastradas Convencional 1 153
Cadastradas Condominial 321
Ativas 311
ECONOMIAS
Cadastradas 333
Cadastradas Convencional 2
Cadastradas Condominial 331
Ativas 322
Ativas Convencional 2
Ativas Condominial 320
Fonte: SINP, outubro de 2010.
0,3%

99,7%

Cadastradas Condominial Cadastradas Convencional

Figura 71 - Porcentagem de ligações em função do tipo de rede.

De acordo com a figura 71, o sistema de esgotamento sanitário conta com 322
ligações cadastradas, sendo 99,7% das mesmas ligadas em uma rede condominial e 154
0,3% ligadas na rede do tipo convencional.
Conforme apresentado na tabela 62, pode-se observar que 96,58% das ligações totais
estão ativas.

Tabela 63 – Número de economias ativas por tipo de estabelecimento.


ECONOMIAS ATIVAS
Total 322
Residencial 312
Pública 6
Comercial 4
Fonte: SINP, outubro de 2010.
1,86% 1,24%

96,89%

Residencial Pública Comercial

Figura 72 – Porcentagem de economias por tipo de estabelecimento.

Como observado na figura 72, as economias residenciais ativas, representam 96,89%


das economias totais. Observa-se ainda que as economias públicas representam
155
1,86% e as comerciais 1,24% das economias totais.

Tabela 64 - Número de ligações por faturamento.


LIGAÇÕES POR FATURAMENTO
Ativas 311
Faturadas Medidas 0
Faturadas não Medidas 0
Não Faturadas 311
Fonte: SINP, outubro de 2010.
100,00%

Não Faturadas

Figura 73 - Porcentagem das ligações por faturamento.

De acordo com a figura acima, 100% das ligações não são faturadas, as quais estão 156
suscetíveis a estimativas.

7.1.5.2. Análise dos Volumes


Na tabela e figura abaixo são apresentados os dados de volumes de esgoto do
município em questão:

Tabela 65 - Volume faturado por tipo de estabelecimento.


VOLUMES FATURADOS
(m3/ano)
Total 39.968
Residencial 35.163
Pública 4.313
Comercial 360
Industrial 132
Fonte: CAERN, Assessoria de Gestão Empresarial, 2009.
0,33%
1%
11%

88%

Residencial Comercial Industrial Público

Figura 74 - Porcentagem do volume faturado por tipo de estabelecimento.

Segundo a figura 74, os volumes produzidos na categoria residencial, são os mais


157
expressivos no faturamento do município, representando 88% dos volumes faturados.
Nota-se que apesar do número de economias públicas serem insignificante com
relação ao total (1,86%) a mesma representa 11% do volume de esgoto produzido e
faturado, no município.

7.1.5.3. Análise do Faturamento, Despesas e Investimentos


O faturamento recebido pela CAERN, com relação aos serviços prestados de
esgotamento sanitário está apresentado na tabela abaixo.

Tabela 66 - Faturamento, arrecadação e saldo de contas a receber.


Receitas
Receitas Operacionais com Esgoto Saldo de
Operacionais
(R$/ano) Arrecadação Contas a
Totais - Água
(R$/ano) Receber
e Esgoto
Direta Indireta Total (R$/ano)
(R$/ano)
33.684,84 2.236,52 35.921,36 3.570.086,77 3.266.579,83 23.166.396,13
Fonte: CAERN, Assessoria de Gestão Empresarial, 2009.
Com base nos dados da tabela 66, tem-se que o a receita operacional direta com
esgoto corresponde a 93,77% da receita operacional total com esgoto.
A receita total com esgoto corresponde a 1,01% da receita total com água e esgoto do
município.

Tabela 67 - Faturamento por tipo de estabelecimento.


RECEITAS OPERACIONAIS
(R$/ano)
Total 33.684,84
Residencial 25.718,23
Pública 7.129,17
Industrial 197,56
Comercial 639,88
Fonte: CAERN, Assessoria de Gestão Empresarial, 2009.

0,6%
158

21,2%

1,9%

76,3%

Residencial Comercial Pública Industrial

Figura 75 - Porcentagem do faturamento por tipo de estabelecimento.

Observa-se na figura 75, que o faturamento na categoria residencial é o mais


expressivo no faturamento de esgoto do município, representando 76,3% do
faturamento. Em segundo lugar, com relação ao faturamento no município, tem-se a
categoria pública, com 21,2% do faturamento.
Nota-se que apesar do número de economias públicas serem insignificante com
relação ao total (1,86%) a mesma representa um percentual de 21,2% do faturamento
por esgoto produzido no município.
O município de Macaíba foi contemplado com investimentos no sistema de
esgotamento sanitário no ano de 2009 no valor de R$ 491.911,27, segundo
informações da Assessoria de Gestão empresarial da CAERN.

7.2. ESGOTAMENTO SANITÁRIO COMUNIDADES RURAIS - SAAE


As comunidades rurais do município de Macaíba abastecidas pelo SAAE de São
Gonçalo do Amarante possuem como forma de esgotamento sanitário soluções
individuais como: fossas negras (rudimentares) individuais ou o lançamento a céu
aberto, o que causa um grande problema de os esgotos serem direcionados para a
rede de águas pluviais.
As águas servidas (cozinha, lavatórios e banho) são jogadas no próprio terreno onde
se encontram as casas. 159

O lixo das comunidades é queimado, enterrado ou jogado em terrenos baldios.

7.3. ESGOTAMENTO SANITÁRIO COMUNIDADES RURAIS –


ASSOCIAÇÕES COMUNITÁRIAS
As comunidades rurais do município de Macaíba geridas por associações comunitárias
possuem como forma de esgotamento sanitário soluções individuais como: fossas
negras (rudimentares) individuais ou o lançamento a céu aberto.
As águas servidas (cozinha, lavatórios e banho) são jogadas no próprio terreno onde
se encontram as casas.
O lixo das comunidades é queimado, enterrado ou jogado em terrenos baldios.

8. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

8.1. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO CAERN


Como apenas 3% da população urbana do município de Macaíba é atendida com
coleta de esgoto, não há possibilidade de ser feito um diagnóstico do sistema. Mas, é
importante salientar, que o tipo de destino final adotado para o esgoto, causa grandes
problemas ambientais de contaminação do solo e do aqüífero.
O saneamento básico é de suma importância, seja pelo valor sanitário, ambiental, bem
como paisagístico. Investimentos no setor sanitário trazem vários benefícios aos
municípios, como geração de novos empregos, melhoria estética das ruas, diminuição
de internações hospitalares relacionadas a doenças veiculadas por água contaminada,
com conseqüente melhoria na qualidade de vida da população.
A coleta, o tratamento e a disposição ambientalmente adequada do esgoto sanitário
são fundamentais para a melhoria do quadro de saúde da população do município.
Vale destacar que os investimentos em saneamento têm um efeito direto na redução
dos gastos públicos com serviços de saúde, segundo a Fundação Nacional de Saúde
(FUNASA).
A falta de saneamento é causa de muitas doenças e mortes evitáveis.
O pequeno percentual de rede implantado apresenta os seguintes problemas:
 Os extravasamentos e entupimentos ocorrem com baixa freqüência, sendo 160

uma ou duas ocorrências mensais. A desobstrução da rede é realizada através


de hidrojateamento;
 Os vazamentos e rupturas ocorrem devido à rede ser antiga, sendo uma
ocorrência a cada dois meses;
 Não existe cadastro técnico das redes. As ocorrências de má qualidade das
redes são devidas ao desgaste natural da rede que já opera acima da sua vida
útil. Atualmente a rede encontra-se subdimensionada.
O projeto existente para implantação do sistema de esgotamento sanitário na área
urbana do município deve passar por uma readequação para atendimento às
demandas atuais.
O sistema de esgotamento sanitário do Centro Industrial Avançado apresenta
problemas mecânicos, problemas na construção e problemas nos aeradores. O
sistema de tratamento das lagoas aeradas possuía dez aeradores funcionando, mas
alguns foram roubados e outros estão inoperantes, restando apenas quatro em
funcionamento.
8.2. DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO COMUNIDADES
RURAIS - SAAE
Como não existe um sistema de esgotamento sanitário nas comunidades rurais, não
há possibilidade de ser feito um diagnóstico do sistema. O tipo de destino final para o
esgoto, adotado pelas comunidades, causa grandes problemas ambientais de
contaminação do solo e do aqüífero.

8.3. DIAGNÓSTICO DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO COMUNIDADES


RURAIS – ASSOCIAÇÕES COMUNITÁRIAS
Como não existe um sistema de esgotamento sanitário nas comunidades rurais, não
há possibilidade de ser feito um diagnóstico do sistema. O tipo de destino final para o
esgoto, adotado pelas comunidades, causa grandes problemas ambientais de
contaminação do solo e do aqüífero.

9. EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO NO HORIZONTE DE PROJETO 161

A projeção de cenários demográficos futuros é de fundamental importância na


elaboração de um plano municipal de saneamento básico, uma vez que permitirá
orientar programas e ações que necessitem quantificar a população objeto de estudo.
Esses cenários representam simulações das tendências de evolução populacional
num horizonte de projeto, baseadas na análise de séries históricas, no diagnóstico das
realidades, e no comportamento de tendências futuras do crescimento populacional.

9.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS


Tomando-se como base as informações do IBGE de 2007, o estado do Rio Grande do
Norte conta com 167 municípios, sendo que a grande maioria (84,4%), com população
inferior a 20.000 habitantes.
A classificação geral destes municípios, conforme sua faixa populacional pode ser
expressa pela Tabela 68.
Tabela 68 - Classificação por Faixa Populacional.

Faixa Nº
%
Populacional Municípios

> 100 mil 3 1,8


100 mil a 50 mil 5 3,0
50 mil a 20 mil 18 10,8
20 mil a 10 mil 37 22,2
10 mil a 5 mil 52 31,1
< 5 mil 52 31,1
Total 167 100,0
Fonte: IBGE, 2007.

Em termos de número de habitantes, o município de Macaíba ocupa o 6º lugar no


estado e o 3º lugar em sua faixa populacional, conforme indicado na Tabela 69. A
taxa de urbanização em 2007 foi avaliada em 63,3%.
162

Tabela 69 - Classificação por Número de Habitantes.

População Classificação Classificação Taxa de


Município
(hab) Geral na Faixa Urbanização (%)

Macaíba 63.337 6º 3º 63.3

Fonte: IBGE, 2007.

9.2. METODOLOGIA
Neste item será apresentada a metodologia a ser usada para se determinar a
evolução da população ao longo do período de estudo do plano, que foi definido como
sendo de 30 anos, com início em 2011 e estendendo-se até 2041.
Neste sentido, a metodologia será apresentada conforme a seguinte seqüência de
análise:
- Fonte de Informações;
- Estudos Existentes;
- Métodos para Previsões Populacionais;
- Critérios para Determinação das Populações Total, Urbana, Rural e Distrital do
Município.

- Fonte de Informações
Como fontes de informações para a estimativa de evolução populacional do município
de Macaíba serão utilizados os dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatísticas – IBGE: censos demográficos de 1991, 2000, além da contagem
populacional de 2007 e a estimativa de 2009.

- Estudos Existentes:
Foram levantadas informações de estudos existentes, onde constem previsões
populacionais, com o objetivo de se buscar, quando possível, manter uma coerência
entre estas previsões e as levantadas no presente estudo, de modo que não co-
existam informações muitas vezes, totalmente discrepantes e que levam a resultados
muito diferentes nas etapas posteriores dos estudos, tais como, previsões de 163

demandas, necessidades de investimento, etc. Os seguintes estudos foram usados


como fonte de informações:
 “Diagnóstico Técnico Operacional e Avaliação de Cenários para Prestação de
Serviços de Água e Esgotos do Estado do Rio Grande do Norte”, elaborado
pela VBA Consultores, empresa contratada pelo PMSS (Programa Nacional
de Modernização do Setor de Saneamento), em 2004.

- Métodos para Previsões Populacionais


Para projeção da população futura, tomando-se como base informações atuais,
existem diversos métodos, destacando-se os seguintes:
 Método dos Componentes Demográficos;
 Métodos Matemáticos;
 Método da Extrapolação Gráfica.

O Método dos Componentes Demográficos considera a tendência passada


verificado pelas variáveis demográficas: fecundidade, mortalidade e migração, onde
são formuladas hipóteses de comportamento futuro (Tsutiya & Alem Sobrinho, 2000).
O método é expresso pela seguinte equação:

𝑷 = 𝑷𝟎 + 𝑵 − 𝑴 + (𝑰 − 𝑬)

Onde:
- 𝑃 e 𝑃0 são respectivamente, as populações numa data determinada e a população no
do período dos estudos;
- (N - M) representa o crescimento vegetativo no período, sendo N e M os nascimentos
e mortes no período, respectivamente;
- (I - E) representa o crescimento social do período, sendo I as imigrações e E as
emigrações no mesmo período.

Os Métodos Matemáticos utilizam equações matemáticas para previsão do


crescimento populacional num determinado período, tomando como base informações 164

conhecidas sobre as populações de períodos anteriores. Os principais métodos


matemáticos são: aritmético, geométrico, exponencial e logarítmico. São também
importantes os métodos da taxa de crescimento decrescente e da curva logística.
Estes métodos serão mais bem detalhados nos itens posteriores deste relatório.

O Método da Extrapolação Gráfica, também denominado de método de


prolongamento manual consiste no traçado de uma curva arbitrária que se ajusta aos
dados já observados, sem se procurar estabelecer a equação da mesma. Para as
previsões futuras prolonga-se então a curva em observância à sua tendência natural
de crescimento de modo a harmonizar novo trecho com o primeiro.

No presente estudo serão utilizados os métodos matemáticos: aritmético, geométrico,


exponencial e logarítmico para os quais serão aplicadas as curvas de regressão
disponíveis no Microsoft Excel, de onde então serão obtidas as equações Y= f(x) que
representem o crescimento populacional em função do tempo, bem como o coeficiente
de determinação R², que representa o grau de confiabilidade da equação; quanto mais
próximo da unidade estiver, melhor é o ajuste. O coeficiente de determinação é uma
medida da proporção da variação total dos dados em torno da média, assim, por
exemplo, um coeficiente igual a 0, 9920 significa que o grau de confiabilidade da
regressão é de 99,20%.
Os métodos de taxa decrescente de crescimento e da curva logística também serão
utilizados, na medida do possível, desde que atendam os requisitos necessários para
sua aplicação.
No caso das projeções apresentadas no estudo da empresa VBA será aplicada a
extrapolação dos dados através de uma equação de regressão, para o período do
plano.

- Critérios para Determinação das Populações Total, Urbana, Rural e Distrital do


Município
A metodologia matemática descrita no item anterior será usada para a previsão das
populações totais futuras do município.
A previsão da população urbana será feita com base nas taxas de urbanização do 165

município (TxUrb) ao longo do tempo. Para tanto, serão utilizadas as informações dos
Censos, do SNIS e as disponibilizadas pela CAERN, que servirão para se determinar
uma curva de tendência para as taxas de urbanização ao longo do horizonte do
presente estudo. Neste sentido, serão adotadas as mesmas metodologias
matemáticas que foram usadas para a previsão populacional; sendo, entretanto,
possível fazer-se ajustes que se mostrarem coerentes com a vocação do município
para as atividades rurais ou urbanas e de suas expectativas futuras.
A população rural será determinada pela diferença entre a população total e urbana.
Para o caso dos distritos será admitido que os mesmos sigam as mesmas tendências
das áreas, rural ou urbana em que estiverem inseridos. Será calculada a fração
populacional atual do distrito em relação à população urbana ou rural e admitido que a
mesma se mantenha ao longo do período de estudo.

9.3. BANCO DE INFORMAÇÕES POPULACIONAIS


A fim de se ter uma visão de como vem evoluindo a população do município,
apresentamos os dados produzidos pelo IBGE, referentes aos censos de 1970, 1980,
1991 e 2000, bem como a contagem populacional de 2007 e a estimativa de 2009.
Apresenta-se também a distribuição da população do município nos segmentos
urbano e rural bem como a taxa de urbanização, conforme Tabela 70.

Tabela 70 - Informações Populacionais Conforme o IBGE.

População Censos Contagem Estimativa


(%) 1970 1980 1991 2000 2007 2009
Total 29.126 31.270 43.450 54.883 63.337 66.380
Urbana 9.929 17.029 29.019 36.041 40.111
Rural 19.197 14.241 14.431 18.842 23.226
Tx Urb.(%) 34,1 54,5 66,8 65,7 63,3 ND

Na Tabela 71 apresenta-se a taxa de crescimento anual ao longo do período referido


na Tabela 70.

Tabela 71 - Taxa Anual de Crescimento Populacional.


166
Taxa de Crescimento (%)
População
70/80 80/91 91/00 00/07 07/09
Total 0,71 3,04 2,63 2,07 2,37
Urbana 5,54 4,97 2,44 1,54 ND
Rural -2,94 0,12 3,01 3,03 ND

Tabela 72 - Informações Populacionais Conforme Relatório da VBA.

População Projeção Projeção Projeção


(%) 2010 2020 2025
Total 71.118 87.922 96.547
Urbana 46.358 56.735 62.101
Rural 24.760 31.187 34.446
Tx Urb.(%) 65,2 64,5 64,3

Tabela 73 - Taxa Anual de Crescimento Segundo Relatório da VBA.

Taxa de Crescimento (%)


População
00/10 10/20 20/25
Total 2,63 2,14 1,89
Urbana 2,55 2,04 1,82
Rural 2,77 2,33 2,01
Nas Tabelas 74 e 75 são apresentados os dados do período de 1991.s, 2000, 2007 e
2009, que serão usados como base para a projeção da população total futura do
município e das respectivas taxas de urbanização, que permitirão calcular as
populações urbanas e rurais.

Tabela 74 - Dados para Projeção: População Total.

População Taxa de Crescimento


Ano
(hab.) Anual (%)
1991 43.450
2000 54.883 2,63
2007 63.337 2,07
2009 66.380 2,37

Tabela 75 - Dados para Projeção: Taxa de Urbanização.

Taxa de Urbanização
Ano 167
(%)
1991 66,8
2000 65,7
2007 63,3

- Análise dos Dados


Analisando-se os dados das tabelas anteriores pode-se observar que o município vem
sofrendo uma migração da área rural para a urbana que foi bastante intensa nas
décadas de 70 e 80. Este fenômeno se manteve nas décadas seguintes até o ano de
2000, porém com taxas decrescentes.
De fato, a taxa de crescimento populacional da área urbana que era da ordem de
5,54% no período de 70/80 e 4,97% no período de 80/91, caiu para 2,44% em 91/00 e
1,54% no período 00/07.
Estes aspectos se refletem na taxa de urbanização do município que era de 34,1% na
década de 70, cresceu para 65,7% em 2000 e 66,3% em 2007.
Quanto à população total, a taxa de crescimento foi bastante irregular, 0,71% no
período de 70/80, 3,04% em 80/91, 2,63% no período 91/00, 2,07% em 00/07 e 2,37%
em 07/09.
9.4. DETALHAMENTO DAS EQUAÇÕES MATEMÁTICAS A SEREM
USADAS PARA PREVISÃO POPULACIONAL
Conforme relatado no item 9.2 os métodos matemáticos a serem utilizados são:
aritmético, geométrico, exponencial e logarítmico, além dos métodos da taxa de
crescimento decrescente e da curva logística.
A aplicação das equações dos métodos aritmético, geométrico, exponencial e
logarítmico exige dois pontos de entrada.
De uma forma geral os métodos geométricos e exponenciais se adéquam bem para
municípios com população baixa, da ordem de 20.000 habitantes
Já as curvas logísticas e da taxa decrescente de crescimento representam bem o
comportamento de grandes centros urbanos, onde as populações se encontram mais
próximas do limite de saturação.

9.4.1. Método Aritmético


O crescimento populacional ocorre segundo uma taxa constante. 168

No gráfico do Excel é possível obter-se a curva de regressão e o respectivo coeficiente


de determinação R². As fórmulas utilizadas são as seguintes:

P2  P0
Ka 
t2  t0

Pt  P0  K a .(t  t 0 )

Onde:
Pt = população estimada no ano t;

P0 = população inicial no ano t0;


P1 = população estimada no ano t1, t1 >t0;
Ka = Constante de crescimento aritmético.
9.4.2. Método Geométrico
O crescimento populacional é função da população existente a cada instante. Os
resultados são muito similares ao método exponencial. No gráfico do Excel é possível
obter-se a curva de regressão e o respectivo coeficiente de determinação R².
São utilizadas as seguintes fórmulas:

lnP2  lnP0
Kg 
t2  t0

K g .(t  t 0 )
Pt  P0 .e

Onde:
Pt = população estimada no ano t;

P0 = população inicial no ano t0; 169


P1 = população estimada no ano t1, t1 >t0;
Kg = Constante de crescimento geométrico.

Para este método existe outra forma de calcular a população de projeto de acordo com
a razão de crescimento geométrico (q) no período conhecido.

𝒕𝟏 −𝒕𝟎 𝑷𝟏
𝒒=
𝑷𝟎

𝑷𝒕 = 𝑷𝟎 . 𝒒𝒕−𝒕𝟎

9.4.3. Método Exponencial


O crescimento populacional é proporcional a população existente em um determinado
momento. Os resultados são muito similares ao método geométrico. No gráfico do
Excel é possível obter-se a curva de regressão e o respectivo coeficiente de
determinação R².
O crescimento pode ser representado pelas seguintes fórmulas:
Pt  P0 .ert , ou

Pt  P0 .(1  r)t

Onde:
Pt = população estimada no ano t;

P0 = população inicial no ano t0;


P1 = população estimada no ano t1, t1 >t0;
r = constante de crescimento exponencial.

9.4.4. Método Logarítmico


Neste método, o crescimento populacional se dá com uma curva que segue uma
função logarítmica. No gráfico do Excel é possível obter-se a curva de regressão e o
respectivo coeficiente de determinação R². 170
As fórmulas utilizadas são as seguintes:

Pt  P0  c . ln(t)
Ou
c
Pt  P0 
e.t

Onde:
Pt = população estimada no ano t;
P0 = população inicial no ano t0;
P1 = população estimada no ano t1, t1 >t0;
c = Constante de crescimento logarítmico.

9.4.5. Método da Taxa Decrescente de Crescimento


Premissa de que, à medida que a cidade cresce, a taxa de crescimento torna-se
menor. A população tende assintoticamente a um valor de saturação.
2.P0 .P1 .P2  P1 .(P0  P2 )
2

Ps 
P0 .P2  P1
2

c
Pt  P0 
e.t

Onde:
Pt = população estimada no ano t;

Ps = população de saturação;

P0 = população inicial no ano t0;


P1 = população estimada no ano t1, t1 >t0;
P2 = população estimada no ano t2, t2>t1;
O parâmetro c é uma constante da equação.
171
A aplicação das equações deste método exige que a seguintes desigualdades se
mantenham: P0<P1<P2 e P0. P2<P12; também é necessário que os períodos utilizados
para projeção sejam iguais, por exemplo, 1991, 2000 e 2007.

9.4.6. Método do Crescimento Logístico


O crescimento populacional segue uma relação matemática, que estabelece uma
curva em forma de S. A população tende assintoticamente a um valor de saturação
(Ps). A curva tem um ponto de inflexão que ocorre num tempo “ti” e com uma
população Pi; antes do ponto de inflexão, o crescimento populacional apresenta uma
taxa crescente e, após este, uma taxa decrescente.
As condições necessárias para este método são as mesmas que as do método da
taxa de crescimento decrescente, ou seja: P 0<P1<P2 e P0. P2<P12, e períodos iguais.
Estes valores podem ser calculados pelas equações apresentadas a seguir:

2.P0 .P1 .P2  P1 .(P0  P2 )


2

Ps 
P0 .P2  P1
2
(Ps  P0 )
c
P0

1 P .(P - P )
Kl = .ln[ 0 s 1 ]
t 2 - t1 P1 .(Ps - P0 )

Ps
Pt 
1  c.e K l .(t  t 0 )

O ponto de inflexão na curva ocorre nas seguintes condições:

ln(c)
Tempo inflexão  t 0 
K1
172
Ps
População inflexão 
2

Onde:
Pt = população estimada no ano t;
Ps = população de saturação;

P0 = população inicial no ano t0;


P1 = população estimada no ano t1, t1 >t0;
P2 = população estimada no ano t2, t2>t1;
Os parâmetros c e K1 são constantes das equações.

9.5. PREVISÃO DA POPULAÇÃO TOTAL DO MUNICÍPIO


Para previsão da população total do município foram feitas projeções usando os
métodos aritmético, geométrico, exponencial e logarítmico, usando-se a base de
dados da Tabela 74. Para cada um dos métodos, obteve-se a equação de regressão
respectiva e o correspondente coeficiente de determinação R², utilizando-se de
recurso do gráfico do Microsoft Excel.
Também foram aplicadas as equações dos métodos de taxa de crescimento
decrescente e logístico para os anos 1991, 2000 e 2009. Os dados dos obtidos do
estudo da empresa VBA, de 2010, 2020 e 2025, constantes na Tabela 72, foram
extrapolados por uma equação de regressão para o período do plano.
Os resultados destas projeções estão demonstrados na Tabela 76 e Figura 76,
apresentadas a seguir.

Tabela 76 - Comparação Entre os Métodos Matemáticos de Projeção.

Taxa Relatório
Ano Aritmética Geométrica Exponencial Logarítmica Logística
Decrescente VBA

2010 67.416 68.221 68.230 67.387 67.397 67.619 71.081


2015 73.722 76.617 76.682 73.653 72.149 73.605 79.547
2020 80.027 86.021 86.181 79.903 76.386 79.161 88.013
2025 86.333 96.552 96.857 86.139 80.164 84.198 96.479
173
2030 92.638 108.341 108.855 92.358 83.533 88.671 104.944
2035 98.944 121.535 122.340 98.563 86.537 92.570 113.410
2040 105.249 136.297 137.495 104.752 89.215 95.912 121.876
2041 106.510 139.454 140.744 105.988 89.715 96.517 123.569
150.000

140.000

130.000

120.000 Aritmética
Geométrica
110.000
Exponencial

100.000 Logarítmica
Taxa Decrescente
90.000
Logistica
80.000 Relatório VBA

70.000

60.000
2.005 2.010 2.015 2.020 2.025 2.030 2.035 2.040 2.045 174

Figura 76 - Gráfico Comparativo Entre as Projeções Populacionais.

Analisando os dados obtidos das projeções, podemos tirar as seguintes conclusões:


- Das projeções que utilizam os métodos matemáticos, a geométrica e exponencial
estão muito próximas e apresentam resultados muito elevados;
- O mesmo acontece com as projeções aritméticas, e logarítmicas, porém com
resultados mais coerentes;
- As projeções com os métodos da taxa de crescimento decrescente e logística
apresentaram valores muito abaixo dos anteriores;
- A extrapolação dos dados do estudo populacional elaborado pela empresa VBA,
apresenta valores igualmente elevados.

Para o presente plano será adotada, a projeção obtida pelo método aritmético que
apresenta maior coeficiente de determinação. Esta projeção prevê para fim de plano,
uma população total de 106.510 habitantes, correspondente a um aumento de 58% da
população, no período 2010/2041.
O coeficiente de determinação obtido é de 0,9995, o que significa que a regressão tem
99,95% de confiabilidade matemática.
Na Figura 77 e Tabela 77, apresentamos os dados específicos da projeção aritmética.

REGRESSÃO`ARITMÉTICA

70.000
60.000
População ( hab )

50.000
40.000
y = 1.261,0893x - 2.467.373,0226
30.000 R² = 0,9995

20.000
10.000
0 175
1990 1995 2000 2005 2010

Período (anos)
Figura 77 - Gráfico da Regressão Aritmética.

Tabela 77 - Evolução da População Conforme Projeção Aritmética.

Taxa de Crescimento
Ano População (hab.)
Anual (%)

2010 67.416
2015 73.722 1,80
2020 80.027 1,65
2025 86.333 1,53
2030 92.638 1,42
2035 98.944 1,33
2040 105.249 1,24
2041 106.510 1,20
9.6. PREVISÃO DA POPULAÇÃO URBANA E RURAL
A fim de se avaliar como se dará a evolução da taxa de urbanização do município,
adotou-se a mesma metodologia matemática utilizada para as projeções
populacionais, tomando-se como base os dados das tabelas do item 9.3.
Como as taxas de urbanização tem se mantido muito estáveis nestes períodos, as
projeções produzem crescimento muito modesto das taxas. Deste modo, para se criar
um cenário mais favorável de crescimento urbano adotou-se a hipótese de que as
taxas de urbanização vão variar de 65,5% em 2011 a 80,5% no final do plano.
Com base nesta projeção é possível obter-se a evolução anual da população urbana
do município. A população rural é obtida pela diferença entre a população total e
urbana. Estes dados são apresentados na Tabela 78.

176
Tabela 78 - População Total, Urbana e Rural de Projeto.
População
Tx Urb População População
Ano Total
(%) Urbana (hab.) Rural (hab.)
(hab.)
2011 65,5 68.678 44.984 23.694
2012 66,0 69.939 46.160 23.779
2013 66,5 71.200 47.348 23.852
2014 67,0 72.461 48.549 23.912
2015 67,5 73.722 49.762 23.960
2016 68,0 74.983 50.988 23.995
2017 68,5 76.244 52.227 24.017
2018 69,0 77.505 53.479 24.027
2019 69,5 78.766 54.743 24.024
2020 70,0 80.027 56.019 24.008
2021 70,5 81.288 57.308 23.980
2022 71,0 82.550 58.610 23.939
2023 71,5 83.811 59.925 23.886 177
2024 72,0 85.072 61.252 23.820
2025 72,5 86.333 62.591 23.742
2026 73,0 87.594 63.944 23.650
2027 73,5 88.855 65.308 23.547
2028 74,0 90.116 66.686 23.430
2029 74,5 91.377 68.076 23.301
2030 75,0 92.638 69.479 23.160
2031 75,5 93.899 70.894 23.005
2032 76,0 95.160 72.322 22.839
2033 76,5 96.422 73.762 22.659
2034 77,0 97.683 75.216 22.467
2035 77,5 98.944 76.681 22.262
2036 78,0 100.205 78.160 22.045
2037 78,5 101.466 79.651 21.815
2038 79,0 102.727 81.154 21.573
2039 79,5 103.988 82.671 21.318
2040 80,0 105.249 84.199 21.050
2041 80,5 106.510 85.741 20.769
9.7. PREVISÃO DA POPULAÇÃO DOS DISTRITOS
Para projeção das populações tanto dos distritos urbanos quanto rurais, vamos admitir
para fins deste plano, que os mesmos terão a mesma dinâmica de crescimento dos
segmentos populacionais em que estão inseridos, ou seja, urbano ou rural.
Deste modo, admitimos que o mesmo percentual relativo existente atual, conforme
contagem do IBGE de 2007 se mantenha ao longo do período do plano.
Esta metodologia, apesar de não ser a melhor possível, em um estudo populacional,
pode ser considerada bastante aceitável no contexto de um Plano de Saneamento,
que tem um caráter mais genérico, do que o de um projeto específico.

