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Ana Augusto
Aua Ali
Domingos Jorge Rafael
Daude Assumane Daude
Edmilson Calisto Anselmo
Edson Elias Nachani
João António
Juliana Emílio
Ismael Fernando Amade
Sónia Abdala Marques
Universidade Rovuma
Montepuez
2024
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Ana Augusto
Aua Ali
Domingos Jorge Rafael
Daude Assumane Daude
Edmilson Calisto Anselmo
Edson Elias Nachani
João António
Juliana Emílio
Ismael Fernando Amade
Sónia Abdala Marques
Universidade Rovuma
Montepuez
2024
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Índice
1. Introdução..........................................................................................................................................3
1.2.Objectivos........................................................................................................................................4
1.2.1.Objectivo geral.............................................................................................................................4
1.2.1.Objectivos específicos..................................................................................................................4
2. Antiguidade (... - 476).......................................................................................................................5
2.1. Origens e Desenvolvimento............................................................................................................5
3. Idade média (476-1450 C.)................................................................................................................7
3.1. Música Medieval............................................................................................................................7
3.1.1. Música monofónica.....................................................................................................................7
3.1.2.Música polifónica.........................................................................................................................7
3.1.3. Principais Compositores Medievais.............................................................................................8
4. Música Renascentista........................................................................................................................9
4.1. Música Vocal..................................................................................................................................9
4.2. Música Instrumental.....................................................................................................................10
4.3. Principais Compositores Renascentistas.......................................................................................10
5. Música Barroca................................................................................................................................10
5.1. Música Vocal................................................................................................................................10
5.2. Música Instrumental.....................................................................................................................11
5.3. Principais Compositores Barrocos................................................................................................11
6. Música Clássica...............................................................................................................................12
6.1. Música Instrumental.....................................................................................................................12
6.2. Principais Compositores Clássicos...............................................................................................13
7. Música Romântica...........................................................................................................................14
7.1. Principais Compositores Românticos...........................................................................................15
8. Música Moderna..............................................................................................................................15
8.1. Melodias.......................................................................................................................................16
8.2. Ritmos..........................................................................................................................................16
8.3. Timbres.........................................................................................................................................16
9. Conclusão........................................................................................................................................18
10. Referências Bibliográficas.............................................................................................................19
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1. Introdução
O presente trabalho fala sobre a história da música ocidental desde antiguidade até
actualidade, ou seja, música moderna no que diz respeito a essa história da música ocidental,
em sentido estrito, começa com a música da igreja cristã. Todavia, ao longo de toda a Idade
Média, e mesmo nos dias de hoje, artistas e intelectuais têm ido continuamente à Grécia e a
Roma à procura de ensinamentos, correcções e inspiração nos mais diversos campos de
actividades. Isto também é válido para a música, embora com algumas diferenças importantes
em relação às outras artes. A literatura romana, por exemplo, nunca deixou de exercer a sua
influência ao longo da Idade Média. Virgílio, Ovídio, Horácio e Cícero continuaram sempre a
ser estudados e lidos. Esta influência tomou-se bem mais importante nos séculos xiv e xv, à
medida que foram sendo conhecidas mais obras romanas; ao mesmo tempo ia sendo
gradualmente recuperado aquilo que sobrevivera da literatura grega.
1.2.Objectivos
1.2.1.Objectivo geral
Conhecer a história da música ocidental.
1.2.1.Objectivos específicos
Identificar os principais compositores desde a música mediaval até a moderna;
Diferenciar o estilo de música durante a evolução;
Determinar da música da antiguidade e actual.
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A música dos gregos vem da Mesopotâmia, Ásia Menor, Egipto... As múltiplas reproduções
em ânforas e a documentação literária na 1/lada e na Odisseia de Homero (séc. VIII a.C.)
dão-nos uma ideia mais exacta da música. Para os gregos a música aparece ligada às figuras
de Apolo, Dionisio, nove musas... (JULIANE, 1987).
