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Resumo Prova Filosofia - Prof Adilson

Filosofia do Direito (Universidade do Vale do Rio dos Sinos)

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Baixado por adriano barboza (adriolibar@gmail.com)
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Resumo para Prova do Grau B de Filosofia:

Platão e Aristóteles: A justiça para Platão é a virtude que comanda todas as virtudes e harmoniza a
alma do indivíduo. Para Aristóteles a justiça é a totalidade da virtude, uma necessidade da
instituição política, encarregada do respeito à legalidade. A teoria pura do direito: A teoria pura do
direito devida à epistemologia positiva que a sustenta vê o direito em toda a ordem de sua pressão
estatal, razão pela qual tudo o que se retirar desta ordem se o faz pela via da legalidade. Há pois,
uma autonomia do jurídico com relação à ética. (Justiça → Direito → lei → ordem). Tradição
homérica: Tudo isso leva a considerar que há somente uma autêntica reflexão sobre o Direito a
partir dos sofistas. Contudo, há pistas que apontam na tradição homérica para a construção da
concepção da justiça. O conhecimento, para os sofistas, reside no próprio interior do homem.
Conhecendo a si mesmo, pode-se conhecer melhor o mundo. Sujeito como base de tudo. Problema:
não há verdade universal. Sócrates (469 A.C.): conhecimento: virtude (nada se sabe) – maieutica.
O pensamento de Sócrates reveste-se de uma preocupação ético-social; Sócrates é o iniciador da
filosofia moral em ruptura com a filosofia precedente, sobretudo pelo combate à sofísitica. Ética
para Sócrates é conhecimento: Sócrates defende o cumprimento da lei e a submissão a uma vida
ética para além desta vida, assim, pelo cultivo das virtudes se pode derivar o direito, que é
instrumento de coesão social, com vistas à realização do bem comum. O processo de Sócrates: é
curioso que Sócrates tenha sido condenado à mortes no contexto da restauração da democracia e da
justiça. Certamente esta foi uma democracia muito incerta. As leis que Sócrates ensina a observar o
condenaram à morte. Contudo, Sócrates sempre defendeu a eficácia como base para o cumprimento
das leis governamentais. Virtuosismo platônico e socrático: Platão (427 A.C.) dá continuidade aos
problemas centrais do mestre Sócrates, porém diferentemente deste ele se aparta da cidade e passa a
ensinar em um lugar mais isolado; Este lugar é o gérmen da academia, isto pode representar um
descontentamento com o governo da cidade; Tripartição da alma: a) alma logística (cabeça):
corresponde ao filósofo, a ciência, b) alma irascível (peito): corresponde ao cavaleiro. c) alma
apetitiva (baixo ventre): corresponde ao artesão, povo, desordem; Virtude e vício: ordem e
desordem: para uma harmonia total e virtuosa, as almas irascíveis e apetitiva devem estar
submetidas à razão da alma logística; onde já há levante das partes inferiores da alma contra a parte
superior há vício. A dinâmica da justiça aponta sempre para algo além da vida e da morte. Duas
formas de justiça: a) a justiça humana (imperfeita) e b) justiça retributiva (infalível); o estado ideal
é o estado em que impera a justiça, o estado da ordem, já o estado da desordem é o estado da
injustiça; Aristotelismo: justiça como virtude: o tema da justiça é a ética; o tema da justiça é
tratado por Aristóteles (384 A.C.) no campo que ele definirá como o campo da ética, o saber prático;
a justiça é tratada como uma virtude, portanto um comportamento humano. A ética e a política
aparecem condicionadas uma na outra. A justiça como virtude: a justiça é um justo meio; ser justo
é praticar reiteradamente atos voluntários de justiça, não na base de dois vícios que se contrapõem
por um meio termo, mas de uma posição mediana entre possuir mais e possuir menos; a justiça é a
virtude da semântica da lei, o que é legítimo e está para o bem da comunidade. Assim, a justiça
legal liga-se à obediência dos conteúdos legais, e o fim das leis deve ser o bem comum.
GB:
Averróis e a filosofia árabe medieval: justiça, razão e fé: o mundo árabe e a retomada da tradição
filosófica helênica; no mundo árabe graças à miscigenação das culturas na Andaluzia (Espanha)
houve um grande desenvolvimento do pensamento filosófico árabe com matizes fortemente
aristotélicos, como é o caso de Averróis e Maimônides (judeu). A luta entre a analítica e a
metafísica na tradição árabe medieval: há uma dificuldade em conciliar o pensamento filosófico
ocidental e a fé religiosa muçulmana, dificuldade essa que é enfrentada por Averróis (séc. XII), de
como estabelecer uma fé raciocinada. Ética, justiça e política no pensamento de Averróis: a
tarefa jurídica se aproxima menos de dogmas e mais de um exercício da prudência e do raciocínio,
em atualizar as palavras que nascem do direito árabe do deus Alah; a vida virtuosa é fundamental no
pensamento averroista e esta só é possível mediante o vínculo comum entre os seres humanos. O
impacto do pensamento árabe sobre a filosofia ocidental: a afirmação do pensamento medieval

