Você está na página 1de 110

A sociedade dos crianças do

céu

volume 3

Rita de Cássia Monteiro


Em um nível global, estes elementos são claramente as
forças materiais da natureza. Em um universo
subatômico, esses elementos representam a qualidade
da interação entre as partículas. Todos os elementos-
chave interagem e criam novos níveis de
complexidade.
O Fogo da Criação é resfriado para formar estrelas, o
fogo das estrelas é resfriado para formar os planetas, o
Fogo no centro da Terra esfria para formar a terra e o
uso da terra no Fogo faz o processo de
rejuvenescimento e de transformação.
Dizer que a água desce abaixo da terra é expressar a
verdade óbvia de que, enquanto a água fluir de um
lugar para lugar do solo, ela estará retornando a terra.
Na Nigéria, a camada de água subterrânea é muito
próxima da superfície e não há uma cadeia complexa
de veios de água subterrânea que sejam invisíveis ao
nível do solo.
Superficialmente, este provérbio é uma simples
observação sobre a termodinâmica da umidade.
A água representa a emoção, na maioria dos
ensinamentos.
Em Ifá, a água é um símbolo do entusiasmo e poder da
intuição para gerar sentimentos fortes. O significado
espiritual do provérbio está relacionado à influência
das emoções secretas sobre o corpo físico.
Em yorùbá, a palavra “emoção” é “Egbe”. De acordo
com Ifá, o Egbe, ou o núcleo emocional de cada corpo
humano tem uma enorme influência sobre o estado
geral de saúde física e mental do indivíduo. Assim
como a água mergulha debaixo da terra para formar
córregos subterrâneos, as emoções são absorvidas
pelo organismo, afetando o Eu interior de maneira que
permanecem invisíveis, formando uma lição que não
foi completamente apreendida.
Um elemento chave em todas as formas de
transformação espiritual é a iluminação, influências
secretas que afetam o comportamento. Ifá se refere a
essas influências como “omi l’enia”, que significa: “A
humanidade é a água”. Um dos primeiros estágios de
iniciação ao òrìsà é a realização de um funeral para o
espírito interior do iniciado.
No dia em que minha iniciação em Ifá foi concluída,
houve uma tremenda celebração na comunidade.
Houve um fluxo de visitantes que vieram para
expressar sua alegria e gratidão para com o meu
esforço em descobrir o meu próprio destino. Fiquei
profundamente comovido com a sinceridade dos
cumprimentos e era muito claro que eles acreditavam
que os meus esforços tiveram um impacto direto sobre
a qualidade de suas vidas.
Ocidentalmente falando em algumas comunidades de
òrìsà, tenho notado um senso coletivo de inveja
direcionada para aqueles que conseguiram qualquer
tipo de sucesso em suas vidas. O ciúme como emoção
é contrário ao conceito de Ifá para desenvolver um
bom caráter.
Dizendo que a mão direita lava a mão esquerda está
dizendo que toda vez que alguém tem experiências de
crescimento, o potencial de crescimento em todos está
crescendo.
Quando qualquer membro de uma grande família
melhora a qualidade de vida, a qualidade de vida em
toda a comunidade também melhora. Compreender
plenamente este provérbio requer uma apreciação da
filosofia de Ifá.
A melhoria da qualidade de sua vida à custa dos outros
não melhora nada.
Pensamentos bons trazem bons caminhos,trazem
a alegria sobre todas as coisas,observem como nossos
ancestrais tinham uma canção para cada situação da
vida,e assim temos que ser aceitar as coisas vindas
tanto ruins como boas,se nosso ori
esta em paz mesmo na tristeza saberemos conduzir
com humanidade qualquer situação que nosso destino
poderá nos dar.

Asé a todos !

Rita de Cássia Monteiro


" A historia do candomblé "

O Candomblé não deve ser confundido com Umbanda,


Macumba e/ou Omoloko, outras religiões Afro-
Brasileiras com similar origem; e com religiões Afro-
derivadas similares em outros países do Novo Mundo,
como o Vodoo Haitiano, a Santeria Cubana, e o Obeah,
os quais foram desenvolvidos independentemente do
Candomblé e são virtualmente desconhecidos no
Brasil.

" Sobre as nações existentes "

Os escravos brasileiros pertenciam a diversos grupos


étnicos, incluindo os Yoruba, os Ewe, os Fon, e os
Bantu. Como a religião se tornou semi-independente
em regiões diferentes do país, entre grupos étnicos
diferentes, evoluíram diversas "divisões" ou nações,
que se distinguem entre si principalmente pelo
conjunto de divindades veneradas, o atabaque
(música) e a língua sagrada usada nos rituais.
A lista seguinte é uma classificação pouco rigorosa das
principais nações e sub-nações, de suas regiões de
origem, e de suas línguas sagradas:

Nagô ou Iorubá Ketu ou Queto (Bahia) e quase todos os


estados - Língua Yoruba (Iorubá ou Nagô em
Português) Efan na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo
Ijexá principalmente na Bahia Nagô Egbá ou Xangô do
Nordeste no Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Rio de
Janeiro e São Paulo Mina-nagô ou Tambor-de-Mina no
Maranhão Xambá em Alagoas e Pernambuco (quase
extinto).
Bantu, Angola e Congo (Bahia, Pernambuco, Rio de
Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Rio Grande do
Sul), mistura de Bantu, Kikongo e Kimbundo línguas. O
Candomblé de Caboclo (entidades nativas índios)língua
Ewe e língua Fon (Jeje) Jeje Mina língua Mina São Luiz
do Maranhão Babaçuê no Pará Omoloko, Rio de Janeiro
e Minas Gerais (quase extinto).
É importante termos estes pontos bem exclarecidos
pois ainda encontramos pessoas que se confundem
com os cultos.
E nesta confusão acabam misturando tudo,claro que eu
entendo que toda forma de fé é valida diante de cada
problema que temos na vida,mas é importante
ressaltar aqui que,as energias,as magias,e até mesmo
o entendimento intelecto de cada um pode se chocar
em informações e magias,pois se tudo esta ligado a
nossa cabeça ( ori)então isso pode ocorrer graves
problemas,cada nação tem seu entendimento e suas
magias em seu tempo e entendimento e por estas
razões acabam se chocando as ideias e entendimento
sobre o culto de uma forma drástica a quem procura
ajuda,já falamos em ègbé-orún volume 1 que temos
um tratado no céu e muitas vezes as coisas não dão
certo devido ao esquecimento a este tratado.Nem
todas as pessoas que tem problemas precisam fazer
orisá entrar para a religião,muitas precisam apenas de
luz verdade e entendimento seguido de ebó,bory,não
propriamente de uma iniciação ao culto.E oque vemos
por ai hoje em dia são pessoas desacreditadas do culto
Afro por conta destas procuras e soluções que nem
sempre estão na iniciação e sim em orientação de ifá e
entendimento
luz e caminhos abertos,mas para isso não precisam
estar dentro do wó ( segredos) creio eu que a maior
causa da religião estar perdida vem destas
colocações,quando o sacerdote não sabe dar caminhos
a uma pessoa então ele simplesmente inicia esta
pessoa mas ela não tem caminhos dentro do wó se foi
procurar apenas ajuda deveria ter encontrado ajuda,e
oque acaba acontecendo quando iniciada esta pessoas
e revelado alguns segredos a ela então vem o medo e
as duvidas e algumas abandonam literalmente a
religião e até banalizam,pois não estavam aptas a
serem do asé,lembrando que precisavam apenas de
uma orientação e isso os sacerdotes podem fazer e
devem analisar quem deva entrar e quem não precisa
entrar,conheço casos que me faz pensar
muito se aquela pessoa esta desrespeitando ou apenas
se perdeu diante de segredos que seu ( ori)
cabeça não estava preparado ou destinado a seguir
determinada religião ou ser iniciada,são milhares de
pessoas que se perderam assim,outras ficam viciadas e
querem o poder que jamais terão.
E assim vivemos uma caos na sociedade candomblé
muitas casas se queixam de seus adeptos por ter
abandonado a religião,hoje com uma serie de
mudanças que aconteceram ao meio da
religião,temos as leis que devem ser
seguidas,tanto há lei para o sacerdote quanto
para o adepto ou cliente que procuram as casa
de asé.
A guerra foi e ainda esta acontecendo algumas coisas
ganhamos outras não ganhamos por não entender o
sacerdote Brasileiros algumas questões ligadas a
natureza,uma das questões é a matança de
animais,por ser uma religião ligada a formação do
mundo e que aprendemos de pai para filho (segundo
quem segue suas tradicionais casas até o fim)movida
de um nome chamado wó ( segredos)é que se
perderam muitas informações e alguns repetem as
mesmas magias não procurando entender que tudo na
vida humana se transforma pois somos seres vivos e
por esta questão estamos sempre em rumo da
evolução mas alguns sacerdotes não querem entender
isso e ai causam danos a natureza humana e a
.natureza divina
Em tempos antigos quando não tínhamos o apoio
diante da sociedade sobre o candomblé muitos dos
sacerdotes lutaram para uma liberdade e
entendimento de nossa religião,muitos morreram,mas
sempre ouve a fé e os sábios que entendiam que um
novo mundo chegaria ao candomblé e chegou...Porem
oque muito evoluiu também muito se perdeu,uma das
coisas foi o entendimento e respeito ao sagrado,nossa
religião esta como uma torre de babel segundo o
cristianismo,ninguém fala a mesma linguagem e
entendimento e muitas vezes são pessoas do mesmo
asé da mesma matriz mas fazem suas misturas
constantes com a umbanda,angola e outras nações
existentes,tudo porque não procuram o profundo da
religião procuram soluções em suas vidas sem
saberem que cada evolução esta dentro de cada
um,sobre um tratado esquecido adormecido e quem
nem sempre tem haver com iniciação aos segredos do
orisá. Umas das coisas que assustam algumas pessoas
é o ritual de iniciação feita com a matança de
animais,por mais historias lendas que
possam ser contadas aquela pessoa secretamente não
aceita mas por medo devido a tudo que viu,começa
então a fingir,outras abandonam e assim vão se
criando um circulo de más odús tanto para o mundo
quando para as pessoas seguidoras do asé
chamado candomblé.( Maú ódu seria como criar uma
coisa ruim para a vida)Os tabus existentes hoje em dia
ja estão meio explícitos pela internet e tem pessoas
que acreditam que podem ler e assim se tornarem
bons sacerdotes e isso não é verdade dentro dos
segredos existem coisas que somente cada um pode
levar com sigo e jamais será encontrado nas redes
sociais ou nos livros,estes foram feitos para a cultura e
entendimento intelecto mas as verdades do segredos e
tratados somente os sacerdotes e adeptos poderão
vivencia-los,então a busca de entender porque um asé
é outro é assado só causara como disse acima maú odú
ou a perdição da paz e do entendimento espiritual e
profundo que o candomblé tem,nele encontramos
todas as respostas basta sabermos como procurar e
entender oque realmente viemos fazer na terra dos
vivos e quais as funções de cada orisá para a vida
humana.
Meu intuito com este trabalho vem por questões que
sempre vem a mim,pessoas cansadas e desesperadas
onde perderam sua fé em algum sacerdote,então
procuro não desmoralizar o entendimento deles mas
sim procuro reavivar a fé perdida daquela pessoa e
confesso que é um trabalho árduo e muitas vezes
desgastante porque estas pessoas,muitas delas
acabam por zombar do sagrado brincam,pois assim
pensam para mim não surtiu efeito então vou fazer
com outros estas pessoas não acreditam na religião
estão no quadro acima citado são pessoas que se
calaram fingiram e assim seguem um caminho até que
se tornem sacerdotes também,existem duas formas de
entender estas pessoas,ficaram com medo no inicio
devido ao segredo e depois viram assistiram que isso
poderia virar um negócio lucrativo,pois candomblé dá
rendas ao sacerdote,muitas não tem nem mesmo o tão
famoso ( Oyê) a obrigação de 7 anos para que possam
a se iniciar a ser um sacerdote,já fazem coisas que
viram fazer,ebós continuo us ou alguns recorrem a
internet ou procuram sacerdotes de ifá africanos que
hoje esta
espalhado por toda Brasil,se iniciam em coisas quem
nem eles la cultuam mais e que se
perderam,aprenderam conosco lessé orisá ( culto de
incorporação a divindade)e como todo bom estrangeiro
aprenderam rápido a enganar quem procura a fé e
entendimento dentro do candomblé,alguns africanos
radicalizam e dizem que tem que ser inciado
novamente e pertencer a família deles na áfrica e
quem nem sempre todos da família são de asé ou ao
culto de orisá,mas sabem que isso dará muito dinheiro
a eles e assim seguem e estas pessoas se perdem
dentro das fantasia e confusões que muitas vezes nem
eles descendentes direto sabem realmente do
fundamento entre Léssé-Orisá e ao culto africano
originalmente Ifá.Fazem uma mistura e assim ganham
dinheiro e iludem a quem os seguem,sempre na
proposta de que tudo irá se resolver e muitos se
perdem e cansados de perderem dinheiro então
acabam aprendendo a ganha-lo de volta enganando
assim outras pessoas e este circulo não para,são
infinitas as propostas que a internet mostra,a religião
virou
uma grande feira de sacerdotes e famílias africanas
oferecendo seus trabalho por até milhões e os que
querem rapidamente se levantar e se iludir do que ele
mesmo se propôs vão atras e gastam e depois tiram e
asé de verdade entendimento de verdade são poucos
que adquirem com seriedade. Não quero mudar nada
apenas quero deixar um pouco do que eu aprendi
dentro de minha visão sem desmerecer ninguém pois
como eu disse e sempre estou narrando temos
respostas para tudo dentro do culto a orisás,coisas
certas e erradas,podemos entender se tivermos luz e
entendimento.Quando falo e misturo os assunto neste
trabalho é para que você caro leitor faça desta leitura
um aprendizado voltando então deste de a primeira
narração até o final dela e cada vez que voce ler
entenderá mais uma parte do que eu digo,nem sempre
esta leitura deverá ser feita como um simples laser ela
deverá ser feita sempre em questionamentos e
vivenciamento dentro da religião Afro-descendente
não são verdades minhas,e sim buscas suas,para
quando nesecitar de um conselho junto a um sacerdote
saiba pedi-lo de acordo com o que real
mente com que você precisa e acredita,e saiba que
nem sempre a iniciação será sua salvação,procure
aprender entender e só depois de tudo isso resolva
sem problemas se iniciar na religião mas enquanto
tiver duvidas peça apenas ajuda.

