Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
R.065.035.222.10
CLIENTE:
Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte –
CAERN
Tomada de Preço – N° 0078/2010
Agosto/2011
Prefeitura Municipal de Macaíba - RN
Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte –
CAERN
Promoção: Elaboração:
APRESENTAÇÃO
O presente documento constitui-se no Relatório Síntese do Plano de Saneamento
Básico (Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário) do município Macaíba.
O objetivo geral do planejamento dos sistemas de saneamento básico de Macaíba é
garantir o bem estar da população urbana em um ambiente sadio, incluindo a
esperança individual e coletiva de desenvolvimento sustentável.
O Plano de Saneamento Básico (Abastecimento de água e Esgotamento Sanitário)
não resolve os problemas, mas aponta quais são e indicam os caminhos que devem
ser percorridos para a resolução dos mesmos. Por esse motivo, os Planos de
Saneamento são importantes ferramentas de gestão em todo o mundo. No Brasil, os
Planos de Saneamento Básico receberam destaque na Lei Federal n° 11.445, de 5 de
janeiro de 2007, bem como nas inúmeras leis estaduais sobre políticas de recursos
hídricos.
O objetivo específico deste Plano de Saneamento é a caracterização e diagnóstico
das condições atuais dos sistemas existentes, apontando as causas das deficiências 1
2
3
ÍNDICE ANALÍTICO
ÍNDICE ANALÍTICO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 25
3.4.6 Habitação.......................................................................................................... 55
5.1.5. Adução............................................................................................................. 75
13
LISTA DE FIGURAS
Figura 8 - Mapa das Bacias Hidrográficas do Estado do Rio Grande do Norte. ............ 39
Figura 56 - Poço da comunidade Tapará (a); Reservatório (caixa d'água) elevado (b).
............................................................................................................................................. 129
Figura 59 - Poço cacimbão das comunidades Curral das Juntas e Curralinho............ 131
Figura 61 - Poço perfurado pelo PAPP/RN (a); Quadro de comando do poço (b). ..... 132
Figura 68 - Lagoa aerada da ETE em funcionamento (a); Aerador da lagoa aerada (b).
............................................................................................................................................. 145
Figura 69 - Lagoa aerada inoperante (a); Bolhas de gases na lagoa aerada inoperante
(b). ....................................................................................................................................... 145
Tabela 12 - Mortalidade Proporcional (%) por Faixa Etária Segundo Grupo de Causas -
CID10. ................................................................................................................................... 48
Tabela 101 - Programas e Ações de Gestão previstas no horizonte do plano. ........... 244
1. INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO
ações programadas; e,
Etapa 5 (Relatório 8): que constitui a versão completa do Plano Municipal de
Saneamento Básico (PMSB) Final.
O PMSB de Macaíba foi desenvolvido considerando-se um horizonte de planejamento
de 30 (trinta) anos projetados, portanto, para o período 2011 - 2041.
Conforme determinação do § 4º do Artigo 19 da Lei nº. 11.445/07, o PMSB de
Macaíba deverá ser revisto em prazo não superior a 4 (quatro) anos, anteriormente à
elaboração do Plano Plurianual do Município.
As atividades para o desenvolvimento do Plano Municipal de Saneamento Básico do
Município de Macaíba foram realizadas entre os meses de Agosto 2010 a Agosto de
2011.
SISTEMA DE INDICADORES SANITÁRIOS,
28
EPIDEMIOLÓGICOS, AMBIENTAIS E
SOCIOECONÔMICOS, APONTANDO AS CAUSAS DAS
DEFICIÊNCIAS DETECTADAS
2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO
Por volta de 1855, Fabrício Gomes Pedroza, paraibano de Areia, comerciante de alto
prestígio, mudou o nome de Coité para Macaíba, uma palmeira com frutos pequenos,
buchuda no meio, apreciada por muitos, inclusive por ele. Existiam muitos exemplares
da palmeira na propriedade do comerciante “Seu Fabrício”.
No final do século XIX, precisamente no dia 27 de outubro de 1877, através da Lei
no 801, a Vila foi elevada à categoria de Município, denominando-se Município de
Macaíba, ganhando, portanto autonomia político-administrativa. Somente em 1882 foi
conhecido seu primeiro administrador, o senhor Vicente de Andrade Lima.
Macaíba, cidade localizada às margens do Rio Jundiaí, é berço de muitos filhos
ilustres, dentre eles Auta de Souza, poetisa; seu irmão Henrique Castriciano de Souza
(ex-vice-Governador do Estado, Fundador da Escola Doméstica de Natal e da
Academia Norte-riograndense de Letras); Dr. Octacílio Alecrim, escritor e um dos mais
respeitados juristas do seu tempo; Augusto Severo de Albuquerque Maranhão,
professor, político, aeronauta inventor do dirigível balão PAX; Alberto Frederico de
Albuquerque Maranhão, ex-Governador do Estado por dois mandatos; Augusto
Tavares de Lyra, ex-Governador, ex-Ministro de Estado do governo Afonso Pena e um
dos maiores oradores do Brasil.
Como pontos históricos destacam-se o Solar do Ferreiro Torto, a Matriz de Nossa
Senhora da Conceição, a Capela de São José (mais antiga da cidade), o Solar da
Madalena, Capela da Soledade, casa onde nasceu Henrique Castriciano, Obelisco
Augusto Severo, Casarão dos Guarapes e Solar Caxangá.
31
34
2.5. ATRIBUTOS GEOLÓGICOS E GEOMORFOLÓGICOS
2.5.1. Geologia
Segundo o IDEMA (2005), geologicamente o município abrange terrenos pertencentes
ao Embasamento Cristalino e ao Grupo Barreiras. O Embasamento Cristalino, de
Idade Pré-Cambriana Média (1.100 - 2.500 milhões de anos), situa-se a oeste da faixa
de contato entre as unidades e é caracterizado por migmatitos, gnaisses, xistos,
anfibolitos, granitos. O grupo Barreiras, de Idade Terciária (7 milhões de anos), situa-
se a leste e é caracterizado por areias, arenitos, conglomerados, siltitos. Localmente,
estão presentes coberturas Colúvio-eluviais recentes, que formam solos arenosos
inconsolidados, altamente lixiviados e de boa drenagem. Nos leitos dos principais rios,
estão aluviões compostos por sedimentos elásticos de origem terrígena. A figura 5
demonstra as ocorrências minerais e formações geológicas presentes no município de
Macaíba.
Fonte: Software livre I3Geo, Interface Integrada para Internet de Ferramentas de
Geoprocessamento.
Figura 5 - Formações Geológicas do município de Macaíba.
35
Ocorrências Minerais não Metálicos
Argila para cerâmica vermelha - também denominada cerâmica estrutural,
compreende a parte da cerâmica que engloba todos os produtos que apresentam cor
vermelha após a queima a 950ºC. Estes produtos são utilizados, em sua maioria, na
construção civil, como tijolos, telhas, blocos, lajes, lajotas e outros artefatos.
Ocorrências na parte drenada pelo rio Potengi, constituídos por aluviões recentes, com
espessura entre um e três metros.
Calcário - inúmeras são as aplicações das rochas carbonáticas, representando uma
das mais importantes matérias primas que a natureza proporciona, face à diversidade
de aplicações na indústria, sendo empregadas como matéria-prima essencial para
manufatura de cimento portland, na fabricação de cal, como corretivo de solos, como
pedra britada, como fundente em metalurgia, na indústria química e farmacêutica, na
complementação de ração animal, como pedras ornamentais, dentre outras.
Caulim - de origem secundária, formado a partir da alteração de granodioritos
regionais, trata-se de um banco de caulim arenoso, com espessura superior a cinco
metros e extensão aflorante de 150 metros, intercalado nos sedimentos do Grupo
Barreiras. Os principais usos industriais são para cerâmica branca, papel, borracha,
tintas, plásticos, tecidos, inseticidas, fertilizantes, adesivos, esmaltes, vidros especiais,
medicamentos, química e couros, dentre outros. Os fatores que controlam os usos
industriais do caulim são principalmente grau de pureza, alvura, poder de reflexão
luminosa e a granulometria.
Diatomito - industrialmente, possui uma extensa e variada aplicação, as principais são
como agente filtrante, isolante, de carga industrial ou enchimento, de suporte
absorvente e abrasivo, dentre outros, abrangendo as indústrias químicas, isolantes,
bebidas, produtos alimentícios, materiais plásticos, farmacêutica perfumaria, borracha,
papel e papelão. Ocorrências localizadas na maioria das vezes em lagoas de água
doce destacando-se a lagoa Tapera com uma espessura de 1,5 metros e em menor
proporção a lagoa Grande.
2.5.2. Geomorfologia
Geomorfologicamente no município, segundo o IDEMA (2005), predominam formas
tabulares de relevos, de topo plano, com diferentes ordens de grandeza e de
aprofundamento de drenagem, separados geralmente por vales de fundo plano. A
altitude do relevo é menor que 100 metros.
O município está situado sobre as Planícies Fluviais, os Tabuleiros Costeiros e a
Depressão Sub-litorânea, como observado na figura 6. As Planícies Fluviais são
caracterizadas por terrenos baixos e planos situados nas margens dos rios. Também
denominados de vales. Os Tabuleiros Costeiros por relevos planos de baixa altitude,
também denominados planaltos rebaixados, formados basicamente por argilas (barro).
E a Depressão Sub-litorânea por terrenos rebaixados, localizados entre duas formas
de relevo de maior altitude. Ocorre entre os Tabuleiros Costeiros e o Planalto da
Borborema.
37
Fonte: Adaptado Mapa de Microrregiões do Anuário Estatístico 2008 (IDEMA).
Figura 6 - Mapa de Relevo do Estado do Rio Grande do Norte.
2.6. PEDOLOGIA
No município de Macaíba há predominância dos solos do tipo Podzólico Vermelho
Amarelo e Latossolo Vermelho Amarelo e pequenas manchas de Planossolo, Solos
Indiscriminados de Mangue e Areia Quartzosas. (figura 7). Segundo o relatório do
IDEMA (2005), intitulado como perfil do município, os solos do tipo Podzólico
Vermelho Amarelo Abrúptico Plinthico possuem fertilidade natural baixa, textura
média, relevo plano, moderada a imperfeitamente drenados, profundos. Os solos do
tipo Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico possuem fertilidade natural baixa, textura
média, relevo plano, fortemente drenado, muito profundos e muito porosos.
Esses solos são utilizados com fruticultura (manga, banana, jaca, abacate), além de
culturas de mandioca, sisal, milho, feijão e pastagens. Recomenda-se adubações
parceladas e irrigação no período seco. As limitações ao uso agrícola estão
relacionadas à baixa fertilidade natural e a falta d’água, decorrente do longo período
de estiagem.
38
No município, de forma geral, o solo possui aptidão regular para lavouras, aptas para
dois cultivos por ano, aptas para culturas especiais de ciclo longo, tais como: algodão
arbóreo, sisal, caju e coco. Pequenas faixas de terra, ao norte, com aptidão regular
para pastagem plantada.
Para os serviços agrícolas, são usados sistema de manejo baixo, médio e alto nível
tecnológico, sendo utilizados tanto o trabalho braçal e a tração animal, com
implementos agrícolas simples com a motomecanização.
2.7.1. Hidrologia
Segundo a SEMARH (1998) o estado do Rio Grande do Norte é subdividido em 16
bacias hidrográficas (figura 8). O município de Macaíba encontra-se com 71,95% do
seu território inserido na Bacia Hidrográfica do rio Potengi e 26% na Bacia Hidrográfica
do rio Pirangi.
39
características dos principais açudes. O IDEC não apresentou dados de açude com
capacidade de acumulação superior a 100.000 m 3 na Bacia do rio Pirangi.
2.7.2. Hidrogeologia
Segundo o IDEMA (2005), o município de Macaíba apresenta três tipos de aqüíferos: o
Barreiras, o Aluvião e o Cristalino.
