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Período Laboral
Revisão Bibliográfica
Discente:
Lucinda
Docente:
1.1. Objectivos........................................................................................................................ 2
2. Revisão Bibliográfica............................................................................................................. 3
1. Introdução
A água é um recurso natural fundamental à vida desenvolvimento econômico e ao bem estar
social, possuindo uma infinidade de usos, dos mais simples aos mais complexos. Apesar de
ser um bem público, vem se tornando pouco a pouco um recurso escasso que precisa ser
cuidado com muito discernimento (Neto, 2006).
A quantidade e a qualidade das águas doces no planeta sempre foram essenciais para manter
os ciclos de vida, a biodiversidade dos organismos e a sobrevivência da espécie humana.
Devido ao crescimento constante da população mundial, tem se aumentado também a
demanda por alimentos, e consequentemente o uso de recursos hídricos para a produção
destes alimentos, seja de origem vegetal ou animal, bem como nas indústrias e no próprio
consumo humano (Rebouças, 2002., Tundisi, 2003).
Dentro dos vários setores de produção e processamento de alimentos ocorre uma relação
direta entre o custo de produção e a disponibilidade de recursos hídricos, estes recursos estão
sendo utilizados muitas vezes de maneira inconsequente, o que nos leva à busca de novas
formas de produção que sejam mais sustentáveis para garantir uma água de qualidade e em
quantidade (Oliveira, 2010).
Desta maneira o controle da qualidade da água deve ser instituído na indústria de produtos de
origem animal, atendendo aos critérios da regulamentação vigente, com avaliação periódica
de suas características, para assegurar que os produtos de origem animal apresentem
excelência em qualidade microbiológica e físico-química. A utilização de água de
abastecimento de boa qualidade é condição essencial para um controle higiênico-sanitário.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Fazer uma revisão bibliográfica sobre a importância e aplicação da água na industria
alimentar.
1.1.2. Específicos
Descrever o processo de uso de água na industria alimentar;
Descrever os critérios de qualidade de água para industria alimentar;
Indicar as formas de tratamento da água para uso na industria alimentícia;
Descrever a aplicação da água para industrias alimentícias.
2. Revisão Bibliográfica
2.1. Água: Elemento Essencial
A água é um recurso natural fundamental para a sobrevivência de todos os seres vivos que
habitam a Terra. Ela é fundamental na produção de energia eléctrica, na higiene das cidades,
na construção de obras, no combate a incêndios, na irrigação de lavouras e na produção de
medicamentos, entre outras utilizações.
O uso nos processos industriais se inicia desde o agrupamento da água nos produtos
alimentícios até a limpeza de materiais, aparelhamento, acomodações, sistemas de
refrigeração e de geração de vapor. Estima-se que a cada ano acumula-se nas águas de 300
mil a 500 mil toneladas de dejetos provenientes dos efluentes industriais, que muitas vezes
podem transportar resíduos tóxicos (Lora, 2002).
A água é uma das mais importantes riquezas do mundo, sendo o nutriente imprescindível para
a sobrevivência de todos os tipos de seres vivos. No entanto a maioria da água não está
disponível para o consumo humano, devido a salinidade que compromete seu uso, estando
armazenada nos oceanos e mares, que correspondem acerca de 97,2% (figura 1). Sendo que
nem todas as demais fontes de água estão disponíveis, as águas das geleiras e parte das águas
subterrâneas, que correspondem respectivamente a 2,38% e 0,39% de toda água no mundo,
também estão indisponíveis para consumo (Victorino, 2007).
Outros usos: água para combate a incêndio, rega de áreas verdes ou incorporação em
diversos subprodutos gerados nos processos industriais.
c) Odor e sabor: Odor e sabor são duas sensações que se manifestam conjuntamente, o que
torna difícil sua separação. A água pura não produz sensação de odor ou sabor nos sentidos
humanos e em geral, as águas subterrâneas são desprovidas de odor. Independente da origem,
a presença de sabor e odor são indesejáveis em água potável, não devendo ser um empecilho
ao consumo. Os produtos que conferem odor ou sabor à água são usualmente originados de
Controle de Qualidade de Água e Alimentos 5
Água na Indústria Alimentar
a) Dureza: A dureza da água pode ser definida como a capacidade da água em precipitar
sabões, devido à presença dos iões de cálcio e magnésio (incorporados à água pela sua
passagem no solo). A água “dura” não apresenta problemas quanto a potabilidade. Porem na
indústria esse problema deve ser tratado, pois em temperaturas elevadas, esses minerais
tendem a formar incrustações, sendo perigoso para as caldeiras, tempo e vida útil de máquinas
de lavar.
b) Acidez e Alcalinidade: A acidez é representada pelos teores de CO2 livre; ácidos minerais
e orgânicos, os quais por dissolução liberam iões de hidrogênio para a solução. Qualquer tipo
de acidez apresenta o risco de corrosividade. A alcalinidade, geralmente é devida a
carbonatos, bicarbonatos e hidróxidos de cálcio, magnésio, ferro, sódio e manganês, podendo
apresentar os mesmos problemas da água dura em sistema de geração de vapor (Figueiredo,
2002).