178
179
CENÁRIOS PROSPECTIVOS E CONCEPÇÃO DE
ALTERNATIVAS; E, COMPATIBILIZAÇÃO COM OS
DEMAIS PLANOS SETORIAIS
10. METODOLOGIA
Para definição da concepção a ser adotada para os sistemas de abastecimento de
água e de esgotamento sanitário é necessário que se analise as condições atuais de
cada um, e a partir daí fazer-se o prognóstico para as condições futuras. Para
atendimento a estes requisitos adotou-se a metodologia descrita a seguir.
Em primeiro lugar, será feita a projeção das demandas futuras de água para
abastecimento e das vazões de esgoto produzidas, com base nos índices e
parâmetros atuais e nos critérios de projeção que serão previamente definidos neste
estudo.
A seguir será avaliada a disponibilidade hídrica existente na região que,
conjuntamente com as informações anteriores darão subsídios para se definir a
concepção mais adequada para o sistema de abastecimento de água. Da mesma
forma será analisada a concepção atual do sistema de esgotamento sanitário, que
servirá como base para se propor a concepção mais adequada a ser adotada ao longo
do horizonte do plano. Também serão analisadas as condições atuais de 180

abastecimento de água e esgotamento sanitário das comunidades rurais e propostas


medidas para melhorar os padrões de atendimento.
Posteriormente será feita a apuração das necessidades futuras globais ao longo do
período do plano para cada um dos sistemas, oriundas do crescimento populacional,
dos padrões de atendimento adotados e das metas setoriais estabelecidas.
Finalmente serão verificadas as possíveis interfaces de outros planos setoriais
existentes com as soluções propostas nos estudos de concepção.

11. PROJEÇÃO DAS DEMANDAS FUTURAS DOS SERVIÇOS DE


ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO

11.1. ÍNDICES E PARÂMETROS ATUAIS ADOTADOS


Como já foi observado nos capítulos anteriores, os dados obtidos são precários e de
confiabilidade reduzida por diversas inconsistências constatadas. Assim, ter-se-á que
partir desses poucos dados e, para maior solidez do presente trabalho, se buscará
obter consistência nos parâmetros adotados mediante o confronto dos valores obtidos
com os valores equivalentes observados em outros sistemas de porte semelhante,
bem como valores de referência usualmente adotados no setor. Também serão
analisadas as informações e indicadores disponíveis no SNIS - Sistema Nacional de
Informações de Saneamento.

11.1.1. Índices de Atendimento Atual


Os índices de atendimento atuais do município de Macaíba, conforme informações
fornecidas pela CAERN, referentes ao ano de 2009, são:
 Índice de atendimento urbano de abastecimento de água: 95%;
 Índice de atendimento urbano de coleta de esgoto: 3%;
 Índice de Tratamento de esgoto: 3%.
O índice de atendimento urbano com coleta de esgoto é 3%, mas existe um projeto do
Governo do Estado do Rio Grande do Norte – Secretaria de Transportes e Obras
Públicas (STOP) em parceria com a CAERN, de Estudos de Concepção Básica e
Projeto Básico e Executivo para o Sistema de Coleta e Tratamento de Esgotos da área
urbana do município de Macaíba, elaborado no ano de 2001 pela empresa 181

HIDROSERVICE Engenharia Ltda. As obras do projeto estão em andamento, porém o


sistema de esgotamento sanitário ainda não está em funcionamento.
Segundo informações levantadas no Setor de Projetos da CAERN - Sede, o projeto da
HIDROSERVICE está sendo readequado e atualizado com alterações substanciais,
mas ainda não foi finalizada a revisão. As obras no sistema de esgotamento sanitário
do município estão em andamento.
De acordo com o Projeto em andamento, os índices de atendimento serão: 70% em
2012, 86% em 2013 e 100% em 2016, com coleta e tratamento de esgotos.
Os índices de atendimento se referem à população atendida em relação à população
urbana do município, enquanto o índice de tratamento se refere aos volumes
coletados e tratados.

11.1.2. Consumo Per Capita


O consumo per capita efetivo obtido com os dados levantados no diagnóstico é de
75,15 l/hab.dia, já o valor apurado com os dados do SNIS 2006 é de 108,83 l/hab.dia.
Para fins do presente estudo vamos adotar como referência do consumo per capita
atual, o valor apurado com os dados da CAERN, ou seja, 75,15 l/hab.dia.
11.1.3. Coeficientes de Dia e Hora de Maior Consumo
Os consumos de água, como se sabe, variam ao longo do tempo em função de
demandas concentradas e de variações climáticas. Os coeficientes de dia e hora de
maior consumo refletem, respectivamente, os consumos máximo diário e máximo
horário ocorrido em um período de um ano, período este ao qual se associa o
denominado consumo médio. Para a apuração destes coeficientes é necessário que
existam dados de vazões produzidas ao longo de pelo menos um ano, com registros
de suas variações diárias e horárias.
Na falta de elementos para apuração destes coeficientes, usualmente adotam-se os
coeficientes bibliográficos e recomendados pelas normas técnicas da ABNT, quais
sejam:
 Coeficiente de Dia de Maior Consumo: K1 = 1,20;
 Coeficiente de Hora de Maior Consumo: K2 = 1,50.
Serão estes, portanto, os coeficientes a serem adotados neste trabalho.
Conhecido o consumo médio anual, obtém-se o consumo máximo diário pela 182

multiplicação do consumo médio por K1, e o consumo máximo horário pela


multiplicação do consumo máximo diário por K2.

11.1.4. Coeficiente de Retorno Esgoto/Água


Quando se trata de Estudos de Concepção, as Normas Técnicas da ABNT
recomendam adotar-se 80% para o coeficiente de retorno.
No caso de um Plano de Saneamento é usual usar-se o mesmo critério.

11.1.5. Índice de Perdas na Distribuição


O valor do índice de perdas na distribuição indicado no SNIS 2006 é de 53,04%, já o
valor apurado com base nos dados da CAERN é de 65,71%. Com relação aos valores
apurados com base nos dados do SNIS 2008, apresentaram resultados
inconsistentes.
Entretanto, na fase de diagnóstico pode-se constatar que existem muitas incertezas na
apropriação dos volumes medidos, motivados por diversos fatores, entre os quais
podemos destacar:
 Porcentagem significativa do volume consumido é estimada;
 O parque de hidrômetros atual é antigo e não existe um programa de troca
periódica;
 A macromedição existente é incipiente;
 O único macromedidor existente é do tipo proporcional, que é pouco confiável.
Estes aspectos por si só podem gerar incorreções na apropriação do índice de perdas
e a adoção pura e simples destes valores pode não refletir a realidade atual das
perdas no sistema de distribuição do município.
Deste modo, é recomendável, para fins de análise no presente estudo, adotar-se um
índice de perdas mais confiável.
Segundo o SNIS (2006), municípios com sistemas de distribuição de água com
características semelhantes ao município de Macaíba possuem um índice de perdas
médio de 55,0%, valor esse próximo ao índice obtido pelo SNIS-2006 para Macaíba.
Porém, será adotado para o município, o índice de perdas calculado com base nos
dados da CAERN, que é de 65,71%, visto que há uma diferença grande entre o per-
capita produzido e o consumido. 183

11.1.6. Extensão de Redes


A CAERN não possui um sistema de cadastro técnico confiável das redes de água e
de esgotos para o município de Macaíba, por conseqüência não se dispõe de dados
que permitam apurar com exatidão as extensões reais das redes de abastecimento de
água.
Com base nos dados fornecidos pela CAERN obteve-se um índice per capita de 4,82
m/hab para a rede de distribuição de água, valor este bem próximo ao indicado no
SNIS 2008 (5,15 m/hab), e para a rede coletora de esgoto não há índice, pois o
percentual de coleta no município é muito baixo (3%) e o sistema de esgotamento
sanitário está sendo implantado.
Normalmente estes parâmetros variam de 2,5 a 4,5 m/hab para a maioria dos
municípios; para fins do presente estudo vamos adotar 3,0 m/hab para água e 3,0
m/hab para esgoto, visto que o valor calculado no capítulo de diagnóstico e apontado
no SNIS 2008 para a rede de distribuição de água foi muito alto. Foi adotado, para a
rede coletora de esgoto, o mesmo parâmetro da rede de distribuição de água, pois o
sistema de esgotamento sanitário do município está em fase de implantação.
Na área rural, devido às características de disposição das residências, iremos
considerar um índice per capita de 3,0 m/hab tanto para água quanto para esgoto.

11.1.7. Taxa de Infiltração


Esta taxa é determinante para uma melhor estimativa das vazões de esgotos
veiculadas pelo sistema. Conceitualmente representa a vazão de água do subsolo
infiltrada nas redes coletoras, coletores tronco, interceptores e emissários por suas
juntas. Os valores usuais praticados atendem à recomendação da norma da ABNT e
dependem das características locais do lençol freático e do tipo de solo, bem como do
material utilizado na rede coletora.
Normalmente situam-se na faixa de 0,05 a 0,5 l/s/km de rede. Valores mais baixos são
praticados em áreas com lençol freático profundo e tubulações de PVC.
Como o projeto de esgotamento sanitário existente, elaborado pela HIDROSERVICE
(2001), adotou a vazão de infiltração de 0,25 l/s/km devido às características do solo,
hidrogeologia do local e o tipo de material a ser empregado na rede coletora – PVC 184

rígido para esgoto com junta elástica – é prudente considerarmos a mesma taxa de
infiltração de 0,25 l/s/km.

11.1.8. Ligações Ativas


Quanto às ligações ativas de água o índice de ligações per capita, levantado de
acordo com as informações da CAERN, é de 4,31 hab/lig. Este índice será usado
também nas estimativas da rede de esgoto.

11.1.9. Síntese dos Parâmetros Atuais Adotados


Os parâmetros atuais adotados foram conforme a seguir:
 Número de Ligações Ativas de Água: 9.921 ligações
 Número de Ligações Ativas de Esgoto: 311 ligações
 Índice de Atendimento Urbano de Água: 95%
 Índice de Atendimento Urbano de Esgoto: 3%
 Consumo Per Capita: 75,15 l/hab.dia
 Coeficiente de Dia de Maior Consumo: K1 = 1,20
 Coeficiente de Hora de Maior Consumo: K2 = 1,50
 Coeficiente de Retorno Esgoto/Água: Cr = 0,80
 Índice de Perdas na Distribuição: 65,71%
 Extensão de Rede de Distribuição de Água: 3,00 m/hab.
 Extensão de Rede Coletora de Esgotos: 3,00 m/hab.
 Taxa de Infiltração: 0,25 l/s/km
 Habitante por Ligação: 4,31 hab/lig.

11.2. DADOS OPERACIONAIS


Para previsão das necessidades futuras serão ainda necessárias as seguintes
informações referentes aos sistemas existentes:

A) Capacidade de Produção de Água


Conforme informações obtidas na fase de diagnóstico, a capacidade de produção
disponibilizada para o município de Macaíba é de 344 m³/h, a partir da captação em
sete poços tubulares operando num regime de 20 horas por dia. 185

B) Regime de Operação do Sistema de Produção


Por se tratar de captação subterrânea, é conveniente que o regime de operação seja
de 20 horas/dia, a fim de que haja tempo de recarga do lençol freático.

C) Capacidade de Tratamento da ETE


Segundo informações obtidas na fase de diagnóstico, o município ainda não possui
sistema de esgotamento sanitário, assim não existe capacidade de tratamento atual da
ETE.
O município conta apenas com um projeto do Governo do Estado do Rio Grande do
Norte – Secretaria de Transportes e Obras Públicas (STOP) em parceria com a
CAERN, de Estudos de Concepção Básica e Projeto Básico e Executivo para o
Sistema de Coleta e Tratamento de Esgotos da área urbana do município de Macaíba,
elaborado no ano de 2001 pela empresa HIDROSERVICE Engenharia Ltda. As obras
do projeto estão em andamento, porém o sistema de esgotamento sanitário ainda não
está em funcionamento.
11.3. CRITÉRIOS DE PROJEÇÃO ADOTADOS
Para as projeções de demandas de água e de vazões de esgotos serão utilizados os
parâmetros apurados e resumidos no item 11.1.9, que caracterizam a situação atual
dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
Para as previsões futuras serão adotadas hipóteses de evolução de alguns
parâmetros, como os índices de atendimento de água e esgotamento sanitário, índice
de perdas e consumo per capita, de acordo com os critérios e motivos que serão
expostos a seguir.

11.3.1. Padrões de Atendimento


Existe uma lei nº 8.485 de fevereiro de 2004, que instituiu a Política Estadual de
Saneamento no estado do Rio Grande do Norte, que tem como um dos seus
instrumentos o Plano Estadual de Saneamento. O Art. 7º Seção I da referida lei,
estabelece: São metas do Plano Estadual de Saneamento Básico, a serem cumpridas
em prazos contados a partir da data da publicação desta Lei: 186

I – atender com abastecimento de água tratada a 100% (cem por cento) do universo
da população urbana dos municípios concedentes em até 05 (cinco) anos.
II – atender com esgotamento sanitário a no mínimo 40% (quarenta por cento) do
universo da população urbana dos municípios concedentes, em até 05 (cinco) anos;
III – atender com esgotamento sanitário a no mínimo 70% (setenta por cento) do
universo da população urbana dos municípios concedentes, em até 10 (dez) anos;
IV – atender com esgotamento sanitário a 100% (cem por cento) do universo da
população urbana dos municípios concedentes, em até 15 (quinze) anos.
Porém para o presente estudo de concepção, a referida lei não foi considerada.
No caso do município de Macaíba, o índice de atendimento urbano de água atual é de
95%, e de esgotamento sanitário 3%, o que significa que do ponto de vista de
cobertura do atendimento de água existe um déficit de 5% atualmente, assim, a
previsão é atingir a cobertura de 100% no ano de 2013 e, a partir daí, manter a
cobertura de atendimento no horizonte de plano. Já para o sistema de esgotamento
sanitário, foi proposto que o índice de atendimento urbano cresça gradativamente,
atingindo 70% no ano de 2012, 86% em 2013 e a universalização no ano de 2016.
A universalização dos serviços de atendimento com água e esgoto está prevista em
curto prazo, devido à existência de investimentos para ampliação e melhorias dos
sistemas do município de Macaíba.
O índice de tratamento dos esgotos deverá acompanhar o índice estabelecido para
coleta, ou seja, 100% dos esgotos coletados deverão ser tratados.

11.3.2. Consumo Per Capita


O consumo per capita efetivo atual foi estimado em 75,15 l/hab.dia, valor esse
calculado a partir do volume consumido dividido pela população urbana do município,
que conforme já relatado é muito baixo para os padrões normais.
Normalmente o consumo per capita é influenciado por diversos fatores, tais como
melhoria na oferta de água, o preço da água, a mudança do perfil sócio econômico da
população, a mudança de hábitos da população etc.
Para cálculo da real demanda de água é necessário que se estabeleça um consumo
per capita que seja mais compatível com as necessidades básicas da população. 187

Deste modo, acreditando-se que serão tomadas medidas para melhoria das condições
de abastecimento de água do município, vamos admitir que o valor do consumo per
capita varie na faixa de 75,15 l/hab.dia até 150 l/hab.dia no período de 2011 a 2021,
mantendo-se então constante para o restante do período do plano.

11.3.3. Índice de Perdas de Água


O índice de perdas atual foi estimado em 65,71%, acreditando-se, porém, que possa
até mesmo ser superior, pelas más condições da rede de distribuição e pelo fato de
que não existe um Programa de Controle de Perdas que sistematize as ações de
apuração dos reais níveis de perdas, que defina metas de redução e estabeleça as
ações direcionadas para eliminação das reais causas que dão origem às perdas, tais
como: vazamentos em ramais prediais de má qualidade, pressões excessivas na rede
e outros aspectos de mesma importância.
A redução do nível de perdas permite a disponibilização de quantidade significativa de
água para abastecimento sem que sejam necessárias intervenções no sistema
produtor, que de forma geral são de grande porte e exigem significativos recursos
financeiros.
Deste modo, acreditando-se que um Programa de Controle de Perdas será adotado
como uma das principais prioridades pela CAERN, vamos admitir, para fins de
projeção de demandas, que a partir de 2012 haverá uma redução gradual do índice de
perdas até o patamar de 30% em 2026, que deverá ser mantido constante até o final
do período do estudo.

11.4. VALORES APURADOS NAS PROJEÇÕES


Com base na evolução da população urbana do município e nos critérios
estabelecidos nos itens anteriores foram obtidos os seguintes parâmetros:

 Sistema de Abastecimento de Água:


- Consumo médio: Corresponde à população abastecida multiplicada pelo consumo
per capita;
- Volume de Perdas: Corresponde ao volume apurado com o índice de perdas
estabelecido; 188

- Demanda média: Corresponde ao consumo médio acrescido do volume de perdas;


- Demanda máxima: Correspondente à vazão do dia de maior consumo acrescido do
volume de perdas.

 Sistema de esgotamento Sanitário:


- Coleta Per Capita: Corresponde ao consumo per capita multiplicado pelo coeficiente
de retorno (0,8);
- Coleta média: Corresponde à população atendida com esgotamento sanitário
multiplicada pela coleta per capita;
- Vazão de infiltração: Corresponde à taxa de infiltração multiplicada pela extensão
de rede de esgotos;
- Vazões de Esgotos com Infiltração: Correspondem às vazões médias, máximas
diárias e máximas horárias acrescidas das vazões de infiltração;
- Vazões de tratamento de esgotos: Correspondem às vazões coletadas
multiplicadas pelos índices de tratamento de esgotos adotados. No caso, como o
objetivo é obterem-se as vazões de esgoto a serem tratadas, adotou-se um índice de
atendimento de 100%.
Nas tabelas 79, 80 e 81 são apresentados os valores apurados nas projeções das
demandas de água, das vazões de coleta de esgoto e das vazões de tratamento de
esgoto.

Tabela 79 - Projeção das Demandas de Água.


SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
POPULAÇÃO
URBANA DO ÍNDICE DE CONSUMO ÍNDICE VOLUME DEMANDA
ANO POPUL. CONSUMO
MUNICÍPIO ABASTEC. ABASTEC. PER DE DE MÁX
MÉDIO
(hab) CAPITA PERDAS PERDA MÉDIA DIA
(%) (hab) (m³/dia) (m³/dia
(l/hab.dia) (%) (m³/dia) (m³/dia)
2011 44.984 95,0 42.735 75,15 3.212 65,7 6.154 9.366 10.008
2012 46.160 97,5 45.006 82,64 3.719 63,3 6.423 10.142 10.886
2013 47.348 100,0 47.348 90,12 4.267 60,9 6.660 10.927 11.780
2014 48.549 100,0 48.549 97,61 4.739 58,6 6.698 11.437 12.385
2015 49.762 100,0 49.762 105,09 5.230 56,2 6.707 11.936 12.982
2016 50.988 100,0 50.988 112,58 5.740 53,8 6.686 12.426 13.574
2017 52.227 100,0 52.227 120,06 6.270 51,4 6.639 12.909 14.163
2018 53.479 100,0 53.479 127,55 6.821 49,0 6.565 13.386 14.750
189
2019 54.743 100,0 54.743 135,03 7.392 46,7 6.467 13.859 15.338
2020 56.019 100,0 56.019 142,52 7.984 44,3 6.345 14.329 15.926
2021 57.308 100,0 57.308 150,00 8.596 41,9 6.200 14.796 16.516
2022 58.610 100,0 58.610 150,00 8.792 39,5 5.745 14.537 16.295
2023 59.925 100,0 59.925 150,00 8.989 37,1 5.311 14.300 16.098
2024 61.252 100,0 61.252 150,00 9.188 34,8 4.896 14.083 15.921
2025 62.591 100,0 62.591 150,00 9.389 32,4 4.496 13.885 15.762
2026 63.944 100,0 63.944 150,00 9.592 30,0 4.111 13.702 15.620
2027 65.308 100,0 65.308 150,00 9.796 30,0 4.198 13.995 15.954
2028 66.686 100,0 66.686 150,00 10.003 30,0 4.287 14.290 16.290
2029 68.076 100,0 68.076 150,00 10.211 30,0 4.376 14.588 16.630
2030 69.479 100,0 69.479 150,00 10.422 30,0 4.466 14.888 16.973
2031 70.894 100,0 70.894 150,00 10.634 30,0 4.557 15.192 17.318
2032 72.322 100,0 72.322 150,00 10.848 30,0 4.649 15.498 17.667
2033 73.762 100,0 73.762 150,00 11.064 30,0 4.742 15.806 18.019
2034 75.216 100,0 75.216 150,00 11.282 30,0 4.835 16.118 18.374
2035 76.681 100,0 76.681 150,00 11.502 30,0 4.930 16.432 18.732
2036 78.160 100,0 78.160 150,00 11.724 30,0 5.025 16.749 19.093
2037 79.651 100,0 79.651 150,00 11.948 30,0 5.120 17.068 19.458
2038 81.154 100,0 81.154 150,00 12.173 30,0 5.217 17.390 19.825
2039 82.671 100,0 82.671 150,00 12.401 30,0 5.315 17.715 20.195
2040 84.199 100,0 84.199 150,00 12.630 30,0 5.413 18.043 20.569
2041 85.741 100,0 85.741 150,00 12.861 30,0 5.512 18.373 20.945
Tabela 80 - Projeção das Vazões de Coleta de Esgoto.
SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS - COLETA
POPUL. VAZÃO DE ESGOTOS (c/
URBANA ÍNDICE COLETA Infiltração)
ANO POPUL COLETA EXT. DE VAZÃO
DO MUN. DE PER
ESGOT MÉDIA REDE INFILTR. MÁX MÁX
(hab) COLETA CAPITA MÉDIA
(hab) (m³/dia) ESG. (m) (l/s) Dia Hora
(%) (l/hab.dia) (m³/dia)
(m³/dia) (l/s)
2011 44.984 3,0 1.350 60,12 81 4.049 1,01 169 185 2,70
2012 46.160 70,0 32.312 66,11 2.136 96.935 24,23 4.230 4.657 68,73
2013 47.348 86,0 40.719 72,10 2.936 122.157 30,54 5.574 6.161 91,70
2014 48.549 90,9 44.107 78,08 3.444 132.320 33,08 6.302 6.991 104,83
2015 49.762 95,7 47.623 84,07 4.004 142.868 35,72 7.090 7.890 119,13
2016 50.988 100,0 50.988 90,06 4.592 152.965 38,24 7.896 8.814 133,91
2017 52.227 100,0 52.227 96,05 5.016 156.682 39,17 8.401 9.404 143,68
2018 53.479 100,0 53.479 102,04 5.457 160.436 40,11 8.922 10.013 153,79
2019 54.743 100,0 54.743 108,02 5.914 164.228 41,06 9.461 10.644 164,26
2020 56.019 100,0 56.019 114,01 6.387 168.057 42,01 10.017 11.294 175,07
2021 57.308 100,0 57.308 120,00 6.877 171.925 42,98 10.591 11.966 186,25
2022 58.610 100,0 58.610 120,00 7.033 175.831 43,96 10.831 12.238 190,48
2023 59.925 100,0 59.925 120,00 7.191 179.774 44,94 11.074 12.512 194,75
190
2024 61.252 100,0 61.252 120,00 7.350 183.755 45,94 11.319 12.789 199,07
2025 62.591 100,0 62.591 120,00 7.511 187.774 46,94 11.567 13.069 203,42
2026 63.944 100,0 63.944 120,00 7.673 191.831 47,96 11.817 13.351 207,82
2027 65.308 100,0 65.308 120,00 7.837 195.925 48,98 12.069 13.636 212,25
2028 66.686 100,0 66.686 120,00 8.002 200.058 50,01 12.324 13.924 216,73
2029 68.076 100,0 68.076 120,00 8.169 204.228 51,06 12.580 14.214 221,25
2030 69.479 100,0 69.479 120,00 8.337 208.436 52,11 12.840 14.507 225,81
2031 70.894 100,0 70.894 120,00 8.507 212.682 53,17 13.101 14.803 230,41
2032 72.322 100,0 72.322 120,00 8.679 216.966 54,24 13.365 15.101 235,05
2033 73.762 100,0 73.762 120,00 8.851 221.287 55,32 13.631 15.402 239,73
2034 75.216 100,0 75.216 120,00 9.026 225.647 56,41 13.900 15.705 244,45
2035 76.681 100,0 76.681 120,00 9.202 230.044 57,51 14.171 16.011 249,21
2036 78.160 100,0 78.160 120,00 9.379 234.479 58,62 14.444 16.320 254,02
2037 79.651 100,0 79.651 120,00 9.558 238.952 59,74 14.719 16.631 258,86
2038 81.154 100,0 81.154 120,00 9.739 243.463 60,87 14.997 16.945 263,75
2039 82.671 100,0 82.671 120,00 9.920 248.012 62,00 15.278 17.262 268,68
2040 84.199 100,0 84.199 120,00 10.104 252.598 63,15 15.560 17.581 273,65
2041 85.741 100,0 85.741 120,00 10.289 257.222 64,31 15.845 17.903 278,66
Tabela 81 - Projeção das Vazões de Tratamento de Esgoto.
SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS - TRATAMENTO
POPULAÇÃO
POPULAÇÃO VAZÃO DE TRATAMENTO
URBANA DO POPUL. ÍNDICE DE
ANO COM
MUNICÍPIO ESGOTADA TRATAM TRATAMENTO MÉDIA MÁX Dia MÁX Hora
(hab) (hab) (%)
(hab) (%) (m³/dia) (m³/dia) (l/s)

2011 44.984 1.350 100,0 1.350 3,0 0 0 0,00


2012 46.160 32.312 100,0 32.312 70,0 0 0 0,00
2013 47.348 40.719 100,0 40.719 86,0 0 0 0,00
2014 48.549 44.107 100,0 44.107 90,9 0 0 0,00
2015 49.762 47.623 100,0 47.623 95,7 0 0 0,00
2016 50.988 50.988 100,0 50.988 100,0 0 0 0,00
2017 52.227 52.227 100,0 52.227 100,0 8.401 9.404 143,68
2018 53.479 53.479 100,0 53.479 100,0 8.922 10.013 153,79
2019 54.743 54.743 100,0 54.743 100,0 9.461 10.644 164,26
2020 56.019 56.019 100,0 56.019 100,0 10.017 11.294 175,07
2021 57.308 57.308 100,0 57.308 100,0 10.591 11.966 186,25
2022 58.610 58.610 100,0 58.610 100,0 10.831 12.238 190,48
2023 59.925 59.925 100,0 59.925 100,0 11.074 12.512 194,75
2024 61.252 61.252 100,0 61.252 100,0 11.319 12.789 199,07 191
2025 62.591 62.591 100,0 62.591 100,0 11.567 13.069 203,42
2026 63.944 63.944 100,0 63.944 100,0 11.817 13.351 207,82
2027 65.308 65.308 100,0 65.308 100,0 12.069 13.636 212,25
2028 66.686 66.686 100,0 66.686 100,0 12.324 13.924 216,73
2029 68.076 68.076 100,0 68.076 100,0 12.580 14.214 221,25
2030 69.479 69.479 100,0 69.479 100,0 12.840 14.507 225,81
2031 70.894 70.894 100,0 70.894 100,0 13.101 14.803 230,41
2032 72.322 72.322 100,0 72.322 100,0 13.365 15.101 235,05
2033 73.762 73.762 100,0 73.762 100,0 13.631 15.402 239,73
2034 75.216 75.216 100,0 75.216 100,0 13.900 15.705 244,45
2035 76.681 76.681 100,0 76.681 100,0 14.171 16.011 249,21
2036 78.160 78.160 100,0 78.160 100,0 14.444 16.320 254,02
2037 79.651 79.651 100,0 79.651 100,0 14.719 16.631 258,86
2038 81.154 81.154 100,0 81.154 100,0 14.997 16.945 263,75
2039 82.671 82.671 100,0 82.671 100,0 15.278 17.262 268,68
2040 84.199 84.199 100,0 84.199 100,0 15.560 17.581 273,65
2041 85.741 85.741 100,0 85.741 100,0 15.845 17.903 278,66

Nota: O índice de tratamento está referido aos esgotos coletados.


11.5. PROJEÇÃO DAS DEMANDAS DE ÁGUA E ESGOTO DAS
COMUNIDADES RURAIS
Segundo o levantamento realizado no diagnóstico, existem 27 (vinte e sete)
comunidades abastecidas pela CAERN, 03 (três) pelo SAAE de São Gonçalo do
Amarante, e outras 107 (cento e sete) abastecidas por sistemas individuais (cisternas,
açudes, captações em poços e caminhão-pipa) que são gerenciadas pelas
Associações de cada uma das comunidades, com apoio da Secretaria de Estado do
Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMARH; e, no período de seca são
abastecidas através da Operação Carro Pipa do Ministério da Integração Nacional e
Exercito Brasileiro, a qual é complementada pela Operação Carro Pipa realizada pela
Prefeitura.
Conforme pode ser observado, ainda no estudo populacional do diagnóstico, a
população rural tente a reduzir consideravelmente no fim de plano. Portanto as
projeções de demandas de água e esgoto só serão realizadas para as comunidades
rurais com população superior a cem habitantes. Essas projeções têm como o objetivo 192

dar subsídios para análise de possíveis alternativas para abastecimento de água e


coleta e tratamento de esgotos.
Para estas comunidades foram feitas projeções de demanda com o objetivo de dar
subsídios para a análise de possíveis alternativas para abastecimento de água e
coleta e tratamento de esgotos.
Para o sistema de abastecimento de água foram previstas as seguintes ações:
 Implantação de Melhorias nos Sistemas Existentes;
 Implantação de Sistema de Tratamento, onde necessário;
 Implantação de Sistemas Coletivos de Abastecimento de Água;
 Instalação de Chafariz (entre 20 e 100 residências);
 Instalação de Cisternas (< 20 residências);
 Manutenção dos Sistemas Coletivos de Abastecimento de Água.

Quanto a esgotamento sanitário foram previstas as seguintes soluções:


 Implantação Sistema Esgotamento Sanitário nos Distritos;
 Implantação de Sistema Coletivo com Tratamento Anaeróbio Simples (>100
residências);
 Tanque Séptico + Sumidouro + Caixa de Gordura (< 100 residências);
 Manutenção dos Sistemas Coletivos de Esgotamento Sanitário.

Como a população tende a diminuir, a favor da segurança vamos admitir que as


populações das comunidades rurais tenham a mesma taxa de crescimento
populacional do município. Deste modo, para fins de apuração das demandas de água
e vazões de esgoto vamos adotar como população de projeto a população projetada
para fim de plano (2041).
Com o objetivo de se fazer uma análise simplificada, foi adotado um consumo per
capita de 100 l/hab.dia para apuração das demandas de água, e coeficiente de retorno
igual a 0,8, para apuração das vazões de esgoto. Não se considerou a existência de
perdas de água na distribuição.
Os dados levantados estão apresentados nas tabelas 82, 83 e 84, a seguir:

Tabela 82 - Projeção de Demandas de Água e Esgoto para as Comunidades 193

Abastecidas pela CAERN.


