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Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 1

Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 2

COLÉGIO PEDRO II
CAMPUS TIJUCA II
OSCAR HALAC
Reitor
JESEN BAPTISTA DOS SANTOS JUNIOR
Diretor Geral do Campus Tijuca II
ELIANA MYRA DE MORAES SOARES
Pró-Reitora de Ensino
ANNA CRISTINA CARDOZO DA FONSECA
Coordenação Geral de Departamento Pedagógico de Educação Musical
NIÁGARA DA CRUZ VIEIRA
Coordenadora de Educação Musical

ORGANIZAÇÃO (2014):
Profª. Vanessa Weber de Castro
REVISÃO (2021):
Profª. Niágara da Cruz Vieira

COLABORAÇÃO:

PROFª TÂNIA MÁRCIA DE MOURA FÉ SAIONE

PROFª VANESSA WEBER DE CASTRO

Baseada nas apostilas tradicionalmente organizadas pela Profª Maria Emília de Souza

É proibida a duplicação ou reprodução


desta apostila, ou de partes da mesma, sob
quaisquer formas ou por quaisquer meios
(eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia,
ou outros), sem permissão expressa da
Equipe de Educação Musical do Campus
Tijuca II do Colégio Pedro II.
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ÍNDICE
Capítulo 1: Os sons e a música.................................................................................................... 1
Como os sons são produzidos?............................................................................................... 2
Exercícios................................................................................................................................ 3
Capítulo 2: Parâmetros do som................................................................................................... 4
Altura...................................................................................................................................... 4
Intensidade............................................................................................................................. 5
Duração................................................................................................................................... 5
Timbre..................................................................................................................................... 6
Exercícios................................................................................................................................ 6
Capítulo 3: Elementos da escrita musical.................................................................................... 8
Duração dos sons.................................................................................................................. 13
Pulso e compasso................................................................................................................. 19
Ligadura................................................................................................................................ 24
Ponto de Aumento................................................................................................................ 25
Sinais de repetição................................................................................................................ 27
Sinais de expressão............................................................................................................... 28
Regras da Grafia Musical..................................................................................................... 30
Exercícios.............................................................................................................................. 31
Capítulo 4: Saúde Vocal e Saúde Auditiva................................................................................ 39
Exercícios...............................................................................................................................42
Capítulo 5: Formação da Música Brasileira............................................................................... 44
Música Indígena................................................................................................................... 44
Música Africana................................................................................................................... 52
Música Europeia................................................................................................................... 56
Exercícios.............................................................................................................................. 59
Capítulo 6: Danças Brasileiras.................................................................................................... 60
Ciranda.................................................................................................................................. 61
Samba................................................................................................................................... 62
Jongo..................................................................................................................................... 64
Frevo..................................................................................................................................... 65
Maculelê............................................................................................................................... 67
Catira.................................................................................................................................... 68
Bumba meu boi.................................................................................................................... 68
Pastoril.................................................................................................................................. 69
Maracatu.............................................................................................................................. 69
Baião..................................................................................................................................... 70
Danças Tradicionais Gaúchas............................................................................................... 71
Exercícios.............................................................................................................................. 72
Hinário Cívico............................................................................................................................ 74
Hino Nacional Brasileiro....................................................................................................... 74
Hino dos Alunos do Colégio Pedro II..................................................................................... 77
Atividades extras...................................................................................................................... 80
Atividade 1........................................................................................................................... 81
Atividade 2........................................................................................................................... 82
Atividade 3........................................................................................................................... 83
Folhas Pautadas........................................................................................................................ 84
Bibliografia............................................................................................................................... 89
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CAPÍTULO 1

OS SONS E A MÚSICA
A Música é a mais sublime criação humana. É uma das Artes: a que combina os sons de
maneira especial, tendo por base a Ciência Acústica. Produz as mais variadas emoções em nosso
espírito, traduzindo todos os nossos sentimentos. Seu elemento físico básico é o SOM que pode
ser encontrado na natureza ou produzido por instrumentos naturais como o órgão vocal humano
(a voz) ou construídos pelo homem (instrumentos musicais).

Os animais emitem sons! O trovão ressoa fortemente!

Podemos cantar...

...e podemos tocar


instrumentos musicais!
Disponível em: <http://www.educolorir.com/paginas-para-
colorir-cantar-i11672.html>
Disponível em<http://www.mundomax.com.br/blog/instrumentos-
musicais/musicalizacao-infantil-aprendendo-a-tocar-um-
instrumento/>

Durante o dia e a noite uma infinidade de sons é produzida. Estes sons fazem parte de
nosso ambiente. Embora todos sejam captados por nossos ouvidos, nem sempre os percebemos
da mesma maneira; algumas vezes simplesmente ouvimos, outras escutamos, mas também
podemos compreender sua estrutura, sua forma, seu sentido. Tudo depende de nosso interesse e
de nossos conhecimentos.
Ouvir é perceber os sons que chegam aos nossos ouvidos.
Um murmúrio longínquo, conhecido ou corriqueiro pode ser ouvido com
indiferença; também é possível estar com o rádio ligado enquanto
estudamos e não nos concentramos nas notícias transmitidas. Por isso
muitos sons que ouvimos passam-nos despercebidos.
Em outras ocasiões, os sons chamam a nossa atenção e,
embora não estejamos atentos a eles, produzem uma sensação física em
nós. Um som desagradável ou extremamente forte pode motivar a
reação de repulsa; um som agradável produz uma sensação de calma e
Disponível em: conforto. Ou seja, os sons provocam reações diferenciadas.
<http://www.inglesonline.com.br/2008/08/05/como-
se-diz-ouvir-em-ingles-listen-ou-hear/> Escutar é ser capaz de ir além de o simples ouvir e captar o
sentido dos sons. Quanto maior o conhecimento de sons e de música,
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maior será nossa compreensão.

Como os sons são produzidos?


Todos os sons que escutamos e produzimos são gerados por vibrações. Vamos fazer uma
experiência? É só colocar a mão na garganta e soar: Ah! Nós sentimos a vibração de nossa voz!
Podemos observar as cordas de um violão: quando alguém as toca, elas vibram.
O ar conduz a vibração até o nosso ouvido e, assim, nós podemos ouvir os sons.

Não podemos ver a vibração do ar, mas


apenas ouvir as ondas sonoras que chegam ao
nosso ouvido através do ar.
A vibração corre em sentido circular como
uma pedra jogada na água; as ondas se formam
circularmente. Assim:

Disponível em: ARAÚJO, Jesús (Ed). Música para crianças. Ciranda Cultural, São Paulo, 2010, p. 8.
Ilustração de Víctor Escandell

E aí, o som se espalha em todas as


direções...
O homem traz em si os dois
elementos básicos da música:
o som (no cantar, no falar, no
grunhir, etc.) Disponível em <http://carceredoser.blogspot.com.br/>

o ritmo (na pulsação do coração, no andar, nos movimentos respiratórios, etc.)

Experimente acompanhar sua respiração ou as batidas do seu coração... Fique em silêncio,


feche os olhos e concentre-se em você mesmo... 
O silêncio é fundamental para a música. Nós só conseguimos ouvir os sons se fizermos silêncio.
Para ouvir, escutar é preciso fazer silêncio!


Através do silêncio, também podemos perceber melhor os sons e ruídos que estão
presentes no nosso cotidiano. Vamos fazer outra experiência? Fique em silêncio, e anote ou
desenhe no retângulo abaixo todos os sons externos que você conseguir escutar:
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EXERCÍCIOS
1) Faça desenhos que representem os sons que você ouve...
... em casa: ... na rua:

2) A onomatopeia é uma forma de imitar o som através de palavras. Por exemplo, o som do
relógio pode ser representado por tic tac tic tac. Crie onomatopeias que representem os seguintes
sons:

Disponível em <http://www.mdsaude.com/2011/01/tosse.html>
Disponível em <http://www.eniallgayer.com.br/2010/05/09/rota-de-
fuga/>

Disponível em <http://colorindodesenhos.wordpress.com/category/trem/>
Disponível em <http://www.brasilblogado.com/vento-para-colorir/>

3) Responda:
a) Qual a diferença entre ouvir e escutar?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
b) Dê dois exemplos de sons produzidos pelo nosso corpo.
_______________________________________________________________________________
c) Como os sons são produzidos?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
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CAPÍTULO 2
PARÂMETROS DO SOM
Cada som possui quatro propriedades ou parâmetros que nosso ouvido pode identificar:
altura, intensidade, duração e timbre.
Para compreendê-los, podemos pensar em um exemplo cotidiano: ao passar pela rua,
escutamos vários sons ao mesmo tempo, carros, rádios, gente falando. Com os ouvidos,
distinguimos imediatamente, por exemplo, entre o som agudo da voz de uma criança e o som
grave da voz de um homem (altura); entre o barulho do tráfego e o som forte das buzinas
(intensidade); entre as buzinas que produzem sons curtos e longos (duração); notamos, também,
se a melodia que escutamos no rádio é tocada por um violão ou uma guitarra (timbre).

ALTURA
É a propriedade do som por meio
da qual podemos distinguir se ele é
agudo ou grave. Quanto maior for a
frequência de uma onda sonora, mais
agudo é o som, logo, isto é determinado
pelo número de vibrações da onda sonora
por segundo (veja os desenhos). São
essas vibrações que definem cada uma
das notas musicais: dó, ré, mi, fá, sol, lá,
si; assim, a velocidade da onda sonora Disponível em: COLL, César; TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Arte - Conteúdos
essenciais para o Ensino Fundamental. São Paulo: Editora Ática, 2004, p. 95.
determina a altura do som.
Disponível em: COLL, César; TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Arte - Conteúdos
essenciais para o Ensino Fundamental. São Paulo: Editora Ática, 2004, p. 95.
Como sons intermediários entre
graves e agudos, temos os sons médios.

Você sabia...
Que os seres humanos captam sons graves e agudos em uma determinada faixa de vibração,
fora desse limite não ouvem os sons. No entanto, muitos animais podem ouvir sons que as pessoas
não podem ouvir; os morcegos e os cães, por exemplo, podem ouvir os sons muito agudos, que
para nós passam despercebidos (os ultrassons), e as baleias os muito graves (os infrassons).
Curiosidade:

A altura dos sons depende também do tamanho dos corpos que vibram. Uma corda fina e
curta produz sons mais agudos que os de uma corda longa e grossa. Por isso, o cavaquinho é mais
agudo do que o violão. Assim como uma flauta pequenina de tubo bem fino também produz sons
mais agudos do que um instrumento de sopro com um tubo longo e grosso como a TUBA!

Turíbio Santos Menino tocando flauta transversa


Henrique Cazes Disponível em Disponível em <http://jornalesp.com/doc/13317> Rapaz tocando tuba
Disponível em <http://www.radio.usp.br/ <http://www.bach-cantatas.com/Bio/Santos-Turibio.htm> Disponível em
programa.php?id=37&edicao=091227> <http://www.palaciodatuba.com/Spanish/tripes.htm>
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INTENSIDADE
É a força do som, isto é, a intensidade é a propriedade do som que o caracteriza como
muito fraco, médio, forte ou muito forte. É semelhante ao que habitualmente chamamos volume.
Uma sucessão de sons que vão do mais suave ao mais forte pode dar a sensação de algo
que vai crescendo. Uma sucessão de sons no sentido inverso pode dar a sensação contrária: algo
que vai diminuindo.

Som diminuindo de intensidade Som aumentando de intensidade

Cuidado com o nível sonoro


A intensidade do som, isto é, a força com
que as ondas sonoras empurram o ar, é medida
em decibéis (dB). O ouvido humano pode captar
325 dB de intensidade sonora. O som mais fraco
que pode ser ouvido precisa ter cerca de 10 dB
(som produzido pelas folhas quando há uma brisa
suave). A partir de 140 dB aparece o chamado
limite da dor: o som é dificilmente suportável pelo
ouvido e pode causar lesões no sistema auditivo.
Se queremos cuidar de nossa audição
precisamos tomar cuidado, pois quando um som
ultrapassa 80 dB, começa a ser prejudicial. Passar
muito tempo exposto a sons muito intensos pode
também provocar alterações permanentes no
ouvido, isto é, dores e até perda da audição.
Segundo especialistas, depois de passar duas
horas escutando música com um fone de ouvido a
um nível sonoro de 80 dB, seria necessário
descansar os ouvidos durante duas horas, para se
recuperar da fadiga provocada por este excesso de Disponível em <

ruído. Dica: Existem aplicativos de celular que medem o nível http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/index.aspx?ID_OBJETO=104127&tipo=ob&cp=99663&cb=&n1=


&n2=M%EF%BF%BDdulos%20Did%EF%BF%BDticos&n3=Ensino%20Fundamental&n4=Ci%EF%BF%BDnc
ias&b=s>
de decibéis dos ambientes! Procure e baixe para você
ver os níveis dos lugares que você frequenta!

DURAÇÃO
É o tempo que o som permanece ressoando, isto é, se o som é curto ou longo. A duração
dos sons depende do tempo de vibração do objeto que os produz. Alguns sons têm uma
ressonância curta, isto é, continuam soando por um breve período de tempo até se extinguirem,
como os sons de alguns dos tambores ou de um relógio; e outros têm uma ressonância longa,
como os sons dos sinos e buzinas.
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Fooo oooooooooooooooooooooooooooom!

Disponível em <
http://ojardimassombrado.blogspot.com.br/2010_05_01_archive.html>

Veja só:
A combinação das notas musicais nas
suas mais variadas alturas cria a melodia
da música.
A combinação de diferentes intensidades
Tic Tac Tic Tac cria a dinâmica da música.
A combinação de diferentes durações
cria o ritmo da música!
Disponível em < http://baudaweb.blogspot.com.br/2012/04/
Tudo isso você verá nos próximos
desenhos-de-relogios-para-pintar.html capítulos!

TIMBRE
É a propriedade do som que permite distinguir a fonte sonora que o produz.
A voz de cada pessoa tem um timbre peculiar, tão individual quanto às impressões
digitais, pois podemos reconhecer a pessoa que está falando sem vê-la. O mesmo acontece com
os diferentes instrumentos musicais. Em muitas ocasiões nos perguntamos qual é o instrumento
que está tocando em uma música no rádio ou em um disco: será um violão ou um cavaquinho?
Para identificá-los, é preciso conhecer e já ter escutado esse instrumento, caso contrário, não
podemos determinar exatamente de que instrumento se trata, embora possamos provavelmente
dizer se é um instrumento de corda, de sopro ou de percussão!

Curiosidade Alô? Oi, mãe!


Já aconteceu de você atender um telefonema
e só pelo “Alô” você reconhecer quem está
falando? Você sabe por que isso acontece?
Porque você identifica o TIMBRE da voz de
quem falou e o associa a uma pessoa que
você já conhece!

