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Casinha Branca Satisfeito vou levar

Você de braço dado

Fiz uma casinha branca Atrás da procissão

Lá no pé da serra Vou com meu terno riscado

Pra nós dois morar Uma flor do lado e meu


chapéu na mão
Fica perto da barranca
Do Rio Paraná
Satisfeito vou levar
O lugar é uma beleza
Você de braço dado
Eu tenho certeza
Atrás da procissão
Você vai gostar
Vou com meu terno riscado
Fiz uma capela
Uma flor do lado e meu
Bem do lado da janela
chapéu na mão
Pra nós dois rezar

Quando for dia de festa


Você veste o seu vestido de
algodão
Quebro meu chapéu na testa
Para arrematar as coisas do
leilão
De Volta Pro Aconchego É duro ficar sem você, vez em
quando

Estou de volta pro meu Parece que falta um pedaço


aconchego de mim

Trazendo na mala bastante Me alegro na hora de


saudade regressar

Querendo um sorriso Parece que eu vou mergulhar


sincero, um abraço Na felicidade sem fim
Para aliviar meu cansaço
E toda essa minha vontade

Que bom poder tá contigo de


novo
Roçando o teu corpo e
beijando você
Pra mim tu és a estrela mais
linda
Seus olhos me prendem,
fascinam
A paz que eu gosto de ter
Tropa de Osso O meu bodoque e um banho
no açude

De vez em quando no Foram na infância minha vida


horizonte do passado verdadeira.

Surge uma nuvem de Tropa de osso quem não teve


lembranças andarilhas quando piá

Vai repontando para dentro Ou não foi piá ou não viveu


do meu peito como nós outros

A minha infância com seus Como era lindo a gurizada se


ossos em tropilha. entretendo

Tinha mangueira, Com os ossitos que eram


companheiro, bem cuidado bois, ovelhas, potros.

Tinha piquetes e um campo Noutras andanças topa as


onde invernava reses dos meus sonhos

A minha tropa era de puro Por um estreito corredor


pedigree feito esperança

Toda de ossos descarnados Algumas vezes sou tropeiro,


que campeava. outras sou tropa

Gado de osso que foi parte Mas sempre guardo os bois


do meu mundo de osso na lembrança.

Carro de lomba e trator de


corticeira
A Violeira Era ficar naquele Norte
E eu não queria acreditar
Desde menina Juntei os trapos com um velho
marinheiro
Caprichosa e nordestina
Viajei no seu cargueiro
Que eu sabia, a minha sina
Que encalhou no Ceará
Era no Rio vir morar
Em Araripe
Voltei pro Crato
Topei com o chofer dum jipe
E fui fazer artesanato
Que descia pra Sergipe
De barro bom e barato
Pro Serviço Militar
Pra mó de economizar
Eu era um broto
Esse maluco
E também fiz muito garoto
Me largou em Pernambuco
Um mais bem-feito que o outro
Quando um cara de trabuco
Eles só faltam falar
Me pediu pra namorar
Mais adiante
Juntei a prole e me atirei no São
Num estado interessante
Francisco
Um caixeiro viajante
Enfrentei raio, corisco
Me levou pra Macapá
Correnteza e coisa-má
Inda arrumei com um artista em
Uma cigana revelou que a minha Pirapora
sorte
Mais um filho e vim-me embora
Cá no Rio vim parar Nos braços de um barqueiro
sonso
Despencar na Paulo Afonso
Ver Ipanema
No oceano me afogar
Foi que nem beber jurema
Perder os filhos
Que cenário de cinema
Em Fernando de Noronha
Que poema à beira-mar
E voltar morta de vergonha
E não tem tira
Pro sertão de Quixadá
Nem doutor, nem ziguizira
Quero ver que é que tira
Tem cabimento
Nós aqui desse lugar
Depois de tanto tormento
Me casar com algum sargento
Será verdade
E todo sonho desmanchar
Que eu cheguei nessa cidade
Não tem carranca
Pra primeira autoridade
Nem trator, nem alavanca
Resolver me escorraçar
Quero ver quem é que arranca
Com tralha inteira
Nós aqui desse lugar
Remontar a Mantiqueira
Até chegar na corredeira
O São Francisco me levar

Me distrair
Iolanda Eternamente teu colo

Esta canção não é mais que mais Quando te vi, eu bem que estava
uma canção certo
Quem dera fosse uma declaração De que me sentiria descoberto
de amor A minha pele vais despindo aos
Romântica, sem procurar a justa poucos
forma Me abres o peito quando me
Do que me vem de forma assim acumulas
tão caudalosa

De amores, de amores
Te amo, te amo Eternamente de amores
Eternamente te amo

Se alguma vez me sinto


Se me faltares, nem por isso eu derrotado
morro Eu abro mão do sol de cada dia
Se é pra morrer, quero morrer Rezando o credo que tu me
contigo ensinaste
Minha solidão se sente Olho teu rosto e digo à ventania
acompanhada
Iolanda, Iolanda, eternamente
Por isso às vezes sei que Iolanda
necessito