Nos diferentes mitos o poder mágico desta arte está evidenciado. A palavra Música, Musike
para os gregos, tinha um sentido mais vasto, ou seja, significava a união de diferentes artes,
tais como, poesia, canto, dança e música instrumental. Mesmo em sentido especializado, ao
nunca ser desenvolvida como arte autónoma, a música está quase sempre ligada à poesia, que
é normalmente cantada e acompanhada por instrumentos (JULIANE, 1987).
O Ocidente europeu possuía uma tradição pré-histórica própria. É bem conhecido o papel
preponderante assumido pelos druidas, sacerdotes, bardos e poetas, na organização das
sociedades celtas pré-romanas (WILLIAM, 1966).
A tradição musical da Anatólia, porém, penetrou na Europa através da cultura grega, cuja
elaborada teoria musical constituiu o ponto de partida da identidade da música ocidental,
bastante diversa da do Extremo Oriente (WILLIAM, 1966).
Ao redor 500 D.C. a civilização ocidental começou a emergir do período conhecido como ”A
Idade Escura,” . Durante os próximos 10 séculos, a Igreja católica recentemente emergida
dominaria a Europa, enquanto administrando justiça, instigando ”as Cruzadas Santas” contra
o Leste, estabelecendo Universidades, e geralmente ditando o destino da música, arte e
literatura. Dessa forma classificou a música conhecida como canto gregoriano que era a
música aprovada pela Igreja (PAUL, 1945).
Muito posterior, a Universidade de Notre Dame em Paris viu a criação de um tipo novo de
música chamada organum. Foi cantada a música secular por toda parte na Europa pelos
trovadores e trouvères de França. E foi durante a Idade Média que a cultura ocidental viu a
chegada do primeiro grande nome em música, o de Guillaume Machaut (PAUL, 1945).
Diante do exposto, podemos dividir a história da música em períodos distintos, cada qual
identificado por um estilo. É claro que um estilo musical não se faz da noite para o dia. É um
processo lento e gradual, sempre com os estilos sobrepondo-se uns aos outros. Mas, para
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3.1.2.Música polifónica
As primeiras composições datam do séc. IX e consistem na sobreposição de duas ou mais
melodias, ou seja, o chamado organum. A época Notre Dame constituiu um dos primeiros
pontos culminantes na história da polifonia: o seu nome provém da escola de cantores da
Catedral, desde 1163 até meados do séc.XIII. Aqui as partituras de organum alcançaram um
admirável estádio de elaboração. Apenas o nome de dois compositores chegou até nós: o de
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Leonin (até 1180) e p de Pérotin (até 1200). Os géneros da época de Notre-Dame são, para
além do organum, o motete e o conductus (ELLIOTT, 1967).
Durante muito tempo, a música foi cultivada por transmissão oral, até que se inventou um
sistema de escrita. Por volta do século IX apareceu, pela primeira vez, a pauta musical. O
monge italiano Guido d’Arezzo (995 – 1050) sugeriu o uso de uma pauta de quatro linhas. O
sistema é usado até hoje no canto gregoriano (ELLIOTT, 1967).
A utilização do sistema silábico de dar nome às notas deve-se também ao monge Guido
d’Arezzo e encontra-se num hino ao padroeiro dos músicos, São João Batista:
Ut queant laxit
Ressonare fibris
Mira gestorum
Famuli tuorum
Solvi polluti
Labii reatum
Sancte Ioannes
(Com o passar do tempo o Ut foi substituido pelo Dó).
O tipo de música mais antigo que conhecemos consiste em uma única linha melódica
cantada, sem qualquer acompanhamento. Este estilo é o chamado Cantochão ou Canto
Gregoriano. Com o passar do tempo acrescentou-se outras vozes ao cantochão, criando-se as
primeiras composições em estilo coral (BARBARA, 1986).
Além do Cantochão, cantado nas igrejas, produziam-se na Idade Média muitas danças e
canções. Durante os séculos XII e XIII houve intensa produção de obras em forma de canção,
composta pelos Trovadores, poetas e músicos do sul da França (BARBARA, 1986).
As danças eram muito populares em festas e feiras e podiam ser tocadas por dois
instrumentos, como um grupo mais numeroso. Os instrumentos que acompanhavam estas
danças incluíam: a viela (antepassado da família do violino), o alaúde, flautas doces de vários
tamanhos, gaitas de foles, o trompete reto medieval, instrumentos de percussão (triângulos,
sinos, tambores, etc.) (BARBARA, 1986).
