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Tristeza do Jeca

Sérgio Reis

G
Nestes versos tão
singelos
Minha bela, meu amor
Prá você quero contar
O meu sofrer e a minha
dor
Eu sou como o sabiá
Quando canta é só tristeza
Desde o galho onde ele
está
Nesta viola canto e gemo
de verdade
Cada toada representa
uma saudade
Eu nasci naquela serra
Num ranchinho a beira
chão
Todo cheio de buracos
Onde a lua faz clarão
Quando chega a
madrugada
Lá no mato a passarada
Principia um barulhão
Nesta viola, canto e
gemo de verdade
Cada toada representa
uma saudade
Lá no mato tudo é triste
Desde o Jeito de cantar
Sertanejo quando
canta
Tem vontade de chorar
E o choro que vai
caindo
Devagar vai se sumindo
Como as águas vão pro
mar
Nesta viola, canto e
gemo de verdade
Cada toada representa
uma saudade
Nesta viola, canto e
gemo de verdade
Cada toada representa
uma saudade
Nesta viola, canto e
gemo de verdade
Cada toada representa
uma saudade
Luar do Sertão
Catulo da Paixão
Cearense

G
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do
sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do
sertão
Oh! Que saudade do luar da
minha terra
Lá na serra branquejando
folhas secas pelo chão
Este luar cá da cidade tão é
escuro
Não tem aquela saudade do
luar lá do sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do
sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do
sertão
A lua nasce por detrás da
verde mata
Mais parece um sol de prata
prateando a solidão
A gente pega na viola que
ponteia
A canção e a lua cheia a nos
nascer do coração
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do
sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do
sertão
Coisa mais bela neste mundo
não existe
Do que ouvir um galo triste no
sertão que faz luar
Parece até que a alma da lua
que descanta
Escondida na garganta deste
galo a soluça
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do
sertão
Não há, ó gente, ó não
Luar como esse do
sertão
Ai quem me dera se eu
morresse lá na serra
Abraçado à minha terra, e
dormindo de uma vez
Ser enterrado numa grota
pequenina onde à tarde a
sururina
Chora a sua viuvez
Não há, oh gente, oh não
Luar como este do
sertão
Não há, oh gente, oh não
Luar como este do
sertão
Asa Branca
Luiz Gonzaga

G
Quando olhei a terra
ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do
céu, ai
Por que tamanha judiação?
Eu perguntei a
Deus do céu, ai
Por que tamanha
judiação?
Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d'água, perdi meu
gado
Morreu de sede meu alazão
Por falta d'água, perdi meu
gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Entonce eu disse: Adeus,
Rosinha
Guarda contigo meu coração
Entonce eu disse: Adeus,
Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu
sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu
sertão
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro, não chore não,
viu?
Que eu voltarei, viu, meu coração?
Eu te asseguro, não chore não,
viu?
Que eu voltarei, viu, meu coração?
Felicidade
Sérgio Reis