" Vamos entender o Sincretismo"

Casas grandes, que são organizadas tem uma


hierarquia rígida, não é de propriedade do sacerdote,
nem toda casa grande é tradicional, é uma Sociedade
Civil ou Beneficente. Casas de linhagem matriarcal: (só
mulheres) assumem a liderança da casa como
Iyalorixá.
Casas de linhagem patriarcal: (só homens) assumem a
liderança da casa como Babalorixá no Culto aos Orixá
ou Babaojé no Culto aos Egungun. Casas de linhagem
mista: tanto homens como mulheres podem assumir a
liderança da casa.
A progressão na hierarquia é condicionada ao
aprendizado e ao desempenho dos rituais longos da
iniciação.
Em caso de morte de uma ialorixá, a sucessora é
escolhida, geralmente entre suas filhas, na maioria das
vezes por meio de um jogo divinatório Opele-Ifa ou jogo
de búzios.

" O candomblé deve ser sua identidade "


A iniciação ritual no Candomblé é um processo de
construção de uma identidade psicológica permanente
entre o participante e a entidade.
O transe de incorporação no Candomblé tem por
objetivo principal o auto-reconhecimento recíproco
entre o ‘santo’ e seu ‘filho’, o reatamento simbólico do
mundo dos homens (Ayé) com o mundo dos deuses
(Orum).
NAÇÃO: NAGÔ(KETU), língua ioruba, entidades Orixás,
Toques de músicas: Ajicá, Aguerê, Opanjé, Darô, Alujá
e Ibi.
NAÇÃO: JEJ-FON, língua Ewe, entidades Os Voduns,
Toque de musica: Arramunha, Bravum e Sato.
NAÇÃO: ANGOLA E CONGO, língua Banto e Português,
entidades Os Inkices, Toques de música: Barravento,
Cabula e Congo.
Este processo simbólico entre os participantes e os
Orixás não existe apenas no momento do transe ritual,
a identidade entre o iniciado e seu santo corresponde a
incorporação psicológica e as características do orixá
na personalidade de seus filhos. Esta identidade
começa não só através da iniciação, se desenvolve
lenta e gradualmente nos transes, mas também é
reforçado nas obrigações sucessivas e renovada nas
festa públicas dos santos, quando toda a comunidade
esteja presente.
Os rituais do Candomblé consistem de um conjunto de
temas , símbolos, incorporação de forças naturais
personificadas em comportamentos e estórias, que se
sucedem durante a cerimônia.
Cada entidade se manifesta através de um transe
característico, produzido por imagens, sons, cheiros,
gostos, danças, ritmos, cores, trajes e adereços
específicos.
Invocados através dos toques e da dança, e de três
tambores cerimoniais (rum, rumpi e lé), os deuses
africanos incorporam em seus ‘filhos’, fazendo os
grandes feitos místicos e lendas:
a luta dos irmãos Ogum e Xangô pelo amor de Òxum
a viagem de Oxalufã ao encontro de seu filho Xangô, as
aventuras amorosas de Yansã ... As entidades são, ao
mesmo tempo, fundamentos psíquicos de
comportamentos humanos e forças místicas da
Natureza.
São representadas nos rituais como identidades
sagradas que se manifestam dentro de uma estrutura,
para ajudar o mundo. Há uma ‘economia energética’,
onde forças espirituais são manipuladas e manipulam
os corpos dos participantes, em um espetáculo
coreográfico que associa imagens a temas, a ritmos
determinados.
Essas associações audiovisuais são produto e
instrumento de um processo de construção de uma
identidade simbólica, que vai de acordo com a tradição
cultural de cada Nação do Candomblé e com a força da
entidade invocada, como:
Orixás cultuados nas Nações existentes.
" Ketu, Nagô "
Òlórún ( Um dos sagrado nome de Deus o criador)
Òlódumarê ( assim chamado por todos também o nome
de Deus o criador de todas as coisas).
Òsálá ( divindade do branco criado para orientar os
humanos na terra dos vivos)
Ògun ( orixá que iniciou o principio dos humanos na
terra)
Òxósse ( Para muitos no Brasil o cassador,mas nas
historias mais profundo saberemos oque realmente
significa óxóssé em outras nações por ora aqui ele é
odé)
Òmólú ( pai de todas doenças senhor da terra)
Òbaluaiê ( O mesmo que òmólú)
Sancô ( senhor da justiça) xango)
Yásãn ( mesmo que Oyá senhora dos ventos)
Òsún ( Deusa da fertilidade) oxum)
Iemanja ( Yemonjá senhora de todas as cabeça do
universo )
Òssúmarê ( senhor do arco iris) oxumarê
Òssanhê ( senhor das folhas )
Esú ( guardião do céu e dos caminhos) exu)
Náná ( senhora dos pantanos mãe mais velha de toda a
humanidade) BURUKê.

" Orisás na nação Jèjé e Efõn "


Mavú Lissá
Òlíssá

Sápátá
Sóbô
Òiá
Azírí Tóbóssi
Àbé
Béssem Edãn
Akê ( Aqué)
Lókó
Nánábícó

" Nação Angola Inkices "


Zamby ( Ou zamby àpónkô )
Lèmbá ( LEMBARENGANGA)
Sumbo Mukumbe
Mútalambê ( Tauamin)
Burukunzo
Kambáranguájé ( Zázé Luanda)
Bambúrucema (Matambá)
Quizimbá ( Kaiálá)
Dandálunda
Àngôrô
Katendê
Tempo ( orixá)
Kêrê Kêrê ( quere-quere)
Fazendo uma comparação, entre as três nações é que
nos Voduns e nos Inkices estão, as mesmas forças
místicas que formam os Orixás nagôs, mas trazem
outras forças e outros conceitos. No caso dos Jeje,
existentes no Haiti, em Cuba e no estado brasileiro do
Maranhão, os Voduns cultuados são em número maior
que os orixás mais conhecidos no culto Iorubá.

Os Voduns podem ser divididos em homens e mulher;


e, em moços e velhos, somando um total de quarenta
entidades. Já no caso dos ritos bantos, a outra uma
ancestralidade, entidades provenientes da mitologia
indígena e também a presença de diversos tipos de
espíritos de mortos (caboclos, preto velhos, crianças,
índias).

De uma forma geral, podemos dizer que o modelo ‘Jeje-


Nagô’ é o mais tradicional, o menos permeável a
mudanças e influências culturais, o mais próximo do
modelo africano original ainda hoje existente na
Nigéria.
oposição a esta tendência tradicionalista do modelo
Jeje-Nagô, o grupo cultural dos Bantos (nações de
Angola e Congo) foi o que mais se sincretizou.
Os Bantos, mesmo depois de um primeiro momento de
autonomia religiosa, viram seus rituais
progressivamente desagregarem, para dar lugar ao
sincretismo afro-ameríndio (Catimbó, Candomblé de
Caboclo, a pajelança e o culto a entidades indígenas) e
ao afro-espírita (Jurema, Umbanda) ou se adaptaram as
regras ditadas pelos candomblés nagôs, não se
distinguindo destes senão por seus cantos, entre o
banto com o português em louvores a ‘Zambi’. O
modelo Jeje-Nagô ou baiano apresenta, dezesseis
orixás principais: Exú, Ogum, Oxossi, Ossaim, Xangô,
Iansã, Oxum, Obá, Nanã Burukê, Omulú, Oxumaré,
Iroko, Ibeji, Logunedé, Yemanjá e Oxalá..
" JEJE-NAGÔ E OS VEGETAIS "
Osanyìn, o orixá patrono da vegetação e divindade das
folhas medicinais. É cultuado nos terreiros de
Candomblé, principalmente, durante o processo
iniciático quando banhos, atin (pós) e “descarrego” são
feitos com o auxílio das folhas.
Sua importância é tão grande dentro da religião que,
nenhuma cerimônia pode ser praticada sem a sua
participação,pois sendo o detentor do asé contido
nos vegetais, todos os orixas dependem dele, por isso
diz-se que sem folhas não tem orixa – Kosí ewé kosí
Òrìxá.
O sistema de classificação dos jêje-nagôs, que diz
respeito aos vegetais, são dos quatro elementos que é
visto como universal, Fogo, Água, Terra e Ar. Sendo os
orixas/voduns, representações vivas destas forças que
regem a natureza, as folhas a eles atribuídos, na
religião, associam-se, a estes elementos. Deste modo,
os vegetais estão colocados, diretamente aos quatro
elementos da natureza,como:
No Elemental Fogo esão as Ewé inan(Folhas do Fogo)
No Elemental Água estão as Ewé Omí (Folhas da água)
No Elemental Terra estão as Ewé Ile (Folhas da terra)
No Elemental Ar estão as Ewé Afefé(Folhas do
Ar) Nestes quatro Elementos, todo o sistema religioso,
jêje-nagô. Sendo assim, cada orixá possui uma
característica própria que é transmitida ao seu iniciado,
o que possibilita identificar, seus pais míticos, e qual
orixá que rege a pessoa. Temos:
Orixás relacionados ao Fogo: Exu, Xangô e Oiá
Orixás relacionados a Água: Yemanjá, Oxún, Oba, Oiá,
Ewá, Oxumaré, Nàná, Oxosi, Òxàlá Orixás relacionados
a Terra: Osanyin, Ògún, Oxosi, Omolu Orixás
relacionados ao Ar: Òxàlá, Oxumaré e Oiá.
A divisão do óríxá em qualidades, faz com que estes
pertençam a mais de um elemento. Ex.: Exù que se
relacionam com todos os orixás; Ògún e Oxosi que
vivem na água; Oiá que possui caminhos de fogo,
água, mato; Oxumaré que transita entre o céu, a terra
e as águas etc.
Os vegetais se dividem, dentro de um sistema
Masculinos e Femininos que são determinadas pela
forma de suas folhas: Folhas alongadas ou que
possuem forma fálica são masculinas. Folhas
arredondadas ou que possuem forma uterina são
femininas. As folhas masculinas estão associadas aos
orixás masculino, bem como as femininas, aos orixás
femininos, todavia, eventualmente encontraremos
algumas folhas femininas usadas para orixás masculino
e algumas masculinas utilizadas para as ìyába, o que
reflete a própria relação familiar dos orixás masculinos
com femininos. Como Ògún filho de Yemanjá, as folhas
femininas usadas para esta ìyába é freqüentemente
usada para este orixás.
Os jêje-nagô consideram, ainda que as folhas podem
estar posicionadas no lado direito,” Ewé opa otun” ,
que é masculino e positivo em oposição ao esquerdo e
“Ewé opa osí” , que é feminino e negativo. Os
compartimentos que contem as ewé inan (folhas do
Fogo) e ewé Afeefe (folhas do Ar) estão associados ao
masculino, elementos ativo e fecundantes.
As ewé omí (folhas da Água) e as ewé Ilé (folhas da
Terra) se ligam ao feminino, elementos passivos e
fecundáveis. Mas algumas folhas positivas se
relacionam com o lado esquerdo ou feminino e vice-
versa, daí, encontrarmos folhas femininas usadas com
fins positivos e folhas masculinas consideradas
negativas.
Os vegetais, quando bem dosadas de acordo com a
situação de cada indivíduo. Os vegetais considerados
gún estão ligados aos elementos Fogo ou Terra, e os
considerados” éró”, relacionam-se com os da Água ou
Ar. Elas são interpretadas pelas pessoas do candomblé
como fria (eró) ou quente (gún).
Quando utilizadas nos rituais de iniciação ou nos
trabalhos religiosos, os vegetais,érô,tem a função de
abrandar o transe, apaziguar ou acalmar o orixa, mas
os gún servem para facilitar a possessão e excitar o
orixa. Os vegetais gún e éró são tem a finalidade de:

" Tîtî (folhas fresca) eró Rinrin (folha úmida)


eró Pèrègún (Provoca o transe) – gún Tîtîrîgún (Que
produz transe) – gún Iroko (Produz calma) eró Ewé ina
(Folha de fogo) gún "

È importante, estudar e sempre rever, que o ofó


(encantamento) é que determina a função da folha,
embora exista todo um sistema classificatório para os
vegetais, cada folha traz em si a função a qual ela se
destina. Como Peregún que no seu ofó é considerado o
senhor da maldição, tem a finalidade de retirar
maldições das pessoas.
O Ewuro, a folha amarga, tem por função de retirar o
amargo da vida. Teté, Rinrin e Odundun são folhas
calmantes mas, com função de atrair prosperidade
para seus usuários.“Ewé njé Oògún njé Oògún tikò jé
Ewé re í kò pé” “As folhas funcionam. Os remédios
funcionam. Remédio que não funciona é porque faltam
folhas”.
Orixá Onilé – Sobre a Terra repousam nossos ancestrais
- Cultuada discretamente em terreiros antigos de
nação africana, a Mãe Terra desperta curiosidade e
interesse entre os seguidores dos orixás, sobretudo
entre aqueles que compõem os seguimentos mais
intelectualizados da religião.
Onilé é um Orixá que representa a base de toda a vida,
a Terra-Mãe, tanto na vida como na morte, é o princípio
e representação coletiva dos elegun e Egungun. São os
primeiros a receber as oferendas e a ser evocado nos
ritos dos sacrifícios. Todo terreiro possui o acento de
Onilé, denominado como o fundamento da casa ou
simplesmente Axé da casa, onde todos reverenciam
este local. Também chamado pelo "Povo de santo" de
Oluaye, Aiê, Ilê e Sakpatá.
A primeira parte de todos os sacrifícios de (Ejé) sangue
é sempre derramada sobre a terra, independente de
para qual entidade ou divindade seja o sacrifício, este
gesto é uma forma de lembrar e reconhecer o poder de
Onilé.
Tudo vem da terra e a ela retorna. Elegun (em Yorubá
Elégùn) é o conceito dos "iniciados" nas religiões
tradicionais africanas e de matriz africana ou de afro-
descendentes, inerente ao culto do Orixá.
É aquele que passou pela iniciação, Feitura de santo ou
iniciação nagô, sujeita ao transe de incorporação. Os
chamados não rodantes não são considerados Elegun.
Todo elegun é um olóòrìsà (aquele que possui um
orixá), que habita no seu interior e pode ser
expressado em qualquer hora e lugar. Tratando de
Onilé, a Dona da Terra, o orixá que representa nosso
planeta como um todo, estaremos tratando o mundo
em que vivemos. Onilé, a Terra, tem muitos inimigos
que a exploram e podem destruí-la. Para muitos
seguidores da religião dos orixás, interessados em
recuperar a relação orixá-natureza, o culto de Onilé é a
preocupação com a preservação da própria
humanidade e de tudo que há em seu mundo.Muitos
vezes as historias Itãns ofós nos parece tão infantil e
sem fundamento,mas se analisarmos os Kochos dos
japoneses também parecem sem sentido mas que são
cheio de sabedoria para que sente o sentido de cada
palavra. Aprendi que os sábios não fazem delongas e
se formos analisar Deus ( Òlodumare,Òlorún) são
metáforas para que você entenda e siga seus
caminhos.
Os espíritos inquietos são os únicos responsáveis pela
evolução da humanidade.

