Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Antiguidade
GRÉCIA
Aristóteles – “Nem tudo é variável e pode distinguir-se com razão na justiça civil e
política o que é natural e o que não é.”
As leis dos Deuses (unificação da lei natural e da lei divina) teriam mais relevância do
que as leis dos homens.
ROMA
- Patrística
1
Na origem de tudo e de toda a criação está a lei eterna de Deus.
S. Tomás de Aquino – “O Homem participa por sua razão da lei eterna.” A lei é algo
próprio da razão.
Assim, da lei natural deriva a lei humana, que serve para disciplinar as situações da
vida, de acordo com a lei natural. Não pode contradizê-la, pois nesse caso já não seria
lei e não deveria ser obedecida.
Teoria do mínimo ético – irrelevância ética e carácter técnico da maioria das regras
jurídicas – Teoria posteriormente abandonada
3. Descrença na razão
Negação da razão
O Homem não tem capacidade de chegar a uma Ordem verdadeira através da razão.
2
Os príncipes eram os iluminados, que não tinham limitação no seu poder.
4. Novamente o Racionalismo
Tem origem num contemporâneo de Hobbes – Hugo Grócio (marca a transição para a
“escola racionalista do Direito natural”)
- Porém, o Direito natural não se funda em Deus, já que continuaria a existir ainda que
Deus não existisse;
O Direito natural terá que ser um conjunto restrito de princípios e não quase todo o
Direito, como crêem os racionalistas.
3
Os indivíduos renunciam a uma parte dos seus direitos para que o Estado os possa
melhor defender. A função do Estado é defender esses direitos.
Assim
Estes direitos eram anteriores à regra e, por isso, é que são feitas as Declarações de
direitos.
O Direito natural não é um pressuposto, mas sim criado pela razão, tendo em conta os
direitos naturais inerentes aos indivíduos.
5. Escola Histórica
4
Assim, aceita-se um Direito ideal, mas dado pela alma de cada povo, nas suas criações
históricas, de acordo com o tempo e o lugar.
O Direito natural deixa de ser único para ser plural, de acordo com cada povo, cada
momento e cada lugar.
6. Positivismo
2.ª fase – Nada se opõe a que este sistema de Direito natural, fundado na razão, seja
reduzido a escrito – codificação;
3.ª fase – As leis exprimem a razão, pelo que o jurista se torna um servo da lei;
4.ª fase – Puro Positivismo: É inútil qualquer referência ao Direito natural já que o que
importa é o que está escrito – a regra positiva.
5
2- Tese da Convencionalidade – Caráter convencional dos critérios de validade do
Direito.
3- Tese da Separação – Não existe qualquer conexão necessária entre moral e
Direito.
Conceções:
A lei escrita deve reflectir conceitos, aquando da sua interpretação. O Direito está,
assim, na lei escrita, devidamente sistematizada, no âmbito de um Sistema fechado. O
juiz colabora ativamente com o legislador, nomeadamente no que respeita aos
conceitos indeterminados.
6
Pressupostos de valia absoluta só podem existir nos princípios éticos formais
orientadores da acção, através do imperativo categórico – Lei universal do
comportamento.
Neokantismo Stamler
Radbruch (1878-1949)´
Del Vecchio
Direito natural – Aquele cujo conteúdo corresponde à natureza, não do Homem, mas
sim a natureza do Direito.
8. Hegelianismo
Kant – Hegel
Neokantismo – Neohegelianismo
Ainda assim, como defende Castanheira Neves, a norma, seja ou não de Direito
natural, é abstracta. O concreto é o momento da aplicação do Direito e da solução do
caso concreto.
7
Oliveira Ascensão – Se o Direito natural não for concebido como uma massa fixa de
regras, mas como uma Ordem que permite caso a caso actualizar a regra aplicável à
situação, então a diferença do Direito natural será minimamente relativa.
O que é a natureza a que se faz alusão quando se refere “natureza das coisas”?
Seria a camada ôntica cega a valores que se rege pelas leis da causalidade? – Se assim
fosse, o Direito natural seria um aspeto das ciências da natureza, exprimindo-se
através das leis imutáveis e fatais. Mas assim, o Direito natural não seria Direito, já que
é inerente ao Direito a sua violabilidade!
Então,
O Direito natural será o que conduz o Homem à realização dos seus fins. Baseia-se na
natureza exterior, mas não é subordinado a ela.
O Direito natural tem, assim, que ser positivo, no sentido de que tem que ser
observado pela sociedade (uma das aceções do Positivismo), pois só assim é válido.
É a Ordem essencial que pode não estar a ser observada de facto pela sociedade, mas
mantém-se, ainda assim, como o dever ser dessa sociedade, ainda que violável,
porque é Direito.
8
É um núcleo de Direito positivo que deve ser observado.
Mas o Direito natural não pode ser intemporal e imutável. Ele varia em função da
sociedade, de circunstâncias de tempo e de lugar.
Distingue-se, assim, o Direito vigente e o Direito positivo. Nem todo o Direito vigente é
Direito positivo. Não será se contrariar a Ordem natural.
9
Positivismo
O Direito é visto como um facto (ser) e não como um valor (dever ser). O jurista deve
abster-se de juízos de valor (o Direito é avalorativo).
2- Definição de Direito
É o que se encontra vigente numa certa sociedade, cujas normas se fazem valer pela
força (embora esta característica da coatividade do Direito também seja defendida no
jusnaturalismo).
3- Fontes do Direito
10
A norma é um comando, formulando a teoria imperativista do Direito. No caso das
normas permissivas, trata-se de uma manifestação em menor grau da natureza
imperativa do Direito.
11