Número de Demanda Demanda Vazão de
Comunidades População População
residências no Média Máxima Esgoto
Abastecidas pela Atual de Projeto
Fim de Plano
CAERN (hab) (hab) m³/h m³/h m³/dia
(unid.)
Assentamento
539 836 194 3,48 4,18 80,2
Xingu/Mangabeira
Fazenda Félix Lopes 167 259 60 1,08 1,29 24,9
Sítio Guarapes 763 1.183 275 4,93 5,92 113,6
Sítio Pé de Galo 625 969 225 4,04 4,85 93,1
Assent. Caracrachá 271 420 98 1,75 2,10 40,3
Lagoa do Lima 312 484 112 2,02 2,42 46,5
Lagoa de Cavalos 560 868 202 3,62 4,34 83,4
Assent. José Coelho 352 546 127 2,27 2,73 52,4
Espinheiro I e II 217 337 78 1,40 1,68 32,3
Várzea 128 199 46 0,83 0,99 19,1
Rua da Palha ND ND ND ND ND ND
Retiro 370 574 133 2,39 2,87 55,1
Traíras 1.024 1.588 369 6,62 7,94 152,5
Lagoa Nova 240 372 86 1,55 1,86 35,7
Sucavão 770 1.194 277 4,98 5,97 114,6
Torrões 125 194 45 0,81 0,97 18,6
Assent. Margarida
298 462 107 1,93 2,31 44,4
Alves
Continuação da Tabela 82 - Projeção de Demandas de Água e Esgoto para as
Comunidades Abastecidas pela CAERN.
Número de Demanda Demanda Vazão de
Comunidades População População
residências no Média Máxima Esgoto
Abastecidas pela Atual de Projeto
Fim de Plano
CAERN (hab) (hab) m³/h m³/h m³/dia
(unid.)
Lagoa do Sítio I e II 619 960 223 4,00 4,80 92,2
Porteiras 167 259 60 1,08 1,29 24,9
Riacho do Feijão 205 318 74 1,32 1,59 30,5
Capoeira dos Negros 1.010 1.566 364 6,53 7,83 150,4
Marias 550 853 198 3,55 4,26 81,9
Cajazeiras 1.078 1.672 388 6,97 8,36 160,5
Mata Verde 194 301 70 1,25 1,50 28,9
Lagoa Comprida ND ND ND ND ND ND
Negrinhos 128 199 46 0,83 0,99 19,1

Tabela 83 - Projeção de Demandas de Água e Esgoto para as Comunidades


Abastecidas pelo SAAE de São Gonçalo do Amarante.
Comunidades Número de Vazão 194
Pop. Pop. de Demanda Demanda
Abastecidas pelo SAAE residências no de
Atual Projeto Média Máxima
São Gonçalo do Fim de Plano Esgoto
(hab) (hab)
Amarante (unid.) m³/h m³/h m³/dia
Comunidade Mangabeira 2.367 3.671 852 15,30 18,35 352,4
Comunidade Ladeira
740 1.148 266 4,78 5,74 110,2
Grande
Comunidade Lagoa do
420 651 151 2,71 3,26 62,5
Mato

Tabela 84 - Projeção de Demandas de Água e Esgoto para as Comunidades


Abastecidas por Sistemas Independentes e Geridas pelas Associações
Comunitárias.

Número de Demanda Vazão


Comunidades Abastecidas Pop. Pop. de Demanda
residências de
pelas Associações Atual Projeto Média Máxima
no Fim de Esgoto
Comunitárias (hab) (hab)
Plano (unid.) m³/h m³/h m³/dia
Sítio Açude 164 254 59 1,06 1,27 24,4
Assent. Eldorado dos Carajás 367 569 132 2,37 2,85 54,6
Povoado Betulia 259 402 93 1,67 2,01 38,6
Sítio Cajarana 149 231 54 0,96 1,16 22,2
Fazenda Cajazeiras dos Bulhoes 162 251 58 1,05 1,26 24,1
Povoado Cana Brava 735 1.140 265 4,75 5,70 109,4
Sítio Córrego 156 242 56 1,01 1,21 23,2
Sítio Curral da Junta 122 189 44 0,79 0,95 18,2
Continuação da Tabela 84 - Projeção de Demandas de Água e Esgoto para as
Comunidades Abastecidas por Sistemas Independentes e Geridas pelas
Associações Comunitárias.

Número de Vazão
Comunidades Abastecidas Pop. Pop. de Demanda Demanda
residências no de
pelas Associações Atual Projeto Média Máxima
Fim de Plano Esgoto
Comunitárias (hab) (hab)
(unid.) m³/h m³/h m³/dia
Sítio Curralinho 396 614 143 2,56 3,07 59,0
Sítio Ferreiro Torto 645 1.000 232 4,17 5,00 96,0
Sítio Guajiru 124 192 45 0,80 0,96 18,5
Engenho Japecanga 114 177 41 0,74 0,88 17,0
Fazenda Jundiaí 329 510 118 2,13 2,55 49,0
Sítio Lagoa do Sítio 129 200 46 0,83 1,00 19,2
Fazenda Lagoa da Tapara 310 481 112 2,00 2,40 46,2
Sítio Lagoa da Tapara 263 408 ND 1,70 2,04 39,2
Fazenda Lagoa Seca 574 890 207 3,71 4,45 85,5
Sítio Lamarão 521 808 188 3,37 4,04 77,6
Loteamento Bela Vista II 5.651 8.764 2.035 36,52 43,82 841,3 195
Lot. Jardim Pingo D’água 604 937 217 3,90 4,68 89,9
Sítio Moita Verde 155 240 56 1,00 1,20 23,1
Sítio Passagem do Vigário 203 315 73 1,31 1,57 30,2
Fazenda Peri Peri 155 240 56 1,00 1,20 23,1
Sítio Pitimbu da Cruz 144 223 52 0,93 1,12 21,4
Sítio Raros 124 192 45 0,80 0,96 18,5
Sítio Residência do DNER 417 647 150 2,69 3,23 62,1
Fazenda Reta Tabajara 111 172 40 0,72 0,86 16,5
Sítio Riacho do Sangue 945 1.466 340 6,11 7,33 140,7
Fazenda São Lourenço 144 223 52 0,93 1,12 21,4
Sítio Sede Campestre 948 1.470 341 6,13 7,35 141,1
Sítio Sucavão dos Gomes 191 296 69 1,23 1,48 28,4
Sítio Tabatinga 178 276 64 1,15 1,38 26,5
Sítio Tabatinga dos Romões 479 743 172 3,10 3,71 71,3
Fazenda Trairas 197 306 71 1,27 1,53 29,3
Sítio Trairas 157 243 57 1,01 1,22 23,4
Comunidade Tapara 468 726 168 3,02 3,63 69,7
12. CONCEPÇÃO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E
ESGOTAMENTO SANITÁRIO

12.1. AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE HÍDRICA

12.1.1. Mananciais Superficiais


O município de Macaíba encontra-se com 71,95% do seu território inserido na Bacia
Hidrográfica do rio Potengi e 26% nos domínios da Bacia Hidrográfica do rio Pirangi. A
Bacia do Potengi ocupa uma superfície de 4.093 km², correspondendo a cerca de
7,7% do território estadual. Segundo SEMARH (1998) foram cadastrados 245 açudes
na bacia, totalizando um volume de acumulação de 109.986.000 m³ de água. Isto
corresponde, respectivamente, a 10,9% e 2,5% dos totais de açudes e volumes
acumulados do Estado. Já a Bacia do rio Pirangi, ocupa uma superfície de 458,9 km2,
correspondendo a cerca de 0,9% do território estadual. Na mesma não existem
açudes de maior importância. 196

Segundo o Serviço Geológico do Brasil – CPRM, em seu Projeto Cadastro de Fontes


de Abastecimento por Água Subterrânea - Macaíba, de 2005, o município tem como
principais tributários os rios Jundiá, Grande e Japecanga, além dos riachos: Lamarão,
Água Vermelha, Taborda, do Mel e do Sangue.
Os principais corpos de acumulação são: as lagoas dos Cavalos, Seca, Santo Antônio,
Tapará, do Papagaio, Grande e do Sítio; e os açudes: Bêbado, Cana Brava, Jambeiro
e Tabajara. No município, ainda, encontra-se construída uma barragem de contenção
de cheias, a Barragem de Tabatinga, com capacidade de acumulação entorno de
90.000.000 m3. O município de Macaíba não possui disponibilidade de águas
superficiais que atenda ao abastecimento do município.
A Fundação Instituto de Desenvolvimento do RN (IDEC, 1993) realizou um inventário
dos espelhos d’água superficiais do estado do Rio Grande do Norte, no qual foram
levantados 11 açudes pertencentes a Bacia do Potengi, com capacidade de
acumulação superior a cem mil metros cúbicos, localizados no município de Macaíba.
Desses açudes, 8 são particulares e possuem capacidade de acumulação acima de
100.000 m³.
O IDEC não apresentou dados de açude com capacidade de acumulação superior a
100.000 m3 na Bacia do rio Pirangi.
O abastecimento de água do município de Macaíba funciona através de poços
tubulares profundos. Deste modo, a avaliação da disponibilidade hídrica superficial
deve ser feita levando-se em conta as demandas de água para abastecimento público
do sistema.

12.1.2. Mananciais Subterrâneos


Como o município é abastecido através de poços tubulares profundos, é de interesse
avaliar-se as condições do manancial subterrâneo onde o município está inserido.
Segundo dados do IDEMA (2005), o município de Macaíba apresenta três tipos de
aqüíferos: o Barreiras, o Aluvião e o Cristalino.
Segundo informações constantes no IDEMA (2005), o Aqüífero Barreiras apresenta-se
confinado, semiconfinado e livre em algumas áreas, e os poços construídos mostram
capacidades máximas de vazão, variando entre 5 a 100 m³/h, com águas de excelente 197

qualidade química, com baixos teores de sódio, podendo ser utilizada praticamente
para todos os fins. Os poços do Aqüífero Cristalino apresentam uma vazão média
baixa de 3,05 m³/h e uma profundidade de até 60m, com águas comumente
apresentando alto teor salino de 480 a 1.400 mg/l com restrições para consumo
humano e uso agrícola. Já no Aqüífero Aluvião, os poços perfurados apresentam alta
permeabilidade, boas condições de realimentação e uma profundidade média em
torno de 7 metros, sendo a qualidade da água geralmente boa e pouco explorada.
Segundo o CPRM (2005), o levantamento realizado no município de Macaíba registrou
a existência de 161 pontos d’ água, sendo todos poços tubulares. Com relação à
propriedade dos terrenos, existem 59 pontos d’ água em terrenos públicos, 102 em
terrenos particulares. Em relação ao uso da água, 28% dos pontos cadastrados são
destinados ao uso doméstico primário (água de consumo humano para beber), 30%
são utilizados para o consumo doméstico secundário (água de consumo humano para
uso geral), 9% para a agricultura, 12% para dessedentação animal e 21% para outros
usos.
Informações constantes no relatório do “Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento
por Água Subterrânea” realizado pelo CPRM- Serviço Geológico do Brasil em 2005
indicam que 86% dos poços cadastrados no município de Macaíba apresentavam
águas doces, conforme ilustrado na figura a seguir.

198

Fonte: Diagnóstico CPRM, 2005


Figura 78 - Qualidade de Águas Subterrâneas do Município.

O referido estudo sugeriu na época, que a utilização do manancial subterrâneo poderia


aumentar substancialmente a oferta hídrica no município, mas que haveria a
necessidade de intervenção do poder público, principalmente no que concerne aos
poços comunitários, visando a garantia da qualidade da água oferecida à população e
redução dos riscos à saúde.
Sugeriu também outras medidas tais como manutenção preventiva, controle de
qualidade da água, cuidados para proteção dos poços e do aquífero.

12.2. CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA


Em função de todos os aspectos anteriormente relatados, entende-se que a
concepção para o abastecimento de água da zona urbana do município de Macaíba
deva ser feita preferencialmente através da captação da água no Aqüífero Barreiras,
através de poços tubulares.
Para fins do presente plano, será adotado que o abastecimento de água futuro da
zona urbana do município continuará sendo feito através de poços tubulares.
Para garantir a universalização do abastecimento de água dentro de padrões
adequados, é necessário que se busque soluções específicas para cada uma das
comunidades rurais. A solução mais recomendável nestes casos seria optar pela
utilização do manancial subterrâneo.
Visto que 86% dos poços cadastrados apresentavam águas doces, conforme
constatado pelo diagnóstico realizado pelo CPRM, para o caso do município de
Macaíba, as águas do aqüífero Barreiras apresentam excelente qualidade química,
com baixos teores de sódio, podendo ser utilizada praticamente para todos os fins,
além de os poços construídos mostrarem capacidades máximas de vazão, variando
entre 5 a 100 m³/h. Assim, em face de restrições existentes quanto à oferta de água
para as comunidades rurais, a utilização do manancial subterrâneo através de poços
profundos torna-se necessária.
Obviamente, a adoção desta alternativa só poderá ser feita mediante estudos 199

específicos para cada caso, entretanto, para fins de previsões de investimento vamos
adotar no presente estudo a hipótese de que o abastecimento das comunidades será
feito através de: melhoria nos sistemas já existentes, implantação de sistema de
tratamento onde necessário, instalação de chafariz (entre 20 e 100 residências),
instalação de cisternas (< 20 residências) e manutenção dos Sistemas Coletivos de
Abastecimento de Água. Vamos adotar ainda para algumas comunidades o Sistema
Isolado, constituído de poço profundo, reservatório e rede de distribuição.
As comunidades que possuem captação em poços profundos, com boa qualidade da
água, continuarão sendo abastecidas pelos mesmos. No restante da zona rural o
abastecimento deve ser realizado a partir da perfuração de novos poços ou a partir de
açudes próximos as comunidades. A utilização desses mananciais deve estar aliada a
tratamentos para melhoria da qualidade da água, incluindo a instalação de
dessalinizadores quando necessário.

12.3. CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO


Como o município de Macaíba possui um percentual muito pequeno (3%) de coleta e
tratamento de esgotos na área urbana, mas já possui um projeto em fase de
andamento para a implantação do sistema de esgotamento sanitário, a concepção
mais adequada é a implantação da rede de coleta pública na área urbana do município
e o tratamento dos esgotos realizado por uma estação de tratamento de esgoto (ETE).
O proposto é que o índice de atendimento urbano cresça gradativamente, atingindo
70% no ano de 2012, 86% em 2013 e a universalização no ano de 2016. Para o índice
de tratamento dos esgotos, este deverá acompanhar o índice estabelecido para coleta,
ou seja, 100% dos esgotos coletados deverão ser tratados.
Neste sentido, deverão ser previstas intervenções tanto na rede de coleta quanto na
ETE, para atendimento das condições atuais bem como para fazer frente às
necessidades impostas pelo crescimento populacional e pelo aumento dos padrões de
atendimento ao longo do horizonte do plano.
Para as comunidades rurais com número de residências superior a 100 unidades, que
hoje utilizam fossas negras (rudimentares), é recomendável por questões sanitárias e
ambientais que os esgotos sejam coletados através de redes coletoras e tratados de
forma adequada, recomendando-se para estes casos a utilização de ETE’s compactas 200

modulares. Existem no mercado diversas opções de estações de tratamento


compactas com excelente desempenho e custo de implantação não muito elevado.
Esta solução pode ser temporária para as comunidades rurais onde a rede de coleta
pública possa ser estendida, na medida em que ocorra a expansão da malha urbana
do município. Nestes casos as ETE’s compactas poderão ser desativadas e
aproveitadas em outros locais, desde que sejam projetadas para tal. Para os locais
onde a expansão da rede pública seja inviável, a implantação terá caráter definitivo.
Para comunidades com número de residências inferior a 100 unidades serão
propostas melhorias no sistema de esgotamento utilizado, efetuando a substituição
das fossas negras por fossas sépticas seguidas de sumidouros.

13. CRITÉRIOS PARA APURAÇÃO DAS NECESSIDADES GLOBAIS DOS


SISTEMAS
Com base no prognóstico apresentado e nas características dos sistemas existentes,
tendo como objetivo a universalização do atendimento, serão apuradas as
necessidades futuras para as unidades principais dos sistemas de abastecimento de
água e de esgotamento sanitário. Foram então analisadas as seguintes unidades de
cada sistema:

 Sistema de Abastecimento de Água:


- Produção de Água Tratada;
- Reservação de Água Tratada;
- Redes de Distribuição de Água; e
- Ligações Domiciliares de Água.

 Sistema de Esgotos Sanitários:


- Redes Coletoras de Esgotos;
- Ligações Domiciliares de Esgotos; e
- Estação de Tratamento de Esgotos.

13.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 201

13.1.1. Produção de Água Tratada


Conforme já relatado a produção de água atual é feita através de poços tubulares, que
tem excelente capacidade de produção. Por este motivo o estudo de concepção prevê
que para atendimento das demandas futuras de água deverá ser previsto a
implantação de novos poços, na medida da necessidade.
Para fins de previsão das necessidades futuras vamos admitir que os futuros poços
tenham capacidade de produção padrão de 80 m³/h, valor esse equivalente a
produção média atual dos poços existentes.
O volume de produção necessário será avaliado com base no volume consumido e no
índice de perdas na distribuição.
Atualmente o município de Macaíba é abastecido a partir da captação em sete poços
tubulares que tem capacidade conjunta de produção de 344 m3/h.
13.1.2. Reservação de Água Tratada
O município de Macaíba possui dois reservatórios elevados, com capacidades para
1.000 m3 cada, sendo a capacidade de reservação total existente no município de
2.000 m³.
O reservatório R1 apresenta problemas estruturais de má qualidade das instalações,
apresentando fissuras, infiltração e corrosão, necessitando de recuperação. Os
registros do reservatório R1 apresentam vazamento.
O reservatório R2 apresenta-se em melhor estado de conservação, possuindo apenas
problemas de infiltração.
Com relação aos volumes necessários de reservação de água tratada nos
reservatórios setoriais ou nas ETA’s, considerou-se AZEVEDO NETTO (1982), que
admite como estimativa válida a relação de Frühling, que estabelece que o volume
mínimo requerido é 1/3 do volume distribuído no dia de máximo consumo.
Adotou-se que o volume de reservação necessário corresponderá a 1/3 da demanda
máxima diária (o consumo no dia de maior consumo acrescido das perdas no sistema 202

de distribuição).
Com base nestas informações e na projeção das demandas máximas diárias, serão
calculados os déficits globais de reservação, e se haverá necessidade de ampliações
ao longo do horizonte do plano.

13.1.3. Sistema de Distribuição de Água


Para fins de apuração das necessidades do sistema de distribuição de água, vamos
considerar basicamente a rede de distribuição e as ligações domiciliares.
Na avaliação das necessidades ao longo do horizonte do plano, considerando a
estrutura existente, serão abordados dois aspectos principais:
- Ampliações: Correspondem às ações necessárias para acompanhar o aumento das
demandas de água resultantes do padrão de atendimento estabelecido e do
crescimento vegetativo da população;
- Substituições: Correspondem às ações necessárias para garantir a qualidade das
instalações, que se deterioram ao longo do tempo em função de diversos aspectos
como vida útil, má qualidade dos materiais empregados, etc.
A) Necessidades de Ampliações
Para apuração das necessidades de ampliação da rede de distribuição será adotada
uma taxa média de 3,0 metros de rede por habitante aplicável em todo o período do
plano. Segundo informações da Assessoria de Gestão Empresarial da CAERN, em
2009, a extensão da rede de distribuição do sistema de abastecimento de água no
município é 189.385 m.
Para apuração da necessidade de novas ligações de água será adotado o índice de
4,31 habitantes por ligação também aplicável em todo o período do plano.
No caso das ligações domiciliares existentes, constata-se que das 13.764 ligações
existentes, 9.921 são ativas e das ativas existem 4.431 ligações não medidas (44,7%),
o que implica na necessidade de instalação de hidrômetros para estas ligações. Como
critério de apuração, vamos adotar que estes hidrômetros serão instalados até 2016.
Considera-se que cada ligação nova deve ser instalada juntamente com um
hidrômetro, porém os mesmos estão contabilizados separadamente na planilha de
necessidade de ampliações do sistema de abastecimento de água. 203

B) Necessidades de Substituições
Foram também estimadas as potenciais necessidades de substituições de
hidrômetros, de ligações domiciliares e de redes de distribuição de água por
deterioração com o tempo e qualidade do material (cimento amianto). Para tanto foram
considerados os seguintes critérios:
- Hidrômetros: Como a vida útil média de hidrômetros é da ordem de 10 anos, é
recomendável a substituição total do parque de hidrômetros existente até 2016; para o
restante do período vamos adotar uma taxa anual de substituição de 10%, a partir de
2017;
- Ligações Domiciliares de Água: A má qualidade das ligações de água está entre
os principais responsáveis pelas perdas físicas nos sistemas de distribuição. Por este
motivo, e dado ao elevado índice de perdas atual, é fundamental uma campanha de
substituição de parte das ligações existentes em curto prazo. Porém, no sistema em
questão, as perdas físicas geralmente são decorrentes de fraudes e quebramentos
propositais e não da qualidade dos materiais. Por este motivo, só serão realizadas
substituições no período de 2017/2041 a uma taxa de 1% ao ano;
- Redes de Distribuição de Água: A má qualidade da rede de distribuição é um dos
fatores responsáveis por rupturas e pelo nível de perdas físicas de água. Deste modo,
é recomendável que a parte mais deteriorada da rede seja substituída. Como a rede
de distribuição do município de Macaíba possui apenas 10% do total constituída de
cimento amianto, vamos adotar como critério de apuração, que estas tubulações serão
substituídas no período de 2012 a 2016 a uma taxa de 2,0% ao ano. Para as futuras
necessidades de substituição de redes por problemas de deterioração da qualidade
dos materiais das tubulações, vamos adotar uma taxa de 1,5% ao ano no período
2017/2041.

13.2. SISTEMA DE ESGOTOS SANITÁRIOS

13.2.1. Estação de Tratamento de Esgoto


Para estimativa das demandas futuras por tratamento de esgotos, consideraram-se as
vazões médias a serem tratadas calculadas a partir das populações atendidas com 204

tratamento de esgotos, conforme adotado no prognóstico. Estas vazões serão


comparadas com a capacidade da estação de tratamento de esgoto a ser implantada.
Atualmente não existe ETE implantada, assim consideramos a implantação de uma
estação de tratamento no ano de 2012 (vazão de tratamento 60,0 l/s), com
incrementos nos anos de 2016 (vazão de tratamento 30,0 l/s), 2021 (vazão de
tratamento 65,0 l/s) e 2036 (vazão de tratamento 30,0 l/s).
As obras para implantação da ETE já estão em fase de andamento.

13.2.2. Rede Coletora e Ligações de Esgoto


A) Necessidades de Ampliações
Como não existe rede coletora de esgoto, para apuração das necessidades de
ampliação da rede de coleta de esgoto será adotada uma taxa média de 3,0 metros de
rede por habitante, a mesma adotada para rede de distribuição de água, aplicável em
todo o período do plano. Para apuração da necessidade de novas ligações será
adotado que as edificações a serem atendidas com coleta de esgoto serão as mesmas
a serem abastecidas com água potável, sendo, portanto, utilizado o índice de 4,31
habitantes por ligação, o qual será aplicável em todo o período do plano.
Segundo informações da Assessoria de Gestão Empresarial da CAERN, em 2009, a
extensão da rede coletora de esgoto no município é 21.530 m
Com relação a ligações de esgoto, o município conta com 322 ligações existentes, das
quais 311 são ativas.
Para o Plano em questão foi considerado que as redes de coleta e ligações de esgoto
serão executadas a partir do ano de 2011, de acordo com as obras do projeto
existente e em andamento, de implantação do sistema de esgotamento sanitário, e a
partir daí, conforme as necessidades de ampliação da mesma.

B) Necessidades de Substituições
Estimaram-se também as potenciais necessidades de substituições de ligações
domiciliares e de redes coletoras de esgotos por deterioração com o tempo. Para tanto
foram considerados os seguintes critérios:
- Ligações Domiciliares de Esgotos: não foram previstas substituições até o ano de
2016, para o período restante 2017/2041 foram previstas substituições a uma taxa de 205

0,25% ao ano;
- Redes Coletoras de Esgotos: não foram previstas substituições nas redes coletoras
de esgoto até o ano de 2016, para o período restante 2017/2041 foram previstas
substituições a uma taxa de 0,25% ao ano.

13.3. COMUNIDADES RURAIS


Conforme relatado anteriormente a solução proposta para as comunidades rurais é
que o abastecimento das comunidades será feito através de melhoria nos sistemas já
existentes, implantação de sistema de tratamento onde necessário, instalação de
chafariz (entre 20 e 100 residências), instalação de cisternas (< 20 residências) e
manutenção dos Sistemas Coletivos de Abastecimento de Água. Vamos adotar ainda
para algumas comunidades o Sistema Isolado, constituído de poço profundo,
reservatório e rede de distribuição.
O levantamento das necessidades dos sistemas de abastecimento de água das
comunidades rurais, com número de domicílios superior a 100 unidades, será feito
comparando-se as condições atuais com as condições futuras necessárias, obtidas
nos estudos de projeção de demandas, nos aspectos de produção, reservação, redes
e ligações de água. Na produção será priorizada a continuação do abastecimento das
mesmas por mananciais já existentes, podendo a mesma ser incrementada pela
perfuração de um poço ou por manancial previsto em projeto já existente. Os índices e
parâmetros adotados são:
- consumo per capita de 100 l/hab.dia;
- índice de extensão de rede de 3,0 m/hab;
- desconsiderou-se a existência de perdas de água na distribuição;
- índice de hidrometração igual a zero; e,
- volume de reservação necessário como sendo 1/3 da demanda máxima diária.
Nas comunidades com número de residências entre 20 e 100 unidades, serão prevista
a instalação de chafariz, com unidades compactas de tratamento, como
dessalinizadores, quando necessário. Esses deverão ser utilizados para consumo
primário. Para consumo secundário as comunidades deverão continuar utilizando os
sistemas existentes.
- consumo humano primário - per capita de 10l/hab.dia; 206

Nas comunidades com número de residências inferior a 20 unidades, só serão


previstas as instalações de cisternas para armazenamento de água de chuva. As
mesmas só devem ser instaladas nas residências desprovidas de reservatório.
Estas comunidades, com número de residências superior a 100 unidades, serão
também atendidas com Sistemas Isolados de Esgoto, compostos por uma ETE
compacta e redes de esgoto. Serão adotados os seguintes critérios para avaliação das
necessidades de implantação de ETEs Compactas, redes coletoras e ligações
domiciliares de esgoto para estas comunidades:
- coeficiente de retorno igual a 0,8;
- índice de extensão de rede de 3,0 m/hab; e,
- não existência de rede coletora e estações de tratamento de esgoto.
Nas comunidades com número de residências inferior a 100 unidades, a solução mais
recomendável é a previsão de soluções individuais, sendo indicada a utilização de
fossas sépticas seguidas de sumidouro em substituição às fossas negras.
14. APURAÇÃO DAS NECESSIDADES PARA UNIVERSALIZAÇÃO DO
ATENDIMENTO
As necessidades futuras para universalização do atendimento, estimadas de acordo
com os critérios supra expostos, estão apresentadas nos itens a seguir, destacando-se
que as ampliações correspondem ao atendimento de novas demandas e as
substituições correspondem às necessidades para conservação dos sistemas
existentes em condições adequadas de uso e operação.