O Aqüífero Barreiras apresenta-se confinado, semiconfinado e livre em algumas áreas.
Os poços construídos mostram capacidades máximas de vazão, variando entre 5 a
100 m³ / h, com águas de excelente qualidade química, com baixos teores de sódio,
podendo ser utilizada praticamente para todos os fins. O Aqüífero Aluvião apresenta-
se disperso, sendo constituído pelos sedimentos geralmente arenosos depositados
nos leitos e terraços dos rios e riachos de maior porte. Estes depósitos caracterizam-
se pela alta permeabilidade, boas condições de realimentação e uma profundidade
média em torno de 7 metros. A qualidade da água geralmente é boa e pouco
explorada. E o Aqüífero Cristalino engloba todas as rochas cristalinas, onde o
armazenamento de águas subterrâneas somente se torna possível quando a geologia
local apresenta fraturas associadas a uma cobertura de solos residuais significativa.
Os poços perfurados apresentam uma vazão média baixa de 3,05 m³/h e uma
profundidade de até 60 m, com água comumente apresentando alto teor salino de 480
a 1.400 mg/l com restrições para o consumo humano e uso agrícola.
Segundo o CPRM (2005), o levantamento realizado no município registrou a existência 41
de 161 pontos d’ água, sendo todos poços tubulares. Com relação à propriedade dos
terrenos, existem 59 pontos d’ água em terrenos públicos, 102 em terrenos
particulares. Em relação ao uso da água, 28% dos pontos cadastrados são destinados
ao uso doméstico primário (água de consumo humano para beber), 30% são utilizados
para o consumo doméstico secundário (água de consumo humano para uso geral), 9%
para a agricultura, 12% para dessedentação animal e 21% para outros usos.
3. PERFIL MUNICIPAL
3.1. POPULAÇÃO
Segundo o Banco de Dados do Sistema Único de Saúde - DATASUS, em seu
Caderno de Informações de Saúde do Município de Macaíba, a população estimada
do município, para o ano de 2009, é de 66.384 habitantes, os quais estão distribuídos
conforme a tabela 2. Portanto a população do município representa 2,12% da
população do Estado, e 0,035% da população do País.
Tabela 2 - População Residente por Faixa Etária e Sexo.
Faixa Etária Masculino Feminino Total
Menor 1 669 646 1.315
1a4 2.587 2.539 5.126
5a9 3.136 3.151 6.287
10 a 14 3.093 3.122 6.215
15 a 19 3.299 3.317 6.616
20 a 29 6.292 6.341 12.633
30 a 39 5.014 5.050 10.064
40 a 49 3.920 3.904 7.824
50 a 59 2.172 2.331 4.503
60 a 69 1.457 1.657 3.114
70 a 79 779 978 1.757
80 e + 418 512 930
Ignorada - - -
Total 32.836 33.548 66.384
Fonte: DATASUS, 2009.
Nota-se que o principal subíndice que proporcionam a redução do IDH está ligado a
renda. A classificação do PNUD, o município está entre as regiões consideradas de
médio desenvolvimento humano (IDH entre 0,5 e 0,8). Em relação aos outros
municípios do Estado, Macaíba apresenta uma situação boa, pois ocupa a 33ª
posição, sendo que 32 municípios (19,3%) estão em situação melhor e 133 municípios
(80,7%) estão em situação pior ou igual.
3.2. ESTATÍSTICAS VITAIS E SAÚDE
Segundo o DATASUS (2009), o município de Macaíba apresenta um total de 367
profissionais (tabela 6) alocados em 42 estabelecimentos de saúde, sendo 36
públicos, 1 filantrópico e 5 privados. Esses estabelecimentos totalizam 37 leitos e
todos estão disponíveis para o Sistema Único de saúde - SUS. A tabela 7 apresenta
uma comparação entre a quantidade de leitos de internação por mil habitantes, o
número de internações por cem habitantes e o valor médio gasto por habitante que o
utiliza o sistema de saúde no município, estado e país.
A Tabela 11 apresenta a situação das internações por grupo de causas e faixa etária.
As doenças que mais se destacam como motivos de internação são doenças do
aparelho respiratório (10,3%) e doenças relacionadas a gravidez e o período pós-parto
(36,4%).
Tabela 11 - Distribuição Percentual das Internações por Grupo de Causas e Faixa
Etária - CID10.
Causas Menor 1a4 5a9 10 a 15 a 20 a 50 a 65 e 60 e Total
1 14 19 49 64 mais mais
I.Algumas doenças
infecciosas e 8,5 5,6 7,8 9,5 1,6 2,3 6,7 8,0 8,1 4,1
parasitárias
II.Neoplasias (tumores) 0,8 0,8 2,0 5,3 2,5 6,0 14,5 11,8 10,9 6,5
III. Doenças sangue
órgãos hemat e transt 0,8 - 1,0 - 0,3 0,3 1,4 1,6 1,5 0,6
imunitár
IV. Doenças endócrinas
nutricionais e 0,8 2,4 2,0 1,1 0,3 1,3 5,7 5,8 5,8 2,1
metabólicas
V. Transtornos mentais
- - - - 0,3 4,5 1,1 - - 2,5
e comportamentais
VI. Doenças do sistema
1,6 0,8 4,9 3,2 0,3 0,9 5,7 6,4 6,9 2,1
nervoso
VII. Doenças do olho e
- - - - - 0,2 - - - 0,1
anexos
VIII. Doenças do ouvido
- 1,6 - 1,1 - 0,1 - - - 0,2
e da apófise mastóide
IX. Doenças do
0,8 - - 2,1 0,9 3,5 20,8 17,6 18,5 5,9
aparelho circulatório
X. Doenças do aparelho
27,9 50,8 32,4 17,9 1,9 3,0 13,4 20,4 19,5 10,3
respiratório
XI. Doenças do 47
2,3 17,5 15,7 11,6 1,9 7,6 9,5 6,1 7,1 7,6
aparelho digestivo
XII. Doenças da pele e
3,1 4,8 5,9 2,1 0,3 1,1 6,7 1,9 2,0 2,1
do tecido subcutâneo
XIII. Doenças sist
osteomuscular e tec 1,6 - 1,0 2,1 - 1,6 0,7 0,3 0,3 1,1
conjuntivo
XIV. Doenças do
- 4,8 3,9 8,4 6,6 5,7 7,4 9,6 9,4 6,1
aparelho geniturinário
XV. Gravidez parto e
- - - 16,8 77,8 51,1 - - - 36,4
puerpério
XVI. Algumas afec
originadas no período 45,7 - - - - - - - - 2,0
perinatal
XVII. Malf cong
deformid e anomalias 2,3 7,1 8,8 5,3 0,9 0,3 0,4 0,3 0,3 1,2
cromossômicas
XVIII. Sint sinais e
achad anorm ex clín e 0,8 - - 2,1 - 0,4 0,4 0,6 0,8 0,4
laborat
XIX. Lesões enven e alg
out conseq causas 3,1 3,2 12,7 7,4 3,8 8,2 3,9 8,0 7,4 7,0
externas
XX. Causas externas de
morbidade e - - - - - - - - - -
mortalidade
XXI. Contatos com
- 0,8 2,0 4,2 0,6 1,9 1,8 1,6 1,5 1,7
serviços de saúde
CID 10ª Revisão não
disponível ou não - - - - - - - - - -
preenchido
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: DATASUS, 2009.
Na tabela 12 a mortalidade por grupo de causa e faixa etária. Na tabela 13 são
apresentados indicadores epidemiológicos de mortalidade.
3.4.1. Transporte
Segundo o IDEMA (2005) o município existe uma estação rodoviária e o mesmo é
atendido por uma empresa de transporte coletivo urbano, com 17 veículos em
operação, e uma empresa de transporte coletivo rural, com 2 veículos em operação.
Na tabela 18 é apresentada, com base em dados do IBGE (2000), a quantidade de
veículos registrados por tipo de veículos.
52
Tabela 20 - Estabelecimentos que proporcionam cultura e lazer.
Estabelecimento Quantidade
Museus 02
Bibliotecas 01
Clubes Sociais 06
Estádios e/ou Campos de Futebol 01
Quadras de Esportes 01
Fonte: IDEMA, 2005.
Segundo dados do PNUD (2000), com relação à proporção da população que possui
acesso ao serviço de abastecimento de água, o município encontra-se numa situação
critica de abastecimento de água (57,7%), sendo pior até que a situação que o estado
(67,7%). Atualmente, o índice de abastecimento de água na área urbana é 95% e na
área rural é 19,71%, segunda dados da Assessoria de Gestão Empresarial (AGT) da
CAERN.
3.4.6. Habitação 55
3.6. ECONOMIA 57
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
59
ÓRGÃOS
Gabinete do Prefeito
Procuradoria Jurídica Municipal
Controladoria Geral do Município
Secretaria Municipal de Administração e Finanças
Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Controle
Interno
Secretaria Municipal de Cultura e Turismo
Secretaria Municipal de Esporte e Lazer
Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo
Secretaria Municipal de Saúde
Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social
Secretaria Municipal de Transito e Transporte
Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Pesca
Secretaria Municipal de Assuntos de Governo
Secretaria de Desenvolvimento econômico
Secretaria de Educação
Secretaria de Infraestrutura
Secretaria de Tributação
60
DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DOS SISTEMAS DE
61
ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO
SANITÁRIO, E DE SEUS IMPACTOS NAS CONDIÇÕES
DE VIDA
5. CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA –
SÍNTESE DAS CONDIÇÕES ATUAIS
66
67
(a) (b)
Figura 14 - Poço PT-18 (a); Poço PT-21 (b).
Para a água captada nos poços é realizado apenas tratamento por desinfecção,
através da aplicação de cloro gasoso em cilindro, que é injetado no poço de sucção da
EE-1. O controle da qualidade da água é feito pelo laboratório da CAERN a cada 15
dias.
Os poços existentes e operantes recalcam água para o poço de sucção da Estação
Elevatória Central (EE-1), localizada a margem da BR 304 na Granja Recreio, a qual
recalca para os dois reservatórios elevados (R1 e R2), através de uma linha de
recalque de diâmetro 300mm, em ferro fundido, até a bifurcação que divide a adutora
e a partir deste ponto partem duas linhas de DN 25mm cada.
De acordo com o levantamento Pitométrico realizado em MARÇO/2009 pela Gerência
de Desenvolvimento Operacional (GDO), através da equipe do Núcleo de Pitometria e
Hidromedição (NPHI) são apresentadas na tabela abaixo as vazões operacionais dos
poços em operação:
PT-10 36,00
Captação Granja
PT-11 38,50
Recreio
PT-21 78,00
PT-13 75,40
Captação CIA (Centro PT-15 64,00 68
Industrial Avançado) PT-17 53,80
PT-18 75,50
TOTAL 421,20
Existem ainda dois (2) poços que funcionavam como Reserva Técnica e não operam:
o PT-02-GRC, que está fora de operação devido à recusa pela COSERN em
reenergizá-lo em decorrência dos sucessivos furtos do cabeamento e outros
acessórios da instalação; e o PT-22-GRC, que foi recentemente construído (2008) na
área do Empreendimento Loteamento Beverly Hills, distante 1.300m da Estação de
Bombeamento Granja Recreio (EE-1), necessitando ainda de melhor infraestrutura
para o seu funcionamento.
70
71
Na EE-1 existem duas adutoras de saída, sendo uma para o município de Macaíba e a
outra para Reta Tabajara (zona rural), é utilizado um conjunto motobomba, onde um
encontra-se em funcionamento e o outro é reserva, às vezes as duas bombas estão
funcionando.
Figura 17 - Conjunto motobomba das adutoras de saída da EE-1.
74
A EE-1 é automatizada, mas sempre conta com operadores que trabalham em sistema
de rodízio ou em escala.
