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CONVENÇÕES

Clave de Fá: Clave utilizada na leitura para contrabaixo e instrumentos graves.

Clave de Sol: Clave utilizada na leitura para instrumentos mais agudos.

Clave de Dó: Clave utilizada para sons médios.

Pentagrama: Composto por 5 linhas e 4 espaços nomeados a partir da clave:

Espaços e Linhas Suplementares Superiores e Inferiores: Dá seqüência as notas fora


do pentagrama.

Compasso e barra de compasso:

Tablatura: as linhas representam as cordas do instrumento. Os números representam a


casa que deve ser tocada.
Armação de Clave: indica a tonalidade da música.

Fórmula de Compasso:

O número de cima indica quantos tipos duram o compasso.

Os números de baixo indicam qual a figura utilizada para contar os tipos.

Barra de Repetição: indica que se deve repetir o(s) compasso(s) entre as barras.

Notas no pentagrama: as notas nas linhas do pentagrama são G (sol), B (si), D (ré), F
(fá) e A (lá) e as notas nos espaços são A (lá), C (do), E (mi) e G (sol).

Postura e iniciação de mão direita


POSTURA

Imagine que você tenha aula de manhã, ensaio à tarde e show à noite, fazendo tudo isto com uma
postura incorreta. Em pouco tempo, terá problemas na coluna, fadiga e dores nos braços, além de
doenças causadas por esforço repetitivo (tendinite, tenossinovite, bursite, etc.). É exatamente por isso
que desde nossos primeiros estudos veremos a maneira correta de se portar com o instrumento, seja em
estudos, ensaios ou trabalhos.
Sentado

Procure sempre utilizar uma cadeira com encosto reto e assento acolchoado. Insira a correia ao
instrumento e regule de maneira que a mesma fique junto ao ombro de maneira confortável, ou seja,
sua altura deve deixar o instrumento apoiar-se sobre sua perna. Uma regulagem apertada não permitirá
que o contrabaixo alcance a coxa da perna, ficando apoiado somente no ombro. E no caso de uma
regulagem muito “solta” fará que o instrumento não fique firme, o que acarreterá no deslocamento do
mesmo com relação ao corpo.

De pé

Quando estamos de pé, devemos utilizar a mesma regulagem de correia do exemplo anterior (sentado).
Lembre–se sempre de manter a coluna reta e, para absorver por igual o peso do instrumento, mantenha
as pernas um pouco abertas, com um espaço de cerca de 30cm entre elas.

Outro fator importantíssimo é a atenção a respiração, pois ela é um dos fatores indispensáveis ao
conforto e relaxamento para se tocar.

Mão direita

O antebraço deve se apoiar no bojo superior do contrabaixo, atuando como centro de gravidade,
mantendo assim o equilíbrio corpo/braço. O dedão deve se apoiar levemente na parte superior do
captador (foto). Quando houver necessidade de tocar notas nas cordas mais agudas, pode-se também
apoiar o dedão sobre as cordas mais graves.

Quando utilizada a técnica de pizzicato (tocar com os dedos) o baixista deve utilizar a falange dos
dedos no contato com as cordas, não a ponta dos mesmos.

Na próxima aula abordaremos a postura correta da mão esquerda.

MÃO DIREITA

Nos exercícios a seguir iniciaremos o processo de técnica de mão direita. Em todos eles, a mão
esquerda deve apenas servir para abafar as cordas. Para isso, basta encostar levemente, sem pressioná-
las. A idéia é que, mesmo com a corda abafada, o estudante deve produzir o som percussivo das cordas
– ou muted notes, que estudaremos futuramente –. O abafamento das notas é simbolizado pela letra X
na partitura/tablatura.

Outro fator indispensável é manter a dinâmica em todas as notas, ou seja, não deixar que algumas notas
soem mais fortes ou mais fracas. Tente sempre manter um equilíbrio ao tocá-las.

Os exercícios a seguir devem ser feitos alternando os dedos indicador e médio.

Exercício 01
Toque cada nota no beat (batida) do metrônomo e a cada quatro notas se alterna a corda. Comece a 60
bpm (batidas por minuto) e aumente um pouco quando estiver totalmente à vontade com a velocidade
estabelecida.

Exercício 02

Neste exemplo devem ser tocadas duas notas a cada beat.


Exercício 03

Exemplo utilizando salto de cordas. Lembre sempre de alternar os dedos indicador e médio.

Exercício 04

Salto com alternância de cordas.

Exercício 05

Variação do exercício 01, agora trabalhando velocidade. Quatro notas por beat.
Postura e iniciação de mão esquerda
Bem vindos a terceira aula do curso de baixo!

Obrigado novamente pelos e-mails recebidos e por todas as sugestões e elogios!

