O documento apresenta trechos de músicas brasileiras que utilizam diferentes figuras de linguagem como metáfora, refrão de bolero, comparação, assonância, paronomásia, onomatopeia, antítese, paradoxo, personificação, ironia, gradação. As letras abordam temas como amor, solidão, crítica social e política.
O documento apresenta trechos de músicas brasileiras que utilizam diferentes figuras de linguagem como metáfora, refrão de bolero, comparação, assonância, paronomásia, onomatopeia, antítese, paradoxo, personificação, ironia, gradação. As letras abordam temas como amor, solidão, crítica social e política.
O documento apresenta trechos de músicas brasileiras que utilizam diferentes figuras de linguagem como metáfora, refrão de bolero, comparação, assonância, paronomásia, onomatopeia, antítese, paradoxo, personificação, ironia, gradação. As letras abordam temas como amor, solidão, crítica social e política.
Assim que o dia amanheceu Amar é um deserto e seus temores
Lá no mar alto da paixão Vida que vai na sela dessas dores Dava pra ver o tempo ruir Não sabe voltar, me dá teu calor Cadê você? Que solidão! Esquecera de mim? Vem me fazer feliz porque eu te amo Você deságua em mim, e eu, oceano Enfim, de tudo o que há na Terra Me esqueço que amar é quase uma dor Não há nada em lugar nenhum Só sei viver se for por você! Que vá crescer sem você chegar Longe de ti tudo parou Ninguém sabe o que eu sofri Refrão de bolero – Engenheiros do Hawaí Eu que falei "nem pensar" Num bar Agora me arrependo, roendo as unhas Com um vinho barato Frágeis testemunhas Um cigarro no cinzeiro, De um crime sem perdão E uma cara embriagada no espelho do banheiro Mas eu falei sem pensar Coração na mão, como refrão de bolero Teus lábios são labirintos, Eu fui sincero Que atraem os meus instintos mais Como não se pode ser sacanas Teu olhar sempre distante sempre me Um erro assim tão vulgar engana Nos persegue a noite inteira Eu entro sempre na tua dança de cigana E, quando acaba a bebedeira, Ele consegue nos achar Eu que falei "nem pensar" Agora me… Comparação: Telegrama – Zeca Baleiro Eu tava triste tristinho Por isso hoje eu acordei com uma Mais sem graça que a top model magrela vontade danada na passarela De mandar flores ao delegado Eu 'tava só sozinho De bater na porta do vizinho e desejar Mais solitário que um Paulistano bom dia Que um canastrão na hora que cai o pano De beijar o Português da padaria 'Tava mais bobo que banda de rock hoje eu acordei com uma vontade Que um palhaço do circo Vostok danada Mas ontem eu recebi um telegrama De mandar flores ao delegado Era você de Aracaju ou do Alabama De bater na porta do vizinho e desejar Dizendo nêgo, sinta-se feliz bom dia Porque no mundo tem alguém que diz De beijar o Português da padaria Que muito te ama! Mama, oh… Que tanto te ama! Que muito, muito te ama Que tanto te ama! A primeira manhã – Alceu Valença
Na primeira manhã que te perdi
Acordei mais cansado que sozinho Como um conde falando aos passarinhos Como uma bumba-meu-boi sem capitão E gemi como geme o arvoredo Como a brisa descendo das colinas Como quem perde o prumo e desatina Como um boi no meio da multidão Na segunda manhã que te perdi Era tarde demais pra ser sozinho Cruzei ruas, estradas e caminhos Como um carro correndo em contramão Pelo canto da boca num sussurro Fiz um canto demente, absurdo O lamento noturno dos viúvos Como um gato gemendo no porão Solidão. Catacrese As mariposa – Adoniran Barbosa As mariposa quando chega o frio Fica dando volta em volta da lâmpida pra se esquentar Elas roda, roda, roda e dispois se senta Em cima do PRATO da lâmpida pra descansar Eu sou a lâmpida E as muié é as mariposa Que fica dando volta em volta de mim Toda noite só pra me beijar Metonímia Que país é esse – Legião Urbana Nas favelas, no Senado Que país é esse? Sujeira pra todo lado Que país é esse? Ninguém respeita a Constituição Que país é esse? Mas todos acreditam no futuro da nação Que país é esse? Que país é esse? Terceiro mundo, se for Que país é esse? Piada no exterior Que país é esse? Mas o Brasil vai ficar rico Vamos faturar um milhão No Amazonas, no Araguaia iá, iá Quando vendermos todas as almas