14.1. AÇÕES NECESSÁRIAS PARA UNIVERSALIZAÇÃO DO


ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Nas tabelas 85, 86 e 87 estão apresentadas as necessidades de ampliação do
sistema de abastecimento de água, no que se refere a produção, reservação de água,
extensão de rede, ligações e hidrômetros. Na tabela 88 estão apresentadas as
necessidades de substituição do sistema de abastecimento de água, no que se refere
à extensão de rede, ligações e hidrômetros. Na tabela 89 é apresentado um resumo 207

das ações anuais propostas para atingir a universalização do abastecimento no


município de Macaíba.
As ações previstas visam atender os seguintes objetivos:
 Aumento da capacidade de produção de água em função do aumento dos
padrões de atendimento e do crescimento vegetativo;
 Aumento da capacidade de reservação;
 Ampliação das redes de água em função do aumento dos padrões de
atendimento e do crescimento vegetativo;
 Substituição de parcela da rede atual com elevado estado de deterioração;
 Substituições periódicas anuais de redes de água;
 Ampliação das ligações de água em função do aumento dos padrões de
atendimento e do crescimento vegetativo;
 Substituições periódicas anuais de ligações de água;
 Instalação de hidrômetros nas ligações não medidas até 2016;
 Substituição do parque de hidrômetros atual até 2016;
 Substituição anual de hidrômetros a partir de 2017.
Tabela 85 - Necessidades anuais de ampliações na produção e reservação do
Sistema de Abastecimento de Água.
NECESSIDADES DE AMPLIAÇÕES
PRODUÇÃO RESERVAÇÃO
ANO A
EXIST. NECES. DÉFICIT EXIST. NECES. DÉFICIT A EXECUTAR
EXECUTAR
(m³/h) (m³/h) (m³/h) (m³) (m³) (m³) (m³)
(m³/h)
2011 344,0 500,4 156,4 0,0 2.000 3.336 1.336 0,0
2012 344,0 544,28 200,3 0,0 2.000 3.629 1.629 0,0
2013 344,0 589,00 245,0 0,0 2.000 3.927 1.927 0,0
2014 344,0 619,24 275,2 0,0 2.000 4.128 2.128 0,0
2015 344,0 649,10 305,1 0,0 2.000 4.327 2.327 0,0
2016 344,0 678,70 334,7 120,0 2.000 4.525 2.525 0,0
2017 344,0 708,15 364,2 0,0 2.000 4.721 2.721 0,0
2018 344,0 737,52 393,5 0,0 2.000 4.917 2.917 0,0
2019 344,0 766,88 422,9 0,0 2.000 5.113 3.113 0,0
2020 344,0 796,29 452,3 0,0 2.000 5.309 3.309 0,0
2021 344,0 825,79 481,8 200,0 2.000 5.505 3.505 1.000,0
2022 344,0 814,76 470,8 0,0 2.000 5.432 3.432 0,0
2023 344,0 804,89 460,9 0,0 2.000 5.366 3.366 0,0
208
2024 344,0 796,04 452,0 0,0 2.000 5.307 3.307 0,0
2025 344,0 788,12 444,1 0,0 2.000 5.254 3.254 0,0
2026 344,0 781,02 437,0 120,0 2.000 5.207 3.207 1.000,0
2027 344,0 797,70 453,7 0,0 2.000 5.318 3.318 0,0
2028 344,0 814,52 470,5 0,0 2.000 5.430 3.430 0,0
2029 344,0 831,50 487,5 0,0 2.000 5.543 3.543 0,0
2030 344,0 848,63 504,6 0,0 2.000 5.658 3.658 0,0
2031 344,0 865,92 521,9 150,0 2.000 5.773 3.773 1.500,0
2032 344,0 883,36 539,4 0,0 2.000 5.889 3.889 0,0
2033 344,0 900,96 557,0 0,0 2.000 6.006 4.006 0,0
2034 344,0 918,70 574,7 0,0 2.000 6.125 4.125 0,0
2035 344,0 936,61 592,6 0,0 2.000 6.244 4.244 0,0
2036 344,0 954,67 610,7 120,0 2.000 6.364 4.364 1.500,0
2037 344,0 972,88 628,9 0,0 2.000 6.486 4.486 0,0
2038 344,0 991,24 647,2 0,0 2.000 6.608 4.608 0,0
2039 344,0 1.009,76 665,8 0,0 2.000 6.732 4.732 0,0
2040 344,0 1.028,43 684,4 0,0 2.000 6.856 4.856 0,0
2041 344,0 1.047,26 703,3 0,0 2.000 6.982 4.982 0,0
Tabela 86 - Necessidades anuais de ampliações em extensão de rede e ligações
de água do Sistema de Abastecimento de Água.
NECESSIDADES DE AMPLIAÇÕES
REDE DE ÁGUA LIGAÇÕES DE ÁGUA
ANO A A
EXIST. NECES. DÉFICIT EXIST. NECES. DÉFICIT
EXECUTAR EXECUTAR
(m) (m) (m) (lig) (lig) (lig)
(m) (lig)
2011 189.385 128.204 -61.181 0 9.921 9.921 0 0
2012 189.385 135.017 -54.368 0 9.921 10.448 527 0
2013 189.385 142.043 -47.342 0 9.921 10.992 1.071 0
2014 189.385 145.646 -43.739 0 9.921 11.271 1.350 0
2015 189.385 149.287 -40.098 0 9.921 11.553 1.632 0
2016 189.385 152.965 -36.420 0 9.921 11.837 1.916 0
2017 189.385 156.682 -32.703 0 9.921 12.125 2.204 2.204
2018 189.385 160.436 -28.949 0 12.125 12.415 291 291
2019 189.385 164.228 -25.157 0 12.415 12.709 293 293
2020 189.385 168.057 -21.328 0 12.709 13.005 296 296
2021 189.385 171.925 -17.460 0 13.005 13.304 299 299
2022 189.385 175.831 -13.554 0 13.304 13.607 302 302
2023 189.385 179.774 -9.611 0 13.607 13.912 305 305
209
2024 189.385 183.755 -5.630 0 13.912 14.220 308 308
2025 189.385 187.774 -1.611 0 14.220 14.531 311 311
2026 189.385 191.831 2.446 2.446 14.531 14.845 314 314
2027 191.831 195.925 4.094 4.094 14.845 15.162 317 317
2028 195.925 200.058 4.133 4.133 15.162 15.481 320 320
2029 200.058 204.228 4.170 4.170 15.481 15.804 323 323
2030 204.228 208.436 4.208 4.208 15.804 16.130 326 326
2031 208.436 212.682 4.246 4.246 16.130 16.458 329 329
2032 212.682 216.966 4.284 4.284 16.458 16.790 331 331
2033 216.966 221.287 4.321 4.321 16.790 17.124 334 334
2034 221.287 225.647 4.360 4.360 17.124 17.462 337 337
2035 225.647 230.044 4.397 4.397 17.462 17.802 340 340
2036 230.044 234.479 4.435 4.435 17.802 18.145 343 343
2037 234.479 238.952 4.473 4.473 18.145 18.491 346 346
2038 238.952 243.463 4.511 4.511 18.491 18.840 349 349
2039 243.463 248.012 4.549 4.549 18.840 19.192 352 352
2040 248.012 252.598 4.586 4.586 19.192 19.547 355 355
2041 252.598 257.222 4.624 4.624 19.547 19.905 358 358
Tabela 87 - Necessidades anuais de ampliações em instalação de hidrômetros
do Sistema de Abastecimento de Água.
NECESSIDADES DE AMPLIAÇÕES
HIDRÔMETROS
ANO DÉFICIT A EXECUTAR
EXISTENTE (unid) NECESSIDADES (unid)
(unid) (unid)
2011 5.490 9.921 4.431 0
2012 5.490 10.448 4.958 886
2013 6.376 10.992 4.616 886
2014 7.262 11.271 4.008 886
2015 8.149 11.553 3.404 886
2016 9.035 11.837 2.802 886
2017 9.921 12.125 2.204 0
2018 9.921 12.415 2.494 0
2019 9.921 12.709 2.788 0
2020 9.921 13.005 3.084 0
2021 9.921 13.304 3.383 0
210
2022 9.921 13.607 3.686 0
2023 9.921 13.912 3.991 0
2024 9.921 14.220 4.299 0
2025 9.921 14.531 4.610 0
2026 9.921 14.845 4.924 0
2027 9.921 15.162 5.241 0
2028 9.921 15.481 5.560 0
2029 9.921 15.804 5.883 0
2030 9.921 16.130 6.209 0
2031 9.921 16.458 6.537 0
2032 9.921 16.790 6.869 0
2033 9.921 17.124 7.203 0
2034 9.921 17.462 7.541 0
2035 9.921 17.802 7.881 0
2036 9.921 18.145 8.224 0
2037 9.921 18.491 8.570 0
2038 9.921 18.840 8.919 0
2039 9.921 19.192 9.271 0
2040 9.921 19.547 9.626 0
2041 9.921 19.905 9.984 0
Tabela 88 - Necessidades anuais de substituições em extensão de rede, ligações
de água e instalação de hidrômetros do Sistema de Abastecimento de Água.
SUBSTITUIÇÕES

ANO LIG.
HIDRÔM. REDES
DOMIC.
(unid) (m)
(unid)

2011 0 0 0
2012 1.098 0 3.788
2013 1.098 0 3.788
2014 1.098 0 3.788
2015 1.098 0 3.788
2016 1.098 0 3.788
2017 992 99 2.841
2018 1.212 121 2.841
2019 1.242 124 2.841
2020 1.271 127 2.841
2021 1.301 130 2.841
211
2022 1.330 133 2.841
2023 1.361 136 2.841
2024 1.391 139 2.841
2025 1.422 142 2.841
2026 1.453 145 2.841
2027 1.484 148 2.877
2028 1.516 152 2.939
2029 1.548 155 3.001
2030 1.580 158 3.063
2031 1.613 161 3.127
2032 1.646 165 3.190
2033 1.679 168 3.254
2034 1.712 171 3.319
2035 1.746 175 3.385
2036 1.780 178 3.451
2037 1.815 181 3.517
2038 1.849 185 3.584
2039 1.884 188 3.652
2040 1.919 192 3.720
2041 1.955 195 3.789
Tabela 89 - Ações anuais para Universalização do Sistema de Abastecimento de
Água.
PRODUÇÃO RESERVAÇÃO REDE DE ÁGUA LIGAÇÕES DE ÁGUA HIDRÔMETROS
ANO EXECUÇÃO EXECUÇÃO TOTAL TOTAL TOTAL
(m³/h) Nº (m³) m unid unid
2011 0 0 0
2012 3.788 0 1.984
2013 3.788 0 1.984
2014 3.788 0 1.984
2015 3.788 0 1.984
2016 120,0 2 3.788 0 1.984
2017 2.841 2.303 992
2018 2.841 412 1.212
2019 2.841 417 1.242
2020 2.841 423 1.271
2021 200,0 3 1.000 2.841 429 1.301
2022 2.841 435 1.330
212
2023 2.841 441 1.361
2024 2.841 447 1.391
2025 2.841 453 1.422
2026 120,0 2 1.000 5.287 459 1.453
2027 6.971 465 1.484
2028 7.072 472 1.516
2029 7.171 478 1.548
2030 7.271 484 1.580
2031 150,0 2 1.500 7.373 490 1.613
2032 7.474 496 1.646
2033 7.575 502 1.679
2034 7.679 508 1.712
2035 7.782 515 1.746
2036 120,0 2 1.500 7.886 521 1.780
2037 7.990 527 1.815
2038 8.095 534 1.849
2039 8.201 540 1.884
2040 8.306 547 1.919
2041 8.413 553 1.955
Total 710,0 11 5.000 165.055 13.852 48.622
14.2. AÇÕES NECESSÁRIAS PARA UNIVERSALIZAÇÃO DA COLETA E
TRATAMENTO DOS ESGOTOS
Nas tabelas 90 e 91 estão apresentadas as necessidades de implantação do sistema
de esgotamento sanitário, no que se refere a vazão de tratamento, extensão de rede
coletora e ligações. Na tabela 92 estão apresentadas as necessidades de substituição
do sistema de esgotamento sanitário, no que se refere a extensão de rede coletora e
ligações. Na tabela 93 é apresentado um resumo das ações anuais propostas para
atingir a universalização do sistema de esgotamento no município de Macaíba.
As ações previstas visam atender os seguintes objetivos:
 Implantação da capacidade de tratamento em consonância com o aumento do
nível de coleta;
 Implantação das redes de coleta de esgoto para acompanhamento dos
padrões de atendimento e do crescimento vegetativo;
 Implantação das ligações de esgoto para acompanhamento dos padrões de
atendimento e do crescimento vegetativo; 213

 Substituições periódicas anuais de ligações de esgoto.


Tabela 90 - Necessidades anuais de implantações em extensão de rede e
ligações de esgoto do Sistema de Esgotamento Sanitário.
NECESSIDADES DE IMPLANTAÇÕES
REDES COLETORAS LIGAÇÕES DE ESGOTO
ANO A A
EXIST. NECES. DÉFICIT EXIST. NECES. DÉFICIT
EXECUTAR EXECUTAR
(m) (m) (m) (lig) (lig) (lig)
(m) (lig)
2011 21.530 4.049 -17.481 0 311 311 0 0
2012 21.530 96.935 75.405 10.772 311 7.501 7.190 7.190
2013 32.302 122.157 89.855 12.836 7.501 9.453 1.952 1.952
2014 45.139 132.320 87.181 12.454 9.453 10.239 786 786
2015 57.593 142.868 85.275 12.182 10.239 11.056 817 817
2016 69.775 152.965 83.190 11.884 11.056 11.837 781 781
2017 81.659 156.682 75.022 12.504 11.837 12.125 288 288
2018 94.163 160.436 66.273 11.046 12.125 12.415 290 290
2019 105.209 164.228 59.019 11.804 12.415 12.709 294 294
2020 117.012 168.057 51.045 8.508 12.709 13.005 296 296
2021 125.520 171.925 46.405 7.734 13.005 13.304 299 299 214
2022 133.254 175.831 42.576 7.096 13.304 13.607 303 303
2023 140.350 179.774 39.424 6.571 13.607 13.912 305 305
2024 146.921 183.755 36.834 6.139 13.912 14.220 308 308
2025 153.060 187.774 34.714 5.786 14.220 14.531 311 311
2026 158.845 191.831 32.985 5.498 14.531 14.845 314 314
2027 164.343 195.925 31.582 7.896 14.845 15.162 317 317
2028 172.238 200.058 27.819 9.273 15.162 15.481 319 319
2029 181.511 204.228 22.717 7.572 15.481 15.804 323 323
2030 189.084 208.436 19.352 9.676 15.804 16.130 326 326
2031 198.760 212.682 13.922 6.961 16.130 16.458 328 328
2032 205.721 216.966 11.245 5.623 16.458 16.790 332 332
2033 211.343 221.287 9.944 9.944 16.790 17.124 334 334
2034 221.287 225.647 4.360 4.360 17.124 17.462 338 338
2035 225.647 230.044 4.397 4.397 17.462 17.802 340 340
2036 230.044 234.479 4.435 4.435 17.802 18.145 343 343
2037 234.479 238.952 4.473 4.473 18.145 18.491 346 346
2038 238.952 243.463 4.511 4.511 18.491 18.840 349 349
2039 243.463 248.012 4.548 4.548 18.840 19.192 352 352
2040 248.011 252.598 4.587 4.587 19.192 19.547 355 355
2041 252.598 257.222 4.624 4.624 19.547 19.905 358 358
Tabela 91 - Necessidades anuais de implantações em vazão de tratamento do
Sistema de Esgotamento Sanitário.
NECESSIDADES DE IMPLANTAÇÕES
ETE
ANO A
EXIST. NECES. DÉFICIT
EXECUTAR
(l/s) (l/s) (l/s)
(l/s)
2011 0,00 0,00 0,00 0,0
2012 0,00 0,00 0,00 60,0
2013 0,00 0,00 0,00 0,0
2014 0,00 0,00 0,00 0,0
2015 0,00 0,00 0,00 0,0
2016 0,00 0,00 0,00 30,0
2017 0,00 97,23 97,23 0,0
2018 0,00 103,27 103,27 0,0
2019 0,00 109,50 109,50 0,0
2020 0,00 115,94 115,94 0,0
2021 0,00 122,58 122,58 65,0 215
2022 0,00 125,36 125,36 0,0
2023 0,00 128,17 128,17 0,0
2024 0,00 131,01 131,01 0,0
2025 0,00 133,88 133,88 0,0
2026 0,00 136,77 136,77 0,0
2027 0,00 139,69 139,69 0,0
2028 0,00 142,63 142,63 0,0
2029 0,00 145,61 145,61 0,0
2030 0,00 148,61 148,61 0,0
2031 0,00 151,63 151,63 0,0
2032 0,00 154,69 154,69 0,0
2033 0,00 157,77 157,77 0,0
2034 0,00 160,88 160,88 0,0
2035 0,00 164,01 164,01 0,0
2036 0,00 167,17 167,17 30,0
2037 0,00 170,36 170,36 0,0
2038 0,00 173,58 173,58 0,0
2039 0,00 176,82 176,82 0,0
2040 0,00 180,09 180,09 0,0
2041 0,00 183,39 183,39 0,0
Tabela 92 - Necessidades anuais de substituições em extensão de rede e
ligações de esgoto do Sistema de Esgotamento Sanitário.
SUBSTITUIÇÕES
LIG.
ANO REDES
DOMIC.
(un) (m)
2011 0 0
2012 0 0
2013 0 0
2014 0 0
2015 0 0
2016 0 0
2017 30 392
2018 31 401
2019 32 411
2020 33 420
2021 33 430
216
2022 34 440
2023 35 449
2024 36 459
2025 36 469
2026 37 480
2027 38 490
2028 39 500
2029 40 511
2030 40 521
2031 41 532
2032 42 542
2033 43 553
2034 44 564
2035 45 575
2036 45 586
2037 46 597
2038 47 609
2039 48 620
2040 49 631
2041 50 643
Tabela 93 - Ações anuais para Universalização do Sistema de Esgotamento
Sanitário.
REDE DE LIGAÇÕES DE
ETE
ESGOTO ESGOTO
ANO OBRA TOTAL TOTAL
(l/s) m unid
2011 0 0
2012 60,0 10772 7190
2013 12836 1952
2014 12454 786
2015 12182 817
2016 30,0 11884 781
2017 12895 318
2018 11447 321
2019 12214 326
2020 8928 329
2021 65,0 8164 332
2022 7536 337 217
2023 7020 340
2024 6598 344
2025 6255 347
2026 5977 351
2027 8385 355
2028 9773 358
2029 8083 363
2030 10197 366
2031 7493 369
2032 6165 374
2033 10497 377
2034 4924 382
2035 4972 385
2036 30,0 5021 388
2037 5070 392
2038 5120 396
2039 5168 400
2040 5218 404
2041 5267 408

Total 185,0 248.518 20.587


14.3. AÇÕES NECESSÁRIAS NAS COMUNIDADES RURAIS
Para apuração das necessidades para abastecimento de água das comunidades
rurais será adotado como critério que todas as comunidades serão atendidas com
sistemas isolados, conforme já ocorre atualmente.
As comunidades rurais dotadas de sistemas coletivos de abastecimento de água não
possuem o cadastro dos mesmos, o que impossibilita verificar as necessidades de
ampliação da produção, da reservação e das redes de distribuição. Em termos de
produção faz-se necessário estudar as possibilidades de abastecimento de cada
comunidade isolada e a proposição de melhorias na qualidade da água, a qual pode
ser feita com a instalação de filtros compactos e um sistema de desinfecção.
Com relação às comunidades atendidas pelo sistema de abastecimento de água da
CAERN, apenas quatro possuem reservatório (Lagoa de Cavalos, Assentamento José
Coelho, Retiro e Traíras), e as demais se abastecem por injeção direta na rede de
distribuição. Para as comunidades abastecidas por injeção direta, foi prevista a
construção de reservatório elevado. 218

Para todas as comunidades abastecidas pela CAERN, considerou-se que 95% das
residências sejam atendidas pele rede de distribuição de água.
Para as demais comunidades que possuem rede de distribuição, e possuem seus
sistemas gerenciados pelo SAAE de São Gonçalo do Amarante ou por Associações
Comunitárias, porém suas ligações não possuem hidrômetro, considerou-se que
apenas 80% das residências são atendidas pela rede de distribuição de água.
Devido à ausência de cadastro, a extensão da rede existente em cada comunidade foi
estimada através da população atual e o índice de metros por habitante considerado
(3,0 m/hab). As demais comunidades não possuem sistema de abastecimento de água
coletivo, mas devido a sua população ser superior a cem habitantes, o mesmo deve
ser instalado.
Com relação ao sistema de abastecimento de água, foram previstas as seguintes
ações para atingir a universalização dos serviços, nas comunidades rurais
pertencentes ao município de Macaíba:
 Implantação de Melhorias nos Sistemas Existentes;
 Implantação de Sistemas Coletivos de Abastecimento de Água (>100
residências): contemplando 13 comunidades rurais;
 Instalação de Chafariz (entre 20 e 100 residências): contemplando 50
comunidades rurais;
 Instalação de Cisternas (< 20 residências): contemplando 42 comunidades
rurais (armazenamento de água de chuva);
 Implantação de reservatórios nas comunidades abastecidas por injeção direta
na rede de distribuição: contemplando 32 comunidades rurais;
 Manutenção dos Sistemas Coletivos de Abastecimento de Água: contemplando
13 comunidades rurais, sendo apenas as que possuem sistema coletivo;
 Instalação de uma Captação de Água e Dessalinizador (entre 20 e 100
residências), quando necessário: não foi prevista em nenhuma comunidade
rural, visto que as águas subterrâneas são de boa qualidade (águas doces);
 Instalação de Casa de Química (Q=6m³/h), incluindo dois dosadores Hypocal,
para as comunidades que não possuem sistema de tratamento.
Nas tabelas 94, 95 e 96, estão apresentadas as ações a serem realizadas na Zona
Rural do município, com vistas à universalização do Sistema de Abastecimento de 219

Água nas comunidades com número de residências superior a 100 unidades.

Tabela 94 - Ações para universalização do sistema de abastecimento de água


das comunidades rurais abastecidas pelo SAAE São Gonçalo do Amarante, com
número de residências superior a 100 unidades.
OBRAS A SEREM REALIZADAS NO SAA
COMUNIDADES REDES LIGAÇÃO
ABASTECIDAS PRODUÇÃO RESERVAÇÃO
DE ÁGUA DOMICILIAR HIDRÔMETRO
PELO SAAE SÃO (m³/h) (m³)
(m) (unid.) (unid.)
GONÇALO DO
AMARANTE
Comunidade
Ok 147 11013 852 852
Mangabeira
Comunidade Ladeira
Ok 46 3443 266 266
Grande
Comunidade Lagoa
Ok 26 1954 151 151
do Mato
OBS. 1) Ok: Não necessita de ampliação 2) ND: Informação não disponível
Tabela 95 - Ações para universalização do sistema de abastecimento de água
das comunidades rurais abastecidas pela CAERN, com número de residências
superior a 100 unidades.
OBRAS A SEREM REALIZADAS NO SAA
COMUNIDADES REDES LIGAÇÃO
PRODUÇÃO RESERVAÇÃO HIDRÔMETRO
ABASTECIDAS PELA DE ÁGUA DOMICILIAR
(m³/h) (m³) (unid.)
CAERN (m) (unid.)
Assentamento
4,2 33 2508 194 194
Xingu/Mangabeira
Fazenda Félix Lopes 1,3 10 777 60 60
Sítio Guarapes Ok 47 3550 275 275
Sítio Pé do Galo Ok 39 2908 225 225
Assentamento
2,1 17 1261 98 98
Caracrachá
Lagoa do Lima 2,4 19 1452 112 112
Lagoa de Cavalos 4,3 35 2605 202 202
Assentamento José
2,7 22 1638 127 127
Coelho
Espinheiro I e II 1,7 13 1010 78 78
Várzea 1,0 8 596 46 46
Rua da Palha ND ND ND ND ND 220
Retiro 2,9 23 1721 133 133
Traíras 7,9 64 4764 369 369
Lagoa Nova 1,9 15 1117 86 86
Sucavão 6,0 48 3583 277 277
Torrões 1,0 8 582 45 45
Assentamento Margarida
2,3 18 1386 107 107
Alves
Lagoa do Sítio I e II 4,8 38 2880 223 223
Porteiras 1,3 10 777 60 60
Riacho do Feijão 1,6 13 954 74 74
Capoeira dos Negros 7,8 63 4699 364 364
Marias 4,3 34 2559 198 198
Cajazeiras 8,4 67 5016 388 388
Mata Verde 1,5 12 903 70 70
Lagoa Comprida ND ND ND ND ND
Negrinhos 1,0 8 596 46 46
OBS. 1) Ok: Não necessita de ampliação 2) ND: Informação não disponível
Tabela 96 - Ações para universalização do SAA das comunidades rurais
abastecidas por Sistemas Independentes geridos pelas Associações
Comunitárias, com número de residências superior a 100 unidades.
OBRAS A SEREM REALIZADAS NO SAA
COMUM. ABASTECIDAS REDES LIGAÇÃO
PRODUÇÃO RESERVAÇÃO HIDRÔMETRO
POR SISTEMAS DE ÁGUA DOMICILIAR
(m³/h) (m³) (unid.)
INDEPENDENTES (m) (unid.)
Sítio Açude 1,3 10 763 59 59
Assentamento Eldorado
2,8 23 1708 132 132
dos Carajás
Povoado Betulia 2,0 16 1205 93 93
Sítio Cajarana 1,2 9 693 54 54
Fazenda Cajazeiras dos
1,3 10 754 58 58
Bulhoes
Povoado Cana Brava 5,7 46 3420 265 265
Sítio Córrego 1,2 10 726 56 56
Sítio Curral da Junta 0,9 8 568 44 44
Sítio Curralinho 3,1 25 1842 143 143
Sítio Ferreiro Torto 5,0 40 3001 232 232
Sítio Guajiru 1,0 8 577 45 45
Engenho Japecanga 0,9 7 530 41 41 221
Fazenda Jundiaí 2,6 20 1531 118 118
Sítio Lagoa do Sítio 1,0 8 600 46 46
Fazenda Lagoa da Tapara 2,4 19 1442 112 112
Sítio Lagoa da Tapara 2,0 16 ND ND ND
Fazenda Lagoa Seca 4,5 36 2671 207 207
Sítio Lamarão 4,0 32 2424 188 188
Loteamento Bela Vista II 43,8 351 26292 2035 2035
Loteamento Jardim Pingo
4,7 37 2810 217 217
D’água
Sítio Moita Verde 1,2 10 721 56 56
Sítio Passagem do Vigário 1,6 13 944 73 73
Fazenda Peri Peri 1,2 10 721 56 56
Sítio Pitimbu da Cruz 1,1 9 670 52 52
Sítio Raros 1,0 8 577 45 45
Sítio Residência do DNER 3,2 26 1940 150 150
Fazenda Reta Tabajara 0,9 7 516 40 40
Sítio Riacho do Sangue 7,3 59 4397 340 340
Fazenda São Lourenço 1,1 9 670 52 52
Sítio Sede Campestre 7,4 59 4411 341 341
Sítio Sucavão dos Gomes 1,5 12 889 69 69
Sítio Tabatinga 1,4 11 828 64 64
Sítio Tabatinga dos
3,7 30 2229 172 172
Romões
Fazenda Trairas 1,5 12 917 71 71
Sítio Trairas 1,2 10 730 57 57
Comunidade Tapara 3,6 29 2177 168 168
OBS. 1) Ok: Não necessita de ampliação 2) ND: Informação não disponível
Quanto ao esgotamento sanitário, conforme já relatado, é conveniente que as
comunidades com maior concentração de pessoas sejam atendidas por rede coletora
e o esgoto coletado seja tratado antes da disposição final. Assim, adotou-se como
critério para apuração das necessidades que, para aquelas comunidades cuja
população de final de plano seja maior que 100 (cem) habitantes, os esgotos deverão
ser coletados em redes de esgoto e tratados em ETEs Compactas. Para as demais
comunidades, admitiu-se que as mesmas continuariam com soluções individuais,
porém seriam realizadas adequações na atual sistemática de disposição, substituindo
as fossas negras por fossas sépticas com sumidouros.
Com relação ao sistema de esgotamento sanitário, foram previstas as seguintes ações
para atingir a universalização dos serviços, nas comunidades rurais pertencentes ao
município de Macaíba:
 Implantação de Sistema Esgotamento Sanitário nos Distritos: contemplando
apenas o Loteamento Bela Vista, em médio prazo;
 Implantação de Sistema Coletivo com Tratamento Anaeróbio Simples (>100 222

residências): contemplando 64 comunidades rurais;


 Tanque Séptico + Sumidouro + Caixa de Gordura (< 100 residências):
contemplando 72 comunidades rurais;
 Manutenção dos Sistemas Coletivos de Esgotamento Sanitário: contemplando
65 comunidades rurais, sendo a que possui sistema de esgotamento e as que
possuem sistema coletivo com tratamento anaeróbio simples.
Nas tabelas 97 e 98, são indicadas as ações necessárias para universalização do
Sistema de Esgotamento Sanitário nas comunidades com número de residências
superior a 100 unidades. As comunidades foram divididas entre, aquelas que são
abastecidas pela CAERN, pelo SAAE de São Gonçalo do Amarante e aquelas
abastecidas por Sistemas Independentes gerenciados pelas Associações
Comunitárias.
Tabela 97 - Ações anuais para Universalização do Sistema de Esgotamento
Sanitário da Zona Rural (SAAE São Gonçalo do Amarante e CAERN).
OBRAS A SEREM REALIZADAS NO SES
COMUNIDADES ABASTECIDAS LIGAÇÃO
TRATAMENTO REDES
PELO SAAE SÃO GONÇALO DO DOMICILIAR
(m³/dia) COLETORAS (m)
AMARANTE (unid.)
Comunidade Mangabeira 352,4 11.013 852
Comunidade Ladeira Grande 110,2 3.443 266
Comunidade Lagoa do Mato 62,5 1.954 151
OBRAS A SEREM REALIZADAS NO SES
LIGAÇÃO
COMUNIDADES ABASTECIDAS TRATAMENTO REDES
DOMICILIAR
PELA CAERN (m³/dia) COLETORAS (m)
(unid.)
Assentamento Xingu/Mangabeira 80,2 2.508 194
Fazenda Félix Lopes 24,9 777 60
Sítio Guarapes 113,6 3.550 275
Sítio Pé de Galo 93,1 2.908 225
Assentamento Caracrachá 40,3 1.261 98
Lagoa do Lima 46,5 1.452 112 223
Lagoa de Cavalos 83,4 2.605 202
Assentamento José Coelho 52,4 1.638 127
Espinheiro I e II 32,3 1.010 78
Várzea 19,1 596 46
Rua da Palha ND ND ND
Retiro 55,1 1.721 133
Traíras 152,5 4.764 369
Lagoa Nova 35,7 1.117 86
Sucavão 114,6 3.583 277
Torrões 18,6 582 45
Assentamento Margarida Alves 44,4 1.386 107
Lagoa do Sítio I e II 92,2 2.880 223
Porteiras 24,9 777 60
Riacho do Feijão 30,5 954 74
Capoeira dos Negros 150,4 4.699 364
Marias 81,9 2.559 198
Cajazeiras 160,5 5.016 388
Mata Verde 28,9 903 70
Lagoa Comprida ND ND ND
Negrinhos 19,1 596 46
OBS. 1) Ok: Não necessita ampliação 2) ND: Informação não disponível
Tabela 98 - Ações anuais para Universalização do Sistema de Esgotamento
Sanitário da Zona Rural (Sistemas Independentes gerenciados pelas
Associações Comunitárias).
OBRAS A SEREM REALIZADAS NO SES
COMUNIDADES ABASTECIDAS LIGAÇÃO
TRATAMENTO REDES
PELAS ASSOCIAÇÕES DOMICILIAR
(m³/dia) COLETORAS (m)
COMUNITÁRIAS (unid.)
Sítio Açude 24,4 763 59
Assentamento Eldorado dos Carajás 54,6 1.708 132
Povoado Betulia 38,6 1.205 93
Sítio Cajarana 22,2 693 54
Fazenda Cajazeiras dos Bulhoes 24,1 754 58
Povoado Cana Brava 109,4 3.420 265
Sítio Córrego 23,2 726 56
Sítio Curral da Junta 18,2 568 44
Sítio Curralinho 59,0 1.842 143
Sítio Ferreiro Torto 96,0 3.001 232
Sítio Guajiru 18,5 577 45
Engenho Japecanga 17,0 530 41
Fazenda Jundiaí 49,0 1.531 118
224
Sítio Lagoa do Sítio 19,2 600 46
Fazenda Lagoa da Tapara 46,2 1.442 112
Sítio Lagoa da Tapara 39,2 1.224 95
Fazenda Lagoa Seca 85,5 2.671 207
Sítio Lamarão 77,6 2.424 188
Loteamento Bela Vista II 841,3 26.292 2.035
Loteamento Jardim Pingo D’água 89,9 2.810 217
Sítio Moita Verde 23,1 721 56
Sítio Passagem do Vigário 30,2 944 73
Fazenda Peri Peri 23,1 721 56
Sítio Pitimbu da Cruz 21,4 670 52
Sítio Raros 18,5 577 45
Sítio Residência do DNER 62,1 1.940 150
Fazenda Reta Tabajara 16,5 516 40
Sítio Riacho do Sangue 140,7 4.397 340
Fazenda São Lourenço 21,4 670 52
Sítio Sede Campestre 141,1 4.411 341
Sítio Sucavão dos Gomes 28,4 889 69
Sítio Tabatinga 26,5 828 64
Sítio Tabatinga dos Romões 71,3 2.229 172
Fazenda Trairas 29,3 917 71
Sítio Trairas 23,4 730 57
Comunidade Tapara 69,7 2.177 168
OBS. 1) Ok: Não necessita ampliação 2) ND: Informação não disponível
14.4. CONSIDERAÇÕES SOBRE AS NECESSIDADES GLOBAIS APURADAS

14.4.1. Sistema de Abastecimento de Água


A) Produção de Água
Analisando-se as informações das tabelas anteriores, observa-se que a capacidade de
produção atual não é suficiente para atender as demandas de água do município.
Deste modo, é necessário que se faça um incremento para aumento da capacidade de
produção, assim foi proposta a implantação de onze novos poços, com capacidades
padrão de 80 m³/h durante o período do plano. A implantação dos poços está proposta
para os anos 2016 (dois poços), 2021 (três poços), 2026 (dois poços), 2031 (dois
poços) e 2036 (dois poços).
Outra medida é a necessidade da aplicação de providências na redução de perdas.