Sempre lembrando que estou a disposição para sanar qualquer dúvida que tenham com relação as aulas
ou mesmo assuntos referentes as mesmas.

Devo salientar que NÃO envio material por e-mail, por favor não insistam.

Em breve disponibilizarei lições através de um curso online ministrado em meu site. Assim que pronto,
notificarei como as mesmas podem ser adquiridas.

POSTURA

Como visto na aula anterior, antes mesmo de tocarmos as primeiras notas, devemos nos preocupar com
a postura correta com relação ao nosso instrumento. Nesta aula veremos como deve ser executada de
forma correta a mão esquerda (direita para canhotos).

A mão deve estar no centro do braço do instrumento e o alcance dos dedos deve abranger sempre
quatro trastes (casas) do contrabaixo. Há algumas digitações que obrigarão uma maior abertura dos
mesmos, mas lembre-se de colocar suas notas o mais próximas possíveis, pois isso acarreta em menos
movimento e mais velocidade.

O dedão deve estar sempre no centro do braço e relativamente no centro dos dedos médio e anelar, pois
assim a digitação é facilitada tanto em regiões graves como agudas.

O contato dos dedos com a corda deve ser feito através da primeira falange e não com a ponta dos
dedos como pensam alguns. A falange possui mais área de contato enquanto as pontas podem fazer
com que quando executada uma linha com velocidade, os dedos errem a corda ou não executem a nota
com firmeza.

EXERCÍCIOS

Os exemplos a seguir tem como finalidade treinar e coordenar a mão esquerda. Os mesmos agora
contam com o arquivo midi (pode ser executado em qualquer player de aúdio) com velocidade
progressiva.

Relembrando: na tablatura cada linha é correspondente a uma corda do baixo sendo que a mais grave
está embaixo (MI) e a mais aguda em cima (SOL). O número representa o traste (casa) a ser tocado.
Lembre-se também de respeitar os dedos correspondentes aos números da tablatura, por exemplo toda
vez que aparecer o número 1 deve ser tocada a primeira nota da escala e com o dedo indicador, número
2 dedo médio e assim sucessivamente.
Exercícios de três notas por tempo:

Exercícios trabalhando os quatro dedos da mão esquerda:


Seguindo o mesmo princípio dos dois exercícios anteriores, treine todas as combinações a seguir (as
destacadas em vermelho são as duas já feitas):

Os dois exercícios a seguir tem como objetivo sincronizar ambas as mão e trabalhar velocidade:
Tira Dúvidas
Tudo bom com vocês?

Desculpem-me pelo atraso para postar esta nova aula, mas o mês de Maio foi bem “puxado” e por
isso da demora.

Nesta aula irei dar algumas explicações solicitadas tanto por e-mail quanto através da nossa
comunidade no orkut (relacionadas a última aula).

Pra que servem as escalas?


Muita coisa... mesmo...

Com elas é possível desenvolver grooves (levadas), frases e até solos, como foram feitos na
última aula. TODOS os exemplos passados foram única e exclusivamente criados em cima de uma
escala, não pensei em mais nada na sua criação, fui apenas buscando a melhor sonoridade
através da que tinha como referência (no caso Dó maior).

Vamos dizer que você está lá com sua banda e de repente o guitarrista fala: “cria aí uma levada
em Sol maior”. E aí? O que você faz? Cria a levada, oras... mas como?

Primeiro você monta a escala de Sol maior (lembram-se? 1, 1, ½...) e nela vai descobrir que o
único acidente existente é o Fá#. Depois disso você vai achar o “desenho” da escala no
contrabaixo que o professor lá do curso de contrabaixo do Cifra Club ensinou. Pronto, achou?
Agora é só fazer uma levada (groove), ou seja, uma base utilizando as notas deste “desenho”.
Lembre-se que os grooves não requerem muitas notas, e possuem apenas a função de manter
uma base harmônica e rítmica e para isso não é necessário utilizar todas as notas da escala.
Muitas músicas possuem uma excelente base com apenas duas ou três notas.

Talvez você tenha pensado... “Pô, mas o guitarrista pede essa base e eu tenho que pensar e fazer
tudo isso... nessa já acabou o ensaio...”
Tudo é treino e estudo, acredite, logo logo vocês não estarão mais necessitando montar a escala e
pensar no seu desenho, tudo sairá automaticamente. Mas pra isso é necessário estudar sempre.

Tá, expliquei sobre o groove, mas aí o baterista faz uma virada em certo trecho da música e pede
que você acompanhe ele com uma frase no baixo. O que fazer?
A mesma coisa que expliquei sobre groove, só que agora pensando em frases (o que requer mais
notas) e pensando na métrica para fazer “colado” com a virada do batera.

E na última hora, lhe pedem para fazer um solo... vixe, aí já viu...


