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EU CONTO
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ESSES CONTOS
EU CONTO
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Diretor
Pedro Xisto de Souza Pinto
Revisão
Cedenir de Souza Piedade
Ilustradora
Patricia Xavier Viana
Diagramação
Pedro Xisto de Souza Pinto Junior
Impressão
Gráfica e Editora João XXIII
Rua Governador Leopoldo Neves, 582 – Centro
CEP: 69.152-065 - Parintins – Amazonas –Brasil
Telefones: (92)99115-1742
E-mail: graficajoao23@gmail.com
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SEU NONO E O CARIOCA
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SEU NONO E O CARIOCA
Amazônia, um poço de mistérios.
Que muitos tentam desvendar
Uns procuram meios sérios
Outros acham que o caboclo vai lhe contar.
Visitou praias
Várias localidades
Até chegar a Marajó.
Uma linda comunidade.
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SEU NONO E O CARIOCA
Se achando esperto
E dono da razão
Tentou encabular seu Nono
Com perguntas sem noção.
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SEU NONO E O CARIOCA
Ela toda não
Mas só o rabo que vi
E estava a boiar
Atravessava o lago do lugar.
Já perdendo a razão
O carioca espertalhão
Faz mais uma pergunta
Ao caboclo da região.
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SEU NONO E O CARIOCA
Escutei um barulho estranho
Parece que alguém estava à floresta desmatar,
Mas como estava sozinho
Parei e fiquei só escutando caladinho.
Querendo me safar
Esperei o barulho parar
E com medo no olhar
Procurei um lugar pra me entocar.
É um desaforado
Trato-te com todo respeito
Respondo-te até o que não tem direito
Tudo para não contrariar.
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SEU NONO E O CARIOCA
Tu vens na minha comunidade turistar
Começa fazer pergunta besta
Eu te respondo, e tu não acreditas,
Então para de perguntar.
O carioca admirado
Com a esperteza do cidadão
Deu li um abraço e agradeceu de coração
Pela aula gratuita sobre os contos da região.
Fim!!!
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EU, O BOTO
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EU, O BOTO
Que a Amazônia
É um poço de mistérios
E que há histórias em todo lugar
O mundo está cansado de escutar.
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Olhou-me e começou a indagar.
EU, O BOTO
Desculpe-me seu moço
E me perdoe pelo que vou lhe perguntar:
- Você é aqui de Parintins?
- Ou veio só passar o “festivar”?
Dei-lhe atenção
E como bom caboclo da região
Estendi-lhe a mão
E respondi o que ele estava a perguntar.
E o senhor:
- Como posso lhe chamar?
Já sei que é muito simpático
E que adora conversar.
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E é mais fácil de lembrar.
EU, O BOTO
O senhorzinho simpático
Que irradiava alegria no olhar
Apertou minha mão
E começou a falar.
Ele aceitou
Saímos do banco a gargalhar
Paramos em uma pracinha
E aí o bicho começou a pegar.
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Ele ter que contar.
EU, O BOTO
Ele pediu para eu não duvidar
Que tudo era verdade
Aconteceu com ele na sua mocidade
E ele ainda sonhava seu filho encontrar.
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E começou a bobuiar.
EU, O BOTO
Contente sentindo os peixes pegar
De repente ficou muito bravo
Um boto bandou sua malhadeira
Fazendo todo cardume escapar.
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Que as aconselhou se mudarem de lá.
EU, O BOTO
Pois o que ele tinha era encosto
Algo de mau ele tinha feito
Para os habitantes do rio mar
E eles estavam a se vingar.
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Era só fechar os olhos elas estavam lá.
EU, O BOTO
Até que uma noite eu resolvi encarar
Mesmo em sonho eu perguntei
Quem eram elas
E o que queriam naquele lugar.
Uma se retirou
E a que ficou
Agarrou minha mão
E começou a falar.
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Já que mora no mesmo torrão.
EU, O BOTO
Fiquei agoniado
E comecei a questionar
Se eu não tinha feito nada
Porque eu tinha que pagar?
Desculpe-me a franqueza
E minha forma de expressar
Mas foi uma sensação que jamais senti
E dificilmente alguém nesse mundo sentirá.
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E fora da água não podia respirar.
EU, O BOTO
Em êxtase me acordei
Sem saber nada explicar
Mas sentindo aquele sabor gostoso
Daquela boca que acabara de me beijar.