A
Felicidade foi-se embora
E a saudade no meu peito
ainda mora
E é por isso que eu gosto lá
de fora
Porque sei que a falsidade
não vigora
A minha casa fica lá de trás do
mundo
Mas eu vou em um segundo
Quando eu começo a cantar
Meu pensamento parece uma
coisa a toa
Mas como é que a gente voa
Quando começa a pensar
Boiadeiro Errante
Sérgio Reis
Eu venho vindo
De uma querência
distante
Sou um boiadeiro errante
Que nasceu naquela
serra
O meu cavalo corre
mais
Que o pensamento
Ele vem no passo lento
Porque ninguém me
espera
Tocando a boiada
Auê-uê-uê-ê boi
Eu vou cortando
estrada
Uê boi
Tocando a boiada
Auê-uê-uê-ê boi
Eu vou cortando
estrada
SOLO
Toque o berrante
Com capricho, Zé
Vicente
Mostre para essa gente
O clarim das alterosas
Pegue no laço
Não se entregue,
companheiro
Chame o cachorro
campeiro
Que essa res é perigosa
Olhe na janela
Auê uê uê ê boi
Que linda donzela
Uê vou
Olhe na janela
Auê uê uê ê boi
Que linda
donzela
SOLO
Sou boiadeiro
Minha gente, o que é que
há?
Deixe o meu gado passar
Vou cumprir com a minha
sina
Lá na baixada
Quero ouvir a ciriema
Pra lembrar de uma
pequena
Que eu deixei lá em
Minas
Ela é culpada
Auê uê uê ê boi
De eu viver nas
estradas
Uê boi
Ela é culpada
Auê uê uê ê boi
De eu viver nas
estradas
SOLO
O rio tá calmo
E a boiada vai nadando
veja aquele boi
berrando
Chico Bento corre lá
Lace o mestiço
Salve ele das piranhas
Tire o gado da
campana
Pra viagem continuar
Com destino a
Goiás
Auê uê uê ê boi
Deixei Minas Gerais
Uê vou
Com destino a
Goiás
Auê uê uê ê boi
Deixei Minas Gerais
Uê boi
A Majestade, o
Sabiá
Roberta Miranda
Meus pensamentos tomam
forma, e viajo
vou pra onde Deus quiser
Um vídeo-tape que dentro
de mim retrata
Todo o meu inconsciente de
maneira natural
Ah!
Tô indo agora prum lugar todinho
meu
Quero uma rede preguiçosa pra
deitar
Em minha volta, sinfonia de pardais
Cantando para a majestade, o
sabiá
A majestade, o sabiá
Tô indo agora tomar banho de
cascata
Quero adentrar nas matas onde
Oxossi é o Deus
Aqui eu vejo plantas lindas e
selvagens
Todas me dando passagem
Perfumando o corpo meu
Ah!
Tô indo agora prum lugar todinho
meu
Quero uma rede preguiçosa pra
deitar
Em minha volta, sinfonia de pardais
Cantando para a majestade, o
sabiá
A majestade, o sabiá
Esta viagem dentro de mim foi
tão linda
Vou voltar à realidade, pra este
mundo de Deus
pois o meu eu, este tão
desconhecido
Jamais serei traído, pois este
mundo sou eu
Ah!
Tô indo agora prum lugar todinho
meu
Quero uma rede preguiçosa pra
deitar
Em minha volta, sinfonia de pardais
Cantando para a majestade, o
sabiá
A majestade, o sabiá
Ah!
Tô indo agora prum lugar todinho
meu
Quero uma rede preguiçosa pra
deitar
Em minha volta, sinfonia de pardais
Cantando para a majestade, o
sabiá
A majestade, o sabiá
Ah!
Tô indo agora prum lugar todinho
meu
Quero uma rede preguiçosa pra
deitar
Em minha volta, sinfonia de pardais
Cantando para a majestade, o
sabiá
A majestade, o sabiá
O Menino da
Porteira
Sérgio Reis
Toda vez que eu viajava pela
estrada de Ouro Fino
De longe eu avistava a figura de
um menino
Que corria abria a porteira e
depois vinha me pedindo
Toque o berrante, seu moço,
que é pra eu ficar ouvindo
Quando a boiada passava e a
poeira ia baixando
Eu jogava uma moeda e ele saía
pulando
Obrigado, boiadeiro, que Deus