A complexidade do olho humano não coloca


obstáculos para a evolução pela seleção natural.Na
verdade, olho e biologia não fazem sentido sem
evolução. Alguns dizem que a evolução é só uma
teoria, como se fosse uma mera opinião. A teoria da
evolução, assim como a da gravidade, é um fato
científico.

Rita de Cássia Monteiro


Vou colocar aqui a historia contada pelo povo de Fõn e
tirem suas próprias conclusões sobre os que contam a
historia e se lembrem cada um em seu estado ou
continente.
" A formação do mundo segundo a Nação Fõn "
Na mitologia Fon, Nana Buruku (bulucu) com a ajuda da
serpente sagrada foi quem criou o mundo dando vida
aos animais, a flora e aos minerais. Após criar o
mundo, Nana teve um casal de filhos gêmeos a quem
batizou de Mawu-Lisa e deu a eles a incumbência de
criar o homem e povoar a Terra.
Com o nascimento desses filhos, Nana criou a
dualidade que daria o equilíbrio ao mundo e aos seres
viventes. Mawu é o princípio feminino, a fertilidade, a
suavidade, a compreensão, a ponderação, a
reconciliação e o perdão Lisa é o princípio masculino, o
julgador, a impaciência, a força cósmica que castiga os
homens errados e os corrige, a seriedade. Ele está
sempre atento para que as leis de Mawu sejam
cumpridas.
Nana vendo que Mawu não conseguia mudar o gênio
de Lisa e que esse não atendia Mawu quando essa
tentava ponderar antes que ele castigasse os
homens,resolveu separa-los e deu
a Mawu a supremacia no governo da Terra. Enviou
Mawu à lua para ser a luz que iluminaria a Terra no
período noturno e suavizar os sofrimentos dos seres e
projetar o Fé (amor) sobre o planeta.
Enviou Lisa ao sol para que esse pudesse ver com mais
clareza os erros dos homens e julgasse bem antes de
castiga-los. Ordenou também que Lisa uma vez por ano
deveria andar na Terra para conviver com os homens e
conhecer de perto suas necessidades, ajudando-os e
corrigindo-os. Com essas andanças pela Terra, Lisa
deixou aqui alguns descendentes que se tornaram
divinizados.
Os Fons dizem que a partir dessa separação, Mawu e
Lisa só se encontram quando ocorre um eclipse e
nessa ocasião Eles fazem amor, gerando mais Voduns
para ajudar os homens.
Antes que essa separação se concretizasse, Mawu e
Lisa chamaram seu filhos e os enviaram à Terra como
os primeiros habitantes e para que esses os ajudassem
a governar a Terra, deram a cada um uma atribuição.
Por essa razão, os Fons acreditam que todos os
homens são Voduns, sendo que só voltarão a sua
condição de divindades, após a morte física do corpo.
Vodum Zodje e Nyohye Ananu (gêmeos) – riquezas –
Teriam que controlar todas as riquezas da Terra e
distribui-la aos homens segundo seus merecimentos.
Foram habitar no reino abissal (fundo do mar).
Voduns Agbê e Naete (gêmeas) – o amor, a água –
Teriam que ensinar o amor aos homens e a todos os
seres viventes. Foram habitar nas águas. Vodum
Sakpata – doenças, a terra – Teria que levar as pestes e
doenças que corrigirião os homens que se auto
flagelavam e ao mesmo tempo trouxe consigo as
fórmulas para a cura de todas as doenças, deveria dá-
las aos homens. Foi habitar as profundezas da terra.
Voduns Hevioso e Sobo – a justiça, o fogo – Teriam que
fazer com que as leis de Mawu fossem cumpridas com
justiça e cobrasse dos homens seus erros. Foram
habitar nos vulcões. Vodum Gu – a guerra – Teria que
combater todos que usassem o poder para matar e
explorar os mais fracos. Deveria lutar ao lado dos
guerreiros que estivessem dentro das leis de Mawu e
castigar os demais mesmo que para isso tivesse que
mata-los.
Vodum Djó – o ar, o vento, a chuva – Teria que
enviar a todos os seres o AR necessário à vida e enviar
as chuvas para fertilizar a Terra. Ficou habitando o
espaço celeste próximo a Mawu e Lisa. Encontramos
alguns autores escrevendo a palavra dji como sendo o
correto nome desse Vodum e ao mesmo tempo o
identificam como Dan Hwedo. A tradução da palavra dji
é chuva ou céu no sentindo de dizer chuva que vem do
céu Vodum Age – as florestas e agricultura – Teria que
saciar a fome dos homens e animais. Os pássaros e
demais animais ficaram sob sua responsabildade e o
abate de um desses só deveria ser permitido para
aplacar a fome.
Vodum Loko – as árvores - Ficou responsável por todas
as árvores e seres que a habitavam. Deveria frutificar
algumas a fim de saciar a fome dos homens e animais
e combater os espíritos malignos que quisessem se
apoderar delas ou controla-los. Vodum Legba – Por ser
muito arteiro e aprontar muitas brincadeiras perigosas
e sem limites e também por ser o preferido de Mawu,
foi mantido perto dos pais. Recebeu a incumbência de
ser o mensageiro entre os irmãos e Mawu-Lisa.
Recebeu o dom de saber todos os idiomas e dialetos
para que pudesse escutar tudo no céu e na terra e
contasse para seus pais.
Embora o povo Fon cite somente o nome de Mawu
como o Deus Criador, eles têm conhecimento da
existência de Lisa e o consideram o lado justiceiro de
Mawu. Mawu e Lisa são conhecidos por uma infinidade
de nomes, de acordo com o dialeto falado podemos
encontrar:
MAWU LISA Segbo-Mawu Sebo-Lisa Dada-Segbo Dada-
Segbo-Lisa, etc. Adimoula Mawuto Mawu Todzi Mahou,
etc.Na África, existem três grandes templos de Mawu-
Lisa, todos fundados por Wanjele que era sacerdotisa
de Lisa, esposa do rei e mãe do futuro rei Tegbesu.
Certa ocasião Tegbesu ficou muito doente, Wanjele
consultou Fá e através desse, Lisa ordenou que ela
erguesse um templo para ele em Abomey e trouxesse
seus assentamentos. Wanjele mandou buscar o filho
doente e foi para sua cidade natal (Adja) buscar seus
assentamentos. Após instalar Lisa no novo templo em
Abomey, Tegbesu ficou curado.
Lisa é associado ao sagaman (ságámâm - camaleão) e
ao topodun (tópôdum - crocodilo) Algum tempo depois
Wanjele fundou outros templos para Lisa, um em
Ghana e outro em Ouidah.
Vejamos agora alguns Voduns filhos de Mawu-Lisa e
outros somente de Lisa. São esses os Voduns cultuados
ou feitos nos iniciados. A pessoa feita de Lisa é
chamada inicialmente de agamavi e após seis meses
de iniciação passa a sere chamada de anagônu. Mawu
não é feito na cabeça de ninguém e nem recebe
oferendas como os demaisVoduns.
Como podem perceber em Fõn também se fala sobre
as crianças gêmeos,porem para eles elas vivem no
fundo do mar,cada continente entendeu a
historia da forma que bem lhes coube ou diante de
uma situação semelhante,pois toda lenda vem de um
fato inexplicado a quem a passou e dela contou entre
seus medos e ansiedades de entender o por-que de
determinadas situações.
" Nação JeJe "
A palavra JEJE vem do yorubá adjeje que significa
estrangeiro, forasteiro. Portanto, não existe e nunca
existiu nenhuma nação Jeje, em termos políticos. O que
é chamado de nação Jeje é o candomblé formado pelos
povos fons vindo da região de Dahomé e pelos povos
mahins. Jeje era o nome dado de forma pejorativa pelos
yorubás para as pessoas que habitavam o leste, porque
os mahins eram uma tribo do lado leste e Saluvá ou
Savalu eram povos do lado sul. O termo Saluvá ou
Savalu, na verdade, vem de "Savê" que era o lugar
onde se cultuava Nanã. Nanã, uma das origens das
quais seria Bariba, uma antiga dinastia originária de
um filho de Oduduá, que é o fundador de Savê (tendo
neste caso a ver com os povos fons). O Abomei ficava
no oeste, enquanto Axantis era a tribo do norte. Todas
essas tribos eram de povos Jeje.
" A Origem da palavra Dahomé "