E eu já o aguardava
Fechar as portas nem pensar
Eu só queria que ela chegasse
Alegrasse aquele casebre que eu chamava de lar.
E assim
Dentro do meu lar
Não perdíamos tempo
Sempre estávamos a nos amar.
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E de alegria pulei sem parar.
EU, O BOTO
Acordei sorrindo a gritar
E um monte de gente a meu redor
Pareciam preocupados
Todos a me olhar.
Tentei me soltar
Gritei pulei
Me debati
Mas ninguém nem tentou me ajudar.
Pareciam tristes
Uns queriam chorar
Mas eu não entendia
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Porque estavam a me machucar.
EU, O BOTO
Fui levado para a cidade
Colocaram me em um lugar sem privacidade
Que só tinha gente estranha
Era um poço de maldade.
Nesse momento
Eu resolvi lhe questionar
Disse que ele estava sendo incoerente
Com o que estava a me relatar.
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Eu me arrepio só de lembrar.
EU, O BOTO
Fui atestado como insano
Sem nada que eu pudesse contestar
Mas fui por uma junta médica liberado
Encontraram erros que ninguém sabia explicar.
Fui liberado
Fiquei livre para o mundo conquistar
Mas meu pensamento era só nela
A mulher que sempre me fez sonhar.
Me recuperei
E um dia resolvi para meu paraíso voltar
Fiquei na beira do barranco imaginando
Se ela ainda iria me visitar.
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E lá estava ela a me abraçar.
EU, O BOTO
Voltamos ao que éramos antes
Sem com o mundo nos importar
Não falamos uma só palavra
Mas foi profundo você pode imaginar.
Ela me disse
E não era para eu me preocupar
Que eu iria ouvir falar muito dele
De uma forma toda particular.
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Quando estivessem a comentar.
EU, O BOTO
Que um boto dançou na festa
E emprenhou as moças do lugar
Era para eu não duvidar
Que meu filho tinha passado por lá.
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E juntos choramos de emoção.
EU, O BOTO
Ele agradeceu a Deus
Do fundo do seu coração
Por ter encontrado seu filho
Fruto da sua paixão.
E tenha certeza
Que de agora em diante vou mudar
Vou só defender meus irmãos
E as moças não vou mais engravidar, será? Kkk...
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Foi à imagem mais linda pro meu dia coroar.
EU, O BOTO
Seu Allanzinho
Que deus colocou na terra para me gerar
É meu pai
E nem pensem em duvidar.
Fim.
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HISTÓRIA DE PESCADOR
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HISTÓRIA DE PESCADOR
A Amazônia é um poço de mistérios
Que muitos já tentaram desvendar
A maioria desses é o caboclo que inventa
Para parceiros conterrâneos enganar.
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HISTÓRIA DE PESCADOR
Mas logo após uma xícara de chá
Muito tremer e soluçar
Os dois ficaram calmos
E passaram a história relatar.
Como duvidei
Fui desafiado a provar
Que a história era mentira
Ou então eu era obrigado a acreditar.
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HISTÓRIA DE PESCADOR
Desafiado comecei a pensar
Por sorte conheci Antônio
Um morador do lago do macaco
Que também estava no bar.
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E foi pra beira do lago fazer um cigarro e fumar.
HISTÓRIA DE PESCADOR
Mas um estrondo lhe chamou a atenção
Fazendo Antônio ficar furioso
E de tão nervoso
Esbravejar que nem um cão.
Já era tardinha
O dia não ia demorar a findar
Antônio tinha ido preparado
Para também a noite pescar.
De suprimento
Ele estava preparado,
Mas para aquela situação
Nem lhe passava pela imaginação.
À noite se aproximando
E Antônio bravo, mas matutando
Em como enfrentar os pescadores
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Que o lago estavam arruinando.
HISTÓRIA DE PESCADOR
Depois de muito pensar
Pegou sua camisa
Que tinha as cores de um boi bumbá
Em dois pedaços começou a rasgar.
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E com vontade pôs se a remar.
HISTÓRIA DE PESCADOR
O vento de leve começou a soprar
Fazendo o fogo das tochas
Com o balanço da canoa
Subir, clarear, baixar e querer apagar.
Um dos pescadores que estava a conversar
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HISTÓRIA DE PESCADOR
Como o parceiro não entendia
O que o outro queria falar
Resolveu então se virar
Pra ver o que o outro estava a apontar.