Disponível em < http://www.canstockphoto.com.br/c%C3%99te-menina-


falar-telefone-9934013.html>

EXERCÍCIOS

1) Assinale a alternativa correta:


a) O parâmetro do som que nos permite distinguir os sons graves, médios e agudos é:
( ) Intensidade ( ) Altura ( ) Timbre ( ) Duração
b) O parâmetro que nos permite distinguir sons fortes e fracos é:
( ) Intensidade ( ) Altura ( ) Timbre ( ) Duração
c) O som intermediário entre o grave e agudo é chamado de:
( ) Grave ( ) Agudo ( ) Médio ( ) Gravíssimo
d) Podemos diferenciar sons de vários instrumentos tocados juntos, ou de várias vozes através:
( ) da Altura ( ) da Intensidade ( ) do Timbre ( ) da Duração
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2) Identifique os Parâmetros do som presentes nas frases abaixo:


a) Maria, que som agudo você está tirando dessa flauta, hein! _____________________________
b) Jonathan esqueceu a mão na buzina por muito tempo enquanto chamava Carla para sair.
________________________________
c) Samuel deu um grito tão forte que meu ouvido ainda dói. _______________________________
d) Mesmo sem ver, sei que é o som de um violino! _______________________________________
e) Que estrondo forte fez esse trovão! _______________________________________________
3) Observe o desenho e assinale a resposta certa quanto à duração do som:
a) b) c)

Disponível em <www.desenvolvimentodesites.net> Disponível em <http://colorir.kly.com.br/pato-


Disponível em <http://artnolapis.blogspot.com.br/2010/02/desenho-de-navio- desenhos-para-colorir/2798>
para-colorir-titanic.html>

 Longo  Longo  Longo


 Curto  Curto  Curto

4) Vamos imaginar como poderíamos representar os parâmetros dos sons que ouvimos por
formas e/ou figuras? Imagine como seriam os sons representados pelas forma/desenhos abaixo e
veja se você consegue correlacioná-los com os parâmetros do som, numerando os parênteses:

(1) ( ) Intensidade

(2) ( ) Duração

(3) ( ) Altura

(4) ( ) Timbre

5) Agora, ouça com atenção as duas sequências de sons executadas. Observe que os parâmetros
todos estão presentes, porém, na primeira sequência, há maior ênfase na altura do som e, na
segunda sequência, a ênfase é maior na intensidade do som. Crie a sua maneira de representar
essas duas sequências:
1ª) 2ª)
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CAPÍTULO 3
ELEMENTOS DA ESCRITA MUSICAL
A música é uma linguagem sonora como a fala. Assim como você é capaz de representar a
fala por meio da linguagem escrita, também pode representar graficamente a música.
Para representar a linguagem você usa as letras do alfabeto; para representar os sons
musicais você usa as Notas Musicais.
As notas musicais são 7 e formam uma sequência que parte do grave para o agudo. São
elas:
Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá – Si

As notas musicais são escritas num conjunto de 5 linhas horizontais e paralelas, formando 4
espaços, sempre contados de baixo para cima. Esse conjunto de linhas é chamado de Pauta
Musical ou Pentagrama.

Mas não bastam a pauta e as notas. Sozinhas, de nadas elas serviriam. Cada notinha mora
num lugar fixo da pauta. Quem vai definir o lugar é o que nós chamamos clave.
A clave é como uma chave que nos permite entrar na casa dos sons musicais. Ela serve
para denominar as notas estabelecendo a altura das mesmas. Nós vamos usar a Clave de Sol!

Veja como ela é desenhada: Observação


Na música ainda temos a Clave de Fá
e a Clave de Dó.
A Clave de Fá, que pode ser escrita na
3ª ou 4ª linha, é geralmente usada para
instrumentos de sons graves, como a tuba

Como você é um bom observador, viu que o ponto


de partida para o desenho é a segunda linha. Agora, vamos
A Clave de Dó, que pode ser escrita
ver se você consegue fazer a clave de sol? Experimente 1ª, 2ª, 3ª ou 4ª linha, é pouco usada, e
várias vezes. representa os sons médios com o da viola,
por exemplo.
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Agora, faça o que é pedido nos itens a seguir, na pauta musical abaixo:

a) Coloque a Clave de Sol no início da pauta musical;

b) Coloque um X indicando a 2ª linha;

c) Coloque a letra C no 2º espaço;

d) Coloque a letra O na 3ª linha.

E as notas? Onde estarão localizadas então?


Você viu que começamos a clave de sol na segunda linha da pauta, logo a nota localizada
na segunda linha é a nota SOL. A partir daí, basta seguirmos a sequência das notas (apresentadas
no início deste capítulo) para encontrar todas as outras:

As notas são escritas sobre as linhas e nos espaços:

O Dó que começamos a sequência acima é conhecido como Dó Central, pois geralmente é


a nota que se localiza no meio dos teclados. Além disso, é a nota que encontramos quando
fechamos todos os furos da flauta doce.
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Ouvindo outros sons, conseguimos achar alguns que são muito parecidos. Os músicos dão
para esses sons o mesmo nome. E, por isso, encontramos no teclado outras notas Dó.
Em um teclado pequeno, encontramos cinco vezes a nota Dó. No meio está o Dó Central, e
para diferenciá-los usamos os registros numéricos. O Dó Central é conhecido como Dó 3. O que
está abaixo é o Dó 2 e assim por diante. Veja o esquema abaixo:

Dessa forma, as notas que compõem a sequência até o outro dó recebem o mesmo
registro numérico, veja na pauta:

No piano existem oito teclas que tocam o Dó!

Pergunta: Por que estes sons têm o mesmo nome? Resposta: As vibrações que produzem o
som são parecidas. No entanto, o Dó2 tem o dobro das vibrações do Dó1. O Dó3 tem o dobro das
vibrações do Dó2 e assim por diante. O nosso ouvido percebe que são parecidos, mas identificam
a diferença das regiões da altura dos sons. Vamos entender melhor no quadro a seguir:

REGISTRO REGIÃO DA ALTURA DO SOM Exemplos das notas com o registro

5 MUITO AGUDA Dó5...

4 AGUDA Dó4...

3 MÉDIA Dó3 – Ré3- Mi3-Fá3- Sol3- Lá3- Si3

2 GRAVE Dó2...

1 MUITO GRAVE Dó1...


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Repare que a sequência de notas existe em cada região da altura do som e, o registro
(número que é colocado ao lado do nome da nota) indica a região da altura do som. O registro
também pode ser chamado de sequência.

Para verificar se você entendeu mesmo, coloque ao lado de cada nota o registro que indica
a região da altura do som solicitada:

Região da altura do som Nome da nota com o registro

Grave Ré ____

Média Sol ____

Aguda Dó____

Muito grave Si____

Agora vamos fazer o inverso. Pela nota e seu registro, você indicará a que região da altura
do som a nota pertence.

Nome da nota com o registro Região da altura do som

Dó 5

Mi 3

Lá 2

Fá 4

Observe a figura de uma parte do teclado que inicia pela nota Dó3, ou seja, pelo Dó Central
ou Dó da Região Média. Vamos completar a sequência das notas? Não esqueça dos seus
respectivos registros...

Dó3 ______ Mi3 Fá3 ______ Lá3 Si3 Dó4 _____ _____ Fá4
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Curiosidade
Um monge italiano chamado Guido D’Arezzo (955 – 1050) foi quem batizou as notas.
Ele tirou o nome de cada nota das palavras iniciais dos versos do Hino à São João Batista,
pois ele notou que cada uma dessas palavras começava com uma sílaba diferente:
UT queant laxis
REsonare fibris
MIra gestorum
FAmuli tuorum
SOLve poluti
LAbii reatum
Sancte Ioannes
Desenho retratando o Monge Guido d”Arezzo
Disponível em < http://medieval.mrugala.net/Musique%20medievale/
Origine%20du%20nom%20des%20notes%20de%20musique.htm>

UT, pouco sonoro para ser entoado devido à posição


fechada da boca, foi posteriormente deixado de lado, e, com
exceção da França, substituído arbitrariamente pelo DÓ.
Tradução aproximada do Hino à São João Batista:
“Para que os vossos servos possam cantar livremente as
maravilhas dos vossos feitos, tirai toda mácula do pecado
dos seus lábios impuros. Oh, São João!”
Disponível em: JUSTUS, Liana; MIRANDA, Clarice. Formação de plateia em
Música. São Paulo: Arx, 2004, p. 21.

Então, agora sabemos que, na pauta musical, as notas criam uma sequência, que, seguindo
uma ordem crescente ou decrescente, formam a Escala. Essa ordem sonora produz o movimento
ascendente (vai para o agudo) ou descendente (vai para o grave).

Vamos praticar um pouco sequências de notas musicais em escadinhas, utilizando os


movimentos ascendentes e descendentes?
Veja o exemplo. A escadinha está subindo, logo o movimento é ascendente e a sequência
de notas está em ordem crescente. Vamos ouvir esta sequência de notas. Cante também!
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Neste próximo exemplo, a escadinha está em movimento descendente. Cante para sentir
este movimento descendente.

Agora vamos completar as escadinhas. Cuidado que há escadinhas que sobem ou descem e
voltam para a mesma nota.

1 2 3

6
4 5

DURAÇÃO DOS SONS


Você já sabe que a colocação das notas na pauta vai determinar a altura dos sons e que as
claves vão indicar as faixas de altura. Contudo, os sons musicais possuem também a Duração.
Os sinais que servem para indicar a duração dos sons musicais são chamados Valores
Positivos ou Figuras de Som.
Os sinais que indicam a duração dos silêncios são chamados Valores Negativos ou Figuras
de Silêncio ou Pausas.
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Os valores negativos não só tem o mesmo nome dos valores positivos, como também o
mesmo valor. Nota-se, então, que para cada valor positivo, temos um negativo correspondente:

Nome Nota Pausa

Semibreve

Mínima

Semínima

Colcheia

Semicolcheia

Fusa

Semifusa

As figuras não possuem um valor (tempo) fixo. Elas são proporcionais entre si.

A figura de maior duração é a semibreve e de menor duração é a semifusa. Porém, em


outras épocas da História da Música, já houve outras figuras, tais como:
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Vamos praticar a grafia das figuras de som e de silêncio, inicialmente com a semibreve,
mínima e semínima? Preencha o que falta no quadro a seguir:

Nome da Figura Valor Positivo Valor Negativo


rítmica
Haste para Haste para
cima baixo
 
SEMÍNIMA

Haste para Haste para


cima baixo
 
______________

_______________

Dentro de uma semibreve cabem duas mínimas; dentro de uma mínima cabem 2
semínimas; dentro de uma semínima cabem 2 colcheias; e assim por diante...

Observe no desenho abaixo, as relações entre as figuras:

Disponível em: MARIANI, Silvana. O equilibrista das seis cordas: método de violão para crianças. Curitiba: Editora da UFPR/Imprensa Oficial do Estado, 2002, p. 36.

Imagine agora uma grande barra de chocolate (semibreve), e imagine que você vai precisar
dividi-la várias vezes para poder distribuir para os colegas da sua turma e da outra também.
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 19

Observe no quadro abaixo como ficaria essa divisão através do uso das figuras de som ou valores
positivos:

1 semibreve

2 mínimas

4 semínimas

8 colcheias

16 semicolcheias

32 fusas

64 semifusas

Agora vamos utilizar “barrinhas de chocolate” musicais e preenchê-las com as figuras de


som ou valores positivos corretos. Nesta atividade vamos utilizar a semibreve, a mínima e a
semínima e suas respectivas pausas (figuras de silêncio ou valores negativos):

____________ _________
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Chegou a hora de utilizarmos também a colcheia e a semicolcheia:

______ _______
______

____ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___

Atenção
As figuras possuem várias partes, observe:

Vamos praticar a grafia das figuras de som e de silêncio utilizando também a colcheia e a
semicolcheia?

Nome da Figura Valor Positivo Valor Negativo


rítmica
Haste para Haste para
_____________ cima baixo
 

Haste para Haste para


cima baixo
 
SEMICOLCHEIA
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Haste para Haste para


_____________ cima baixo
 

Haste para Haste para


cima baixo
 

_____________

ATENÇÃO!!!

Quando colocamos 2 ou mais colcheias, semicolcheias e assim por diante juntas, elas
podem ser escritas da seguinte forma:
O(s) colchete(s) é(são) substituído(s)
por um ou mais traços ligando as duas
notas.

ATIVIDADES NA PAUTA MUSICAL


Agora vamos aplicar as figuras de som às notas musicais. Ante de tudo, não esqueça de
colocar a CLAVE DE SOL no início da pauta musical. Sem a clave, não temos como saber onde
colocaremos as notas.

Nota Sol3 Nota LÁ3 Nota Si3 Nota Sol3


em mínima em semínima em semínima em mínima
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 22

PULSO E COMPASSO
Qual o movimento rítmico que faz o pêndulo do relógio? Tic, tac, tic, tac...
Como faz o soldado para marchar? Um, dois, um, dois, um, dois...
Se observarmos o movimento rítmico do coração, vamos constatar que ele bate com
regularidade. Ele faz: tuc, tuc, tuc, tuc...
No tic, tac do relógio, no marchar do soldado e nas batidas do coração sentimos a
pulsação.

O PULSO ou PULSAÇÃO é uma batida regular e constante que serve como base para todo o ritmo
da música. A pulsação não é ouvida, mas sentida. Já reparou que às vezes estamos ouvindo música
e sem perceber nosso pé começa a acompanhar o ritmo? Pois esse movimento do pé é a pulsação
da música.

Quando falamos pronunciamos palavras que tem sílabas acentuadas e outras não. Da
mesma forma, uma pulsação regular pode ter acentuações que se repetem de maneira regular. Na
maioria das músicas que ouvimos, os pulsos ou tempos se agrupam em conjuntos chamados
COMPASSOS. Veja a seguir:
Acentos que se repetem a cada dois pulsos regulares:

1______2______1______2______1______2______1______2
Vamos comparar essa pulsação com as palavras de 2 sílabas em que a 1ª sílaba é mais forte
que a segunda. Por exemplo: Casa – Cama- Carro- Bola- Bala etc.
Agora, bata palma uma vez e depois estale os dedos. O primeiro movimento é mais forte
que o segundo. Temos então o ritmo BINÁRIO.

Acentos que se repetem a cada três pulsos regulares:

1______2______3______1______2______3______1______2______3
Essa pulsação de 3 em 3 pulsos pode ser comparada a palavras com 3 sílabas onde a
primeira sílaba é mais forte que a segunda e terceira. Por exemplo: Cárcere – Sílaba – Médico etc.
Agora, bata palma uma vez e em seguida dois estalos consecutivos com os dedos. O
primeiro movimento (palmas) é forte e os dois últimos (estalos) são fracos. Teremos, então, o
ritmo TERNÁRIO.
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 23

Acentos que se repetem a cada quatro pulsos regulares:

1______2______3______4_______1______2______3______4
Nas pulsações de 4 em 4 podemos pensar em duas palavras com acento na 1ª sílaba. Por
exemplo: Bela casa – Barco verde – Mesa grande etc.
Vamos agora intercalar palmas e estalos. Bata palmas (uma vez), um estalo, palmas (uma
vez, um pouco mais suave que a primeira), um estalo. Obtemos: o 1º e 3º fortes, que são as
palmas; o 2º e o 4º fracos: os estalos. Temos o ritmo QUATERNÁRIO.

Essa organização rítmica é representada na música através de números sobrepostos que


determinam a regularidade dos pulsos, ou seja, o COMPASSO. Assim:

Indica o nº de tempos de cada um dos compassos

Representa a figura de som que dura um tempo no compasso.

