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Origem e difusão do alfabeto

A fase posterior de desembocar no alfabeto desenvolvido no Médio Oriente a partir de


1600 a.c. julga-se que este alfabeto semítico setentrional, tenha sido inventado entre os
cananeus, hebreus primitivos e fenícios, mas costas orientais do Mediterrâneo. Têm-se
procurado possiveis fontes de alfabeto fenício quer na escrita hierática egípcia, nos
caracteres lineares cretenses, Chipre e Ásia Menor pré-histórias, nos antigos hititas da
Ásia Menor, na escrita linear dos acádios sumérios e dos primitivos babilônios da
Mesopotâmia.
A primeira forma da escrita-pictografica-verificou-se entre os sumérios, pelo menos
desde 3500 a.c. mais tarde passou-se à escrita cuneiforme, realizada com auxílio de
estiletes com pontas aguçadas, com os quais se gravaram os símbolos em forma de
Cunha. Tal evolução efectuou-se muito gradualmente: os primeiros sinais pornográficos
começaram por serem desenhos estilizados, mas sob as necessidades eminente práticas
dos escribas, facilmente descobriram ser mais fácil gravá-los lateralmente pelo que
foram, ao longo do tempo, gradualmente simplificados e reduzidos a uma série de
traços. Perdurou durante durante 3000 anos até ao século I a.c difundindo-se por todo o
próximo Oriente. Mais tarde os minóicos da ilha de Creta desenvolveriam a escrita
linear desde 1600 a.c que possuía já a particularidade de ser uniformemente escrita em
linhas horizontais. Estas escritas lineares são conhecidas por Linear A e Linear B.
Do Sinai o alfabeto difundiu-se para a Arábia e para norte, para a Palestina e a partir da
qual tornou-se o progenitor do alfabeto fenício.
O alfabeto fenício ter-se-ia difundido na Grécia, entre 800 e 700 a.c., favorecido pela
expansão mercantil fenícia com os gregos na Ásia Menor e na ilha do Mediterrâneo
oriental.
Porém, os gregos não se contrataram em receber o alfabeto do fenícios sem lhes
introduzirem modificações substanciais; inicialmente os gregos escreviam da esquerda
para a direita para a esquerda, alteradament3 e, por essa razão, chamaram a este método
para a frente e para trás bustrofedon, que significa “como os bois de sulco para o outro”.
A outra inovação que os gregos introduziram foi a adaptação de sinais fenícios para a
representação de sons vocálicos e de ditongos.
O alfabeto Ocidental, cananeu, introduzido pelos gregos na Europa Ocidental, cerca de
1000 a.c., foi o precursor do alfabeto latino. Difundiu-se em Itália e por aí se
generalizou entre os povos europeus de cultura latina. Mas como terá penetrado o
alfabeto na península itálica? Através dos pelasgos, ou muitos anos que os estruscos
teriam recebido o alfabeto através dos colonos gregos estabelecidos em Cumas, perto da
colónia de Nápoles em meados do século VIII a.c.
Mas um achado achado arqueológico, uma placa de escrever de marfim, descoberta em
Marsiliana, datado do século VIII ou dos princípios do século VII a.c.
Os antigos romanos aprenderam assim o alfabeto com os seus vizinhos etruscos e
introduziram, por sua vez, algumas alterações. Adaptaram no século VII a.c., as 21
letras do alfabeto etrusco. Colocaram de parte a letra K, suvstituindo-a por C,
conservaram a antiga letra F, a letra Z do antigo alfabeto grego foi substituída por uma
nova letra, o G. Estabeleceram o costume de escrever a letra Q, que tinha caído
completamente em desuso pelos gregos e estruscos, acompanhada de letra V, utilizaram
a letra V, como vogal e como semi-vogal, tendo-se mais tarde arredondado a forma do
V, para se transformar no U que passou a ser utilizada como vogal. Depois da conquista
da Grécia no século II a.c., adoptaram as letras Y e Z para representarem sons gregos,
para já durante a idade Média acrescentaram o J, o U e o W, formando-se assim o
alfabeto de 26 letras, tal como hoje é usado no Ocidente.
Nesta altura, utilizava-se apenas uma forma para cada letra do alfabeto, o que não
acontece actualmente.
Em suma, vemos a forma da escrita evoluir a partir dos espécimes cuneiformes
realizada em placas em pedra, entre os egípcios. Depois passa para as pinceladas dos
escribas, realizadas com pincel de cana sobre o papiro, para atingir uma forma de escrita
cursiva entre os romanos, realizada em placas de madeira ou de marfim encerradas ou
feita com pena de ave vendida na suave superfície dos felinos e dos pergaminhos.
Verifou-se, posteriormente, que a arte da escrita degenerou, na ausência de uma regida
disciplina ou norma, sendo frequente a utilização de misturas de unciais, semi-unciais,
cursiva, até que no fim do século VIII Carlos Magno fundava a escola de Tours, onde
desenvolveu a impôs a escrita Carolina. Este estilo baseava-se na combinação de
diversos estilos procurando competir com a beleza e a legibilade dos antigos
manuscritos. Generalizou também o uso os espaços entre as palavras, para facilitar á
leitura que até então era facultativo.
Posteriormente, durante a Renascença, estimulados pelos novos contactos com os
clássicos romanos, regressou-se a uma escrita mais arredondada e legível, a littera
antiqua, da qual resultou a escrita humanística do século XV muito semelhante com a
escrita romana. Estadaria origem ainda a dois estilos principais, um antecessor da
moderna “letra romana” e uma escrita veneziana, antecessora das letras inclinadas
conhecidas por itálico. Por fim, a caligrafia só se generalizou durante os séculos XVIII e
XIX com a difusão da alfabetização, o aumento do hábito de escrever cartas e a
expansão dos Correios.

2.1.3 Materiais utilizados


Foram utilizados os mais diversos materiais para servirem de suporte á escrita. As mais
remotas gravações de pictogramas foram realizadas em rochas e monumentos na pérsia
em placas de argila por acádios, assírios e babilónios.
O principal suporte era o barro, pelo que os sinais gráficos tinham que ser abertos com
estiletes de madeira sobre a massa mole de argila, tomando a forma de traços com a
forma de pequenas cunhas para que a cozedura não os alterasse.
Para além das placas de argila cozida, foram também utilizados outros suportes, como
tabuinhas de madeira, marfim e para documentos importantes esculpira-se em pedra. Na
China, antes do aparecimento do papel, faziam-se enquanto os romanos e egípcios
utilizaram o linho para o mesmo efeito. Os romanos utilizaram também placas de
madeira ou de marfim, os pugilares, que tinham os bordos levemente erguidos e o
espaço entre eles revestido com uma fina camada de cera.
Para a escritura utilizava-se um estilete com uma ponta aguçada para fazer as
inscrições, alisando e uma extremidade romba para as correcoes, alisando a cera.
No Egipto, a proximidade na mês.a altura, há 50 séculos, desenvolvia-se a escrita
hieroglífica que não se destinava a ser utilizada na vida diária, mas em documentos
importantes e sagrados. ( o nome hieróglifo significa literalmente entalhes sagrados ).
Os hieróglifos destinavam-se a serem utilizados em inscrições tumulares, nas paredes
dos templos, em pedra ou em madeira, remontando as primeiras inscrições egípcios em
pedra, a inscrição de send, acerca de 4000 a.c. ( MCMURTRIE, 1965:p.25 e segs.)

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