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HISTÓRIA DE PESCADOR
Voltou para onde estava a pescar
Recolheu sua malhadeira
Amarrou os peixes com uma tira de Envira
Resolveu ir pra casa descansar.
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HISTÓRIA DE PESCADOR
Ficou pensando
Eu vou ficar calado
Não sou nem um abestado
Só assim eu pesco no lago sossegado.
Escutei Antônio
E comecei a gargalhar
Que por causa de um desafio
Desses de mesa de bar.
Fim.
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PREMATURO
HERANÇA DO BOTO
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
O rio Amazonas não descansa
Está sempre a se movimentar
Vive correndo apressado
Em seu leito desgastado
Como se estivesse atrasado
Para seu encontro com o mar.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Era Joaquim
Morador do Zé Açu
Conhecido por Quim-quim
Natural do Rio Grande do Sul
Vermelho que nem malagueta
Louro dos olhos azuis.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
José voltou a matutar
Sendo devoto de Santo Antônio
E querendo ver sua filha casada
Fez ao protetor uma promessa
Se ela achasse um bom partido
No dia do santo iriam festejar.
De posse da decisão
Seu José Começou anunciar
Que sua querida filha
Não iria ser uma perdida
E seria o homem mais feliz da vida
Quem viesse com ela se casar.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Angélica sabendo da decisão
Ficou a imaginar
Que jeito daria
Para seu amado avisar
Ele se apresentaria
E os dois poderiam se casar.
Não aparecia
Não passou mais por lá
Não mandou recado
Desapareceu no ar
Deixando em seu lugar só pranto
E alguém a lhe esperar.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Mesmo com o sumiço do amado
Ela mantinha aquela ilusão
Que ele iria aparecer e pedir sua mão
Mas o tempo passou
Seu amado não voltou
Era só dor no coração.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Seu José ficou espantado
Com a firme declaração
Olhou para filha e disse
“Antônio, Santo da minha devoção
Mandou um rapaz decente
Pra ganhar seu coração”.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Angélica que estava só a observar
Toda aquela encenação
Recebeu as flores
Agradeceu a João
Olhou para os pais e disse:
- “Vocês aprovam nossa união”?
João empolgado
Com sua atitude de galanteador
Falou pedindo de todos atenção:
“Entendam minha aflição
Não vamos esperar muito
Marco pra já nossa união”.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Já era madrugada
E a conversa nada de parar
Seu José pediu para que fossem deitar
E pela manhã
Antes do desjejum
A data do noivado ele iria a marcar.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Com um gesto de agradecimento
Pediu a todos permissão
Estendeu a mão a João
O mesmo correspondeu
Então José marcou a data
Com muita empolgação.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Todos saíram alegres a comemorar
Pensado nos preparativos para festa
Mas Angélica entediada
Com sorriso de acanhada
Pediu desculpas
E desceu ao rio para se banhar.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
“Observei seu sofrimento
E não tive como não querer ajudar
Você é jovem bonita
Não precisa por isso passar
Tem que ser feliz
É o mínimo que posso lhe desejar”.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Depois do ato consumado
Os dois saíram cada um para seu lado
Firmino saiu sorrindo
Angélica voltou a se acanhar
A vida continuou
E ela sempre no amado a pensar.
No primeiro instante
João quis recusar
Mas logo aceitou
Para não o contrariar
Pois seria uma despesa
Que ele iria economizar.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Angélica indiferente e pensativa
Não manifestou reação
Aceitou a proposta de João
Mas ficou matutando a planejar
Em aproveitar a oportunidade
E por seu amado procurar.
O barco atracou
Quem ia viajar embarcou
Só Dona Maria não observou
Que sua filha mudou de cor
Quando dentro do barco
Ela avistou seu grande amor.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Avistando seu amado
Ela olhou para outro lado
Tentou disfarçar
Mas o nervosismo era tanto
Que a o invés de sorrir
Ela começou a chorar.
Já no camarote a descansar
Angélica pediu para mãe
Não se preocupar
E que ela atasse sua rede no corredor
Que logo que parasse o mal estar
Iria a ela se juntar.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Dona Maria preocupada
Mas um pouco cansada
Escutou-a sem questionar
Deu um beijo em sua filha
Pediu que ela descansasse
Que logo tudo isso iria passar.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Joaquim pediu desculpa
Pelo momento de prazer
Pois o que ele mais queria
Era com ela um dia viver
Mas quando soube do noivado
Arrumou outra para lhe esquecer.