75
5.1.5. Adução
A captação Granja Recreio possui adutoras de água bruta que ligam os poços
tubulares, por agrupamento, até a câmara de reunião e sucção (reservatório apoiado)
da EE-1 Granja Recreio. Segundo dados da VBA Consultores (2004), o trecho que
interliga os poços à Estação de Bombeamento (EE-1) possui aproximadamente
9.023m.
A adutora de água tratada possui uma linha adutora de recalque comum, de extensão
3.080m e DN 300 mm, em ferro fundido, até a bifurcação que divide o fluxo bombeado
para cada centro de reservação (R1 e R2), onde originam duas linhas adutoras
independentes em FºFº, de extensão 3.800m e 2.404m e DN 250 mm (ambas),
respectivamente.
Nos trechos da adutora existem 03 registros de controle, 01 válvula de descarga, 04
ventosas e 02 dispositivos anti-golpe aríete.
5.1.6. Reservação
O município de Macaíba conta com dois reservatórios elevados, sendo: o denominado
R1 localizado dentro da área do Escritório Local da CAERN no centro de Macaíba e o
denominado R2 no bairro de Lagoa Grande. A construção de ambos é em concreto
armado, com uma única câmara, em formato cilíndrico e as capacidades de
reservação dos dois são de 1.000m³ cada.
O R1 começou a operar no ano de 1974 e o R2 em 1993. 76
(a) (b)
Figura 23 - Reservatório elevado R1 (a); Problemas estruturais no R1 (b).
Figura 24 - Problemas de infiltração na estrutura interna do R1.
79
5.1.7.1. Boosters
Para atendimento de áreas críticas da cidade, devido à insuficiência de pressões na
rede, foram instalados quatro boosters, os quais estão especificados na tabela 33.
As estruturas civis dos boosters encontram-se com necessidade de pequenos reparos
e pintura. A área, na qual os boosters se encontram, é isolada (casa). Os conjuntos
elevatórios não possuem bomba reserva. Não há instalações elétricas expostas nos
boosters.
Segundo informações do Chefe de Escritório Local da CAERN, não existe um
programa de manutenção preventiva das estruturas civis, hidráulicas e nem
eletromecânicas dos boosters, sendo a mesma somente corretiva.
No verão, quando aumenta a demanda de água no município, os boosters não
conseguem abastecer os bairros localizados nas partes altas, ficando o abastecimento
dos mesmos sendo feito através de caminhão-pipa.
Tabela 33 - Características dos conjuntos elevatórios dos Boosters da área
urbana.
Especificação
81
(a) (b)
Figura 29 - Booster Alto da Raiz (a); Booster Morada da Fé (b).
83
Tabela 34 - Resultado de Análises de água físico-químicas e bacteriológica.
84
87
Para obtenção das perdas físicas de água do sistema é realizado o seguinte cálculo:
𝑽𝒅𝒊𝒔𝒕−𝑽𝒄𝒐𝒏𝒔
𝑰𝑷𝑭𝑰𝑺 = 𝑽𝒅𝒊𝒔𝒕
× 𝟏𝟎𝟎 (Equação 1)
sendo:
IPFIS – índice de perdas físicas;
Vdist – volume distribuído;
Vcons – volume consumido.
𝑽𝒅𝒊𝒔𝒕−𝑽𝒄𝒐𝒏𝒔
𝑰𝑷𝑳𝑰𝑮 = 𝑳𝒄𝒂𝒅
(Equação 2)
sendo:
IPLIG – índice de perdas físicas por ligação;
Vdist – volume distribuído;
Vcons – volume consumido;
Lcad – ligações cadastradas.
População (habitantes)
É importante salientar que não se torna possível, a partir dos dados disponíveis, o
carregamento integral da matriz de balanço hídrico, para a obtenção dos indicadores
preconizados pela IWA, tampouco estimativas quanto ao rateio destas perdas totais,
entre as parcelas de perda real e aparente.
De acordo com a tabela 37, o sistema de abastecimento de água conta com 13.764
ligações cadastradas, sendo 6.244 com hidrômetro, gerando, portanto, um índice de
hidrometração de 45,36%. Esta análise nos permite concluir que o índice de
micromedição no município é baixo.
6%
22%
72%
Conforme apresentado na figura 29, pode-se observar que apenas 72% das ligações 90
totais estão ativas.
95,17%
56,0%
De acordo com a figura 31, as ligações faturadas correspondem a mais de 100% das 92
ligações ativas, porém 56,0% são faturadas e medidas, restando 45,1% para ligações
faturadas não medidas, as quais estão suscetíveis a estimativas. Vale ressaltar que a
soma entre ligações faturadas medidas e não medidas excedem os 100%, devido à
CAERN somar ao cálculo de faturamento, as ligações cortadas que estão faturando
apenas esgoto e as ligações cortadas que ainda pagam débito de parcelamento.
90,7%
Receitas
Receitas Operacionais com Água Saldo de
Operacionais
(R$/ano) Arrecadação Contas a
Totais - Água
(R$/ano) Receber
e Esgoto
(R$/ano)
Direta Indireta Total (R$/ano)
3.211.161,44 323.003,97 3.534.165,41 3.570.086,77 3.266.579,83 23.166.396,13
Fonte: CAERN, Assessoria de Gestão Empresarial, 2009.
Com base nos dados da tabela 41, tem-se que a receita operacional direta com água
corresponde a 90,86% da receita operacional total com água, sendo 9,14% referente à
receita indireta.
A receita total com água corresponde a 98,99% da receita total com água e esgoto do
município. Nota-se que o saldo em contas a receber é aproximadamente seis vezes a
mais que a receita operacional anual com água e esgoto. A tabela 42 apresenta a taxa
de inadimplência anual do município.
85,7%
1.006.145 1.079.039
803.041
296.091
3.252
Ainda segundo a mesma resolução, o preço de venda de água nas captações será de
R$ 5,71/m3 (cinco reais e setenta e um centavos por metro cúbico) e para as
Associações de Chafarizeiros será de R$ 4,58/usuário/mês (quatro reais e cinquenta e
oito centavos por usuário por mês), desde que os associados estejam enquadrados
nos critérios de uma das tarifas da Classe Social, estabelecidos nesta Resolução. O 97
preço de venda de água nas captações e adutoras e aos órgãos dos governos federal,
estadual e municipal, destinada exclusivamente às populações de baixa renda, não
abastecidas por rede pública, será de R$ 2,53/m 3 (dois reais e cinquenta e três
centavos por metro cúbico), salvo nos casos previstos em Resolução ou Norma
Interna da Empresa.
104
Conforme pode ser observado nas fotos acima, a área de localização do poço
subterrâneo encontra-se com as estruturas abandonadas, necessitando de limpeza do
terreno. A bomba e as estruturas civis, hidráulicas e elétricas do poço encontram-se
em bom estado de conservação.
105
(a) (b)
Figura 38 - Área de localização do poço subterrâneo do Sítio Pé do Galo (a);
Poço subterrâneo do Sítio Pé do Galo (b).
(a) (b)
Figura 39 - Área do poço subterrâneo do Sítio Pé do Galo (a); Quadro de
comando do poço subterrâneo (b).
Conforme pode ser observado nas fotos acima, a área de localização do poço
subterrâneo encontra-se com as estruturas abandonadas, necessitando de limpeza do
terreno. A bomba e as estruturas civis, hidráulicas e elétricas do poço encontram-se
em bom estado de conservação.
No Sítio Pé do Galo, existe um funcionário da Prefeitura Municipal de Macaíba,
responsável pelo controle e operação do poço subterrâneo.
109
111
5.3.1. Comunidade Mangabeira
A gestão do sistema da comunidade Mangabeira é realizada pelo SAAE de São
Gonçalo do Amarante. A captação para o abastecimento da comunidade Mangabeira
é realizada através de cinco poços tubulares, sendo três com 30m de profundidade e
dois com 60 m de profundidade, com DN 6” e vazão de 8m³/h.
(a) (b)
Figura 41 - Poço subterrâneo da Comunidade Mangabeira (a); Quadro de
comando do poço subterrâneo (b).
Os cinco poços tubulares abastecem além da Comunidade Mangabeira, mais duas
comunidades pertencentes ao município de São Gonçalo do Amarante: Loteamento
Monte Castelo e Loteamento Santa Rosa.
O sistema funciona sem bomba reserva. O tratamento da água é realizado através da
aplicação de cloro no poço, sendo utilizado 500g/dia, através de um sistema de
gotejamento da solução de cloro diluído em água.
112
113
(a) (b)
Figura 43 - Poço subterrâneo da comunidade Ladeira Grande (a); Quadro de
comando do poço (b).
Figura 44 - Comunidade Ladeira Grande.
Sítio Araçá 24 81
Fazenda Arapiranga 08 07
Sítio Betulia 24 81
Fazenda Cajazeiras 18 39
Fazenda Canaã 19 64
Fazenda Guarapes 23 35
Sítio Gundelo 33 87
Sítio Jundiaí 05 17
Loteamento Brasil ND ND
Sítio Macambira 23 48
Sítio Novo 14 30
Continuação da Tabela 55 - Dados das comunidades rurais abastecidas por
Sistemas Independentes geridos por Associações Comunitárias.
Fazenda Oiticica 10 34
Sítio Olheiro 14 19
Sítio os Torrões 10 37
Sistemas Independentes – Associações Comunitárias
Engenho Pacatuba 21 71
Sítio Pavilhão ND ND
Sítio Pedreira 25 84
Fazenda Primavera 13 18
Sítio Retirada 07 54
Continuação da Tabela 55 - Dados das comunidades rurais abastecidas por
Sistemas Independentes geridos por Associações Comunitárias.
Fazenda Retirada 07 24
Sítio Retiro 19 51
Fazenda Santa Fé 50 ND
Fazenda Transval 14 17
Fazenda Uberaba 09 24
124
5.4.1. Comunidade Jundiaí
A comunidade Jundiaí é abastecida pelo sistema da Escola Agrícola de Macaíba.
125
128
129
A distribuição é feita por gravidade, através de reservatório elevado. A água não passa
por nenhum tipo de tratamento.
A comunidade possui 117 casas na área de Macaíba e 32 casas na área de São
Gonçalo do Amarante. A comunidade (cerca de 60 casas) paga uma taxa de R$ 8,00
para o Conselho Comunitário (Sr. Genival) realizar a gestão do sistema.
131
132
(a) (b)
Figura 61 - Poço perfurado pelo PAPP/RN (a); Quadro de comando do poço (b).
Figura 62 - Reservatório elevado construído pelo Programa de Apoio ao
Pequeno Produtor Rural – PAPP/RN.
O sistema de esgotamento sanitário é feito por meio de fossa negra individual e as 133
águas servidas (cozinha, lavatórios e banho) são jogadas no próprio terreno onde se
encontram as casas.
O lixo da comunidade é queimado, enterrado ou jogado em terrenos baldios.
cerca de 10% da mesma é de cimento amianto, a qual já está sendo substituída. Além
disso, o sistema não possui não possui setorização, dificultando assim, as
intervenções para manutenção e operação. Não há nenhum tipo de monitoramento de
pressões na rede de distribuição, nem programas de manutenção preventiva e de
limpeza de tubos. A manutenção é somente corretiva e seus serviços são priorizados
de acordo com a gravidade do problema. É necessária a realização de 12 manobras
para abastecimento da zona urbana do município.
Porém, o maior problema observado no sistema distribuidor é a inexistência de um
cadastro técnico das redes. O cadastro de redes é a base imprescindível para se
estudar, compreender e implementar intervenções nas redes, que vão desde reparos
de vazamentos até o gerenciamento de zonas de medição e controle.
Outro fator muito marcante na análise do sistema distribuidor é a total ausência de
macromedidores, ou mesmo de atividades rotineiras de pitometria. As vazões
informadas e utilizadas por base em todas as análises são estimadas por métodos
empíricos e rudimentares, não auferindo confiabilidade aos indicadores vigentes.