vá lhe acompanhando
Pra aquele sertão afora meu
berrante ia tocando
SOLO
Nos caminhos desta vida muito
espinho eu encontrei
Mas nenhum calou mais fundo
do que isto que eu passei
Na minha viagem de volta
qualquer coisa eu cismei
Vendo a porteira fechada, o
menino não avistei
Apeei do meu cavalo num
ranchinho beira-chão
Vi uma mulher chorando, quis
saber qual a razão
Boiadeiro veio tarde, veja a cruz
no estradão
Quem matou o meu filhinho foi
um boi sem coração
SOLO
Lá pras bandas de Ouro Fino
levando gado selvagem
Quando passo na porteira até
vejo a sua imagem
O seu rangido tão triste mais
parece uma mensagem
Daquele rosto trigueiro
desejando-me boa viagem
A cruzinha do estradão do
pensamento não sai
Eu já fiz um juramento que não
esqueço jamais
Nem que o meu gado estoure,
que eu precise ir atrás
Nesse pedaço de chão berrante
eu não toco mais
SOLO
Sonhei Com Você
Milionário e José Rico
Depois de muito tempo acordado
Já cansado de tanto sofrer
Esta noite eu dormi um pouquinho
Sonhei com você
Você apareceu em meu quarto
E sorrindo me estendeu a mão
Se atirou em meus braços e
beijou-me com emoção
E matando a paixão recolhida
Num delírio de felicidade
Em soluço você me dizia
Amor que saudade
De repente em menos de minuto
Você se transformou num vulto e logo
desapareceu
De repente em menos de minuto
Você se transformou num vulto e logo
desapareceu
Quando acordei não te vi, que
desespero
Minhas lágrimas molharam a
fronha do meu travesseiro
Meu bem como é maravilhoso
sonhar com você
Amor como é triste acordar e
não te ver
SOLO
E matando a paixão recolhida
Num delírio de felicidade
Em soluço você me dizia
Amor que saudade
De repente em menos de minuto
Você se transformou num vulto e logo
desapareceu
De repente em menos de minuto
Você se transformou num vulto e logo
desapareceu
Quando acordei não te vi, que
desespero
Minhas lágrimas molharam a
fronha do meu travesseiro
Meu bem como é maravilhoso
sonhar com você
Amor como é triste acordar e
não te ver
Amor como é triste
acordar e não te ver
Amor como é triste
acordar e não te ver
Cabecinha No
Ombro
Fagner
Encosta tua
cabecinha no meu
ombro e chora
E conta logo tua
mágoa toda para mim
Quem chora no meu ombro eu
juro que não vai embora,
Que não vai embora
Que não vai embora
Encosta tua cabecinha no meu
ombro e chora
E conta logo tua mágoa toda
para mim
Quem chora no meu
ombro eu juro que
não vai embora,
Que não vai embora
Que não vai embora
Amor, eu quero o teu
carinho, porque eu vivo tão
sozinho
Não sei se a saudade fica ou
se ela vai embora,
Se ela vai embora,porque
gosta de mim
SOLO
Encosta tua
cabecinha no meu
ombro e chora
E conta logo tua
mágoa toda para mim
Quem chora no meu ombro eu
juro que não vai embora,
Que não vai embora
Que não vai embora
Encosta tua cabecinha no meu
ombro e chora
E conta logo tua mágoa toda
para mim
Quem chora no meu
ombro eu juro que
não vai embora,
Que não vai embora
Porque gosta de mim
Amor, eu quero o teu carinho,
porque ai vivo tão sozinho
Não sei se a saudade fica ou
se ela vai embora,
Se ela vai embora,se ela vai
embora
Não sei se a saudade fica ou se
ela vai embora,
Se ela vai embora,Se ela vai
embora Não sei se a saudade
fica ou se ela vai embora,
Se ela vai embora, porque gosta
de mim
SOLO FINAL
Saudade da