A palavra DAHOMÉ, tem dois significados: Um está


relacionado com um certo Rei Ramilé que se
transformava em serpente e morreu na terra de Dan.
Daí ficou "Dan Imé" ou "Dahomé", ou seja, aquele que
morreu na Terra da Serpente. Segundo as pesquisas, o
trono desse rei era sustentado por serpentes de cobre
cujas cabeças formavam os pés que iam até a terra.
Esse seria um dos significados encontrados: Dan =
“serpente sagrada” e Homé = “a terra de Dan”, ou
seja, Dahomé = “a terra da serpente sagrada”.
Acredita-se ainda que o culto à Dan é oriundo do antigo
Egito. Ali começou o verdadeiro culto à serpente, onde
os Faraós usavam seus anéis e coroas com figuras de
cobra. Encontramos também Cleópatra com a figura da
cobra confeccionada em platina, prata, ouro e muitos
outros adornos femininos. Então, posso dizer que este
culto veio descendo do Egito até Dahomé.
" Dialetos falados"
Os povos Jejes se enumeravam em muitas tribos e
idiomas, como:
Axantis, Gans, Agonis, Popós, Crus, etc. Portanto,
teríamos dezenas de idiomas para uma tribo só, ou
seja, todas eram Jeje, o que foge evidentemente às leis
da lingüística - muitas tribos falando diversos idiomas,
dialetos e cultuando os mesmos Voduns. As diferenças
vinham, por exemplo, dos Minas - Gans ou Agonis,
Popós que falavam a língua das Tobosses, que a meu
ver, existe uma grande confusão com essa língua.
" Os primeiros no Brasil "
Os primeiros negros Jeje chegados ao Brasil entraram
por São Luís do Maranhão e de São Luís desceram para
Salvador, Bahia e de lá para Cachoeira de São Félix.
Também ali, há uma grande concentração de povos
Jeje. Além de São Luís (Maranhão), Salvador e
Cachoeira de São Félix (Bahia), o Amazonas e bem
mais tarde o Rio de Janeiro, foram lugares aonde
encontram-se evidências desta cultura.
" Voduns "
Muitos Voduns Jeje são originários de Ajudá. Porém,
o culto desses voduns só cresceram no antigo Dahomé.
Muitos destes Voduns não se fundiram com
os orixás nago e desapareceram totalmente. O culto da
serpente Dãng-bi é um exemplo, pois ele nasceu em
Ajudá, foi para o Dahomé, atravessou o Atlântico e foi
até as Antilhas.
Quanto a classificação dos Voduns Jeje, por exemplo,
no Jeje Mahin tem-se a classificação do povo da terra,
ou os voduns Caviunos, que seriam os voduns Azanssu,
Nanã e Becém. Temos, também, o vodun chamado
Ayzain que vem da nata da terra. Este é um vodun que
nasce em cima da terra. É o vodun protetor da Azan,
onde Azan quer dizer "esteira", em Jeje. Achamos em
outro dialeto Jeje, o dialeto Gans-Crus, também o termo
Zenin ou Azeni ou Zani e ainda o Zoklé. Ainda sobre os
voduns da terra encontramos Loko. Ele apesar de estar
ligado também aos astros e a família de Heviosso,
também está na família Caviuno, porque Loko é árvore
sagrada; é a gameleira branca, que é uma árvore
muito importante na nação Jeje.
Seus filhos são chamados de Lokoses. Ague, Azaká é
também um vodun Caviuno. A família Heviosso é
encabeçada por Badë, Acorumbé, também filho de
Sogbô, chamado de Runhó.Mawu-Lissá seria o orixá
Oxalá dos yorubás.
Sogbô também tem particularidade com o Orixá em
Yorubá, Xangô, e ainda com o filho mais velho do Deus
do trovão que seria Averekete, que é filho de Ague e
irmão de Anaite. Anaite seria uma outra família que
viria da família de Aziri, pois são as Aziris ou Tobosses
que viriam a ser as Yabás dos Yorubás, achamos assim
Aziritobosse. Estou falando do Jeje de um modo geral,
não especificamente do Mahin, mas das famílias que
englobam o Mahin e também outras famílias Jeje.
Como relatei, Jeje era um apelido dado pelos yorubás.
Na verdade, esta família, ou seja, as pessoas que
pertencem a esta nação deveriam ser classificados de
povo Ewe, que seria o mais certo. Ewe-Fon seria a
verdadeira denominação. Seriam povos Ewe ou povos
Fons. Então, se fôssemos pensar em alguma
possibilidade de mudança, nós iríamos chamar, ao
invés de nação Jeje, de nação Ewe-Fon. Somente assim
estaríamos fazendo jus ao que é encontrado em solo
africano. Jeje é então um apelido, mas assim ficará
para todas as gerações classificados como povo Jeje,
em respeito aos antepassados.
Continuando com algumas nomenclaturas da palavra
Ewe-Fon, por exemplo, a casa de candomblé da nação
Jeje chama-se Kwe = "casa". A casa matricial em
Cachoeira de São Félix chama-se Kwe Ceja Undé. Toda
casa Jeje tem que ser situada afastada das ruas, dentro
de florestas, onde exista espaço com árvores sagradas
e rios. Depende das matas, das cachoeiras e depende
de animais, porque o Jeje também tem a ver com os
animais. Existem até cultos com os animais tais como,
o leopardo, crocodilo, pantera, gavião e elefante que
são identificados com os voduns. Então, este espaço
sagrado, este grande sítio, esta grande fazenda onde
fica o Kwe chama-se Runpame, que quer dizer
"fazenda" na língua Ewe-Fon. Sendo assim, a casa
chama-se Kwe e o local onde fica situado o candomblé,
Runpame. No Maranhão predomina o culto às
divindades como Azoanador e Tobosses e vários
Voduns onde a "sacerdotisa" é chamada Noche e o
cargo masculino, Toivoduno.
" Os fundadores"
Voltando a falar sobre "Kwe Ceja Undé", esta casa
como é chamada em Cachoeira de São Félix de "Roça
de Baixo" foi fundada por escravos como Manoel
Ventura, Tixerem, Zé do Brechó e Ludovina Pessoa.
Ludovina Pessoa era esposa de Manoel Ventura, que no
caso africano é o dono da terra. Eles eram donos do
sítio e foram os fundadores da Kwe Ceja Undé. Essa
Kwe ainda seria chamada de Pozerren, que vem de
Kipó, "pantera". Darei um pequeno relatório dos
criadores do Pozerren Tixarene que seria o primeiro
Pejigan da roça; e Ludovina, pessoa que seria a
primeira Gaiacú.
A roça de cima que também é em Cachoeira é oriunda
do Jeje Dahomé, ou seja, uma outra forma de Jeje.
Estou falando do Mahin, que era comandada por Sinhá
Romana que vinha a ser "Irmã de santo" de Ludovina
Pessoa (esta última mais tarde assumiria o cargo de
Gaiacú na Kwe de Boa Ventura). Mas, pela ordem
temos Manoel Ventura, que seria o fundador, depois
viria Sinhá Pararase, Sinhá Balle e atualmente Gamo
Loko-se. O Kwe Ceja Undé encontra-se em
controvérsia, ou seja, Gamo Loko-se é escolhida por
Sinhá Pararase para ser a verdadeira herdeira do trono
e Gaiacú Agué-se, que seria Elisa Gonçalves de Souza,
vem a ser a dona da terra atualmente. Ela pertence a
família Gonçalves, os donos da terra. Assim, temos os
fundadores da Kwe Ceja Undé.
No Rio de Janeiro, saindo de Cachoeira de São Félix,
Tatá Fomutinho deu obrigação com Maria Angorense,
conhecida como Kisinbi Kisinbi. Uma das curiosidades
encontradas durante minha pesquisa sobre Jeje é o que
chamamos de Deká, que na verdade vem do termo
idecar, do termo fon iidecar, que quer dizer
"transmissão de segredo". Esse ritual é feito quando
uma Gaiacú passa os segredos da nação Jeje para
futura Gaiacú pois, na nação Jeje não se tem notícias,
que possa ter havido "Pai de santo". O cargo de
sacerdotisa ou "Mãe de santo" era exclusivamente das
mulheres. Só as mulheres poderiam ser Gaiacús.
" Ogãns" ( tocadores de tambor)
Os cargos de Ogan na nação Jeje são assim
classificados: Pejigan que é o primeiro Ogan da casa
Jeje. A palavra Pejigan quer dizer “Senhor que zela pelo
altar sagrado”, porque Peji = "altar sagrado" e Gan =
"senhor". O segundo é o Runtó que é o tocador do
atabaque Run, porque na verdade os atabaques Run,
Runpi e Lé são Jeje. No Ketu, os atabaques são
chamados de Ilú. Há também outros Ogans como
Gaipé, Runsó, Gaitó, Arrow, Arrontodé, etc.
Podemos ver que a nação Jeje é muito particular em
suas propriedades. É uma nação que vive de forma
independente em seus cultos e tradições de raízes
profundas em solo africano e trazida de forma fiel pelos
negros ao Brasil.
Mina Jeje
Em 1796, foi fundado no Maranhão o culto Mina Jeje
pelos negros fons vindos de Abomey, a então capital de
Dahomé, como relatei anteriormente, atual República
Popular de Benin. A família real Fon trouxe consigo o
culto de suas divindades ancestrais, chamados Voduns
e, principalmente, o culto à Dan ou o culto da Serpente
Sagrada. Uma grande Noche ou Sacerdotisa,
posteriormente, foi Mãe Andresa, última princesa de
linhagem direta Fon que nasceu em 1850 e morreu em
1954, com 104 anos de vida.
" Deuses Voduns"
*Ayzan - Vodun da nata da terra *Sogbô - Vodun do
trovão da família de Heviosso *Aguê - Vodun da
folhagem *Loko - Vodun do tempo.( espirto do tempo).
" dialeto ewe "
esin = água
atinçá = árvore
agrusa = porco
kpo = pote
zó izô = fogo
avun = cachorro
nivu = bezerro
bakuxé = prato de barro
kuentó = kuentó
yan = fio de contas
vodun-se = filho do vodun ou iniciados da Nação Jeje
yawo = filho do vodun ou iniciados da Nação Ketu
muzenza = filho do vodun ou iniciados da Nação
Angola
tó = banho
zandro = cerimônia Jeje
sidagã = auxiliar da Dagã na Cerimônia a Legba
zerrin = ritual fúnebre Jeje
sarapocã = cerimônia feita 07(sete) dias antes da festa
pública de apresentação do(a) iniciado(a) no Jeje
sabaji = quarto sagrado onde fica os assentos dos
Voduns
runjebe = colar de contas usado após 07(sete) anos de
iniciação
runbono = primeiro filho iniciado na Casa Jeje
rundeme = quarto onde fica os Voduns
ronco = quarto sagrado de iniciação
bejereçu = cerimônia de matança

" A influência das palavras "

A cultura Jeje vinda do Antigo Dahomé, que antes


abrangia o Togo e fazia fronteira com o país de Gana é,
sem dúvida, uma das maiores contribuições culturais
deixada pelos negros fons no Brasil.
Estes povos Adjejes, como eram chamados pelos
yorubás, estabeleceram fundamentos nos seguintes
lugares: Cachoeira de São Félix, na Bahia; Recife, em
Pernambuco e São Luís, no Maranhão. Houve durante
um período uma influência da cultura yorubá, daí essa
mistura passar a ser chamada de: Cultura Jeje-Nagô.
Essa mistura, como expliquei, adveio principalmente
dos yorubás com várias tribos Jejes. Dentre elas
destacaram-se: tribo Gan, Fanti, Axanti, Mina e Mahin.
Estes últimos, ou mahins, tiveram maior destaque
sobre as demais culturas Jeje, no Brasil.
Estes negros falavam o dialeto ewe que, por ser
marcante, influenciou por demais a cultura yorubá e
também a cultura bantu. Como exemplo, cito os nomes
que compõem um barco de yawo: Dofono, Dofonitin,
Fomo, Fomutin, Gamu, Gamutin e Vimu, Vimutin.
Outras palavras Jeje foram incorporadas não só na
cultura afro-brasileira como também no nosso dia-a-
dia, como por exemplo: Acassá, “faca” que no original
ewe é escrita com “K” ao invés de “C”. Outra palavra
Jeje que ficou no nosso cotidiano foi a palavra “tijolo”
que em ewe é Tijoló.
" A tradição JEJE"
A tradição dos povos fons que aqui no Brasil foram
chamados de Adjeje ou Jeje pelos yorubás, requer um
longo confinamento quando na época de iniciação.
Essa tradição Jeje exigia de 06 (seis) meses ou até 01
(um) ano de reclusão, de modo que o novo vodun-se
aprendesse as tradições dos voduns: como cultuá-los,
manter os espaços sagrados, cuidar das árvores, saber
dançar, cantar, preparar as comidas e um artesanato
básico necessário a implementos materiais dos
diferentes assentos, ferramentas e símbolos
necessários ao culto.
Para os povos Jeje, os voduns são serpentes que tem
origem no fogo, na água, na terra, no ar e ainda tem
origem na vida e na morte. Portanto, a divindade
patrona desse culto é Dan ou a "Serpente Sagrada".
Como disse, para o povo Jeje os Voduns são serpentes
sagradas e sendo as matas, os rios, as florestas o
habitat natural das cobras e dos próprios voduns. O
ritual Jeje depende de muito verde, grandes árvores
pois muitos voduns tem seus assentos nos pés destas
árvores.
Outra particulariedade deste culto é de que quando as
vodun-ses estão em transe ou incorporadas com seu
vodun: os olhos permanecem abertos, ou seja, os
voduns Jeje abrem os olhos, diferente dos orixás dos
yorubás, que mantem os olhos sempre fechados.
É comum no culto Jeje provar o poder dos Voduns
quando estes estão incorporados em seus iniciados.
Uma destas provas é a prova chamada Prova do Zô ou
Prova do Fogo do vodun Sogbô, que governa as larvas
vulcânicas e é irmão de Badé e Acorombé, que
comandam os raios e trovões.
A seguir, descrevo uma Prova do Zô feita com uma
vodun-se feita para Sogbô, um vodun que assemelha-
se ao Xangô do Yorubás:
Num determinado momento entra no salão uma panela
de barro, fumegante, exalando cheiro forte de dendê
borbulhante, contendo dentro alguns pedaços de ave
sacrificada para o vodun. Sogbô adentra o salão com
fúria de um raio, os olhos bem abertos (que como
expliquei é costume dos voduns) e tomando a iniciativa
vai até a panela, onde mergulha as mãos por algum
tempo. Em seguida, exibe para todos os pedaços da
ave. É um momento de profunda emoção gerando
grande comoção por parte dos outros iniciados que
respondem aquele ato entrando em estado de transe
com seus voduns.
NANÃ Nanã Buruku ou Buku é considerada a mais
antiga das divindades. Muito cultuada na África em
regiões como: Daça Zumê, Abomey, Dumê, Cheti,
Bodé, Lubá, Banté, Djabalá, Pesi e muitas outras
regiões. Para os fons e ewes, a palavra Nanã ou Nàná é
empregada para se chamar de mãe as mulheres idosas
e respeitáveis, ou seja, a palavra Nanã significa:
"Respeitável Senhora".
Nanã está associada à terra, à água e à lama. Os
pântanos e as águas lodosas são o seu domínio.
Como relatei no começo, é a mais antiga das
divindades, pois representa a memória ancestral. Mãe
de Loko ou Irokô, Omolu e Oxumare ou Becém na
dinastia Fon, Nanã está ligada ao mistério da vida e da
morte. É a senhora da sabedoria, mais velha que o
ferro. Daí, não usar lâminas em seu culto.
BECÉM O culto à serpente remonta desde o início dos
séculos. Os romanos e os gregos já prestavam culto à
cobra, sendo os povos que mais difundiram em séculos
passados este culto. No Egito, a serpente era venerada
e encarregada de proteger locais e moradias. Cleópatra
era uma sacerdotisa do culto à serpente. Todos os seus
pertences e adornos eram em formatos de cobras e
similares. Este culto correu através do Rio Nilo as
diversas regiões africanas.
No Antigo Dahomé, este culto se intensificou e lá Dan,
como é chamada a Serpente Sagrada, transformou-se
no maior símbolo de culto daquele povo, também
sendo chamado pelo nome de vodun-becém. Já os
yorubás chamaram esta mesma entidade de Oxumare
ou a Cobra Arco-íris; e os negros Bantos, de Angôro. Na
verdade, aí falamos de uma só divindade com vários
nomes dependendo da região em que é cultuada.
Mas, Oxumare, como é mais popularmente conhecido
no Brasil, é o Orixá que determina o movimento
contínuo, simbolizado pela serpente que morde a
própria cauda e enrola-se em volta da terra para
impedí-la de se desgovernar. Se Oxumare perder-se a
força, a Terra vagaria solta pelo espaço em uma rota a
seguir, sendo o fim do nosso Planeta. É o orixá da
riqueza, um dos benefícios mais apreciados não só
pelos yorubás como por todos os povos da terra. Arró-
bo-boí ! .
BECÉM PARA PROSPERIDADE Em tempos difíceis, um
dos voduns que não pode deixar de ser cultuado é
Becém, pois este vodun é o Deus do movimento. Na
nação de Ketu, este vodun é assimilado ao Orixá
Oxumarê. Os ingredientes necessários para a comida
ou oferenda à Becém, para prosperidade são: 01
travessa média de barro 300g de batata doce ½ k de
canjica 14 moedas correntes 14 folhas de louro 14
búzios abertos 01 colher de açúcar cristal .
" Como realizar este ató "
Cozinhar bem a canjica e colocá-la na
travessa Cozinhar as batatas doces, retirar as cascas e
amassá-las bem. Modelar duas cobras de batata doce e
colocá-las em cima desta canjica
Enfiar as folhas de louro nos cantos, em volta da
canjica. (Observação: para cada folha, uma moeda e
um búzio aberto até completar as 14 folhas, 14 moedas
e 14 búzios) *Espalhar o açúcar cristal por cima de toda
esta oferenda e oferecê-la à Becém, em baixo de uma
árvore bonita e frondosa com 14 velas em volta,
acesas. Certamente, Sr Acolo Becém irá trazer muita
prosperidade para vocês!
AJOIÉ E EKEDI: A palavra “ajoié” é correspondente
feminino de ogan pois, a palavra ekedi, ou ekejí, vem
do dialeto ewe, falado pelos negros fons ou Jeje.
Portanto, o correspondente yorubá de ekedi é ajoié,
onde a palavra ajoié significa “mãe que o orixá
escolheu e confirmou”. Assim como os demais oloyés,
uma ajoié tem o direito a uma cadeira no barracão.
Deve ser sempre chamada de “mãe”, por todos os
componentes da casa de orixá, devendo-se trocar com
ela pedidos de bençãos. Os comportamentos
determinados para os ogans devem ser seguidos pelas
ajoiés. Em dias de festa, uma ajoié deverá vestir-se
com seus trajes rituais, seus fios de contas, um ojá na
cabeça e trazendo no ombro sua inseparável toalha,
sua principal ferramenta de trabalho no barracão e
também símbolo do óyé, ou cargo que ocupa.
A toalha de uma ajoié destina-se, entre outras coisas, a
enxugar o rosto dos omo-orixás manifestados. Uma
ajoié ainda é responsável pela arrumação e
organização das roupas que vestirão os omo-orixás nos
dias de festas, como também, pelos ojás que
enfeitarão várias partes do barracão nestes dias. Mas,
a tarefa de uma ajoié não se restringe apenas a cuidar
dos orixás, roupas e outras coisas. Uma ajoié também
é porta-voz do orixá em terra. É ela que em muitas das
vezes transmite ao Babalorixá ou Yalorixá o recado
deixado pelo próprio orixá da casa.
No Candomblé do Engenho Velho ou Casa Branca, as
ajoiés são chamadas de ekedis. No Gantois, de
"Iyárobá". Já na Nação de Angola, é chamada de
"makota de angúzo". Mas, como relatei anteriormente,
"ekedi" é nome de origem Jeje mas, que se popularizou
e é conhecido em todas as casas de Candomblé do
Brasil, seja qual for a Nação.
ODÙS NA CULTURA JEJE: Um Babalawo, ou Pai dos
segredos (awô) é muito respeitado pela cultura yorubá.
O Babalawo, como o nome diz, é o conhecedor de
todos os mistérios e segredos no culto à Orunmilá,
sendo portanto sacerdote de ifá. Somente o Babalawo
pode manipular o Rosário de ifá que em yorubá recebe
o nome de opele-ifá e em ewe, língua da cultura fon ou
Jeje tem o nome de agú-magá. Ainda na cultura Jeje, ifá
é chamado de Vodun-fá ou Deus do destino e o
Babalawo é denominado de Bokunó. Mas, nas duas
culturas, tanto o Babalawo dos yorubás quanto o
Bokunó dos fons precisam de uma divindade que
interprete as caídas do jogo à ifá. Quem seria essa
divindade? Para os yorubás, essa divindade que auxilia
o Babalawo a interpretar as caídas do jogo-a-ifá tem o
nome de Exu e para os ewes ou fons da cultura Jeje
essa mesma divindade é chamada de Legba, que em
ewe significa: "Divino esperto". Como podemos
observar, nas duas culturas o culto à ifá é bem
constante na vida destes povos, pois tanto na Nigéria
como no antigo Dahomé, o destino individual ou
coletivo é motivo de muita atenção(Destino que em
yorubá se chama odù e
" Se não estivermos atento,tudo passará como
fração de segundos e ai nos daremos conta que
estes segundos foram uma vida!

