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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ


CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA
PROGRAMA – ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA

PROFESSORAS: Ilma Lopes Soares de Meirelles Siqueira


Janice Strivieri Souza Moreira

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MATERIAL DE APRENDIZAGEM

Texto Aula – TESTES PSICOLÓGICOS - conteúdo dos slides apresentados para os alunos.

 PORQUE OS TESTE SÃO “PSICOLÓGICOS” ?


“Todo nosso conhecimento inicia-se nos sentidos, passa ao entendimento e termina na Razão” (Immanuel Kant).

 ORIGEM DA PALAVRA TESTE


○ Teste – origem inglesa que significa prova.
○ Deriva do latin “testis” = modalidades de medição.
○ Precursor - CATTELL (1890)
 Saída do campo das sensações para ingressar no campo das habilidades mentais
 Precursor do uso do termo “teste mental”

 CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
 “as condições de uso dos instrumentos devem ser consideradas apenas para os contextos e propósitos
para os quais os estudos empíricos indicaram resultados favoráveis”. (RESOLUÇÃO CFP Nº 002/2003)
 “ A busca de informação necessária e suficiente está condicionada ao conhecimento que se possua, em
um momento determinado sobre o objeto de estudo e por suposto de sua natureza. Também depende das
concepções gerais dos cientistas que constroem suas explicações, ou seja, sua subjetividade” (ARIAS
BEATÓN; CARNIELO CALEJON, 2002, 50).
 “Sistematicamente, os fatos e processos estão oferecendo indicadores e se manifestam de uma ou de
outra maneira, na interdependência que estes têm com o sujeito ou com outros fatos da realidade. [...] não
se apreciam ditos indicadores até que não exista alguma intencionalidade, por parte do sujeito, de
encontrá-los de modo a elaborar idéias, categorias e explicações sobre o fato ou o processo, objeto de
estudo”. (ARIAS BEATÓN; CARNIELO CALEJON, 2002, p. 51).

 O PSICÓLOGO GUARDA UM “SEGREDO”?

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Todo o conteúdo apresentado em aula está baseado em fontes bibliográficas sobre o assunto. Essas fontes encontram-se na lista de
referências oficial da disciplina, bem como na lista de referências complementares disponibilizadas para os alunos na sala da disciplina no
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 QUAL O “SEGREDO” DO PSICÓLOGO?


 Formação teórica
 Formação técnica
 Experiência profissional
 Leitura clínica dos fenômenos psicológicos
 Acesso ao universo psicológico do sujeito – compreensão de sua singularidade
 Relação com as diretrizes interpretativas padronizadas dos testes psicológicos

 PORTANTO, DESCOBRIMOS O “SEGREDO”?


 A credibilidade dos resultados e conclusões em um processo de avaliação psicológica em que o teste é
utilizado pelo psicólogo, está condicionada a um referencial teórico/técnico válido, que sustente as
interpretações segundo o pressuposto do determinismo psíquico do sujeito avaliado.

 PORTANTO, DESCOBRIMOS O “SEGREDO”?


 A experiência do profissional, o fato dos dados interpretados terem se originado da utilização de outras
estratégias de avaliação além dos testes psicológicos e a capacidade de integração na compreensão
clinica do fenômeno psicológico, são condições imprescindíveis para garantir a confiabilidade dos
resultados que se integrarão de modo coerente a um corpo teórico consistente.

 O PSICÓLOGO NÃO PODE MAIS SE CONTENTAR COM UMA CONCEPÇÃO APENAS PSICOMÉTRICA
DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA.
 – É ELE RESPONSÁVEL PELA REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO “TESTE PSICOLÓGICO” E DA
PRÓPRIA ATUAÇÃO NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA - BANALIZAÇÃO?
[...] uma realidade intuída, que se oferece imediatamente à percepção, mas como realidade instruída,
identificada a partir de um modelo que, como uma “rede”, é aplicada pelo especialista sobre os eventos
(situações onde ocorrem os fenômenos), de forma a poder revelar alguma inteligibilidade lógica, ou
possibilidade de sentido sobre a realidade psicológica humana. (Cruz, 2002, p. 20)

 O “SEGREDO” ENTÃO ESTÁ NA CAPACIDADE TÉCNICA DE RESSIGNIFICAR O LUGAR DO TESTE


PSICOLÓGICO NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
o uso indiscriminado de testes psicológicos, não permitem espaço para uma ferramenta indispensável que
deveria ser a base estrutural do estabelecimento do vínculo – campo relacional

 QUAL O “SEGREDO” DO PSICÓLOGO?