Minha Terra
Tonico e Tinoco
De que me adianta viver na cidade
Se a felicidade não me
acompanhar
Adeus, paulistinha do meu coração
Lá pro meu sertão, eu quero voltar
Ver a madrugada, quando a
passarada
Fazendo alvorada, começa a
cantar
Com satisfação, arreio o burrão
Cortando estradão, saio a
galopar
E vou escutando o gado
berrando
Sabiá cantando no jequitibá
SOLO
Por Nossa Senhora
Meu sertão querido
Vivo arrependido por ter te
deixado
Esta nova vida aqui na cidade
De tanta saudade, eu tenho
chorado
Aqui tem alguém, diz
Que me quer bem
Mas não me convém
Eu tenho pensado
Eu fico com pena, mas
esta morena
Não sabe o sistema em
que fui criado
Tô aqui cantando, de
longe escutando
Alguém está chorando
Com rádio ligado
SOLO
Que saudade imensa do
Campo e do mato
Do manso regato que
Corta as campinas
Aos domingos ia,
passear de canoa
Nas lindas lagoas de águas
cristalinas
Que doce lembrança
Daquela festança
Onde tinha danças e lindas
meninas
Eu vivo hoje em dia sem ter
alegria
O mundo judia, mas
também ensina
Estou contrariado, mas
não derrotado
Eu sou bem guiado pelas
Mãos divinas
SOLO
Pra minha mãezinha já telegrafei
E já me cansei de tanto sofrer
Nesta madrugada estarei de
partida
Pra terra querida que me viu
nascer
Já ouço sonhando, o galo
cantando
O nhambu piando no escurecer
A Lua prateada, clareando a
estrada
A relva molhada desde o
anoitecer
Eu preciso ir pra ver tudo ali
Foi lá que nasci, lá quero morrer
SOLO
Estrada da Vida
Milionário e José Rico
Nesta longa estrada da vida
Vou correndo e não posso
parar
Na esperança de ser campeão
Alcançando o primeiro lugar
Na esperança de ser campeão
Alcançando o primeiro lugar
Mas o tempo cercou
minha estrada
E o cansaço me dominou
Minhas vistas se
escureceram
E o final da corrida chegou
SOLO
Este é o exemplo da vida
Para quem não quer
compreender
Nós devemos ser o que somos
Ter aquilo que bem merecer
Nós devemos ser o que somos
Ter aquilo que bem merecer
Mas o tempo cercou minha
estrada
E o cansaço me dominou
Minhas vistas se
escureceram
E o final desta vida chegou
Mas o tempo cercou
minha estrada
E o cansaço me dominou
Minhas vistas se
escureceram
E o final da corrida chegou
SOLO
Rio de Piracicaba
Abel e Caim
O rio de Piracicaba
Vai jogar água pra fora
Quando chegar a água
Dos olhos de alguém
que chora...
Quando chegar a
água
Dos olhos de
alguém que chora...
Lá no bairro que eu moro
Só existe uma nascente
A nascente dos meus olhos
Já formou água corrente
Pertinho da minha casa
Já formou uma lagoa
Com lágrimas dos meus olhos
Por causa de uma pessoa...
O rio de Piracicaba
Vai jogar água pra fora
Quando chegar a
água
Dos olhos de alguém
que chora...
Quando chegar a
água
Dos olhos de
alguém que
chora...
SOLO
Eu quero apanhar uma rosa,
Minha mão já não alcança
Eu choro desesperado
Igualzinho à uma criança
Duvido alguém que não
Chore pela dor de uma
saudade
Quero ver quem que não chora
Quando amar de verdade...
O rio de Piracicaba
Vai jogar água pra fora
Quando chegar a
água
Dos olhos de alguém
que chora...
Quando chegar a
água
Dos olhos de
alguém que
chora...
Quando chegar a
água
Dos olhos de
alguém que
chora...
Quando chegar a
água
Dos olhos de
alguém que
chora...
Quando chegar a
água
Dos olhos de
alguém que
chora...
Vaca Estrela e
Boi Fubá
Patativa do Assaré
