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O “Sistema 5”

Descubra o "poder do 5” para montar acordes em qualquer região


do braço.

Embora por definição um acorde seja uma combinação simultânea de três ou mais notas
diferentes, na guitarra absolutamente todos os acordes são possíveis de ser montados através de
apenas cinco modelos básicos. E aqui prevalece a máxima: “se você conhece os modelos num tom,
conhece em todos tons”.

C-A-G-E-D

Há exatamente cinco diferentes maneiras de tocar acordes no braço da guitarra, formas


estas fornecidas pela nossa afinação padrão. Repare nos diagramas ao lado que são formas “abertas"
de acordes, chamados de "acordes de cordas soltas”, já que são formados por uma combinação entre
cordas soltas (notas no diagrama em alguma corda) e cordas presas (ou digitadas) nas duas ou três
primeiras casas da escala do instrumento. Estas formas serão os nossos “modelos”. C, A, G, E, D.

Estes acordes abertos são modelos móveis, ou seja, eles podem ser vistos como modelos
tocados em outras regiões. Para isso, precisamos apenas utilizar o dedo 1 como um capo, se
estendido sobre a largura da escala cobrindo todas ou algumas das cordas, enquanto os outros três
dedos reproduzem as as posições dos acordes de corda solta - os nossos modelos. Você pode pensar
também como o dedo 1 fazendo o papel do nut ou da pestana da guitarra.
Como exemplo, vejamos como o acorde aberto de “E”, pode criar acordes em outros tons:
para isso, este acorde deverá ser montado com os dedos 3, 4 e 2 sobre a 5ª, 4ª e 3ª cordas. O dedo 1
fica estendido, pronto para montar a pestana quando você deslizar os dedos pela escala da guitarra.
Colocando o dedo 1 esticado firmemente sobre a 1ª casa e os dedos 3, 4 e 2 nas respectivas casas: 3
da 5ª corda, 3 da 4ª corda e 2 da 3ª corda, você obterá o acorde de “F”, ainda assim montado partir
do modelo de “E”.
O mesmo ocorrerá para todos os outros modelos: basta considerar adicionar uma pestana
onde se encontravam as cordas soltas e montar o restante do acorde-modelo com os dedos 2, 3 e 4.
Dessa forma, veja como fica o acorde de “F" nos cinco modelos:

Modelo de “C” Modelo de “A” Modelo de “G” Modelo de “E” Modelo de “D”
Posição aberta Posição aberta Posição aberta Posição aberta Posição aberta

Ainda que alguns modelos sejam mais populares, o ideal é que se obtenha uma fluência
utilizando-se de todos os modelos para atingir toda a extensão do braço. Repare também que o
modelo de “D" dispensa a pestana, já que os dedos 2, 3 e 4 cobrem as cordas restantes; assim como
alguns modelos utilizam-se de pestanas menores, as chamadas “meia-pestanas”. No modelo de “G"
cuide para que a 1ª corda não seja atacada ou esteja “mutada" pela base do dedo 1 da pestana, já que
esta nota não pertence ao acorde. O dedo 2 também não atua nesta região.

Modelo de “E” Modelo

MAPEANDO O BRAÇO DA GUITARRA

A afinação padrão da guitarra possibilita a geração de acordes que se distribuem de forma


organizada através do braço do instrumento, num esquema cíclico de cinco modelos. Esse conceito
foi nomeado de “Sistema 5" - tendo os cinco acordes básicos “C”, “A”, “G”, “E" e “D” como
formas ou modelos referenciais.
Até aqui tudo bem, já que acordes são notas agrupadas e tocadas simultaneamente,
portanto, visualizáveis em “blocos" verticais. E quanto às escalas, que são agrupamentos de notas
tocadas em sucessão? Nada amigável decorar as notas de uma escala, sabendo que por todo o braço.
A afinação padrão da guitarra também fornece cinco formatos ou modelos específicos de
escalas que correspondem diretamente aos modelos dos acordes referenciais. Como resultados
práticos, os modelos de escalas gerados podem ser visualizados como uma continuação natural dos
modelos dos acordes, ao invés de uma entidade separada e desconexa. Ademais, com a capacidade
de visualização dos modelos, será melodicamente importante a utilização facilitada dos chord tones
- não tenha dúvidas, será muito mais simples enxergar as notas do acorde “por debaixo da escala”.
Encontrar a escala em qualquer região do braço do instrumento e mudar de tom ali mesmo
(sem a necessidade de saltar para outra região, desfragmentando o seu fraseado melódico durante a
chord changes) será outra favorável consequência deste estudo.
Bem, iniciaremos nossos estudos pela escala considerada mais básicas, construída de cinco
notas e chamada de pentatônica.
A escala pentatônica constantemente gera confusão a respeito de suas formas maiores e
menores, problemática essa que muitas vezes resulta da utilização híbrida dentro da intenção blues -
uma sonoridade “maior e menor” que crescemos ouvindo e tocando nos estilos blues, blues-rock,
hard rock, heavy metal e tantos outros mais como reggae, funk, soul, pop rock…
Aqui, iremos direcionar nossos esforços para a Pentatônica Maior, apresentada sob o
conceito do “Sistema 5” para podermos mapear a escala por todo braço do instrumento.
Num raciocínio intervalar, portanto matemático, a escala pentatônica maior pode ser
abordada como a escala diatônica maior (1 2 3 4 5 6 maj7) com a omissão dos intervalos 4 e maj7,
ou seja, excluímos os semitons da escala. Numa linguagem bastante simples, estaríamos tirando os
intervalos "complicados" deixando apenas "notas fáceis”. Assim, uma escala pentatônica maior
resultaria nos intervalos: 1 2 3 5 6. Uma vez que o acorde maior está presente dentro da escala na
forma de 1ª, 3ª e 5ª, resta adicionar a 2ª e a 6ª a cada modelo de acorde para que cada um sirva de
referencia para cada uma das digitações resultantes da escala. Desta forma, podemos falar em
termos de “Escala Pentatonica Maior no modelo de E”; Escala Pentatonica Maior no modelo de D”;
ou ainda em qualquer um dos outros cinco modelos referenciais distribuídos pelo braço do
instrumento.

Escala x Acorde
Escala Maior

Repense a escala maior através da relação com as notas do acorde - e para os amantes da
pentatônica, através da adição de notas.

Acorde básicos, pentatônicas, escalas diatônica,

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