B) Sistema de Adução e Reservação


Conforme pode-se observar, a partir do ano de 2012, o município apresenta déficit no 225

volume de reservação, que é da ordem de 1.336 m³ e que chegará a 4.982 m³ no final


de plano.
Para sanar estas deficiências de reservação, as quais sem dúvida contribuem para os
problemas de abastecimento, é recomendável a ampliação da reservação em 1.000
m³ no ano de 2021 e mais 1.000 m³ no ano de 2026, devido ao incremento da
população; posteriormente devendo ser ampliada em mais 1.500 m³ no ano de 2031 e
1.500 m³ em 2036, a fim de garantir a capacidade de regularização do sistema até a
etapa final do plano.
Cabe esclarecer que estes valores dizem respeito às necessidades de ampliação da
reservação do sistema e não representam os volumes dos reservatórios que
necessitarão ser construídos, o que só poderá ser obtido através de estudos
específicos relativos ao sistema de abastecimento de água.

C) Sistema de Distribuição
Com relação às redes de distribuição e ligações domiciliares, não serão investidos em
ampliação de redes até o ano 2026, pois a rede existente consegue atender a
população até este ano, quanto às novas ligações não haverá ampliação durante os
cinco primeiros anos.
Nos períodos restantes, as necessidades de ampliação serão por conta do
crescimento vegetativo previsto para o município, e para manter o padrão de
atendimento atual que será de 100%, o que implica em implantar um total de 67.837
metros de rede e 9.984 ligações domiciliares, ao longo do horizonte do plano.
Outro aspecto referente à rede de distribuição é a necessidade de substituições, em
virtude da má qualidade das tubulações, fato este que também é responsável pelo
elevado índice de perdas atual.
O critério adotado neste caso foi a realização de substituições de 100% da rede de
cimento amianto existente, no período de 2012 a 2016, num total de 18.940 metros.
No restante do período (2017 a 2041) serão realizadas substituições anuais a uma
taxa de 1,5% ao ano, totalizando 78.278 metros de rede.
Da mesma forma as ligações prediais também são responsáveis pelo elevado índice
de perdas atual. Porém, no sistema em questão, às perdas físicas geralmente são 226

decorrentes de fraudes e quebramentos propositais e não da qualidade dos materiais.


Por esse motivo, só serão realizadas substituições a partir do ano 2017 a uma taxa de
1% ao ano, o que totaliza 3.868 ligações.
Quanto aos hidrômetros, durante os cinco primeiros anos do Plano, será necessária a
instalação de 9.921 unidades, sendo 4.431 referentes à hidrometração das ligações
domiciliares sem medição e, 5.490 referentes à substituição do parque de hidrômetros
atual. No restante do período serão implantados 38.701 hidrômetros, sendo
28.717 unidades por conta de substituições periódicas anuais e 9.984 referentes às
novas ligações.

14.4.2. Coleta e Tratamento dos Esgotos


A) Tratamento de esgotos
Como não existe sistema de esgotamento sanitário, com relação à capacidade de
tratamento dos esgotos coletados, identificou-se para o cenário estudado a
necessidade de implantação total de 185,0 l/s ao longo do horizonte de plano, visto
que atualmente não existe ETE (estação de tratamento de esgoto).
Os investimentos na implantação do sistema de esgotamento sanitário serão previstos
a partir do ano de 2011, visto que o município já possui uma obra em fase de
andamento.
A universalização deste serviço foi estabelecida para o ano de 2016, pois o projeto e a
execução de estações de tratamento necessitam de maior tempo para cumprimento
de todos os requisitos necessários, tais como: aprovação junto aos órgãos ambientais,
desapropriações, etc.; além de se tratarem de obras de elevado custo. Deste modo,
deverá ser finalizada em 2012 uma estação de tratamento de esgoto com capacidade
de tratamento de 60,0 l/s, que deverá ser incrementada no ano de 2016 com
capacidade de tratamento de mais 30,0 l/s para atingir a universalização, e mais 65,0
l/s em 2021 e 30,0 l/s em 2036, para acompanhar o crescimento vegetativo e manter a
universalização.

B) Rede Coletora de Esgotos


Com relação à rede coletora, sua implantação se fará basicamente por conta do 227

aumento do padrão de atendimento de 2011 até 2016 e posteriormente para atender


ao crescimento vegetativo previsto para o município no horizonte do Plano. Conforme
obtido das projeções, ao longo do período do plano será necessária a implantação de
235.692 metros de rede de esgoto.
Ao longo do período do plano serão realizadas substituições a partir do ano 2017 a
uma taxa de 0,25% ao ano, o que totaliza 12.826 metros de redes de esgoto.

C) Ligações de Esgoto
Da mesma forma, as ligações prediais de esgoto deverão sofrer incrementos por conta
do aumento do padrão de atendimento, num total de 19.594 ligações para atender o
crescimento vegetativo.
Ao longo do período do plano só serão realizadas substituições a partir do ano 2017 a
uma taxa de 0,25% ao ano, o que totaliza 993 ligações.
14.4.3. Comunidades Rurais

14.4.3.1. Sistema de Abastecimento de Água


Para o abastecimento de água das comunidades rurais, a proposta é a utilização de
Sistemas Isolados de Água composto por poço profundo, reservatório e rede de água
ou a melhoria na forma de abastecimento atual. Com base nas projeções realizadas
verifica-se que para a maioria das comunidades abastecidas por Sistemas
Independentes a melhor alternativa é a melhoria do sistema de abastecimento atual.
Já para as comunidades abastecidas pela CAERN e SAAE de São Gonçalo do
Amarante, a alternativa é também a melhoria do sistema de abastecimento atual.
Com relação ao sistema de abastecimento de água, foram previstas as seguintes
ações nas comunidades rurais pertencentes ao município de Macaíba:
 Implantação de Melhorias nos Sistemas Existentes;
 Implantação de Sistemas Coletivos de Abastecimento de Água (>100
residências): contemplando 13 comunidades rurais; 228

 Instalação de Chafariz (entre 20 e 100 residências): contemplando 50


comunidades rurais;
 Instalação de Cisternas (< 20 residências): contemplando 42 comunidades
rurais (armazenamento de água de chuva);
 Implantação de reservatórios nas comunidades abastecidas por injeção direta
na rede de distribuição: contemplando 32 comunidades rurais;
 Manutenção dos Sistemas Coletivos de Abastecimento de Água: contemplando
13 comunidades rurais, sendo apenas as que possuem sistema coletivo;
 Instalação de uma Captação de Água e Dessalinizador (entre 20 e 100
residências), quando necessário: não foi prevista em nenhuma comunidade
rural, visto que as águas subterrâneas são de boa qualidade (águas doces);
 Instalação de Casa de Química (Q=6m³/h), incluindo dois dosadores Hypocal,
para as comunidades que não possuem sistema de tratamento.
Estimou-se também a extensão de redes de água para cada comunidade, que
perfazem um total de 17.703 metros, para as comunidades abastecidas pela CAERN,
5.829 metros para as comunidades abastecidas pelo SAAE de São Gonçalo do
Amarante, e 27.313 metros para as comunidades abastecidas por Sistemas
Independentes e gerenciadas pelas Associações Comunitárias. Quanto às ligações de
água, perfazem um total de 2.055, 480 e 5.950 ligações, respectivamente.

14.4.3.2. Sistema de Esgotamento Sanitário


O critério adotado para apuração das necessidades com esgotamento sanitário para
as comunidades rurais foi a previsão de que os esgotos gerados seriam tratados em
ETE’s Compactas ou por Sistema Coletivo com Tratamento Anaeróbio Simples, num
total de 01 (uma) unidade de ETE compacta e 64 (sessenta e quatro) comunidades
contempladas com sistema coletivo com tratamento anaeróbio simples, sendo 26
operadas pela CAERN, 03 pelo SAAE de São Gonçalo do Amarante e 36 pelas
Associações Comunitárias.
Para todas as demais comunidades rurais previu-se a implantação de caixa de
gordura seguida de fossa séptica e sumidouro.
Com relação ao sistema de esgotamento sanitário, foram previstas as seguintes ações
nas comunidades rurais pertencentes ao município de Macaíba: 229

 Implantação de Sistema Esgotamento Sanitário nos Distritos: contemplando


apenas o Loteamento Bela Vista, em médio prazo;
 Implantação de Sistema Coletivo com Tratamento Anaeróbio Simples (>100
residências): contemplando 64 comunidades rurais;
 Tanque Séptico + Sumidouro + Caixa de Gordura (< 100 residências):
contemplando 72 comunidades rurais;
 Manutenção dos Sistemas Coletivos de Esgotamento Sanitário: contemplando
65 comunidades rurais, sendo a que possui sistema de esgotamento e as que
possuem sistema coletivo com tratamento anaeróbio simples.
As extensões de redes de esgoto necessárias para as 26 comunidades abastecidas
pela CAERN e previstas com ETE compacta são 49.839 metros, e o número de
ligações de esgoto serão 3.857 ligações. Para as 03 comunidades abastecidas pelo
SAAE de São Gonçalo do Amarante e previstas com ETE compacta, são 16.410
metros, e o número de ligações de esgoto serão 1.270 ligações. Já para as 36
comunidades abastecidas por Sistemas Independentes e gerenciadas pelas
Associações Comunitárias e previstas com ETE compacta, são 78.118 metros, e o
número de ligações de esgoto serão 6.045 ligações.
15. COMPATIBILIZAÇÃO COM OS DEMAIS PLANOS SETORIAIS
Para implantação das propostas feitas nos estudos de concepção é necessário que se
analise possíveis outros planos existentes, que de certo modo tenham correlações
com o presente plano de saneamento, a fim de que haja compatibilidade com as
premissas e soluções previstas em cada um deles.
É de interesse, a análise dos seguintes planos:
 Planos de Gestão de Recursos Hídricos;
 Planos de Abastecimento de Água dos Sistemas Adutores;
 Plano Diretor do Município;
 Plano Diretor do Sistema de Água;
 Plano Diretor do Sistema de Esgoto;
 Plano Municipal de Saneamento Básico – Resíduos Sólidos;
 Plano Municipal de Saneamento Básico – Drenagem Urbana;
 Lei Orgânica do Município;
 Código Sanitário do município; 230

 Código do Meio Ambiente do município;


 Outros Planos de interesse.

Dos planos citados acima, o município de Macaíba possui apenas a Lei Orgânica, o
Código Sanitário e o Plano Diretor do Município.
A Lei Orgânica do município não tem nenhuma correlação com o presente plano de
saneamento, apenas afirma em seus:
 Título I, Capítulo II, Seção II, Artigo 12, Item IX – Promover programas de
construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de
saneamento básico;
 Título IV, Capítulo III, Artigo 126, Item XV - O planejamento e execução, das
ações de controle do meio ambiente e de saneamento básico do Município;
 Título IV, Capítulo V, Seção II, Artigo 172, § 1º - É prioridade essencial a
criação de núcleos residenciais, em povoados e distritos, com melhores
condições habitacionais e de saneamento básico, para fixação do homem a
terra, ficando o Poder Executivo autorizado a firmar convênios com os órgãos
competentes para tal fim.
 Título V, Capítulo VII, Artigo193 - Todo e qualquer conjunto residencial, só
poderá ser entregue aos usuários pelo menos com: saneamento básico e
energia elétrica.
O Código Sanitário do município de Macaíba, em sua Lei nº 1300/2006, de 02 de
Agosto de 2006, afirma em seus:
- Título III, Capítulo I:
 Artigo 14, §2º - Todo e qualquer uso do solo urbano deverá atender às
legislações específicas de meio ambiente e saneamento básico.
 Artigo 15 – A Vigilância Sanitária, em conjunto com a Secretaria Municipal de
Meio Ambiente, no que pertine aos aspectos sanitários e da poluição
ambiental, prejudiciais à saúde, observará e fará observar as leis federais,
estaduais e municipais, aplicáveis, em especial, àquelas sobre o parcelamento
do solo urbano, sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e saneamento
básico.
 Artigo 19 – Os serviços de saneamento básico, de abastecimento de água e 231

remoção de resíduos, sejam dos setores público ou privado, ficarão sujeitos à


supervisão, fiscalização e às normas aprovadas pelas autoridades sanitárias e
de meio ambiente.
- Título III, Capítulo II:
 Artigo 20 – Compete ao órgão de administração de abastecimento de água o
exame periódico das suas redes e demais instalações, com objetivo de
constatar a possível existência de condições que possam prejudicar a saúde
da comunidade.
o § 1º - Caberá as empresas públicas ou privadas responsáveis pelo
abastecimento de água, garantir a potabilidade da água para consumo
humano em toda a extensão da rede, em conformidade com padrões
exigidos em normas legais vigentes.
o § 2º - Caberá ainda as empresas públicas ou privadas responsáveis pelo
funcionamento e manutenção das instalações de abastecimento de água
enviar obrigatoriamente os dados relativos aos exames periódicos das
redes de água e demais instalações mensalmente ou de acordo com a
solicitação da autoridade sanitária municipal, visando facilitar o trabalho de
controle da potabilidade da água destinada ao abastecimento público.
 Artigo 21 – Sempre que a autoridade sanitária verificar a existência de
anormalidade ou falha no sistema de abastecimento de água, capaz de
oferecer perigo à saúde, notificará o fato aos responsáveis, para imediatas
medidas corretivas.
 Artigo 24 – A Vigilância Sanitária do município aprovará e fiscalizará projetos
para construção e manutenção em bases de segurança de obras de
abastecimento de água, atendendo as normas e legislação vigentes.
 Artigo 26 – É obrigatória a ligação ao sistema de abastecimento de água,
quando existente, de toda edificação destinada à moradia ou instalação de
estabelecimentos de interesse da saúde pública.
o § 1º - Quando não existir rede pública de abastecimento de água, a
autoridade sanitária indicará as medidas a serem executadas.
o § 2º - É obrigação do proprietário do imóvel a execução de instalações de 232

abastecimento de água potável, de acordo com normas técnicas vigentes,


cabendo ao ocupante do imóvel a necessária conservação.
- Título III, Capítulo III:
 Artigo 27 – A Secretaria Municipal de Saúde participará da aprovação de
projetos e fiscalização da instalação de esgotos sanitários neste município.
 Artigo 28 – Os órgãos responsáveis pelo funcionamento e manutenção dos
sistemas de esgotos e de águas pluviais, periodicamente, enviarão, de forma
compulsória, informações técnicas, conforme a necessidade da Gerência de
Vigilância Sanitária do município e facilitarão o trabalho da referida Gerência,
no que lhe compete.
 Artigo 29 – É obrigatória a ligação ao sistema público de esgotos, quando
existente, de toda edificação destinada à moradia ou instalação de
estabelecimentos de interesse da saúde pública.
o § 1º - Quando não existir rede pública de esgotos, a autoridade sanitária
indicará as medidas a serem executadas.
o § 2º - É obrigação do proprietário do imóvel a execução de instalações de
esgotos, de acordo com normas técnicas vigentes, cabendo ao ocupante
do imóvel a necessária conservação.
 Artigo 30 – Compete à Vigilância Sanitária do Município inspecionar as
condições de lançamento de esgotos e resíduos domiciliares, industriais, de
estabelecimentos assistenciais de saúde e congêneres, concomitantemente
com os órgãos públicos competentes, visando a preservação da salubridade
dos receptores dos afluentes.
o § 1º - Diante do não cumprimento da determinação ou por força da
impossibilidade da manutenção da salubridade dos receptores de dejetos, a
autoridade sanitária interditará a indústria responsável pelo lançamento ou
condenará o uso de receptor para outros fins, conforme o caso.
o § 2º - As empresas responsáveis pela operação de sistemas de coleta de
esgotos deverão zelar pelo cumprimento dos padrões estabelecidos em
normas técnicas e legislações que regem a espécie. 233

o § 3º - Ficam proibidas empresas de municípios vizinhos de lançarem


dejetos em localidades do município de Macaíba, exceto em lagoas de
estabilização, quando conveniadas.
 Artigo 31 – É vedado o lançamento de águas servidas em via pública e na rede
de drenagem do município de Macaíba.
O Plano Diretor Participativo do Município de Macaíba, em sua Lei Complementar nº
01/2008, de 19 de Dezembro de 2008, afirma em seus:
- Título I, Capítulo III, Artigo 7º:
 Item XXIII – infra-estrutura básica: são os equipamentos urbanos de
escoamento das águas pluviais, iluminação pública, redes de esgoto sanitário e
abastecimento de água potável, e de energia elétrica pública e domiciliar e as
vias de circulação;
- Título II, Capítulo IV, Seção II:
 Artigo 31, Parágrafo único. As concessionárias de serviços públicos,
especialmente de água e esgotamento sanitário e de energia elétrica, ficam
obrigadas a fornecer os dados referentes a capacidade de suporte das
respectivas infra-estruturas, por bairro, a cada 06 (seis) meses.
- Título II, Capítulo IV, Seção III:
 Artigo 35, Item I – projeto dos componentes de infraestrutura de abastecimento
de água, esgoto, drenagem, energia elétrica e iluminação pública e memorial
descritivo;
 Artigo 36, Item I – em terrenos situados fora do alcance dos equipamentos
urbanos, nomeadamente das redes públicas de abastecimento de água potável
e de energia elétrica, salvo se atendidas exigências específicas dos órgãos
competentes;
 Artigo 37, §1º Os equipamentos públicos urbanos são os equipamentos que
compõem as 21 redes de abastecimento de água e esgotamento sanitário,
redes pluviais, de energia elétrica, comunicação, iluminação pública,
arruamento e guias.
- Título IV, Capítulo I, Seção II:
 Artigo 78, Parágrafo único. Nas áreas com deficiência de infra-estrutura,
especialmente de abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta 234

regular de resíduos sólidos, os projetos para empreendimentos turísticos


deverão apresentar soluções para suprir essas necessidades, em consonância
com as diretrizes municipais.
- Título IV, Capítulo VI, Seção I:
 Artigo 86. Em conformidade com a Lei Municipal nº. 1300, de 02 de agosto de
2006, o Município proverá as áreas urbanas de sistema de abastecimento de
água e sistema de esgotamento sanitário, promovendo a garantia e o bem
estar da população fixa ou flutuante, utilizando os seguintes procedimentos:
 I – a prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento
sanitário seja por via direta ou indireta, através de contrato de
concessão ou de programa;
 II – a realização do controle e a orientação para implantação de
sistemas alternativos, nos locais de população de baixa renda;
 III – reservar áreas para instalação de equipamentos necessários ao
funcionamento do sistema de abastecimento de água e esgotamento
sanitário.
o §1º Para a aprovação de projetos particulares de grande porte com sistema
de coleta, tratamento e disposição final adequada de esgotos sanitários,
será exigido termo de compromisso por parte da empresa responsável pela
gestão dos serviços, bem como local para operacionalização do mesmo.
o §2º O Poder Público Municipal poderá se articular com outros Municípios
para resolver conjuntamente problemas de abastecimento de água e
esgotamento sanitário de interesse comum, principalmente através de
contratos de programa conforme Lei Federal 11.107, de abril de 2005 e em
consonância com a Lei Federal nº.11.445, de janeiro de 2007;
o §3º Terão prioridade para implantação de esgotamento sanitário os
aglomerados urbanos de maior densidade, com maior afloramento do
lençol freático e outros requisitos de ordem técnica e de saúde pública que
influenciem na necessidade urgente deste serviço;
o §4º Nos novos loteamentos e condomínios localizados em zona urbana ou
de expansão urbana, as edificações e empreendimentos com áreas de 235

construção superior a 1.000,00 m² (um mil metros quadrados), serão


atendidos em consonância com a Lei Federal nº.11.445 de janeiro de 2007
que instituiu a política nacional de saneamento, e as demais Leis
correlatas.
o §5º O Município poderá ampliar o índice de atendimento do sistema de
saneamento básico, fazendo uso das normas estabelecidas na Lei Federal
nº 11.079 de 30 de dezembro de 2004, a partir da qual se instituiu normas
gerais de licitação e contratação de parcerias público-privadas no âmbito da
Administração Pública;
Assim, as únicas correlações do plano de saneamento com os planos citados acima
são os itens descritos anteriormente.
As metas a serem estabelecidas no Plano de Saneamento Básico Municipal nos
quesitos mencionados, deverão procurar ser compatíveis com as metas da Lei
Orgânica, do Código Sanitário e do Plano Diretor Municipal do município de Macaíba.
MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA A
AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA EFICIÊNCIA E
EFICÁCIA DAS AÇÕES PROGRAMAS; OBJETIVOS E
METAS DE CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO PARA A 236

UNIVERSALIZAÇÃO, ADMITIDAS SOLUÇÕES


GRADUAIS E PROGRESSIVAS; E, AÇÕES PARA
EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS
16. OBRAS, SERVIÇOS E AÇÕES NECESSÁRIAS
A partir do diagnóstico da situação atual e do crescimento prognosticado, avaliaram-se
as obras, serviços e ações (de melhoria, adequação e ampliação) necessários. Além
disso, foram elencados programas e ações de gestão que proporcionem a melhoria
dos serviços prestados e a redução de custos com a operação e manutenção dos
sistemas. Estas necessidades são caracterizadas a seguir, numa abordagem temporal
(curto, médio e longo prazo), considerada adequada à modernização e melhoria da
prestação dos serviços de água e esgotos da Companhia de Águas e Esgoto do Rio
Grande do Norte – CAERN, para o município de Macaíba. Em seguida foram
estimados os custos destas necessidades de forma a se poder estabelecer um
programa de prestação dos serviços visando sua melhoria e modernização.
Foram consideradas ações de curto prazo, as ações compreendidas entre os anos
2012 a 2016, totalizando 5 anos; ações de médio prazo, as ações compreendidas
entre os anos 2017 a 2026, totalizando 10 anos; e, ações de longo prazo, as ações
compreendidas entre os anos 2027 e 2041, totalizando 15 anos. 237

16.1. CARACTERIZAÇÃO DAS OBRAS E SERVIÇOS NECESSÁRIOS NA


ÁREA URBANA
Mediante as definições das obras e serviços necessários, apresentados nos cenários
prospectivos e concepção de alternativas, elaborou-se um cronograma de ações a
serem realizadas em curto, médio e longo prazo nos sistemas de abastecimento de
água e esgotamento sanitário, as quais estão apresentadas nas tabelas a seguir.
Tabela 99 - Ações de curto, médio e longo prazo para o sistema de
abastecimento de água.
QUANTIDADES A SEREM IMPLANTADAS SAA
ATIVIDADE Curto Médio
Longo Prazo
Prazo Prazo Total
(2027-2041)
(2012-2016) (2017-2026)

Investimento na Ampliação da Produção. 120,0 m³/h 320,0 m³/h 270,0 m³/h 710,0 m³/h

Investimento na ampliação da capacidade


0 m³ 2.000 m³ 3.000 m³ 5.000 m³
de reservação.
Investimento na ampliação da rede de
0,0 m 2.446,0 m 6.5391,0 m 67.837,0 m
abastecimento de água.
Investimento na ampliação das ligações
0,0 unid 4.923,7 unid 5.060,3 unid 9.984 unid
domiciliares de água.
Investimento em substituição da rede de
abastecimento de água existente 18.940,0 m 28.410,0 m 49.868,0 m 97.218,0 m
deteriorada.
Investimento em substituição das
0,0 unid 1.296,0 unid 2.572,0 unid 3.868 unid
ligações domiciliares de água existentes.
Investimento com hidrômetros para
4.431 unid 0 unid 0 unid 4.431 unid 238
ampliação do índice de hidrometração.
Investimento em substituição de
hidrômetros para renovação do parque 5.490 unid 12.975 unid 25.726 unid 44.191 unid
do parque existente.

Tabela 100 - Ações de curto, médio e longo prazo para o sistema de


esgotamento sanitário.
QUANTIDADES A SEREM IMPLANTADAS SES
ATIVIDADE Médio
Curto Prazo Longo Prazo
Prazo Total
(2012-2016) (2027-2041)
(2017-2026)
Investimento na ampliação da
90,0 l/s 65,0 l/s 30,0 l/s 185,0 l/s
capacidade de tratamento de esgoto.
Investimento na ampliação da rede de
60.129,4 m 82.683,5 m 92.879,3 m 235.692,2 m
coleta de esgoto.
Investimento na ampliação das ligações
11.526,0 unid 3.008,0 unid 5.060,0 unid 19.594,0 unid
domiciliares de esgoto.
Investimento em substituição periódica
para renovação/reforço da rede de coleta 0,0 m 4.350,7 m 8.475,0 m 12.825,7 m
de esgoto.
Investimento em substituição periódica
para renovação das ligações domiciliares 0,0 unid 336,7 unid 655,8 unid 993 unid
de esgoto.
16.2. CARACTERIZAÇÃO DAS OBRAS E SERVIÇOS NECESSÁRIOS NA
ÁREA RURAL
Abaixo estão listadas as ações a serem realizadas a curto, médio e longo prazo na
área rural do município:

 Curto Prazo
o Implantação de Sistema Coletivo de Abastecimento de Água em 02 comunidades
rurais, totalizando 744 ligações;
o Instalação de 08 unidades de Chafariz;
o Instalação de 72 Cisternas em 07 comunidades;
o Instalação de 05 reservatórios elevados, em 05 comunidades rurais, sendo um
para cada comunidade;
o Manutenção dos Sistemas Coletivos de Abastecimento de Água de 13
comunidades, sendo contempladas apenas aquelas que possuem sistema;
o Implantação de Sistema Coletivo com Tratamento Anaeróbio Simples em 11 239

comunidades rurais, totalizando 1.523 ligações;


o Instalação de 184 conjuntos caixa de gordura, tanque séptico e sumidouro, em 12
comunidades;
o Manutenção dos Sistemas Coletivos de Esgotamento Sanitário de 11
comunidades, sendo contempladas apenas as que possuem Sistema de
Esgotamento Sanitário e Sistema Coletivo com Tratamento Anaeróbio Simples.

 Médio Prazo
o Implantação de Sistema Coletivo de Abastecimento de Água em 04 comunidades
rurais, totalizando 1.488 ligações;
o Instalação de 17 unidades de Chafariz;
o Instalação de 144 Cisternas em 14 comunidades;
o Instalação de 11 reservatórios elevados, em 11 comunidades rurais, sendo um
para cada comunidade;
o Manutenção dos Sistemas Coletivos de Abastecimento de Água de 13
comunidades, sendo contempladas apenas aquelas que possuem sistema;
o Implantação de Sistema de Esgotamento Sanitário em 01 comunidade
(Loteamento Bela Vista), totalizando 2.035 ligações de esgoto;
o Implantação de Sistema Coletivo com Tratamento Anaeróbio Simples em 21
comunidades rurais, totalizando 3.046 ligações;
o Instalação de 368 conjuntos caixa de gordura, tanque séptico e sumidouro, em 24
comunidades;
o Manutenção dos Sistemas Coletivos de Esgotamento Sanitário de 33
comunidades, sendo contempladas apenas as que possuem Sistema de
Esgotamento Sanitário e Sistema Coletivo com Tratamento Anaeróbio Simples.

 Longo Prazo
o Implantação de Sistema Coletivo de Abastecimento de Água em 07 comunidades
rurais, totalizando 2.232 ligações;
o Instalação de 25 unidades de Chafariz;
o Instalação de 216 Cisternas em 21 comunidades; 240

o Instalação de 16 reservatórios elevados, em 16 comunidades rurais, sendo um


para cada comunidade;
o Manutenção dos Sistemas Coletivos de Abastecimento de Água de 13
comunidades, sendo contempladas apenas aquelas que possuem sistema;
o Implantação de Sistema Coletivo com Tratamento Anaeróbio Simples em 32
comunidades rurais, totalizando 4.569 ligações;
o Instalação de 551 conjuntos caixa de gordura, tanque séptico e sumidouro, em 36
comunidades;
o Manutenção dos Sistemas Coletivos de Esgotamento Sanitário de 65
comunidades, sendo contempladas apenas as que possuem Sistema de
Esgotamento Sanitário e Sistema Coletivo com Tratamento Anaeróbio Simples.

