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Instituto de Educação e Tecnologia do Ceará – IFCE

Departamento da Construção Civil


Tecnologia em Saneamento Ambiental Laboratório de Saneamento
Ambiental

Relatório das aulas práticas – Parâmetros de Qualidade


Temperatura: Turbidez, PH, Oxigênio Dissolvido e Sólidos Totais

Disciplina: Índices de Qualidade de Água


Professo: Mauricio Barreto
Aluna: Kelvia Augusto Alves Sales

Fortaleza Ce 2023
RESUMO

A água contém, geralmente, diversos componentes, os quais provêm do próprio ambiente


natural ou foram introduzidos a partir de atividades humanas.

Para caracterizar uma água, são determinados diversos parâmetros, os quais representam
as suas características físicas, químicas e biológicas. Esses parâmetros são indicadores
da qualidade da água e constituem impurezas quando alcançam valores superiores aos
estabelecidos para determinado uso. Os principais indicadores de qualidade da água são
discutidos a seguir, separados sob os aspectos físicos, químicos e biológicos

Palavras-Chave: Água, Parâmetros, Qualidade

ABSTRACT

Water generally contains several components, which come from the natural
environment itself or were introduced through human activities.
To characterize water, several parameters are determined, which represent its physical,
chemical and biological characteristics. These parameters are indicators of water
quality and impurities when they reach values higher than those established for a given
use. The main water quality indicators are discussed below, separated into physical,
chemical and biological aspects.

Keywords: Water, Parameters, Quality.


INTRODUÇÃO

A qualidade da água é um tema de grande relevância para a saúde pública, o


meio ambiente e o desenvolvimento socioeconômico. A água é um recurso natural
essencial para a vida, mas também é vulnerável à poluição e à escassez. Por isso, é
necessário monitorar e avaliar a qualidade da água dos recursos hídricos superficiais,
como rios, lagos e reservatórios, que são utilizados para diversos fins, como
abastecimento humano, irrigação, recreação, pesca, geração de energia, entre outros.

Para caracterizar a qualidade da água, são utilizados diversos parâmetros


físicos, químicos e biológicos, que indicam a presença de substâncias ou organismos
que podem afetar a sua potabilidade, a sua aptidão para os usos pretendidos e o seu
equilíbrio ecológico. Alguns dos principais parâmetros de qualidade da água são:

Temperatura;

Medida da intensidade de calor da água, que influencia em suas propriedades


físicas e químicas, bem como na vida aquática. A temperatura pode variar em função
de fatores naturais, como a radiação solar, ou antrópicos, como as águas de
resfriamento. É um parâmetro importante, pois, influi em algumas propriedades da
água (densidade, viscosidade, oxigênio dissolvido), com reflexos sobre a vida
aquática. A temperatura pode variar em função de fontes naturais (energia solar) e
fontes antropogênicas (despejos industriais e águas de resfriamento de máquinas).

Turbidez;

A turbidez pode ser definida como uma medida do grau de interferência à


passagem da luz através do líquido. A alteração à penetração da luz na água decorre
na suspensão, sendo expressa por meio de unidades de turbidez (também
denominadas unidades de Jackson ou nefelométricas).

A turbidez dos corpos d’água é particularmente alta em regiões com solos


erosivos, onde a precipitação pluviométrica pode carrear partículas de argila, silte,
areia, fragmentos de rocha e óxidos metálicos do solo. Grande parte das águas de rios
brasileiros é naturalmente turva em decorrência das características geológicas das
bacias de drenagem, ocorrência de altos índices pluviométricos e uso de práticas
agrícolas, muitas vezes inadequadas. Ao contrário da cor, que é causada por
substâncias dissolvidas, a turbidez é provocada por partículas em suspensão, sendo,
portanto, reduzida por sedimentação. A turbidez é um parâmetro de aspecto estético
de aceitação ou rejeição do produto, e o valor máximo permitido de turbidez na água
distribuída é de 5,0 NTU.

PH;

O pH é uma média que estabelece a condição ácida ou alcalina de uma água.


É um parâmetro de caráter operacional que deve ser acompanhado para otimizar os
processos de tratamento e prevenir contra corrosões ou entupimentos as tubulações
do sistema de distribuição.

É um parâmetro que não tem risco sanitário associado diretamente à sua


medida. Faixa recomendada de pH na água é de 6,0 a 9,5. Por influenciar em diversos
equilíbrios químicos que ocorrem naturalmente ou em processos unitários de
tratamento de águas, o PH é um parâmetro importante em muitos campos, assim
como na área de saneamento ambiental (CETESB 2009).

Oxigênio Dissolvido;

A água, naturalmente, tem oxigênio dissolvido em sua composição. Sem o


oxigênio, não há vida para os organismos aquáticos aeróbios.A quantidade de
oxigênio dissolvido depende da altitude e da temperatura de onde a água foi retirada.
Também pode ser diminuído pela presença de matéria orgânica, já que isso coloca as
bactérias para trabalharem na decomposição, consumindo muito oxigênio no
processo.