O FORMAÇÃO TEÓRICA
O FORMAÇÃO TÉCNICA
O EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
O LEITURA CLÍNICA DOS FENÔMENOS PSICOLÓGICOS
O ACESSO AO UNIVERSO PSICOLÓGICO DO SUJEITO – COMPREENSÃO DE SUA
SINGULARIDADE
O RELAÇÃO COM AS DIRETRIZES INTERPRETATIVAS PADRONIZADAS DOS TESTES
PSICOLÓGICOS

 CONCEITO DE TESTE PSICOLÓGICO


 Conceito de teste psicológico - “Os Testes Psicológicos são instrumentos de avaliação ou mensuração de
características psicológicas, constituindo-se um método ou uma técnica de uso privativo do psicólogo, em
o o
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 “os testes psicológicos são procedimentos sistemáticos de observação e registro de amostras de


comportamentos e respostas de indivíduos com o objetivo de descrever e/ou mensurar características e
processos psicológicos, compreendidos tradicionalmente nas áreas emoção/afeto, cognição/inteligência,
motivação, personalidade, psicomotricidade, atenção, memória, percepção, dentre outras, nas suas mais
diversas formas de expressão, segundo padrões definidos pela construção dos instrumentos”.
(RESOLUÇÃO CFP N.º 002/2003, p. 2).

 “Teste psicológico é um procedimento sistemático para obtenção de amostras de comportamento


relevantes para o funcionamento cognitivo ou afetivo e para a avaliação destas amostras de acordo com
certos padrões”. (URBINA, 2007, p. 12-13).

Quando 01 - Explicação sobre o conceito de teste psicológico


ELEMENTO DEFINIDOR EXPLICAÇÃO FUNDAMENTO
Caracterizam-se por Para serem úteis, os testes devem
Os testes psicológicos são planejamento, uniformidade ser objetivos e justos
procedimentos sistemáticos
e meticulosidade e passíveis de demonstração
O uso de amostras de
Os testes psicológicos são São pequenos subconjuntos de comportamento é eficiente porque
amostras de comportamento um todo maior o tempo geralmente
é limitado
Os comportamentos avaliados
As amostras são selecionadas Os testes, ao contrário dos jogos
pelos testes são relevantes
por sua significância mentais, existem por sua utilidade;
para o funcionamento
psicológica empírica ou prática eles são ferramentas
cognitivo, afetivo ou ambos
Algum sistema numérico ou
Não deve haver dúvidas sobre
Os resultados dos testes são categórico é aplicado aos
quais são os resultados de um
avaliados e recebem escores resultados segundo regras
teste
preestabelecidas
Para se avaliar resultados de Deve haver uma forma de Os padrões usados para avaliar
testes, é necessário ter aplicar um critério ou padrão de os resultados de um teste devem
padrões baseados em dados comparação comum aos indicar o único sentido dos
empíricos resultados mesmos
Fonte: URBINA (2007, p. 12)
 ELEMENTOS BÁSICOS DA DEFINIÇÃO DE TESTES PSICOLÓGICOS
Por que padronização?
 Uniformidade de procedimentos:
 Administração,
 Avaliação,
 Interpretação.
 Padrão para avaliação dos resultados
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Quando 02 – Aspectos positivos e negativos sobre o uso dos testes psicológicos


ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS
 São meios para alcançar um fim  Limitam ou anulam sua utilidade (quando
(ferramentas); mal-aplicados);
 São extremamente úteis (quando utilizados  Caso contrário - Resultam em
de forma apropriada e hábil); conseqüências prejudiciais;
 Ajudam na obtenção de inferências a  Podem prejudicar pessoas rotulando-as
respeito de indivíduos ou grupos de maneira injustificada;
 Aumentar o auto conhecimento a auto  Usados com incompetência podem
compreensão causar danos irreparáveis
FONTE - URBINA (2007, p. 35)

Quadro 03 - DIFERENÇAS TÍPICAS ENTRE TESTAGEM E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA


ASPECTO (10) TESTAGEM PSICOLÓGICA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Mais complexa. Cada avaliação envolve
1 - GRAU DE Mais simples. Envolve um procedimento
vários procedimentos (entrevistas,
COMPLEXIDADE uniforme, freqüentemente unidimensional
observações, testagem, etc.) e dimensões
Mais breve, de alguns minutos a algumas Mais longa, de algumas horas a alguns dias
2 - DURAÇÃO
horas ou mais
Muitas vezes são usadas fontes colaterais,
3 - FONTE DE DADOS Uma pessoa, o testando como parentes ou professores, além do
sujeito da avaliação
Como uma pessoa ou grupo se compara a A singularidade de um determinado
4 - FOCO
outros indivíduo, grupo ou situação
Conhecimento de testagem e outros
5 - QUALIFICAÇÕES Conhecimento sobre testes e métodos de avaliação, bem como da área
NECESSÁRIAS procedimentos de testagem avaliada (ex: transtornos psiquiátricos,
requisitos para uma função)
É necessária subjetividade, na forma de
6 - BASE DE É necessária objetividade. A quantificação é
julgamento clínico. A quantificação
PROCEDIMENTOS crucial
raramente é possível

Barata, especialmente quando feita em Muito cara, pois requer o uso intensivo de
7 - CUSTO
grupo profissionais altamente qualificados

Chegar a uma decisão a respeito da


Obter dados para uso na tomada de
8 - OBJETIVO questão ou problema que originou o
decisões
encaminhamento

9 - GRAU DE Engloba aspectos estruturados e não-


Altamente estruturada
ESTRUTURAÇÃO estruturados
Investigação relativamente simples da Muito difícil devido à variabilidade de
10 - AVALIAÇÃO DE
fidedignidade e validade baseada em métodos, avaliadores, natureza das
RESULTADOS
resultados grupais questões investigadas, etc.
FONTE - URBINA (2007, p. 35)
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CATEGORIA DOS TESTES PSICOLÓGICOS


 Testes psicométricos – avaliam conhecimento, capacidade, aptidão, habilidade ou funcionamento
cognitivo (perguntas de múltipla escolha, verdadeiro e falso, dentre outras).

 Testes projetivos – avaliam aspectos da personalidade referente a motivações, preferências, atitude,


interesse, opiniões, constituição emocional e reações características a outras pessoas, situações e
estímulos (perguntas abertas, escolhas forçadas)

 CATEGORIA DOS TESTES PSICOLÓGICOS


Quadro 04 - Objetividade e padronização (PASQUALI, 2001, P. 25)
Testes psicométricos Testes impressionistas
 Se baseiam na teoria da medida;  Não se fundamentam na teoria da medida;
 Usam número para descrever os fenômenos;  Descrição lingüística;
 Uso obrigatório da estatística - “medem”;  Não necessitam da estatística – “caracterizam”;
 Usam respostas do tipo forçada;  Requerem respostas livres a serem interpretadas
pelo examinador;
 Fecham ao máximo o tipo de resposta;
 Permitem repostas de tipo mais variado;
 Interessam-se mais pelo produto.
 Interessam-se mais pelo processo.

Quadro 05 - Objetividade e padronização: PASQUALI (2001 p. 28)


 Testes psicométricos  Testes impressionistas
 Fotógrafo  Artista
 Medida  Descrição
 Padronização  Não padronização
 Pobreza  Riqueza
 Produto  Processo
 Objetividade  Subjetividade

CLASSIFICAÇÃO DOS TESTES


 Segundo 5 ASPECTOS ...:
 A finalidade;
 O modo de administração;
 O modo de expressão;
 A organização;
 O tipo de medida ou área de avaliação.

 Segundo a finalidade
 Potência, Velocidade ou Rapidez
 Capacidade ou nível
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 Segundo o modo de administração


 Individuais
 Coletivos
 Auto administrados

 Segundo o modo de expressão – apresentação e forma de construção dos itens


 Verbal ou oral
 Não verbal
 Impresso ou lápis e papel
 Gráfico
 Execução ou manipulação

 Segundo a organização
 Unitários
 Baterias
 Escalas
 Segundo o tipo de medida
 Inteligência;
 Interesse;
 Aptidão;
 Personalidade...... ou

 Segundo a área de avaliação


 Cognitiva / intelectual;
 Afetiva / emocional;
 Social / relacional;
 Desenvolvimental;
 Criativa;
 Educacional.