4. Música Renascentista
O período da Renascença se caracterizou, na História da Europa Ocidental, sobretudo pelo
enorme interesse ao saber e à cultura, particularmente a muitas idéias dos antigos gregos e
romanos (GERALD, 1943).
Foi também uma época de grandes descobertas e explorações, em que Vasco da Gama,
Colombo, Cabral e outros exploradores estavam fazendo suas viagens, enquanto notáveis
avanços se processavam na Ciência e Astronomia (GERALD, 1943).
Os compositores passaram a ter um interesse muito mais vivo pela música profana (música
não religiosa), inclusive em escrever peças para instrumentos, já não usados somente para
acompanhar vozes. No entanto, os maiores tesouros musicais renascentistas foram compostos
para a igreja, num estilo descrito como polifonia coral ou policoral e cantados sem
acompanhamento de instrumentos ( à Capela) (GERALD, 1943).
Os Motetos eram peças escritas para no mínimo quatro vozes, cantados geralmente nas
igrejas. Os Madrigais eram canções populares escritas para várias vozes e que se
caracterizam-se por não ter refrão. De grande sucesso nas Inglaterra do século XVI, passaram
a ser cantados nos lares de todas as famílias apaixonadas por música (GERALD, 1943).
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Em muitos lares, além de flautas, alaúdes e violas, havia também um instrumento de teclado,
que podia ser um pequeno órgão, virginal ou clavicórdio. A maioria dos compositores
ingleses escreveu peças para o virginal. No Renascimento surgiram os primeiros álbuns de
música, só para instrumentos de teclados. Muitos instrumentos, como as charamelas, as
flautas e alguns tipos de cornetos medievais e cromornes continuavam populares. Outros,
como o alaúde, passaram por aperfeiçoamentos (GERALD, 1943).
5. Música Barroca
A palavra Barroco é provavelmente de origem portuguesa, significando pérola ou jóia no
formato irregular. De início era usada para designar o estilo de arquitetura e da arte do século
XVII, caracterizado pelo excesso de ornamentos. Mais tarde, o termo passou a ser empregado
pelos músicos para indicar o período da história da música que vai do aparecimento da ópera
e do oratório até a morte de J. S. Bach (DMITRI, 1968).
Alessandro Scarlatti (1660-1725) foi o mais popular compositor italiano de óperas. Na França
os principais compositores de óperas foram Lully (1632-1687) e Rameau (1683-1764)
(DMITRI, 1968).
Nascido na mesma época da ópera, o Oratório é outra importante forma de música vocal
barroca. O oratório é um tipo de ópera com histórias tiradas da Bíblia. Com o passar do
tempo os oratórios deixaram de ser representados e passaram a ser apenas cantados. Os mais
famosos oratórios são os do compositor alemão Haendel (1685-1759), do início do século
XVIII: Israel no Egito, Sansão e o famoso Messias. As Cantatas são oratórios em miniaturas
e eram apresentados nas missas (DMITRI, 1968).
Um traço constante nas orquestras barrocas, porém, era a presença do cravo ou órgão como
contínuo, fazendo o baixo e preenchendo a harmonia. Novas formas de composição foram
criadas, como a fuga, a sonata, a suíte e o concerto (DMITRI, 1968).
6. Música Clássica
O termo ‘Clássico’, em música, é empregado em dois sentidos diferentes. As pessoas, as
vezes, usam a expressão ‘música clássica’ considerando toda a música dividida em duas
grandes partes: ‘clássica’ e ‘popular’ (HALSEY, 1964).
Para o musicólogo, entretanto, ‘Música Clássica’ tem sentido especial e preciso: é a música
composta entre 1750 e 1810, que inclui a música de Haydn e Mozart, bem como as
composições iniciais de Beethoven (HALSEY, 1964).