Esse procedimento pode ser aplicado na indústria para detecção da fonte de contaminação
através do teste de amostragem na linha de produção. Esta contagem tem a finalidade de
estimar o número de bactérias, visto que certas condições do teste, como temperatura de
incubação, composição do meio, pH, potencial de oxi-redução, formação de aglomerados de
bactérias e outros, limitam o crescimento de alguns microorganismos da amostra.
A água pode ser usada como veículo na incorporação de ingredientes a fórmulas, ou como
agente de sanitização e limpeza, além de poder atuar como fonte de resfriamento ou
aquecimento, ou como veículo para microrganismos patógenos e deterioradores. Há diversos
constituintes nela dissolvidos, podendo alterar a sua qualidade, seja para processos industriais
ou para o consumo (Leite et al., 2003).
Segundo Figueiredo (2002), deve-se ter como princípio geral a manipulação de alimentos
somente com água potável. “A água circulada para ser utilizada dentro de um estabelecimento
deve ser tratada e mantida em condições tais que seu uso não possa representar um risco para
a saúde. O processo de tratamento deve ser mantido sob constante vigilância...”.
É extenso o uso da água nas operações de processamento de alimentos. Deve-se garantir que a
água para uso deva ser segura e adequada para o propósito intencionado.
Uma das grandes dificuldades para adequar a qualidade da água aos requisitos exigidos é a
caracterização da qualidade do efluente a ser tratado, pois há incertezas em relação à
presença, identificação e quantificação de substâncias que podem trazer algum risco à saúde
pública. Na Figura, é mostrado um gráfico com a distribuição do consumo de água em uma
indústria alimentícia (DPPEA, 2004).
Considera-se que águas com até 50 coliformes por 100 mL podem tornar-se boas, do ponto de
vista de saúde pública, quando submetidas somente a cloração. Águas que contenham um
número de coliformes superior ao descrito anteriormente devem ser submetidas ao tratamento
completo, incluindo filtração lenta, ou coagulação, decantação e filtração rápida e cloração.
Do mesmo modo, águas contendo número de coliformes superior a 5.000/100 mL não podem
ser tratadas de forma satisfatória (Mierzwa & Hespanhol, 2000).
O uso da água na industria alimentar tem um papel muito importante nos que diz respeitos á
saúde dos consumidores assim como o funcionamentos dos instrumentos usados no
processamento dos alimentos. Daí que verificam-se vários problemas como:
Existem várias fontes e materiais suscetíveis que podem levar a contaminação dos produtos
finais. Dentre eles, destacam-se as falha na higiene do pessoal envolvido com a manipulação
do produto; a deficiência da limpeza e sanitização das instalações e equipamentos e a
ineficiência dos mecanismos de purificação da água, que pela grande quantidade de volume
de água utilizado na indústria, as falhas na garantia de qualidade desta estão envolvidas
diretamente com falhas na qualidade da matéria prima (Mierzwa & Hespanhol, 2005).
3. Considerações finais
A água é amplamente utilizada nas indústrias de alimentos como veículo para aquecimento e
resfriamento, limpeza e sanificação de equipamentos, além do seu uso como ingrediente ou
como veículo para incorporar ingredientes. Assim sendo, as características físicas, químicas e
microbiológicas da água interferem diretamente na qualidade sanitária dos alimentos
produzidos, assim como na vida útil dos equipamentos, utensílios e superfícies industriais.
Referências Bibliográficas
Barreto, C. O. Eficiência de leito de macrófitas como unidade de polimento de efluente de
indústria de aditivos para ração. 2005. Faculdade de Engenharia Agrícola, Campinas. 2005.
Leite, et al. (2003). Controle de qualidade da água em indústrias de alimentos. Revista Leite
e Derivados. Acedido em: 22 de agosto de 2019. Disponível em:
http://www.dipemar.com.br/leite/69/materia_atecnico_leite.htm
Rebouças, A. C. (2002). Água doce no Mundo e no Brasil. In: Águas doces no Brasil.
2. ed. São Paulo: Escrituras editora, p.1-37.
Tundisi, J. G. (2003). Novas perspectivas para a gestão de recursos hídricos, Revista USP,
São Paulo, n.70, p. 24 35.
Victorino, C. J. A. (2007). Planeta água morrendo de sede. Porto Alegre RS. Ed. Edipucrs,
2007, p, 4. Acediddo em 22 de agosto de 2019. Disponível em:
http://www.pucrs.br/edipucrs/online/planetaagua/planetaagua/cap mid=83