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Hieróglifos

Durante quase 15 séculos, a humanidade olhou fascinada para os hieróglifos egípcios sem lhe
entender o sentido. Os sacerdotes egípcios do século IV de nossa era foram os últimos homens a
utilizar essa linguagem. Eles, mantendo a linguagem tão fechada, fizeram com que o significado
dessas mensagens se perdessem. Os Europeus da época, e posteriormente, pensavam que os
hieróglifos eram instrumentos místicos de algum rito demoníaco.

Os hieróglifos podem ter começado em tempos pré-históricos como uma escrita por meio de
imagens. Embora os egípcios nunca tivessem formado um alfabeto como o conhecemos,
estabeleceram símbolos para todas os sons consonantais da sua língua. O sistema mostrou-se
notavelmente eficiente. Combinando-se fonogramas, formavam-se versões esquematizadas de
palavras. Nem todos os hieróglifos abandonavam a sua função de imagens de palavras para se
tornarem símbolos fonéticos. Pelo menos 100 hieróglifos eram usados para representar a palavra
que retratavam, sendo usados também como determinativos do significado das palavras.

Durante 3000 anos constituíram a linguagem monumental do Egito. A última inscrição conhecida é
do ano de 394 d.C., quando o Egito era uma província romana. Já então, tantos hieróglifos tinham
sido propositadamente obscurecido pelos escribas sacerdotais fazendo com que os sinais fossem
incompreensíveis para a maioria dos egípcios. Em 1822, um lingüista francês provou que os
desenhos podiam formar palavras não relacionadas com a imagem. Só então os homens do Ocidente
começaram a compreender que tinham diante de si toda uma linguagem que representava a chave
para o que até então tinha sido um povo misterioso.

Alfabeto egípcio

Bem no início da história do Egito, há mais de 6.000 anos, os Egípcios usavam simples figuras
chamadas hieróglifos para a sua escrita. Isto significa que tudo e cada idéia tinha de ter sua própria
figura representativa. Gradualmente, essas figuras foram tornando-se mais simples, e algumas vezes
usavam-se apenas parte de uma palavra.

Mais tarde, algumas figuras foram aproveitadas como letras, pela primeira vez na História. Essas
letras, contudo, eram ainda misturadas com figuras de sílabas e de palavras. É possível que os
Fenícios, que foram os primeiros a usar somente letras para escrever, tenham se inspirado nos
Egípcios. O alfabeto egípcio é na verdade o ancestral do nosso. Mesmo a palavra "alfabeto" vem daí.
As primeiras duas letras do alfabeto deles são: "aleph" e "beth", nomes de "boi" e "casa",
respectivamente.
Os Gregos copiaram suas letras dos fenícios e tentaram copiar seus nomes, mas "aleph" tornou-se
ALFA e "beth" tornou-se BETA. Se você puser as duas palavras juntas, dará (adaptado ao Português)
"ALFABETO". Depois de algum tempo, os Gregos fizeram suas letras tomar formato contrário. Deles
os romanos copiaram a maior parte do seu alfabeto. Depois que dominaram a região chamada
"Ibéria", tornou-se comum o uso do alfabeto Latino. Quando os visigodos a invadiram, por sua vez,
introduziram novas letras, com as quais foram grafados trechos da Bíblia.

A partir do Século XV começaram a vigorar os "CARACTERES ITÁLICOS", o chamado "ALFABETO


REDONDO", adotado definitivamente no Século XVII em diante. E, finalmente, com relação a Língua,
sabe-se que o "Latim" foi e é a 'Língua Mãe' de todas as línguas atuais, até mesmo daqueles que
possuem grafias diferentes a do Português, pois foi com base nela em que estudiosos criaram outros
alfabetos próprios, como por exemplo o Alfabeto Cirílico, usado atualmente na Rússia; criado por
dois estudiosos russos, os irmãos São Cirilo e São Metódio (dois missionários que trabalhavam para a
conversão da Rússia Antiga ao Cristianismo, e pesquisadores de várias outras línguas, como o
Grego).

EGÍPCIA

Há mais de 4000 anos antes de Cristo, a dominação das técnicas agrícolas permitiu o surgimento de
várias civilizações ao redor do mundo. No extremo nordeste da África, em uma região de
características desérticas, a civilização egípcia floresceu graças aos abundantes recursos hídricos e
terras férteis que se localizavam nas margens do rio Nilo.

O ciclo das águas nesta região promovia o regular transbordamento do rio que, durante a seca,
deixava um rico material orgânico na superfície de suas terras. Percebendo tal alteração, os egípcios
tiveram a capacidade de desenvolver uma civilização próspera que se ampliou graças às fartas
colheitas realizadas. Dessa forma, temos definido o processo de desenvolvimento e expansão dos
egípcios.

No campo político, os egípcios estiveram organizados através da formação dos nomos. Os nomos
eram pequenas parcelas do território egípcio administradas por um nomarca. Tempos mais tarde,
esses vários nomos estavam centralizados sob o poderio de um imperador. No ano de 3200 a.C.,
Menés, o governante do Alto Egito, promoveu a subordinação de 42 nomos, dando início ao Império
Egípcio.

A sociedade egípcia era organizada por meio de critérios religiosos e econômicos. O faraó ocupava o
topo desta hierarquia na condição de chefe de Estado e encarnação do deus Hórus. Logo abaixo,
temos os sacerdotes como agentes organizadores dos cultos e festividades religiosas. Os nobres e
escribas ocupavam uma posição intermediária realizando importantes tarefas que mantinham o
funcionamento do Estado.

A base desta sociedade ainda contava com os soldados, que eram sustentados pelo governo e
garantiam a hegemonia do poder faraônico através das armas. Logo abaixo, os camponeses e
artesãos, que trabalhavam nas colheitas e na organização das obras públicas necessárias ao
desenvolvimento agrícola e comercial. Por fim, havia uma pequena parcela de escravos que também
estavam subordinados ao Faraó.

Além de conseguir prosperar economicamente pelo rígido controle da produção agrícola, podemos
notar que os egípcios também produziram conhecimento e variados campos. A arquitetura, a
medicina e a astronomia figuram como as mais interessantes facetas do legado científico egípcio.
Vale à pena ressaltar também a escrita, que se organizava por complexos sistemas de símbolos e
códigos.

Autor

Por Rainer Sousa

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