A serviço da alta nobreza, o músico não passava de um “criado” que, depois de fornecer
música para fundo de jantares e conversas, ia jantar na cozinha com os demais empregados da
casa. Para agradar seus patrões, precisava seguir as tradições musicais. Em sua obra
respeitava e refletia as emoções da corte. A imaginação criadora não seria bem-vinda se
representasse a quebra das estruturas tradicionais. Haydn aceitou esse trato e cumpriu suas
obrigações (HALSEY, 1964).
Mozart não aceitou estes limites e pagou um preço alto pela obstinação em se manter fiel à
seus princípios. As cortes o relegaram ao esquecimento e o deixaram morrer como um
mendigo. Beethoven foi o primeiro a decidir que não devia obrigações a ninguém e exigiu ser
respeitado como artista. Nascia, com Beethoven, o pensamento romântico (HALSEY, 1964).
Durante o Período Clássico, a música instrumental passou a ter maior importância que a
vocal. Nesta época criou-se a Sonata. É uma obra com vários movimentos para um ou mais
instrumentos (HALSEY, 1964).
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A Sinfonia é, na realidade, uma sonata para orquestra. Seu número de movimentos passam a
ser quatro: rápido – lento – Minueto – muito rápido. Haydn, Mozart e Beethoven foram os
maiores compositores de sinfonias do Classicismo (HALSEY, 1964).
Rápido;
Lento;
Rápido.
Muitas obras foram escritas para o pianoforte, em geral chamado piano para abreviar.
Bartolomeu Cristfori, construtor de cravos italiano, por volta de 1700 já havia concluído a
fabricação de pelo menos um destes instrumentos. Enquanto as cordas do cravo são tangidas
por bicos de penas, o piano tem suas cordas percutidas por martelos, cuja dinâmica pode ser
variada de acordo com a pressão dos dedos do executante. Isso daria ao piano grande poder
de expressão e abriria uma série de possibilidades novas (HALSEY, 1964).
No começo o piano custou para se tornar popular porque os primeiros modelos eram muito
precários. Mas, no final do século XVIII o cravo já havia caído em desuso, substituído pelo
piano (HALSEY, 1964).
7. Música Romântica
Os compositores clássicos tinham por objetivo atingir o equilíbrio entre a estrutura formal e a
expressividade. Os românticos vieram desequilibrar tudo. Eles buscavam maior liberdade de
forma, a expressão mais intensa e vigorosa das emoções, frequentemente revelando seus
pensamentos mais profundos, inclusive suas dores. Muitos compositores românticos eram
ávidos leitores e tinham grande interesse pelas outras artes, relacionando-se estreitamente
com escritores e pintores (JANET, 1983).
Não raro uma composição romântica tinha como fonte de inspiração um quadro visto ou um
livro lido pelo compositor. Dentre as muitas ideias que exerceram enorme fascínio sobre os
compositores românticos temos: terras exóticas e o passado distante, os sonhos, a noite e o
luar, os rios, os lagos e as florestas, as tristezas do amor, lendas e contos de fadas, mistério, a
magia e o sobrenatural. As melodias tornam-se apaixonadas, semelhantes à canção. As
harmonias tornam-se mais ricas, com maior emprego de dissonâncias (JANET, 1983).
As óperas mais famosas hoje em dia são as românticas. Os grandes compositores de óperas
do Romantismo foram os italianos Verdi e Rossini e na Alemanha, Wagner. No Brasil,
destaca-se Antônio Carlos Gomes com suas óperas O Guarani, Fosca, O Escravo, (JANET,
1983).
A orquestra cresceu não só em tamanho, mas como em abrangência. A seção dos metais
ganhou maior importância. Na seção das madeiras adicionou-se o flautim, o clarone, o corne
inglês e o contrafagote. Os instrumentos de percussão ficaram mais variados (JANET, 1983).
Até a metade do século XIX, toda a música fora dominada pelas influências alemãs. Foi
quando compositores de outros países, principalmente os russos, passaram a ter a necessidade
de criar a sua música. Inspiravam-se nas músicas folclóricas e lendas de seus países. É o
chamado Nacionalismo Musical (JANET, 1983).