Seu doutor me dá licença pra minha
história contar
Hoje eu tô em terra estranha, é bem
triste o meu penar
Eu já fui muito feliz vivendo no meu
lugar
Eu tinha cavalo bom gostava de
campear
todo dia eu aboiava na porteira do
curral
Ê ê ê ê la a a a a ê
ê ê ê Vaca Estrela
Ô ô ô ô Boi Fubá
Eu sou filho do Nordeste,
não nego meu naturá
Mas uma seca medonha
me tangeu de lá pra cá
Lá eu tinha o meu
gadinho, nem é bom nem
imaginar
Minha linda Vaca
Estrela e o meu belo
Boi Fubá
Quando era de
tardinha eu
começava a aboiar
Ê ê ê ê la a a a a ê
ê ê ê Vaca Estrela
Ô ô ô ô Boi Fubá
Aquela seca medonha fez tudo se
atrapalhar
Não nasceu capim no campo para o
gado sustentar
O sertão se esturricou, fez os açude
secar
Morreu minha Vaca Estrela, se
acabou meu Boi Fubá
Perdi tudo quanto tinha, nunca mais
pude aboiar
Ê ê ê ê la a a a a ê
ê ê ê Vaca Estrela
Ô ô ô ô Boi Fubá
Hoje nas terra do sul, longe do
torrão natá
Quando vejo em minha frente uma
boiada passar
As águas correm dos olhos, começo
logo a chorá
me membro da Vaca Estrela me
lembro meu Boi Fubá
Com saudade do Nordeste, dá
vontade de aboia
Ê ê ê ê la a a a a ê
ê ê ê Vaca Estrela
Ô ô ô ô Boi Fubá
Ê ê ê ê la a a a a ê
ê ê ê Vaca Estrela
Ô ô ô ô Boi Fubá
Ê ê ê ê la a a a a ê
ê ê ê Vaca Estrela
Ô ô ô ô Boi Fubá
Ê ê ê ê la a a a a ê
ê ê ê Vaca Estrela
Ô ô ô ô Boi Fubá
Ê ê ê ê la a a a a ê
ê ê ê Vaca Estrela
Ô ô ô ô Boi Fubá
Filho Adotivo
Sérgio Reis
Com sacrifício
Eu criei meus sete filhos
Do meu sangue, eram
seis
E um peguei com
quase um mês
Fui viajante
Fui roceiro, fui andante
E pra alimentar meus
filhos
Não comi pra mais de
vez
Sete crianças
Sete bocas inocentes
Muito pobres, mas
contentes
Não deixei nada faltar
Foram crescendo
Foi ficando mais
difícil
Trabalhei de Sol a Sol
Mas eles tinham que
estudar
Meu sofrimento
Ah, meu Deus, valeu a
pena
Quantas lágrimas chorei
Mas tudo foi com muito
amor
Sete diplomas
Sendo seis muito
importantes
Que, às custas de uma
enxada
Conseguiram ser doutor
Hoje estou velho
Meus cabelos
branqueados
O meu corpo está
surrado
Minhas mãos nem
mexem mais
Uso bengala
Sei que dou muito
trabalho
Sei que às vezes
atrapalho
Meus filhos até demais
SOLO
Passou o tempo
E eu fiquei muito
doente
Hoje vivo num asilo
E só um filho vem me
ver
Esse meu filho
Coitadinho, muito
honesto
Vive apenas do
trabalho
Que arranjou para viver
Mas Deus é grande
Vai ouvir as minhas
preces
Esse meu filho
querido vai vencer
Eu sei que vai
Faz muito tempo
Que não vejo os outros
filhos
Sei que eles estão bem
E não precisam mais
do pai
Um belo dia
Me sentindo
abandonado
Ouvi uma voz bem do
meu lado
Pai, eu vim pra te buscar
Arrume as malas
Vem comigo, pois venci
Comprei casa e tenho esposa
E o seu neto vai chegar
De alegria, eu chorei e olhei
pro céu
Obrigado, meu Senhor
A recompensa já chegou
Meu Deus proteja
Os meus seis filhos
queridos
Mas foi meu filho adotivo
Que a este velho
amparou
No Dia Em Que
Eu Saí de Casa
Zezé Di Camargo &
Luciano
No dia em que eu saí de
casa
Minha mãe me disse: Filho,
vem cá
Passou a mão em meus
cabelos
Olhou em meus olhos
Começou falar
Por onde você for, eu sigo
com meu pensamento
Sempre onde estiver
Em minhas orações, eu
vou pedir a Deus
Que ilumine os passos
seus
Eu sei que ela nunca
compreendeu
Os meus motivos de sair de