Oxigênio Dissolvido (OD) é um fator limitante para manutenção da vida


aquática e de processos de autodepuração em sistemas aquáticos naturais e estações
de tratamento de esgotos. Durante a degradação da matéria orgânica, as bactérias
fazem uso do oxigênio nos seus processos respiratórios, podendo vir a causar uma
redução de sua concentração no meio.

Uma das causas mais frequentes de mortandade é a queda na concentração


de oxigênio nos corpos d’água. O valor mínimo de oxigênio dissolvido (OD) para a
preservação da vida aquática, estabelecido pela Resolução CONAMA 357/05(2) é de
5,0 mg/L, mas existe uma variação na tolerância de espécie para espécie.
As carpas, por exemplo, conseguem suportar concentrações de OD de 3,0
mg/L, sendo que a carpa comum chega até mesmo a sobreviver por até 6 meses em
águas frias e sem nenhum Oxigênio Dissolvido, (ANOXIA).

Tais valores seriam fatais para as trutas, que necessitam de uma concentração
maior de Oxigênio Dissolvido para sobreviverem, em torno de 8,0 mg/L de OD. O
peixe Dourado sobrevive por até 22 horas em águas anóxicas a 20°C, enquanto as
larvas destes peixes são menos tolerantes que os adultos. Isto porque os valores
letais dependem do estágio de vida dos organismos, sendo geralmente mais exigentes
os estágios mais jovens.

De maneira geral, valores de oxigênio dissolvido menores que 2 mg/L


pertencem a uma condição perigosa, denominado HIPOXIA, ou seja, baixa
concentração de Oxigênio dissolvido na água.

A concentração de oxigênio presente na água vai variar de acordo com a


pressão atmosférica (altitude) e com a temperatura do meio. Águas com temperaturas
mais baixas têm maior capacidade de dissolver oxigênio; já em maiores altitudes, onde
é menor a pressão atmosférica, o oxigênio dissolvido apresenta menor solubilidade.
MATERIAIS E MÉTODOS

Local de coleta e características do corpo amostrado.


A Lagoa de Porangabussu, um dos principais ecossistemas lacustres do Município de
Fortaleza, Ceará, possui cerca de 7 hectares de espelho de água. O presente estudo
objetivou determinar os fatores determinantes na qualidade da água do sistema
lacustre de Porangabussu, A lagoa recebe preponderantemente contaminantes que
provém de atividades desenvolvidas na área em sua maioria com influência da
ocupação residencial, visto que a falta de saneamento básico por sua vez ainda é
escassa. Desse modo as águas residuárias de comércios, residências adentram
diretamente e indiretamente no ecossistema lá existente.
Coleta; A coleta foi realizada dia 31 de outubro de 2023, às 9:30h da manhã. Para a
coleta foram utilizadas luvas de proteção e um galão com capacidade de 3 litros.
Determinação da temperatura (°C), para a determinação da temperatura foi
utilizado um termômetro de mercúrio, após a coleta ter sido realizado, o termômetro foi
introduzido dentro do galão de 3L com a amostra e obtivemos a leitura que foi de 29°C.

Imagem; Arquivo pessoal

Determinação da Turbidez; Foi utilizado de equipamento um turbidimetro


Procedimento:
a) calibrar o turbidímetro de acordo com as instruções do fabricante;
b) medida de turbidez menor que 40 UT: agitar a amostra suavemente e esperar até que as
bolhas de ar desapareçam e colocá-la na célula de amostra do turbidímetro; fazer a leitura da
turbidez diretamente na escala do instrumento ou na curva de calibração apropriada.
c) medida de turbidez acima de 40 UT: diluir a amostra com um ou mais volumes de água isenta
de turbidez até que a turbidez da amostra diluída fique entre 30 e 40 UT. Fazer a leitura e
multiplicar o resultado pelo fator de diluição.

Calculo;

Onde:
UT = UTN = Unidade de Turbidez Nefelométrica.
A = Turbidez da amostra diluída.
B = Volume da diluição (mL).
C = Volume da amostra tomado para a diluição.
Determinação do PH; O equipamento utilizado foi o combo 5 da AKSO, o
equipamento foi calibrado conforme instrução do fabricante com as soluções tampão
apropriadas. Logo após foi transferida uma parte da amostra para um becker de
150ml, e depois emergido o eletrodo, pós estabiliza-se, foi realizado a leitura do PH.

