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PERIGOSAS NACIONAIS

Audaciosas

Viciadas em prazer

Mysha Whatson

PERIGOSAS ACHERON
PERIGOSAS NACIONAIS

Copyright© By Mysha Whatson


Revisão: Barbara Pinheiro
Leitura Crítica: Danielle Barreto
Capa: Lari Aragão
Diagramação: Mysha Whatson
_________________________________________
Dados internacionais de catalogação (CIP)
Whatson, Mysha
Audaciosas: Viciadas em prazer
1ª Ed São Paulo, São Paulo, 2019
1.Literatura Brasileira. 2. Romance.
_________________________________________

É proibida a reprodução total e parcial desta obra,


de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico,
mecânico, inclusive por meio de processos
xerográficos, incluindo ainda o uso da internet, sem
permissão de seu editor (Lei 9.610 de 19/02/1998).
Está é uma obra de ficção, nomes, personagens,

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lugares e acontecimentos descritos são produtos da


imaginação do autor qualquer semelhança com
acontecimentos reais é mera coincidência. Todos os
direitos desta edição reservados pela autora. Texto
de acordo com as normas do Novo Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa (1990), em vigor
desde 1º de janeiro de 2009.

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Para todas as mulheres que


sonham encontrar aquele
homem que a fará despertar a
sua audácia e ter orgasmos
intensos.

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SUMÁRIO

Sinopse
1. A Entrevista
2. O Paciente
3. Despedida
4. Reencontro
5. O Mecânico
Sobre a autora

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SINOPSE

Até aonde vai a sua audácia?


Aqui você irá conhecer o que ela faz com
mulheres descomplicadas e independentes.
O prazer da luxúria é o limite.
Reencontos.
Amores.
Prazeres.
Venha ler, sentir e deliciar com os contos
dessas mulheres audaciosas.

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1. A ENTREVISTA

Aos vinte e três anos, recém-formada no


curso de Hotelaria e Turismo, desempregada e com
o aluguel atrasado. Eu, Dandara Lima, topo
qualquer negócio para sair dessa areia movediça
que me enfiei.
Estou deitada em minha cama de solteiro — a
única que coube na quitinete apertada — fazendo o
mínimo de barulho, para que a dona Ceiça não bata
na minha porta, para cobrar o que devo.
Talvez eu devesse me lamentar, já que a
minha tão sonhada vaga na rede de hotéis Summer
foi para o espaço, embora eu tenha deixado meu
currículo para concorrer a vaga, tenho certeza de
que não vou ser chamada nem para a entrevista.

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Juro que não fiz nada — não hoje —, mas eu devo


ter um carma, só isso explica o fato de eu ter sido
flagrada na cama com os primos Fernandes, pelos
pais de um deles e nosso vídeo privado ter caído
nas redes sociais. Meu nome está na lama, e olha
que isso aconteceu há quatro anos, na minha
primeira festinha da faculdade, na mansão da
família.
Como desgraça pouca é bobagem, descobri
que o novo gerente da rede é ninguém menos que
Nicolas Fernandes, tio dos garotos e o dito cujo que
foi meu piloto de fuga no fatídico dia. Meu Deus,
que vergonha!
Vagueio por sites de emprego, sonhando com
outras vagas disponíveis que jamais poderão ser
minhas, quando o celular toca aquela musiquinha
irritante.
— Alô, Dandara Lima? — A voz máscula do
outro lado da linha me põe em alerta, sento na
cama.
— Sim, sou eu.
— Sou Nicolas Fernandes, gerente da rede de

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hotéis Summer. — Sinto as pernas fraquejarem,


não é possível! — Analisei o seu currículo e tenho
uma proposta para você. Ainda está disponível?
Me sinto na música do meu ídolo Tiago Iorc.
“Meu coração dispara, tropeça quase para...” Quase
não consigo encontrar a minha voz para dar uma
resposta decente e uma apreensão enorme me
envolve.
— Sim, estou disponível e analisando
algumas propostas. — Não posso parecer
desesperada, preciso valorizar minha mão de obra.
— Mas podemos conversar, com certeza.
— Tenho uma vaga para assistente
administrativo, vi que tem formação em Hotelaria,
não sei se vai te interessar… — Percebo que está
jogando comigo, pelo tom da sua voz. — Vai
precisar ter disponibilidade para viajar. Topa uma
entrevista?
Da maneira que estou, aceito até morar no
emprego, mas tento não demonstrar a ansiedade.
— Podemos conversar, tudo é negociável.
— Tudo mesmo? — Sua pergunta tem um
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sentido duplo e me deixa intrigada.


