Este poema narra o nascimento do Bardo Destemperado. Uma figura estranha aparece nua e faminta em uma encruzilhada pedindo comida, e ninguém o ajuda exceto uma moça chamada Rabeca, que secretamente coloca bolo de fubá em suas roupas. Após comer, o homem ganha a habilidade de tocar violão magicamente e passa a alegrar as pessoas com sua música, tornando-se conhecido como o Bardo Destemperado.
Este poema narra o nascimento do Bardo Destemperado. Uma figura estranha aparece nua e faminta em uma encruzilhada pedindo comida, e ninguém o ajuda exceto uma moça chamada Rabeca, que secretamente coloca bolo de fubá em suas roupas. Após comer, o homem ganha a habilidade de tocar violão magicamente e passa a alegrar as pessoas com sua música, tornando-se conhecido como o Bardo Destemperado.
Este poema narra o nascimento do Bardo Destemperado. Uma figura estranha aparece nua e faminta em uma encruzilhada pedindo comida, e ninguém o ajuda exceto uma moça chamada Rabeca, que secretamente coloca bolo de fubá em suas roupas. Após comer, o homem ganha a habilidade de tocar violão magicamente e passa a alegrar as pessoas com sua música, tornando-se conhecido como o Bardo Destemperado.
De cedo ouviram-se os contos Mas ninguém lhe deu ouvidos
De tarde cantaram canções Porque Dona Zema dizia Diziam que um homem nascera “Quando vê assim é a Morte Para encantar multidões Querendo fazer moradia De uma ou duas, dezenas, Por isso, não falem com ela Quem sabe até de centenas Deixem lá em sua querela Cabeças grudadas em corações Essa nefasta vadia”
Assim começamos a lida A figura manteve-se ali
Como qualquer trovoada Parada no meio da rua Que em seu percurso se valida Por meses, anos a fio De fato, numa encruzilhada Passavam e lá estava ela, nua. É nesse recanto da vida Pedia comida diariamente Que surge, pedindo comida E ninguém lhe dava sequer aguardente Uma figura estranhada. Pra lhe içar dali, tal qual uma grua.
Diz-se que veio em dia De repente apareceu
De lua cheia, menino. Uma moça de nome Rabeca Acharam que era lobisomem Dizia que não aguentava Ou o bebum, seu Firmino Ver o homem naquela fubeca Se assustaram com o homem Aproximou-se do rapaz Vindo morrendo de fome Com uma trouxa de pano atrás E sem um pano no tino. E disse: “Tome, uma cueca!”
Dizia: “me deem de comer “Mas eu queria era comida”,
Que eu prometo pagar Disse o cabra na encruzilhada Não sei se vai ser do agrado “Comida eu não posso lhe dar, Mas nem Jesus pôde agradar Que Dona Zema ia ficar retada. Mesmo assim eu lhes digo Mas pelo menos se vista Se encher o meu bucho até furar o Que eu não quero ver sua crista umbigo Assim por aí, toda arreganhada” A paz eu trago a este lugar” “Pois então, me perdoe Pôs-se então a cantar Mas terei que recusar. “Me deram o de comer A mim foi ordenado que Quiseram me alimentar Só um alimento pode me salvar Que bom que ainda existem E assim eu prometo a você Pessoas que fazem bem Que se me der o de comer Sem mesmo olhar a quem A paz trago a este lugar” O bem vai alcançar”
Rabeca ficou mais irritada E seguiu na cantoria
E jogou a trouxa no chão Toda a cidade a escutar Disse: “Pois então fique aí, Sua voz era doce, quente Não lhe ajudo mais não. Como um sol de manhã fria a chegar E peço por favor que me esqueça “Amanhã, será um lindo dia E se me ver, desconheça Da mais louca alegria Que eu nunca lhe falei um grão”. Que se possa imaginar”
Só quando ela se retirou Assim seguiu cantando
Que o homem pôde enxergar Até sumir na estrada Havia algo de diferente Agradeceu pela estadia Um cheiro peculiar Sua vida era encantada Na trouxa de roupa trazida Não poderia permanecer Numa das peças, escondida Porém ao povo que o viu nascer Rabeca pôs bolo de fubá Iria compor uma linda toada
Eita que o cabra se destemperou Diz-se nos dias de hoje
E “fundou” dentro da refeição Que o homem segue seguindo Se fartou de tanto comer Em várias cores, sabores, Cada mordida uma emoção Formatos e corpos, vai indo. Sua fronte brilhou É espírito da canção E como em mágica retirou Parte de uma inspiração Dos céus um lindo violão Do próprio amor do Divino Falam assim as histórias Que aqui lhe tenho contado Se não acreditar agora Lhe peço perdão e cuidado Pois é pra ficar na memória E ser celebrado em glória As aventuras do Bardo Destemperado!