Você está na página 1de 7

Açaí – Djavan Assim que o dia amanheceu

Solidão de manhã Lá no mar alto da paixão


Dava pra ver o tempo ruir
Poeira tomando assento
Cadê você? Que solidão!
Rajada de vento Esquecera de mim?
Som de assombração... Coração
Sangrando toda palavra sã Enfim, de tudo o que há na Terra
Não há nada em lugar nenhum
Que vá crescer sem você chegar
A paixão puro afã
Longe de ti tudo parou
Místico clã de sereia Ninguém sabe o que eu sofri
Castelo de areia
Ira de tubarão, ilusão Amar é um deserto e seus temores
O sol brilha por si Vida que vai na sela dessas dores
Não sabe voltar, me dá teu calor
Açaí, guardiã Vem me fazer feliz porque eu te amo
Zum de besouro um ímã Você deságua em mim, e eu, oceano
Branca é a tez da manhã Me esqueço que amar é quase uma dor
Oceano – Djavan
Só sei viver se for por você!
Se... -Djavan Encontro das águas – Jorge Vercilo

Você disse que não sabe se não Sem querer te perdi tentando te encontrar
Mas também não tem certeza que sim Por te amar demais sofri, amor
Quer saber? Me senti traído e traidor
Quando é assim, deixa vir do coração
Você sabe que eu só penso em você Fui cruel sem saber que entre o bem e o mal
Você diz que vive pensando em mim Deus criou um laço forte, um nó
Pode ser, se é assim E quem viverá um lado só?
Você tem que largar a mão do não

Soltar essa louca, arder de paixão


A paixão veio assim afluente sem fim
Não há como doer pra decidir Rio que não deságua
Só dizer sim ou não Eu aprendi com a dor nada mais é o amor
Mas você adora um se Que o encontro das águas
Eu levo a sério, mas você disfarça Esse amor, hoje vai pra nunca mais voltar
Você me diz à beça e eu nessa de horror Como faz o velho pescador
E me remete ao frio que vem lá do sul Quando sabe que é a vez do mar
Insiste em zero a zero e eu quero um a um Qual de nós foi buscar o que já viu partir
Sei lá o que te dá, não quer meu calor Quis gritar, mas segurou a voz,
São Jorge, por favor, me empresta o dragão Quis chorar, mas conseguiu sorrir?
Mais fácil aprender japonês em braile
Do que você decidir se dá ou não Quem eu sou pra querer entender O amor
Nem um dia – Djavan Flor de Lis - Djavan
Um dia frio Valei-me, Deus,
Um bom lugar pra ler um livro É o fim do nosso amor
E o pensamento lá em você Perdoa, por favor
Eu sem você não vivo Eu sei que o erro aconteceu
Um dia triste Mas não sei o que fez,
Toda fragilidade incide Tudo mudar de vez
E o pensamento lá em você Onde foi que eu errei?
E tudo me divide Eu só sei que amei,
Longe da felicidade e todas as suas luzes Que amei, que amei, que amei
Te desejo como ao ar
Será talvez que minha ilusão
Mais que tudo
És manhã na natureza das flores
Foi dar meu coração com toda força
Pra essa moça me fazer feliz
Mesmo por toda riqueza dos sheiks árabes E o destino não quis me ver como raiz
Não te esquecerei um dia De uma flor de lis E foi assim que eu vi
Nem um dia
Nosso amor na poeira, poeira
Espero com a força do pensamento
Recriar a luz que me trará você Morto na beleza fria de Maria
E tudo nascerá mais belo
E o meu jardim da vida
O verde faz do azul com o amarelo Ressecou, morreu
O elo com todas as cores Do pé que brotou Maria
Pra enfeitar amores gris Nem margarida nasceu
O Bebado e a Equilibrista – Elis Regina Te devoro – Djavan
Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto, me lembrou Carlitos Teus sinais me confundem da cabeça aos pés
A lua tal qual a dona do bordel
Mas por dentro eu te devoro
Pedia a cada estrela fria, um brilho de aluguel Teu olhar não me diz exato quem tu és
Mesmo assim eu te devoro
E nuvens lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas, que sufoco!
Te devoraria a qualquer preço
Louco!
Porque te ignoro ou te conheço
O bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil, pra noite do Brasil Quando chove ou quando faz frio
Noutro plano, te devoraria tal Caetano
Meu Brasil!
Que sonha com a volta do irmão do Henfil
A Leonardo DiCaprio
Com tanta gente que partiu num rabo de foguete
É um milagre
Chora
A nossa Pátria mãe gentil
Tudo que Deus criou pensando em você
Choram Marias e Clarisses no solo do Brasil Fez a Via-Láctea, fez os dinossauros
Sem pensar em nada, fez a minha vida
Mas sei que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente, A esperança E te deu