O que modifica uma pessoa é o tempo que ela


passa vivendo um período de sua vida(pessoas
próximas, família, amigos), isso defini seu modo de
enxergar as coisas e a sua maneira de agir. Cada um
pode ser dono de suas escolhas, consequências e
lembranças. Tudo isso faz parte de um processo que
nos leva ao próximo período, ciclo necessário para a
constante evolução. O mundo muda cada vez mais
rápido, iremos nos adaptar "sem perceber"

Rita de Cássia Monteiro


e em ewe-fon, aírun-ê), pois os povos Jejes também
cultuavam os odùs ou aírun-ê.
Abaixo, encontram-se divulgados alguns nomes dos
odùs, em ewe-fon:
ogudá ou obéogunda em yorubá lossô ou yorossun em
yorubá ruolin ou warin em yorubá sá ou ossá em
yorubá.
Candomblé Jeje, é o candomblé que cultua os Voduns
do Reino de Dahomey levados para o Brasil pelos
africanos escravizados em várias regiões da África
Ocidental e África Central. Essas divindades são da
rica, complexa e elevada Mitologia Fon. ... e assim ficou
conhecido o culto dos Voduns no Brasil ou Nação Jeje.
Muitas vezes nos deparamos com semelhanças e
percebemos que por mais que a historia pareça
diferente ela sempre chega no mesmo sentido de
encontro as outras nações,mas estas pequenas
diferenças é que muitas vezes criam polêmicas
intermináveis como se os Deuses mudassem a cada
continente e na verdade é apenas forma de falar e
cultuar em tempos e locais diferente.
Vamos falar sobre anjo,e vamos coloca-los diante da
religião iorubá,já que ela cientificamente foi
comprovada ser a que acompanha o mundo,desde que
Deus assim a criou.

A. Existência dos anjos: Anjos são encontrados em


trinta e cinco livros da Bíblia, e em duzentas e setenta
e cinco referências. Cristo ensinou a existência dos
anjos (Mat 18:10; 26:53). Os anjos são uma ordem
distinta da criação e foi-lhes dado uma posição
celestial, ou esfera, acima da esfera do homem (Sal
8:5; Heb 2:7-9; Apo 5:11; 7:11). Anjo significa
"mensageiro". Eles são sempre referidos através do
gênero masculino.

" A ORIGEM DOS ANJOS "

A palavra Anjo é derivada do latim, angelus, e do


grego, angelos, com o significado de mensageiro. A
palavra Anjo, no sentido que empregamos atualmente,
era chamado de Daimones pelos gregos (gênio, anjo,
ser sobrenatural), que foi adequadamente corrompido
para "demônios" pelos autores canônicos.
Segundo os gregos, eles eram o que se podia chamar
de "espíritos" da condição humana, isto é,
personificações de vários estados de existência,
emoções, ações e moralidade. Os Daimones de
moralidade foram divididos em Agathoi (o Bem, Virtude
) e KaKoi (o Ruim, Vícios).
Foram classificados Daimones de ação humana e
condições semelhantes como Agathos ( Bom,
Favoráveis ) ou Kakos ( Ruim, Prejudicial). A palavra
hebraica para Anjo é Malakl, que significa
"Mensageiro".
Anjos são os seres intermediários entre Deus e a
humanidade. Eles são definidos por sua função de
proclamação de mensagem,embora este papel não
compreenda todas as suas atividades. Originários do
Zoroastrismo, eles são particularmente encontrados
(embora não exclusivamente) na família ocidental de
religiões: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, em que
Deus é concebido como um ser tão elevado que não
intervém diretamente no mundo.
Os anjos são constantemente vistos entregando
mensagens aos mortais ou anunciando de outras
maneiras a vontade de Deus.
Muitas religiões contém noções de anjos da guarda,
que são anjos com a função de vigiar e proteger os
indivíduos.
Um contraste entre a angelologia tradicional e
contemporânea é que o foco da doutrina mais
tradicional sobre os anjos estava na atividade de Deus
por meio de seus anjos, enquanto, no período
contemporâneo, Deus quase parece ter sido ocultado
por seus anjos. Vamos, por contraste, examinar uma
história de milagre mais tradicional, o resgate do
apóstolo Pedro por um anjo no livro de Atos dos
Apóstolos.
A base desta história é a perseguição da Igreja cristã
primitiva na Palestina. O rei Herodes (neto de Herodes,
o Grande), que ocupava sua posição indicado por
Roma, executou Tiago, o irmão de João, e aprisionou
Pedro com a intenção de executá-lo logo após a Festa
dos Pães Asmos. Ciente do destino que aguardava
Pedro, a comunidade dos cristãos orou por sua
libertação :
"Pedro estava guardado na prisão; mas a igreja orava
com insistência a Deus por ele.Ora, quando
"Pedro estava guardado na prisão; mas a igreja orava
com insistência a Deus por ele. Ora, quando Herodes
estava para apresentá-lo, nessa mesma noite estava
Pedro dormindo entre dois soldados, acorrentado com
duas cadeias e as sentinelas diante da porta
guardavam a prisão. E eis que sobreveio um anjo do
Senhor, e uma luz resplandeceu na prisão; e ele,
tocando no lado de Pedro, o despertou, dizendo:
Levanta-te depressa. E caíram-lhe das mãos os
cadeados". ( Atos 12:5-7).
O primeiro ponto a ser observado é que o Deus cristão
responde à oração. Neste caso, ele envia um anjo para
responder às orações da comunidade cristã. Isto
confere com o conhecimento hebraico tradicional de
uma divindade real que envia anjos da corte dos céus
para entregar suas mensagens ao seu povo. O anjo
instrui Pedro a se vestir e segui-lo para fora da prisão.
Pedro,meio sonolento, pensa que está sonhando.
"Depois de terem passado a primeira e a segunda
sentinela, chegaram à porta de ferro, que dá para a
cidade, a qual se lhes abriu por si mesma; e tendo
saído, passaram uma rua, e logo o anjo se apartou
dele". ( Atos 12:10).
Os anjos no sentido próprio surgiram inicialmente no
Zoroastrismo, o primeiro monoteísmo verdadeiro. De
significado decisivo na visão dos últimos
desenvolvimentos nas religiões irmãs do Judaísmo,
Cristianismo e Islamismo, foi a doutrina de Zoroastro
de uma luta contínua entre o bem e o mal- uma visão
dualista do mundo- que incluía a guerra entre os anjos
do bem e do mal.
Acredita-se que esta grande luta aconteceu no
segundo dia da Criação. Deus criou todos os anjos com
livre arbítrio para escolher entre o bem e o mal. Além
disso, acredita-se que alguns foram fortalecidos com a
Graça de seguir a Deus, enquanto a outra facção,
igualmente forte, teve maior inclinação para ocupações
menos nobres. Quando este grupo pecou, foi
deflagrada uma guerra, com o arcanjo Miguel no
comando dos bons anjos e Lúcifer como o líder das
legiões das trevas.
O Monte São Miguel na costa da Normandia é o
monumento eterno ao líder vitorioso das hostes
celestias na guerra contra o anjo rebelde. Quando
Lúcifer deixou o céu, foi dito que levasse consigo um
terço dos habitantes do celestiais. Segundo Orígenes,
havia também alguns "anjos duvidosos" que não
estavam certos da posição a tomar, se deviam ficar do
lado de Deus ou de Lúcifer.
Alguns crêem que foi dessas criaturas hesitantes e
irresolutas que se originaram os humanos. Na
literatura, a história mais significativa sobre a Guerra
no Céu pode ser encontrada na obra "O Paraíso Perdido
de John Milton", em que um Satã arrogante coloca
anjos rebeldes contra o fiel que defende o Monte de
Deus no céu. Ao ser expulso do céu, Satã corrompe os
primeiros humanos como revanche.
Os hebreus antigos não tinham postulado uma
divindade malígna ou diabo, oposta a Jeová. No livro de
Jó, por exemplo, Satanás é o membro da corte celestial
cujo papel parece ser o de advogado de acusação, em
vez de inimigo de Deus. Estes escritos extrabíblicos
explicavam o mal em termos da revolta e/ou
desobediência dos anjos de Deus.
Em uma dessas histórias, Satanás declarou-se igual a
Deus e liderou uma rebelião de anjos contra a ordem
celestial. Derrotado, ele e seus seguidores foram
expulsos do céu, e subsequentemente continuaram a
guerrear contra Deus, tentando arruinar a Terra, a
criação de Deus.
Uma narrativa alternativa, bem menos conhecida e
preservada no livro apócrito de Enoch,é que um
grupo de anjos desejou ardentemente possuir fêmeas
mortais; depois de deixarem sua morada celestial,
caíram ao ter relações sexuais com elas.
Além da noção de uma batalha espiritual contínua
entre o bem e o mal, o Judaísmo também adotou a
idéia de um juízo final e ressurreição dos mortos no
final dos tempos- um tempo em que a justiça
finalmente triunfaria. Este final feliz seria precedido por
uma batalha final em que os anjos de Deus venceriam
Satanás e seus anjos caídos de uma vez por todas.
Além da Bíblia hebraica, diversos textos importantes da
literatura religiosa judaica desenvolveram ainda noções
sobre anjos. O mais importante é o Talmude. Os
rabinos talmúdicos simultaneamente reconheciam
inovações pós-bíblica, como a divisão entre anjos de
paz e anjos do mal.
A angelologia cristã medieval moveu-se em duas
direções. A primeira é caracterizada por um fascínio
com as personalidades de figuras angélicas específicas.
Escritos como os Livros de Enoch, o Testamento de
Abraão e o Apocalipse de Elias descrevem as
funções dos anjos chamados Uriel, Raguel, Sariel,
Jeremiel e outros que prestam serviços com Gabriel,
Miguel e Rafael. Escritos cristãos não-canônicos,
especialmente os textos de Nag Hammadi, continuam
e estendem-se sobre esta tendência.
Para descobrir seres paralelos em outras religiões, os
autores contemporâneos geralmente mencionam
certos espíritos e semideuses hindus/budistas, como os
devas, apsaras e gandharvas; bem como divindades
mensageiras do panteão grego ou romano clássico,
como Eros, Hermes e Nice. Estas últimas deidades são
particularmente apropriadas para comparação, pois
contribuíram iconograficamente para os anjos cristãos.
Outra classe de seres que convida à comparação são
as fadas. Fadas são um tipo de espírito da natureza
que, sob diferentes nomes e disfarces, são encontradas
em todas as partes do mundo.
No Ocidente, os anjos iniciaram um declínio gradual em
importância com o alvorecer da ciência, no início da
era moderna.As ciências físicas sufocaram a crença na
realidade concreta de céu, inferno, anjos e demônios.
A única tendência importante que prevaleceu foi o
surgimento da psicologia de profundidade, que deu a
essas entidades nova plausibilidade como fenômenos
mentais. A noção de anjos como seres reais, literais,
voltou à moda dentro de duas subculturas distintas: o
Protestantismo evangélico moderno e a subcultura
metafísica contemporânea da Nova Era.
Curiosidade: De acordo com São Bartolomeu, os anjos
são constantemente acompanhados por uma
fragrância prolongada no ar, como as flores ou o pinho.
Assim como os orisás sempre em busca de uma nova
era um mundo melhor para os seres humanos,ao
contrario dos anjos que levam o nome de mensageiros
mas estão mais próximo do criador,mas em outras
historias de anjos podemos entender que alguns anjos
não queriam seres humanos no céu,e por esta razão
causaram uma grande guerra e alguns desobedeceram
a Deus,e claro LUCIFER queria se assemelhar ao
criador e aqui na terra então foi e esta sendo seu juízo
final.
A Bíblia nos mostra um Deus carrasco,o tempo todo
diferente de nossa crença ioruba que ao dar o livre
arbítrio os nossos semi-Deuses erraram e tentam até
os dias de hoje acertarem os erros através de nós em
iniciações e outros afazeres quando nos encontramos
diante de uma situação difícil em nossas vidas,pode até
ser uma forma errada diante dos cultos prestados eu
descordo de muitas forma de cultuar ( principalmente a
matança de animais) eu até entendo cientificamente
onde queiram chegar,mas isso não quer dizer que
todos nossos problemas serão resolvido com sacrifícios
e adorações,Ifá e Òrúnmila nos chama ao nosso caráter
a nossa postura diante da vida e dos problemas e nos
ensina como caminhar sem carregar a irá deixada
pelos semi-Deuses e as frustrações dos orisás diante
da vida humana,por isso a minha insistência em falar
sobre a sociedade do céu pois tudo esta la e ao mesmo
tempo aqui guardado dentro de nós,e que se abrimos a
nossa mente ( Nosso orí) podemos não resolver todos
os problemas criados mas poderemos fazer nossa
parte.
Como na bíblia nossos semi-Deuses e nossos deuses
também guerrearam mas não foi contra nós e sim
contra os erros cometidos,e como não havia tempo
para mudar então ficaram as coisas ruins onde
buscamos entender e resolver através de cada orisá
que nos rege neste mundo dos vivos.