16.3. CARACTERIZAÇÃO DOS PROGRAMAS E AÇÕES DE GESTÃO


Esta parte do plano contém a relação dos programas e das ações de gestão
necessárias para o alcance dos objetivos estratégicos. A partir desta lista são
previstos investimentos para melhoria da gestão comercial e operacional dos sistemas
de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
O desafio empreendedor e a busca dos conhecimentos necessários à universalização
dos serviços estão a exigir das instituições responsáveis pelos serviços de
saneamento, modernas práticas de gestão. Entre eles destacam-se os crescentes
requisitos ambientais, a definição de padrões para a qualidade e de transparência na
prestação dos serviços e os requisitos de responsabilidade social.
Os programas e ações de gestão previstos neste plano estão descritos e
conceituados, a seguir:
 Planos Diretores de Água e Esgoto: são Planos que, a partir de um diagnóstico
científico da realidade física, social, econômica, política e administrativa da
cidade, além do levantamento dos recursos hídricos existentes na região e das
condições do sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário do
município, estabelecem os objetivos a serem atingidos para universalização da
infra-estrutura de saneamento do município. Esses objetivos devem ser
aprovados por lei municipal e nos mesmos devem estar definidas as atividades
a serem executadas, seus prazos e quem deve executá-las; 241

 Projeto do Sistema de Distribuição de Água: é o conjunto dos elementos


necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as
normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Tem por finalidade garantir que a água chegue a todos os pontos de consumo,
sempre que necessário, na quantidade e qualidade adequadas ao uso. Além
disso, deve permitir e rastreabilidade e acessibilidade ao sistema em caso de
manutenção. Apesar de o município ter um projeto para o sistema de
distribuição de água, finalizado em 2001, o mesmo necessita passar por
revisões. Portanto foi prevista uma revisão no projeto existente de forma a
adequá-lo às proposições do Plano. Como o período de execução desse plano
é longo (30 anos), foi prevista a readequação do projeto existente e a
confecção de mais um projeto para o sistema de distribuição de água (os
Projetos são realizados com horizonte de 20 anos);
 Projeto do Sistema de Esgotamento Sanitário: é o conjunto dos elementos
necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as
normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Tem por finalidade contribuir para melhoria da qualidade de vida da população,
mediante a construção, ampliação e estruturação dos serviços de coleta e
tratamento dos esgotos sanitários. Como o período de execução desse plano é
longo (30 anos), foi prevista a readequação do projeto existente e a confecção
de mais um projeto para o sistema de esgotamento sanitário (os Projetos são
realizados com horizonte de 20 anos);
 Pesquisa Ativa de Vazamentos Visíveis e Não-Visíveis: tem por objetivo o
acompanhamento e redução das perdas físicas do sistema de abastecimento
de água. Para o município de Macaíba deve-se realizar a pesquisa pelo menos
uma vez por ano, durante o período do Plano;
 Programa de Redução e Controle de Perdas: a proposição de medidas visando
à redução e ao controle das perdas enseja o conhecimento de parâmetros (tais
como volumes, pressões, níveis, etc.) que permitem qualificar a situação em
que se encontra determinado sistema público de abastecimento de água;
 Programa de Uso Racional de Água: envolve ações tecnológicas e mudanças
culturais para a conscientização da população quanto ao desperdício de água. 242

Esse programa deve ser constante durante todo o período do plano;


 Programa de Macromedição: atividade indispensável para o controle e o
gerenciamento das perdas de água nos sistemas de abastecimento de água,
devendo, portanto, os equipamentos serem instalados nos primeiros anos do
Plano. Devem-se instalar os mesmos nas captações, elevatórias, estações de
tratamento, reservatórios e em determinados pontos de distribuição de água na
cidade;
 Sistema de Cadastro Georreferenciado: tem como objetivo principal promover
o georreferenciamento, a rastreabilidade e modernização dos sistemas de
água e esgotos, através de ações de cadastro, mapeamento, diagnóstico,
capacitação e regulamentação das atividades;
 Infraestrutura de Atendimento e Manutenção: visa a reforma das unidades,
melhoria dos equipamentos de informática, capacitação de pessoal,
atendimento personalizado ao cliente (Call Center), aquisição de veículos de
apoio e manutenção, aquisição de equipamentos de manutenção e
equipamentos para realização de pesquisa de vazamentos. Para um melhor
funcionamento do sistema é interessante que esse programa seja implantado
no primeiro ano do Plano;
 Plano de Capacitações de Pessoal (sistema cadastral, modelagem, perdas,
etc.): mobilizar, articular e desenvolver conhecimentos, recursos, habilidades e
experiências que agreguem valor à instituição e valor produtivo ao indivíduo, no
que diz respeito ao saber fazer, apropriando-se dos meios adequados para
alcançar os objetivos;
 Implantação de CCO (Centro de Controle Operacional): permite identificar
rapidamente os locais onde há vazamento nas redes de água e controlar a
produção e distribuição de água com mais eficiência, gerando economia na
utilização de produtos químicos no tratamento e redução nas perdas. Além
disso, permite aos gestores dos sistemas a tomada de decisões mais rápidas
para evitar o desabastecimento de água para a população. O CCO serve para
fortalecer a gestão operacional dos sistemas de abastecimento de água, bem
como de esgotamento sanitário; 243

 Desenvolvimento de Modelagem Hidráulica: é desenvolvida através da


simulação do comportamento da rede hidráulica com base em: informações
cadastrais da rede e da unidade operativa; dados comerciais para distribuição
das demandas; dados operacionais referentes a regras de operação,
demandas e perfis de consumo em período estendido;
 Programa de Manutenção Preventiva nas Unidades dos Sistemas de
Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário: limpeza e pintura dos
reservatórios, manutenção nos equipamentos das estações elevatórias de
água e esgotos e nos booster, manutenção nos equipamentos da estação de
tratamento de água e estação de tratamento de esgotos, entre outros.

A tabela abaixo traz a relação dos programas de gestão e seus respectivos anos de
investimento.
Tabela 101 - Programas e Ações de Gestão previstas no horizonte do plano.

PROGRAMAS DE GESTÃO

ATIVIDADE PERÍODO

P1 Plano Diretor de Água 2013

P2 Plano Diretor de Esgoto 2013

P3 Projeto do Sistema de Distribuição de Água 2013 e 2033

P4 Projeto do Sistema de Esgotamento Sanitário 2013 e 2033

P5 Pesquisa ativa de vazamentos visíveis e não visíveis 2012-2041

P6 Programa de Redução e Controle de Perdas 2012 -2041

P7 Programa de Uso Racional de Água 2012 -2041

P8 Programa de Macromedição (Instalação de Macromedidores) 2012 - 2013

P9 Sistema de Cadastro Georreferenciado 2012 244


P10 Infraestrutura de Atendimento e Equipamentos de Manutenção 2012

Plano de Capacitações de Pessoal (Sistema cadastral,


P11 2013 - 2016
modelagem, perdas, etc.)

P12 Implantação de CCO (Centro de Controle Operacional) 2014 - 2015

P13 Desenvolvimento de Modelagem Hidráulica 2016

Programa de Manutenção Preventiva nas Unidades dos Sistemas


P14 2014 - 2041
de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário

A caracterização das necessidades futuras está descrita a seguir e os itens abordados


estão inseridos nas ações e programas de gestão descritos acima:

a) Recadastramento dos Consumidores


Ressalta-se a importância de que as ligações estejam corretamente vinculadas às
várias categorias de consumidores para que a estrutura tarifária represente
efetivamente um instrumento de justiça social, onerando cada consumidor em função
do uso que ele faz da água distribuída e privilegiando os usos considerados de
subsistência, estes imprescindíveis.
b) Substituição de Hidrômetros
Providência também premente à vista do elevado índice de perdas totais inferido. Há
que se melhorar o controle dos consumos efetivos para que se possa conhecer a real
situação das perdas físicas de água por vazamentos. Além disto, a correta medição
dos consumos é também um instrumento de justiça social, onerando aqueles que mais
consomem e vice-versa.
Considerou-se que no período de 2012 a 2016 serão substituídos todos os
hidrômetros instalados, devido às más condições dos mesmos, e realizada a
instalação nas ligações não medidas. Para o restante do período, 2017/2041, será
adotada uma taxa de substituição de 10% ao ano do parque de hidrômetros, e a
instalação dos mesmos nas novas ligações, oriundas do crescimento vegetativo.

c) Instalação de Medidores
A instalação de medidores nas saídas das captações, das estações de bombeamento
de água, dos reservatórios e em determinados pontos de distribuição de água na 245

cidade, é outra necessidade de curto prazo que permitirá controle operacional do


sistema, e proporcionará o conhecimento das vazões produzidas (atualmente
inexistente ou apenas inferido), juntamente com o conhecimento dos volumes
efetivamente consumidos (micromedidos).
Ainda permitirá se conhecer as reais perdas físicas por vazamentos, o que é
necessário para um correto dimensionamento das ações a serem determinadas para
redução das perdas e conseqüentemente redução do consumo de energia, além de
ser um item necessário para a obtenção da outorga de uso de água no município.

d) Reforma das Unidades de Captação de Água


Esta é uma medida de segurança operacional e patrimonial para evitar eventuais
depredações dos equipamentos instalados que possa, além de causar prejuízos
financeiros, paralisar ou comprometer de alguma forma a produção de água com
qualidade assegurada, além de ser um item necessário para a obtenção da outorga de
uso de água no município.
e) Setorização do Sistema de Distribuição Existente
Faz-se necessário contratar o projeto e implantar uma setorização do sistema de
distribuição de água visando redução e controle das perdas.

f) Programa de Redução e Controle de Perdas


O Programa centra suas principais ações em linhas de capacitação, elaboração de
estudos, disseminação tecnológica e articulação institucional visando ao
desenvolvimento de ações conjuntas e complementares de combate ao desperdício de
água.
A maior concentração de ações está no tema das perdas de água nos sistemas
públicos de abastecimento, motivo pelo qual deve-se estar atento à sua melhor
compreensão conceitual.
As perdas de água englobam tanto as perdas reais (físicas), que representam a
parcela não consumida, como as perdas aparentes (não-físicas), que correspondem à
água consumida e não registrada. As perdas reais originam-se de vazamentos no 246

sistema, que vão desde a captação até a distribuição propriamente dita, além de
procedimentos operacionais como lavagem de filtros e descargas na rede, quando
esses provocam consumos superiores ao estritamente necessário para operação. No
que diz respeito às perdas aparentes, as mesmas originam-se de ligações
clandestinas ou não cadastradas, hidrômetros parados ou que submedem, fraudes em
hidrômetros e outras.
A redução de perdas reais diminui os custos de produção, pois propicia um menor
consumo de energia, de produtos químicos e de outros insumos, utilizando as
instalações existentes para ampliação da oferta, sem expansão do sistema produtor.
No caso das perdas aparentes, sua redução permite aumentar a receita tarifária,
melhorando a eficiência dos serviços prestados e o desempenho financeiro do
prestador dos serviços.
Ação também premente principalmente pelas implicações financeiras decorrentes.
Dentre as ações para redução e controle das perdas, as ações para redução das
perdas aparentes (comerciais ou não-físicas) já estão contempladas pelo
recadastramento dos consumidores, pela instalação de hidrômetros em ligações não
medidas e pela substituição de hidrômetros antigos, quebrados ou violados.
Tem-se que abordar agora a implantação de modelos de “caça fraude” e a redução
das perdas reais (físicas ou vazamentos), as quais devem ser antecedidas pela
execução das ações para redução e controle de perdas aparentes, citadas acima, e da
implantação de medidores, citados no item C, de forma a que se conheçam os reais
volumes de água produzida e se possam apurar os volumes perdidos por vazamentos.
Propõe-se inicialmente a execução de pesquisa de vazamentos invisíveis com
utilização de geofones eletrônicos, serviço que poderá ser contratado com terceiros, o
que permitirá a manutenção do programa de redução e controle de perdas físicas.

g) Substituição de Redes Antigas ou Deterioradas


Sabendo-se que parte do atual sistema de distribuição de água é composto por redes
antigas, representando 10% do total, que apresentam um alto potencial de
vazamentos por deterioração do material ou por má qualidade do mesmo (redes de
cimento amianto), definiu-se ações a serem tomadas em curto, médio e longo prazo.
Esta ação, portanto, enquadra-se perfeitamente no programa de redução e controle de 247

perdas físicas citado no item anterior.


No item cenários prospectivos e concepção de alternativas, deste Plano, previu-se que
a rede de cimento amianto (10% do total da rede) será substituída nos 5 primeiros
anos do curto prazo (2012 a 2016) a um percentual de 2,0% ao ano, no restante do
período (2017 a 2041) serão realizadas substituições anuais de 1,5% das redes.

h) Substituição de Ligações Domiciliares de Água


Também as ligações domiciliares de água estão sujeitas à ação do tempo e
necessitam de serem substituídas para que não ocorram vazamentos em sua
estrutura. Porém, no sistema em questão, as perdas físicas geralmente são
decorrentes de fraudes e quebramentos propositais e não da qualidade dos materiais,
por esse motivo, só serão realizadas substituições a partir do ano de 2017 a uma taxa
de 1% ao ano.

i) Conservação dos Reservatórios Existentes


Os reservatórios elevados do município apresentam problemas estruturais de forma
que se previu uma verba para inspeção e recuperação dos mesmos.
Foram previstos também eventuais serviços de conservação e recuperação em todos
os reservatórios do município. É necessária a implementação de um programa de
conservação dos reservatórios e um programa de manutenção preventiva civil e
eletromecânica.

j) Elaboração de Cadastro Técnico dos Sistemas de Água e Esgotos


Providência importante pelo aspecto de controle operacional dos sistemas. É
necessário que se disponha dos cadastros técnicos tanto das redes de distribuição de
água e de coleta de esgotos, quanto das unidades localizadas componentes dos
sistemas: áreas, edificações, equipamentos instalados, etc. Este conhecimento é
fundamental para que se possam programar as ações de conservação, manutenção e
até de correção diante de eventos danosos que venham a ocorrer.
Previu-se a elaboração de cadastros digitais de todas as unidades, incluindo plantas,
cortes, locação de equipamentos, níveis e coordenadas (referenciados a marcos
oficiais), características técnicas e operacionais, com campos para registro de 248

ocorrências e controle operacional, tudo em meio digital, disponibilizado em rede no


sistema de informática da CAERN.

16.4. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA ATINGIR AS METAS DE


UNIVERSALIZAÇÃO
A seguir são apresentados itens constantes no indicativo de programas, ações e
projetos, listados no item 16.2, para os sistemas de abastecimento de água e
esgotamento sanitário, que irão auxiliar no alcance às metas de universalização.

16.4.1. Sistema de Abastecimento de Água


O diagnóstico do sistema de abastecimento, tanto de água bruta quanto tratada, e
seus componentes, que foi apresentado no item de diagnósticos setoriais, permitiu
identificar a necessidade de implementar uma série de programas permanentes que
contemplem as principais áreas de interesse, a saber:
 Proteção de mananciais;
 Manutenção preventiva nas unidades do sistema: Poços, EEAB, EEAT e
reservatórios;
 Redução de perdas físicas de água e uso excessivo de água;
 Redução de perdas aparentes (fraudes);
 Pesquisa e reparo de vazamentos não visíveis;
 Elaboração e manutenção do cadastro técnico do sistema;
 Campanhas educacionais para uso racional da água;
 Sistema de gestão de clientes;
 Programas de capacitação permanente a operadores e técnicos.
Quanto às obras a serem implementadas pode-se dizer que surgem da previsão da
substituição de infraestruturas que previsivelmente alcancem sua vida útil no horizonte
de Plano, ou à consecução de algum dos seguintes critérios:
 Simplificação do sistema de adução e distribuição de água tratada;
 Eliminar bombeamentos desnecessários;
 Efetuar a setorização da área atendida;
 Implementação de 100% de macromedição por setores;
 Instalação de hidrômetros em ligações não medidas e substituição periódica 249

dos mesmos;
 Implementação de 100% de telemetria no sistema de adução e distribuição;
 Instalação de inversores de freqüência em todas as estações elevatórias de
água bruta e tratada;
 Substituições de adutoras, sub-adutoras, redes (em cimento ou não) e
ligações, recomenda-se a avaliação da situação da infraestrutura antes de
proceder à substituição.

16.4.2. Sistema de Esgotamento Sanitário


O diagnóstico do sistema de esgotamento sanitário e seus componentes, que foi
apresentado no item de diagnósticos setoriais, permitiu identificar a necessidade de
implementar uma série de programas permanentes que contemplem as principais
áreas de interesse, a saber:
 Elaboração e manutenção de cadastros técnicos das redes coletoras, coletores
tronco, interceptores, emissários, estações elevatórias e ETEs;
 Manutenção preventiva nas unidades do sistema;
 Inspeção periódica de todas as linhas;
 Manutenção preventiva eletro-mecânica de conjuntos moto-bomba e demais
equipamentos instalados nas EEE e ETE's;
 Programa de monitoramento e identificação de lançamentos em córregos, e
despoluição dos mesmos;
 Programa de substituições periódicas das redes de coleta e ligações;
 Programas de capacitação a operadores e técnicos.

17. MECANISMOS DE AVALIAÇÃO, REGULAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

17.1. AÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE


SANEAMENTO
Com a finalidade de alcançar os objetivos e metas estabelecidas no PMSB de
Macaíba, foram sugeridas algumas ações para desenvolver e acompanhar a
progressão no atendimento às demandas de serviços ao longo do horizonte do Plano
bem como o enquadramento e atendimento das exigências legais correlacionadas. 250

Estas ações podem ser classificadas em dois grupos distintos: Ações Institucionais e
Legais e Ações Técnicas e Operacionais.

 Ações Institucionais e Legais:


o Estruturação no âmbito da administração municipal de estrutura de gestão
dos serviços de saneamento, através de Secretaria ou Diretoria de Meio
Ambiente e Saneamento;
o Criação de Conselho Municipal de Saneamento, de forma a atender às
exigências legais, lembrando a necessidade de assegurar a participação de
entidades e da sociedade organizada;
o Análise e revisão do modelo institucional atual para a gestão dos serviços
de saneamento básico em conformidade a Lei 11.445/07;
o Criação de agência reguladora própria ou delegação destas atribuições a
entidade já constituída para esta finalidade;
o Criação do Fundo Municipal de Saneamento Básico;
o Definição de sistemática de revisão anual do Plano Municipal de
Saneamento Básico a fim de garantir a sua permanente atualização.
 Ações Técnicas e Operacionais:
o Mobilização de ações institucionais junto a órgãos da esfera estadual e
federal, no intuito de identificar oportunidades de captação de recursos;
o Desenvolvimento do Plano de Atendimento às Emergências do
Saneamento Básico - PAE-SAN;
o Alinhamento das atividades técnico-operacionais com o prestador de
serviços.

17.2. DEFINIÇÃO DOS PADRÕES DE QUALIDADE


Saneamento Básico pode ser entendido como o conjunto de medidas que visam
preservar ou modificar condições ambientais com a finalidade de prevenir doenças e
promover a saúde.
O sistema de saneamento básico de um município ou de uma região possui estreita
relação com a comunidade a qual atende, sendo fundamental para a salubridade
ambiental do município e para a qualidade de vida da população. 251

Sendo assim, um planejamento e uma gestão adequados desse serviço concorrem


para a valorização, proteção e gestão equilibrada dos recursos ambientais e tornam-se
essenciais para garantir a eficiência desse sistema, em busca da universalização do
atendimento, em harmonia com o desenvolvimento local e regional.
Para atingir um estado adequado de desenvolvimento devem ser compatibilizadas as
disponibilidades e necessidades de serviços públicos para a população, associando
alternativas de intervenção e de mitigação dos problemas decorrentes da
insalubridade ambiental.
A universalização dos serviços, objetivo maior deste Plano, corresponde à ampliação
progressiva dos serviços de saneamento básico, objetivando o acesso de todos os
domicílios ocupados e dos locais de trabalho e de convivência social em um
determinado território.
O serviço público de saneamento básico é considerado universalizado em um território
quando assegura o atendimento, no mínimo, das necessidades básicas vitais,
sanitárias e higiênicas, de todas as pessoas, independentemente de sua condição
socioeconômica, em todos os domicílios e locais de trabalho e de convivência social,
com promoção do uso racional dos recursos naturais.
Neste contexto são condicionantes para a universalização dos serviços os seguintes
elementos básicos:
 Abastecimento de Água:
o Garantia de fornecimento de água à população com qualidade e quantidade
compatível ao atendimento das suas necessidades;
o Regularidade na prestação dos serviços;
o Pressões de serviços compatíveis (entre 10,0 e 50,0 m.c.a.);
o Reduzidos índices de perdas (igual ou menor que 30%);
o Modicidade da tarifa.

 Esgotamento Sanitário:
o Garantia de coleta e afastamento dos esgotos sanitários, em condições
seguras à saúde pública da população com qualidade compatível ao
atendimento das suas necessidades;
o Tratamento e lançamento final ao meio ambiente compatível aos padrões 252

legais estabelecidos pela legislação específica;


o Regularidade na prestação dos serviços;
o Modicidade da tarifa.

17.3. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO


De forma a potencializar os objetivos destacados no plano, recomenda-se que o
acompanhamento das atividades, serviços e obras, utilize indicadores que permitam
uma avaliação simples e objetiva, do desempenho dos serviços de abastecimento de
água e esgotamento sanitário.
Vale ressaltar que além dos indicadores a seguir destacados deverão ser efetuados
registros de dados operacionais e de desempenho financeiro dos serviços a fim de
permitir a geração dos indicadores definidos pelo SNIS – Sistema Nacional de
Informações de Saneamento instituído pelo art. 53 da Lei no 11.445, de 2007 que
prevê:
I - coletar e sistematizar dados relativos às condições da prestação dos serviços
públicos de saneamento básico;
II - disponibilizar estatísticas, indicadores e outras informações relevantes para a
caracterização da demanda e da oferta de serviços públicos de saneamento básico;
III - permitir e facilitar o monitoramento e avaliação da eficiência e da eficácia da
prestação dos serviços de saneamento básico;
IV - permitir e facilitar a avaliação dos resultados e dos impactos dos planos e das
ações de saneamento básico.
§ 1º As informações do SNIS são públicas e acessíveis a todos, independentemente
da demonstração de interesse, devendo ser publicadas por meio da internet.
§ 2º O SNIS deverá ser desenvolvido e implementado de forma articulada ao Sistema
Nacional de Informações em Recursos Hídricos - SNIRH e ao Sistema Nacional de
Informações em Meio Ambiente - SNIMA.

17.4. DIRETRIZES PARA A REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS


O exercício da função de regulação dos serviços de saneamento está previsto nos
253
termos da Lei. 11.445/07, com objetivos de:
i) estabelecer padrões e normas para a prestação adequada dos serviços e satisfação
dos usuários;
ii) garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas;
iii) prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, e;
iv) definir tarifas que assegurem o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos e a
modicidade tarifária.
O titular poderá criar ou delegar a função regulatória dos serviços públicos de
saneamento básico a qualquer entidade reguladora constituída nos limites do
respectivo Estado.
A regulação deve ser entendida como todo e qualquer ato, normativo ou não, que
discipline ou organize um determinado serviço público, incluindo suas características,
padrões de qualidade, impacto socioambiental, direitos e obrigações dos usuários e
dos responsáveis por sua oferta ou prestação e fixação e revisão do valor de tarifas e
outros preços públicos.
As atividades de acompanhamento, monitoramento, controle ou avaliação, no sentido
de garantir a utilização, efetiva ou potencial, do serviço público, são consideradas
como fiscalização.
A entidade de regulação definirá, pelo menos:
 As normas técnicas relativas à qualidade, à quantidade e à regularidade dos
serviços prestados aos usuários e entre os diferentes prestadores envolvidos;
 As normas econômicas e financeiras relativas às tarifas, aos subsídios e aos
pagamentos por serviços prestados aos usuários e entre os diferentes
prestadores envolvidos;
 A garantia de pagamento de serviços prestados entre os diferentes prestadores
dos serviços;
 Os mecanismos de pagamento de diferenças relativas a inadimplemento dos
usuários, perdas comerciais e físicas e outros créditos devidos, quando for o
caso;
 O sistema contábil específico para os prestadores que atuem em mais de um
Município.
O exercício da função de regulação deverá atender o seguinte:
 Independência decisória, incluindo autonomia administrativa, orçamentária e 254

financeira da entidade reguladora;


 Transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade das decisões.
São objetivos da regulação:
 Estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e para
a satisfação dos usuários;
 Garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas;
 Prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, ressalvada a competência
dos órgãos integrantes do sistema nacional de defesa da concorrência;
 Definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico e financeiro dos
contratos como a modicidade tarifária, mediante mecanismos que induzam a
eficiência e a eficácia dos serviços e que permitam a apropriação social dos
ganhos de produtividade.
A entidade reguladora editará normas relativas às dimensões técnica, econômica e
social de prestação dos serviços, que abrangerão, pelo menos, os seguintes aspectos:
 Padrões e indicadores de qualidade da prestação dos serviços;
 Requisitos operacionais e de manutenção dos sistemas;
 As metas progressivas de expansão e de qualidade dos serviços e os
respectivos prazos;
 Regime, estrutura e níveis tarifários, bem como os procedimentos e prazos de
sua fixação, reajuste e revisão;
 Medição, faturamento e cobrança de serviços;
 Monitoramento dos custos;
o Avaliação da eficiência e eficácia dos serviços prestados;
o Plano de contas e mecanismos de informação, auditoria e certificação;
o Subsídios tarifários e não tarifários;
o Padrões de atendimento ao público e mecanismos de participação e
informação.
 Medidas de contingências e de emergências, inclusive racionamento.

17.5. DIRETRIZES PARA A FORMATAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE


255
CONTROLE E PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE
As ações programadas no PMSB de Macaíba deverão ter seus resultados
amplamente divulgados, de forma a garantir pleno acesso às partes interessadas,
entre as quais a comunidade, órgãos e entidades públicas e entidades privadas.
Os mecanismos para esta divulgação deverão ser implementados pela Prefeitura
Municipal de Macaíba, utilizando métodos e técnicas que permitam a divulgação do
atendimento aos objetivos e metas propostos no plano, pelo prestador de serviços
(concessionária).
Os indicadores que serão apresentados no item 18 deverão também ser amplamente
divulgados, revistos, atualizados e discutidos de forma sistemática.
As definições das formas de mídia serão de responsabilidade da administração
municipal a partir dos recursos disponíveis.
Como recomendações são indicadas ferramentas para a divulgação do Plano
conforme segue:
 Utilização de Sistema Georreferenciado com mapeamento das obras de
ampliação e melhoria da infraestrutura existente;
 Elaboração de folheto contendo o “Balanço” anual do atendimento às metas;
 Utilização da fatura de água/esgoto, para divulgação de informações a metas
relativas ao Plano;
 Realização de Audiência Pública anual para apresentação do desenvolvimento
do Plano;
 Disponibilidade no website da Prefeitura Municipal de Macaíba, de link com
informações sobre as metas do Plano e seu respectivo status de atendimento.

18. RECOMENDAÇÃO PARA O PLANO DE METAS E INDICADORES


No presente capítulo se objetiva a definição e o estabelecimento de metas e
indicadores quantitativos e qualitativos a serem atendidos pelo prestador dos serviços
de água e esgotos no âmbito do município, baseado na situação atual e solução
proposta.
Os indicadores selecionados para monitoramento do PMSB compreendem aspectos
técnico-operacionais e gerenciais.
256

18.1. INDICADORES
O planejamento para implementação das ações e obras para melhorias operacionais e
de ampliação visa o adequado e pleno atendimento aos critérios de serviço. Destaca-
se que o objetivo deste planejamento é a preparação da infraestrutura e dos serviços,
a fim de atender as metas estabelecidas pelo Plano Municipal de Saneamento. Para
mensurar o atendimento das ações propostas estão listados na tabela que segue os
indicadores que deverão ser utilizados, os quais permitirão avaliar a extensão ao
atendimento dos objetivos e metas definidos. Os indicadores estão distribuídos nos
sistemas de abastecimento de água, de esgotamento sanitário e de gestão, conforme
mostra a tabela seguinte:
Tabela 102 - Indicadores de Eficiência.

ÍNDICES DESCRIÇÃO

CRDA Cobertura pela Rede Distribuidora de Água


ESGOTAMENTO SANIT. ABAST. DE ÁGUA

HID Hidrometração
AFQB Índice de Analises Fisico-Químicas e Bacteriológicas
IAB Índice de Análises Bacteriológicas
ICAI Índice de Continuidade do Abastecimento de Água Imprevista
IPTA Índice de Perdas Totais de Água no Sistema

CRCE Cobertura pela Rede Coletora de Esgotos

CTE Cobertura pelo Tratamento de Esgotos


IQE Índice de Qualidade de Efluentes

IORD Índice de Obstrução de Ramais Domiciliares

IORC Índice de Obstrução de Rede Coletoras


257
AMBIENTAL

Índice de Eficiência na Prestação do Serviço e no Atendimento ao


GESTÃO

IEPSP
Público

ISC Índice de Satisfação do Cliente

18.1.1. Sistema de Abastecimento de Água


A) Cobertura de atendimento
A cobertura do sistema de abastecimento de água deverá ser apurada pela expressão
seguinte:

CRDA = (NIL x 100) / NTE

Onde:
 CRDA - cobertura pela rede distribuidora de água, em porcentagem;
 NIL - número de imóveis ligados à rede distribuidora de água constante do cadastro
comercial da prestadora de serviço;
 NTE - número total de imóveis edificados na área de prestação, constante no
cadastro da Prefeitura Municipal;
Na determinação do número total de imóveis edificados – NTE, não deverão ser
considerados os imóveis não ligados à rede distribuidora ou localizados em
loteamentos cujos empreendedores estiverem inadimplentes com suas obrigações
perante a legislação vigente, a Prefeitura Municipal e demais poderes constituídos e o
prestador, e ainda, não deverão ser considerados os imóveis abastecidos
exclusivamente por fontes próprias de produção de água. A meta de atendimento da
cobertura dos serviços de abastecimento de água é de 100%, a partir de 2013,
conforme mostra a figura 79.

Índice de Atendimento
97,5 100,0 100,0
100,0 95,0
Percentual (%)

75,0
258
50,0 Abastecimento
de Água
25,0

0,0
2011 2012 2013 2041

Período

Figura 79 - Índice de Atendimento dos Serviços de Abastecimento de Água da


Zona Urbana.

B) Hidrometração
O indicador de hidrometração é dado por um percentual, definido pela relação
numérica entre o número de ligações com hidrômetros sobre o total de ligações
existentes no dado momento de avaliação. A meta de padronização dos hidrômetros
deverá ser de 100% a partir de 2016. Considera-se que cada ligação nova, a partir de
2012, deve ser instalada juntamente com um hidrômetro. O parque de hidrômetros
atual será totalmente substituído e padronizado até 2016 e a partir de 2017 até o fim
do plano (2041) existirão substituições anuais de 10% do parque existente.
C) Qualidade de Água
As metas de qualidade da água deverão ser avaliadas a partir dos indicadores AFQB e
IAB, Índices de Análises Físico-Químicas e Bacteriológicas e Índice de Análises
Bacteriológicas, respectivamente.
Deverão ser considerados os parâmetros de avaliação da qualidade da água mais
importantes e exigidos pela Portaria nº 518 do Ministério da Saúde. Os índices
deverão ser calculados a partir das análises laboratoriais das amostras de águas
coletadas na rede de distribuição de água, segundo um programa de coleta que
atenda à legislação vigente. Para apuração dos indicadores, o sistema de controle da
qualidade da água deverá incluir um sistema de coleta de amostras e de execução de
análises laboratoriais que permitam o levantamento dos dados necessários, além de
atender à legislação vigente.
O índice IAB é informado em percentual e calculado através da seguinte expressão:

IAB = (NAC / NAT) x 100 259

Onde:
 NAC - número de análises efetuadas com todos os parâmetros (turbidez, ph, cloro
residual livre, fluoreto e bacteriologia) em conformidade com a portaria nº 518 do
Ministério da Saúde;
 NAT - número total de análises realizadas.

O índice AFQB é informado em percentual e calculado através da seguinte expressão:

AFQB = (NABC / NABT) x 100

Onde:
 NABC - número de análises bacteriológicas em conformidade com a portaria 518 do
Ministério da Saúde;
 NAT - número total de análises bacteriológicas realizadas.
A apuração mensal do IAB e do AFQB não isenta o prestador do serviço de
abastecimento de água de suas responsabilidades perante outros órgãos
fiscalizadores e perante a legislação vigente. A tabela a seguir apresenta os índices
pretendidos ao longo do período da concessão.

Tabela 103 - Índices de qualidade da água desejados no horizonte de Projeto.