Pelo exposto acima, torna-se quase impossível diagnosticar as condições
operacionais das redes distribuidoras. Para que isto seja possível, é necessário que
sejam implementadas algumas ações de base como atualização cadastral, setorização
e macromedição, a partir de onde os diagnósticos poderão ser numericamente
analisados, e efetivamente embasar a análise de perdas, condições das redes,
volumes disponibilizados, etc.
As estruturas civis dos boosters encontram-se com necessidade de pequenos reparos
e pintura. Os conjuntos elevatórios não possuem bomba reserva. Não há instalações
elétricas expostas nos boosters.
Segundo informações do Chefe de Escritório Local da CAERN, não existe um
programa de manutenção preventiva das estruturas civis, hidráulicas e nem
eletromecânicas dos boosters, sendo a mesma somente corretiva.
No verão, quando aumenta a demanda de água no município, os boosters não
conseguem abastecer os bairros localizados nas partes altas, ficando o abastecimento
dos mesmos sendo feito através de caminhão-pipa.
Existe na CAERN um projeto de Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água do
município de Macaíba, elaborado em parceria com o Governo do Estado do Rio 138
abastecimento de água.
Atualmente não há nenhuma previsão de investimentos nos sistemas de água e
esgoto da zona rural, por parte do SAAE de São Gonçalo do Amarante.
O sistema funciona sem bomba reserva e, apesar de possuir tratamento, os
moradores consideram a água “pesada”. São realizadas análises mensais da água do
reservatório e corrigida a quantidade de cloro, se necessário.
A rede de distribuição constantemente apresenta vazamento, porém o mesmo só
acontece devido ao transporte de veículos pesados no local.
Mesmo com um sistema de abastecimento implantado, existem casas nas
comunidades que não possuem ligação, portanto, o abastecimento das mesmas é
realizado através de caminhão-pipa.
ligações domiciliares.
Não existe cadastro técnico da rede implantada e esta possui mais de 20 anos de
assentamento. As redes são em manilha de cerâmica de DN 100 a 200mm.
Não existe programa de manutenção preventiva, apenas corretiva quando há
necessidade.
Os extravasamentos e entupimentos ocorrem com baixa freqüência, sendo uma ou
duas ocorrências mensais. A desobstrução da rede é realizada através de
hidrojateamento.
Os vazamentos e rupturas ocorrem devido à rede ser antiga, sendo uma ocorrência a
cada dois meses.
Não existe cadastro técnico das redes. As ocorrências de má qualidade das redes são
devidas ao desgaste natural da rede que já opera acima da sua vida útil. Atualmente a
rede encontra-se subdimensionada.
O transporte de esgoto no emissário é feito por gravidade para uma fossa séptica,
seguida de sumidouro, que lança os efluentes no Rio Jundiaí.
Segundo informações do chefe de Escritório Local da CAERN, os resíduos da fossa
séptica são lançados numa lagoa de descarte para ressecamento. A eficiência no
tratamento é em torno de 90%.
O restante do município, que não é atendido com sistema de esgotamento sanitário,
adota como formas de afastamento dos esgotos da população, a solução individual
através de: fossas negras, lançamentos indevidos dos dejetos nas galerias de águas
pluviais e lançamentos a céu aberto.
Existe um projeto do Governo do Estado do Rio Grande do Norte – Secretaria de
Transportes e Obras Públicas (STOP) em parceria com a CAERN, de Estudos de
Concepção Básica e Projeto Básico e Executivo para o Sistema de Coleta e
Tratamento de Esgotos da área urbana do município de Macaíba, elaborado no ano de
2001 pela empresa HIDROSERVICE Engenharia Ltda. As obras do projeto estão em
andamento, porém o sistema de esgotamento sanitário ainda não está em
funcionamento.
142
144
(a) (b)
Figura 67 - Medidor de vazão – calha Parshall (a); Gradeamento (b).
145
(a) (b)
Figura 69 - Lagoa aerada inoperante (a); Bolhas de gases na lagoa aerada
inoperante (b).
O sistema de tratamento das lagoas aeradas possuía dez aeradores funcionando, mas
alguns foram roubados e outros estão inoperantes, restando apenas quatro em
funcionamento.
O sistema possui apenas uma estação de bombeamento de efluente industrial, que
fica localizada na mesma área da ETE. A estação de bombeamento possui quatro
bombas, onde duas estão operando e duas são reserva. As bombas que estão em
funcionamento são: uma de entrada de efluentes que recalca para as lagoas aeradas,
e uma de saída que recalca os efluentes tratados para lançamento no rio Jundiaí.
146
A manutenção nas redes de coleta é apenas corretiva e existem poços de visita que
raramente extravasam ou obstruem o que ocorre, às vezes, por descuido de alguma
indústria têxtil.
A rede está bem dimensionada e são em material PVC, concreto e PVC com fibra de
vidro.
Os vazamentos e rupturas ocorrem com pouca freqüência, causados por erosões
esporádicas.
O monitoramento da qualidade dos efluentes é feito semanalmente. Os pontos de
coleta são: na entrada das lagoas, em diferentes pontos da lagoa e no descarte final.
O sistema de esgotamento sanitário do CIA apresenta problemas mecânicos,
problemas na construção e problemas nos aeradores.
Como observado na tabela acima, o diâmetro da rede coletora varia entre 150 e 148
250mm e a mesma é de PVC.
Conforme citado anteriormente, os esgotos coletados na Bacia B1 e B2 encaminharão
os esgotos até uma estação elevatória, denominada EEB-1, e desta o esgoto será
recalcado para a estação de tratamento de esgoto e no seu percurso o emissário de
recalque receberá a contribuição da elevatória EEB-2. Enquanto a bacia B3
encaminhará o esgoto para a elevatória EEB-2.
LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO
PARÂMETROS
Anaeróbias Facultativas
Quantidade 2 4
Vazão unitária (l/s) 24,97 12,4
Largura (m) 21,5 33,5
Comprimento (m) 86 134
Profundidade (m) 3,5 1,7
Tempo de detenção (dias) 3,0 7,2
Elaboração: HIDROSERVICE (2001)
151
Tabela 61 - Resultado de Análises de Águas Residuárias físico-químicas e bacteriológica.
152
99,7%
De acordo com a figura 71, o sistema de esgotamento sanitário conta com 322
ligações cadastradas, sendo 99,7% das mesmas ligadas em uma rede condominial e 154
0,3% ligadas na rede do tipo convencional.
Conforme apresentado na tabela 62, pode-se observar que 96,58% das ligações totais
estão ativas.
96,89%
Não Faturadas
De acordo com a figura acima, 100% das ligações não são faturadas, as quais estão 156
suscetíveis a estimativas.
88%
0,6%
158
21,2%
1,9%
76,3%
Faixa Nº
%
Populacional Municípios
9.2. METODOLOGIA
Neste item será apresentada a metodologia a ser usada para se determinar a
evolução da população ao longo do período de estudo do plano, que foi definido como
sendo de 30 anos, com início em 2011 e estendendo-se até 2041.
Neste sentido, a metodologia será apresentada conforme a seguinte seqüência de
análise:
- Fonte de Informações;
- Estudos Existentes;
- Métodos para Previsões Populacionais;
- Critérios para Determinação das Populações Total, Urbana, Rural e Distrital do
Município.
- Fonte de Informações
Como fontes de informações para a estimativa de evolução populacional do município
de Macaíba serão utilizados os dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatísticas – IBGE: censos demográficos de 1991, 2000, além da contagem
populacional de 2007 e a estimativa de 2009.
- Estudos Existentes:
Foram levantadas informações de estudos existentes, onde constem previsões
populacionais, com o objetivo de se buscar, quando possível, manter uma coerência
entre estas previsões e as levantadas no presente estudo, de modo que não co-
existam informações muitas vezes, totalmente discrepantes e que levam a resultados
muito diferentes nas etapas posteriores dos estudos, tais como, previsões de 163
𝑷 = 𝑷𝟎 + 𝑵 − 𝑴 + (𝑰 − 𝑬)
Onde:
- 𝑃 e 𝑃0 são respectivamente, as populações numa data determinada e a população no
do período dos estudos;
- (N - M) representa o crescimento vegetativo no período, sendo N e M os nascimentos
e mortes no período, respectivamente;
- (I - E) representa o crescimento social do período, sendo I as imigrações e E as
emigrações no mesmo período.
município (TxUrb) ao longo do tempo. Para tanto, serão utilizadas as informações dos
Censos, do SNIS e as disponibilizadas pela CAERN, que servirão para se determinar
uma curva de tendência para as taxas de urbanização ao longo do horizonte do
presente estudo. Neste sentido, serão adotadas as mesmas metodologias
matemáticas que foram usadas para a previsão populacional; sendo, entretanto,
possível fazer-se ajustes que se mostrarem coerentes com a vocação do município
para as atividades rurais ou urbanas e de suas expectativas futuras.
A população rural será determinada pela diferença entre a população total e urbana.
Para o caso dos distritos será admitido que os mesmos sigam as mesmas tendências
das áreas, rural ou urbana em que estiverem inseridos. Será calculada a fração
populacional atual do distrito em relação à população urbana ou rural e admitido que a
mesma se mantenha ao longo do período de estudo.
Taxa de Urbanização
Ano 167
(%)
1991 66,8
2000 65,7
2007 63,3
P2 P0
Ka
t2 t0
Pt P0 K a .(t t 0 )
Onde:
Pt = população estimada no ano t;
lnP2 lnP0
Kg
t2 t0
K g .(t t 0 )
Pt P0 .e
Onde:
Pt = população estimada no ano t;
Para este método existe outra forma de calcular a população de projeto de acordo com
a razão de crescimento geométrico (q) no período conhecido.
𝒕𝟏 −𝒕𝟎 𝑷𝟏
𝒒=
𝑷𝟎
𝑷𝒕 = 𝑷𝟎 . 𝒒𝒕−𝒕𝟎
Pt P0 .(1 r)t
Onde:
Pt = população estimada no ano t;
Pt P0 c . ln(t)
Ou
c
Pt P0
e.t
Onde:
Pt = população estimada no ano t;
P0 = população inicial no ano t0;
P1 = população estimada no ano t1, t1 >t0;
c = Constante de crescimento logarítmico.
Ps
P0 .P2 P1
2
c
Pt P0
e.t
Onde:
Pt = população estimada no ano t;
Ps = população de saturação;
Ps
P0 .P2 P1
2
(Ps P0 )
c
P0
1 P .(P - P )
Kl = .ln[ 0 s 1 ]
t 2 - t1 P1 .(Ps - P0 )
Ps
Pt
1 c.e K l .(t t 0 )
ln(c)
Tempo inflexão t 0
K1
172
Ps
População inflexão
2
Onde:
Pt = população estimada no ano t;
Ps = população de saturação;
Taxa Relatório
Ano Aritmética Geométrica Exponencial Logarítmica Logística
Decrescente VBA
140.000
130.000
120.000 Aritmética
Geométrica
110.000
Exponencial
100.000 Logarítmica
Taxa Decrescente
90.000
Logistica
80.000 Relatório VBA
70.000
60.000
2.005 2.010 2.015 2.020 2.025 2.030 2.035 2.040 2.045 174
Para o presente plano será adotada, a projeção obtida pelo método aritmético que
apresenta maior coeficiente de determinação. Esta projeção prevê para fim de plano,
uma população total de 106.510 habitantes, correspondente a um aumento de 58% da
população, no período 2010/2041.
O coeficiente de determinação obtido é de 0,9995, o que significa que a regressão tem
99,95% de confiabilidade matemática.
Na Figura 77 e Tabela 77, apresentamos os dados específicos da projeção aritmética.
REGRESSÃO`ARITMÉTICA
70.000
60.000
População ( hab )
50.000
40.000
y = 1.261,0893x - 2.467.373,0226
30.000 R² = 0,9995
20.000
10.000
0 175
1990 1995 2000 2005 2010
Período (anos)
Figura 77 - Gráfico da Regressão Aritmética.