Nada, faz a mesma coisa. Só que desta vez pensando na criação de frases se completando, ou
mesmo já na concepção de um solo sobre todo o desenho da escala.

Mas então é pra isso que servem as escala? Criar bases, frase e solos?

Não só isso... podemos usá-las como exercícios de técnica (como os estudos que já fizemos, por
exemplos de padrões), ou mesmo como aquecimento antes do ensaio ou do show. Fique fazendo
um desenho de uma escala qualquer no sentido crescente e decrescente por 10 minutos verá o
resultado.
Vamos pensar que sabendo criar grooves (bases), frases e solos já podemos tocar qualquer
música, logo, está aí a importância de saber todas as escalas e como monta-las. Lógico que nosso
estudos seguirão e verão que existem vários caminhos para chegar a um bom resultado em suas
linhas e as escalas sempre serão o alicerce para tudo isso.

Mas professor, não entendi muito bem a diferença entre groove, frases e solos...

Então vamos lá...

Grooves:
Podemos chama-los também de “bases”. Possuem a função de condução, ou seja, com eles nós
mantemos a harmonia e rítmica da música (principal função do nosso instrumento nas
composições), lembrando que para isso não são necessárias muitas notas. Podem ser divididos
em grooves fechados (se repetem) ou abertos (possuem variações).

Frases:
Vamos pensar no sentido de frases na lingua portuguesa. Quando você quer falar ou se expressar
você utiliza frases para isso, certo? O mesmo princípio serve para frases “musicais”. Com elas
podemos expressar nossos sentimentos através da música. São utilizadas em determinados
trechos como em viradas ou solos.

Solos:
Nada mais é que a junção de diversas frases num só trecho, expressando o sentimento que
queremos dar a música. Voltando ao exemplo da lingua portuguesa vamos pensar que quando
queremos contar uma história nós a dividimos em diversas frases para o melhor entendimento o
ouvinte, pois se contarmos tudo de uma vez e sem pausas, a pessoa não vai conseguir entender
exatamento o que queremos explicar. Exemplo:

Seeutivesseescritotodoestetextodestaformaprovavelmenetevocêsnãoentenderiam
nadapoisprecisamosdividilocompausasparaumamelhorcompreensão.

(Tradução: Se eu tivesses escrito todo este texto desta forma, provavelmente vocês não entenderiam nada pois
precisamos dividi-los com pausas para uma melhor compreensão.)

Comece a prestar atenção como qualquer solo que não possua pausas ou tempo para “respirar”
se torna chato e muitas vezes sem sentido algum. O ouvinte necessita destas paradas para poder
absorver melhor as idéias e para isso dividimos os mesmos com frases, assim como na língua
portuguesa.

Agora já sabem a diferença entre grooves, frases e solos, certo?

Outro tópico muito questionado na comunidade foi sobre como se aquecer antes de tocar. Vamos
facilitar...

Primeiro: alongamentos;
Estique os braços para frente com os dedos entrelaçados, depois para cima, e por fim para trás
com as mãos na altura do quadril. Gire os mesmos para frente e para trás. Abra e feche as mão,
entrelace os dedos e estique-os. Gire os punhos.

Segundo: aquecimento com o instrumento;


Digitações 1, 2, 3 e 4 por toda a escala do instrumento (exercício passado na terceira aula do
curso) durante alguns minutos. Depois faça padrões sobre a escala (exercícios da quarta aula)
mais alguns minutos.

Pronto, já está pronto para tocar e sem riscos de lesões...

Não sou adepto de outras formas de aquecimento, como esquentar a mão no fogão ou na água
quente. Além de ser perigoso não nos prepara “fisicamente” para tocar. Sem contar que se você,
por exemplo, vai tocar num barzinho numa noite fria, vai ter que preparar todo um ritual na
cozinha do mesmo (se tiver), só pra se aquecer...

Último tópico...

Não possuo o material das aulas pronto e apostilado como alguns acreditam. Vou fazendo as aulas
conforme vou postando e por isso não tenho como enviar material por e-mail. Digo o mesmo para
material não relativo ao curso de baixo do Cifra Club.

Meu site em breve passará por atualizações e provavelmente disponibilizarei algum meio de aulas
online, onde será cobrado o valor das mesmas. Quando estiver pronto comunicarei a todos.
Do mais só passo material avulso na minhas aulas particulares, portanto, interessados entrem em
contato.

Tons Relativos
Toda tonalidade (escala) maior possui um tom relativo menor e vice-versa. Para acharmos o tem
relativo menor de uma escala maior devemos contar até o sexto grau da escala. Exemplo:

Logo, se tocarmos a escala de Dó maior partindo do seu sexto grau, estaremos executando a escala de
Lá menor.