Existem várias fórmulas de compasso, mas vamos trabalhar somente os compassos binário,
ternário e quaternário. Para representá-los, empregamos estes números:

Binário (dois tempos Ternário (três tempos Quaternário (quatro tempos


por compasso) por compasso) por compasso)

O número de baixo indica em quantas partes uma semibreve deve ser dividida para
obtermos uma unidade de tempo, ou seja, ele indica a figura que vale 1 tempo na música.
Como vimos, a semibreve é a figura de maior valor. Por isso ela é tida como referência. O
número de baixo apresenta o número relativo que indica a relação existente entre as figuras com
a semibreve.
O número relativo da mínima é 2, pois cabem 2 mínimas dentro de uma semibreve.
O número relativo da semínima é 4, pois cabem 4 semínimas dentro de uma semibreve.
O número relativo da colcheia é 8, pois cabem 8 colcheias dentro de uma semibreve, e
assim por diante (veja esquema da pág. 11).

O número relativo usado


em baixo da fórmula de
compasso representa a figura
que vale 1 tempo na música.
Veja ao lado:
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 24

Veja como é interessante:

Fórmula de compasso Quantos tempos por Figura que vale um Figura que vale dois
compasso tempo tempos

2 tempos Mínima Semibreve

3 tempos Semínima Mínima

4 tempos Colcheia Semínima

Ufa... é praticamente um jogo matemático!

Mas nós só usaremos os tipos mais comuns de compassos simples, que possuem o 4 no
denominador (binário, ternário e quaternário). Então, em nossas aulas, vamos utilizar a
SEMÍNIMA como UNIDADE DE TEMPO, por isso teremos no DENOMINADOR da fração do
compasso o número 4, que é o número relativo que representa a semínima.

Vamos ver como ficam os valores das figuras nesses compassos, com DENOMINADOR 4
(UNIDADE DE TEMPO É A SEMÍNIMA)? Mas atenção!!! Só com o DENOMINADOR 4!!!
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 25

A indicação com a fórmula do compasso (fração que indica o compasso) a ser utilizado
aparece logo no início da música, após a clave. Assim:

Para separar um compasso do outro são usados travessões perpendiculares na pauta,


chamados de TRAVESSÃO SIMPLES ou BARRA SIMPLES, e no final da pauta musical para indicar
que terminou o trecho ou parte do trecho é usado o TRAVESSÃO DUPLO ou BARRA DUPLA.

Quando dividimos os compassos, podemos contá-los. Veja como faríamos esta contagem, a
partir dos números colocados acima da pauta:
1 2 3

Então, depois da divisão dos compassos, teríamos ao todo 3 compassos!!

Como faremos para dividir os compassos quando temos as notas/figuras de som? Antes de
qualquer coisa, temos que observar a fórmula de compasso que é a fração. Para iniciarmos a nossa
prática de divisão de compassos, utilizaremos apenas a figuras de som e de silêncio.

Verificamos no trecho rítmico abaixo que a fração é .

Logo a Unidade de Tempo, ou figura que vale um tempo no compasso é a semínima, que
está indicada pelo denominador 4. No numerador, temos o número 2, que representa o total de
tempos de cada compasso.
Em seguida, verificamos a duração de cada figura, nessa caso, ou nota para dividirmos os
compassos, de 2 em 2 tempos.
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 26

Tente fazer a divisão dos compassos agora e não deixe de colocar o travessão duplo final,
para mostrar que o trecho terminou.

I I I I I I I I I I

1 2 1 2 1 2 1 2 1 2

Continuando nossa prática, utilizaremos agora outras frações. Observe que o compasso
QUATERNÁRIO também poderá ser representado pela letra C.

a)

b)

c)

Vamos treinar um pouco? Com a ajuda do(a) seu(ua) professor(a), faça os exercícios rítmicos
abaixo:

a)

b)
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 27

Observe agora como faremos com a marcação das colcheias. Cada uma das colcheias tem a
duração tem meio tempo. Então, como vamos fazer a marcação do tempo nas colcheias
agrupadas? Vejamos:

Se fosse no compasso quaternário, veja como ficaria?

Podemos continuar nossa prática rítmica?

c)

d)

Agora é com você! Observe as quatro figuras de som que estão agrupadas no 2º
compasso. Cada uma delas tem a mesma duração.

e)

LIGADURA
As notas de mesma altura estão, por vezes, “ligadas” por uma linha curva denominada
LIGADURA. Disso, resulta um som sustentado, cuja duração é a soma dos valores das duas notas.

4 + 2 2 + 1 2 + 2

6 TEMPOS 3 TEMPOS 4 TEMPOS


Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 28

Curiosidade:
Existe também a ligadura de expressão. Essa ligadura liga várias notas de diferentes alturas,
e indica que todas devem ser tocadas em sequência, sem interrupção. Se estivermos cantando,
não devemos respirar até que a ligadura termine.

Observação: A ligadura se encontra acima ou abaixo das notas!

PONTO DE AUMENTO
Outro meio de prolongar o som é colocando um ponto após a nota, chamado PONTO DE
AUMENTO. O ponto acrescenta à nota metade do valor que ela já tem.

= 2 + 1 = Como você pode


perceber, nós
3 TEMPOS podemos substituir o
ponto de aumento
pela ligadura e vice-
versa! Fique atento!
= 4 + 2 =

6 TEMPOS
Se houver um segundo ponto, este irá acrescentar à nota a metade do valor do primeiro
ponto. Veja:

= 4+2+1 =

7 TEMPOS

= 2+1+½ =

3 e ½ TEMPOS

Vamos treinar mais um pouco nossa leitura rítmica? Antes de começar, faça a marcação
dos pulsos os tempos.
Observe que há uma figura pontuada no 3º compasso. A sua duração é de ________
tempos, porque a Unidade de Tempo é a ____________. Logo a mínima terá a duração de
______ e o ponto de aumento “aumentará” a duração desta figura da sua metade, que é ______
tempo.

a)
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 29

Numere os compassos do item b. Lembre-se que temos que contar até o travessão final. Este
trecho rítmico tem DUAS PAUTAS MUSICAIS. Após a contagem, o número total de compassos
escritos é de _______________ compassos.

b)

Conte os compassos dos exemplos abaixo e, com a ajuda do seu professor, faça a leitura rítmica:

c)

d)

e)

Observação: Essa é uma clave de ritmo! É


usada quando trabalhamos somete os
valores rítmicos das figuras sem nome de
nota!
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 30

SINAIS DE REPETIÇÃO
São sinais que determinam a repetição de um trecho musical, ou a repetição completa
desde o princípio. Trabalharemos por enquanto com os seguintes sinais de repetição:

RITORNELLO → é um travessão com dois pontos, sendo um acima e outro abaixo da


3ª linha, indicando que o trecho deve ser tocado duas vezes entre os pontos. Veja como ele pode
aparecer e o que indica:
a) repetir tudo, desde o começo!

Nesse caso temos 4 compassos escritos, mas serão tocados 8 compassos no total!

b) repetir os 3 primeiros compassos e, depois, seguir até o final!

Nesse caso temos 5 compassos escritos, mas serão tocados 8 compassos no total!

c) repetir os 3 primeiros compassos e, em seguida, repetir os 2 últimos compassos!

Nesse caso temos 5 compassos escritos, mas serão tocados 10 compassos no total!

DA CAPO → Palavra italiana, quase sempre representada pelas iniciais D.C.;


significa que se deve voltar ao princípio da música e tocar tudo novamente. Essa indicação aparece
no final e sempre em cima da última pauta da música. Observe:

Escreve-se assim:

Toca-se assim:
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 31

SINAIS DE EXPRESSÃO
Na linguagem falada, o sentido é muitas vezes, expresso pela entoação.
Na linguagem escrita, as emoções, os estados de espírito nos são comunicados pelas
palavras e pelos sinais de pontuação, como você pode ver nas figuras.

Na música, as emoções são transmitidas através de sinais que servem para orientar o
artista na interpretação da mensagem musical que o compositor quer transmitir.
Esses sinais podem referir-se à intensidade dos sons, ao andamento e ao caráter do trecho.
No momento vamos conhecer somente alguns sinais referentes à intensidade dos sons. Os outros
aprenderemos nos próximos anos...

Abreviatura ou Expressão Significado


Sinal
p piano Tocar suave, brando

f forte Tocar com força

mf mezzo-forte Tocar meio forte

Esses sinais de dinâmica* localizam-se abaixo da pauta, e a partir do momento em que


aparecem, deve-se tocar com a intensidade pedida. Observe o trecho abaixo:

Começamos tocando forte, e a partir do terceiro compasso passamos a tocar suavemente.

*Dinâmica: variações de intensidade que acontecem ao longo da música!


Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 32

Agora você pode descrever como seria a intensidade do som de um trecho musical se
tivéssemos a seguinte ordem de sinais? Observe o exemplo:

Abreviatura ou Significado
Sinal
f mf p Iniciaria na intensidade forte, passaria para o meio forte e

depois iria para a intensidade suave

mf p f

Agora que você conheceu alguns sinas de expressão quanto à intensidade dos sons e
também sinais de repetição, vamos reforçar esta aprendizagem?

Na partitura abaixo estão faltando alguns itens. Vamos inserir o que está faltando,
conforme as orientações seguir? 
a) Indicação da fração de compasso (fórmula de compasso), sabendo que a Unidade de Tempo é a
semínima. (Aqui vai uma dica... Observe o número total de tempos do 1º compasso... Descobriu?);
b) Sinal indicando que a primeira nota do 4º compasso será prolongada até a 2ª nota;
c) Pausa que complete o total de tempos do 4º compasso (Não se esqueça de observar a fórmula
ou fração de compasso!!);
d) Sinal de expressão, logo no início da música, indicando que ela deve ser executada com
intensidade suave;
e) Sinal de expressão, no 3º compasso, indicando que até o 4º compasso a música deverá ser
executada em intensidade meio forte, voltando à suave a partir do 5º compasso.
f) Complete o último com uma pausa
d) Sinal de repetição, indicando que haverá uma repetição a partir do 5º compasso.

Terminou? ☺ Muito bem!Então agora pegue sua flauta doce e vamos executar
esta partitura completa!! 
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 33

Ainda aproveitando a partitura que acabamos de executar, coloque V (verdadeiro) ou F


(falso) nos parênteses das sentenças abaixo:
( ) O compasso da música é quaternário, pois NUMERADOR DA FRAÇÃO que indica o
compasso (fórmula de compasso) é 4.
( ) A nota mais aguda da melodia é o ré4, que está localizado no 3º espaço da pauta musical.

( ) A nota mais grave está localizada na 2ª linha da pauta musical e é o Sol3.

( ) O sinal de repetição utilizado é o D.C.

( ) A nota de maior duração está localizada no 2º compasso.

( ) A pausa ou valor negativo de maior duração corresponde à mínima.

( ) A unidade de tempo é a semínima e a indicação está no denominador da fração de


compasso.

REGRAS DA GRAFIA MUSICAL


Preste bastante atenção!
A grafia correta é importante para que não haja dúvidas na leitura ou execução da partitura.

1. O espaço entre as linhas do pentagrama deve ser sempre igual.

Certo Errado

2. O compasso é indicado no início da música:


O compasso, aqui, é ternário.
Atenção: escrevemos somente os
números, sem linha de fração.

3. A cabeça da nota é oval, quase redonda, e tem o tamanho do espaço do pentagrama. Portanto,
se a pauta é grande a nota deverá também ser grande e vice-versa:

4. A haste é reta e tem um comprimento de 3 espaços e meio. Ela vai para cima, do lado direito,
ou para baixo do lado esquerdo (subindo a partir da linha do meio).

A partir da terceira linha usamos as


hastes para baixo.
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 34

5. Os colchetes ficam sempre do lado direito, independente se a haste está na direita ou esquerda:

6. As barras de ligação de colcheias e demais notas com colchetes acompanham a linha melódica.

7. As barras de compasso e as barras duplas são retas e não ultrapassam as linhas do pentagrama.

EXERCÍCIOS
1) Escreva o nome e o registro numérico das notas do sol 3 ao si 3:

______ ______ ______ ______ ______ ______

______ ______ ______ ______ ______ ______ _______ _______

☺Na pauta musical B, observamos a indicação (fórmula) do compasso, que é a fração


___________. Esta fração indica no numerador que cada compasso terá _______ tempos. O
compasso dessa melodia então será __________________________.

No denominador da fração encontramos o número 4, que representa a figura que vale um tempo,
que, no caso, é a _________________________.

Ainda na pauta musical B encontramos um SINAL DE REPETIÇÃO que é chamado de


____________.

☺Agora vamos praticar bastante a leitura musical, utilizando as melodias que estão na Apostila
de Flauta Doce. Lá você encontrará um repertório que lhe ajudará a aprender vários aspectos
interessantes da música. Vamos ao trabalho!! ☺
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 35

2) Escreva o nome e o registro numérico das notas do Sol3 ao Ré4:

______ ______ ______ _____ ______ ______ ______ ______ ______

3) Agora copie toda a melodia do exercício anterior. 

4) Observe a melodia que você copiou e responda:

a) Qual a nota (com o seu registro) mais aguda? _______________

b) Qual a nota (com o seu registro) mais grave?________________

c) Qual a classificação do compasso da música?___________________

d) Qual a figura que vale um tempo na melodia?____________________

e) Qual a duração da nota que aparece da melodia?_____________________

f) Qual a figura de som utilizada para indicar a duração de todas as notas?___________________

5) Escreva o nome e o registro numérico das notas do dó3 ao dó4:

___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___ ___

6) Agora copie toda a melodia do exercício anterior, na pauta musical abaixo. 

A cópia da melodia é muito importante, porque vai ajudá-lo a realizar uma grafia musical cada
vez mais precisa e clara. É importante que a grafia seja dessa forma, pois quem executa a partitura
não pode ter dúvidas sobre o que está escrito. Então vamos praticar bastante para que nossa
grafia musical fique cada vez melhor!
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 36

7) Escreva o nome e o registro numérico das notas do sol3 ao fá4:

______ ______ ______ ______ ______ ______ ______


Assinale com um x acima das notas que ficam nas linhas da pauta musical.

Agora observe a linha melódica das notas desde o início. O movimento das notas musicais é
ascendente ou descendente? É ____________________________. A melodia vai da nota mais
grave para a nota mais aguda.

8) Para reforçar nossa prática da grafia musical, faça o que é pedido em cada item abaixo:
a) Vamos separar cada colcheia no compasso seguinte?

b) Vamos agrupar as colcheias de duas em duas no compasso seguinte?

c) Vamos agrupar as colcheias de duas em duas no compasso seguinte?

9) Vamos revisar alguns conteúdos aprendidos, assinalando a resposta certa:


a) A clave serve para:
( ) indicar a duração das notas ( ) indicar a intensidade das notas
( ) indicar a altura das notas ( ) dar cor ao som

b) As cinco linhas e quatro espaços horizontais onde se escrevem as notas se chamam:


( ) pentagrama ( ) clave de sol
( ) notas musicais ( ) intensidade

c) Os nomes dos sons musicais são:


( ) sol, fá, dó ( ) dó, ré, mi, fá, sol, lá, si
( ) mi, dó, ré, fá, lá, sol ( ) nenhuma das alternativas

d) As notas escritas nos espaços da pauta da clave de sol são:


( ) fá3, lá3, dó4, mi4 ( ) mi3, sol3, si3, ré4
( ) lá3, dó4, mi4, fá4 ( ) fá3, sol3, lá3, si3
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 37

10) Assinale a letra (V) nas frases verdadeiras e (F) nas falsas:
( ) A pauta musical possui 4 linhas e 5 espaços.
( ) As notas musicais só podem ser escritas nos espaços da pauta.
( ) Os sons musicais são representados graficamente pelas claves.
( ) A clave serve para determinar o nome das notas.
( ) As linhas e os espaços da pauta são contados de baixo para cima.
( ) As notas musicais representam graficamente os sons musicais.
( ) As notas musicais são em número de 9.
( ) A duração do som e do silencia é indicada pela figuras de som (valores positivos) e de
silêncio (valores negativos ou pausas).