Dança na corda bamba de sombrinha Sem contar os dias que me faz morrer
E em cada passo dessa linha, pode se machucar Sem saber de ti, jogado à solidão
Azar!
Mas se quer saber se eu quero outra vida
A esperança equilibrista Não, não!
Sabe que o show de todo artista
Tem que continuar
Final Feliz – Jorge Vercilo Monalisa – Jorge Vercilo
É incrível
Chega de fingir Nada desvia o destino
Eu não tenho nada a esconder Hoje tudo faz sentido
Agora é pra valer, haja o que houver E ainda há tanto a aprender
E a vida tão generosa comigo
Não tô nem aí Veio de amigo a amigo
Me apresentar a você
Não tô nem aqui pro que dizem
Eu quero é ser feliz, e viver pra ti Paralisa com seu olhar, Monalisa
Seu quase rir ilumina
Tudo ao redor, minha vida
Pode me abraçar sem medo Ai de mim.
Pode encostar tua mão na minha Me conduza
Junto a você ou me usa
Meu amor Pro seu prazer, me fascina
Deixa o tempo se arrastar sem fim Deusa com ar de menina
Meu amor Não se prenda
Não há mal nenhum gostar assim A sentimentos antigos
Oh, meu bem Tudo que se foi vivido
Me preparou pra você
Acredite no final feliz
Meu amor, meu amor Não se ofenda
Com meus amores de antes
Todos tornaram-se ponte
Pra que eu chegasse a você
Que nem maré – Jorge Vercilo Homem Aranha – Jorge Vercilo
Eu adoro andar no abismo
Faz um tempão
Numa noite viril de perseguição
Que eu não dou trégua ao meu coração Saltando entre os edifícios Vi você!
É você o meu lugar
Em poder de um fugitivo
Quando tudo por um fio está
Que cercado pela polícia
Nada vai me fazer desistir do amor Te fez refém lá nos precipícios
Nada vai me fazer desistir de voltar Foi paixão à primeira vista
Todo dia pro seu calor Me joguei de onde o céu arranha
Nada vai me levar do amor Te salvando com a minha teia
Prazer! Me chamam de Homem-Aranha, Seu herói!
Faz um tempão
Que eu não dou asas à minha emoção Hoje o herói aguenta o peso das compras do mês
Passear, distrair e me achar, lá no fundo de ti No telhado, ajeitando a antena da tevê
Acordado a noite inteira pra ninar bebê
A saudade bateu, foi que nem maré
Chega de bandido pra prender
Quando vem de repente de tarde
De bala perdida pra deter
Invade e transborda esse bem me quer Eu tenho uma ideia, você na minha teia
Chega de assalto pra impedir
Seja em Brasília ou aqui
Eu tive a grande ideia, você na minha teia
Hoje eu estou nas suas mãos
Nessa sua ingênua sedução
Que me pegou na veia
Eu tô na tua teia
Samurai – Djavan Lilás - Djavan
Ai... Quanto querer Amanhã, outro dia
Cabe em meu coração
Lua sai, ventania
Ai... Me faz sofrer Abraça uma nuvem que passa no ar
Faz que me mata Beija, brinca e deixa passar
E se não mata, fere
E no ar de outro dia
Vai... Sem me dizer
Na casa da paixão
Meu olhar surgia
Nas pontas de estrelas perdidas no mar
Sai... Quando bem quer Pra chover de emoção, trovejar
Traz uma praga
E me afaga a pele Raio se libertou, clareou muito mais
Crescei, luar pra iluminar as trevas Se encantou pela cor lilás
Fundas da paixão Prata na luz do amor
Céu azul
Eu quis lutar
Contra o poder do amor Eu quero ver o pôr do sol
Caí nos pés do vencedor Lindo como ele só
Para ser o serviçal E gente pra ver, e viajar
De um samurai No seu mar de raio
Mas eu tô tão feliz!
Dizem que o amor atrai

Você também pode gostar