Lá - Si - Dó - Ré - Mi - Fá - Sol - Lá

Outro exemplo:

Mi maior = Dó# menor

No caso contrário, encontrar a relativa maior de uma escala menor basta que achemos seu terceiro grau.
Exemplo:
Ré menor = Fá maior

Agora achem todos os tons relativos:

Dó = Lá menor
Fá =
Sib =
Mib =
Láb =
Réb =
Mib =
Dób =

Lá menor =
Mi menor =
Si menor =
Fá# menor =
Dó# menor =
Sol# menor =
Ré# menor =
Lá# menor =

Shape (desenho):

Agora que sabemos como encontrar uma escala relativa, vamos descobrir seu "shape" na escala do
instrumento:

O exemplo acima está em Lá menor e não possui nenhum acidente assim como sua relativa maior Dó.
Mas já que as duas escala possuem as mesmas notas, quando devo usar uma ou outra?
Resposta: Em função da sonoridade da música executada. Dizemos que a escala maior possui uma
sonoridade mais "feliz" e a menor a intenção "triste" em função de seus intervalos (matéria de próximas
aulas). Devemos analisar qual a melhor opção ou mesmo checar se o material (tablatura, partitura,
cifra) já não apresenta o tema como maior ou menor.

Princípios básicos de Slap


Depois de uma longa espera por uma nova aula, finalmente a mesma se encontra aqui disponível
(descupem pela demora, mas estes últimos meses foram bem corridos...).

Deixando de lado um pouco as aulas com temas teóricos voltados ao nosso instrumento (formação de
escalas, shapes, etc...), decidi que nesta abordaria um tema prático e muito solicitado: slap.

Primeiro vamos falar sobre como a técnica foi criada...


O slap surgiu quando Larry Graham decidiu que deveria de alguma forma substituir a sonoridade da
bateria dada a falta do baterista ao ensaio de sua banda. Para tal ele “atacaria” na corda com o dedão
afim de simular o som do bumbo e puxaria para simular o som da caixa. Assim então foi criada a
técnica que seria revelada ao mundo através do disco Dance To The Music, segundo da banda Sly &
The Family Stone – uma das mais famosas bandas de funk de todos os tempos - , da qual Larry Graham
era integrante. Com o passar do tempo novos baixistas foram adicionando a técnica as suas linhas e
também acrescentando um pouco de suas próprias variação, seja no jeito de tocar ou mesmo no timbre
e utilização de efeitos. Dentre eles se destacam: Stanley Clarke, William “Bootsy” Collins, Louis
Johnson, Marcus Miller, Stuart Hamm, Jimmy Earl, Victor Wooten, Flea e Celso Pixinga.

Como executar: A mão esquerda mantém o mesmo princípio técnico e postura abordada no pizzicato.
Em algumas linhas a utilização da mesma é essencial para o abafamento de possíveis sobras (notas ou
harmônicos) que possam vir a soar.

Thumb: a tradução literal de thumb é polegar. No slap, sua utilização consiste em percutir as cordas
com o polegar da mão direita na região do último traste da escala (foto). Nesta região temos uma
melhor sonoridade e também o “rebote” será maior. Deve-se ter cuidado para não abafar a corda com a
palma da mão ou mesmo com o próprio polegar. No início existe mesmo certa dificuldade em obter
uma boa sonoridade e a mesma só vem com bastante treino. Façam diversas repetições até que esteja
extraindo o som sem dificuldades. Não levante muito o braço direito e mantenha uma postura relaxada
de forma que o movimento se assemelhe a uma “chicotada”. Nos exercícios o thumb será simbolizado
pela letra T.

Pluck: consiste em puxar a corda com a ponta dos dedos da mão direita, para gerar um som – se assim
podemos dizer – bem “estalado”. Não é necessário colocar o por inteiro embaixo da corda e sim
somente a ponta. O movimento deve ser executado puxando a corda no sentido contrário a escala e não
é necessário força e sim jeito, portanto cuidado para não se machucar com movimentos muito bruscos.
O pluck será simbolizado pela letra P.

Seguem diversas linhas de slap para serem colocadas em prática os estudos feitos anteriormente.
LEGENDA:
X = ghost note (nota abafada com a mão esquerda);
H = hammer-on (toca-se a primeira nota normalmente e a segunda apenas com a mão esquerda, dando
uma "martelada").

Sobre a utilização de thumb ou pluck:


No caso das notas mais graves utiliza-se o thumb (dedão) e na mais agudas o pluck (puxada). Na
dúvida, faça da forma que considere mais prática e confortável.

Os exercícios são propostos de maneira gradativa, sendo o primeiro considerado mais fácil e os últimos
mais difíceis. Sempre utilize o metrônomo nos estudos.
Dúvidas, entrem em contato.

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