11) Correlacione a 2ª e a 3ª colunas, de acordo com a 1ª:

(1) semibreve ( ) ( )

(2) semínima ( ) ( )

(3) colcheia ( ) ( )

(4) semicolcheia ( ) ( )

(5) mínima ( ) ( )

12) Complete, quando necessário, as sequências rítmicas com uma pausa (valor negativo ou figura
de silêncio). Antes de fazer o exercício, preencha o quadro abaixo para relembrar:
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 38

a)

b)

c)

d)

13) Separe os compassos de acordo com a quantidade correta de tempos e coloque o travessão
duplo:

a)

b)

c)

14) O denominador da fração do compasso, chamado FÓRMULA DE COMPASSO, indica qual a


figura de som que terá o valor de 1 tempo naquele compasso. Assim, para que as figuras abaixo
indiquem que valem 1 tempo no compasso binário, qual seria o numerador e o denominador da
fração, de acordo com cada uma dessas figuras?

=_______ = _______ = ______

= ________ = ________
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 39

15) De acordo com o somatório de tempos, coloque = ou ≠:

_______ _________ _______

_______ ________ ________

16) Observe o trecho musical abaixo e depois responda:

a) O trecho está escrito no compasso __________________________

b) Numere os compassos e diga qual o número total escrito: ______________ compassos.

c) A figura de ritmo que vale 1 tempo é a ________________________

d) De acordo com a fração ou fórmula de compasso dessa música, a mínima tem a duração de
___________ tempos.

e) As notas do quinto compasso com seus respectivos registros são:


____________________________.

f) A primeira nota do 3º compasso tem a duração de _________ tempo(s)

g) Há um sinal de expressão no último compasso. O que ele indica?______________________

17) Assinale com um X qual o tipo de compasso utilizado em cada trecho.

a)

( ) binário ( ) ternário ( ) quaternário

b)

v
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 40

( ) binário ( ) ternário ( ) quaternário


c)

( ) binário ( ) ternário ( ) quaternário

d)

( ) binário ( ) ternário ( ) quaternário


v

e)

( ) binário ( ) ternário ( ) quaternário

18) Observe os trechos musicais e depois faça o que se pede:

Trecho 1:

a) Quantos compassos são escritos na música? __________________________________________


b) Quantos compassos serão tocados ao todo? ________________________________________
c) Nome do sinal de repetição usado?________________________________________________
d) O que indica o sinal presente no terceiro compasso? __________________________________

Trecho 2:

a) Indique na música que a partir do compasso quatro a intensidade será forte.


b) Indique que toda a música será repetida.

19) Substitua as figuras pontuadas por figuras ligadas e vice-versa:

= _________ = _________ = _______


Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 41

20) Faça o que se pede na pauta abaixo, respeitando as regras da grafia musical:

a) Desenhe a clave de sol.

b) Indique que o compasso usado será o ternário.

c) Coloque as seguintes notas com os valores correspondentes:


sol3 – semínima
lá3 – semínima
si3 – semínima
dó4 – semínima
ré4 – semínima
si3 – semínima
dó4 – mínima pontuada

d) Divida os compassos de acordo com os tempos determinados pela indicação de compasso.

e) Indique que o trecho deverá ser todo repetido.

f) Indique com um sinal de expressão que o trecho será todo tocado com uma intensidade suave.
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 42

CAPÍTULO 4
SAÚDE VOCAL E SAÚDE AUDITIVA
SAÚDE VOCAL
O termo saúde vocal (ou higiene vocal) refere-se aos cuidados que cada
indivíduo deve ter com a sua voz para prevenção de qualquer alteração vocal
bem como a manutenção da qualidade desta voz. É a emissão da voz limpa e
clara, realizada sem esforço e agradável aos ouvintes. Embora partam de
princípios básicos comuns, esses cuidados devem ser pensados
individualmente, pois cada pessoa será sensível a cada um deles de forma
diferente.
Mas antes de falarmos dos cuidados... Você sabe como a voz é produzida?
Vamos lá... Os sons que produzimos se originam pela vibração das “pregas vocais” ou
“cordas vocais”, localizadas em nossa laringe. Quando o ar que vem de nossos pulmões passa por
elas, produzem essa vibração. Veja o esquema do aparelho fonador abaixo:
Os sons produzidos pelas pregas vocais se transformam em
vogais ou consoantes, conforme os movimentos dos órgãos
articuladores como a língua, os lábios, a mandíbula, o céu da boca e
os dentes.
Além disso, as cavidades da boca, do nariz e da cabeça
servem para amplificar o som produzido.
Devemos zelar pela nossa saúde vocal evitando forçar a voz
ao falar ou cantar.
Os procedimentos que serão mencionados devem ser seguidos
por todos (crianças, adolescentes e principalmente pelos
profissionais que fazem uso da voz como principal instrumento de
trabalho, como os professores, atores, locutores, jornalistas,
políticos, entre outros profissionais).
Existem fatores que prejudicam uma boa produção vocal, tais como o fumo, o álcool, as
drogas, a alimentação, o vestuário, o ar condicionado, os componentes alérgicos, os hábitos vocais
inadequados, a competição sonora. Todos estes elementos podem contribuir para o aparecimento
de: ROUQUIDÃO, FADIGA MUSCULAR, GARGANTA SECA, PIGARRO, CANSAÇO VOCAL, AFONIA
(AUSÊNCIA DA VOZ), VOZ SOPROSA (COMO SE ESTIVESSE CORRIDO UMA MARATONA); e nos
casos mais abusivos: NÓDULOS, CISTOS, PÓLIPOS, CARCINOMAS, EDEMAS (TERMOS MÉDICOS).

DICAS PARA TER UMA VOZ SEMPRE SAUDÁVEL


Beba muita água (7 a 8 copos por dia), pois a hidratação das pregas vocais permite
Disponível em
<http://kidsalfabetizacao.blogspot.c
que elas vibrem livremente.
om.br/2010/03/beber-agua-para-
Não fume, pois o cigarro provoca tosse, pigarro, irritação, aumento de
colorir-sede-calor.html>

secreção e infecções, que são fatores de agressão às pregas vocais.

Procure não ingerir bebidas alcoólicas, pois assim como o fumo, elas agridem as cordas Disponível em <
http://blogdoeduardopeixoto.blogspot.
vocais, sobretudo as destiladas, como por exemplo: pinga conhaque, vodca etc. com.br/2011/01/sera-proibido-fumar-
em-diversos-locais.html>

Evite hábitos orais inadequados: gritar, pigarrear, tossir constantemente, rir ou falar alto, para
não irritar as pregas vocais. Tossir ou pigarrear provoca um impacto forte nas pregas vocais e
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 43

transparece nervosismo diante de uma apresentação, como se você tivesse pedindo um tempo
para pensar ou relembrar de alguma passagem importante no seu discurso;
Não sussurre, porque ao contrário do que pode parecer, o esforço ao aparelho fonador para
sussurrar é maior e mais desgastante do que para se falar normalmente.
Em ambientes com ar condicionado, intensifique a hidratação, pois
o ar é bastante seco e isso pode acarretar pigarros e alteração na
qualidade de sua voz;
Evite falar em ambientes ruidosos ou abertos, o que leva o emissor
a intensificar a emissão vocal, pois há competição sonora. Quando
possível deve-se evitar tais ambientes, mas no caso de profissionais
que trabalham em tais condições a voz deve ser projetada e os sons
Disponível em
<http://saudefieb.blogspot.com.br/2011/08/v- articulados com precisão evitando o recurso do grito para fazer com o
behaviorurldefaultvml-o.html>
que o seu interlocutor escute e compreenda a mensagem;
Evite o uso de roupas apertadas que atrapalham a respiração, pois
uma alteração na respiração leva a uma alteração vocal.
Evite ingerir alimentos pesados ou com excesso de condimentos por
acarretar azia, má digestão e refluxo de secreções gástricas. A maçã e o
salsão são recomendados, pois são adstringentes, deixando a saliva
mais fininha. Já os derivados do leite e chocolate engrossam a saliva e
dificultam a articulação das palavras e a vibração das pregas vocais. Disponível em
<http://www.professorheliosouza.com.br/2011/04/se
ntiu-azia-ou-queimacao.html>
Faça gargarejo suave, com água morna e uma pitadinha de sal, pois
isto ajudará na hidratação da região da garganta.
Cantar é um ótimo exercício para a voz, mas o indivíduo precisa ter preparo
e técnica vocal, caso contrário podem surgir sérios distúrbios orgânicos. Então,
antes de cantarolar ao banheiro, sugiro um repertório que não exija esforço ou
a emissão de sons muitos agudos, que sejam diferentes do seu tom de voz.
Lembre-se sempre que a saúde vocal é importante para o estabelecimento
de qualquer contato que exija, no mínimo, um alô!
Disponível em <http://www.educolorir.com/paginas-
para-colorir-cantar-i11672.html>

Isso é para todos?


A voz deve ser sempre pensada em relação à saúde geral do paciente, em relação ao seu corpo
todo, ao seu estado de saúde geral. Segundo Sataloff (1991), todo o sistema corporal afeta a voz;
Souza Mello (1988) afirma que todo o corpo colabora na produção da voz; Bloch (1979) refere que
as condições ideais para uma boa produção vocal correspondem a um estado de saúde geral
dentro das melhores condições possíveis. Portanto, deve-se pensar não apenas nos aspectos que
prejudicam as pregas vocais, mas sim no trato vocal integrado na saúde geral de cada paciente.
Desta forma, podemos pensar que, apesar das orientações serem gerais, as necessidades,
assimilações e repercussões são absolutamente singulares. Por exemplo: o gelado, geralmente,
prejudica a voz, mas a quantidade e a forma deste prejuízo se manifestam diferentemente em
cada pessoa, dependendo do momento e da maneira em que este abuso foi cometido. As reações
do corpo humano são únicas e dependem de cada indivíduo em cada momento.
Disponível em < http://www.portaldamusicacatolica.com.br/rafael_de_angeli_13.asp>
Referência principal do texto: SILVA, Marta Assumpção de Andrada. Saúde Vocal. In: PINHO, Sílvia M. Rebelo. Fundamentos em Fonoaudiologia - Tratando os Distúrbios
da Voz. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 1998.
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 44

SAÚDE AUDITIVA
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam
que cerca de 2,5% da população brasileira, isto é, cerca de 4,5
milhões de pessoas, apresentam algum grau de deficiência
auditiva.
Dentre os diversos agravos à saúde coletiva da vida
moderna, o ruído, também conhecido como poluição sonora,
tem impacto cada vez maior na qualidade de vida das pessoas.
Por mais paradoxal que possa parecer, esta forma de
poluição pode, muitas vezes, ser silenciosa, isto é, passar
despercebida durante alguns anos, até que os efeitos da
exposição frequente aos ruídos possam repercutir em nossa vida
social.
Nos parâmetros do som, quando falamos de intensidade,
vimos que os níveis de pressão sonora são quantificados em
decibéis (dB) e qualificados em hertz (Hz). Pessoas com audição
normal, em ambiente não ruidoso, são capazes de conversar,
compreender e apreciar uma boa música ou programa, entre 20
e 60 dB. Estes tipos de som estão entre as faixas de 500 e 6000
Hz. Níveis de pressão sonora acima de 90 dB são considerados
lesivos ao nosso órgão funcional da audição: o labirinto.
Dentre os exemplos de situações frequentes a que nos
expomos a ruído excessivo, estão: uso de telefones e geradores
portáteis de som, rua movimentada, creche ou sala de aula
barulhenta, obra, discotecas, bares, shoppings, cinema,
arrancada e buzina de veículos, apito de micro-ondas, jogo de
futebol.
Há, portanto, profissões, como operadores de telemarketing, motoristas, garçons,
trabalhadores da construção civil, mecânicos e professores que apresentam, em virtude da
exposição ocupacional ao ruído, ainda mais risco para surdez.
Os cuidados com a saúde auditiva se iniciam na gestação. Uma boa assistência pré-natal
reduz as chances de prematuridade e complicações durante o parto.

O hábito de ouvir música com volume alto em iPods, Smartphones ou similares com fones de
ouvido tem trazido sérios problemas para os ouvidos, que possuem estruturas muito
especializadas e delicadas, responsáveis pela audição.
Esses aparelhos são tão potentes, que podem atingir uma intensidade sonora de até 120dB,
em seu volume máximo. Para se ter uma ideia, isto equivale à intensidade de uma turbina de avião
durante a decolagem! Mas o ouvido humano sofre com isso e, quando exposto a sons acima de
85dB por tempo prolongado, que seria o barulho do trânsito numa avenida movimentada, já pode
apresentar perdas auditivas. O grande problema é que este tipo de perda auditiva costuma ser
irreversível. Em alguns casos uma única exposição a sons intensos pode prejudicar a audição para
sempre.
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 45

Além da perda de audição, o som muito alto nos fones de ouvido, discotecas e shows, pode
agredir o ouvido de outras formas, causando zumbido e dificuldade de entendimento.
Ou seja:
Pessoas jovens terão problemas auditivos muito antes que seus pais e avós!

Para proteger o ouvido bastam alguns simples cuidados:

Deixe o volume nos fones de ouvido na metade do volume


máximo do aparelho.
Fique atento para que o som saído dos fones não seja ouvido
pelos amigos ao redor.
Evite ficar muitas horas seguidas ouvindo música por meio de
fones de ouvido.
Procure ajuda médica tão logo seja percebida qualquer alteração
da audição.
Disponível em <http://professorbruno.com/?page_id=2>

São pequenas atitudes capazes de produzir grandes benefícios para o ouvido. Dessa maneira,
você será recompensado com muitos anos de sons agradáveis, prazerosos e memoráveis, apenas
cuidando da sua saúde auditiva.

NUNCA ESQUEÇA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Não escutar, não nos priva apenas de receber informações audíveis, mas nos tira uma das
principais formas de expressão: a fala, a capacidade de comunicação verbal, que nos diferencia e
personaliza como seres humanos. Cuide de sua audição!

EXERCÍCIOS
1) Observe as imagens abaixo e identifique qual o problema apresentado e que danos pode
acarretar para a nossa voz ou audição:

________________________________________________________
________________________________________________________
________________________________________________________

Disponível em
<http://josymudando.blogspot.com.br/201
2/11/sobre-feriadao-e-roupas-apertadas-
afff.html>

_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
Disponível em
<http://bancadadirecta.blogspot.com.br/2012/01
/o-saber-nao-ocupa-lugar-temas-de_25.html>
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 46

Disponível em
<http://www.portalrcr.com.br/radios/105/cienci
a/42387-musica-alta-pode-afetar-memoria-e-
aprendizagem-diz-estudo>

2) Responda:
a) Qual a importância da hidratação das pregas vocais para a manutenção de uma voz saudável?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
b) A partir de qual limite de intensidade os sons começam a ser lesivos à nossa audição?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
c) Na sua opinião, qual a importância de estudarmos sobre a saúde vocal e a saúde auditiva?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

3) Imagine que você está participando de uma campanha para alertar a população sobre a
importância de se preservar a voz e a audição. Uma das atividades dessa campanha é a
distribuição de panfletos com dicas para manter uma boa saúde vocal e auditiva. Complete o
panfleto abaixo com desenhos que representem as orientações dadas à população:

Veja aqui alguns cuidados importantes:

Evite ficar muitas horas seguidas ouvindo música em fones de ouvido


com volume elevado!