" A Criação "

Deus plantou duas árvores no meio do jardim: a Árvore


da Vida e a Árvore do Conhecimento do Bem e do Maú.
Deus mandou que o homem cuidasse de tudo o que
havia no Jardim do Éden, e deu-lhe uma ordem: "Você
pode comer à vontade de todas as árvores, menos da
Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Jamais
coma o fruto daquela árvore. No dia em que fizer isso,
você morre"Para mostrar quanto amava Adão e Eva,
Deus supriu todas as suas necessidades, e um pouco
mais, para que aproveitassem a vida ao máximo.
" O livre arbitrio"
Deu-lhes também a capacidade de fazer escolhas, e a
chance de usar bem esta capacidade. Deus queria que
Adão e Eva mostrassem quanto o respeitavam,
obedecendo a uma ordem apenas: a de não comer de
uma única árvore. Adão e Eva podiam usufruir todas as
coisas.( observação,não seria a arvore de Ègbé-Orún) ?
podia e pode ser numa versão cristã.
Para viverem felizes e em paz no lindo jardim, só
precisavam confiar na sabedoria de Deus, e respeitar a
autoridade dele. Deveriam ser gratos e felizes pela vida
e liberdade que tinham. Mas a liberdade só traz alegria
quando sabemos fazer boas escolhas.(aqui podemos
encontrar a sabedoria de Ifá).
Muito antes de criar o homem, Deus também deu
liberdade de escolha aos anjos que havia criado. Ele
queria ser honrado pelos anjos—que moravam no reino
espiritual—tanto quanto pelos homens. (nossos semi-
deuses orisás).

Quase todos os anjos decidiram seguir a Deus, e até


hoje eles o adoram e obedecem, e ajudam muito as
pessoas . Alguns anjos, no entanto fizeram uma
péssima escolha. Eles rejeitaram o amor de Deus, e
escolheram Lúcifer—o anjo mais bonito que
existia—para ser o líder deles. Por ser arrogante e
orgulhoso, Lúcifer perdeu sua posição de honra junto
ao trono de Deus.
Podemos ver isso em ògun,em odé em vários orisás e
semi-deuses e divindades que erram diante da terra
dos vivos.
Por causa de sua rebeldia, foi expulso do Céu. Lúcifer
desafiou Deus, dizendo em seu coração : "Erguerei
meu trono acima das estrelas de Deus. Eu serei igual
ao Deus altíssimo" Existe uma passagem de sancô (
xanco) semelhante a essa passagem biblica,)
Lúcifer, também chamado na Bíblia de Diabo e
Satanás, quer a adoração que pertence só a Deus.
Satanás engana as pessoas só para ser adorado por
elas. Ele chega até mesmo a se disfarçar de anjo de
luz, mas suas mentir as e religiões falsas causam dor,
sofrimento e destruição. Então Deus disse a Lúcifer:
"Você vai ser lançado nas profundezas do Inferno".
Então devemos entender aqui que o inferno realmente
seja aqui porque como todos sabem ele foi lançado
para a terra com mais 16 anjos após a rebelião e como
é interessante isso são 16 anjos e são 16 orixás que
vieram para o mundo dos vivos.
Se os iorubas é o berço da humanidade creio que não
poderia ser diferente a historia.
(Elogiando o Espírito Interno)

A palavra Oriki, é formada por duas palavras,


Ori = Cabeça e KI = Louvar / saudar. Então Oriki
significa, saudar ou louvar a algo que estamos nos
referindo. Sendo as palavras portadoras de força e asè,
dá-se aos orikis o poder de invocarem por si próprios a
força vital.

" Mo kí ọ ìwọ ìmí ti mi kookan"

( Eu te saudo hó espirio de meu ser)

Rita de Cássia Monteiro


Como narrei em Egbé-òrun 2 sobre os orixás,que
vieram a terra e fizeram a guerra e as diferenças entre
eles estão Jagum,um guerreiro que viveu nas terra de
Obaluaiê em Sápátá,vou contar um pouco desta
Divindade que se tornou orisá .
Jagun é uma divindade guerreira, originário de Ekiti
Ifòn, pois acredita-se que seja filhos de um dos Òrìsà
Funfun... ao que se sabe é considerado um Guerreiro
Branco... Considerado invencível, por sua bravura e
coragem, nunca perdeu uma batalha, o que lhe deu o
título de Keledjegbe – O Guerreiro Invencível... (vodun
ligado ao tempo), é um vodun que como alguns
pensam ser da família de Sakpatá e Azunsun (vodun da
terra), não o é. É um voodun a parte, ou seja, vodun
diferente da família citada, as folhas, as roupas, isès e
o assentamento de Jagun são diferentes do vodun
Sakpatá e familia Azunsun; veste-se geralmente de
branco, dependendo do caminho que este venha, ou
estampados bem claros entre as cores (branca,
vermelha e marrom), não usa jamais a cor preta; suas
contas são muito diferentes da família de Sakpatá e
Azunsun; não usa palha da costa,quando usa é rosada,
quando usa aze é aberto no rosto, não usa mascaras;
porém, vem coberto de acordo com a família do vodun
e não trás xaxará, usa muitos búzios, shawrò (guizo) e
cabaças; dependendo da família cada um trás um
instrumento diferente nas mãos; não existe um igual
ao outro dentro da familia de Jagun; seus zandrós são
diferentes do da família de Sakpatá e Azunsun. Vodun
ligado totalmente ao tempo (ayiè); vodun muito rico e
prospero mas simples ao extremo; possui fundamentos
com vodun Gújá e Jagunà (Jagunan).
Segundo as lendas e itans, conta-se que Jagun, era
Guerreiro dos Exércitos de Obatalá e que foi enviado às
Terras de Omolú para lutar pela páz em nome de
Oxalá. Por isso, ele é cultuado em algumas nações
como “Qualidade de Omolú”, por ter passado vários
anos em terras de Omolú.Trata-se de um Orixá Funfun,
pois o culto a Jagun nasceu no Ekiti Efon, por esse
motivo Jagun é cultuado no Axé Efon como um Orixá
separado de Omolú. Antes dele ter ido para as terras
de Omolú já existia seu culto no Ekiti, onde era sua
terra natal. Assim também conta seus itans que Jagun
teve passagem não só nas terras de Omolú, mas
também nas terras de Ifé (Terra de Ogun) e Elegibô
(Terra de Osayan). Pela ordem do meridilogun, Jagun
responde no Odú
Ejionilê (oitavo Odu) Odú regido por Oxaguiã, Odú no
qual também respondem outros Guerreiros Brancos
como Ogun-Já e Oxaguiã Ajagunãn. Pela ordem de
chegada dos odus, o culto a Jagun nasceu no Odu
Okaran.
Jágun, é uma palavra Yorubá, e significa: Guerreiro,
Soldado.
Jagun é um Orixá ambicioso, luta para conquistar
posição alta sem ver de que maneira…Apesar de ser
Orixá Funfun (branco), é considerado e cultuado como
Santo de Guerra, “santo quente”, carrega uma lança
prateada na mão e um facão ao adaga e muitas das
vezes dependendo do caminho de Jagun ele usa até um
ofá nas mãos,pois conta se um itan que Oxalá o
nomeia como o guerreiro de todas as armas veste-se
somente de branco. Usa contas brancas rajadas de
preto e dependendo da qualidade, intercalada com
contas brancas, gosta também de contas feitas de
buzios e marfin. Jágun é Orixá Jovem,quase chega ser
um menino adolecente de Obatalá .. Ligado a Obatalá
(Rei no pano branco ), tem caminhos com Ogun Já,
Oxaguiã – Ajagunãn, e Ayrá.
Tem caminhos também com Yemanjá e quase todas as
Yabás, pois elas acalmam sua fúria.Quem traz Jágun ao
barracão é Oxaguiã. Ele é considerado o “protetor” e
“guardião” de Oxalufã. Por ser considerado Orixá
Funfun (branco) não leva azeite de dendê, e sim azeite
doce , banha de ori, adin e as vezes mel e de
preferencia a banha de Ori, suas comidas são todas
brancas, aceita pipocas feitas na areia, bolas de
inhame cozido, bolas de arroz, acaçá, obí funfun
(claro), come também do Ebô (canjica) de Oxalá, assim
como seus bichos também devem ser todos brancos,
por ser ligado ao rei do pano branco (Obatalá ). Jágun
dança com outros Orixás, acompanha na dança; Ogun
e principalmente Oxaguiã e Oxalufã. A dança de Jágun
é extremamente guerreira, começa com movimentos
lentos, dançando com a palma das mãos viradas ora
para baixo, ora para cima, simbolizando o céu e a
terra, dança empunhando sua lança, seu momento de
"extâse" é quando salta e se sacode todo empunhado a
lança de um lado para outro, tamanha é sua fúria
guerreira nessa hora.
" A Ignorância "

O ignorante estabelece critérios que


desclassifiquem o conselho alheio,em prol da sua falta
de conhecimento, busca estabelecer ideias falsas sobre
si mesmo e o mundo que o cerca de forma errônea,
que desagrade aqueles que o cercam. Ignorância é não
saber, e não saber que não se sabe.

Rita de Cássia Monteiro


Segundo as lendas, a lança prateada de Jágun, durante
as batalhas e guerras, além de ser usada para proteção
contra os males e feitiçarias e abrir os caminhos,
deixava seus inimigos cegos após serem feridos por
ela. Jagun, assim como Ogun, é um grande caçador, e
por sinal foi ele quem ensinou seu irmão Oxóssi a
caçar. Ele nao deixa também de ser um guerreiro,
assim é Jagun, um grande guerreiro mas também um
grande caçador. E algumas de suas cantigas relatam
isso.
Conta o itan que existiam três irmãos: Já, Jágun e
Ajagunãn. Eram três Guerreiros que pertenciam aos
exércitos de Obatalá, lutavam e venciam todas as
guerras e batalhas em nome de Oxalá e eram os
Guardiões deste Orixá. Eram chamados de Guerreiros
Brancos, por se vestirem somente com trajes brancos
em homenagem a Obatalá. Eram considerados
invencíveis, por sua bravura e coragem, nunca
perderam uma batalha sequer. Sempre muito unidos,
nunca se separavam.Mas um belo dia, os três irmãos
guerreiros, foram guerrear contra a cidade de Oxun.
Oxun com a grande sabedoria dos poderes de Ya mi,
foi avisada que seu reino seria atacado. Oxun ficou
desesperada e foi até Ifá para saber o que faria.
Orumila mandou ela fazer um ebó, sacrificar oito Igbis
à Oxalá e com o casco fizesse um pó e soprasse nas
terras de Osogbo. Assim Oxun fez, quando os
guerreiros chegaram para invadirem as terras, eles
ficaram tontos e se perderam um do outro. Aí que
Jagun foi para as terras de Omolú,
Já para as terras de Ifé Ogun, e Ajagunã para as terras
de Oxagyan. Mas mesmo assim, os três irmãos sempre
estão juntos, respondem um pelo outro, eles continuam
a ser Guerreiros Brancos, ou seja, são considerados
Orixás Funfun, e sempre ligados a Obatalá, seus
caminhos se cruzam…os três irmãos Guerreiros
continuam nas batalhas, sempre guerreando pela Páz.
Deram essa característica guerreira aos seus filhos. É
por isso que o culto a Jagun foi assimilado ao de Omolú,
sendo que depois disso conta o Itan que ele viveu
alguns anos nas terras de Omolú e que lá encontrou
uma linda mulher que também nao era das terras, mas
estava lá por outros motivos, e se apaixonou por ela,
tiveram filhos e se amam até hoje, e essa linda mulher
era Yewá . Lá, ele se juntou com o Orixá Osayn e
passou a ser um grande curandeiro, e em tempos de
guerra ele cuidava dos guerreiros feridos com as
porções e ervas mágicas que Osayn o ensinou. Jagun
teve uma trajetória muito grande e bonita nas terras de
Omolú, mas depois de anos retornou as terras do Ekiti-
Efon,
Não existe nada que não haja uma resposta.