Taxa de Crescimento
Ano População (hab.)
Anual (%)
2010 67.416
2015 73.722 1,80
2020 80.027 1,65
2025 86.333 1,53
2030 92.638 1,42
2035 98.944 1,33
2040 105.249 1,24
2041 106.510 1,20
9.6. PREVISÃO DA POPULAÇÃO URBANA E RURAL
A fim de se avaliar como se dará a evolução da taxa de urbanização do município,
adotou-se a mesma metodologia matemática utilizada para as projeções
populacionais, tomando-se como base os dados das tabelas do item 9.3.
Como as taxas de urbanização tem se mantido muito estáveis nestes períodos, as
projeções produzem crescimento muito modesto das taxas. Deste modo, para se criar
um cenário mais favorável de crescimento urbano adotou-se a hipótese de que as
taxas de urbanização vão variar de 65,5% em 2011 a 80,5% no final do plano.
Com base nesta projeção é possível obter-se a evolução anual da população urbana
do município. A população rural é obtida pela diferença entre a população total e
urbana. Estes dados são apresentados na Tabela 78.
176
Tabela 78 - População Total, Urbana e Rural de Projeto.
População
Tx Urb População População
Ano Total
(%) Urbana (hab.) Rural (hab.)
(hab.)
2011 65,5 68.678 44.984 23.694
2012 66,0 69.939 46.160 23.779
2013 66,5 71.200 47.348 23.852
2014 67,0 72.461 48.549 23.912
2015 67,5 73.722 49.762 23.960
2016 68,0 74.983 50.988 23.995
2017 68,5 76.244 52.227 24.017
2018 69,0 77.505 53.479 24.027
2019 69,5 78.766 54.743 24.024
2020 70,0 80.027 56.019 24.008
2021 70,5 81.288 57.308 23.980
2022 71,0 82.550 58.610 23.939
2023 71,5 83.811 59.925 23.886 177
2024 72,0 85.072 61.252 23.820
2025 72,5 86.333 62.591 23.742
2026 73,0 87.594 63.944 23.650
2027 73,5 88.855 65.308 23.547
2028 74,0 90.116 66.686 23.430
2029 74,5 91.377 68.076 23.301
2030 75,0 92.638 69.479 23.160
2031 75,5 93.899 70.894 23.005
2032 76,0 95.160 72.322 22.839
2033 76,5 96.422 73.762 22.659
2034 77,0 97.683 75.216 22.467
2035 77,5 98.944 76.681 22.262
2036 78,0 100.205 78.160 22.045
2037 78,5 101.466 79.651 21.815
2038 79,0 102.727 81.154 21.573
2039 79,5 103.988 82.671 21.318
2040 80,0 105.249 84.199 21.050
2041 80,5 106.510 85.741 20.769
9.7. PREVISÃO DA POPULAÇÃO DOS DISTRITOS
Para projeção das populações tanto dos distritos urbanos quanto rurais, vamos admitir
para fins deste plano, que os mesmos terão a mesma dinâmica de crescimento dos
segmentos populacionais em que estão inseridos, ou seja, urbano ou rural.
Deste modo, admitimos que o mesmo percentual relativo existente atual, conforme
contagem do IBGE de 2007 se mantenha ao longo do período do plano.
Esta metodologia, apesar de não ser a melhor possível, em um estudo populacional,
pode ser considerada bastante aceitável no contexto de um Plano de Saneamento,
que tem um caráter mais genérico, do que o de um projeto específico.
178
179
CENÁRIOS PROSPECTIVOS E CONCEPÇÃO DE
ALTERNATIVAS; E, COMPATIBILIZAÇÃO COM OS
DEMAIS PLANOS SETORIAIS
10. METODOLOGIA
Para definição da concepção a ser adotada para os sistemas de abastecimento de
água e de esgotamento sanitário é necessário que se analise as condições atuais de
cada um, e a partir daí fazer-se o prognóstico para as condições futuras. Para
atendimento a estes requisitos adotou-se a metodologia descrita a seguir.
Em primeiro lugar, será feita a projeção das demandas futuras de água para
abastecimento e das vazões de esgoto produzidas, com base nos índices e
parâmetros atuais e nos critérios de projeção que serão previamente definidos neste
estudo.
A seguir será avaliada a disponibilidade hídrica existente na região que,
conjuntamente com as informações anteriores darão subsídios para se definir a
concepção mais adequada para o sistema de abastecimento de água. Da mesma
forma será analisada a concepção atual do sistema de esgotamento sanitário, que
servirá como base para se propor a concepção mais adequada a ser adotada ao longo
do horizonte do plano. Também serão analisadas as condições atuais de 180
rígido para esgoto com junta elástica – é prudente considerarmos a mesma taxa de
infiltração de 0,25 l/s/km.
I – atender com abastecimento de água tratada a 100% (cem por cento) do universo
da população urbana dos municípios concedentes em até 05 (cinco) anos.
II – atender com esgotamento sanitário a no mínimo 40% (quarenta por cento) do
universo da população urbana dos municípios concedentes, em até 05 (cinco) anos;
III – atender com esgotamento sanitário a no mínimo 70% (setenta por cento) do
universo da população urbana dos municípios concedentes, em até 10 (dez) anos;
IV – atender com esgotamento sanitário a 100% (cem por cento) do universo da
população urbana dos municípios concedentes, em até 15 (quinze) anos.
Porém para o presente estudo de concepção, a referida lei não foi considerada.
No caso do município de Macaíba, o índice de atendimento urbano de água atual é de
95%, e de esgotamento sanitário 3%, o que significa que do ponto de vista de
cobertura do atendimento de água existe um déficit de 5% atualmente, assim, a
previsão é atingir a cobertura de 100% no ano de 2013 e, a partir daí, manter a
cobertura de atendimento no horizonte de plano. Já para o sistema de esgotamento
sanitário, foi proposto que o índice de atendimento urbano cresça gradativamente,
atingindo 70% no ano de 2012, 86% em 2013 e a universalização no ano de 2016.
A universalização dos serviços de atendimento com água e esgoto está prevista em
curto prazo, devido à existência de investimentos para ampliação e melhorias dos
sistemas do município de Macaíba.
O índice de tratamento dos esgotos deverá acompanhar o índice estabelecido para
coleta, ou seja, 100% dos esgotos coletados deverão ser tratados.
Deste modo, acreditando-se que serão tomadas medidas para melhoria das condições
de abastecimento de água do município, vamos admitir que o valor do consumo per
capita varie na faixa de 75,15 l/hab.dia até 150 l/hab.dia no período de 2011 a 2021,
mantendo-se então constante para o restante do período do plano.
Número de Vazão
Comunidades Abastecidas Pop. Pop. de Demanda Demanda
residências no de
pelas Associações Atual Projeto Média Máxima
Fim de Plano Esgoto
Comunitárias (hab) (hab)
(unid.) m³/h m³/h m³/dia
Sítio Curralinho 396 614 143 2,56 3,07 59,0
Sítio Ferreiro Torto 645 1.000 232 4,17 5,00 96,0
Sítio Guajiru 124 192 45 0,80 0,96 18,5
Engenho Japecanga 114 177 41 0,74 0,88 17,0
Fazenda Jundiaí 329 510 118 2,13 2,55 49,0
Sítio Lagoa do Sítio 129 200 46 0,83 1,00 19,2
Fazenda Lagoa da Tapara 310 481 112 2,00 2,40 46,2
Sítio Lagoa da Tapara 263 408 ND 1,70 2,04 39,2
Fazenda Lagoa Seca 574 890 207 3,71 4,45 85,5
Sítio Lamarão 521 808 188 3,37 4,04 77,6
Loteamento Bela Vista II 5.651 8.764 2.035 36,52 43,82 841,3 195
Lot. Jardim Pingo D’água 604 937 217 3,90 4,68 89,9
Sítio Moita Verde 155 240 56 1,00 1,20 23,1
Sítio Passagem do Vigário 203 315 73 1,31 1,57 30,2
Fazenda Peri Peri 155 240 56 1,00 1,20 23,1
Sítio Pitimbu da Cruz 144 223 52 0,93 1,12 21,4
Sítio Raros 124 192 45 0,80 0,96 18,5
Sítio Residência do DNER 417 647 150 2,69 3,23 62,1
Fazenda Reta Tabajara 111 172 40 0,72 0,86 16,5
Sítio Riacho do Sangue 945 1.466 340 6,11 7,33 140,7
Fazenda São Lourenço 144 223 52 0,93 1,12 21,4
Sítio Sede Campestre 948 1.470 341 6,13 7,35 141,1
Sítio Sucavão dos Gomes 191 296 69 1,23 1,48 28,4
Sítio Tabatinga 178 276 64 1,15 1,38 26,5
Sítio Tabatinga dos Romões 479 743 172 3,10 3,71 71,3
Fazenda Trairas 197 306 71 1,27 1,53 29,3
Sítio Trairas 157 243 57 1,01 1,22 23,4
Comunidade Tapara 468 726 168 3,02 3,63 69,7
12. CONCEPÇÃO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
qualidade química, com baixos teores de sódio, podendo ser utilizada praticamente
para todos os fins. Os poços do Aqüífero Cristalino apresentam uma vazão média
baixa de 3,05 m³/h e uma profundidade de até 60m, com águas comumente
apresentando alto teor salino de 480 a 1.400 mg/l com restrições para consumo
humano e uso agrícola. Já no Aqüífero Aluvião, os poços perfurados apresentam alta
permeabilidade, boas condições de realimentação e uma profundidade média em
torno de 7 metros, sendo a qualidade da água geralmente boa e pouco explorada.
Segundo o CPRM (2005), o levantamento realizado no município de Macaíba registrou
a existência de 161 pontos d’ água, sendo todos poços tubulares. Com relação à
propriedade dos terrenos, existem 59 pontos d’ água em terrenos públicos, 102 em
terrenos particulares. Em relação ao uso da água, 28% dos pontos cadastrados são
destinados ao uso doméstico primário (água de consumo humano para beber), 30%
são utilizados para o consumo doméstico secundário (água de consumo humano para
uso geral), 9% para a agricultura, 12% para dessedentação animal e 21% para outros
usos.
Informações constantes no relatório do “Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento
por Água Subterrânea” realizado pelo CPRM- Serviço Geológico do Brasil em 2005
indicam que 86% dos poços cadastrados no município de Macaíba apresentavam
águas doces, conforme ilustrado na figura a seguir.
198
específicos para cada caso, entretanto, para fins de previsões de investimento vamos
adotar no presente estudo a hipótese de que o abastecimento das comunidades será
feito através de: melhoria nos sistemas já existentes, implantação de sistema de
tratamento onde necessário, instalação de chafariz (entre 20 e 100 residências),
instalação de cisternas (< 20 residências) e manutenção dos Sistemas Coletivos de
Abastecimento de Água. Vamos adotar ainda para algumas comunidades o Sistema
Isolado, constituído de poço profundo, reservatório e rede de distribuição.
As comunidades que possuem captação em poços profundos, com boa qualidade da
água, continuarão sendo abastecidas pelos mesmos. No restante da zona rural o
abastecimento deve ser realizado a partir da perfuração de novos poços ou a partir de
açudes próximos as comunidades. A utilização desses mananciais deve estar aliada a
tratamentos para melhoria da qualidade da água, incluindo a instalação de
dessalinizadores quando necessário.
de distribuição).
Com base nestas informações e na projeção das demandas máximas diárias, serão
calculados os déficits globais de reservação, e se haverá necessidade de ampliações
ao longo do horizonte do plano.