Ano 2012 2013 2016 2021 2031 2036 2041


IAB - 90% 95% 95% 95% 95% 95%
AFQB - 99% 99% 99% 99% 99% 99%

D) Continuidade e Regularidade
O índice para verificação da continuidade no fornecimento de água - ICAI deverá ser
avaliado pelo número de reclamações de falta de água imprevistas por 1.000 (mil)
ligações e excetuado as paradas programadas. A regularidade relativa às condições
adequadas de pressão, também deverá ser avaliada pelo número de reclamações de 260
insuficiência de água registrado, excetuado as intervenções programadas.
A regularidade referente à quantidade ofertada deverá ser avaliada pelo volume
disponibilizado e macromedido a partir da unidade de captação, comparado ao volume
micromedido nos hidrômetros e mais as perdas admissíveis.
O ICAI deverá ser calculado através da seguinte expressão:

ICAI = (NRFA / NLA) x 1000

Onde:
 ICAI - índice de continuidade do abastecimento de água imprevista;
 NRFA - n° de reclamações de falta de água justificadas (exclui, por exemplo,
reclamações de clientes cortados por falta de água);
 NLA - n° de ligações de água.

Nas metas estabelecidas a partir do ano de 2013, o ICAI deverá ser inferior a 2 (duas)
reclamações por 1.000 (mil) ligações.
E) Controle de Perdas
O índice de perdas total no sistema de água – IPTA deverá ser determinado e
controlado para verificação da eficiência do sistema de controle operacional
implantado, e garantir que o desperdício dos recursos naturais seja o menor possível,
ajudando a garantir o cumprimento do requisito da modicidade das tarifas.
O IPTA é o somatório das perdas aparentes com as perdas reais. O mesmo pode ser
obtido através matriz de balanço hídrico, apresentada no item 5.1.9 do diagnóstico
setorial dos sistemas.
As perdas físicas ou reais são calculadas através da seguinte expressão:

𝑽𝒅𝒊𝒔𝒕 − 𝑽𝒄𝒐𝒏𝒔
𝑰𝑷𝑭𝑰𝑺 = × 𝟏𝟎𝟎
𝑽𝒅𝒊𝒔𝒕

sendo:
IPFIS – índice de perdas físicas; 261
Vdist – volume distribuído;
Vcons – volume consumido.

As perdas projetadas deverão atender as seguintes metas:

Índice de Perdas na Distribuição


70,0 65,7
58,6
60,0 51,4
Percentual (%)

50,0 44,3
37,1
40,0
30,0 30,0 Perdas na
30,0
Distribuição
20,0
10,0
0,0
2011 2014 2017 2020 2023 2026 2041

Período

Figura 80 - Projeções de Perdas admissíveis no sistema.


18.1.2. Sistema de Esgotamento Sanitário
A) Cobertura de Atendimento
A cobertura pela rede coletora de esgotos - CRCE deverá ser calculada pela seguinte
expressão:

CRCE = (NIL x 100) / NTE

Onde:
 CRCE - cobertura pela rede coletora de esgoto, em porcentagem;
 NIL - número de imóveis ligados à rede coletora de esgoto, constante do cadastro
comercial da prestadora de serviço;
 NTE - número total de imóveis edificados na área de prestação, constante no
cadastro da Prefeitura Municipal.

Na determinação do número total de imóveis edificados - NTE, não deverão ser 262
considerados os imóveis não ligados à rede coletora ou localizados em loteamentos
cujos empreendedores estiverem inadimplentes com suas obrigações perante a
legislação vigente, a Prefeitura Municipal e demais poderes constituídos, e o
prestador.
Não deverão ser considerados ainda na NTE, os imóveis cujos proprietários se
recusem a se ligarem a rede coletora.
A cobertura pelo tratamento de esgotos será calculada pela seguinte expressão:

CTE = (NILT x 100) / NTE

Onde:
 CTE - cobertura pelo tratamento de esgoto, em porcentagem;
 NILT - número de imóveis ligados à rede coletora de esgoto com tratamento,
constante do cadastro comercial da prestadora de serviço;
 NTE - número total de imóveis edificados na área de prestação, constante no
cadastro da Prefeitura Municipal.
Na determinação do número total de imóveis ligados à rede coletora de esgotos com
tratamento – NILT, não serão considerados os imóveis ligados a redes que não
estejam conectadas a coletores troncos, interceptores ou outros condutos que
conduzam os esgotos a uma instalação adequada de tratamento.
Na determinação do número total de imóveis edificados não deverão ser considerados
os imóveis não ligados à rede coletora ou localizados em loteamentos cujos
empreendedores estiverem inadimplentes com suas obrigações perante a legislação
vigente, a Prefeitura Municipal e demais poderes constituídos, e o prestador. Não
deverão ser considerados ainda na NTE, os imóveis cujos proprietários se recusem a
se ligarem a rede coletora.
A figura 81 apresenta as metas de cobertura dos serviços de esgotamento sanitário no
horizonte de projeto.

Índice de Atendimento 263

95,7 100,0 100,0


100,0
86,0
Percentual (%)

75,0 70,0

50,0 Esgotamento
Sanitário
25,0
3,0
0,0
2011 2012 2013 2015 2016 2041

Período

Figura 81 - Índice de Atendimento dos Serviços de Esgotamento Sanitário da


Zona Urbana.

B) Eficiência de Tratamento de Esgotos Sanitários


A qualidade dos efluentes lançados nos cursos de água naturais deverá ser medida
pelo índice de qualidade do efluente - IQE. Esse índice procura identificar, de maneira
objetiva, os principais parâmetros de qualidade dos efluentes lançados.
O IQE deverá ser calculado com base no resultado das análises laboratoriais das
amostras de efluentes coletadas no conduto de descarga final das estações de
tratamento de esgotos, segundo um programa de coleta que atenda à legislação
vigente e seja representativa para o cálculo adiante definido.
A freqüência de apuração do IQE deverá ser mensal, utilizando os resultados das
análises efetuadas nos últimos 3 (três) meses. Para apuração do IQE, o sistema de
controle de qualidade dos efluentes a ser implantado pelo prestador, deverá incluir um
sistema de coleta de amostras e de execução de análises laboratoriais que permitam o
levantamento dos dados necessários, além de atender à legislação vigente.
O IQE deverá ser calculado como o percentual de análises em conformidade com a
legislação CONAMA 357/05, bem como às exigências técnicas das Licenças
Ambientais, regidas pela Resolução CONAMA 237/97.
A tabela 104 apresenta os índices pretendidos ao longo do período da concessão:

Tabela 104 - Índices de qualidade desejados no horizonte de projeto. 264

Ano 2012 2013 2016 2021 2026 2041


IQE >= 80% 85% 90% 90% 95% 95%

C) Continuidade e Regularidade
A continuidade do sistema de coleta de esgotos sanitários deverá ser medida pelo
número de desobstruções de redes coletoras e ramais prediais que efetivamente
forem realizadas por solicitação dos usuários. Qualquer que seja a causa das
obstruções, a responsabilidade pela redução dos índices será do prestador, seja pela
melhoria dos serviços de operação e manutenção da rede coletora, ou através de
mecanismos de correção e campanhas educativas por ela promovidos de modo a
conscientizar os usuários do correto uso das instalações sanitárias de seus imóveis.
O índice de obstrução de ramais domiciliares – IORD, deverá ser apurado
mensalmente e consistirá na relação entre a quantidade de desobstruções de ramais
realizadas no período por solicitação dos usuários e o número de imóveis ligados à
rede, no primeiro dia do mês, multiplicada por 10.000 (dez mil). O índice de obstrução
de redes coletoras – IORC, será apurado mensalmente e consistirá na relação entre a
quantidade de desobstruções de redes coletoras realizadas por solicitação dos
usuários e a extensão desta em quilômetros, no primeiro dia do mês, multiplicada por
1.000 (hum mil).
Enquanto existirem imóveis lançando águas pluviais na rede coletora de esgotos
sanitários, e o prestador não tiver efetivo poder de controle sobre tais casos, não
deverão ser considerados, para efeito de cálculo dos índices IORD e IORC, os casos
de obstrução e extravasamento ocorridos durante e após 6 (seis) horas da ocorrência
de chuvas.
As metas estabelecidas a partir do ano de 2016 são:
• IORD inferior a 33/ano e;
• IORC inferior a 50/ano.

18.1.3. Sistema de Gestão dos Serviços


A) Eficiência na Prestação do Serviço e no Atendimento ao Público
A eficiência no atendimento ao público e na prestação do serviço pelo prestador
deverá ser avaliada através do Índice de Eficiência na Prestação do Serviço e no 265

Atendimento ao Público - IEPSP. O IEPSP deverá ser calculado com base na


avaliação de fatores indicativos da performance do prestador quanto à adequação de
seu atendimento às solicitações e necessidades dos usuários.
Para cada um dos fatores de avaliação da adequação do serviço será atribuído um
peso de forma a compor-se o indicador para a verificação.
Os fatores que deverão ser considerados na apuração do IEPSP, mensalmente, são
os seguintes:

 FATOR 1 - Prazos de atendimento dos serviços de maior freqüência, que


corresponderá ao período de tempo decorrido entre a solicitação do serviço pelo
usuário e a data efetiva de conclusão;

A tabela padrão dos prazos de atendimento dos serviços é apresentada a seguir:


Tabela 105 - Prazos de atendimento dos serviços.

Prazo para Atendimento das


Serviço
Solicitações

Ligação de água 5 dias úteis

Reparo de vazamentos na rede ou ramais de


24 horas
água

Falta d'água local ou geral 24 horas

Ligação de esgoto 5 dias úteis

Desobstrução de redes e ramais de esgotos 24 horas

Ocorrências relativas à ausência ou má qualidade


5 dias úteis
da repavimentação

Verificação da qualidade da água 12 horas

Restabelecimento do fornecimento de água 24 horas 266

Ocorrências de caráter comercial 24 horas

O índice de eficiência dos prazos de atendimento será determinado como segue:


o FATOR 1 = (Quantidade de serviços realizados no prazo estabelecido x 100) /
(Quantidade total de serviços realizados).

 FATOR 2 - Disponibilização de estruturas de atendimento ao público, que deverão


ser avaliadas pela oferta ou não das seguintes possibilidades:
a) Atendimento em escritório do prestador;
b) Sistema “0800” para atendimento telefônico dos usuários;
c) Atendimento personalizado domiciliar, ou seja, o funcionário do prestador
responsável pela leitura dos hidrômetros e/ou entrega de contas, aqui denominado
“agente comercial”, deverá atuar como representante da administração junto aos
usuários, prestando informações de natureza comercial sobre o serviço, sempre
que solicitado. Para tanto o prestador deverá treinar sua equipe de agentes
comerciais, fornecendo-lhes todas as indicações e informações sobre como
proceder nas diversas situações que se apresentarão;
d) Os programas de computadores, de controle e gerenciamento do atendimento que
deverão ser processados em rede de computadores do prestador.

O quesito previsto neste fator poderá ser avaliado pela disponibilização ou não das
estruturas elencadas, e terá os seguintes valores:

Tabela 106 - Estruturas de atendimento ao público.

Estruturas de atendimento ao público Valor

1 (uma) ou menos estruturas 0

2 (duas) ou 3 (três) das estruturas 0,5

as 4 (quatro) estruturas 1

267
 FATOR 3 - Adequação da estrutura de atendimento em prédio(s) do prestador que
será avaliada pela oferta ou não das seguintes possibilidades:
a) Facilidade de estacionamento de veículos ou existência de estacionamento próprio;
b) Facilidade de identificação;
c) Conservação e limpeza;
d) Coincidência do horário de atendimento com o da rede bancária local;
e) Número máximo de atendimentos diários por atendente menor ou igual a 70
(setenta);
f) Período de tempo médio entre a chegada do usuário ao escritório e o início do
atendimento menor ou igual a 30 (trinta) minutos;
g) Período de tempo médio de atendimento telefônico no sistema “0800” menor ou
igual a 5 (cinco) minutos.

Este fator deverá ser avaliado pelo atendimento ou não dos itens elencados, e terá os
seguintes valores:
Tabela 107 - Adequação das estruturas de atendimento ao público.

Adequação das estruturas de atendimento ao


Valor
público

Atendimento de 5 (cinco) ou menos itens 0

Atendimento de 6 (seis) itens 0,5

Atendimento de 7 (sete) itens 1

Com base nas condições definidas nos itens anteriores, o Índice de Eficiência na
Prestação do Serviço e no Atendimento ao Público - IEPSP deverá ser calculado de
acordo com a seguinte fórmula:

IEPSP = (5 x Valor Fator 1) + (3 x Valor Fator 2) + (2 x Fator 3)

268
O sistema de prestação de serviços e atendimento ao público do prestador, a ser
avaliado anualmente pela média dos valores apurados mensalmente, deverá
considerar:
I - Inadequado se o valor do IEPSP for igual ou inferior a 5 (cinco);
II - Adequado se for superior a 5 (cinco), com as seguintes gradações:
• Regular, se superior a 5 (cinco) e menor ou igual a 6 (seis);
• Satisfatório, se superior a 6 (seis);

Meta:
A partir de 2012 - IEPSP = Adequado – Regular.
A partir de 2016 - IEPSP = Adequado – Satisfatório.

B) Índice de Satisfação do Cliente


A verificação dos resultados obtidos pelo prestador deverá será feita anualmente, até
o mês de dezembro, através de uma pesquisa de opinião realizada por empresa
independente, capacitada para a execução do serviço.
A pesquisa a ser realizada deverá abranger um universo representativo de usuários
que tenham tido contato devidamente registrado com o prestador, no período de 3
(três) meses antecedentes à realização da pesquisa.
Os usuários deverão ser selecionados aleatoriamente, devendo, no entanto, ser
incluído no universo da pesquisa, os três tipos de contato possíveis:
• atendimento via telefone;
• atendimento personalizado;
• atendimento na ligação para execução de serviços diversos.

Para cada tipo de contato o usuário deverá responder a questões que avaliem
objetivamente o seu grau de satisfação em relação ao serviço prestado e ao
atendimento realizado, assim, entre outras, o usuário deverá ser questionado:
• se o funcionário foi educado e cortês;
• se o funcionário resolveu satisfatoriamente suas solicitações;
• se o serviço foi realizado a contento e no prazo compromissado; 269
• se, após a realização do serviço, o pavimento foi adequadamente reparado e o local
limpo;
• outras questões de relevância poderão ser objeto de formulação, procurando
inclusive atender a condições peculiares.

As respostas a essas questões devem ser computadas considerando-se 5 (cinco)


níveis de satisfação do usuário:
I – ótimo;
II – bom;
III - regular;
IV – ruim;
V – péssimo.

A compilação dos resultados às perguntas formuladas, sempre considerando o mesmo


valor relativo para cada pergunta independentemente da natureza da questão ou do
usuário pesquisado, deverá resultar na atribuição de porcentagens de classificação do
universo de amostragem em cada um dos conceitos acima referidos. Os resultados
obtidos pelo prestador serão considerados adequados se a soma dos conceitos, ótimo
e bom, corresponderem a 70% (setenta por cento) ou mais do total, onde este
resultado representa o indicador ISC (Índice de Satisfação do Cliente).

Meta:
A partir de 2013 ISC = 70%
A partir de 2016, ISC superior a 90%.

19. AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA


Os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário estão sujeitos a
ocorrências que podem influenciar seu pleno desenvolvimento, resultando em
condições desfavoráveis a adequada realização dos serviços.
Estas ocorrências podem estar associadas à realização de serviços de forma direta ou
indireta, devendo em qualquer situação serem previstas ações para garantia da
continuidade e regularidade dos mesmos.
Para tanto, foram classificadas ações de contingências e de emergência que devem 270

ser observadas em todos os estágios da realização dos serviços, com atenção


especial aos fatores relacionados à saúde pública e à qualidade do meio ambiente.

19.1. AÇÕES DE CONTINGÊNCIA

 Formulação de leis e outros instrumentos jurídicos para permitir a adoção das


ações em situações de não-conformidade;
 Legislação específica, definindo atribuições, aspectos e punições para
infratores no âmbito do PDAE (Plano Diretor de Água e Esgoto);
 Formação de equipes de resposta a situações de emergência;
 Planos de divulgação na mídia;
 Mobilização social:
o Envolvimento de associações de moradores e outros grupos
representativos constituídos;
o Criação de GT de Emergência, vinculado ao Conselho Municipal de
Saneamento.
 Reservas financeiras para:
o Contratação emergencial de empresas para manutenção em operações
emergenciais ou críticas;
o Contratação de serviços especializados em casos de emergências
ambientais;
o Contratação de serviços de fornecimento e transporte de água tratada para
situações emergenciais.

19.2. AÇÕES DE EMERGÊNCIA

 Decretação de estado de atenção, emergência ou calamidade pública,


conforme previsão na legislação específica;
 Elaboração de Plano de Emergência para cenários de não-conformidade:
o Interrupção total ou parcial dos serviços;
o Suspensão total ou parcial dos serviços;
o Comprometimento operacional das unidades componentes dos sistemas de 271

abastecimento de água e esgotamento sanitário.


 Convocação do GT de Emergência;
 Mobilização dos agentes e esforços que forem detalhados nos “Planos de
Emergência e Contingência”;
 Avaliação e adaptação de procedimentos com base em resultados de eventos
registrados (pretéritos);
 Desenvolvimento de medidas de avaliação de eficiência e eficácia;
 Proposição de simulações.

A partir destas ações indicadas, o Município de Macaíba, juntamente com o Conselho


Municipal de Saneamento, deverão promover o desdobramento de atividades que
resultem em métodos práticos e objetivos para controle de situações de emergência e
adoção de contingências para assegurar o efetivo desenvolvimento das atividades.
19.3. CENÁRIOS DE EVENTOS E MEDIDAS DE EMERGÊNCIA
A operação em contingência é uma atividade de tempo real que mitiga os riscos para a
segurança dos serviços e contribui para a sua manutenção quanto à disponibilidade e
qualidade, em casos de problemas que ocorram em partes dos sistemas.
Dentre os segmentos que compõem o saneamento básico, certamente o
abastecimento de água para consumo humano se destaca como a principal atividade
em termos de essencialidade.
Os impactos causados em emergências em sistemas de esgotamento sanitário,
comumente refletem-se mais significativamente sobre as condições gerais do
ambiente externo através da contaminação do solo e das águas superficiais e
subterrâneas, entretanto, estas condições conferem à população impactos sobre a
qualidade das águas captadas por poços ou mananciais superficiais e odores
desagradáveis, entre outros inconvenientes.
Diante das condições apresentadas, foram identificadas situações que caracterizam
anormalidades aos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, e 272

respectivas ações de mitigação de forma a controlar e sanar a condição de


anormalidade.
Visando sistematizar estas informações, foi elaborada tabela de inter-relação dos
cenários de emergência e respectivas ações associadas, para os principais elementos
que compõem as estruturas de saneamento, conforme listadas a seguir:
Tabela 108 - Lista de Medidas Emergenciais.
Medida
Descrição das Medidas Emergenciais
Emergencial
1 Paralisação Completa da Operação
2 Paralisação Parcial da Operação

3 Comunicação ao Responsável Técnico


Comunicação à Administração Pública - Secretaria ou Órgão
4
Responsável
5 Comunicação à Defesa Civil e/ou Corpo de Bombeiros
6 Comunicação ao Órgão Ambiental e/ou Policial
7 Comunicação à População

8 Substituição de Equipamento

9 Substituição de Pessoal
10 Manutenção Corretiva
11 Uso de Equipamento ou Veículo Reserva
273
12 Solicitação de Apoio a Municípios Vizinhos
13 Manobra Operacional

14 Descarga de Rede
15 Isolamento de Área e Remoção de Pessoas

19.4. PLANEJAMENTO PARA ESTRUTURAÇÃO OPERACIONAL PAE-SAN


Conforme destacado, o Plano Municipal de Saneamento Básico prevê os cenários de
emergência e as respectivas ações para mitigação. Entretanto, estas ações deverão
ser detalhadas de forma a permitir sua efetiva operacionalização.
A fim de subsidiar os procedimentos para operacionalização do PAE-SAN (Plano de
Atendimento às Emergências do Saneamento Básico), destaca-se a seguir aspectos a
serem contemplados nesta estruturação.
Os procedimentos operacionais do PAE-SAN estão baseados nas funcionalidades
gerais de uma situação de emergência. Assim, o PAE-SAN deverá estabelecer as
responsabilidades das agências públicas, privadas e não governamentais envolvidas
na resposta às emergências, para cada cenário e respectiva ação.
19.5. MEDIDAS PARA A ELABORAÇÃO DO PAE-SAN
São medidas previstas para a elaboração do PAE-SAN:
 Identificação das responsabilidades de organizações e indivíduos que
desenvolvem ações específicas ou relacionadas às emergências;
 Identificação de requisitos legais (legislações) aplicáveis às atividades e que
possam ter relação com os cenários de emergência;
 Descrição das linhas de autoridade e relacionamento entre as partes
envolvidas, com a definição de como as ações serão coordenadas;
 Descrição de como as pessoas, o meio ambiente e as propriedades serão
protegidas durante as emergências;
 Identificação de pessoal, equipamentos, instalações, suprimentos e outros
recursos disponíveis para a resposta às emergências, e como serão
mobilizados;
 Definição da logística de mobilização para ações a serem implementadas;
 Definição de estratégias de comunicação para os diferentes níveis de ações 274

previstas; e,
 Planejamento para a coordenação do PAE-SAN.

19.6. MEDIDAS PARA A VALIDAÇÃO DO PAE-SAN


São medidas previstas para a validação do PAE-SAN:
 Definição de Programa de treinamento;
 Desenvolvimento de práticas de simulados;
 Avaliação de simulados e ajustes no PAE-SAN;
 Aprovação do PAE-SAN; e,
 Distribuição do PAE-SAN às partes envolvidas.

19.7. MEDIDAS PARA A ATUALIZAÇÃO DO PAE-SAN


São medidas previstas para a atualização do PAE-SAN:
 Análise crítica de resultados das ações desenvolvidas;
 Adequação de procedimentos com base nos resultados da análise crítica;
 Registro de Revisões;
 Atualização e distribuição às partes envolvidas, com substituição da versão
anterior.
A partir destas orientações, a administração municipal através de pessoal designado
para a finalidade específica de coordenar o PAE-SAN, poderá estabelecer um
planejamento de forma a consolidar e disponibilizar uma importante ferramenta para
auxílio em condições adversas dos serviços de saneamento básico.

20. VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA E MODICIDADE TARIFÁRIA


A disponibilidade de recursos visando a universalização do saneamento é fator
fundamental para a sustentabilidade do Plano especialmente para a execução das
obras e serviços previstos.
Neste item, será demonstrada a viabilidade econômica e financeira do PMSB de
Macaíba e sua relação com as tarifas de água e esgoto, de forma a permitir a
identificação das intervenções necessárias para manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro dos serviços. 275

20.1. INVESTIMENTOS PREVISTOS PARA ATENDIMENTO ÀS DEMANDAS DA


ZONA URBANA
Os investimentos previstos para a implementação do PMSB de Macaíba estão
relacionados às demandas das projeções, advindas do crescimento populacional e
atendimento de déficit identificado. Além disso, mediante as definições das obras,
serviços e ações principais comentadas nos itens 16.1 e 16.2, elaborou-se um
cronograma de investimento em curto, médio e longo prazo dos sistemas de
abastecimento de água, esgotamento sanitário, programas de gestão comercial e
operacional e despesas previstas ao longo de todo o período do Plano, sendo
demonstradas nas seguintes tabelas:
Tabela 109 – Investimentos em curto, médio e longo prazo para o Sistema de
Abastecimento de Água.

INVESTIMENTOS PREVISTOS NO SAA

ATIVIDADE
Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
Total
(2012-2016) (2017-2026) (2027-2041)

Investimento na Ampliação da
1.943.216,67 5.703.261,11 5.329.650,00 12.976.127,78
Produção
Investimento na ampliação da
- 1.900.000,00 2.850.000,00 4.750.000,00
capacidade de reservação
Investimento na ampliação da rede de
- 202.504,34 5.413.720,89 5.616.225,23
abastecimento de água
Investimento na ampliação das
- 1.230.933,40 1.265.075,14 2.496.008,54
ligações domiciliares de água
Investimento em substituição da rede
de abastecimento de água existente 1.568.042,60 2.352.063,90 4.128.571,72 8.048.678,22
deteriorada
Investimento em substituição das
ligações domiciliares de água - 324.000,00 643.000,00 967.000,00
existentes
Investimento com hidrômetros para
310.170,00 - - 310.170,00
ampliação do índice de hidrometração 276
Investimento em substituição de
hidrômetros para renovação do 384.300,00 908.250,00 1.800.820,00 3.093.370,00
parque do parque existente
TOTAL 38.257.579,77

Tabela 110 – Investimentos em curto, médio e longo prazo para o Sistema de


Esgotamento Sanitário.
INVESTIMENTOS PREVISTOS NO SES

ATIVIDADE Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo


Total
(2012-2016) (2017-2026) (2027-2041)

Investimento na ampliação da
capacidade de tratamento de 4.389.900,00 3.026.950,00 1.570.950,00 8.987.800,00
esgoto
Investimento na ampliação da
13.455.763,53 18.502.906,17 20.784.537,21 52.743.206,91
rede de coleta de esgoto
Investimento na ampliação das
2.305.200,00 601.600,00 1.012.000,00 3.918.800,00
ligações domiciliares de esgoto
Investimento em substituição
periódica para renovação/reforço - 973.605,98 1.896.535,02 2.870.140,99
da rede de coleta de esgoto
Investimento em substituição
periódica para renovação das - 67.335,86 131.166,83 198.502,69
ligações domiciliares de esgoto
TOTAL 68.718.450,59
Tabela 111 - Investimentos em Programas de Gestão.
PROGRAMAS DE GESTÃO
ATIVIDADE VALOR ANUAL ESTIMADO (R$)

P1 Plano Diretor de Água R$ 50.000,00

P2 Plano Diretor de Esgoto R$ 50.000,00

P3 Projeto do Sistema de Distribuição de Água R$ 50.000,00

P4 Projeto do Sistema de Esgotamento Sanitário R$ 50.000,00

P5 Pesquisa ativa de vazamentos visíveis e não visíveis R$ 2.551.500,00

P6 Programa de Redução e Controle de Perdas R$ 1.000.000,00

P7 Programa de Uso Racional de Àgua R$ 240.000,00


Programa de Macromedição (Instalação de
P8 R$ 114.000,00
Macromedidores)
P9 Sistema de Cadastro Georreferenciado R$ 199.500,00
Infraestrutura de Atendimento e Equipamentos de 277
P10 R$ 235.000,00
Manutenção
Plano de Capacitações de Pessoal (Sistema
P11 R$ 57.000,00
cadastral, modelagem, perdas, etc.)
Implantação de CCO (Centro de Controle
P12 R$ 100.000,00
Operacional)
P13 Desenvolvimento de Modelagem Hidráulica R$ 75.000,00
Programa de Manutenção Preventiva nas Unidades
P14 dos Sistemas de Abastecimento de Água e R$ 816.000,00
Esgotamento Sanitário
TOTAL R$ 5.588.000,00

Tabela 112 - Resumo financeiro de investimentos necessários e previstos no


Plano de Saneamento Básico.

INVESTIMENTOS - RESUMO

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA R$ 38.257.579,77

SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO R$ 68.718.450,59

PROGRAMAS DE GESTÃO R$ 5.588.000,00

TOTAL R$ 112.564.030,36
20.1.1. Investimentos Previstos para atendimento às demandas das
Projeções
Os investimentos previstos a partir das projeções estão detalhados na tabela de
“Estimativa de Investimentos” decorrentes das demandas técnicas identificadas,
apresentadas a seguir:

Tabela 113 - Previsão de Investimentos no Horizonte de Plano.


Investimentos
Ano Período Água Esgoto Programas Total Anual Total no Período
R$ R$ R$ R$ R$
2011 0,00 0,00 0,00 0,00
2012 452.502,52 6.667.540,13 617.883,33 7.737.925,98
2013 452.502,52 3.262.935,99 347.633,33 4.063.071,84
Curto
2014 Prazo 452.502,52 2.944.252,03 219.776,19 3.616.530,74 26.006.438,03
2015 452.502,52 2.889.519,93 219.776,19 3.561.798,64
2016 2.395.719,19 4.386.615,46 244.776,19 7.027.110,83
2017 880.331,69 2.949.388,43 155.526,19 3.985.246,31
278
2018 422.924,07 2.625.725,39 155.526,19 3.204.175,65
2019 426.505,99 2.798.485,89 155.526,19 3.380.518,06
2020 430.017,90 2.063.530,63 155.526,19 2.649.074,72
2021 Médio 3.771.260,93 4.920.337,48 155.526,19 8.847.124,60 37.348.672,66
2022 Prazo 437.111,73 1.753.714,55 155.526,19 2.346.352,48
2023 440.763,65 1.638.914,10 155.526,19 2.235.203,94
2024 444.345,57 1.545.297,01 155.526,19 2.145.168,76
2025 447.997,48 1.469.231,97 155.526,19 2.072.755,65
2026 4.919.753,74 1.407.772,57 155.526,19 6.483.052,50
2027 797.224,02 1.947.446,17 155.526,19 2.900.196,38
2028 809.557,72 2.258.574,91 155.526,19 3.223.658,82
2029 821.475,85 1.881.294,14 155.526,19 2.858.296,18
2030 833.476,77 2.355.169,71 155.526,19 3.344.172,67
2031 4.380.596,60 1.750.546,69 155.526,19 6.286.669,48
2032 858.116,97 1.454.379,47 155.526,19 2.468.022,63
2033 870.270,68 2.424.429,67 205.526,19 3.500.226,54 49.208.919,67
Longo
2034 Prazo 882.672,75 1.178.249,72 155.526,19 2.216.448,66
2035 895.312,04 1.189.559,77 155.526,19 2.240.398,00
2036 5.552.550,78 2.772.266,23 155.526,19 8.480.343,21
2037 920.326,19 1.213.095,33 155.526,19 2.288.947,71
2038 933.131,06 1.224.897,05 155.526,19 2.313.554,30
2039 945.838,72 1.236.497,62 155.526,19 2.337.862,53
2040 958.713,58 1.248.568,38 155.526,19 2.362.808,15
2041 971.574,03 1.260.214,21 155.526,19 2.387.314,43
Total 38.257.579,77 68.718.450,59 5.588.000,00 112.564.030,36 112.564.030,36
20.2. FLUXO DE CAIXA E ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DA ZONA
URBANA
Com base nas projeções, apresentadas no capítulo de cenários prospectivos e
concepção de alternativas, e quadro tarifário da CAERN, apresentado no capítulo de
diagnósticos setoriais, é possível prever as despesas e receitas com o sistema de
abastecimento de água e esgotamento sanitário da zona urbana do município.
Com esses dados e os investimentos previstos no item 20.1 apresenta-se o fluxo de
caixa, por período, para a zona urbana do município de Macaíba.

Tabela 114 - Fluxo de Caixa.

