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Qualidade da Água
Para ser considerada potável, a água precisa reunir algumas qualidades como:
Ser fresca
Límpida
Inodora
Arejada
Leve ao estômago
Imputrescível
Apta para o uso doméstico
Isenta de compostos químicos nocivos
Isenta de agentes biológicos veiculadores de doenças infecciosas e parasitárias
• Cor da água
• Turbidez da água
• Sabor/odor da água
• Temperatura da água
• pH da água
• Dureza das águas
• Taxa de microorganismos
• Cloretos
• Ferro e manganês
• Sulfatos e fluoretos
• OD, DQO e DBO
Cor da água
Turbidez da Água
Sabor/odor da água
Odor e sabor são duas sensações que se manifestam conjuntamente, o que torna
difícil sua separação. O odor e o sabor de uma água dependem dos sais e gases dissolvidos.
Como o paladar humano tem sensibilidade distinta para os diversos sais, poucos miligramas
por litro de alguns sais ( ferro e cobre por exemplo) é detectável, enquanto que várias
centenas de miligramas de cloreto de sódio não é apercebida. Em geral as águas
subterrâneas são desprovidas de odor. Algumas fontes termais podem exalar cheiro de ovo
podre devido ao seu conteúdo de H2S (gás sulfídrico). Da mesma maneira águas que
percolam matérias orgânicas em decomposição (turfa, por exemplo) podem apresentar H2S.
O próprio cloro, quando utilizado em taxas superiores a 0,3 mg/L, pode conferir um
sabor um tanto desagradável à água. Isso acontece também com as algas que imprimem
sabor desagradável à água, além de causarem obstruções dos filtros de areia. Assim, o
sabor/odor desagradável não apresenta riscos à saúde, mas as pessoas poderão questionar a
sua qualidade.
Exemplos:
Cloreto de sódio (NaCl) Salgado
Sulfato de Sódio ( Na2 SO4) Ligeiramente salgado
Bicarbonato de Sódio (Na H CO3) Ligeiramente salgado a doce
Carbonato de Sódio (Na2 CO3) Amargo e salgado
Cloreto de Cálcio (Ca Cl2) Fortemente amargo
Sulfato de Cálcio (Ca SO4) Ligeiramente amargo
Sulfato de Magnésio (Mg SO4) Ligeiramente amargo em saturação
Cloreto de Magnésio (MgCl2) Amargo e doce
Gás Carbônico (CO2) Adstringente, picante
Temperatura da água
As águas subterrâneas têm uma amplitude térmica pequena, isto é, sua temperatura
não é influenciada pelas mudanças da temperatura atmosférica. Exceções são os aqüíferos
freáticos pouco profundos. Em profundidades maiores a temperatura da água é influenciada
pelo grau geotérmico local (em média 1ºC a cada 30 m). No aqüífero Botucatu (Guarani)
são comuns temperaturas de 40 a 50ºC em suas partes mais profundas. Em regiões
vulcânicas ou de falhamentos profundos águas aquecidas podem aflorar na superfície dando
origem às fontes termais.
Determinada espécie animal ou cultura vegetal cresce melhor dentro de uma faixa
de temperatura. O mesmo para animais aquáticos, e geralmente reconhecemos três grupos
de temperatura: água fria, água morna e água quente. Espécies de peixes água quente
crescem melhor a temperatura de 25ºC, mas se a temperatura ultrapassar os 32-35º C, o
crescimento pode ser prejudicado. Outros organismos como, por exemplo, bactérias,
fitoplâncton, e plantas com raízes, e processos químicos e físicos que influenciam a
qualidade do solo e da água também respondem favoravelmente ao aumento de
temperatura. Microorganismos decompõem a matéria orgânica mais rápida a 30º que a
25ºC. a taxa da maioria dos processos que afetam a qualidade da água e do solo dobram a
cada aumento de 10ºC na temperatura. Mesmo nos trópicos onde a temperatura é
relativamente constante, pequenas diferenças nas temperaturas das estações podem
influenciar o crescimento dos peixes.
pH da água
É a medida da concentração de íons H+ na água. O balanço dos íons hidrogênio e
hidróxido (OH-) determina quão ácida ou básica ela é. Na água quimicamente pura os íons
H+ estão em equilíbrio com os íons OH- e seu pH é neutro, ou seja, igual a 7. Os principais
fatores que determinam o pH da água são o gás carbônico dissolvido e a alcalinidade. O pH
das águas subterrâneas varia geralmente entre 5,5 e 8,5.
Dureza permanente:
É devida aos íons de cálcio e magnésio que se combinam com sulfato, cloretos, nitratos e
outros, dando origem a compostos solúveis que não podem ser retirados pelo aquecimento.
Dureza total:
É a soma da dureza temporária com a permanente. A dureza é expressa em miligrama por
litro (mg/L) ou miliequivalente por litro (meq/L) de CaCO3 (carbonato de cálcio)
independentemente dos íons que a estejam causando.
Condutividade Elétrica
Taxa de microorganismos
As bactérias do grupo coliforme são consideradas os principais indicadores de
contaminação fecal. O grupo coliforme é formado por um número de bactérias que inclui os
generos Klebsiella, Escherichia, Serratia, Erwenia e Enterobactéria. Todas as bactérias
coliformes são gram-negativas manchadas, de hastes não esporuladas que estão associadas
com as fezes de animais de sangue quente e com o solo. As bactérias coliformes fecais
reproduzem-se ativamente a 44,5 ºC e são capazes de fermentar o açúcar. O uso da bactéria
coliforme fecal para indicar poluição sanitária mostra-se mais significativo que o uso da
bactéria coliforme "total", porque as bactérias fecais estão restritas ao trato intestinal de
animais de sangue quente. A determinação da concentração dos coliformes assume
importância como parâmetro indicador da possibilidade da existência de microorganismos
patogênicos, responsáveis pela transmissão de doenças de veiculação hídrica, tais como
febre tifóide, febre paratifóide, desinteria bacilar e cólera.
Os coliformes estão presentes em grandes quantidades nas fezes do ser humano e
dos animais de sangue quente. A presença de coliformes na água não representa, por si só,
um perigo à saúde, mas indica a possível presença de outros organismos causadores de
problemas à saúde. Os principais indicadores de contaminação fecal são as concentrações
de coliformes totais e coliformes fecais, expressa em número de organismos por 100 ml de
água.
De modo geral, nas águas para abastecimento o limite de Coliformes Fecais
legalmente tolerável não deve ultrapassar 4.000 coliformes fecais em 100 ml de água em
80% das amostras colhidas em qualquer período do ano.
Cloretos
Ferro e Manganês