Faça gargarejo suave, com água morna e uma pitadinha de sal,


pois isto ajudará na hidratação da região da garganta.

Evite gritar, rir ou falar com volume elevado para não irritar
as pregas vocais!

Em uma festa evite ficar muito perto das caixas de som,


pois o volume elevado pode prejudicar sua audição!
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 47

CAPÍTULO 5
FORMAÇÃO DA MÚSICA BRASILEIRA
A música brasileira se formou a partir da mistura de elementos europeus, africanos e
indígenas, trazidos respectivamente por colonizadores portugueses, escravos e pelos nativos que
habitavam o chamado Novo Mundo.

Formada
+ +
por
influências

Disponível em
<http://www.qdivertido.com.br/verpes Disponível em
quisa.php?codigo=1 > <http://www.caestamosnos.org/Brasil_
Disponível em 1500/Bloco3.html>
Disponível em <http://www.feirapreta.com.br/?p=13
<http://www.brasilcultura.com.br/cultura/edital-para- 25>
participacao-em-programas-de-musica-brasileira-recebe-
inscricoes/>

Outras influências foram se somando ao longo da história, estabelecendo a diversidade


musical brasileira.

MÚSICA INDÍGENA
Quando os Portugueses chegaram ao Brasil em 1500, tempo em que nossas terras nem se
chamavam assim, o número aproximado de indígenas que viviam aqui era de 3 milhões, divididos
em 1.400 tribos que falavam 1.300 línguas diferentes. Atualmente, os índios brasileiros somam um
total aproximado de 350 mil, sendo 215 etnias e 180 línguas.

Exemplos de etnias indígenas no Brasil


Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 48

Por esses números, podemos constatar que grande parte dos primeiros habitantes de
nossas terras foi dizimada pelo processo de conquista europeia, o que dificulta muito o trabalho
de pesquisa de suas diferentes manifestações culturais e artísticas, assim como de sua história.
O que sabemos, porém, é que, como nas sociedades africanas, a música também cumpre
um papel essencial na sociedade indígena brasileira.
Em todos os momentos da vida dos índios, sejam
eles corriqueiros, como acordar, comer, caçar, ou
mais formais, como por exemplo, os rituais de
passagem de uma determinada fase da vida para
outra, a música está presente. Nos povos indígenas,
o canto começa a fazer parte da rotina das pessoas
no momento de seu nascimento, e se faz presente
em todos os outros momentos, em todos os
processos de mudanças pelos quais todos nós
passamos.

Herdamos dos povos indígenas o ritmo binário, presente em muitas de nossas


manifestações musicais. Eles acreditam que todas as outras divisões rítmicas derivam do 2/4, pois
a música está diretamente relacionada com o corpo e com o movimento, ou seja, com o andar e
o dançar. Portanto, como possuímos duas pernas e dois pés, nada mais natural que o ritmo
binário.
Os índios possuíam seus instrumentos próprios, confeccionados por eles mesmos, usando
bambus, cascas de árvores, “taquaras” (tipos de bambus), ossos de animais e de guerreiros
vencidos em lutas.
Seus instrumentos eram muito importantes, sendo alguns, heranças que os pais deixavam
aos filhos e outros considerados sagrados. Os índios consideravam a música uma manifestação
superior, e um músico, pessoa de grande estimação. O índio músico possuía regalias e destaques.
Quando preso, tinha o direito de não ser condenado à morte.
Observa-se na música indígena a utilização do corpo como um de seus instrumentos
musicai. O bater dos pés, que marcam o som e o ritmo nas danças, é a forma mais natural de
expressão.

Dança do Kwarup
Disponível em <http://www.yikatuxingu.org.br/2011/05/10/xinguanos-preparam-comemoracoes-dos-50-anos-do-parque-indigena-do-xingu/> Acesso em 09/03/2015
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 49

A marcação dos pés na Dança da Chuva


Disponível em<http://moblog.whmsoft.net/related_search.php?keyword=cultura+indigena+dan%C3%A7a+da+chuva&language=portuguese&depth=2> Acesso em 10/03/2015

Os instrumentos denominados maracás, espécies de chocalho, são considerados sagrados.


Feitos geralmente de cabaças, são decorados com cuidado, utilizando-se também plumas e penas
coloridas.

Maracá da Tribo Carajá

Dentre os instrumentos musicais de origem indígena, podemos destacar:

Chocalho de amarrar. Nome


indígena: duiuaitchu
Maracá Pau-de-chuva Flauta. Nome
Imagens disponíveis em <http://www.iande.art.br/loja/instmusicais.htm>
Indígena: mimby
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 50

Flauta de Pan da Tribo Bororó Pio da Tribo Guarani

Flauta de osso da Tribo Txucarramãe

Ainda em relação aos instrumentos musicais, segundo pesquisadores, a escolha de material


para a sua confecção segue um critério, de acordo com as sonoridades que desejam produzir. Por
isso a utilização de diversos tipos de materiais retirados da própria natureza: taboca, cabaças,
madeiras, sementes, argilas e carapaças de certos animais. A confecção dos instrumentos segue,
então, os parâmetros do som e afinação determinados.
Destaca-se a forma como as tribos conseguem manter na memória, sem partituras, os
cantos dos rituais e composições de tempos muito antigos.
Dentre as flautas, destaca-se a flauta uruá, feita de taboca com três metros de
comprimento, composta de dois tubos atados lado a lado e embocadura (sopradas
alternadamente, produzem sons semelhantes ao órgão). A flauta uruá é feita do bambu que tem
este mesmo nome e é muito utilizado no Parque do Xingu para o Cerimonial do Kwarup.

Flautas Uruá
Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Camaiur%C3%A1s#mediaviewer/File:Ift00054vb00.jpg Acesso em 09/03/2015
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 51

Desde que somos pequenos, aprendemos que os índios vivem em ocas, espécie de cabanas
construídas com palha, bambu e outros materiais colhidos na natureza. O que não sabemos é que
essas habitações representam a concepção que o índio tem do seu próximo.

Imagem disponível em <http://noticias.uol.com.br/album/110429moradias_album.htm> Acesso em 10/03/2015

Mais do que respeitar ou se preocupar com os seres à sua volta, o índio acredita que,
tanto as pessoas quanto os animais e plantas representam uma unidade, ou seja, são todos um.
Portanto, vivem de forma coletiva, e consideram sua família toda a sua aldeia e todos os seres que
lá vivem, sejam humanos ou não.

Atualmente, o índio brasileiro revive um momento difícil, como no passado, quando os


jesuítas europeus vieram impondo sua religião e sua
cultura, resultando na extinção de grande parte dos
povos, assim como de sua música, suas línguas e seus
costumes. As poucas aldeias que ainda restam são
diariamente ameaçadas pela ganância das grandes
empresas e dos governos, que querem se apropriar
dos lugares onde vivem as tribos indígenas para a
realização de suas grandes construções. Um exemplo
disso é a Aldeia Maracanã, ao lado do estádio que
leva o mesmo nome. Ali vivem índios que correm o
risco de perder sua moradia para que seja construído
um estacionamento para a Copa do Mundo no Brasil.
Precisamos estar sempre atentos para que nossa cultura e nossa história sejam preservadas.

É importante observar que, em 1555, os franceses invadiram o Rio de Janeiro. A missão


era chefiada por Nicolas Durand de Villegagnon. Como integrante do grupo, estava também Jean
de Léry, que tinha a missão de registrar em seus documentos aspectos importantes da terra
invadida. Esses registros foram publicados do livro História da Viagem à Terra do Brasil. Dentre os
registros há descrições variadas, desenhos de várias cenas dos índios Tupinambás, onde são
identificados instrumentos, danças, musicais e rituais, diversos, sem falar na fauna e na flora
brasileiras.
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 52

Página do livro de Jean de Léry, História de uma


Viagem à Terra do Brasil
Disponível em < http://www.academia.brasil-europa.eu/Materiais-abe-82.htm>Acesso em 09/03/2015.

Imagem da tribo Tupinambá, onde


aparece o maracá no ritual da
morte, encontrada no livro de Jean
de Léry
Disponível em <http://www.academia.brasil-europa.eu/Materiais-abe-
82.htm>Acesso em 09/03/2015.

Jean de Lery também registrou um canto dos Tupinambás chamado CANINDÉ IUNE,
traduzido como “Ave Amarela”. Vamos executá-lo? É importante ressaltar que Jean de Léry
descreveu em seus registros este canto o contagiou. O canto indígena, ambientando na riqueza de
fauna e da flora brasileiras, mexeu profundamente com sua sensibilidade.

Canindé Iune

Partitura adaptada para execução com a flauta doce soprano, a partir do original registrado por Jean de Léry
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 53

Ao longo de tempo, outros estudiosos realizaram registros importantes sobre a cultura


indígena, em especial, sobre a música. Heitor Villa-Lobos, compositor brasileiro, procurou
transmitir aspectos da influência indígena em muitas de suas obras.
Em 1912, o pesquisador Edgar Roquette-Pinto gravou o canto dos índios Parecis da
Serra do Norte (Mato Grosso). Nozani-ná foi utilizado mais tarde pelo compositor Villa-Lobos
como tema musical para uma de suas obras.

NOZANI-NÁ

Nozanina ná ôrê kuá, kuá,


Kaza êtê, êtê,
Nozani ná ôrê kuá, kuá
Nozani noterahan, rahan
Oloniti, niti,
notereharan,
kozêtozá, tozá,
nôtêrá, têrá,
kenakiá, kiá,
nê ê êná, êná,
Uálálô, lálô,
firáhalô, halô
Nolô
Uai!

Veja a partitura do canto, registrada a partir da gravação original de Roquette-Pinto:


Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 54

Imagem da partitura disponível em <http://www.santoandre.sp.gov.br/pesquisa/ebooks/365129.pdf> Acesso em 05/03/2015


Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 55

MÚSICA AFRICANA
Quando dizemos a palavra “África”, quais são as imagens que vêm à nossa mente? Talvez
animais selvagens, densas florestas tropicais, homens e mulheres vivendo em cabanas rústicas,
caçando, pescando e colhendo em árvores seus alimentos... Outras ideias que talvez possamos ter
é a de um lugar no qual muitas pessoas passam fome, ou no qual acontecem muitas guerras... E
ainda, quando falamos em África, provavelmente vamos pensar que se trata de um país, com um
aspecto de aldeia, no qual todos se conhecem, vestem os mesmos estilos de roupa, comem os
mesmos alimentos e falam a mesma língua. Correto?
Podemos obter algumas respostas analisando os mapas abaixo. O primeiro deles nos
mostra o tamanho do Continente Africano, com todos os seus países:

Disponível em <http://ufrrj99.blogspot.com.br/2010/07/novo-oceano-pode-surgir-em-rachadura-no.html>

Não é incrível? O Continente Africano é o segundo maior continente do mundo, tanto em


sua área geográfica quanto em seu número de habitantes! Além disso, são faladas 2.000 línguas
tradicionais, sendo que cada uma delas possui cerca de 4 ou 5 dialetos! Cada língua representa
uma etnia, ou um povo. Portanto, nos dias atuais, diferentes etnias vivem dentro de um mesmo
país, consequência da divisão realizada pelos países europeus através do processo de colonização.
Outro fato interessante é que, apesar da ideia que temos da África como uma grande selva,
a área de vegetação densa ocupa somente 5% de todo o território africano, como nos mostra o
segundo mapa:

Disponível em <http://kids.mongabay.com/elementary/africa.html.>
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 56

O pequeno pedaço mais escuro representa, em todo o continente, o que podemos chamar
de “Floresta Tropical” ou “Selva”! Isso significa que, se todos os africanos vivessem realmente nas
selvas, estariam todos dividindo esse pequeno espaço que vemos no mapa.
Considerando então o tamanho da África e toda sua diversidade de línguas e etnias,
podemos ter uma ideia da riqueza artística presente no continente. Em primeiro lugar, é
importante saber que nenhum dos povos africanos possui uma palavra específica para música. A
razão para a ausência de tal palavra ou conceito se deve ao fato de que, para os africanos, a
música não existe sozinha, ou seja, todas as formas de arte são integradas entre si e dependem
umas das outras para que seu sentido seja completo. Portanto, dança, música, desenho, teatro,
pintura são algumas das manifestações artísticas designadas por uma mesma palavra.

Disponível em < http://www.portaldarte.com.br/arteafricana.htm> Acesso em 10/05/2015

Através da escravidão, vieram para o Brasil cerca de 5 milhões de escravos, ou 1/3 do total
de escravos mandados para as Américas. Eles eram trazidos em condições subumanas em Navios
Negreiros, e aqui eram levados para o interior a fim de trabalharem nas fazendas, nos engenhos
de açúcar, nas lavouras e na mineração.
Devido à semelhança de clima, os africanos conseguiram sobreviver mais facilmente por
aqui, apesar dos maus tratos. Como a música está presente em todos os momentos de suas vidas,
desde seu nascimento até a hora de sua morte, conseguiram, apesar de toda a condição
desumana com que eram tratados, reconstruir sua tradição musical e artística. Seus instrumentos
e ritmos, suas danças e crenças religiosas, são exemplos da herança que recebemos dos negros.
Podemos perceber com facilidade as características africanas existentes em muitos de nossos
ritmos e danças que vamos aprender durante nossas aulas.
Alguns exemplos de instrumentos africanos:

Tambores diversos Agogô africano Timbila


Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 57

Afoxê Xequerê Reco-reco

Berimbau Cuíca

CURIOSIDADES!!!
Não conseguimos pensar em Capoeira, sem pensar também no som do berimbau
acompanhando. Este instrumento aparece numa aquarela de 1826 do artista Debret;
A cuíca é um instrumento de percussões, mas chamado de tambor de fricção. Uma vara de
bambu é presa à parte superiro do instrumento. Quando esta é friccionada, faz vibrar o corpo do
instrumento, produzindo um som bem distinto. Acredita-se que o instrumento era utilizado na
África para atrair a caça, imitando o som de animais.
A timbila é um instrumento tradicional de Moçambique e pertence à família dos xilofones.
De origem iorubá, a palavra afoxé poderia ser traduzida como "a fala que faz". A palavra
representa o instrumento de percussão, bem, como a dança e também o ritual.
 O xequerê passou a ser utilizado na dança do Maracatu de Recife já no final do séc. XX.

Aprendendo a história do Djembê...

A lenda sobre a origem do instrumento conta a história de um


cidadão Mali que foi expulso de sua aldeia com sua esposa grávida.
Ela faleceu trabalhando deixando o homem criando seu filho sozinho.
Após um tempo a vida ficou tão difícil que ele precisou encontrar um
meio de ser aceito novamente em sua aldeia. Assim ele cortou o
tronco de uma árvore, cavou seu centro e esticou na parte superior
couro de cabra, fazendo assim um tambor. Retornando à aldeia,
presenteou o chefe com o instrumento, seu som o agradou tanto que
ele aceitou o homem de volta e denominou o tambor de djembe.
De acordo com a tribo Bamana de Mali, o nome djembe deriva do
velho termo“anke dje, anke be” que significa “todos reunidos em
paz”. Disponível em <http://johnlucasarts.blogspot.com.br/2013/12/o-djembe.html.Acesso em 05/03/2015

Djembê
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 58

CAÇA – PALAVRAS: Descubra os nomes de 8 instrumentos africanos ou afro-brasileiros, circulando


as palavras:

B A Q U E V I R A D R T Y U
E A M E M B D J E M B E R A
c B E R I M A C I A E A U T
A M U S I C F A N R R E C A
G B C U I C A P D A I F V B
O T I M B I L A I C M U U A
G T A M B O R E O A B A I Q
O C A N T A A I S T A J T U
H S U A V E S R E U U A A E
B E R I M B A U E X O F A B

Vamos aprender uma canção africana?