Na Baixada Fluminense Dos nossos índios num leilão Mato Grosso, Minas Gerais E no Nordeste tudo em paz Que país é esse? Na morte eu descanso Que país é esse? Mas o sangue anda solto Que país é esse? Manchando os papéis, documentos fiéis Que país é esse? Ao descanso do patrão Assonância Ana de Amsterdam – Chico Buarque Sou Ana do dique e das docas Da compra, da venda, das trocas de pernas Dos braços, das bocas, do lixo, dos bichos, das fichas Sou Ana das loucas Até amanhã Sou Ana Da cama, da cana, fulana, sacana Sou Ana de Amsterdam Paronomásia Avião sem asa Fogueira sem brasa Sou eu assim, sem você Futebol sem bola Piu-Piu sem Frajola Sou eu assim, sem você Por que é que tem que ser assim? Se o meu desejo não tem fim Eu te quero a todo instante Nem mil auto-falantes Vão poder falar por mim Eu não existo longe de você E a solidão é o meu pior castigo Eu conto as horas pra poder te ver Mas o relógio tá de mal comigo Onomatopeia Splish splash – Roberto Carlos Splish splash Fez o beijo que eu dei Nela dentro do cinema Todo mundo olhou me condenando Só porque eu estava amando Agora lá em casa todo mundo vai saber Que o beijo que eu dei nela Fez barulho sem querer Yeah, yeah, splish splash Todo mundo olhou E com água na boca muita gente Ficou Yeah, yeah, splish splash Antítese Epitáfio – Titãs Devia ter amado mais Ter chorado mais Ter visto o sol nascer Devia ter arriscado mais E até errado mais Ter feito o que eu queria fazer Queria ter aceitado As pessoas como elas são Cada um sabe a alegria E a dor que traz no coração O acaso vai me proteger Enquanto eu andar distraído O acaso vai me proteger Enquanto eu andar Paradoxo Monte Castelo – Legião urbana O amor é o fogo que arde sem se ver É um estar-se preso por vontade É servir a quem vence, o vencedor É um ter com quem nos mata a É ferida que dói e não se sente lealdade É um contentamento descontente Tão contrário a si é o mesmo amor É dor que desatina sem doerAinda que eu falasse Estou acordado e todos dormem A língua dos homens Todos dormem, todos dormem E falasse a língua dos anjos Agora vejo em parte Sem amor eu nada seria Mas então veremos face a face É um não querer mais que bem querer É só o amor! É só o amor É solitário andar por entre a gente Que conhece o que é verdade É um não contentar-se de contente Ainda que eu falasse É cuidar que se ganha em se perder Personificação A lua me traiu – Banda Calypso Parece até conto de fadas Foi sofrendo e foi sofrendo Mas assim aconteceu Tentando te encontrar Éramos dois apaixonados Na madrugada Julieta e Romeu Fria madrugada! Naquela noite encantada A lua me traiu! Pedi pra lua dos amantes Acreditei que era pra valer Que iluminasse essa hora A lua me traiu! Pra esse amor eternizar Fiquei sozinha E louca por você Mas num passe de mágica Você desapareceu Um eclipse maldito O encanto se perdeu E o meu coração partido Ironia A canção do senhor da guerra - Legião Existe alguém esperando por você Gera empregos, aumenta a produção Uma guerra sempre avança a Que vai comprar a sua tecnologia juventude Mesmo sendo guerra santa Quente, morna ou fria E convencê-lo a vencer Pra que exportar comida se as armas Mais uma guerra sem razão Dão mais lucros na exportação? Já são tantas as crianças Com armas na mão Mas explicam novamente que a guerra Existe alguém que está contando com você Pra lutar em seu lugar já que nessa guerra Não é ele quem vai morrer
E quando longe de casa
Ferido e com frio O senhor da guerra não gosta de crianças O inimigo você espera O senhor da guerra não gosta de crianças Ele estará com outros velhos O senhor da guerra não gosta de crianças Inventando novos jogos de guerra O senhor da guerra não gosta de crianças O senhor da guerra não gosta de crianças Que belíssimas cenas de destruição O senhor da guerra não gosta de crianças Não teremos mais problemas Com a superpopulação Veja que uniforme lindo fizemos pra você E lembre-se sempre que: Deus está do lado de quem vai vencer Gradação Eduardo e Mônica Quem um dia irá dizer Eduardo e Mônica um dia se Que existe razão encontraram sem querer Nas coisas feitas pelo coração? E conversaram muito mesmo pra E quem irá dizer tentar se