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No século XIX o piano passou por diversos melhoramentos. Quase todos os compositores
românticos escreveram para o piano, mas os mais importantes foram: Schubert, Mendelssohn,
Chopin, Schumann, Liszt e Brahms. Embora em meio às obras destes compositores se
encontrem sonatas, a preferência era para peças curtas e de forma mais livre (JANET, 1983).
Havia uma grande variedade, entre elas as danças como as valsas, as polonaises e as
mazurcas, peças breves como o romance, a canção sem palavras, o prelúdio, o noturno, a
balada e o improviso (JANET, 1983).
Outro tipo de composição foi o Étude (Estudo), cujo objetivo era o aprimoramento técnico do
instrumentista. Com efeito, durante esta época houve um grande avanço nesse sentido,
favorecendo a figura do Virtuose : músico de concerto, dotado de uma extraordinária técnica.
Virtuoses como o violinista Paganini e o pianista Liszt eram admirados por platéias
assombradas (JANET, 1983).
8. Música Moderna
A história da música no século XX constitui uma série de tentativas e experiências que
levaram a uma série de novas tendências, técnicas e, em certos casos, também a criação
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de novos sons, tudo contribuindo para que seja um dos períodos mais empolgantes da
história da música (JOSÉ, 2010).
Enquanto a música nos períodos anteriores podia ser identificada por um único e mesmo
estilo, comum a todos os compositores da época, no século XX ela se mostra como uma
mistura complexa de muitas tendências (JOSÉ, 2010).
A maioria das tendências compartilham uma coisa em comum: uma reação contra o estilo
romântico do século XIX. Tal fato fez com que certos críticos descrevessem a música do
século XX com “anti-romântica”. Dentre as tendências e técnicas de composição mais
importantes da música do século XX encontram-se (JOSÉ, 2010):
8.1. Melodias
São curtas e fragmentadas, angulosas, em lugar das longas sonoridades românticas. Em
algumas peças, a melodia pode ser inexistente (JOSÉ, 2010).
8.2. Ritmos
Vigorosos e dinâmicos, com amplo emprego dos sincopados; métricas inusitadas, como
compassos de cinco e sete tempos; mudança de métrica de um compasso para outro, uso
de vários ritmos diferentes ao mesmo tempo (JOSÉ, 2010).
8.3. Timbres
A maior preocupação com os timbres leva a inclusão de sons estranhos, intrigantes e
exóticos; fortes contrastes, às vezes atéexplosivos; uso mais enfático da seção de
percussão; sons desconhecidos tirados de instrumentos conhecidos; sons inteiramente
novos, provenientes de aparelhagens eletrônicas e fitas magnéticas (JOSÉ, 2010).
9. Conclusão
Se recordarmos as quatro características básicas da música ocidental que começaram a tomar
forma no século XI, veremos que o século XX alterou três de entre elas ao ponto de as deixar
quase irreconhecíveis. A composição, no sentido de uma obra de arte que existe
independentemente de cada execução particular, deu lugar, até certo ponto, à improvisação
controlada (que era também a prática corrente na antiguidade e na alta Idade Média). Quanto
à notação, a partitura deixou em muitos casos de ser um conjunto definitivo de instruções; o
intérprete, em vez de ser um simples mediador entre o compositor e o público, tornou-se, ele
próprio, em grande medida, o compositor (de novo como na alta Idade Média). Os princípios
ordenadores mudaram — é defensável a afirmação segundo a qual esta mudança foi maior do
que todas as que se verificaram ao longo dos oito séculos anteriores; se pensarmos na
indeterminação total, os princípios ordenadores deixaram deliberadamente de existir. Só a
polifonia permanece. Tendo tudo isto em conta, não parece exagerado dizer que o século XX
assistiu a uma revolução musical no sentido pleno do termo.
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GERALD ABRAHAM, Eight Soviet Composers, Nova Iorque, Oxford University Press,
1943.
DMITRI SHOSTAKOVICH, The Power of Music, Nova Iorque, Music Journal, 1968.
HALSEY STEVENS, The Life and Music ofBéla Bartók, 2." ed., Nova Iorque, Oxford
University Press, 1964.
JANET SCHMALFELDT, Berg's Wozzeck: Harmonic Language and Dramatic Design, New
Haven, Yale University Press, 1983.