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República, Platão
O foco da obra era criticar as ideias do sofista Trasímaco. Na obra, surge a
dúvida de qual opinião era a correta sobre a relação entre Platão e Trasímaco.
I. Trasímaco estava confuso e depois de sua ideia ser destruída por
Sócrates, ele assume uma nova ideia
II. Platão manipulou as ideias de Trasímaco para ligar aos seus próprios
propósitos (Platão da mais importância em sua obra0
III. Trasímaco não conta todas suas ideias de início, por isso houve a
mudança de posicionamento (Kerferd)
Primeira fala de Trasímaco (338c1-2): Justiça é a ação dos mais fortes,
superiores. Independente da forma de governo, a justiça sempre será baseada
no interesse do governante. Conclui que só existe uma ideia justa nas cidades:
o interesse do governo constituído (338d5-339-a3). Por outo lado, Sócrates
aponta que muitas vezes o governante pode ir contra seus interesses, sem que
perceba.
Trasímaco por sua vez, se recusa a acreditar que a justiça se baseava em
obedecer a leis. Diz que governantes de verdade nunca se enganam sobre seus
interesses.
Resposta de Sócrates: Toda arte tem um objeto específico, e seu objetivo é
promover a vontade desse objeto. No caso dos governantes, promover os
interesses daqueles que governais.
Contrarresposta de Trasímaco: Sócrates está falseando a situação, mesmo
buscando o interesse do objeto, sempre o superior irá buscar o seu no final
(pastor e rebanho)
Conclui-se que a justiça, não é uma busca dos interesses do governante, mas
dos governados. E ao dar sua opinião, Trasímaco nos mostra dois pontos
importantes: governantes justos são tolos, pois buscam o interesse dos
governados e os governados são tolos em deixar o governante buscar seus
próprios interesses. Então, a virtude do homem não é a justiça, mas a injustiça.
Pois por meio dela, que se encontra o caminho para concretizar o interesse do
homem.
Observação: Lembrando que em nenhuma parte Trasímaco utiliza physis-
nomos, mas ao defender o desinteresse pela justiça vulgar, ele concorda com
um dos princípios da natureza.