" Basta conhecer-mos o principio de


cada historia,e nada teremos mais a temer,nem anjos
nem demônios,apenas a certeza que temos
que viver bem para morrermos melhor ainda.

Rita de Cássia Monteiro


onde Oxun era rainha e Osagyan grande gurreiro e
protetor do palácio e cidade de Oxun. Conta-se
também que Jagun foi às terras de Osogbo, para
destruir a cidade e buscar Oxun, pois Oxun tinha sua
cidade onde era rainha Ekiti Efon, entao por ordem de
Olooke ele fui buscá-la. Depois disso tudo ter
acontecido, Jagun viveu anos nas terras de Omolu,
Oxagyan trouxe Oxun de volta para Ekiti-Efon, por isso
muitos acabaram se equivocando ao falar que foi
Oxagyan quem deu as terras de Ekiti para Oxun, mas
nao foi isso que aconteceu, ele apenas trouxe Oxun de
volta a terra onde ela nasceu e era dona junto com
Olooke seu pai. Orixá Olooke vendo o prejuizo que
Jagun teve e o tempo que ficou em outras terras, por
causa de seu pedido de buscar Oxun, intitulou Jagun
Olu Efon.(Guerreiro senhor de Efon), para retribuir o
tempo que Jagun ficou afastado de sua terra que tanto
amava (Ekiti – Efan). Orixá Jagun foi muito confundido
com o culto à Omolu e Obaluaye, e foi por esse motivo
que muitos de seus fundamentos se perderam, mas
graças a Olorum e ao Axé Efón, está sendo resgatado
todos os preceitos e orôs..Jagun possui caminhos
próprios, como Jagun Odé, Arawe, Agaba e
outros..Jagun um Orixá exclusivo do axé Efon, mas que
foi migrado para as terras de Gege Mahí e Ketú….Jagun
é um lindo Orixá de grande valor no Axé Efón,
lembrando que o culto à Jagun no Efón (efan) é
separado de Obaluaye…
Importante mencionar que a cidade iorubá Ijena ou
Jena foi fronteiriça com o antigo Dahomé e outrora um
dos grandes centro de contacto e aculturação entre
duas das maiorias etnias da África os Ewe-Fon e os
Yorubá... Em território iorubá o descrevem segurando
uma lança – Okò em uma das mãos e um facão – gbada
na outra... sua cor predominante é o branco e seus
interditos são o vinho de palmeira, cabe ressaltar que o
vinho-de-palma é tabu para todas as divindades da
família de Òrìsà-Nlá....
Nos Terreiros Tradicionais, Jagun é acomodado em
cuscuzeiras de barro branco, veste-se de branco, porta
uma lança de metal branca, mas não utiliza o Àso Òdùn
denominado de Azen para cobrir o corpo e não tem
direito de carregar o Sasara-owó, o único entre eles
que tem cânticos específicos para guerrear... Divindade
Dahomeana da luta, guerra e da execução da morte...
É o mais belo dançarino do candomblé... Representa o
poder "vida/morte", “fome/fartura", "saúde/doença",
"guerra/paz" . Ajagun ou Jagun é poderosíssimo e
costuma atender às súplicas de todos".
O Nascimento dos 3 Guerreiros Brancos Contam os
itans (lendas), que os 3 Guerreiros Brancos, Já, Jagun e
Ajagunan, foram gerados do sêmem de Oxalufã dentro
do casco do Igbin (caramujo), considerados portanto
filhos de Oxalufã. Portanto a Ligação dos 3 irmãos é
muito grande nos enredos de santo. Todas as pessoas
que são iniciadas para esses Orixás, tem que saber o
quanto é importante arrumar todo o seu complexo de
Orixás Funfun (Brancos) (pois estes Orisás, não existem
sem um conjunto), são ligados entre si, á Yemanjá e
principalmente a Oxalufã e Ayrá, pois em uma
determinada época os 3 irmãos Guerreiros: Já, Jagun e
Ajagunan entram novamente no casco do Igbin
(deixando a vida de seus filhos parada, estagnada por
um periodo) e só quem reaquece a vida da pessoa
tirando-a da estagnação é Ayrá. E os filhos destes
Orisás podem sempre que puderem estar arriando uma
comida a Ayrá para que ele mantenha sua vida sempre
próspera e fluindo.
Não sabe quais as razões porque Ajagún saiu ao mudo
dos vivos e defende-los se conta somente o Itãn ( reza
e historia) que ele era e sempre foi um guerreiro.
mas com ele foi enviado a terra de sápátá a terra de
òmólu( senhor da morte) e obaluaiê ( senhora da terra)
podemos entender o porque...Afinal o orisá que nos dá
o final desta vida terrestre é òluaiê o senhor rei da
terra.
Co mo os contos bíblicos há sempre uma incógnita e
creio que seja exatamente para nos foçar a entender e
assim procurar as verdades,mas oque sempre
acontece é outra estoria contada em cima de
Historia,orisá e Olodumarê deixou os itãns assim como
o Deus dos católicos e protestantes deixaram a bíblia a
diferença é que a bíblia foi escrita,e os itãns cantados a
cada família ioruba e muitas vezes os itãns se tornaram
cânticos tristes de nossos escravos que não entendiam
o porque estavam longe de suas cidades e as
lamentações também são cantadas e as frustrações
emergidas num profundo doer dentro de cada ser.Os
cristãos com suas historias retorcidas por uma politica
os negros por um sofrimento seguido de perdas.E
assim nossos Deuses se tornaram apenas elementos
de pedidos e clamações não assistimos a um
candomblé onde vemos nossos orisás dançarem
por apenas estarem alegres,estão sempre nos mesmos
gestos mostrando suas lutas erros etc.
Mas o ser humano não vê isso se emociona sem
entender oque realmente é a mensagem de estarem
prostrado num corpo humano.ao meu ver estão ainda a
ensinar e a pedir para que sejamos fieis aos nosso
votos diante da vida e de Olodumarê.
Então nos reportamos a tão conhecida:
( a Árvore da Vida é uma das duas árvores especiais
que Deus colocou no centro do jardim chamado Éden.
A outra é a "Árvore do Conhecimento do Bem e do
Mal", de cujo fruto, Eva, e depois Adão, acabaram por
comer por influência de uma serpente.

Vamos falar de Japão,como eles veem a arvore da


vida,não só em uma só especie mas sim em varias
assim como Ossanhê o Deus das folhas e das matas os
japoneses tem suas arvores com suas historia,sempre
voltadas ao céu e a prosperidade humana a felicidade
enfim.O vegetal sempre presente em todas as religiões
como sempre digo é questão de local solo
entendimento e verdades de cada lugar.
Lenda do casal pinheiro Diz uma antiga lenda japonesa
que na cidade de Takasago (Hyogo) vivia um casal de
velhinhos, modelo de felicidade e harmonia conjugal. O
velho chamava-se Okina; e a velha, Uba. Eram muito
queridos por todos, pela sua simpatia e bondade. Um
dia, um mendigo muito velho e andrajoso – que era um
Kami (semideus) disfarçado – apareceu-lhes na porta
da choupana pedindo-lhes esmola. Okina e Uba
mandaram-no entrar e repartiram com ele sua frugal
refeição. Enquanto comia, o mendigo perguntou-lhes
qual era o seu maior desejo. Eles responderam: – Nosso
maior desejo é ter meios para ajudar sempre os pobres
e, quando chegar o tempo de deixarmos este mundo,
gostaríamos de morrer juntos. Conta-se que, desde
então, eles ficaram prósperos de repente, viveram
longos anos, sempre felizes, e morreram juntos, na
mesma hora. Foi então que seus corpos se
transformaram em dois pinheiros. O pinheiro é o
símbolo da constância e da felicidade conjugal.
Ademais, o pinheiro significa a perpetuidade do gênero
humano, porque conserva-se sempre verde, mesmo
sob a neve. Estes pinheiros (aioi) em que Okina e Uba
se transformaram crescem dois a dois, em Takasago, e
ainda hoje representam o emblema da união feliz.
Matsu (pinheiro)

Uma arvore da especie pinheiro que eles acreditam na


longa vida.

Rita de Cássia Monteiro


Você pode sim mudar seu futuro, pois nada é eterno.
Então decida se vai valer apena sofrer mais tarde. Se
não, comece interferindo no agora!Pois é o agora que
define sua eternidade.

" Após passar a vida,levará consigo somente a vida"

Rita de Cássia Monteiro


O mais interessante destas crenças japonesas é esta
arvore.

Tão parecida quanto a arvore de Egbé-Orun ela chama-


se ( kodama, japanese tree spirits (from princess
mononoke) que ao meu ver vem ser a grande mãe do
Orun a que cuida das crianças no Egbé-órun,
Traduzindo a cima heis o nome da arvore.

( Kodama, espírito japonês da árvore (da princesa


mononoke).
Vamos falar desta lenda que hoje virou desenho
animado,assim como toda estoria contada mas ainda
permanece nos corações mais antigo as verdades
sobre esta lenda no japão.

Um mergulho na História das Civilizações, o espírito


dos povos antigos em Contos que guardam tesouros
surpreendentes. Uma ponte entre o passado e o
presente carregado de promessas. Um lugar para se
perder, onde toda a magia é possível... Japão em
Mitologia e lendas que encantam e inspiram. Histórias
de um mundo distante, povoado por guerreiros, deuses
e demônios. Fábulas que evocam a beleza e a cultura
desta fabulosa civilização e refletem a alma do povo da
terra do sol nascente.
Vejam bem caros leitores,a historia,ou estoria se
repete no japão completamente distante da áfrica
então os mitos correram o mundo,como não acreditar
em Egbé-órun a sociedade das crianças do céu?
Percorri vários países em busca de arvores sagradas
encontrei em cada um deles uma arvore como Egbé--
orun.
Vamos a lenda do japão:
" Kodama: Espíritos da Floresta"

Kodama ou ko-dama é um youkai antigo do folclore


japonês. É um espírito misterioso, um guardião que
habita e protege a floresta, geralmente em grandes
árvores anciãs, sendo por isso forte, poderosos e
bastante velhos. São criaturas míticas que vagueiam
através do tempo, visitando florestas ancestrais,
deixando em seu caminho um rastro de gramas e
árvores florescentes. A maioria dos Kodamas são
pacíficos e serenos, partilhando a sua sabedoria com
aqueles com os quais são capazes de se comunicar…

" Kodama primeira versão"

A história de Kodoma mudou ao longo dos séculos. Nos


tempos antigos, Kodama foi dito ser um kami,
divindades da natureza que habitavam em árvores.
Alguns acreditavam que Kodama não estavam ligados
a uma única árvore, mas podiam se mover com
agilidade, viajando livremente pela floresta. Em antigas
lendas, acreditavam que os Kodamas eram invisíveis,
ou foram enraizados como as próprias árvores, não se
distinguindo na floresta.
Segundo a crença, os kodamas conseguem imitar
vozes humanas, criando assim ecos em uma floresta (a
palavra kodama também pode significar eco).
Ecos que reverberam através de montanhas e vales, o
som de uma árvore caindo na floresta também foram
dito ser o lamento de um Kodama.
Apesar de pacíficos, os kodamas reagirão
agressivamente contra aquele que desrespeitar o meio
ambiente: acredita-se que quem derrubar uma árvore
habitada por um kodama, amaldiçoará toda a sua
aldeia. A maldição do Kodama era algo a ser temido.
" Wakunochi-no-kami “deus árvore” "

Kodamas também podem ser entendidos como deuses


da montanha, e um “deus árvore” nas escrituras do
velho Kojiki (Livro de Registros Antigos do Japão). A
primeira menção conhecida de espíritos das árvores,
fala sobre o deus árvore “Wakunochi-no-kami”, que,
segundo o livro, nasceu dos deuses Izanagi e Izanami.
Outro livro do período Heian, Genji Monogatari (O
Conto de Genji), usa os caracteres 木 魂, para descrever
Kodama como uma espécie de duende da árvore
" Kodama o significado da palavra"
Kodama é uma crença muito antiga, e, uma palavra
muito antiga. Foi falado muito antes de o Japão ter uma
linguagem escrita, e ao longo dos séculos, tem havido
três kanjis diferentes usados na escrita para Kodama.
Na descrição mais antiga, “古 多 万”, a palavra se
decompõe em 古 – (ko; idade) – 多 – (da; muitos) – 万 (ma;
10.000). Porque antigos japoneses não tinham sistema
de escrita quando o sistema de escrita chinesa foi
adotado, caracteres kanji foram muitas vezes
selecionados para identificar o som. Símbolos
independentes foram colocados juntos para aproximar
a pronúncia das palavras japonesas existentes.
Em anos posteriores foi usada a descrição “木 魂” (木: ko;
árvore – 魂: dama, alma), assim como “木 魅” (木: ko;
árvore – 魅: dama, alma), e ultimamente “木 霊” (木: ko;
árvore – 霊: dama, espírito) tende a ser o mais usado.
Há pouca diferença entre “木 魂”, “木 魅” ou” 木 霊”, sendo
todas variações do termo “espírito da árvore”. Outro
kanji também usado para Kodama é “谺”, que significa
eco.Durante o período Edo, Kodama perdeu seu posto
como deus da floresta, passando a ser visto como
apenas um dos youkais
onipresente do Japão. Kodama tornou-se humanizado,
como em muitas histórias onde tomam a forma
humana, assim como, também se apaixonam por esses
seres.