Imagens de arquivos pessoal


Determinação de Oxigênio total
Para determinar a demanda bioquímica de oxigênio (DBO), foi utilizado o
método iodométrico (Método de Winkler) - modificação azida. A análise foi realizada
em duplicata.
A amostra foi coletada diretamente no frasco de DBO, preenchendo-o até sua
capacidade máxima. Em seguida, adicionou-se 1 ml da solução de sulfato manganoso
e 1 ml do reagente alkali-iodeto-azida usando uma pipeta volumétrica, a fim de
complexar o oxigênio dissolvido na amostra. O frasco foi então vedado e armazenado
no isopor até chegar ao laboratório para análise.
No laboratório, aguardou-se a formação do precipitado resultante da
complexação do oxigênio e, em seguida, adicionou-se 1 ml de ácido sulfúrico PA para
a digestão ácida, homogeneizando a amostra por inversão até a completa dissolução
do precipitado.
Posteriormente, transferiu-se uma alíquota de 200 ml da amostra para um
erlenmeyer e procedeu-se à titulação com uma solução de tiossulfato de sódio 0,020
mol/l previamente preparada. Durante a titulação, a solução titulada mudou de amarelo
forte para amarelo pálido, momento em que se adicionou amido para facilitar a
visualização do ponto de viragem, que ocorreu quando a solução se tornou incolor.
Sólidos Totais; é uma medida da quantidade de material dissolvido na água.
Este material pode incluir o seguinte: carbonato, bicarbonato, cloreto, sulfato, fosfato,
nitrato, cálcio, magnésio, sódio, íons orgânicos e outros íons. Um certo nível desses
íons na água é necessário para a vida aquática. Mudanças nas concentrações de TDS
podem ser prejudiciais porque a densidade da água determina o fluxo de água de e
para as células de um organismo. No entanto, se as concentrações de TDS forem
muito altas ou muito baixas, o crescimento da […] vida aquática pode ser limitado e
pode causar morte.

Método para Determinação dos Sólidos Totais


1. Utensílios
a) Cápsulas de evaporação de capacidade adequada, feitas de porcelana,
platina e vidro Vycor;
b) Banho-maria;
c) Estufa para operação a 103-105 ºC;
d) Forno mufla para operação a 500 + 50 ºC;
e) Dessecador;
f) Agitador magnético com hastes de agitação revestidas com teflon;
g) Pipetas volumétricas (25 – 100 ml);
h) Proveta (50 – 100 ml);
i) Balança analítica com precisão de 0,1 mg.

2. Sequência de Execução do Método


a) Preparação da cápsula de evaporação: as cápsulas limpas devem ser
ignizadas a 500 + 50 ºC durante uma hora no forno mufla ou aquecidas na estufa a
103 – 105 ºC durante 1 hora, dependendo do tipo de análise. Após o aquecimento, as
cápsulas devem ser resfriadas em um dessecador e pesadas imediatamente antes de
usar;
b) Um volume específico da amostra é medido e evaporado em uma cápsula
de porcelana previamente tratada e pesada, em banho-maria, dentro de uma capela.
Após a evaporação, a cápsula com o resíduo é levada a uma estufa com temperatura
entre 103 ºC e 105 ºC para eliminação da umidade residual. O tempo de secagem na
estufa depende do tipo e da concentração da amostra e deve ser o bastante para
obtenção de peso constante;
c) Após a secagem, a cápsula é resfriada em um dessecador e pesada
novamente. O último estágio da determinação inclui a ignição da cápsula com o
resíduo em um forno mufla pré-aquecido a 500 + 50 ºC. Após a ignição, a cápsula é
resfriada em um dessecador e pesada novamente. Quando necessário, o processo de
ignição, esfriamento, dessecação e pesagem deve ser repetido até que seja atingido
peso constante em dois ciclos sucessivos, ou até quando a diferença de peso seja
menor do que 4% ou 0,5 mg. Determinações realizadas em duplicata devem
apresentar valores que podem variar em até 5% da média aritmética.

Resumo:
A = peso da cápsula, g;
B = peso da cápsula com resíduo após secagem, g;
C = peso da cápsula com resíduo após ignição, g;
VA = volume da amostra, ml.
Observação:
Na EXTRABES, são utilizadas cápsulas de porcelana com capacidade para
evaporação de 100 ml da amostra. Todas as pesagens deverão ter uma precisão de
0,1 mg
Cálculo Sólidos Totais
Dia 23-10-2023 Dia 01-11-2023
Peso 1 – 88,22g Peso 1 – 88,27g
Peso 2 – 84,32g Peso 2 – 84,37g
Peso 3 – 79,05g Peso 3 – 79,09g

A = Peso das capsulas, g. B = Peso das cápsulas com resíduo pós secagem.
VA = Volume da amostra, ml. (100ml)
Peso 1 = 500mg/L
Peso 2 = 500mg/L
Peso 3 = 400mg/L

Referencias bibliográficas; https://www.digitalwater.com.br/ acessado em 19 de


novembro de 2023. https://www.digitalwater.com.br/ acessado em 18 de novembro de
2023. https://www.saaec.com.br/agua/qualidade-da-agua/.com.br acessado em 18 de
novembro de 2023.

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