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Santarém – Pará
2016
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RELATÓRIO DE AULA DE CAMPO
ASPECTOS LIMNOLOGICOS
Santarém – Pará
2016
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1. INTRODUÇÃO
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2. OBJETIVOS
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3. ÁREA DE ESTUDO
O local do presente estudo está situado no rio de primeira ordem São Pedro, o
estudo se deu em uma extensão do rio de 250 metros, sendo divididos em três pontos,
no ponto um podemos identificar o alto curso do rio e as coordenadas geográficas são,
W 054º 52' 46,9" e S 02º 32' 15,6" com altitude de 43m, no ponto dois podemos
identificar o médio curso do rio sendo sua coordenada W 054º 52' 46,9" e S 02º 32'
15,6" com altitude de 39m e no terceiro e último ponto observamos o baixo curso do rio
e suas coordenadas geográficas são W 054º 52' 46,9" e S 02º 32' 15,6" com altitude de
38m, este pertencente à bacia hidrográfica do rio Tapajós no Estado do Pará. O local
de estudo está situado na comunidade de São Pedro no Km 17 da rodovia estadual
Everaldo Martins PA 457 pertencente à cidade de Santarém - Pará.
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4. REFERENCIAL TEÓRICO
4.1.1 Turbidez
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acidez, enquanto valores de 7 a 14 indicam aumento da basicidade. (PORTAL
AMBIENTE BRASIL, 2012).
4.1.4. Temperatura
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O TSS compreende os sólidos orgânicos e inorgânicos em suspensão
transportados pela água com um diâmetro maior que 0,45 μm (Todeschini, 2004). A
fração orgânica é representada principalmente pelo fitoplâncton, zooplâncton e
substâncias húmicas. A fração inorgânica é constituída principalmente de silte e argila
(Esteves, 1998).
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5. MATERIAIS UTILIZADOS
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6. METODOLOGIA
Figura 2 – Nascente difusa. Fonte: Foto realizada in loco pelas alunas da equipe.
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uma sonda multiparâmetros, e por último medimos velocidade da corrente utilizando
um equipamento chamado correntómetro digital, nas duas margens do rio e também no
leito, podendo com o resultado da média em uma equação obter a vazão do rio e
devido o rio ser de primeira ordem e possuir pouca profundidade utilizamos uma trena
para medir a profundidade.
Figura 3 - Esquema de como deve ser realizada a amostragem manual em águas superficiais,
segundo a NBR 9898 (ABNT, 1987). Fonte: NBR 9898 (ABNT, 1987).
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resultado repetimos esse método três vezes e no final tiramos uma média obtendo
assim a velocidade da corrente.
Figura 4 – a) Percurso de 8m pelo qual foi utilizado o método flutuador, b) laranja percorrendo
pelo leito do rio, c) laranja sendo solta para contabilizar o tempo percorrido.
Qm/s = L x P x Vm
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Figura 5 – Nascente de encosta modificada antropicamente para conservação e canalização da
água. Fonte: Foto realizada in loco pelas alunas da equipe.
Já no ponto três, devido uma barragem feita à jusante do rio, temos aspectos de
baixo curso demonstrando maior largura, menor inclinação e também menor força para
carreamento de sedimentos, apresenta aspecto lêntico, foram feitas novamente no
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ponto três assim como no ponto um e dois as analises de temperatura e oxigênio
dissolvido no local, porém como a profundidade é maior e existe um perfil mais lêntico,
podemos confirmar a presença de estratificação coletando os resultados obtidos no
epilímiínio, metalíminio e hipolíminio podendo assim comparar a temperatura de
ambos, analises estas feitas com sonda multiparâmetros.
Coletamos também material para as analises dos parâmetros de pH,
sólidos dissolvidos e suspensos, condutividade elétrica, turbidez, cor verdadeira. Além
dessas analises fizemos a coleta de perifíton utilizando sacos plásticos para
armazenamento do mesmo (anexo 2), para posteriormente fazermos a visualização e
identificação dos exemplares coletados. Também fizemos a coleta de zooplâncton com
uma rede especifica (anexo 3) para captura dessa espécie, utilizamos um método não
convencional, enchemos baldes com água e fizemos a filtração dessa água pela rede
de plâncton, após a filtração o material foi recolhido e armazenado para em seguida
fazermos a analise de identificação das espécies em microscópio.
Ao final do percurso estimado para amostragem retornamos ao ponto
inicial onde foram feitas as análises cuja coleta de material foi feita anteriormente para
obtenção dos resultados. Primeiro realizamos a filtração de amostras para analise de
sólidos em suspenção, todo material particulado das amostras ficam retidos em um
filtro de membrana 0,45 µm já trazido preparado para o local da análise, pois, se há a
necessidade filtra-lo com água ultrapura e levado a uma estufa a 100ºC e após 24 se
obtém o peso seco da membrana. Antes de se filtrar as amostras precisa-se fazer a
homogeneização de dez vezes cada frasco, para que o material particulado se misture
e não fique no fundo do frasco e após cada análise de amostra dos diferentes pontos
foi feita a lavagem do equipamento de filtração com água ultra pura.
Figura 7 – Equipamento de filtração. Fonte: Foto realizada in loco pelas alunas da equipe.
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As membranas com material particulado foram armazenadas em placas de Petri
(anexo 4) e posteriormente levadas ao laboratório onde todo dia será pesada em uma
balança analítica até que o peso se estabilize, após a estabilização do peso o resultado
é levado para uma fórmula no Excel onde é tirada a concentração dos sólidos em
suspenção.