Disponível em http://algosuenaenlafuencisla.blogspot.com.br/2014/03/si-ma-ma-ka.htmlAcesso em 10/03/2015


Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 59

MÚSICA EUROPEIA
Na esquadra de Pedro Álvares Cabral vieram
também, como seus auxiliares, Frei Pedro Neto, corista, e
Frei Maffeo, organista e músico. Segundo o documento
de 1908 “A Música no Brasil”, eles impressionaram os
índios com sua arte na celebração da primeira missa no
Brasil. A partir de 1549 chegaram os primeiros jesuítas ao
Brasil. Eles utilizaram a música europeia para se
aproximar dos índios e catequizá-los.
No período da colonização brasileira acontecia na
Europa um período intenso de produção artística e
científica. Esse período começou no século XIII e
Pintura de Victor Meirelles retratando a
intensificou-se durante os séculos XV e XVI. Ficou Primeira Missa no Brasil (1861)
conhecido como Renascimento porque indicou o Disponível em <http://www.infoescola.com/historia/a-primeira-missa-no-brasil/>
renascimento de culturas muito antigas (grega e romana) e a valorização do homem como
indivíduo que pensa, cria e procura novos caminhos de desenvolvimento. O homem passou a ser o
centro do mundo, ao contrário da Idade Média, em que a vida do homem estava centrada em
Deus. Nós trabalharemos mais sobre esse período no Capítulo 6.
Os jesuítas – padres da Companhia de Jesus – foram
enviados para catequizar os índios e são considerados os
primeiros professores de música do Brasil. Dentre eles
destacaram-se Manuel da Nóbrega, João Aspilcueta Navarro e
José de Anchieta.
A música executada pelos primeiros portugueses era de
caráter puramente religioso, o Canto Gregoriano ou Cantochão,
e traduziam para o tupi guarani os cantos religiosos.
Aprenderemos mais sobre o Canto Gregoriano em Música da
Idade Média no 7º ano,
No seu trabalho de catequese e civilização dos indígenas,
os jesuítas usaram a música e as artes, principalmente o teatro,
Jesuíta para comunicar suas mensagens de fé.
Disponível em
Ensinando aos curumins (crianças indígenas) através da
<http://ofeliafonseca.pbworks.com/w/page/5839391/jesu%C3%ADtas >

música conseguiram conquistar os índios.


O padre Navarro traduziu algumas cantigas para a língua tupi e
escreveu os Autos (pequenas peças teatrais com ensinamentos morais
e religiosos) para os índios representarem, que eram adaptados à
música popular ou às canções já existentes. Os jesuítas escreviam os
Autos em português, em castelhano ou tupi guarani.
O padre José de Anchieta, que recebeu a alcunha de “O
Canário de Coimbra”, muito se destacou: compôs músicas em tupi
guarani e escreveu vários autos. Viajou por quase todo o Brasil,
criando nas aldeias, escolas de “ler, cantar e tocar alguns
instrumentos”.
No entanto, ao catequizarem os indígenas, os jesuítas foram
concorrendo para que desaparecessem as características originais do
nativo e, por um processo de aculturação, a música indígena foi
perdendo sua originalidade. José de Anchieta
Disponível em
<http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/pwdtc
omemorativas/default.php?reg=11&p_secao=14>
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 60

Os indígenas foram cercados de valores europeus, o que fez com que toda a diversidade
cultural deles fosse sufocada. Através da catequese, os jesuítas levavam esses povos a abandonar
seu modo tradicional de vida, suas andanças pela mata, suas lideranças, substituindo suas crenças
e cerimônias pelos ritos católicos. Isso a fim de lhes tirar “do mundo da perdição e perversão”, no
qual segundo os jesuítas todos os índios estavam mergulhados.
Além do canto religioso, foi introduzida no Brasil a música popular portuguesa, trazida
pelos colonizadores. Os portugueses trouxeram não só a sua própria música, mas a de toda a
Europa.
As formas melódicas, harmonia, os textos poéticos, tonalidade, ritmos, a canção, a moda, o
fado, as cantigas infantis de roda e de ninar, além de várias danças dramáticas como o Pastoril, a
Folia de Reis, a Nau Catarineta, a Marujada, o Bumba meu boi vieram com os colonizadores.
Você se recorda se algumas canções de roda? E os acalantos, que são músicas para ninar?
Quem não se lembra do “Boi da Cara Preta”? E do “Cravo brigou com a Rosa“ e “Nesta rua”? São
canções que ficaram guardadas na nossa memória, herança dos europeus.
Além dos portugueses, os espanhóis, os holandeses, os franceses, os italianos, dentre
outros povos europeus, também deram sua contribuição à cultura musical brasileira.
Com os europeus vieram vários instrumentos como o violão, a viola, o cavaquinho, o
violino, o violoncelo, a sanfona, a flauta, a clarineta e o piano. Esses instrumentos foram criados a
partir da evolução de alguns instrumentos medievais.

Clarinete
Disponível em
<http://www.covoes.com/aaccc/oficina-
clarinete3.html>

Violino Cravo
Disponível em
Disponível em
<http://musictime12.blogspot.com.br/2011/08
<http://vozativamadrigal.blogspot.com.br/2011
/violino.html>
/11/oitava-edicao-da-semana-do-cravo-rj.html>

Guitarra Portuguesa
Flauta doce Disponível em <http://www.fnac.pt/JGuedes-Guitarra-Portuguesa-Fado-
Lisboa-com-Saco-Instrumentos-Corda/a594112>
Disponível em
<http://www.outrosventos.com.br/portal/instr
umentos-musicais/flauta-doce/notas-na-flauta-
doce-digitacao.html>
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 61

Sugestões...

Filme A Missão (1986)


Dirigido por Roland Joffé
Com Jeremy Irons, Robert De Niro, Ray McAnally
Gênero: Drama, Aventura
Sinopse: No século XVIII, na América do Sul, um violento mercador
de escravos indígenas, arrependido pelo assassinato de seu irmão,
realiza uma auto penitência e acaba se convertendo como
missionário jesuíta em Sete Povos das Missões, região da América
do Sul reivindicada por portugueses e espanhóis, e que será palco
das "Guerras Guaraníticas”. O filme mostra como os jesuítas
ensinavam música aos guaranis. Palma de Ouro em Cannes e
Oscar de fotografia (14 anos - 121 min). Disponível em <http://www.cinemenu.com.br/filmes/a-
missao-1986#ficha-tecnica>

Documentário O Povo Brasileiro (2001)


Dirigido por Isa Grispum Ferraz
Baseado na obra “O Povo Brasileiro” de Darcy Ribeiro
O Povo Brasileiro é um filme de 2001 que traz os 10 programas
baseados na obra homônima de Darcy Ribeiro, publicada em 1995.
Com a narração de Matheus Nachtergaele, o filme conta a
participação de inúmeros músicos e intelectuais brasileiros, como
Chico Buarque, Tom Zé, Antônio Cândido, Aziz Ab'Saber, Paulo
Vanzolini, Gilberto Gil, Eduardo Gianetti e diversos outros.
Com entrevistas do próprio autor, citações de poemas e outras
obras e vídeos históricos, o documentário incita ao orgulho de
nosso povo, de nossas raízes e dessa mistura particular que vem
operando em terras canarinhas desde antes da colonização
europeia. O Brasil índio, europeu, negro, crioulo, sertanejo, sulista,
caipira, caboclo. O Brasil da mistura de todas as raças, tentando
buscar e trazer toda a virtude de toda a história da humanidade
num povo só. O Brasil que é misto na raça e na cultura, na gente e
Disponível em
<http://pensamentosfugazes.blogspot.com.br/2009/0
2/o-povo-brasileiro-de-darcy-ribeiro.htm>
na história, sincretismo religioso e cultural de um povo forte e
alegre, sorridente e com todas as faces agrupadas em uma nova
face sempre em reconstrução e reinvenção.

Você sabia...
Geralmente pensamos que o pandeiro é um instrumento de origem africana por causa de sua utilização no
samba, nas rodas de capoeira e por sua rítmica toda especial. Mas na verdade, o pandeiro é um instrumento de
origem Fenícia e seu formato, ao contrário do que é hoje, era quadrado. O pandeiro era tocado de modo simples, com
batidas de mão para marcar o tempo, ou como complemento de dança, principalmente a cigana. Tornou-se
conhecido também na Europa, sendo popularmente utilizado na Itália e Espanha. No Brasil, quando surgiu
o choro, no final do século passado, o pandeiro veio dar o toque final ao ritmo marcante e brejeiro,
inicialmente executado ao piano e instrumentos de corda e de sopro.
Pandeiro atual
Disponível em <http://arodadostambores.blogspot.com.br/2011/01/tambores-do-
brasil.htmll>

Adufe – espécie de pandeiro quadrado


Disponível em <http://leaosoundsystem9.blogspot.com.br/2011/05/instrumento-musical-
adufe.html>
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 62

EXERCÍCIOS
1) Correlacione os parênteses:

(1) Cantigas de roda ( ) Canções de ninar de origem portuguesa


(2) Maracás ( ) Instrumento de origem africana, com
campânulas de metal
(3) Agogô ( ) Flauta indígena

(4) Violão ( ) Instrumento de origem africana

(5) Acalantos ( ) Contribuição portuguesa

(6) Jesuítas ( ) Chocalhos indígenas

(7) Uruá ( ) Padres da Companhia de Jesus,


considerados como primeiros
professores de Música do Brasil
(8) Xequerê ( ) Instrumento que chegou ao Brasil por
intermédio dos portugueses
(9) Manuel da Nóbrega e José de Anchieta ( ) Nomes dos Jesuítas que muito
contribuíram para a catequese dos
índios
2) Responda:
a) Qual a consequência da colonização e da catequese para as tribos indígenas que habitavam as
terras brasileiras?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
b) Qual a relação dos africanos com a música?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
c) Quais as principais heranças que recebemos do povo africano?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
d) Qual a relação dos povos indígenas com a música?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

3) Desenhe um instrumento de origem indígena, outro de origem africana e outro de origem


europeia, mas ATENÇÃO, o instrumento que você desenhar tem que diferente dos apresentado na
apostila através de fotos.
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 63

CAPÍTULO 6
DANÇAS BRASILEIRAS
As danças tradicionais brasileiras têm origens diversas. São criadas ou adaptadas pelo
povo, com letra e música de autor anônimo e transmitidas por tradição oral. A dança é sempre
uma manifestação coletiva, cultivada pelo povo, principalmente do interior e do litoral do Brasil.
As contribuições de diferentes origens (indígena, africana e europeia) geram uma grande
riqueza de diversidade cultural nas danças de todas as regiões do país. Torna-se uma tarefa
impossível conhecer em tão pouco tempo essa imensa diversidade. Porém, o nosso objetivo é
despertar o interesse de nossos alunos em vivenciar e conhecer cada vez mais essa diversidade de
danças de nosso país independente de nossas aulas.
As danças que serão apresentadas a seguir são apenas uma mostra muito pequena do
grande universo das Danças Brasileiras. Veja quantas danças você ainda poderá conhecer em suas
“andanças” pela internet? E a lista não termina...

COCO CAVALHADAS CARIMBÓ CABOCLINHOS

MARUJADA
AFOXÊ
CANINHA VERDE
LUNDU

REISADO
DANÇAS INDÍGENAS PAU DE FITAS

TAMBOR DE CRIOULA
TAMBOR DE MINA

Como disposição geral dos bailarinos, a maioria das nossas danças enquadra-se em dois
tipos fundamentais:
a) Formação em roda, com ou sem solistas no centro.
As danças sem solistas são de origem portuguesa; são chamadas
simplesmente, danças de roda. As
danças com solistas mantêm mais
ou menos claramente o cunho
original africano.
b) Formação em
Disponível em <
http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/i
fileiras opostas. A este tipo
ndex.php?titulo=Ciranda&ltr=c&id_perso=1357>
pertencem danças consideradas
como de origem indígena. Dispõe-se em duas alas fronteiras, Disponível em

podendo ser só de homens ou só de mulheres, ou com ambos; são <http://www.plantaonews.com.br/conteudo/show/secao/51/m


ateria/65476>

especialmente comuns no centro e sul do Brasil.


A expressão Dança
Algumas dessas danças apresentam também partes representadas, Dramática foi criada
sendo uma espécie de Dança Dramática. por Mário de Andrade,
Estruturalmente, as danças dramáticas se dividem em duas partes: o a fim de designar os
cortejo dançado que anda pelas ruas, e a parte representada (chamada bailados populares
brasileiros que têm
Embaixada em alguns bailados), a que se associam também o canto e a uma parte
dança. representada ou que se
baseiam num assunto.
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 64

Esses bailados são mais difundidos no Nordeste. Geralmente, seu enredo é de conversão e
ressurreição. Além de ser um divertimento coletivo do nosso povo, é uma necessidade de
manifestar-se artisticamente.
Veremos mais detalhadamente algumas danças brasileiras, mas lembramos que existem
diversas outras espalhadas pelo Brasil afora!

CIRANDA
Ciranda é um tipo de dança e música de
Pernambuco. É originária da região Nordeste mais
precisamente em Itamaracá. Caracteriza-se pela formação de
uma grande roda, geralmente nas praias ou praças, onde os
integrantes dançam ao som de ritmo lento e repetido.
Não se pode deixar de reparar que pelas suas
características esta dança tem um forte poder de
congraçamento e interação social. Pela simplicidade de sua
Disponível em < http://artepreferidos.blogspot.com.br/2010/08/nossa-
riqueza-cultural-e-imensa.html>
coreografia, a Ciranda está sempre em ponto de aceitar mais
um participante, e assim, vai ampliando o seu círculo.
São utilizados basicamente instrumentos de percussão. O bombo ou zabumba, mineiro
ou ganzá, maracá, caracaxá (espécie de chocalho), a caixa ou tarol formam o instrumental mais
comum de uma ciranda tradicional, podendo também ser utilizados a cuíca, o pandeiro, a sanfona
ou algum instrumento de sopro.
O mestre cirandeiro é o integrante mais importante da ciranda, cabendo a ele "tirar as
cantigas" (cirandas), improvisar versos, tocar o ganzá e presidir a brincadeira. Ele utiliza um apito
pendurado no pescoço para ajudá-lo nas suas funções. O contramestre pode tocar tanto o bombo
quanto a caixa e substitui o mestre quando necessário. As músicas podem ser as já decoradas,
improvisadas ou até canções comerciais de domínio público transformadas em ritmo de ciranda.
Na marcação do zabumba, os cirandeiros pisam forte com o pé esquerdo à frente.
Num andamento para a direita na roda de ciranda, os dançarinos dão dois passos para trás e dois
passos para frente, sempre marcando o compasso com o pé esquerdo à frente. Os passos podem
ser simples ou coreografados. As mãos se levantam de vez em quando ao mesmo tempo em que
os cirandeiros entoam um “Hei!”.