“Ritual de adoração à natureza”


Ainda hoje no Japão, as pessoas preparam pequenos
santuários na base das criptomérias (cedro japonês) e
ainda adoram e rezam para eles. Na aldeia Mitsune, em
Hachijō-jima, eles ainda têm um festival a cada ano,
dando graças e respeito ao “kidama-san” ou “Kodama-
san”, esperando por perdão e bênçãos, quando cortar
as árvores para a indústria madeireira.
Os japoneses sempre souberam que algumas árvores
eram especiais. Talvez por causa de seus troncos em
forma diferente, ou uma sequência de nós que se
assemelham a um rosto humano, ou apenas por um
certo sentimento de temor, algumas árvores foram
identificadas como sendo as moradas de espíritos.
Dependendo do local esses espíritos passaram por
muitos nomes. Mas o termo mais comum, aquele que é
usado ainda hoje, é sobre Kodama.
Quando se acredita que uma árvore possui um
kodama, é comum colocar à sua volta uma corda
sagrada (shimenawa) para protegê-la.
Outra lenda sobre a criação na visão dos japoneses:

Os deuses convocaram dois seres divinos à existência,


o macho Izanagi e a fêmea Izanami, e ordenou-lhes
para criarem seus primeiros lares. Para ajudá-los a
fazer isso, os deuses deram ao Izanagi e Izanami uma
lança decorada com jóias, chamado Amenonuhoko
(lança do céu). As duas divindades eram a ponte entre
o Céu e a Terra (Amenoukihashi) e agitaram o mar com
a lança do céu. Quando as gotas de água caíram da
ponta da lança, a ilha Onogoro-Shima foi formada. Eles
desceram à ilha a partir de uma ponte do céu. Eles
tiveram dois filhos, Hiruko e Awashima, mas eram
imperfeitos e não eram considerados deuses. Em
seguida, eles colocaram as duas crianças num barco
que foi arrastado pela correnteza de Onogoro-Shima.
Então eles perguntaram aos deuses o que eles fizeram
de errado. Após receberem a resposta, Izanagi e
Izanami decidiram se casar novamente e seu
casamento foi um sucesso. Desta união nasceram o
Ohoyashima, ou as oito principais ilhas do Japão. Eles
criaram muitas ilhas e muitas divindades
" Izanagi e Izanami " ( os Deuses da criação)

Izanagi e Izanami geraram todos os outros kamis do


mundo, mas Izanami morreu ao dar à luz ao Kagutsuchi
(encarnação de fogo). Perdido em raiva, Izanagi matou
Kagutsuchi. Sua morte também criou dezenas de
divindades. Izanagi inconformado com a morte de
Izanami empreendeu uma viagem a Yomi ou "a terra
sombria dos mortos."As saídas de Yomi são guardadas
por criaturas terríveis e é onde os mortos vão para,
aparentemente, apodrecer por tempo indefinido. Uma
vez caída lá, a alma nunca mais poderá voltar para a
terra dos vivos. Ela, prometendo retornar, diz que vai
para o Submundo e que lá ele não poderia ir, tendo de
esperar. Izanagi espera, mas depois de muito tempo
resolve quebrar a promessa e vai atrás de Izanami.
Izanagi procura Izanami e rapidamente a encontrou.
Inicialmente Izanagi não poderia vê-la porque as
sombras a escondiam, mas ele pediu a Izanami para
ela voltar com ele. Izanami disse que era tarde demais
pois já tinha comido o alimento do submundo e
pertencia agora a terra dos mortos. Ela não poderia
voltar à vida. Izanagi ficou chocado com a notícia mas
concordou em retornar ao mundo superior, mas antes
pediu para deixá-lo dormir na entrada do submundo.
Enquanto ele dormia ao lado dela, Izanagi pega uma
pente que prendia o cabelo de izanami acendendo fogo
para usar como uma tocha. Sob a luz da tocha, ele
observa a forma horrível de Izanami outrora bela e
graciosa. Agora era uma forma de carne em
decomposição que dava luz a vários demônios, com
vermes e criaturas demoníacas deslizando sobre seu
corpo.
Ela, percebendo a audácia de seu marido, manda os
demônios o perseguirem. Fugindo das criaturas
demoníacas, Izanagi pega a pente e o quebra, jogando
seus pedaços no chão. Os demônios, famintos,
devoram os brotos de bambu que surgiram da pente.
Izanagi foge dos demônios, e rolando uma pedra
enorme, os prende no Yomi. Izanagi furioso por Izanami
lhe trair, usa os poderes do sol e destroi todos os
demônios. E assim começou a existência da morte,
causada pelo orgulho de Izanami.
" Lua ,Sol e Mar "
Enquanto Izanagi purificava-se no rio após se recuperar
de sua descida ao Yomi diversas divindades eram
formadas em ornamentos e impurezas que desprediam
de seu corpo. Diversas divindades surgiram quando ele
mergulhou o rosto na água para se purificar. Os kamis
mais importantes foram criados a partir de seu rosto:
Amaterasu (encarnação do sol) a partir de seu olho
esquerdo Tsukuyomi (encarnação da lua) de seu olho
direito e Susanoo (encarnação do mar) do seu nariz
Izanagi dividiu o mundo entre eles. A deusa Amaterasu
herdaria os céus, Tsukuyomi tomaria o controle da
noite e Susanoo seria o deus da tempestade e dos
mares.
" Susanoo "

Susanoo, descontente com a negociação destinada a


remediar uma disputa entre os seus dois irmãos, faz
grandes patifarias à irmã Amaterasu, 'deusa do Sol', a
ponto de a fazer fugir para uma caverna chamado
Iwayado, deixando o mundo na escuridão. Todos os
outros kami, reunidos, concebem então um plano para
a fazer sair. Com grande alarido, gritos e risos,
despertam a curiosidade da deusa solar, que a leva a
entreabrir a entrada da caverna. Atraída por um
espelho colocado à sua frente, acaba por sair, sendo
então fechada a caverna, para a impedir de que
entrasse novamente. Garantida de novo a luz, Susanoo
é condenado a pagar uma multa e a ser desterrado dos
céus. Mais tarde, ele arrepende-se e acaba por
presentear a irmã com um esplêndido sabre retirado do
corpo de um dragão que ele matou.
Susanoo aparece em várias histórias. Uma história fala
do comportamento impossível de Susanoo contra
Izanagi. Izanagi, cansado de sofrer ataques de
Susanoo, desapareceu no Yomi. Susanoo desgostoso
concordou, mas tinha negócios inacabados para
resolver primeiro. Ele foi para Takamagahara (céu)
para dizer adeus a sua irmã, Amaterasu. Amaterasu
sabia que seu irmão não tinha boa intenção em mente
e se preparou para a batalha. Amaterasu pensando que
Susanoo queria o Takamagahara para si e vai ao
encontro de Susanoo.
Susano propõe um acordo para provar que suas
intenções são boas. Amaterasu concorda. Primeiro,
Amaterasu pega a espada de Susano e cria três
deusas, as Munakata Sanjojin. Então, Susano pega um
colar de jóias de Amaterasu e nascem cinco deuses,
todos homens. Amaterasu diz que os deuses que
nasceram a partir do colar de jóias foram feitos a partir
de um objeto seu, portanto são filhos dela. Amaterasu
afirma também que as deusas que nasceram da
espada são filhas de Susano. Todos os deuses
dominavam um elemento da criação e da destruição: o
ar, a luz e a natureza. Ambos os deuses reivindicaram
a vitória. A insistência causou violentas campanhas que
atingiu seu clímax quando Susanoo jogou um 'cavalo
morto celestial' sobre os teares das criadas tecelãs de
Amaterasu onde uma de suas criadas morreu.
Amaterasu fugiu e se escondeu na caverna chamada
Iwayado. Enquanto a deusa do sol desapareceu, as
trevas cobriam o mundo.

" Susanoo e Orochi "


Susanoo desce a Izumo nas proximidades de um rio
hoje conhecido como Hiikawa. Lá, Susanoo percebe
hashi sendo carregados pela correnteza e decide subir
o rio. Susanoo encontra o casal de idosos Ashinajichi e
Natejichi chorando. O casal tinha oito filhas, porém o
monstro Yamata no Orochi que possuía oito cabeças,
oito caudas e olhos vermelhos vinha uma vez por ano e
comia uma de suas filhas. Sua última filha,
Kushinadahime estava prestes a ser devorada.
Susanoo, percebendo a relação do casal de idosos com
a deusa do sol Amaterasu, ofereceu sua ajuda. O casal
então promete a mão de sua filha se Susanoo
exterminasse o monstro. Susanoo mata Yamata no
Orochi, se casa com Kushinadahime e constrói um
castelo para morar com ela. Ōnamuji (Ookuninushi) era
descendente de Susanoo. Ele, junto com seus muitos
irmãos, concorreu a mão da princesa Yakami de Inaba
durante a viagem de Izumo para Inaba. Ōnamuji sofreu
muito devido a inveja de seus irmãos. Perseguido por
seus inimigos, ele se aventurou no reino Susanoo onde
se encontrou com a filha do
Deus Vingativo,Suseri-hime.
Susanowo testou várias vezes Onamuji mas no final,
Susanoo aprovou Ōnamuji e previu sua vitória contra
os seus irmãos. Ookuninushi e Sukunahikona
desenvolvem o Ashihara no Nakatsu Kuni criando as
regras da agricultura, medicina e magia.

" Tsukuyomi "

Tsukuyomi ou Tsukiyomi, também conhecido como


Tsukuyomi-no-kami, é o deus da lua no xintoísmo e na
mitologia japonesa. O nome Tsukuyomi é uma
combinação das palavras japonesas lua/mês (tsuki) e
"ler; contar"(yomu). Outra interpretação de seu nome é
a combinação de "Noite iluminada pela Lua" (Tsukiyo)
e um verbo significando "Olhando para" (miru). Ainda
outra interpretação diz que o kanji para "arco"(弓, yumi)
foi corrompido com o kanji para "yomi". "Yomi"
Também pode se referir ao mundo subterrâneo, apesar
desta interpretação não ser bem aceita.
Tsukuyomi foi a segunda das "Três nobres crianças"
nascidas quando Izanagi, o Deus que criou a primeira
terra, Onogoro-shima, lavou seu olho direito enquanto
se banhava para purificar-se de seus pecados depois
de escapar do mundo subterrâneo e das correntes de
sua enraivecida esposa, Izanami. De qualquer forma,
em uma história alternativa, Tsukuyomi nasceu de um
espelho feito de cobre branco na mão direita de
Izanagi. Depois de subir a escada celestial, Tsukuyomi
viveu no "paraíso", também conhecido como
Takamagahara, com sua irmã Amaterasu, a Deusa do
Sol.
" Ashihara no Nakatsu Kuni "

Amaterasu e os outros deuses do Takamagahara


declaram que eles deveriam governar o Ashihara no
Nakatsu Kuni, então governado por Ookuninushi. Vários
deuses são enviados a Ashihara no Nakatsu Kuni, mas
falham em seu objetivo. Amaterasu pergunta aos
deuses quem deveria ser o próximo enviado.
Os deuses respondem que deveria ser Itsunoohabari ou
seu filho Takemikadzuchi.
Takemikadzuchi e Amenotohibune são enviados ao
Ashihara no Nakatsu Kuni. Lá chegando
Takemikadzuchi finca a espada Totsuka no Tsurugi no
chão. Takemikadzuchi se senta e diz a Ookuninushi que
Amaterasu ordenara que Ashihara no Nakatsu Kuni
fosse governado por um de seus filhos. Takemikadzuchi
vai então conversar com Kotoshironushi, filho de
Ookuninushi e Kotoshironushi se esconde. Em seguida
vai conversar com outro filho de Ookuninushi,
Takeminakata. Takeminakata tenta medir forças com
Takemikadzuchi, mas é derrotado.
Amaterasu envia então Takamimusubi para conversar
com Ookuninushi. Takamimusubi diz a Ookuninushi que
Amaterasu lhe construiria um grande castelo em troca
do controle do Ashihara no Nakatsu Kuni. Ookuninushi
pede um grande castelo, para seus 180 filhos morarem
e depois disso desaparece. Este castelo é o santuário
Izumo Taisha, em Shimane.
" Prosperidade e eternidade"
Ninigi conheceu a princesa Konohana-Sakuya (símbolo
de flores), a filha de Yamatumi (mestre das
montanhas).
Eles se apaixonaram e Ninigi pediu a Yamatumi a mão
de sua filha. Yamatumi ofereceu a mão de suas duas
filhas, Iwanaga (símbolo de pedra) e Sakuya (símbolo
de flores). Mas Ninigi escolheu Sakuya. "Iwanaga é
abençoado com a eternidade e Sakuya com a
prosperidade", disse em lamentação Yamatumi,
recusando Iwanaga, sua vida será curta a partir de
agora. Devido a isso, Ninigi e seus descendentes
tornaram-se simples mortais. Sakuya deu à luz a três
filhos. Os nomes das crianças foram Hoderi, Hosuseri, e
Howori.Seria muito dificil narrar todos os Deuses dos
japão mas eles estão na mesma numerologia dos
Yórubás,assim como temos 16 semi-Deuses eles
também possuiem 16 semi-Deuses filho de Deuses e
Deusas do Orún céu.
Quanto as divindades como nós eles tem quase a
mesma quantidade por nos chamados de odús regente
e por eles Deuses.Temos 256 Odús difundidos entre os
orisás e divindades mais as que nos une junto ao orún
são 16 que são os 16 orixás regente no mundo.
Em cada pais um Deus unico com seus semi-deuses.

Você também pode gostar