B) Necessidades de Substituições
Foram também estimadas as potenciais necessidades de substituições de
hidrômetros, de ligações domiciliares e de redes de distribuição de água por
deterioração com o tempo e qualidade do material (cimento amianto). Para tanto foram
considerados os seguintes critérios:
- Hidrômetros: Como a vida útil média de hidrômetros é da ordem de 10 anos, é
recomendável a substituição total do parque de hidrômetros existente até 2016; para o
restante do período vamos adotar uma taxa anual de substituição de 10%, a partir de
2017;
- Ligações Domiciliares de Água: A má qualidade das ligações de água está entre
os principais responsáveis pelas perdas físicas nos sistemas de distribuição. Por este
motivo, e dado ao elevado índice de perdas atual, é fundamental uma campanha de
substituição de parte das ligações existentes em curto prazo. Porém, no sistema em
questão, as perdas físicas geralmente são decorrentes de fraudes e quebramentos
propositais e não da qualidade dos materiais. Por este motivo, só serão realizadas
substituições no período de 2017/2041 a uma taxa de 1% ao ano;
- Redes de Distribuição de Água: A má qualidade da rede de distribuição é um dos
fatores responsáveis por rupturas e pelo nível de perdas físicas de água. Deste modo,
é recomendável que a parte mais deteriorada da rede seja substituída. Como a rede
de distribuição do município de Macaíba possui apenas 10% do total constituída de
cimento amianto, vamos adotar como critério de apuração, que estas tubulações serão
substituídas no período de 2012 a 2016 a uma taxa de 2,0% ao ano. Para as futuras
necessidades de substituição de redes por problemas de deterioração da qualidade
dos materiais das tubulações, vamos adotar uma taxa de 1,5% ao ano no período
2017/2041.
B) Necessidades de Substituições
Estimaram-se também as potenciais necessidades de substituições de ligações
domiciliares e de redes coletoras de esgotos por deterioração com o tempo. Para tanto
foram considerados os seguintes critérios:
- Ligações Domiciliares de Esgotos: não foram previstas substituições até o ano de
2016, para o período restante 2017/2041 foram previstas substituições a uma taxa de 205
0,25% ao ano;
- Redes Coletoras de Esgotos: não foram previstas substituições nas redes coletoras
de esgoto até o ano de 2016, para o período restante 2017/2041 foram previstas
substituições a uma taxa de 0,25% ao ano.
ANO LIG.
HIDRÔM. REDES
DOMIC.
(unid) (m)
(unid)
2011 0 0 0
2012 1.098 0 3.788
2013 1.098 0 3.788
2014 1.098 0 3.788
2015 1.098 0 3.788
2016 1.098 0 3.788
2017 992 99 2.841
2018 1.212 121 2.841
2019 1.242 124 2.841
2020 1.271 127 2.841
2021 1.301 130 2.841
211
2022 1.330 133 2.841
2023 1.361 136 2.841
2024 1.391 139 2.841
2025 1.422 142 2.841
2026 1.453 145 2.841
2027 1.484 148 2.877
2028 1.516 152 2.939
2029 1.548 155 3.001
2030 1.580 158 3.063
2031 1.613 161 3.127
2032 1.646 165 3.190
2033 1.679 168 3.254
2034 1.712 171 3.319
2035 1.746 175 3.385
2036 1.780 178 3.451
2037 1.815 181 3.517
2038 1.849 185 3.584
2039 1.884 188 3.652
2040 1.919 192 3.720
2041 1.955 195 3.789
Tabela 89 - Ações anuais para Universalização do Sistema de Abastecimento de
Água.
PRODUÇÃO RESERVAÇÃO REDE DE ÁGUA LIGAÇÕES DE ÁGUA HIDRÔMETROS
ANO EXECUÇÃO EXECUÇÃO TOTAL TOTAL TOTAL
(m³/h) Nº (m³) m unid unid
2011 0 0 0
2012 3.788 0 1.984
2013 3.788 0 1.984
2014 3.788 0 1.984
2015 3.788 0 1.984
2016 120,0 2 3.788 0 1.984
2017 2.841 2.303 992
2018 2.841 412 1.212
2019 2.841 417 1.242
2020 2.841 423 1.271
2021 200,0 3 1.000 2.841 429 1.301
2022 2.841 435 1.330
212
2023 2.841 441 1.361
2024 2.841 447 1.391
2025 2.841 453 1.422
2026 120,0 2 1.000 5.287 459 1.453
2027 6.971 465 1.484
2028 7.072 472 1.516
2029 7.171 478 1.548
2030 7.271 484 1.580
2031 150,0 2 1.500 7.373 490 1.613
2032 7.474 496 1.646
2033 7.575 502 1.679
2034 7.679 508 1.712
2035 7.782 515 1.746
2036 120,0 2 1.500 7.886 521 1.780
2037 7.990 527 1.815
2038 8.095 534 1.849
2039 8.201 540 1.884
2040 8.306 547 1.919
2041 8.413 553 1.955
Total 710,0 11 5.000 165.055 13.852 48.622
14.2. AÇÕES NECESSÁRIAS PARA UNIVERSALIZAÇÃO DA COLETA E
TRATAMENTO DOS ESGOTOS
Nas tabelas 90 e 91 estão apresentadas as necessidades de implantação do sistema
de esgotamento sanitário, no que se refere a vazão de tratamento, extensão de rede
coletora e ligações. Na tabela 92 estão apresentadas as necessidades de substituição
do sistema de esgotamento sanitário, no que se refere a extensão de rede coletora e
ligações. Na tabela 93 é apresentado um resumo das ações anuais propostas para
atingir a universalização do sistema de esgotamento no município de Macaíba.
As ações previstas visam atender os seguintes objetivos:
Implantação da capacidade de tratamento em consonância com o aumento do
nível de coleta;
Implantação das redes de coleta de esgoto para acompanhamento dos
padrões de atendimento e do crescimento vegetativo;
Implantação das ligações de esgoto para acompanhamento dos padrões de
atendimento e do crescimento vegetativo; 213
Para todas as comunidades abastecidas pela CAERN, considerou-se que 95% das
residências sejam atendidas pele rede de distribuição de água.
Para as demais comunidades que possuem rede de distribuição, e possuem seus
sistemas gerenciados pelo SAAE de São Gonçalo do Amarante ou por Associações
Comunitárias, porém suas ligações não possuem hidrômetro, considerou-se que
apenas 80% das residências são atendidas pela rede de distribuição de água.
Devido à ausência de cadastro, a extensão da rede existente em cada comunidade foi
estimada através da população atual e o índice de metros por habitante considerado
(3,0 m/hab). As demais comunidades não possuem sistema de abastecimento de água
coletivo, mas devido a sua população ser superior a cem habitantes, o mesmo deve
ser instalado.
Com relação ao sistema de abastecimento de água, foram previstas as seguintes
ações para atingir a universalização dos serviços, nas comunidades rurais
pertencentes ao município de Macaíba:
Implantação de Melhorias nos Sistemas Existentes;
Implantação de Sistemas Coletivos de Abastecimento de Água (>100
residências): contemplando 13 comunidades rurais;
Instalação de Chafariz (entre 20 e 100 residências): contemplando 50
comunidades rurais;
Instalação de Cisternas (< 20 residências): contemplando 42 comunidades
rurais (armazenamento de água de chuva);
Implantação de reservatórios nas comunidades abastecidas por injeção direta
na rede de distribuição: contemplando 32 comunidades rurais;
Manutenção dos Sistemas Coletivos de Abastecimento de Água: contemplando
13 comunidades rurais, sendo apenas as que possuem sistema coletivo;
Instalação de uma Captação de Água e Dessalinizador (entre 20 e 100
residências), quando necessário: não foi prevista em nenhuma comunidade
rural, visto que as águas subterrâneas são de boa qualidade (águas doces);
Instalação de Casa de Química (Q=6m³/h), incluindo dois dosadores Hypocal,
para as comunidades que não possuem sistema de tratamento.
Nas tabelas 94, 95 e 96, estão apresentadas as ações a serem realizadas na Zona
Rural do município, com vistas à universalização do Sistema de Abastecimento de 219
C) Sistema de Distribuição
Com relação às redes de distribuição e ligações domiciliares, não serão investidos em
ampliação de redes até o ano 2026, pois a rede existente consegue atender a
população até este ano, quanto às novas ligações não haverá ampliação durante os
cinco primeiros anos.
Nos períodos restantes, as necessidades de ampliação serão por conta do
crescimento vegetativo previsto para o município, e para manter o padrão de
atendimento atual que será de 100%, o que implica em implantar um total de 67.837
metros de rede e 9.984 ligações domiciliares, ao longo do horizonte do plano.
Outro aspecto referente à rede de distribuição é a necessidade de substituições, em
virtude da má qualidade das tubulações, fato este que também é responsável pelo
elevado índice de perdas atual.
O critério adotado neste caso foi a realização de substituições de 100% da rede de
cimento amianto existente, no período de 2012 a 2016, num total de 18.940 metros.
No restante do período (2017 a 2041) serão realizadas substituições anuais a uma
taxa de 1,5% ao ano, totalizando 78.278 metros de rede.
Da mesma forma as ligações prediais também são responsáveis pelo elevado índice
de perdas atual. Porém, no sistema em questão, às perdas físicas geralmente são 226
C) Ligações de Esgoto
Da mesma forma, as ligações prediais de esgoto deverão sofrer incrementos por conta
do aumento do padrão de atendimento, num total de 19.594 ligações para atender o
crescimento vegetativo.
Ao longo do período do plano só serão realizadas substituições a partir do ano 2017 a
uma taxa de 0,25% ao ano, o que totaliza 993 ligações.
14.4.3. Comunidades Rurais
Dos planos citados acima, o município de Macaíba possui apenas a Lei Orgânica, o
Código Sanitário e o Plano Diretor do Município.
A Lei Orgânica do município não tem nenhuma correlação com o presente plano de
saneamento, apenas afirma em seus:
Título I, Capítulo II, Seção II, Artigo 12, Item IX – Promover programas de
construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de
saneamento básico;
Título IV, Capítulo III, Artigo 126, Item XV - O planejamento e execução, das
ações de controle do meio ambiente e de saneamento básico do Município;
Título IV, Capítulo V, Seção II, Artigo 172, § 1º - É prioridade essencial a
criação de núcleos residenciais, em povoados e distritos, com melhores
condições habitacionais e de saneamento básico, para fixação do homem a
terra, ficando o Poder Executivo autorizado a firmar convênios com os órgãos
competentes para tal fim.
Título V, Capítulo VII, Artigo193 - Todo e qualquer conjunto residencial, só
poderá ser entregue aos usuários pelo menos com: saneamento básico e
energia elétrica.
O Código Sanitário do município de Macaíba, em sua Lei nº 1300/2006, de 02 de
Agosto de 2006, afirma em seus:
- Título III, Capítulo I:
Artigo 14, §2º - Todo e qualquer uso do solo urbano deverá atender às
legislações específicas de meio ambiente e saneamento básico.
Artigo 15 – A Vigilância Sanitária, em conjunto com a Secretaria Municipal de
Meio Ambiente, no que pertine aos aspectos sanitários e da poluição
ambiental, prejudiciais à saúde, observará e fará observar as leis federais,
estaduais e municipais, aplicáveis, em especial, àquelas sobre o parcelamento
do solo urbano, sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e saneamento
básico.