Mas ela sabe que depois
que cresce
O filho vira passarinho e quer
voar
Eu bem queria continuar ali
Mas o destino quis me
contrariar
E o olhar de minha mãe na
porta
Eu deixei, chorando, a me
abençoar
SOLO
A minha mãe naquele dia
Me falou do mundo como
ele é
Parece que ela conhecia
Cada pedra que eu iria
pôr o pé
Sempre ao lado do meu pai
Da pequena cidade, ela
jamais saiu
Ela me disse assim: Meu
filho, vá com Deus
Que esse mundo inteiro é
seu
Eu sei que ela nunca
compreendeu
Os meus motivos de sair de

Mas ela sabe que depois
que cresce
Um filho vira passarinho e
quer voar
Eu bem queria continuar ali
Mas o destino quis me
contrariar
E o olhar de minha mãe na
porta
Eu deixei, chorando, a me
abençoar
E o olhar de minha mãe na
porta
Eu deixei, chorando, a me
abençoar
E o olhar de minha mãe na
porta
Eu deixei, chorando, a me
abençoar
SOLO FINAL
Não Aprendi
Dizer Adeus
Leandro & Leonardo
Não aprendi dizer adeus
Não sei se vou me
acostumar
Olhando assim nos olhos
seus
Sei que vai ficar nos meus
A marca desse olhar
Não tenho nada pra dizer
Só o silêncio vai falar por
mim
Eu sei guardar a minha
dor
E apesar de tanto amor
Vai ser melhor assim
Não aprendi dizer adeus
Mas tenho que aceitar
Que amores vem e vão
São aves de verão
Se tens que me deixar
Que seja, então, feliz
Não aprendi dizer adeus
Mas deixo você ir
Sem lágrimas no olhar
Se o adeus me machucar
O inverno vai passar
E apaga a cicatriz
SOLO
Não tenho nada pra dizer
Só o silêncio vai falar por
mim
Eu sei guardar a minha
dor
E apesar de tanto amor
Vai ser melhor assim
Não aprendi dizer adeus
Mas tenho que aceitar
Que amores vêm e vão
São aves de verão
Se tens que me deixar
Que seja, então, feliz
Não aprendi dizer adeus
Mas deixo você ir
Sem lágrimas no olhar
Se o adeus me machucar
O inverno vai passar
E apaga a cicatriz
Não aprendi dizer adeus
Mas tenho que aceitar
Que amores vêm e vão
São aves de verão
Se tens que me deixar
Que seja, então, feliz
Não aprendi dizer adeus
Mas deixo você ir
Sem lágrimas no olhar
Se o adeus me machucar
O inverno vai passar
E apaga a cicatriz
Não Olhe Assim
Leandro & Leonardo
Tire seus olhos dos meus
Eu não quero me
apaixonar
Ficou em mim um adeus
Que deixou esse medo
de amar
Eu já amei uma vez e
senti
A força de uma paixão
A gente às vezes se
entrega demais
Esquece de ouvir a razão
Não olhe assim, não
Você é linda demais
Tem tudo aquilo
Que um homem procura
Em uma mulher
Não olhe assim, não
Porque até sou capaz
De atender esse meu
coração
Que só diz que te quer
SOLO
Eu já amei uma vez e
senti
A força de uma paixão
A gente às vezes se
entrega demais
Esquece de ouvir a razão
Não olhe assim, não
Você é linda demais
Tem tudo aquilo
Que um homem procura
Em uma mulher
Não olhe assim, não
Porque até sou capaz
De atender esse meu
coração
Que só diz que te quer
Não olhe assim, não