Teu colo, teu colo


Cabecinha No Ombro Se ela vai embora
Se ela vai embora...
Encosta a sua cabecinha no meu
ombro e chora... Encosta a sua cabecinha no meu
E conta logo suas mágoas todas ombro e chora
para mim E conta logo suas mágoas todas
Quem chora no meu ombro eu para mim
juro que não vai embora
Que não vai embora Quem chora no meu ombro eu
Que não vai embora juro que não vai embora
Que não vai embora
Quem chora no meu ombro eu Que não vai embora
juro que não vai embora
Que não vai embora Quem chora no meu ombro eu
Porque gosta de mim... juro que não vai embora
No meu ombro chora,
Amor, eu quero os seus carinhos, Porque gosta de mim...
porquê, eu vivo tão sozinho
Não sei se a saudade fica ou se
ela vai embora
Se ela vai embora
Se ela vai embora...
Não sei se a saudade fica ou se
ela vai embora
Meu primeiro amor O que me alivia são meus tristes
ais
São prantos de dor que dos
Saudade, palavra triste quando
olhos caem
se perde um grande amor
É porque bem sei quem eu tanto
Na estrada longa da vida eu vou
amei não verei jamais
chorando a minha dor
Igual uma borboleta vagando
triste por sobre a flor
Seu nome sempre em meus
lábios irei chamando por onde
for
Você nem sequer se lembra de
ouvir a voz deste sofredor
Que implora por teus carinhos,
só um pouquinho do seu amor

Meu primeiro amor tão cedo


acabou
Só a dor deixou neste peito meu
Meu primeiro amor foi como
uma flor
Que desabrochou e logo morreu

Nesta solidão sem ter alegria


Trem do Pantanal
Enquanto este velho trem
atravessa o pantanal
Enquanto este velho trem
atravessa o pantanal Só meu coração está batendo
desigual
As estrelas do cruzeiro fazem um
sinal Ele agora sabe que o medo viaja
também
De que este é o melhor caminho
Sobre todos os trilhos da terra
Pra quem é como eu, mais um
fugitivo da guerra
Rumo a Santa Cruz de La Sierra
Enquanto este velho trem Sobre todos os trilhos da terra
atravessa o pantanal
O povo lá em casa espera que eu
mande um postal
Dizendo que eu estou muito bem
vivo
Rumo a Santa Cruz de La Sierra

Enquanto este velho trem


atravessa o pantanal
Só meu coração está batendo
desigual
Ele agora sabe que o medo viaja
também
Sobre todos os trilhos da terra
Amanheceu, Peguei a Viola Do Sul ou do Norte, não sei
explicar
Só sei dizer que foi de tardezinha
Amanheceu, peguei a viola
Eu já tava cantando em Belém do
Botei na sacola e fui viajar
Pará
Amanheceu, peguei a viola
Botei na sacola e fui viajar
Amanheceu, peguei a viola
Botei na sacola e fui viajar
Sou cantador e tudo nesse
Amanheceu, peguei a viola
mundo
Botei na sacola e fui viajar
Vale pra que eu cante e possa
praticar
A minha arte sapateia as cordas Em Porto Alegre um tal de
coronel
E esse povo gosta de me ouvir
cantar Pediu que eu musicasse uns
versos que ele fez
Para uma china, que pela poesia
Amanheceu, peguei a viola
Nem lá em Pequim se vê tanta
Botei na sacola e fui viajar
altivez
Amanheceu, peguei a viola
Botei na sacola e fui viajar
Amanheceu, peguei a viola
Botei na sacola e fui viajar
Ao meio dia eu tava em Mato
Amanheceu, peguei a viola
Grosso
Botei na sacola e fui viajar
O dia foi longo e o sol foi
descansar
Parei em Minas pra trocar as
cordas
E segui direto para o Ceará Amanheceu, peguei a viola
E no caminho eu fui pensando, é Botei na sacola e fui viajar
lindo Amanheceu, peguei a viola
Essa grande aventura de poder Botei na sacola e fui viajar
cantar

Amanheceu, peguei a viola


Botei na sacola e fui viajar
Amanheceu, peguei a viola
Botei na sacola e fui viajar

Chegou a noite e me pegou


cantando
Num bailão lá no norte do
Paraná
Daí pra frente ninguém mais se
espanta
E o resto da noitada eu não
posso contar

Anoiteceu e eu voltei pra casa


Tocando Em Frente
Penso que cumprir a vida
Ando devagar Seja simplesmente
Porque já tive pressa Compreender a marcha
E levo esse sorriso E ir tocando em frente
Porque já chorei demais
Como um velho boiadeiro
Hoje me sinto mais forte Levando a boiada
Mais feliz, quem sabe Eu vou tocando os dias
Só levo a certeza Pela longa estrada, eu vou
De que muito pouco sei Estrada eu sou
Ou nada sei
Conhecer as manhas
Conhecer as manhas E as manhãs
E as manhãs O sabor das massas
O sabor das massas E das maçãs
E das maçãs
É preciso amor
É preciso amor Pra poder pulsar
Pra poder pulsar É preciso paz pra poder sorrir
É preciso paz pra poder sorrir É preciso a chuva para florir
É preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia E levo esse sorriso
Todo mundo chora Porque já chorei demais
Um dia a gente chega
E no outro vai embora Cada um de nós compõe a sua
história
E cada ser em si carrega o dom
Cada um de nós compõe a sua
de ser capaz
história
E ser feliz
E cada ser em si carrega o dom
de ser capaz
De ser feliz

Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs

É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Ando devagar
Porque já tive pressa

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