 TIPO DE MEDIDA – TESTES DE INTELIGÊNCIA

 Existem várias concepções sobre o conceito de inteligência:


 Inteligência (quantitativo e qualitativo)
 Inteligência geral,
 Inteligências múltiplas
 QI = quociente de inteligência ou Coeficiente de inteligência.
 QE = inteligência emocional
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 Inteligência Geral – é uma composição de várias funções.


“É um construto multifacetado, abrangendo combinações de habilidades cognitivas e
conhecimento exigido, estimulado e recompensado pelo contexto experiencial dentro do qual o
indivíduo funciona”. (ANASTASI, 2001)
 Inteligências múltiplas – presença de áreas no cérebro correspondentes a espaços de cognição,
cada um expressando uma forma diferente de inteligência. (ANTUNES, 2002)

 QI – é a expressão do nível de habilidade de um sujeito, em um dado momento do tempo, em


relação às normas de idade de seu grupo etário.
 BINET e seu assistente SIMON (1905)
● Escala para avaliar inteligência da criança com foco no sistema de educação
pública francês.
 TERMAN (1916)
● Estabeleceu a relação entre IM e IC
● Criação do conceito de QI
● QI = IM x 100
IC
 QE – coeficiente emocional (GOLEMAN, 2005)
 Focaliza a importância de se considerar a administração das emoções (QI x QE)

 TIPO DE MEDIDA - INTERESSE -


 A natureza e a força dos interesses e das atitudes de uma pessoa.
 Está ligado aos quadros sociais e aos valores do sujeito.
 São projeções, em termos de realidade e caminhos sociais, de suas motivações.
 Representam um aspecto importante da personalidade
 TIPO DE MEDIDA – APTIDÃO –
 É a condição ou o conjunto de características consideradas sintomáticas de habilidades, com que
um indivíduo demonstra seus conhecimentos e destrezas, por meio de seu desempenho.
 É uma disposição natural ou adquirida para realizar qualquer coisa.
 É entendida atualmente como parte integrante da questão intelectual dos indivíduos

 TIPO DE MEDIDA - PERSONALIDADE –


 Personalidade é a individualidade que emerge da interação entre um organismo
psicobiológico e o mundo que se desenvolveu e vive. É o produto da organização
dinâmica e característica, no indivíduo, das estruturas ou sistemas psicológicos e da sua
interação com o meio.
 do comportamento do indivíduo - ações, posturas, palavras, atitudes e opiniões
referentes ao mundo exterior;
 dos sentimentos latentes do indivíduo em relação ao mundo exterior - sentimento
que podem não ser críticos ou discerníveis no comportamento manifesto;
 dos sentimentos de uma pessoa acerca de si mesmo - níveis conscientes, pré-
conscientes e inconscientes.
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REFERÊNCIAS

ALCHIERI, João Carlos. Avaliação psicológica: conceito, método e instrumentos. São Paulo: Casa
do Psicólogo, 2007.

ANTUNES, Celso. A Inteligência Emocional na Construção do Novo Eu. Petrópolis, R.J.: Vozes,
2002.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA . RESOLUÇÃO CFP N.º 002/2003 - Define e regulamenta


o uso, a elaboração e a comercialização de testes psicológicos e revoga a Resolução CFP n°
025/2001. Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Resolução CFP nº 025/2001, e
altera-se o § 2o do art. 1o da Resolução CFP no 01/2002 . Brasília-DF, 24 de março de 2003.

ERTHAL, Tereza Cristina. Manual de psicometria. 7. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.

GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.

PASQUALI, Luiz (org). Técnicas de exame e aconselhamento psicológico – TEP – Manual.


Volume I: fundamentos das técnicas psicológicas. São Paulo: Casa do Psicólogo. CFP, 2001.

PASQUALI, Luiz. Psicometria: teoria dos testes na psicologia e na educação. Petrópolis, RJ.:
Vozes, 2003.

URBINA, Susana. Fundamentos da testagem psicológica. Porto Alegre: Artmed, 2007.