conhecer Que não existe razão? Um carinha do cursinho do Eduardo que disse Eduardo abriu os olhos, mas não quis Tem uma festa legal, e a gente quer se levantar se divertir Ficou deitado e viu que horas eram Enquanto Mônica tomava um conhaque No outro canto da cidade, como eles disseram Se encontraram, então, no parque Festa estranha, com gente esquisita da cidade Eu não tô legal, não aguento mais birita A Mônica de moto e o Eduardo de E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais camelo Sobre o boyzinho que tentava impressionar O Eduardo achou estranho e melhor não comentar E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra Mas a menina tinha tinta no cabelo casa Eduardo e Mônica eram nada É quase duas, eu vou me ferrar parecidos Eduardo e Mônica trocaram telefone Ela era de Leão e ele tinha dezesseis Depois telefonaram e decidiram se encontrar Ela fazia Medicina e falava alemão O Eduardo sugeriu uma lanchonete E ele ainda nas aulinhas de inglês Mas a Mônica queria ver o filme do Godard E mesmo com tudo diferente, veio Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus mesmo, de repente Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano Uma vontade de se ver e de Rimbaud E os dois se encontravam todo dia E o Eduardo gostava de novela E a vontade crescia, como tinha de E jogava futebol de botão com seu avô ser Ela falava coisas sobre o Planalto Central Eduardo e Mônica fizeram natação, Também magia e meditação fotografia E o Eduardo ainda tava no esquema Teatro, artesanato, e foram viajar Escola, cinema, clube, televisão A Mônica explicava pro Eduardo Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar Hipérbole Exagerado - Cazuza Amor da minha vida Exagerado Daqui até a eternidade Jogado aos teus pés Nossos destinos Eu sou mesmo exagerado Foram traçados na maternidade Adoro um amor inventado Paixão cruel desenfreada Eu nunca mais vou respirar Te trago mil rosas roubadas Se você não me notar Pra desculpar minhas mentiras Eu posso até morrer de fome Minhas mancadas Se você não me amar Vagalume - Pollo Vou caçar mais de um milhão de vagalumes por aí Pra te ver sorrir eu posso colorir o céu de outra cor Eu só quero amar você E quando amanhecer eu quero acordar Do seu lado Vou escrever mais de um milhão de canções pra você ouvir Que meu amor é teu, teu sorriso me faz sorrir Vou de Marte até a Lua, cê sabe já tô na tua Não cabe tanta saudade essa verdade nua e crua Eu sei o que eu faço, nosso caminho eu traço Um casal fora da lei ocupando o mesmo espaço Se eu to contigo não ligo se o sol não aparecer É que não faz sentido caminhar sem dar a mão pra você Teu sonho impossível vai ser realidade Sei que o mundo tá terrível mas não vai ser a maldade que Vai me tirar de você, eu faço você ver pra tu sorrir eu faço o mundo inteiro saber que eu Eufemismo Pais e filhos – Legião urbana Estátuas e cofres e paredes pintadas Ninguém sabe o que aconteceu Ela se jogou da janela do quinto andar Nada é fácil de entender Dorme agora É só o vento lá fora Quero colo! Vou fugir de casa Posso dormir aqui com vocês? Estou com medo, tive um pesadelo Só vou voltar depois das três Anáfora Foi Deus quem fez você - Amelinha Foi Deus que fez o céu, Fez até o anonimato O rancho das estrelas. Dos afetos escondidos Fez também o seresteiro E a saudade dos amores Para conversar com elas. Que já foram destruídos. Foi Deus! Fez a lua que prateia Minha estrada de sorrisos Foi Deus que fez o vento E a serpente que expulsou Que sopra os teus cabelos; Foi Deus quem fez o orvalho Que molha o teu olhar. Teu olhar... Mais de um milhão do paraíso. Foi Deus que fez as noites Foi Deus quem fez você; E o violão plangente; Foi Deus que fez o amor; Foi Deus que fez a gente Fez nascer a eternidade Somente para amar. Só para amar... Num momento de carinho. Pleonasmo Tempo perdido – Legião urbana Todos os dias quando acordo Não tenho mais O tempo que passou Mas tenho muito tempo Temos todo o tempo do mundo Todos os dias Antes de dormir Lembro e esqueço Como foi o dia Sempre em frente Não temos tempo a perder Nosso suor sagrado É bem mais belo Que esse sangue amargo E tão sério E selvagem! Selvagem! Selvagem!