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Tarot Egípcio: A Jornada em

Busca do Saber
Introdução
Tarot descreve nas suas cartas as etapas do
desenvolvimento da consciência e do exercício
do ser humano. Utilizando a simbologia do Livro
dos Mortos Egípcio, os Arcanos seguem o
princípio que todo Homem nasce provido de
dons e conhecimentos herdados dos seus
antepassados que devem ser desenvolvidos para
a realização da grande Tarefa de contribuir
para a evolução e aperfeiçoamento do Universo.
Conforme a doutrina egípcia, adquirir o poder
sobre sua própria Alma, para que Osíris ceda a
possibilidade da reencarnação. A Grande
Jornada pelas Doze Vias do Saber, significa o
processo da realização de nossos dons, que se
desenvolve durante sete anos . Como se nossa
vida fosse formada de várias vidas, cada uma
delas com a duração de um setênio. E os
Arcanos representam os passos deste
processo. O Império faraônico estava
estruturado a base de símbolos, o sentido
destes eram revelados metodicamente a cada
classe e indivíduo, conforme a função que
exercia na estrutura, e o progresso que fazia
na aprendizagem. Primeiro eram passados os
ensinamentos dos princípios universais, os
Arcanos Maiores, que são os fundamentos que
modelam o caráter, e concluindo os
conhecimentos práticos. Nos estudos dos
Arcanos, se seguia a mesma regra: Primeiro o
aluno devia se identificar com os símbolos de
uma carta, e depois relacionar a interação de
todos eles em um só principio da doutrina, ia
avançando arcano por arcano até conhecer o
significado de todos e obter o que se chamava
de "preparação do fundamento", passando,
então a adquirir a 'preparação do serviço", esta
última por meio do simbolismo dos Arcanos
Menores. Os Arcanos menores estão vinculados
a determinados passos iniciáticos, como estão
os demais, representam melhor os elementos
diferenciados através dos quais os princípios
universais associados aos Maiores atuam no
mundo físico, motivo pelo qual, tendo o mesmo
simbolismo e transcendência, tem menor
importância doutrinária e maior aplicativa. O
mais importante e que os egípcios convertiam a
doutrina em prática e a preparação do
fundamento entrava em serviço. Cada uma
destas chaves continha:
Plano Espiritual:
Na parte superior da carta: uma
letra hebréia, uma mística e um
signo egípcio e os atributos de uma
divindade, símbolo de determinado
dinamismo. Atua no plano espiritual.
A parte superior mais significado
para nossa subconsciência que para
a consciência.
Plano Mental:
Na parte do meio: um desenho que
interpreta em imagens o sentido
deste dinamismo. Atua no plano
Tarots © mental.Plano Material:
Na inferior: os símbolos místicos,
astrais, alfabéticos e cabalísticos.
através dos quais este dinamismo
cumpre seu encargo no Plano Físico.
O baralho é dividido em dois grupos de cartas.
Os Arcanos Maiores e os Arcanos Menores. Os
Arcanos são como perguntas básicas que ajudam
em cada momento a organizarmos nossa relação
com o mundo. Perguntas que ajudamos a
identificar os objetivos do momento que
estamos vivendo, as potencialidades que temos
para enfrentar a situação e as características
do ambiente que estamos inseridos.
Os Arcanos Maiores são mais gerais,
representam os conceitos mais abrangentes, e
estão mais próximos dos nossos anseios e da
nossa essência.
Os Arcanos Menores são mais simples, abrangem
um número menor de associações e estão mais
próximos das possibilidades que o meio oferece,
ou seja dos fatos propriamente dito.
Podemos dividir o Tarot em sete naipes, três
dos Arcanos Maiores e os quatro convencionais
dos Arcanos Menores: Paus, Copas, Espadas e
Ouros. Sendo que nas figuras dos naipes dos
Arcanos Menores encontramos um personagem a
mais: Rei, Rainha, Soldado e o Escravo (estes
dois últimos podem ser chamados de Cavaleiro e
Valete, ou até como no Tarot de Aleister
Crowley, de Príncipe e Princesa)