Minha ciranda
Capiba

Minha ciranda não é minha só


Ela é de todos nós
A melodia principal quem
Guia é a primeira voz

Pra se dançar ciranda


Juntamos mão com mão
Formando uma roda
Cantando uma canção

Cirandeira Lia de Itamaracá


Imagem disponível em http://portalculturaemfoco.blogspot.com.br/2011/02/prefeitura-municipal-da-
ilha-de.html Acesso em 10/03/2015
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 65

Ô Cirandeiro

Ô Cirandeiro, cirandeiro ó
A pedra do teu anel brilha mais do que o sol

Mandei fazer uma casa de farinha bem maneirinha que o vento possa levar
Oi passa o sol oi passa a chuva, oi passa o vento
Só não passa o movimento do cirandeiro a rodar

Achei bom bonito


Meu amor brincar
Ciranda maneira Lia de Itamaracá, Maria Madalena Correia do
Vem cá, Cirandeiro Nascimento, uma das mais famosas cirandeiras
Vem cá balançar do Brasil, nasceu em 1944 na Ilha de Itamaracá. É
reconhecida como Patrimônio Vivo Imaterial do
Letras de outras cirandas
Estado de Pernambuco. Este reconhecimento é
Eu estava na beira da praia um reflexo de sua obra em favor da preservação
Ouvindo as pancadas das ondas do mar ( bis ) das tradições musicais de Pernambuco, mais
Esta ciranda quem me deu foi Lia especificamente das Cirandas do Recife.
Que mora na ilha de Itamaracá ( bis )

Vim do Recife, um rapaz me perguntou


Se na ciranda que eu vou, se tinha muitas morenas
Eu disse, tem: loiras, morenas, mulatas...
Dessas que a morte mata e depois chora com pena

Esta ciranda quem me deu foi Lia


Que mora na ilha de Itamaracá ( bis )

SAMBA
O Samba é um gênero musical e um tipo de dança de raízes
africanas surgido no Brasil e é tido como o ritmo nacional por
excelência. Considerado uma das principais manifestações culturais
populares brasileiras, o samba se transformou em símbolo de
identidade nacional.
A palavra samba, significa umbigada, na língua angolana.
Desfile das escolas de Samba do Rio Saiu das senzalas como dança de roda, com solista. É sambado no
de Janeiro meio urbano (samba de salão) e no meio rural, onde existem
Disponível em <http://divirta-
se.uai.com.br/app/noticia/especiais/2013/carnaval/2013/02/12/noticia_
carnaval,140354/publico-aclama-vila-isabel-no-segundo-dia-de-desfile-
outras modalidades de samba, dentre eles, o Samba de Roda.
das-escolas-do-gr.shtml>
Seu compasso é binário.
Hoje, o samba é a principal atração turística no carnaval do Rio de Janeiro e São Paulo,
onde as grandes Escolas de Samba desfilam, os passistas se exibem e as mulatas mostram seu
gingado de graça e beleza usando fantasias riquíssimas.
“O samba de roda, pra mim, é algo
espontâneo, é algo que mexe com o coração,
mexe com o corpo, mexe com a mente, mexe
com toda a estrutura nossa”. Sambadeira Alva
Célia Medeiros, de São Francisco do Conde.
Disponível em <http://portal.iphan.gov.br/portal/baixaFcdAnexo.do?id=723> Acessado em 12/03/2015

Samba de roda
Disponível em < http://www.infoescola.com/musica/samba-de-roda/>
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 66

No Samba de Roda característico do Recôncavo Baiano, cada participante dança o passo


“miudinho”, remexendo os quadris e entrando e “correndo a roda”, isto é, não deve permanecer
no mesmo lugar. O “miudinho” dá a impressão de estarem “deslizando” pelo chão e as dançarinas
se aproximam dos músicos, que ficam ao fundo da roda, e fazem um diálogo “corporal” com eles.
Terminando sua apresentação, dão uma “umbigada” na próxima participante, que entrará na
roda, mostrando o “seu miudinho”. Os músicos se localizam ao fundo da roda.
O acompanhamento é realizado por instrumentos como pandeiro, atabaques, caquinho,
dentre outros. Porém, é possível também fazer o acompanhamento cantando, batendo palma e
batendo. O samba de roda é reconhecido como uma das matrizes do SAMBA, símbolo nacional.
Observe a partitura do samba de roda “Eu vi a ema lá na lagoa”.

Disponível em <http://portal.iphan.gov.br/portal/baixaFcdAnexo.do?id=723> Acesso em 12/03/2015

Você já ouviu o samba de roda “Marinheiro só”?

Eu não sou daqui


Eu não tenho amor Coro : Marinheiro só
Eu sou da Bahia
E de São Salvador RITMO DO SAMBA DE RODA

O marinheiro, marinheiro
Que te ensinou a nadar
Foi o tombo do navio
O foi o balanço do mar

La vem la vem
Como ele vem faceiro
Todo de branco
Com seu bonezinho

<http://www.bibliotecaderitmos.com.br/partitur
as/samba-de-roda/ > Acesso em 12/03/2015
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 67

JONGO
Jongo é uma manifestação cultural essencialmente rural
diretamente associada à cultura africana no Brasil e que influiu
poderosamente na formação do Samba carioca, em especial, e
da cultura popular brasileira como um todo.
É conhecido pelo menos nos Estados do Rio, Espírito
Santo São Paulo e Minas Gerais. O canto é muito importante,
porque coordena e facilita os movimentos. É dança de roda,
Disponível em <http://aoka.com.br/blog/2011/06/fundo-aoka-
comunidade-quilombo-campinho-da-independencia-investimento-em-
marketing/>
participam homens e mulheres que se movimentam em
sentido contrário ao dos ponteiros de um relógio. A dança prossegue noite adentro, e finda antes
do nascer do sol, pois o Jongo só é dançado à noite.
O canto tem papel importante no desafio versificado nos
“pontos”, e a música é para dançar, para facilitar os movimentos, o
que é uma função rítmica.
Os instrumentos usados são os de percussão. Sobrevive
somente onde há maior concentração de escravos angolanos.
Formou-se nas terras onde era cultivado o café na Baixada
Fluminense, estendendo-se à Mantiqueira. O Jongo é uma das mais
ricas heranças da cultura negra presente em nosso folclore.
Um dos principais jongos ainda atuantes no Rio de Janeiro Disponível em
<http://voltanomundocapoeira.blogspot.com.br/2007/08/jongo-da-
é o Jongo da Serrinha, localizado na comunidade da Serrinha no serrinha-vol-1.html/>

bairro de Madureira.
Observe os ritmos do jongo e veja se você consegue executá-lo com a ajuda de sua (sua)
professora:

Imagens disponíveis no site <http://www.jangadabrasil.com.br/novembro39/fe39110b.htm> Acesso em 10/03/2015


Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 68

Agora você pode observar a partitura do Jongo CANGOMA, que foi muito executado pela
maravilhosa artista Clementina de Jesus, que divulgou cantos do jongo e também sambas de roda.

Partitura disponível em <http://www.jangadabrasil.com.br/novembro39/fe39110b.htm> Acesso em 10/03/2015.

FREVO
Quem não conhece a melodia do frevo Vassourinha?
Quem consegue ficar parado ao escutá-la? É assim que o frevo
mexe com as pessoas e acabam se envolvendo nos
movimentos da dança.
O Frevo é um ritmo pernambucano contagiante
derivado da marcha, do maxixe e da capoeira. Surgido no
Recife no final do Século XIX, o frevo se caracteriza pelo ritmo
Solista extremamente acelerado. Muito executado durante o
Disponível em <http://www.pelourinho.ba.gov.br/2013/02/a-praca-do-
frevo-eletrico.html> carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevos, em
que capoeiristas saíam à frente dos seus blocos para intimidar
blocos rivais e proteger seu estandarte. Da junção da capoeira com o ritmo do frevo nasceu o
passo, a dança do frevo.
Até as sombrinhas coloridas seriam uma estilização das utilizadas inicialmente como armas
de defesa dos passistas.
A dança do frevo pode ser de duas formas,
quando a multidão dança, ou quando passistas realizam
os passos mais difíceis, de forma acrobática. O frevo
possui mais de 120 passos catalogados.
Pode-se afirmar que o frevo é uma criação de
compositores de música ligeira, feita para o carnaval. Os
músicos pensavam em dar ao povo mais animação nos
folguedos. No decorrer do tempo, a música ganha Multidão dançando
características próprias acompanhadas por um bailado Disponível em <http://comunidadecultural.blogspot.com.br/2012/03/frevo.html>

inconfundível de passos soltos e acrobáticos.


A seguir você pode apreciar a partitura do frevo Vassourinha. Quem sabe você não
consegue executá-la? Observe os elementos da escrita musical (compasso, figuras de som e de
silêncio; notas musicais; sinais de repetição). Caso você toque violão, também aparecem as cifras.
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 69
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 70

MACULELÊ

Disponível em <http://africabahiabrasil.blogspot.com.br/2010/09/arte-da-danca-africana.html> Acesso em 10/03/2015

A história do maculelê
A história conta que Maculelê
era um negro fugido que tinha doença
de pele. Ele foi acolhido por uma tribo
indígena e cuidado por eles, mas ainda
assim não podia realizar todas as
atividades com o grupo, por não ser
um índio também. Certa vez, Maculelê
foi deixado sozinho na aldeia, quando
a tribo saiu para caçar. E eis que uma
tribo rival aparece para dominar o
espaço.
Maculelê lutou sozinho contra
o grupo rival e, heroicamente, venceu
a disputa. Desde então passou a ser
considerado um herói na tribo.
A dança com bastões simboliza a luta de Maculelê contra os guerreiros.
Há quem diga que o Maculelê surgiu em Santo Amaro- BA, entre os negros de engenho,
como forma de mostrar a luta dos escravos contra o feitor, daí a dança ter um “mestre” com uma
grima maior, que “bate” em todos os demais.
Texto adaptado e imagem do site https://esquiva.wordpress.com/musica/maculele/ Acesso em 05/03/2015
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 71

CATIRA
Catira ou Cateretê é uma dança do folclore
brasileiro, em que o ritmo musical é marcado pela batida dos
pés e mãos dos dançarinos.
De origem híbrida, com influências indígenas,
africanas e europeias, a catira (ou "o catira") tem suas raízes em
Mato Grosso, Goiás e norte de Minas. A coreografia é executada
a maioria das vezes por homens (boiadeiros e lavradores) que se
posicionam em duas filas opostas, podendo ser formada por
Catira. Repare nos dois violeiros ao fundo
Disponível em <http://www.araras.sp.gov.br/e/?c=noticias&i=4905> seis a dez componentes e mais uma dupla de violeiros, que
tocam e cantam a moda.
É uma dança típica do interior do Brasil, principalmente na área de influência da
cultura caipira (Mato Grosso, norte do Paraná, Minas Gerais, Goiás e partes de São Paulo e Mato
Grosso do Sul).
A coreografia da catira é quase sempre fixa, havendo poucas variações de uma região
para outra. Normalmente é apresentada com dois violeiros e dez dançadores.

BUMBA MEU BOI


Entre os folguedos populares brasileiros, talvez seja este o mais interessante e de maior
significação estética e social do Brasil. Com acentuadas características dos autos medievais, a
dança é simples, emocional, direta e de linguagem natural.
É uma representação folclórica típica de Norte a Sul do país. Originário do Maranhão
difundiu-se pelo país através dos imigrantes nordestinos, sendo absorvido em vários estados
brasileiros onde recebem denominações diversificadas:
a) Amazonas e Pará - Boi-Bumbá
b) Piauí, Pernambuco e Bahia - Bumba meu boi
c) Paraíba - Boi de Reis
d) Ceará - Boi de Reis e Boi Surubi
e) Maranhão - Bumba meu boi e Boi de Maioba
Disponível em
f) Rio Grande do Norte - Boi-Calemba <http://www.dzsete.com/portsites/seminariojuridico/?portfolio=b
umba-meu-boi >
g) Rio de Janeiro - - Boi-Pintadinho, Maiadinho, Laranja, Vitória e manjericão
h) São Paulo - Boi de Jacá, Boizinho e Boi de Laranja
i) Santa Catarina - Boi de Mamão
j) Rio Grande do Sul - Boizinho
Embora apresentando modificações regionais, o
Bumba meu boi mantêm um enredo mais ou menos fixo: a
morte e a ressurreição do boi, que é a figura principal, além
de outros personagens. O homem que vai dentro da armação
recebe o nome de “Miolo” ou “Tripa”. É o figurante de maior
importância para a brincadeira, entretanto, não aparece.
No Bumba meu boi apenas as figuras humanas cantam.
Além do acompanhamento instrumental, há um coro de
cantadeiras que se acompanham com violas. Este coro não
participa da ação e sua função consiste em apresentar e
despedir os personagens.
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 72

Você sabia...
O Bumba meu boi é baseado em uma lenda que conta a história de um casal de escravos, Pai
Francisco e Mãe Catirina. Grávida, Catirina começa a ter desejos por língua de boi. Para atender suas
vontades, seu marido tem de matar o boi mais bonito de seu senhor. Percebendo a morte do animal, o
dono da fazenda convoca curandeiros e pajés para ressuscitá-lo. Quando o boi volta à vida, toda a
comunidade celebra. Essa lenda costuma sofrer algumas modificações de região em região. Essa é uma das
versões da lenda, que ganha contornos diferentes em cada região do país.
A encenação costuma ser feita nos meses de junho e julho, durante as festas juninas, mas também
pode acontecer em outras épocas do ano. Suas músicas contam a história da lenda de Catirina e Francisco e
reúnem vários estilos brasileiros (aboios, toadas, repente, canções pastoris e cantigas). São utilizados
instrumentos de percussão e de cordas.

PASTORIL
Os Pastoris são danças e cantos que por ocasião das
festas de Natal se realizam diante do presépio, em homenagem
ao Deus Menino. Essas representações foram introduzidas no
Brasil pelos jesuítas.
É o único bailado cujos componentes em sua maioria, são
moças. As pastorinhas divididas em dois cordões com vestidos
Disponível em <http://www.cultura.al.gov.br/gestores-
de cores diferentes (azul e encarnado – vermelho) representam
municipais/matriz-de-camaragibe/>
autos. O cordão encarnado é dirigido pela Mestra e o azul pela
Contramestra. É o festivo teatro popular, alegre, mas cheio de
ensinamentos morais. As músicas são cheias de ternura. Os únicos instrumentos que
acompanham o canto são maracás e pandeiros.

MARACATU
O Maracatu tem grande vida ativa em Pernambuco,
especialmente em Recife, embora tenha sido assinalado
também nos estados da Paraíba e Alagoas.
Os Maracatus do Recife se exibiam antigamente por
ocasião de festas religiosas, cívicas ou populares. Hoje se
limitam quase apenas ao carnaval. Não possuindo parte
representada, constitui em essência um cortejo real, meio
religioso, meio
profano.
Disponível em
<http://www.old.diariodepernambuco.com.br/viver/nota.asp?materia=200901291249
14&assunto=76&onde=Viver>
É caracterizada
principalmente pela percussão
forte, em ritmo frenético, que
teve origem nas congadas,
cerimônias de coroação dos reis
e rainhas da Nação negra.
A percussão é feita com
os tambores grandes, chamados
alfaias, caixas, Agbê, ganzás e
um gonguê.
Instrumentos usados no Maracatu
Dama do Passo Disponível em
<http://maracatualmirantedoforte.blogspot.com.br/2009/01/origemhistria-do-
Disponível em maracatu-maracatu-de.html>
<http://folcloredonordeste.blogspot.com.br/2007/10/maracatu-nao.html>
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 73

As figuras do Maracatu são: o rei, a rainha, príncipes, damas de honra, embaixador, a


Dama do Passo, o baliza e as baianas (dançarinas). A figura principal do cortejo é a Dama do
Passo, assim chamada porque a dançarina precisa saber executar habilmente o passo, coreografia
especial dos cordões carnavalescos pernambucanos.
A Dama do Passo traz nas mãos a Calunga (boneca de pano). A Calunga ou Catita é um
símbolo religioso.