Saiu do camarote
E a sua mãe foi se juntar
Sentou-se na beira da rede
Na qual ela estava a deitar
Deu-lhe um beijo carinhoso
E começou a desabafar.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Chega de sofrer
Não quero mais chorar
Prefiro morrer
A ter que novamente me humilhar
Vou dar a volta por cima
E tratar de me casar.”
Chegando à cidade
Saíram para o vestido procurar
Visitaram várias lojas
Até que em frente de uma delas
Angélica ficou parada a admirar
O vestido com o qual sonhou para casar.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Maria prestando atenção na filha
Chamou-a para conversar
E lhe perguntou
O que estava a lhe atormentar?
Já que em poucos dias
Ela iria se casar.
Sumiu no mundo
Foi pra nunca mais voltar
E José, seu pai, que queria comigo casar
Acreditou na minha estória me desposou
No mesmo dia fizemos amor
E aqui estamos a conversar.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Na vida nada vem de mão beijada
Temos é que ser valorizadas
E aprender com nossos erros
E nunca mais fraquejar
Mas não se avexe
E faça direitinho o que vou lhe falar.
No dia do casamento
Quando for se banhar
Derrame a mistura em uma bacia
Com pedra ume e um pouco de água fria
E por uns quinze minutos
Deixe de molho suas partes ficar.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Atenta a que Maria ensinava
Angélica começou a gargalhar
Sua mãe ficou espantada
Mas ela disse não ser nada
É que ela achava ser a única errada
E descobriu de quem a safadeza ela herdava.
O noivo nervoso
Com Angélica começou a conversar
Pediu permissão a ela
Para uma pinga tomar
Ela disse que ele podia tudo
E que era dia de festejar.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
João nem tentou recusar
Como já tinha tomado umas
Pediu para Angélica lhe perdoar
E que ela fosse se preparando
Que por tudo que era santo
Naquela noite mulher ela iria se tornar.
Ela apreensiva
E ele nada de chegar
Foi quando pensou
“Como vou fazer pra sangrar?
Tem que ser verdadeiro
Para ele não desconfiar”.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Ela com o plano a executar
Pediu pra lamparina apagar
E que fosse gentil com ela
Pois ela era uma pura donzela
E para não a traumatizar
Que ele a possuísse devagar.
Depois de se realizar
João nem procurou se lavar
Exalando um bafo de cana desgraçado
Cumpriu seu papel de macho
Virou-se para o lado
E roncou até o dia clarear.
De manhã ao acordar
Ai que João foi observar
Manchas de sangue em suas partes
E no lençol que estava a li embrulhar
Envergonhado pelo seu ato impensado
Pegou o pano e foi lavar.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Foi quando escutou
Angélica seu nome chamar
O desjejum estava pronto
E ela estava a li esperar
Pois era a primeira de muitos
Que juntos iriam desfrutar.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Depois de sussurrar
De alegria pôs-se a gargalhar
Ela fingindo inocência
Começou a questionar
“Eu lhe conto meus problemas
E você não quer me ajudar”.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Nas contas de João
Que contava o início da gestação
Com a data de sua união
Seu filho poderia não se criar
Pois criança de oito meses,
A idade adulta pode não chegar.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
João ficou espantado com tal afirmação
E exigiu do padrinho explicação
Firmino que já tinha apadrinhado
Vários casais na região
Pediu para ele relevar
Pois era força de expressão.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Sem ter a quem recorrer
Para sua angústia curar
João que já estava desnorteado
Resolveu para sua casa voltar
Onde seu José e Dona Maria, arquiteta do plano,
Estavam a lhe esperar.
Mesmo desconfiado
João se fez de brabo
Com uma cara de quem quer brigar
Sentou-se ao lado da sogra
E falou com tom de enraivada:
“Conte o que tem pra contar”.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Angélica dês de pequena foi linda
E se banhou na beira do rio mar
Eu sempre a aconselhei
Filha quando o boto boiar e assoviar
Não brinque não responda
Que ele vai querer te encantar.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
Ela chegou, pegou tição no fogão
Uma porção de malagueta
Folhas de sacaca e pião
Uma mecha do cabelo de Angélica
Colocou tudo em uma panela
E fez defumação.
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PREMATURO, HERANÇA DO BOTO
A vida voltou ao normal
Mas o povo sempre a comentar
Dona Maria nunca negou
E de tanto afirmar
A mentira virou verdade
E é contada até hoje no lugar.
Fim.
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