Arcanos Maiores
O personagem do Tarot o Arcano 22 ou 0

Naipe do Espírito do Arcano 1 ao 7

Naipe da Mente do Arcano 8 ao 14


Naipe do Corpo do Arcano 15 ao 21

ARCANOS MENORES

Naipe de Paus do Arcano 23 ao 36


Naipe de Copas do Arcano 37 ao 50
Naipe de Espadas do Arcano 51 ao 64
Naipe de Ouros do Arcano 65 ao 78
O "LIVRO DE THOT"
COMO MÉTODO DE PREDIÇÃO POR
INSPIRAÇÃO PSÍQUICA.
Por Iglesias Janeiro.
Texto extraído do livro A Cabala da Predição
Ed. Kier.
Na teogonia egípcia, Thot era uma divindade
secundária de caráter lunar, que havendo
morado na Terra, ensinou aos homens a
escritura e a divisão de tempo e lhes revelou os
mistérios cifrados nas medidas. Chamado "duas
vezes grande" pelos primitivos egípcios em
razão de que seus ensinamentos se referiam à
dois mundos - o oculto e o manifestado -
denominado "três vezes grande" pelos
continuadores de sua obra em razão de que seus
ensinamentos se relacionam com os três planos
em que se move o pensamento do homem e este
identifica e expressa o quanto sua natureza é
capaz de perceber e discernir. Se crê que o
conceito cosmogônico do Ano Divino e os ciclos
de evolução associados a este conceito, são obra
das doutrinas que Thot transmitia pessoalmente
a um grupo de escolhidos, sendo a idéia de
construir monumentos que resistissem a ação
dos elementos e pudessem testemunhar as
generalizações provenientes da verdade dessas
doutrinas, a específica chave do conhecimento
adiantado que o dito mestre deu aos seus
discípulos a respeito das mutações dos tempos e
ao florescimento e decadência que profetizou a
civilização do Nilo. Por ser de imenso valor o que
o mestre ensinou de viva voz, a tradição dota da
maior importância um livro que Thot deixou
escrito, e que, a julgar pelas referencias que há
sobre ele mesmo, contém aquela coisa que dá o
conhecimento a todos os demais. De acordo dom
as ditas referencias, neste livro as divindades
representam princípios universais, os princípios
universais se expressam por meio de símbolos,
os símbolos se interpretam por meio de números
e os números se traduzem idéias, que a mente
conhece não pelo que é a idéia em si mesma,
senão pela vínculo que tem com o princípio
universal com que se relaciona.
Conhecedor Thot de que o tempo não havia
chegado para que os ensinamentos tal modo
cifrados cumpririam sua missão, encerrou o livro
numa caixa de ouro, colocou a caixa de ouro em
uma de prata, a de prata numa de marfim, a de
marfim, numa de bronze, a de bronze em uma de
cobre, a de cobre numa de ferro e esta ultima
contendo o livro e as demais caixas, a depositou
no fundo do Nilo. Há indícios que os "vasos de
ouro e prata "que Moisés disse que os israelitas
roubaram do Egito, estavam algumas das lâminas
que compunham as páginas deste livro, e que ao
conhecer o conteúdo os sacerdotes mais
chegados ao legislador hebreu, foram mais
tarde o fundamento da Cabala. O abade
Anastacio Kischer, numa viagem que fez ao Egito
à uns 300 anos, parece que obteve uma dessas
laminas, que pertenceu depois ao Cardeal
Bembo, publicando-a Kircher em seu livro "A
língua egípcia constituída, e servindo-se dos
signos que contém, como chave para decifrar
numerosos hieróglifos, entre outros, alguns
murais de antiquíssimo templos, que resultaram
corresponder a várias das laminas do livro de
Thot. Comparando as idéias expressas nos
hieróglifos conhecidos e comparando o número
da ordem deles em cada lamina, pelo o que
possuíam, se pode restabelecer os que faltavam,
e novamente reunida e estudada toda a coleção,
os investigadores de distintas escolas
adaptaram as conclusões às suas respectivas
doutrinas, e embora para alguns se tratava de
um livro que encerra ou declara os mais
profundos mistérios, para outros não passou de
ser um objeto de entremetimento, chegando a
converteres, para os primeiros entre eles Couro
de Gevelén, Etteilla e Paus, em um arcano cujo
simbolismo tem seus equivalentes nos elementos
primários que formam a inteligência humana, e
para os segundos - a imensa maioria - em uma
série de naipes cuja combinação se presta aos
mais variados jogos de azar. Ao tomarmos o
simbolismo do Livro de Thot como possível chave
que facilita a predição por inspiração psíquica, o
fazemos dentro do ponto de vista dos primeiros,
isto é, aos que aceitam que os princípios
universais estão representados nestas laminas
por divindades, as divindades pelos signos, os
signos por números, e estes pelo que há na
inteligência humana que compreende o sentido
de todo ele.
Dentro deste ponto de vista cada lamina de
Thot é todo um compendio de ideogramas, que
sendo a expressão de conceitos universais para
a mente, não só abre esta a compreensão destes
conceitos, como atualiza momentaneamente
certas faculdades e põe em movimento o
automatismo que permite exercitá-los para
determinados propósitos. Vejamos as
facilidades com que o método concorre para
atingir este fim.
História do Tarot Egípcio editado pela Ed. Kier.
Athanaius Kircher em sua obra " Oedipus
Aegyptiacus. hoc est universalis doctrinae
hieroglyphicae instauratio " (1652-55)
reproduziu estas lâminas. Em uma viagem na
época ao Egito encontrou algumas e servindo-se
dos símbolos e dos hieroglifos restituiu a
coleção.

Estrutura do Tarot

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