Artigo 19 – Os serviços de saneamento básico, de abastecimento de água e 231
Investimento na Ampliação da Produção. 120,0 m³/h 320,0 m³/h 270,0 m³/h 710,0 m³/h
Curto Prazo
o Implantação de Sistema Coletivo de Abastecimento de Água em 02 comunidades
rurais, totalizando 744 ligações;
o Instalação de 08 unidades de Chafariz;
o Instalação de 72 Cisternas em 07 comunidades;
o Instalação de 05 reservatórios elevados, em 05 comunidades rurais, sendo um
para cada comunidade;
o Manutenção dos Sistemas Coletivos de Abastecimento de Água de 13
comunidades, sendo contempladas apenas aquelas que possuem sistema;
o Implantação de Sistema Coletivo com Tratamento Anaeróbio Simples em 11 239
Médio Prazo
o Implantação de Sistema Coletivo de Abastecimento de Água em 04 comunidades
rurais, totalizando 1.488 ligações;
o Instalação de 17 unidades de Chafariz;
o Instalação de 144 Cisternas em 14 comunidades;
o Instalação de 11 reservatórios elevados, em 11 comunidades rurais, sendo um
para cada comunidade;
o Manutenção dos Sistemas Coletivos de Abastecimento de Água de 13
comunidades, sendo contempladas apenas aquelas que possuem sistema;
o Implantação de Sistema de Esgotamento Sanitário em 01 comunidade
(Loteamento Bela Vista), totalizando 2.035 ligações de esgoto;
o Implantação de Sistema Coletivo com Tratamento Anaeróbio Simples em 21
comunidades rurais, totalizando 3.046 ligações;
o Instalação de 368 conjuntos caixa de gordura, tanque séptico e sumidouro, em 24
comunidades;
o Manutenção dos Sistemas Coletivos de Esgotamento Sanitário de 33
comunidades, sendo contempladas apenas as que possuem Sistema de
Esgotamento Sanitário e Sistema Coletivo com Tratamento Anaeróbio Simples.
Longo Prazo
o Implantação de Sistema Coletivo de Abastecimento de Água em 07 comunidades
rurais, totalizando 2.232 ligações;
o Instalação de 25 unidades de Chafariz;
o Instalação de 216 Cisternas em 21 comunidades; 240
A tabela abaixo traz a relação dos programas de gestão e seus respectivos anos de
investimento.
Tabela 101 - Programas e Ações de Gestão previstas no horizonte do plano.
PROGRAMAS DE GESTÃO
ATIVIDADE PERÍODO
c) Instalação de Medidores
A instalação de medidores nas saídas das captações, das estações de bombeamento
de água, dos reservatórios e em determinados pontos de distribuição de água na 245
sistema, que vão desde a captação até a distribuição propriamente dita, além de
procedimentos operacionais como lavagem de filtros e descargas na rede, quando
esses provocam consumos superiores ao estritamente necessário para operação. No
que diz respeito às perdas aparentes, as mesmas originam-se de ligações
clandestinas ou não cadastradas, hidrômetros parados ou que submedem, fraudes em
hidrômetros e outras.
A redução de perdas reais diminui os custos de produção, pois propicia um menor
consumo de energia, de produtos químicos e de outros insumos, utilizando as
instalações existentes para ampliação da oferta, sem expansão do sistema produtor.
No caso das perdas aparentes, sua redução permite aumentar a receita tarifária,
melhorando a eficiência dos serviços prestados e o desempenho financeiro do
prestador dos serviços.
Ação também premente principalmente pelas implicações financeiras decorrentes.
Dentre as ações para redução e controle das perdas, as ações para redução das
perdas aparentes (comerciais ou não-físicas) já estão contempladas pelo
recadastramento dos consumidores, pela instalação de hidrômetros em ligações não
medidas e pela substituição de hidrômetros antigos, quebrados ou violados.
Tem-se que abordar agora a implantação de modelos de “caça fraude” e a redução
das perdas reais (físicas ou vazamentos), as quais devem ser antecedidas pela
execução das ações para redução e controle de perdas aparentes, citadas acima, e da
implantação de medidores, citados no item C, de forma a que se conheçam os reais
volumes de água produzida e se possam apurar os volumes perdidos por vazamentos.
Propõe-se inicialmente a execução de pesquisa de vazamentos invisíveis com
utilização de geofones eletrônicos, serviço que poderá ser contratado com terceiros, o
que permitirá a manutenção do programa de redução e controle de perdas físicas.
dos mesmos;
Implementação de 100% de telemetria no sistema de adução e distribuição;
Instalação de inversores de freqüência em todas as estações elevatórias de
água bruta e tratada;
Substituições de adutoras, sub-adutoras, redes (em cimento ou não) e
ligações, recomenda-se a avaliação da situação da infraestrutura antes de
proceder à substituição.
Estas ações podem ser classificadas em dois grupos distintos: Ações Institucionais e
Legais e Ações Técnicas e Operacionais.
Esgotamento Sanitário:
o Garantia de coleta e afastamento dos esgotos sanitários, em condições
seguras à saúde pública da população com qualidade compatível ao
atendimento das suas necessidades;
o Tratamento e lançamento final ao meio ambiente compatível aos padrões 252
18.1. INDICADORES
O planejamento para implementação das ações e obras para melhorias operacionais e
de ampliação visa o adequado e pleno atendimento aos critérios de serviço. Destaca-
se que o objetivo deste planejamento é a preparação da infraestrutura e dos serviços,
a fim de atender as metas estabelecidas pelo Plano Municipal de Saneamento. Para
mensurar o atendimento das ações propostas estão listados na tabela que segue os
indicadores que deverão ser utilizados, os quais permitirão avaliar a extensão ao
atendimento dos objetivos e metas definidos. Os indicadores estão distribuídos nos
sistemas de abastecimento de água, de esgotamento sanitário e de gestão, conforme
mostra a tabela seguinte:
Tabela 102 - Indicadores de Eficiência.
ÍNDICES DESCRIÇÃO
HID Hidrometração
AFQB Índice de Analises Fisico-Químicas e Bacteriológicas
IAB Índice de Análises Bacteriológicas
ICAI Índice de Continuidade do Abastecimento de Água Imprevista
IPTA Índice de Perdas Totais de Água no Sistema
IEPSP
Público
Onde:
CRDA - cobertura pela rede distribuidora de água, em porcentagem;
NIL - número de imóveis ligados à rede distribuidora de água constante do cadastro
comercial da prestadora de serviço;
NTE - número total de imóveis edificados na área de prestação, constante no
cadastro da Prefeitura Municipal;
Na determinação do número total de imóveis edificados – NTE, não deverão ser
considerados os imóveis não ligados à rede distribuidora ou localizados em
loteamentos cujos empreendedores estiverem inadimplentes com suas obrigações
perante a legislação vigente, a Prefeitura Municipal e demais poderes constituídos e o
prestador, e ainda, não deverão ser considerados os imóveis abastecidos
exclusivamente por fontes próprias de produção de água. A meta de atendimento da
cobertura dos serviços de abastecimento de água é de 100%, a partir de 2013,
conforme mostra a figura 79.
Índice de Atendimento
97,5 100,0 100,0
100,0 95,0
Percentual (%)
75,0
258
50,0 Abastecimento
de Água
25,0
0,0
2011 2012 2013 2041
Período
B) Hidrometração
O indicador de hidrometração é dado por um percentual, definido pela relação
numérica entre o número de ligações com hidrômetros sobre o total de ligações
existentes no dado momento de avaliação. A meta de padronização dos hidrômetros
deverá ser de 100% a partir de 2016. Considera-se que cada ligação nova, a partir de
2012, deve ser instalada juntamente com um hidrômetro. O parque de hidrômetros
atual será totalmente substituído e padronizado até 2016 e a partir de 2017 até o fim
do plano (2041) existirão substituições anuais de 10% do parque existente.
C) Qualidade de Água
As metas de qualidade da água deverão ser avaliadas a partir dos indicadores AFQB e
IAB, Índices de Análises Físico-Químicas e Bacteriológicas e Índice de Análises
Bacteriológicas, respectivamente.
Deverão ser considerados os parâmetros de avaliação da qualidade da água mais
importantes e exigidos pela Portaria nº 518 do Ministério da Saúde. Os índices
deverão ser calculados a partir das análises laboratoriais das amostras de águas
coletadas na rede de distribuição de água, segundo um programa de coleta que
atenda à legislação vigente. Para apuração dos indicadores, o sistema de controle da
qualidade da água deverá incluir um sistema de coleta de amostras e de execução de
análises laboratoriais que permitam o levantamento dos dados necessários, além de
atender à legislação vigente.
O índice IAB é informado em percentual e calculado através da seguinte expressão:
Onde:
NAC - número de análises efetuadas com todos os parâmetros (turbidez, ph, cloro
residual livre, fluoreto e bacteriologia) em conformidade com a portaria nº 518 do
Ministério da Saúde;
NAT - número total de análises realizadas.
Onde:
NABC - número de análises bacteriológicas em conformidade com a portaria 518 do
Ministério da Saúde;
NAT - número total de análises bacteriológicas realizadas.
A apuração mensal do IAB e do AFQB não isenta o prestador do serviço de
abastecimento de água de suas responsabilidades perante outros órgãos
fiscalizadores e perante a legislação vigente. A tabela a seguir apresenta os índices
pretendidos ao longo do período da concessão.
D) Continuidade e Regularidade
O índice para verificação da continuidade no fornecimento de água - ICAI deverá ser
avaliado pelo número de reclamações de falta de água imprevistas por 1.000 (mil)
ligações e excetuado as paradas programadas. A regularidade relativa às condições
adequadas de pressão, também deverá ser avaliada pelo número de reclamações de 260
insuficiência de água registrado, excetuado as intervenções programadas.
A regularidade referente à quantidade ofertada deverá ser avaliada pelo volume
disponibilizado e macromedido a partir da unidade de captação, comparado ao volume
micromedido nos hidrômetros e mais as perdas admissíveis.
O ICAI deverá ser calculado através da seguinte expressão:
Onde:
ICAI - índice de continuidade do abastecimento de água imprevista;
NRFA - n° de reclamações de falta de água justificadas (exclui, por exemplo,
reclamações de clientes cortados por falta de água);
NLA - n° de ligações de água.
Nas metas estabelecidas a partir do ano de 2013, o ICAI deverá ser inferior a 2 (duas)
reclamações por 1.000 (mil) ligações.
E) Controle de Perdas
O índice de perdas total no sistema de água – IPTA deverá ser determinado e
controlado para verificação da eficiência do sistema de controle operacional
implantado, e garantir que o desperdício dos recursos naturais seja o menor possível,
ajudando a garantir o cumprimento do requisito da modicidade das tarifas.
O IPTA é o somatório das perdas aparentes com as perdas reais. O mesmo pode ser
obtido através matriz de balanço hídrico, apresentada no item 5.1.9 do diagnóstico
setorial dos sistemas.
As perdas físicas ou reais são calculadas através da seguinte expressão:
𝑽𝒅𝒊𝒔𝒕 − 𝑽𝒄𝒐𝒏𝒔
𝑰𝑷𝑭𝑰𝑺 = × 𝟏𝟎𝟎
𝑽𝒅𝒊𝒔𝒕
sendo:
IPFIS – índice de perdas físicas; 261
Vdist – volume distribuído;
Vcons – volume consumido.
50,0 44,3
37,1
40,0
30,0 30,0 Perdas na
30,0
Distribuição
20,0
10,0
0,0
2011 2014 2017 2020 2023 2026 2041
Período
Onde:
CRCE - cobertura pela rede coletora de esgoto, em porcentagem;
NIL - número de imóveis ligados à rede coletora de esgoto, constante do cadastro
comercial da prestadora de serviço;
NTE - número total de imóveis edificados na área de prestação, constante no
cadastro da Prefeitura Municipal.
Na determinação do número total de imóveis edificados - NTE, não deverão ser 262
considerados os imóveis não ligados à rede coletora ou localizados em loteamentos
cujos empreendedores estiverem inadimplentes com suas obrigações perante a
legislação vigente, a Prefeitura Municipal e demais poderes constituídos, e o
prestador.
Não deverão ser considerados ainda na NTE, os imóveis cujos proprietários se
recusem a se ligarem a rede coletora.
A cobertura pelo tratamento de esgotos será calculada pela seguinte expressão:
Onde:
CTE - cobertura pelo tratamento de esgoto, em porcentagem;
NILT - número de imóveis ligados à rede coletora de esgoto com tratamento,
constante do cadastro comercial da prestadora de serviço;
NTE - número total de imóveis edificados na área de prestação, constante no
cadastro da Prefeitura Municipal.