Você é linda demais
Tem tudo aquilo
Que um homem procura
Em uma mulher
Não olhe assim, não
Porque até sou capaz
De atender esse meu
coração
Que só diz que te quer
Não olhe assim, não
Você é linda demais
Tem tudo aquilo
Que um homem procura
Em uma mulher
Não olhe assim, não
Porque até sou capaz
De atender esse meu
coração
Que só diz que te quer
SOLO
Um Sonhador
Leonardo
Eu não sei pra onde vou
Pode até não dar em
nada
Minha vida segue o sol
No horizonte dessa
estrada
Eu nem sei mesmo
quem sou
Nessa falta de carinho
Por não ter um grande
amor
Aprendi a ser sozinho
E onde o vento me levar
Vou abrir meu coração
Pode ser que num
caminho
Num atalho, num sorriso
Aconteça uma paixão
E vou achar
Num toque do
destino
O brilho de um olhar
Sem medo de amar
Não vou deixar
De ser um sonhador
Pois sei vou encontrar
No fundo dos meus sonhos
(Sonhos, sonhos)
O meu grande amor
SOLO
E onde o vento me levar
Vou abrir meu coração
Pode ser que num
caminho
Num atalho, num sorriso
Aconteça uma paixão
E vou achar
Num toque do
destino
O brilho de um olhar
Sem medo de amar
Não vou deixar
De ser um sonhador
Pois sei vou encontrar
No fundo dos meus
sonhos
(Sonhos, sonhos)
O meu grande amor
O meu grande amor
O meu grande amor
SOLO FINAL
Solidão
Leandro & Leonardo
Todo dia do meu quarto
Eu a vejo mais bonita
Se arruma e se pinta
E sai
Mais um dia de sufoco
Eu na rua, quase louco
Pensando nela
Na cabeça a sua imagem
No meu peito uma vontade
De ser o homem dela
Eu, de volta do trabalho
Vou de novo pro meu quarto
Vou te amar da minha janela
Solidão
Quando uma luz se
apaga
Eu de novo em casa
Morrendo de amor
por ela
Solidão
Que minha alma
extravasa
Não suporto a vontade
De fazer amor com ela
SOLO
Todo dia do meu quarto
Eu a vejo mais bonita
Se arruma e se pinta
E sai
Mais um dia de sufoco
Eu na rua, quase louco
Pensando nela
Na cabeça a sua imagem
No meu peito uma vontade
De ser o homem dela
Eu de volta do trabalho
Vou de novo pro meu quarto
Vou te amar da minha janela
Solidão
Quando uma luz se
apaga
Eu de novo em casa
Morrendo de amor
por ela
Solidão
Que minha alma
extravasa
Não suporto a vontade
De fazer amor com ela
Solidão
Quando uma luz se
apaga
Eu de novo em casa
Morrendo de amor
por ela
Solidão
Que minha alma
extravasa
Não suporto a vontade
De fazer amor com ela
Solidão
Quando uma luz se
apaga
Eu de novo em casa
Morrendo de amor por
ela
Solidão
Pense Em Mim
Leandro & Leonardo
Em vez de você ficar
pensando nele
Em vez de você viver
chorando por ele
Pense em mim, chore por mim
Liga pra mim, não, não liga
pra ele
Pense em mim, chore
por mim
Liga pra mim, não, não
liga pra ele
Pra ele! Não chore por
ele!
Se lembre que eu há muito
tempo te amo
Te amo! Te amo!
Quero fazer você feliz
Vamos pegar o primeiro avião
Com destino à felicidade
A felicidade pra mim é você
Pense em mim, chore por mim