Logo em seguida fizemos a análise do potencial hidrogeniônico (pH) com a
amostra de água coletada nos três pontos distintos utilizando um o mesmo
multiparâmetros digital com água coletada especificamente para análise de pH e
condutividade. Essas amostras podem obter um resultado preciso com até 6 horas
após a coleta da água. Para calibração desse equipamento se utiliza uma solução
própria com pH 4 e 7.
Para a análise de condutividade elétrica utilizamos o condutivímetro que é um
equipamento que mede o resultado não somente de condutividade, mas também de
TDS (totais de sólidos dissolvidos). A solução para calibração do condutivímetro é de
146,9 µs/cm.
Em seguida foi feita a análise de cor verdadeira utilizando o fotômetro, esse
equipamento não necessita de soluções de calibração, o procedimento feito antes das
análises para garantir um resultado preciso é zerar o equipamento com água ultrapura.
Por último foi realizado a análise de turbidez, utilizando o turbidímetro, esse
equipamento possui mais de uma solução de calibração, cujo valores são 0,02 ntu; 20
ntu e 100 ntu (unidades nefelométricas).
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Figura 8 – a) Solução de calibração do condutivímetro, b) Solução para calibração do turbidímetro, c)
soluções para calibração do pHgametro, d) água ultrapura para calibração do fotômetro, e) Condutivímetro, f) Sonda
Multiparâmetros / pHgametro, g) Turbidimetro, h) Fotômetro. Fonte: Foto realizada in loco pelas alunas da equipe.
7. RESULTADOS
Tabela 4. Valores de área, profundidade média do curso d'água, velocidade média da água e
vazão igarapé de São Pedro do para as três coletas realizadas.
No local onde foram realizadas as coletas das amostras de água igarapé de São
Pedro, a largura média em estudo variou entre 51,40 e 56 cm e a profundidade média
entre e 2 metros no ponto três.
De acordo com os dados apresentados na Tabela 1, a maior vazão ocorreu no
ponto, enquanto a menor vazão ocorreu ponto.
Para comparação da velocidade média da corrente no ponto dois, também foi
efetuado o método do flutuador utilizando uma laranja como objeto flutuador por um
percurso de 8 metros e após três testes consecutivos obtivemos os seguintes
resultados:
Teste 1 – 25s
Teste 2 – 25s
Teste 3 – 26s
Para achar a velocidade média utilizamos a fórmula Vm = Δs / Δt, onde, o
resultado da velocidade média foi igual a 0,32m/s e a vazão obtida foi 0,038 m³/s. Em
comparação com o resultado obtido com o correntómetro podemos perceber que a
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variação é pouca, sendo que o resultado da velocidade média da corrente utilizando o
correntómetro foi 0,49 m/s no ponto dois.
7.2.1. Temperatura:
A partir dos resultados obtidos nos pontos de coleta podemos perceber que nos
pontos 1 e 2 a variação de temperatura é mínima, enquanto no ponto três identificamos
uma maior variação de temperatura observando a presença de estratificação nas
profundidades analisadas, dando características de lago ao ponto 3.
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Ponto 3 - Eplímiínio 0,2 m 6,8
Ponto 3 - Metalíminio 0,5 m 3,5
Ponto 3 - Metalíminio 1,0 m 3,2
Ponto 3 - Hipolíminio 1,5 m 1,3
Ponto 3 - Hipolíminio 2,0 m 1,3
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Sabendo que o pH é uma unidade de medida que descreve o grau de acidez ou
alcalinidade de um meio qualquer, e é medido em uma escala de 0 a 14 e qualquer pH
inferior a 7 é considerado ácido e qualquer pH acima de 7 é considerado alcalino. Um
pH de 7 é neutro, ou seja não é nem ácido ne alcalino.
Podemos observar que a variável de pH é de 4,58 no ponto 1 e 4,27 no ponto 3
– hipolíminio, e podemos concluir a partir desses resultados que a água do igarapé de
São Pedro são ácidas.
7.2.5. Turbidez
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Podemos comparar os resultados obtidos para total de sólidos dissolvidos no
quadro 6.
Ponto de coleta Resultado (mg/l)
Ponto 1 13,57
Ponto 2 10,16
Ponto 3 - Eplímiínio 7,561
Ponto 3 - Metalíminio 7,405
Ponto 3 - Hipolíminio 8,099
Quadro 6 – Resultado de TDS.
Os sólidos dissolvidos podem conferir sabor à água devido a altos teores de sais
minerais, como por exemplo, sulfato e cloreto. Visando classificar, proteger os corpos
d´água e prevenir problemas relacionados à saúde da população, A portaria Nº 2.914,
do Ministério da Saúde, estabelece valor máximo permitido de 1000 mg/L de sólidos
dissolvidos totais para águas para consumo humano. Concluímos que as águas do
igarapé de São Pedro se encontram dentro do padrão estabelecido pela portaria, e que
variam conforme a profundidade do rio.
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Após todas as análises das variáveis limnológicas citadas acima podemos
observar em um microscópio e um esteriomicroscópio exemplares de comunidades
zooplânctonica e perifítica.
O objetivo proposto pela Prof. Ynglea foi à fixação do conteúdo das aulas
teóricas para identificação de espécies estudadas de perifíton e zooplâncton, para
melhor comparação colocamos imagens retiradas de sites da internet juntamente com
as fotos tiradas diretamente do microscópio no local. As espécies encontradas foram:
a b
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Figura 10 – Copepodas a) macho, b) fêmea ovada. Fonte: www.pinterest.com, c) macho, d) fêmea ovada.
Fonte: fotos tiradas pelas alunas da equipe in loco.
7.2.9.2. Exemplar da comunidade bentônica
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8. CONCLUSÃO
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9. ANEXOS
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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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