BAIÃO
Não há uma certeza em relação às origens da dança Baião. Alguns estudiosos acreditam
que suas origens estejam no tipo de lundu (dança de origem africana) denominado “baiano”.
Como gênero musical, tornou-se popular nos anos 1940, pelo talento do compositor Luiz Gonzaga,
que era uma virtuose do acordeão, chamado também de “sanfona” pelo povo nordestino.
A música Baião de Luiz Gonzaga explica bem “como se dança o baião”.

Baião
Luiz Gonzaga
Eu vou mostrar pra vocês Quem quiser é só dizer
Como se dança o baião Pois eu com satisfação
E quem quiser aprender Vou dançar cantando o baião
É favor prestar atenção Eu já cantei no Pará

Morena chegue pra cá Toquei sanfona em Belém


Bem junto ao meu coração Cantei lá no Ceará
Agora é só me seguir E sei o que me convém
Pois eu vou dançar o baião Por isso eu quero afirmar
Com toda convicção
Eu já dancei balancê Que sou doido pelo baião
Xamego, samba e xerém
Mas o baião tem um quê
Que as outras danças não têm

CURIOSIDADE
A origem do termo FORRÓ tem algumas variantes. Alguns pesquisadores o termo acham
que vem da palavra FORROBODÓ, denominação dos bailes no século XIX. Segundo os estudiosos,
talvez esse termo tenha origem no termo galego-português forbodó, que significa um baile onde
as pessoas dançam sob a marcação do bumbo.
Outra versão diz respeito à expressão inglesa for all, que significa “para todos”. No início
do século XX, em Pernambuco, engenheiros ingleses que participavam da construção de uma
ferrovia, organizavam bailes que eram “for all”, que os nordestinos pronunciavam “forró”.
Atualmente o termo FORRÓ está generalizado é engloba geralmente vários tipos de danças
tradicionais nordestinas, tais como: baião, xaxado (nome dado em virtude do barulho das
sandálias de couro ao arrastar no chão), xote e quadrilha.
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DANÇAS TRADICIONAIS GAÚCHAS


As danças gaúchas refletem a influência europeia. Para que a tradição dessas danças não
seja perdida pelo passar do tempo, existe o Centro de Tradição Gaúcha (CGT), que preserva o
conjunto dessas expressões cultural da região.
Os dançarinos, vestidos como “prendas” e “gaúchos”, executam os passos de cada dança
com elegância e expressividade.
São exemplos de danças gaúchas:

Pezinho
Você já ouviu a música Pezinho? É muito popular em Portugal e na Ilha dos Açores. Utiliza em sua
coreografia os movimentos dos pés, que seguem a letra da música.

Pezinho
Ai bota aqui ai bota ali o seu pezinho
O teu pezinho bem juntinho com o meu

E depois não vá dizer


Que você se arrependeu
E depois não vá dizer
Que você já me esqueceu

Chula
Dança de sapateado só para homens. É o gaúcho que desafia o próximo
dançarino a passos cada vez mais difíceis, em forma de desafio, a partir de
uma vara de madeira de aproximadamente 4m que é colocada no chão.

Balaio
Embora tenha sua origem no Nordeste do país, a dança Balaio se incorporou às tradições gaúchas,
É uma dança de conjunto, com sapateado, onde as “prendas” arrastam as saias no chão em seus
volteios no momento do refrão:

Balaio
REFRÃO
Balaio meu bem
Balaio sinhá
Balaio do coração
Moça que não tem balaio sinhá
Bota a costura no chão

Eu queria ser balaio


Balaio eu queria ser
Para andar dependurado
Na cintura de você
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EXERCÍCIOS

1) Há várias danças brasileiras de diferentes origens indicadas no retângulo abaixo. Identifique


aquelas que você aprendeu, circulando o nome da dança no retângulo. Em seguida procure a
figura que corresponde a esta dança. Na linha abaixo da figura, escreva o nome da dança e sua
origem.

JONGO CHULA (DANÇA GAÚCHA) MARACATU CIRANDA SAMBA DE RODA


MACULELÊ PASTORIL CATERETÊ FREVO BUMBA MEU BOI

Disponível em <http://www.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vCod=94930>
Disponível em <http://oxentebahia.com/projeto-leva-frevo-eletrizado-para-o-pelourinho-neste-carnaval/>

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Disponível em <http://arteevidacapoeira.blogspot.com.br/2012/11/danca-do-jongo.html>
Disponível em <http://maracatuleaonazareno.blogspot.com.br/2006_07_01_archive.htm>

____________________________________________________ ________________________________________________________

Disponível em <http://www.encontrodeculturas.com.br/2012/noticia/389/ > Disponível em <http://mariassim.blogspot.com.br/>

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HINÁRIO CÍVICO
HINO NACIONAL BRASILEIRO

HISTÓRICO
O Hino Nacional foi composto por volta de 1822/1823, na época da proclamação da
Independência do Brasil. A letra foi escrita por Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva em 1831, quando
da abdicação de D. Pedro II.
O Hino recebeu diversas denominações: Hino 7 de abril, Marcha Triunfal e finalmente Hino
Nacional Brasileiro, ainda que não oficializado.
O Hino foi mantido, mas não se cogitou em mudar a letra que era monarquista. Vários
escritores, entre os quais Coelho Neto, chamaram a atenção para a necessidade de se escrever
uma nova letra, capaz de traduzir com graça e maestria, o sentimento de brasilidade do povo.
Em 1909, a bela música de Francisco Manuel da Silva, receberia a letra desejada pelos
escritores e que foi aceita pelo povo como o seu verdadeiro poema: eram os versos de Joaquim
Osório Duque Estrada, que cantamos até hoje.
Esta letra somente foi oficializada em 6 de setembro de 1922.
O manuscrito original da partitura do Hino Nacional Brasileiro encontra-se na Escola Nacional
de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

AUTORES
JOAQUIM OSÓRIO DUQUE ESTRADA
(1870 – 1927)
Jornalista e literato brasileiro nasceu em Pati do Alferes (Estado do Rio) em
1870 e faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 1927.
Estudou no Colégio Pedro II, onde se bacharelou em letras. Como
diplomata, exerceu a função de secretário da Legação Brasileira no Paraguai. Foi
Disponível em <
redator do Correio da Manhã, tendo publicado várias obras.
http://www.geneall.net/
P/per_page.php?id=3411 Foi abolicionista, republicano e membro da Academia Brasileira de Letras
47>
sucedendo a seu ilustre mestre Sílvio Romero, que lhe prefaciou Alvéolos, o seu
primeiro livro de poesias.

FRANCISCO MANUEL DA SILVA


(1795 – 1865)
Músico brasileiro nascido na cidade do Rio de Janeiro em 1795 e falecido
em 1865. Dedicou toda a sua vida aos estudos e às criações musicais.
A sua atuação na vida musical brasileira é rica em qualidade e
quantidade. Foi regente da Capela Imperial e Mestre da Imperial Câmara;
fundador e diretor da Sociedade Beneficente Musical; regente titular e depois Disponível em
<http://intervox.nce.ufrj.br
presidente da Orquestra da Sociedade Filarmônica; reorganizador da Capela ml> /~musica/backup/histor.ht

Imperial; presidente da comissão que organizou e dirigiu o Conservatório do Rio


de Janeiro.
Principais composições: Hino Nacional Brasileiro, Hino da Coroação de D. Pedro II, Hino
pelo batismo de D. Afonso, Hino às Artes, Hino à Imperial Sociedade da Instrução, Hino de Guerra,
Hino à Virgem Santíssima, Inúmeras peças para canto e piano, Músicas sacras e vários compêndios
de música
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 78

HINO NACIONAL BRASILEIRO

Letra: Joaquim Osório Duque Estrada


Música: Francisco Manuel da Silva

I II
Ouviram do Ipiranga às margens plácidas Deitado eternamente em berço esplêndido,
De um povo heroico o brado retumbante, Ao som do mar e à luz do céu profundo,
E o sol da Liberdade em raios fúlgidos, Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante. Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Se o penhor dessa igualdade Do que a terra mais garrida,


Conseguimos conquistar com braço forte, Teus risonhos lindos campos têm mais flores;
Em teu seio ó Liberdade, “Nossos bosques têm mais vida”,
Desafia o nosso peito a própria morte! “Nossa vida”, no teu seio “mais amores”.

Ó Pátria amada, Ó Pátria amada,


Idolatrada, Idolatrada,
Salve! Salve! Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido. Brasil, de amor eterno seja símbolo.
De amor e de esperança à terra desce, O lábaro que ostentas estrelado,
Se em teu formoso céu risonho e límpido, E diga o verde-louro desta flâmula
A imagem do Cruzeiro resplandece. - Paz no futuro e glória no passado.

Gigante pela própria natureza, Mas, se ergues da Justiça a clava forte,


És belo, és forte impávido colosso, Verás que um filho teu não foge à luta,
E o teu futuro espelha essa grandeza. Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada, Terra adorada,


Entre outras mil, Entre outras mil,
És tu, Brasil, És tu, Brasil,
Ó Pátria amada! Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil, Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil! Pátria amada, Brasil!

VOCABULÁRIO:
brado → exclamação, grito, clamor idolatrada → amada, adorada
clava → arma de guerra impávido → destemido, corajoso
colosso → enorme, agigantado lábaro → pendão, bandeira
Esplêndido → grandioso, admirável límpido → transparente, nítido
florão → ornato, ornamento de feitio de plácidas → serenas, tranquilas
flor clamas
fúlgidos → brilhantes, cintilantes penhor → prova, garantia, sinal
fulguras → relampejas, cintilas, realças resplandece → brilha muito, sobressai
garrida → vistosa, alegre, elegante retumbante → ecoante, forte
heroico → enérgico, valoroso vívido → ardente, luminoso
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HINO DOS ALUNOS DO COLÉGIO PEDRO II

PEQUENO HISTÓRICO

“Em solenidade comemorativa do Centenário do Colégio foi executado e cantado, pela


primeira vez, o ‘Hino dos Alunos do Colégio Pedro II’, sob a regência da Professora Maria Elisa de
Freitas Lima, música do maestro Francisco Braga e letra do bacharel do Externato Hamilton Elia, a
pedido do Secretário Dr. Octacílio Álvares Pereira.
Inspirado na retumbância das peças marciais e na letra de exaltação do passado e certeza do
futuro, seus versos acompanham a intensidade da harmonia e são recheados de símbolos do
positivismo, expressando, como forma de reconhecimento escolar, o compromisso das novas
gerações com as gerações anteriores, de homens que colocaram o nome do Colégio nas altas
esferas políticas e culturais do país (...).
O Hino dos Alunos do Colégio Pedro II foi especialmente encomendado para que a
comemoração do centenário fosse também recordada por uma memória musical.
A partir do momento em que a lembrança existe, a execução do hino como em geral de toda
música que possui significado sentimental, comunica emoção e expande a memória, num
sentimento de liberdade e de poder criador. Sendo assim, o hino se constitui numa das práticas e
representações mais importantes da memória coletiva do Colégio.
A sensibilidade auditiva preserva na memória individual e coletiva os compassos melódicos
que reproduzem em conjunto o compromisso com o passado e o futuro da instituição – o projeto
civilizatório de construção da Nação pelo saber, o poder do cientificismo que preconiza a ciência
como guia e propulsora do progresso e a retomada da educação como um instrumento do Estado
para a formação do cidadão.
O emblema, a bandeira e o hino são os símbolos através dos quais o Colégio Pedro II proclama
sua identidade, sugere respeito, constata lealdade e revela passado institucional.”

FONTE:

ANDRADE, Vera Lúcia Cabana de Queiroz. Colégio Pedro II: Um lugar de memória. Universidade
Federal do Rio de Janeiro. Tese (Doutorado) em História. Rio de Janeiro, 1999. 157 p. (P.
107 e 108)
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 81

HINO DOS ALUNOS DO COLÉGIO PEDRO II

Letra: Hamilton Elia


Música: Francisco Braga

Nós levamos nas mãos, o futuro


De uma grande e brilhante Nação
Nosso passo constante e seguro
Rasga estradas de luz na amplidão.

Nós sentimos no peito, o desejo


De crescer, de lutar, de subir
Nós trazemos no olhar o lampejo
De um risonho fulgente porvir.

Vivemos para o estudo


Soldados da ciência
O livro é nosso escudo
E arma a inteligência

Por isso sem temer


Foi sempre o nosso lema
Buscarmos no saber
A perfeição suprema.

Estudaram aqui, brasileiros


De um enorme e subido valor
Seu exemplo segui companheiros
Não deixemos o antigo esplendor.

Alentemos ardente a esperança


De buscar, de alcançar, de manter
No Brasil a maior confiança
Que só pode a ciência trazer.

Vivemos para o estudo


Soldados da ciência
O livro é nosso escudo
E arma a inteligência

Por isso sem temer


Foi sempre o nosso lema
Buscarmos no saber
A perfeição suprema.
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Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 83

ATIVIDADES EXTRAS

Siga as orientações abaixo para a realização das atividades das páginas seguintes:

1) Jogo da memória musical


- Recorte os retângulos
- Vire-os de cabeça para baixo e embaralhe-os
- O objetivo é encontrar os pares corretos: a nota e seu nome
- Que tiver o maior número de pares é o vencedor

2) Móbile Musical
- Recorte e pinte os retângulos
- Perfure os pontinhos
- Com um barbante ou corda monte seu móbile respeitando os valores corretos das notas

3) Dominó musical
- Recorte as figuras
- Como no dominó comum, as peças contendo figuras de som são distribuídas entre os
jogadores
- O jogo inicia-se com um jogador colocando a primeira peça sobre a mesa, com a figura
voltada para cima
- O outro jogador coloca ao lado desta, caso possua, uma peça com uma figura semelhante
- Caso não possua, deve passar a sua vez de jogar.
- O jogo termina quando o primeiro jogador arriar todas as peças sobre a mesa

Obs.: Antes de começar a recortar seu jogo, recorte a página na linha pontilhada da lateral
esquerda da folha. Se você quiser seu jogo mais resistente, antes de cortar os retângulos, cole a
folha em uma cartolina ou papelão.
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Dó 3 Dó 4 Sol 3

Fá 3 Ré 3 Mi 3

Ré 4 Lá 3 Si 3
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Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 87
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 88
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 89
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 90
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 91
Apostila de Educação Musical – 6º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 92

BIBLIOGRAFIA
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BENNETT, Roy. Elementos Básicos da Música. trad.: Maria Tereza de Resende Costa. Rio de
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KIEFER, Bruno. História da Música Brasileira - dos primórdios ao início do séc. XX. Porto Alegre:
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Na internet (além dos endereços indicados ao longo da apostila):
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<http://www.violaobrasil.com.br/pequena-historia-sobre-o-pandeiro/> Acesso em 27 fev 2013
10:18h

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