 COMPLEMENTO DA AULA

 - MEDIDAS EM PSICOLOGIA - (ERTHAL, 2005)


 Atenção para as uniformidades e não para as diferenças;
 Controle rigoroso das condições de observação;
 Condições padronizadas.

 MENSURAÇÃO - é o processo de atribuir símbolos a objetos seguindo regras. Os números


atribuídos a esses objetos, ou eventos, devem representar quantidade de atributos.
 CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE MENSURAÇÃO
 É sempre Quantitativo;
 Apresenta-se em unidades relativamente constantes;
 A medida é relativa.

 TERMOS RELACIONADOS AO PROCESSO DE MENSURAÇÃO - (ERTHAL, 2005)


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 Símbolo – é o que representa um atributo medido. Ex: Número, letra, palavra;


 Objeto – é o elemento para o qual a mensuração se dirige. Ex: em psicologia – pessoas;
 Atributo – característica do objeto aferida pela mensuração. Ex: inteligência, atitude;
 Instrumento – meio utilizado para medir o atributo do objeto. Ex: testes, questionário;
 Regras – formulações, previamente estabelecidas, que indicam os procedimentos para a
atribuição de símbolos aos atributos dos objetos que determinam as relações entre o objeto
e o símbolo. Ex: atribuição de posição percentil em um teste de inteligência;
 Situação-padrão – controle das variáveis que podem interferir no resultado da mensuração,
chamado medida. Ex: instruções padronizadas de um teste.

 NORMAS E PADRONIZAÇÃO - (ERTHAL, 2005) - Padronizar significa unificar segundo um


determinado padrão
 TIPOS DE NORMAS
 NORMAS DE IDADE – onde o critério de transformação é a idade mental ou o
quociente de inteligência dos indivíduos;

 NORMAS DE ESCORE PADRÃO – conjunto de processos que não modificam a forma da


distribuição, ou seja, a transformação de notas brutas em notas elaboradas pode ser
feita de maneira que cada indivíduo conserve exatamente sua posição relativa na
distribuição.

 FIDEDIGNIDADE – CONCEITO - refere-se ao fato de os resultados terem sido reproduzidos por


um teste em diferentes ocasiões, nas quais mantiveram condições similares, inclusive os mesmos
indivíduos ou grupos de indivíduos.

 VALIDADE – CONCEITO - refere-se à capacidade de o teste medir aquilo que se propõe. Os


processos de validação se referem a relações entre a realização do teste e outros fatores ligados
a características do comportamento.
 VALIDADE APARENTE – é aquilo que o teste aparenta medir sem que na realidade o faça.
Ex: PMK;
de CRITÉRIO
 VALIDADE de CONTEÚDO
de CONCEITO OU CONSTRUTO

 VALIDADE DE CRITÉRIO – é o grau de eficácia que um teste tem em predizer um


desempenho específico de um sujeito.
 VALIDADE PREDITIVA OU DE PREDIÇÃO – está na eficiência de um teste predizer um
resultado futuro. Dá-se através da correlação entre os resultados do teste e as
condutas subseqüentes tomadas como critério.
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Ex: classificação e seleção de pessoal;


 VALIDADE CONCORRENTE OU SIMULTÂNEA – trata-se da correlação entre os
resultados de um teste e um critério, quando coletadas simultaneamente.
Ex: Testes de personalidade.

 VALIDADE DE CONTEÚDO – é o exame sistemático do conteúdo do teste com o objetivo de


verificar se este realmente constitui uma amostra representativa do comportamento que se
deseja mensurar.
○ Os itens do teste têm que representar fielmente seus objetivos;
○ Refere à representatividade dos comportamentos envolvidos.
○ O controle é realizado pela análise dos itens

 É obtida por questionamento a diferentes juízes que apontam os objetivos relevantes a


medir e analisam a representatividade do item.

 VALIDADE DE CONCEITO OU CONSTRUTO – quando a característica medida não é algo que se


possa identificar com algum tipo de comportamento. Se dá pela definição do conceito em si.
Ex: o instrumento reflete um construto particular ao qual estão ligados alguns significados
(demonstrados teoricamente)
 Fatores que afetam a validade de um teste
○ A heterogeneidade dos itens;
○ Representatividade da amostra.

REFERÊNCIA

ERTHAL, Tereza Cristina. Manual de psicometria. 7. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.

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