Receitas no
Investimentos Investimentos Investimento Resultado Final
Período Despesas Sistema de
em Água em Esgoto s em Gestão por Período
Água e Esgoto

Curto Prazo
4.205.729,27 20.150.863,53 1.649.845,24 21.271.594,81 39.685.339,22 -7.592.693,63
(2012-2016)

Médio Prazo 279


12.621.012,75 23.172.398,00 1.555.261,90 78.602.282,74 144.938.259,11 28.987.303,71
(2017-2026)

Longo Prazo
21.430.837,75 25.395.189,06 2.382.892,86 160.497.377,97 295.948.282,24 86.241.984,59
(2027-2041)

TOTAL 38.257.579,77 68.718.450,59 5.588.000,00 260.371.255,52 480.571.880,57 107.636.594,68

A tabela 114 apresenta os resultados obtidos para o Município de Macaíba,


demonstrando que a necessidade de investimentos para o período de 30 anos é da
ordem de R$ 38,3 milhões para o sistema de abastecimento de água, R$ 68,7 milhões
para o sistema de esgotamento sanitário e R$ 5,5 milhões para os programas de
gestão.
A análise para o período global do plano, ou seja, até 2041, demonstra a viabilidade
de sua implementação, com um resultado final de aproximadamente R$ 107,6
milhões. Porém, é importante ressaltar que nos anos de 2012, 2013, 2016 e no ano de
2021, esse resultado encontra-se negativo (deficitário), visto que nesses anos a soma
das despesas com o investimento ultrapassa o valor da receita devido aos altos
investimentos nos sistemas de esgotamento sanitário e abastecimento de água. Esses
saldos negativos são perfeitamente pagáveis pelos saldos positivos gerados nos anos
anteriores e posteriores a essa despesa.
Importante destacar ainda que em razão do fluxo de caixa, os investimentos entre
2017 e 2041 serão da ordem de 86,5 milhões de reais.
O fluxo de caixa para o período do projeto demonstra a viabilidade econômica, porém
deve-se destacar a necessidade de investimentos da ordem de R$ 112,5 milhões de
reais, até 2041, para atendimento às metas previstas.
Esta condição indica a capacidade para suportar os investimentos somente a partir da
tarifa, não sendo necessária a aplicação de recursos adicionais de outras fontes que
não as receitas advindas da prestação dos serviços.
No caso de necessidade de financiamento, custos adicionais deverão ser
considerados, como juros, taxa de risco, administração entre outras comumente
empregadas em operações financeiras.

20.2.1. Modicidade Tarifária 280

O conceito de modicidade tarifária compreende essencialmente em estabelecer-se


preços razoáveis a partir de uma “tarifa justa”.
Defini-se tarifas módicas (ou tarifas justas), como sendo a menor tarifa possível que
garanta a segurança, qualidade e universalização do serviço prestado e que sejam
viáveis de pagamento pela população.
O princípio da modicidade tarifária está diretamente relacionado com a condição de
equilíbrio econômico-financeiro dos serviços, que por um lado vai proporcionar ao
prestador de serviços segurança quanto aos impactos nos custos e que por outro lado
garantirá aos usuários uma tarifária razoável.
Os estudos desenvolvidos para os sistemas de abastecimento de água e esgotamento
sanitário de Macaíba, demonstraram que as tarifas médias de R$ 2,51/m³, para água e
R$ 1,58/m³, para esgoto, são suficientes para a implementação das ações definidas
para o Plano Municipal de Saneamento Básico. No cálculo da tarifa média levou-se em
consideração o quadro tarifário da CAERN, apresentado no capítulo de diagnósticos
setoriais, e o consumo de água por categoria do imóvel.
20.3. INVESTIMENTOS PREVISTOS PARA ATENDIMENTO ÀS DEMANDAS DA
ZONA RURAL
Mediante as definições das obras, serviços e ações principais, comentadas no item
16.2, elaborou-se um cronograma de investimento em curto, médio e longo prazo para
os sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário das comunidades
rurais, sendo demonstradas nas tabelas 115 e 116.

Tabela 115 - Investimentos no Sistema de Abastecimento de Água das


Comunidades Rurais.
INVESTIMENTOS NO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Implant. de
Instalação Manutenção
Sistemas Instalação
de dos Sistemas
Coletivos de de Chafariz
PERÍODO Cisternas Reservação Coletivos de TOTAL
Abast. de (entre 20 e
(< 20 Abastecimento
Água (>100 100 resid.)
resid.) de Água
resid.)
CURTO
1.599.600,00 160.000,00 108.000,00 129.200,00 360.000,00 2.356.800,00 281
PRAZO
MÉDIO
3.199.200,00 340.000,00 216.000,00 257.450,00 720.000,00 4.732.650,00
PRAZO
LONGO
4.798.800,00 500.000,00 324.000,00 386.650,00 1.260.000,00 7.269.450,00
PRAZO
TOTAL 14.358.900,00

Tabela 116 - Investimentos no Sistema de Esgotamento Sanitário das


Comunidades Rurais.
INVESTIMENTOS NO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Tanque
Implantação de Manutenção
Implantação de Séptico +
Sistema Coletivo dos
Sistema Sumidouro +
com Tratamento Sistemas
PERÍODO Esgotamento Caixa de TOTAL
Anaeróbio Coletivos de
Sanitário nos Gordura (<
Simples (>100 Esgotamento
Distritos 100
residências) Sanitário
residências)
CURTO
3.046.000,00 220.800,00 44.000,00 3.310.800,00
PRAZO

MÉDIO
6.105.000,00 6.092.000,00 441.600,00 88.000,00 12.726.600,00
PRAZO

LONGO
9.138.000,00 661.200,00 128.000,00 9.927.200,00
PRAZO
TOTAL 25.964.600,00
20.4. FLUXO DE CAIXA E ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DA ZONA
RURAL
Com base nas projeções, apresentadas no item 11.5, e quadro tarifário da CAERN,
apresentado no capítulo de diagnósticos setoriais, é possível prever as despesas e
receitas com o sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário da zona
rural do município. Com esses dados e os investimentos previstos no item 20.3
apresenta-se o fluxo de caixa, por período, para a zona rural do município de Macaíba.

Tabela 117 - Fluxo de Caixa.


Manutenção Receitas
dos Advindas dos Resultado
Investimentos Investimentos
Período Sistemas de Sistemas de Final por
em Água (R$) em Esgoto (R$)
Água e Água e Período
Esgoto (R$) Esgoto
Curto Prazo
1.996.800,00 3.266.800,00 404.000,00 736.931,16 -4.930.668,84
(2012-2016)
Médio Prazo 282
4.012.650,00 12.638.600,00 808.000,00 2.947.724,64 -14.511.525,36
(2017-2026)
Longo Prazo
6.009.450,00 9.799.200,00 1.388.000,00 6.633.493,38 -10.563.156,62
(2027-2041)
TOTAL 12.018.900,00 25.704.600,00 2.600.000,00 10.318.149,18 -30.005.350,82

A tabela 117 mostra que a necessidade de investimentos na área rural para o período
de 30 anos do Plano é da ordem de R$ 37,7 milhões, sendo R$ 12 milhões para o
sistema de abastecimento de água e R$ 25,7 milhões para o sistema de esgotamento
sanitário. Ainda serão necessários aproximadamente, R$ 2,6 milhões para
manutenção dos sistemas implantados.
Para o cálculo das receitas com os sistemas, foram levados em consideração o
quadro tarifário da CAERN, apresentado no capítulo de diagnósticos setoriais, e o
consumo de 10 m3 de água por residência na área rural.
Nota-se que as receitas oriundas das tarifas não suportam nem os investimentos nos
sistemas de abastecimento de água, resultando num déficit de aproximadamente 30,0
milhões.
A implantação desses sistemas só é viável se levarmos em conta o município como
um todo, de forma que os recursos captados na área urbana supram as necessidades
de investimentos existentes na área rural.
20.5. ALTERNATIVAS DE FONTES DE RECURSOS
A disponibilidade de recursos para a prestação dos serviços e para investimentos no
setor de saneamento apresenta-se como ponto fundamental para seu efetivo
desenvolvimento.
A condição compulsória de desenvolvimento do Plano Municipal de Saneamento
deverá estimular a administração municipal na busca de alternativas de captação de
recursos em diferentes fontes.
A escolha de modelo institucional poderá transferir a terceiros esta responsabilidade.
No contexto geral devem ser admitidas receitas a partir de tarifas decorrentes da
prestação dos serviços de saneamento de abastecimento de água e esgotamento
sanitário, bem como recursos de origem externa sejam estes onerosos ou não.
É fundamental destacar que a provisão de investimentos em saneamento básico
deverá ser estabelecida no planejamento da administração municipal a partir do PPA –
Plano Plurianual.
O Plano Plurianual (PPA), estabelecido no artigo 165 da Constituição Federal e 283

regulamentado pelo Decreto 2.829, de 29 de outubro de 1998, determina as medidas,


gastos e objetivos a serem acompanhados pelo Governo Federal ao longo de um
período de quatro anos.
O PPA, constituído no primeiro ano de uma gestão administrativa, compreende
requisito legal que estabelece as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
para as despesas de capital e outras destas derivadas e para as relativas aos
programas de duração continuada.
Com finalidade de coordenar as ações governamentais, o PPA além de nortear as Leis
de Diretrizes Orçamentárias (LDOs) e os Orçamentos Anuais (LOAs), também teve
orientar todos os planos setoriais instituídos durante o seu período de vigência.
Assim sendo, o PPA organiza as ações do estado para um período de quatro anos,
determinando uma diretriz estratégica aos orçamentos anuais.
O PPA permite articular a instância executiva da administração pública,
proporcionando a base para a construção das ações governamentais integradas, e
também para a articulação dessas ações com as da iniciativa privada, do terceiro setor
e das demais esferas de governo.
Com este Plano (PPA), o Governo se tornou obrigado a planejar todas as suas ações
e também seu orçamento de modo a não descumprir as diretrizes nele contidas.
Conforme a Constituição sugere-se que a iniciativa privada desenvolva suas ações
para as áreas abordadas pelo Plano vigente.
Desta forma, o PMSB deverá compatibilizar-se com o Plano Plurianual do município, a
fim de permitir o desenvolvimento das ações planejadas as quais devem ser viáveis
dentro do quadro orçamentário do município.
A seguir são apresentadas algumas possíveis fontes de recursos para os serviços de
saneamento básico.

20.5.1. Recursos de tarifas


Compreendem os recursos decorrentes da efetiva cobrança pelos serviços prestados.
A origem destes recursos está atrelada aos modelos institucionais para a gestão dos
serviços.
A partir da cobrança de tarifas a administração municipal pode obter as receitas para 284

implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico.


A necessidade de sustentabilidade do PMSB poderá resultar em revisão de tarifas,
seja de seus valores ou quanto a sua forma e critérios de cobrança, visto que de forma
geral as condições comumente não refletem as particularidades locais nem mesmo
admite critérios sócio-econômicos que permitam uma cobrança mais justa.
Incremento de valores às tarifas existentes com o propósito específico pode ser
também uma ferramenta aplicável, de forma a proporcionar recursos específicos para
finalidades pré-determinadas.

20.5.2. Recursos não onerosos


Recursos não-onerosos são aqueles que não exigem retorno, apenas contrapartida, e
estão vinculados a operações de repasse. Geralmente, são destinadas a Estados,
Municípios ou entidades/organizações não governamentais. O principal exemplo são
os programas vinculados aos recursos do OGU (Orçamento Geral da União).
Recursos não onerosos, ou seja, aqueles disponibilizados a “fundo perdido”
apresentam-se como a forma desejável dos administradores públicos, entretanto, em
razão do modelo de política de investimentos do governo federal, esta modalidade é
muito remota em razão dos pré-requisitos estabelecidos pelos órgãos públicos, cujo
enquadramento tem como prioridade as cidades de menor índice de desenvolvimento.
Contudo a articulação política e a disponibilidade de projetos executivos de engenharia
alinhados às ações do Plano Municipal de Saneamento Básico, poder ser diferencial
na obtenção de recursos não onerosos, os quais em algumas situações acabam não
sendo distribuídos por falta de documentação e planejamento adequado por parte dos
interessados.

20.5.3. Recursos de Fundos


Os entes da Federação, isoladamente ou reunidos em consórcios públicos, poderão
instituir fundos, aos quais poderão ser destinadas, entre outros recursos, parcelas das
receitas dos serviços, com a finalidade de custear, na conformidade do disposto nos
respectivos planos de saneamento básico, a universalização dos serviços públicos de
saneamento básico.
Os recursos dos fundos a que se refere o caput deste artigo poderão ser utilizados 285

como fontes ou garantias em operações de crédito para financiamento dos


investimentos necessários à universalização dos serviços públicos de saneamento
básico.

20.5.4. Fontes de Financiamento


As fontes de financiamneto se caracterizam por ser um recurso oneroso, o qual exige
retorno (pagamento) e estão vinculados a operações de crédito ou financiamentos. A
obtenção de recursos onerosos pode ser feita através de convênios ou contratos,
apresentar-se como uma das alternativas mais comuns para viabilizar os
investimentos em saneamento.
Com relação à repartição de competências estabelecida na esfera federal quanto ao
repasse de recursos para iniciativas de saneamento. No tocante ao abastecimento de
água, esgotamento sanitário e manejo de resíduos sólidos urbanos, cabe ao Ministério
das Cidades, por intermédio da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, o
atendimento a municípios com população superior a 50 mil habitantes ou integrantes
de Regiões Metropolitanas – RM’s, Regiões Integradas de Desenvolvimento - RIDE’s
ou participantes de consórcios públicos afins. Já os municípios de menor porte, com
população de até 50 mil habitantes, têm seu atendimento viabilizado pelo Ministério da
Saúde, por meio da Fundação Nacional de Saúde – Funasa. Particularmente com
relação ao componente manejo de águas pluviais urbanas, verifica-se a competência
compartilhada entre Ministério das Cidades e Ministério da Integração Nacional, além
de intervenções da Funasa em áreas com forte incidência de malária.
As principais fontes de financiamento estão destacadas a seguir:

A. BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social


O BNDES apóia projetos de investimentos, públicos ou privados, que contribuam para
a universalização do acesso aos serviços de saneamento básico e à recuperação de
áreas ambientalmente degradadas, a partir da gestão integrada dos recursos hídricos
e da adoção das bacias hidrográficas como unidade básica de planejamento.
A linha Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos financia investimentos
relacionados a: abastecimento de água, esgotamento sanitário, efluentes e resíduos
industriais, resíduos sólidos, gestão de recursos hídricos (tecnologias e processos, 286

bacias hidrográficas), recuperação de áreas ambientalmente degradadas,


desenvolvimento institucional, despoluição de bacias, em regiões onde já estejam
constituídos Comitês e macrodrenagem.

B. FUNASA - Fundação Nacional de Saúde


A missão institucional da Fundação Nacional de Saúde compreende duas vertentes
principais que se vão desenvolver mediante a elaboração de planos estratégicos nos
segmentos de Saneamento Ambiental e de Atenção Integral à Saúde Indígena. A
FUNASA como integrante do componente de infraestrutura social e urbana do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) atua em articulação com os
Ministérios das Cidades e da Integração Nacional, e priorizou cinco eixos de atuação,
sendo: Saneamento em Áreas Especiais, Saneamento em áreas de relevante
interesse epidemiológico, Saneamento em municípios com população total de até
50.000 habitantes, Saneamento Rural e Ações complementares de saneamento.
A FUNASA financia obras que contemplem uma etapa útil por convênio como forma
de beneficiar a população em curto espaço de tempo.
Recursos da FUNASA podem ser obtidos também a partir de contratos não onerosos,
mediante eventual disponibilidade de recursos em linhas específicas para esta
modalidade, o que não tem sido comum, em razão das diretrizes do PAC.

C. FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço


Através da Caixa econômica federal o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) foi criado na década de 60 para proteger o trabalhador demitido sem justa
causa. Sendo assim, no início de cada mês, os empregadores depositam, em contas
abertas na CAIXA, em nome dos seus empregados e vinculadas ao contrato de
trabalho, o valor correspondente a 8% do salário de cada funcionário.
Com o fundo, o trabalhador tem a chance de formar um patrimônio, bem como adquirir
sua casa própria, com os recursos da conta vinculada. Além de favorecer os
trabalhadores, o FGTS financia programas de habitação popular, saneamento básico e
infraestrutura urbana, que beneficiam a sociedade em geral, principalmente a de
menor renda. 287

Na área de saneamento o programa que operam recursos do FGTS é o Saneamento


para Todos. Nesse tipo de operação podem ser mutuários: um Estado, um município,
uma empresa pública, uma empresa particular (uma concessionária privada de
saneamento, por exemplo), uma entidade/associação e um indivíduo específico (como
por exemplo, nas operações coletivas do FGTS com subsídio).

D. FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador


O “site” do BNDES informa que existe saldo dos depósitos especiais do FAT
vinculados à infraestrutura.
Segundo a mesma fonte, esses recursos destinam-se a programas de financiamento a
projetos de infraestrutura nos setores de energia, transporte, saneamento,
telecomunicações e logística, e a projetos de infraestrutura industrial, nos setores de
papel e celulose, siderurgia, petroquímica e bens de capital sob encomenda.

E. PRODETUR
Os Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo é um programa de crédito
para o setor público (Estados e Municípios) que foi concebido tanto para criar
condições favoráveis à expansão e melhoria da qualidade da atividade turística na
região, quanto para melhorar a qualidade de vida das populações residentes nas
áreas beneficiadas.
Os investimentos do Programa são operacionalizados pelo Ministério do Turismo, que
orienta tecnicamente as propostas estaduais e municipais; em parceria com o Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) e com a Corporação Andina de Fomento, os
quais atuam como financiadores internacionais.
Neste sentido, uma das linhas de financiamento do programa é Infraestrutura e
Serviços Básicos, os quais são imprescindíveis para gerar acessibilidade ao destino e
dentro dele e satisfazer as necessidades básicas do turista durante a sua estada.

F. Fundos Internacionais de Investimento


As prefeituras têm acesso também a fontes de financiamentos internacionais, as quais
poderiam com isso ampliar suas opções de condições, taxas e amortizações para a
contratação de empréstimos. As fontes são inúmeras e as taxas diferenciadas, porém 288

os requisitos para a contratação são grandes, o que absorve do tomador muita


organização e atenção nos procedimentos a serem adotados.
Uma das principais fontes de financiamento internacional é o BIRD (International Bank
for Reconstruction and Development).
O BIRD foi criado em 1945 e conta hoje com 185 países membros, entre eles o Brasil.
Juntamente com a IDA (Associação Internacional de Desenvolvimento), constitui o
Banco Mundial, organização que tem como principal objetivo à promoção do progresso
econômico e social dos países membros mediante o financiamento de projetos com
vistas à melhoria das condições de vida nesses países.
O BIRD é uma das maiores fontes de conhecimento e financiamento do mundo, que
oferece apoio aos governos dos países membros em seus esforços para investir em
escolas e centros de saúde, fornecimento de água e energia, combate a doenças e
proteção ao meio ambiente.
Ao contrário dos bancos comerciais, o Banco Mundial fornece crédito a juros baixos ou
até mesmo sem juros aos países que não conseguem obter empréstimos para
desenvolvimento.
Importante destacar que a alocação de recursos públicos federais e os financiamentos
com recursos da União ou com recursos geridos ou operados por órgãos ou entidades
da União serão feitos em conformidade com as diretrizes e os objetivos estabelecidos
nos arts. 48 e 49 da Lei Nacional de Saneamento Básico e com os planos de
saneamento básico.
De acordo com o decreto 7.217/2010, que regulamenta a Lei 11.445/07, são definidos
critérios e condicionantes para alocação de recursos federais, a seguir destacados:
“Art. 55. A alocação de recursos públicos federais e os financiamentos com recursos
da União ou com recursos geridos ou operados por órgãos ou entidades da União
serão feitos em conformidade com os planos de saneamento básico e condicionados:
I - a observância do disposto nos arts. 9o, e seus incisos, 48 e 49 da Lei no 11.445, de
2007;
II - ao alcance de índices mínimos de:
a) desempenho do prestador na gestão técnica, econômica e financeira dos serviços;
e, 289

b) eficiência e eficácia dos serviços, ao longo da vida útil do empreendimento;


III - à adequada operação e manutenção dos empreendimentos anteriormente
financiados com recursos mencionados no caput; e ,
IV - à implementação eficaz de programa de redução de perdas de águas no sistema
de abastecimento de água, sem prejuízo do acesso aos serviços pela população de
baixa renda, quando os recursos forem dirigidos a sistemas de captação de água.
§ 1º O atendimento ao disposto no caput e seus incisos é condição para qualquer
entidade de direito público ou privado:
I - receber transferências voluntárias da União destinadas a ações de saneamento
básico;
II - celebrar contrato, convênio ou outro instrumento congênere vinculado a ações de
saneamento básico com órgãos ou entidades federais; e,
III - acessar, para aplicação em ações de saneamento básico, recursos de fundos
direta ou indiretamente sob o controle, gestão ou operação da União, em especial os
recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS e do Fundo de Amparo
ao Trabalhador - FAT.
§ 2º A exigência prevista na alínea "a" do inciso II do caput não se aplica à destinação
de recursos para programas de desenvolvimento institucional do operador de serviços
públicos de saneamento básico.
§ 3º Os índices mínimos de desempenho do prestador previstos na alínea "a" do inciso
II do caput, bem como os utilizados para aferição da adequada operação e
manutenção de empreendimentos previstos no inciso III do caput deverão considerar
aspectos característicos das regiões respectivas.
Seção II
Dos Recursos não Onerosos da União
Art. 56. Os recursos não onerosos da União, para subvenção de ações de
saneamento básico promovidas pelos demais entes da Federação serão sempre
transferidos para os Municípios, para o Distrito Federal, para os Estados ou para os
consórcios públicos de que referidos entes participem.
§ 1º O disposto no caput não prejudicará que a União aplique recursos orçamentários
em programas ou ações federais com o objetivo de prestar ou oferecer serviços de 290

assistência técnica a outros entes da Federação.


§ 2º É vedada a aplicação de recursos orçamentários da União na administração,
operação e manutenção de serviços públicos de saneamento básico não administrado
por órgão ou entidade federal, salvo por prazo determinado em situações de iminente
risco à saúde pública e ao meio ambiente.
§ 3º Na aplicação de recursos não onerosos da União, será dada prioridade às ações
e empreendimentos que visem o atendimento de usuários ou Municípios que não
tenham capacidade de pagamento compatível com a auto-sustentação econômico-
financeira dos serviços e às ações voltadas para a promoção das condições
adequadas de salubridade ambiental aos povos indígenas e a outras populações
tradicionais.
§ 4º Para efeitos do § 3º, a verificação da compatibilidade da capacidade de
pagamento dos Municípios, com a auto-sustentação econômico-financeira dos
serviços será realizada mediante aplicação dos critérios estabelecidos no PMSB”.
21. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos resultados, discussões e análises que envolvem a consolidação do PMSB
– Capítulo Água e Esgoto de Macaíba, admite-se que a busca ao atendimento dos
objetivos e metas imediatas para curto, médio e longo prazo propostos, permitirão o
atendimento aos objetivos gerais e específicos.
Importante ressaltar que o objetivo geral do Plano Municipal de Saneamento Básico
compreende o estabelecimento de ações para a Universalização dos sistemas de
abastecimento de água e esgotamento sanitário, através da ampliação progressiva do
acesso de todos os domicílios ocupados no município de Macaíba ao sistema de
abastecimento de água e sistema de esgotamento sanitário.
A implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico é condição compulsória
e representa importância fundamental para a estruturação do saneamento a fim de:
 Garantir as condições de qualidade dos serviços existentes buscando sua
melhoria e ampliação às localidades não atendidas;
 Implementar os serviços ora inexistentes, em prazos factíveis; 291

 Criar instrumentos para regulação, fiscalização e monitoramento e gestão dos


serviços;
 Estimular a conscientização ambiental da população;
 Atingir condição de sustentabilidade técnica, econômica, social e ambiental aos
serviços de saneamento básico.
Os elementos constantes deste Plano compreendem subsídios para a definição de
medidas que permitam a adequação, melhorias e universalização dos serviços de
água e esgoto no Município de Macaíba.
Entretanto sua implementação é dependente da disponibilidade de recursos que
possam garantir a implementação e sustentabilidade a partir da aplicação de tarifas de
água e esgotos e obtenção de outros recursos.
A B&B Engenharia está proporcionando no âmbito de seus serviços, a condição para
avaliação de cenários futuros ao município de Macaíba, cujos recursos globais para
implementação do Plano previsto, compreendem investimentos de aproximadamente
R$ 152,9 milhões de reais.
Por fim destacamos que este documento, consolida o Plano Municipal de Saneamento
Básico (água e esgoto) de Macaíba – RN, devendo este ser revisado periodicamente,
em prazo não superior a 4 anos.
Esta prática garantirá a utilização efetiva deste instrumento de planejamento cujos
resultados serão contabilizados diretamente para a melhoria da qualidade de vida da
população e preservação da qualidade ambiental.

22. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Banco de Dados do Sistema Único de Saúde – DATASUS. Caderno de Informação de


Saúde do Município de Macaíba. 2009.

BRASIL.
_________. Lei 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que institui as diretrizes nacionais
para o saneamento básico e a Política Federal de Saneamento Básico no Brasil. 292

Brasília: DOU, 2007;


_________. Decreto 7.217, de 21 de junho de 2010, que estabelece diretrizes
nacionais para o saneamento básico Brasília: DOU, 2010.
_________. Decreto 2.829, de 29 de outubro de 1998, que estabelece normas para a
elaboração e execução do Plano Plurianual e dos Orçamentos da União.

BRASIL. Estatuto da Cidade: guia para implementação pelos municípios e


cidadãos. 2 ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2002.

Companhia de Águas e Esgoto do Rio Grande do Norte.


_________. Dados dos sistemas obtidos na Assessoria de Gestão Empresarial. 2010

Companhia de Águas e Esgoto do Rio Grande do Norte


_________. Dados dos sistemas obtidos na Assessoria de Gestão Empresarial. 2009
_________. Dados dos sistemas obtidos na Regional Natal Norte. 2010.
_________. Dados dos Sistemas obtidos no Escritório Local. 2010.
_________. Resolução no 11/2010. Reajuste linear de 5,26% na Tarifa Mínima e nos
Consumos Excedentes, com vigência nas contas com vencimento em setembro de
2010 (consumos de agosto de 2010).
_________. Sistema de Informação para Planejamento. 2010.

CONCREMAT Engenharia e LOGOS Engenharia S.A. Programa de apoio a redução


de perdas no sistema de abastecimento público e estímulo ao reuso de água nas
bacias receptoras. Diagnóstico de Sistema de Abastecimento de Água e Diagnóstico
do Sistema de Esgotamento Sanitário. 2007.

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA. Levantamento


Exploratório - Reconhecimento de solos do Estado do Rio Grande do Norte. 1971

Fundação Instituto de Desenvolvimento do Rio Grande do Norte – IDEC. Inventário do


Espelho D’água Superficial do Estado do Rio Grande do Norte. 1993 293

HIDROSERVICE Engenharia Ltda. Estudos de Concepção Básica e Projetos Básicos


e Executivos de Sistemas de Abastecimento de Água Potável e de Coleta e
Tratamento de Esgotos Sanitários, em Municípios do Estado do Rio Grande do Norte.
2001.
_________. Projeto Executivo Sistema de Abastecimento de Água do Município de
Macaíba.
_________. Projeto Executivo Sistema de Esgotamento Sanitário do Município de
Macaíba.

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Município de Macaíba. 2005.
__________. Anuário Estatístico. 2008.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Pesquisa Nacional de Amostra


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_________. Censo Demográfico. 1970, 1980, 1991, 2000.
_________. Contagem Populacional. 2007.

Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais –


INEP. Censo Educacional. 2008
_________. Censo da Educação Superior. 2007.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Fundação Nacional de Saúde. Portaria nº 518. Controle e


qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. 2004.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Conselho Nacional do Meio Ambiente.


_______. Agência Nacional de Águas. Atlas de Abastecimento Urbano de Água. 2009.
_______. Resolução nº 357. Classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais 294

para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de


lançamento de efluentes. 2005.
_______. Resolução nº 237. Revisão dos procedimentos e critérios utilizados no
licenciamento ambienta. 1997.

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Graduação em Engenharia Civil – Universidade Federal de Santa Catarina.

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Serviço Geológico do Brasil – CPRM. Projeto Cadastro das Fontes de Abastecimento
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Universidade de São Paulo. 2000. p. 01-04.

VBA Consultores. Diagnóstico Técnico Operacional e Avaliação de Cenários para


Prestação de Serviços de Água e Esgotos do Estado do Rio Grande do Norte. 2004.

Liemberger & Partnres. Water Balance Easy Calc. 2006. 295


296

23. EQUIPE TÉCNICA


23. EQUIPE TÉCNICA
O PMSB – Água e Esgoto do município de Macaíba foi elaborado pela empresa B&B
Engenharia, sob a responsabilidade técnica do Engenheiro Luís Guilherme de
Carvalho Bechuate.
A equipe técnica da empresa B&B Engenharia composta para o desenvolvimento
deste trabalho, contempla os profissionais abaixo relacionados:
 Luís Guilherme de Carvalho Bechuate – Engenheiro Civil e Especialista em
Gestão de Projetos – Coordenador Geral e Responsável Técnico;
 Jamille Caribé Gonçalves Silva – Engenheira Ambiental – Coordenador
Técnico;
 Cibele Gouveia Costa – Engenheira Civil e Mestre em Engenharia Sanitária –
Equipe Técnica;
 Marcel de Jesus Pimenta – Engenheiro Ambiental e Especialista em
Saneamento Ambiental – Equipe Técnica;
 José Carlos Leitão – Engenheiro Civil e Especialista em Engenharia Hidráulica 297

– Consultor Externo.

O PMSB de Macaíba contou com a participação e acompanhamento dos membros do


Comitê de Saneamento da Prefeitura, conforme listados abaixo:
 Marília Pereira Dias – Prefeita Municipal;
 Adauto Evangelista Neto – Procurador Geral do Município;
 José Wilson Ferreira da Silva Júnior – Secretaria de Administração e Finanças;
 Nilton Barreto Fontes – Secretaria de Infraestrutura;
 Rawplácido Saraiva Maia – Secretaria de Trânsito e Transporte;
 Marco Antônio de Morais Dantas – Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca;
 Pedro Galvão do Amaral Filho – Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo.

O PMSB teve ainda o acompanhamento e fiscalização da equipe técnica da CAERN,


conforme abaixo:
 Lêda Maria Donato de Sousa Cabral – Estatística e Assessora Especial de
Operações da Presidência – Presidente da Comissão de Planos de
Saneamento;
 Marcos Antônio Rocha – Engenheiro Civil e Assessor de Empreendimentos da
Presidência – Membro da Comissão de Planos de Saneamento;
 Lucinaldo de Oliveira – Advogado e Assessoria Jurídica – Membro da
Comissão de Planos de Saneamento;
 Neiroberto Silva – Engenheiro Sanitarista – Consultor Externo.

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