Liga pra mim, não, não liga pra
ele
Pense em mim, chore por mim

Liga pra mim, não, não liga pra
ele

Pra ele! Não chore por ele!
SOLO
Se lembre que eu há muito
tempo te amo

Te amo! Te amo!

Quero fazer você feliz

Vamos pegar o primeiro avião

Com destino à felicidade

A felicidade pra mim é você
Pense em mim, chore por mim

Liga pra mim, não, não liga pra
ele
Pense em mim, chore por mim

Liga pra mim, não, não liga pra
ele

Pra ele! Não chore por ele!
Pense em mim, chore por mim

Liga pra mim, não, não liga pra
ele
Pense em mim, chore por mim

Liga pra mim, não, não liga pra
ele

Pra ele! Não chore por ele!
Meu Velho Pai
Léo Canhoto e Robertinho
Meu velho pai, preste atenção
no que lhe digo
Meu pobre papai querido
Enxugue as lágrimas do rosto
Porque, papai, que você
chora tão sozinho
Me conta, meu papaizinho
O que lhe causa desgosto
Estou notando que você está
cansado
Meu pobre velho adorado, é
seu filho que está falando
Quero saber qual é a tristeza
que existe
Não quero ver você triste
Por que é que está chorando?
SOLO
Quando lhe vejo, tão tristonho
desse jeito
Sinto estremecer meu peito
ao pulsar meu coração
Meu pobre pai, você sofreu
pra me criar
Agora eu vou lhe cuidar
Esta é minha obrigação
Não tenha medo, meu
velhinho adorado
Estarei sempre a seu lado,
não lhe deixarei jamais
Eu sou o sangue do seu
sangue, papaizinho
Não vou lhe deixar sozinho,
não tenha medo, meu pai
SOLO
Você sofreu quando eu era
ainda criança
A sua grande esperança era
me ver homem formado
Eu fiquei grande, estou
seguindo o meu caminho
E você ficou velhinho, mas
estou sempre ao seu lado
Meu pobre pai, seus passos
longos silenciaram
Seus cabelos branquiaram,
seu olhar se escureceu
A sua voz quase que não se
ouve mais
Não tenha medo, meu pai,
quem cuida de você sou eu
Meu papaizinho, não precisa
mais chorar
Saiba que não vou deixar
você sozinho, abandonado
Eu sou seu guia, sou seu
tempo, sou seus passos
Sou sua luz e sou seus braços
Sou seu filho idolatrado
Quero Ver Você Feliz
Paulo Sérgio
Eu recordo com felicidade
Dia, mês e hora em que
você nasceu
Você trouxe tanta alegria
Fruto do amor de sua mãe
e eu
Meu filho, Deus que lhe
proteja
E onde quer que esteja eu
rezo por você
Eu adoro ver você sorrindo
Seu sorriso faz de tudo eu
esquecer
Amanhece um dia tão
bonito ouço o seu grito
ao me levantar e
percebo deve estar na
hora,coitadinho você
chora é hora de mamar
Meu filho, Deus que lhe
proteja
E onde quer que esteja eu
rezo por você
Eu adoro ver você sorrindo
Seu sorriso faz de tudo eu
esquecer
Quero ver você
crescido pra comigo
passear, quero ver
você feliz meu
filhinho que é tudo
que eu quis
Meu filho, Deus que lhe
proteja
E onde quer que esteja eu
rezo por você
Eu adoro ver você sorrindo
Seu sorriso faz de tudo eu
esquecer
SOLO
Quero ver você
crescido pra comigo
passear, quero ver
você feliz meu
filhinho que é tudo
que eu quis
Meu filho, Deus que lhe
proteja
E onde quer que esteja eu
rezo por você
Eu adoro ver você sorrindo
Seu sorriso faz de tudo eu
esquecer
Meu filho, Deus que lhe
proteja
E onde quer que esteja eu
rezo por você
Eu adoro ver você sorrindo
Seu sorriso faz de tudo eu
esquecer
Vide Vida
Marvada
Rolando Boldrin
Corre um boato aqui donde eu
moro
Que as mágoas que eu choro
são mal ponteadas
Que do capim mascado do meu
boi
A baba sempre foi santa e
purificada
Diz que eu rumino desde
menininho
Fraco e mirradinho, a ração da
estrada
Vou mastigando o mundo e
ruminando
E assim vou tocando essa vida
marvada
É que a viola fala alto no meu
peito humano
E toda moda é um remédio pros
meus desenganos
É que a viola fala alto no meu
peito humano
E toda mágoa é um mistério fora
destes planos
Pra todo aquele que só fala que
eu não sei viver
Chega lá em casa pruma visitinha
Que no verso ou no reverso da
vida inteirinha
Há de encontrar-me num cateretê
Há de encontrar-me num cateretê
SOLO
Tem um ditado tido como certo
Que cavalo esperto não
espanta a boiada
E quem refuga o mundo
resmungando
Passará berrando essa vida
marvada
Cumpadi meu que envelheceu
cantando
Diz que ruminando dá pra ser
feliz
Por isso eu vaqueio ponteando
E assim procurando a minha
flor-de-lis
É que a viola fala alto
no meu peito humano
E toda moda é um
mistério fora deste
plano
Pra todo aquele que só fala que
eu não sei viver
Chega lá em casa pruma visitinha
Que no verso ou no reverso da
vida inteirinha
Há de encontrar-me num cateretê
Há de encontrar-me num cateretê
Há de encontrar-me num cateretê
Há de encontrar-me num cateretê
O rei da brincadeira
Ê, José!
O rei da confusão
Ê, João!
Um trabalhava na feira
Ê, José!
Outro na construção
Ê, João!
O rei da brincadeira
Ê, José!
O rei da confusão
Ê, João!
Um trabalhava na feira
Ê, José!
Outro na construção
Ê, João!
O sorvete e a rosa
Ô, José!
A rosa e o sorvete
Ô, José!
Foi dançando no peito
Ô, José!
Do José brincalhão
Ô, José!
OBRIGADO GENTE
São pessoas que fazem os
momentos tornarem
únicos. Obrigado pela
presença de vocês que
com certeza abrilhantaram
a nossa noite

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