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ocidental passa pela difusão do pensamento árabe, este traz evidências concretas no pensamento de
Tomás de Aquino; Santo Tomás de Aquino: justiça e sindérese: filosofia tomista: Tomás de
Aquino (1225) é considerado a mais perfeita síntese entre fé e razão = escritura e Aristóteles; Em
Tomás a reflexão sobre a justiça encontra um espaço privilegiado. O problema da justiça está ligado
à práxis e à virtude. Acepções do termo justiça: lei eterna: promulgada por deus; lei humana:
sujeita às vicissitudes; a lei natural participa da lei eterna; o jusnaturalismo tomista não é um código
imutável incondicionado e absoluto, mas está sujeito às contingências humanas. O Princípe –
Maquiavel: conquista de novos territórios, passar confiança para seus súditos, mostrar que governa
de maneira sábia; poder soberano é uma autoridade que se vai construindo, liderança não nasce
pronta, ela se constrói; justiça como exercício da soberania pelo regulamento. Justiça e direito na
modernidade. Thomas More: Utopia e direito: os ventos fortes trazidos pelo humanismo passam
a questionar os conceitos, valores e dogmas estáticos sustentados pela teologia; a reforma
protestante sacudiu o ocidente cristão; a economia centralizada da Inglaterra, sobretudo pela
produção de lã preocupou Thomas more (1478). Hugo Grócio: defende a autonomia frente a
teocracia; a fonte do direito é a natureza humana e pela reta razão se alcança as regras invariáveis da
natureza humana; contribuiu para o desenvolvimento do direito internacional que regula diversas
nações. Samuel Pufendor: defende um político amalgamado a diversos elementos da
complexidade do contexto social, à saber a conciliação entre reta razão e deus; direito natural é
acessível à razão natural porque faz parte da própria natureza do homem, que foi concedida pelo
criador. As leis naturais são aquelas que estão de acordo com a natureza social do homem; direito
natural é uma garantia de sociabilidade frente a possibilidade de desviar-se de conflitos. Deus é
autor do direito natural. John Locke: nada é inato, tudo tem sua fonte na experiência; defende a
existência de um estado de natureza, como estado de paz, porém que pode ser quebrado pela
ausência de um terceiro, alguém que deve julgar os conflitos, aí nasce o estado civil, que convive
com o estado de natureza; o estado civil assegura a proteção dos direitos naturais. Thomas Hobbes:
pelo fato do estado de natureza possibilitar um amplo uso da liberdade, a ponto de uns o lesarem,
deve-se estabelecer um controle, que é o contrato criador do Estado; se no estado de natureza o
homem é homo homini lupus, há a necessidade de se estabelecer um pacto social sob a autoridade
do soberano: o Estado. assim, todos devem se submeter às leis ditadas pelo soberano. Rosseau: é
fruto da efervescência de seu tempo, de modo essencial a revolução francesa; defende a tese do bom
selvagem, o ser humano é bom por natureza, porém a sociedade com seus mecanismos
institucionais o corrompem. Leis e justiça: o jusnaturalismo de Rosseau deve ser inspirador da
justiça, das leis justas; a lei é representante da vontade de todos, do interesse comum. David Hume:
ética, justiça, utilidade e empirismo: empirismo humano: Hume (1776) reconstrói o
conhecimento humano a partir de bases sensoriais, tendo a experiência como base; toda a
moralidade repousa sobre o princípio da utilidade; são os sentidos e não a razão os responsáveis
pelo conhecimento. A moral é expressão do empirismo ético. Ética Kantiana: Kant percebe os
limites da razão humana e a limitação da experiência sensível para se resolver os conflitos éticos;
pura experiência + lei apriorística (inerente à razão); prática moral; o imperativo não deriva da
experiência, mas da pura razão. Hegel: A ideia de espírito: Hegel pretende estruturar uma Filosofia
do Direito em torno à unidade da objetividade do Estado e a subjetividade dos indivíduos, em torno
à ordem e liberdade. Justiça e direito: A filosofia do direito possui como objeto o conceito de
direito, e na lógica deste conceito está contida a ideia de igualdade das pessoas. Pois no sistema do
direito está a liberdade realizada (uma segunda natureza); O direito é o existir da vontade livre, e
essa vontade será vontade determinada com a formação dos direitos positivos dos Estados; O direito
é vontade que organiza, e favorece as liberdades individuais; O direito em Hegel é um sistema de
direito onde as liberdades individuais estão superadas e guardadas. O direito tende a se tornar
positivo à medida em que se alcança a harmonia social do todo orgânico e sistêmico e se manifesta
tanto como abstração nas leis e códigos civis, mas também concretamente nas instituições e práticas
civis, ou seja, na forma institucionalizada aplicada da lei. O Estado cumpre um papel
importantíssimo no contexto do direito, este oferece aos cidadãos a ordem e o império da razão e
guarda as liberdades individuais contra as usurpações do poder. Estado = 4 Poderes;

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