Na determinação do número total de imóveis ligados à rede coletora de esgotos com
tratamento – NILT, não serão considerados os imóveis ligados a redes que não
estejam conectadas a coletores troncos, interceptores ou outros condutos que
conduzam os esgotos a uma instalação adequada de tratamento.
Na determinação do número total de imóveis edificados não deverão ser considerados
os imóveis não ligados à rede coletora ou localizados em loteamentos cujos
empreendedores estiverem inadimplentes com suas obrigações perante a legislação
vigente, a Prefeitura Municipal e demais poderes constituídos, e o prestador. Não
deverão ser considerados ainda na NTE, os imóveis cujos proprietários se recusem a
se ligarem a rede coletora.
A figura 81 apresenta as metas de cobertura dos serviços de esgotamento sanitário no
horizonte de projeto.
75,0 70,0
50,0 Esgotamento
Sanitário
25,0
3,0
0,0
2011 2012 2013 2015 2016 2041
Período
C) Continuidade e Regularidade
A continuidade do sistema de coleta de esgotos sanitários deverá ser medida pelo
número de desobstruções de redes coletoras e ramais prediais que efetivamente
forem realizadas por solicitação dos usuários. Qualquer que seja a causa das
obstruções, a responsabilidade pela redução dos índices será do prestador, seja pela
melhoria dos serviços de operação e manutenção da rede coletora, ou através de
mecanismos de correção e campanhas educativas por ela promovidos de modo a
conscientizar os usuários do correto uso das instalações sanitárias de seus imóveis.
O índice de obstrução de ramais domiciliares – IORD, deverá ser apurado
mensalmente e consistirá na relação entre a quantidade de desobstruções de ramais
realizadas no período por solicitação dos usuários e o número de imóveis ligados à
rede, no primeiro dia do mês, multiplicada por 10.000 (dez mil). O índice de obstrução
de redes coletoras – IORC, será apurado mensalmente e consistirá na relação entre a
quantidade de desobstruções de redes coletoras realizadas por solicitação dos
usuários e a extensão desta em quilômetros, no primeiro dia do mês, multiplicada por
1.000 (hum mil).
Enquanto existirem imóveis lançando águas pluviais na rede coletora de esgotos
sanitários, e o prestador não tiver efetivo poder de controle sobre tais casos, não
deverão ser considerados, para efeito de cálculo dos índices IORD e IORC, os casos
de obstrução e extravasamento ocorridos durante e após 6 (seis) horas da ocorrência
de chuvas.
As metas estabelecidas a partir do ano de 2016 são:
• IORD inferior a 33/ano e;
• IORC inferior a 50/ano.
O quesito previsto neste fator poderá ser avaliado pela disponibilização ou não das
estruturas elencadas, e terá os seguintes valores:
as 4 (quatro) estruturas 1
267
FATOR 3 - Adequação da estrutura de atendimento em prédio(s) do prestador que
será avaliada pela oferta ou não das seguintes possibilidades:
a) Facilidade de estacionamento de veículos ou existência de estacionamento próprio;
b) Facilidade de identificação;
c) Conservação e limpeza;
d) Coincidência do horário de atendimento com o da rede bancária local;
e) Número máximo de atendimentos diários por atendente menor ou igual a 70
(setenta);
f) Período de tempo médio entre a chegada do usuário ao escritório e o início do
atendimento menor ou igual a 30 (trinta) minutos;
g) Período de tempo médio de atendimento telefônico no sistema “0800” menor ou
igual a 5 (cinco) minutos.
Este fator deverá ser avaliado pelo atendimento ou não dos itens elencados, e terá os
seguintes valores:
Tabela 107 - Adequação das estruturas de atendimento ao público.
Com base nas condições definidas nos itens anteriores, o Índice de Eficiência na
Prestação do Serviço e no Atendimento ao Público - IEPSP deverá ser calculado de
acordo com a seguinte fórmula:
268
O sistema de prestação de serviços e atendimento ao público do prestador, a ser
avaliado anualmente pela média dos valores apurados mensalmente, deverá
considerar:
I - Inadequado se o valor do IEPSP for igual ou inferior a 5 (cinco);
II - Adequado se for superior a 5 (cinco), com as seguintes gradações:
• Regular, se superior a 5 (cinco) e menor ou igual a 6 (seis);
• Satisfatório, se superior a 6 (seis);
Meta:
A partir de 2012 - IEPSP = Adequado – Regular.
A partir de 2016 - IEPSP = Adequado – Satisfatório.
Para cada tipo de contato o usuário deverá responder a questões que avaliem
objetivamente o seu grau de satisfação em relação ao serviço prestado e ao
atendimento realizado, assim, entre outras, o usuário deverá ser questionado:
• se o funcionário foi educado e cortês;
• se o funcionário resolveu satisfatoriamente suas solicitações;
• se o serviço foi realizado a contento e no prazo compromissado; 269
• se, após a realização do serviço, o pavimento foi adequadamente reparado e o local
limpo;
• outras questões de relevância poderão ser objeto de formulação, procurando
inclusive atender a condições peculiares.
Meta:
A partir de 2013 ISC = 70%
A partir de 2016, ISC superior a 90%.
8 Substituição de Equipamento
9 Substituição de Pessoal
10 Manutenção Corretiva
11 Uso de Equipamento ou Veículo Reserva
273
12 Solicitação de Apoio a Municípios Vizinhos
13 Manobra Operacional
14 Descarga de Rede
15 Isolamento de Área e Remoção de Pessoas
previstas; e,
Planejamento para a coordenação do PAE-SAN.
ATIVIDADE
Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
Total
(2012-2016) (2017-2026) (2027-2041)
Investimento na Ampliação da
1.943.216,67 5.703.261,11 5.329.650,00 12.976.127,78
Produção
Investimento na ampliação da
- 1.900.000,00 2.850.000,00 4.750.000,00
capacidade de reservação
Investimento na ampliação da rede de
- 202.504,34 5.413.720,89 5.616.225,23
abastecimento de água
Investimento na ampliação das
- 1.230.933,40 1.265.075,14 2.496.008,54
ligações domiciliares de água
Investimento em substituição da rede
de abastecimento de água existente 1.568.042,60 2.352.063,90 4.128.571,72 8.048.678,22
deteriorada
Investimento em substituição das
ligações domiciliares de água - 324.000,00 643.000,00 967.000,00
existentes
Investimento com hidrômetros para
310.170,00 - - 310.170,00
ampliação do índice de hidrometração 276
Investimento em substituição de
hidrômetros para renovação do 384.300,00 908.250,00 1.800.820,00 3.093.370,00
parque do parque existente
TOTAL 38.257.579,77
Investimento na ampliação da
capacidade de tratamento de 4.389.900,00 3.026.950,00 1.570.950,00 8.987.800,00
esgoto
Investimento na ampliação da
13.455.763,53 18.502.906,17 20.784.537,21 52.743.206,91
rede de coleta de esgoto
Investimento na ampliação das
2.305.200,00 601.600,00 1.012.000,00 3.918.800,00
ligações domiciliares de esgoto
Investimento em substituição
periódica para renovação/reforço - 973.605,98 1.896.535,02 2.870.140,99
da rede de coleta de esgoto
Investimento em substituição
periódica para renovação das - 67.335,86 131.166,83 198.502,69
ligações domiciliares de esgoto
TOTAL 68.718.450,59
Tabela 111 - Investimentos em Programas de Gestão.
PROGRAMAS DE GESTÃO
ATIVIDADE VALOR ANUAL ESTIMADO (R$)
INVESTIMENTOS - RESUMO
TOTAL R$ 112.564.030,36
20.1.1. Investimentos Previstos para atendimento às demandas das
Projeções
Os investimentos previstos a partir das projeções estão detalhados na tabela de
“Estimativa de Investimentos” decorrentes das demandas técnicas identificadas,
apresentadas a seguir:
Receitas no
Investimentos Investimentos Investimento Resultado Final
Período Despesas Sistema de
em Água em Esgoto s em Gestão por Período
Água e Esgoto
Curto Prazo
4.205.729,27 20.150.863,53 1.649.845,24 21.271.594,81 39.685.339,22 -7.592.693,63
(2012-2016)
Longo Prazo
21.430.837,75 25.395.189,06 2.382.892,86 160.497.377,97 295.948.282,24 86.241.984,59
(2027-2041)
MÉDIO
6.105.000,00 6.092.000,00 441.600,00 88.000,00 12.726.600,00
PRAZO
LONGO
9.138.000,00 661.200,00 128.000,00 9.927.200,00
PRAZO
TOTAL 25.964.600,00
20.4. FLUXO DE CAIXA E ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DA ZONA
RURAL
Com base nas projeções, apresentadas no item 11.5, e quadro tarifário da CAERN,
apresentado no capítulo de diagnósticos setoriais, é possível prever as despesas e
receitas com o sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário da zona
rural do município. Com esses dados e os investimentos previstos no item 20.3
apresenta-se o fluxo de caixa, por período, para a zona rural do município de Macaíba.
A tabela 117 mostra que a necessidade de investimentos na área rural para o período
de 30 anos do Plano é da ordem de R$ 37,7 milhões, sendo R$ 12 milhões para o
sistema de abastecimento de água e R$ 25,7 milhões para o sistema de esgotamento
sanitário. Ainda serão necessários aproximadamente, R$ 2,6 milhões para
manutenção dos sistemas implantados.
Para o cálculo das receitas com os sistemas, foram levados em consideração o
quadro tarifário da CAERN, apresentado no capítulo de diagnósticos setoriais, e o
consumo de 10 m3 de água por residência na área rural.
Nota-se que as receitas oriundas das tarifas não suportam nem os investimentos nos
sistemas de abastecimento de água, resultando num déficit de aproximadamente 30,0
milhões.
A implantação desses sistemas só é viável se levarmos em conta o município como
um todo, de forma que os recursos captados na área urbana supram as necessidades
de investimentos existentes na área rural.
20.5. ALTERNATIVAS DE FONTES DE RECURSOS
A disponibilidade de recursos para a prestação dos serviços e para investimentos no
setor de saneamento apresenta-se como ponto fundamental para seu efetivo
desenvolvimento.
A condição compulsória de desenvolvimento do Plano Municipal de Saneamento
deverá estimular a administração municipal na busca de alternativas de captação de
recursos em diferentes fontes.
A escolha de modelo institucional poderá transferir a terceiros esta responsabilidade.
No contexto geral devem ser admitidas receitas a partir de tarifas decorrentes da
prestação dos serviços de saneamento de abastecimento de água e esgotamento
sanitário, bem como recursos de origem externa sejam estes onerosos ou não.
É fundamental destacar que a provisão de investimentos em saneamento básico
deverá ser estabelecida no planejamento da administração municipal a partir do PPA –
Plano Plurianual.
O Plano Plurianual (PPA), estabelecido no artigo 165 da Constituição Federal e 283
E. PRODETUR
Os Programas Regionais de Desenvolvimento do Turismo é um programa de crédito
para o setor público (Estados e Municípios) que foi concebido tanto para criar
condições favoráveis à expansão e melhoria da qualidade da atividade turística na
região, quanto para melhorar a qualidade de vida das populações residentes nas
áreas beneficiadas.
Os investimentos do Programa são operacionalizados pelo Ministério do Turismo, que
orienta tecnicamente as propostas estaduais e municipais; em parceria com o Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) e com a Corporação Andina de Fomento, os
quais atuam como financiadores internacionais.
Neste sentido, uma das linhas de financiamento do programa é Infraestrutura e
Serviços Básicos, os quais são imprescindíveis para gerar acessibilidade ao destino e
dentro dele e satisfazer as necessidades básicas do turista durante a sua estada.
BRASIL.
_________. Lei 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que institui as diretrizes nacionais
para o saneamento básico e a Política Federal de Saneamento Básico no Brasil. 292
Tsutiya, M. T.; Alem Sobrinho, P. Coleta e Transporte de esgoto Sanitário. São Paulo:
Departamento de engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo. 2000. p. 01-04.
– Consultor Externo.
298