É como se ele soubesse que sou a garota
assustada, que ajudou anos atrás, mas, com a graça
divina, essa lembrança macabra foi retirada da
cabeça dele e eu vou ter o emprego dos meus
sonhos.
— Depende… — Minha resposta soa vaga e
o ouço sorrir do outro lado da linha.
— Acha que podemos conversar daqui a uma
hora? Desculpe a urgência, mas preciso resolver
logo essa questão. Estou com uma viagem marcada
para às quatro da tarde e tenho muitas coisas para
acertar até lá. Podemos nos encontrar no hotel onde
estou hospedado?
Estou desesperada por um emprego e isso é
um fato, mas não deixo de notar que algo parece
errado nessa proposta e, quer saber? Dane-se! Se
ele me der um emprego, não me importo com o
local da entrevista.
— Por mim, tudo bem, não vejo nenhum
problema.
Ele se despede com um ar misterioso, que me
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deixa intrigada, resolvo fazer uma busca e saber


onde estou me metendo. Quando digito seu nome,
são as fotos que me chamam atenção… Puta que
pariu! Eu lembrava que ele era uma delícia, só que
tudo indica que o tempo lhe foi muito generoso.
O cara tem uns quarenta e poucos anos, é um
solteirão convicto, alto, elegante, cabelos grisalhos
— ah, caramba eu tenho fetiche com isso! — e um
corpo de dar inveja a qualquer novinho. Por tudo
que é mais sagrado, o homem tem um olhar
molhador de calcinhas. Abano o rosto, a quitinete
ficou quente de repente, me lembro perfeitamente
daqueles olhos intensos, que ainda povoam os meus
sonhos eróticos.
Balanço a cabeça para o lado, estalando os
dedos e digo a mim mesma: "agiliza, Dandara!"
Já passa de uma da tarde quando chego ao
hotel, checo minha aparência no vidro espelhado,
antes de falar com a recepcionista. Não estou nada
mal, a maquiagem leve me deixa com um ar
saudável, a saia lápis preta, a camisa de seda branca
e o terninho preto caem como uma luva no meu
corpo, apesar de ter a sensação de que os meus
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seios vão saltar a qualquer momento pelos botões


abertos da peça. Meus cabelos avermelhados estão
presos em uma trança, acabei ficando com um ar
bem inocente e formal. Antes de seguir, rezo para
que Nicolas não se lembre das safadezas que fiz
com seus sobrinhos e me dê uma chance de provar
que posso ser uma ótima funcionária.
— Você deve ser Dandara Lima... — A
recepcionista nem espera que eu seja apresentada,
analisando-me de cima a baixo, enquanto fala. — O
senhor Nicolas, a está esperando na cobertura, pode
subir.
— Desculpe, você disse cobertura? — É uma
entrevista de emprego, querida, e não um teste de
cama. Quase digo isso a ela, mas mantenho a
minha língua dentro da boca.
— Sim, foi isso mesmo que eu disse. É para
você subir até o andar da cobertura, sua
“entrevista” será lá. — Não me passa despercebido
a maneira como a mulher diz as últimas palavras,
mas deixo a neura de lado e abraço essa
oportunidade que a vida me deu.
— Ok!
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Entro no elevador e, enquanto aguardo,


deslizo o dedo pela tela do meu celular para
desbloqueá-lo e a foto do meu entrevistador só de
sunga, desfilando sua beleza na praia, preenche a
tela. Talvez ficar sozinha com ele em um quarto na
cobertura, não seja uma boa ideia, já que estou
tendo os pensamentos mais sacanas com o homem
que poderá ser o meu chefe, se tudo correr bem. O
elevador anuncia que cheguei ao meu destino, me
tirando dos meus devaneios.
A suíte é linda, observo tudo atentamente.
Mas não há ninguém, pelo menos, não que eu esteja
vendo! Deixo minha pasta sobre a mesa de centro,
tiro os sapatos e piso no tapete felpudo. Ah... que
sensação deliciosa! Sabe-se lá quando vou ter a
oportunidade de pisar em algo tão caro e quase
orgástico.
Tá, eu sou estranha, quem tira os sapatos para
uma entrevista de emprego?
Não há sinais de que tenha alguém no quarto,
talvez a recepcionista tenha se confundido. Vou até
a janela de vidro e admiro a vista distraidamente,
enquanto espero. Então escuto um assobio, bem
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atrás de mim.
— Olá, Dandara, você deve se recordar de
mim, é claro! — O sorriso que havia ensaiado,
morre em meus lábios. Droga, ele lembrou! —
Uau... O tempo te deixou muito melhor.
Sinto o rosto queimar e me viro devagar em
direção à voz máscula e constato que estou
novamente, diante de uma visão do paraíso. Sou
incapaz de pronunciar qualquer palavra. Minha
boca se abre em um “o” e fico parada, igual uma
tonta, tentando achar a minha racionalidade.
O homem que povoou os meus sonhos mais
indiscretos nos últimos anos, está diante de mim,
apenas enrolado em uma toalha branca, com o seu
tórax definido à mostra e eu só tenho vontade de
lambê-lo todo. Que porra de entrevista é esta?
— Desculpe, eles me mandaram subir... —
Tento tomar o controle da situação.
Ele sorri, cheio de segundas, terceiras e
quartas intenções e sinto minhas pernas falharem e
me apoio na poltrona próxima à janela.
Por Deus, que merda é essa que tá
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acontecendo comigo?
Tudo bem que estar na seca a quase um ano,
não ajuda em nada. Não sou uma virgem
atrapalhada à espera do CEO multimilionário — só
para constar esse coroa aqui me basta —, do
contrário, sou bem resolvida com a minha vida
sexual, só não tenho saco para os caras que tem
aparecido ultimamente. Então, me satisfazer com
meus brinquedinhos é melhor do que ser mal
comida e ter que fingir orgasmos.
O homem se aproxima e minha boceta está
piscando apenas por sentir sua proximidade. Eu
quero esse homem dentro de mim. É só o que
consigo pensar, no auge da minha insanidade.
— Lembra-se de mim? — Faço que sim com
a cabeça, incapaz de dizer algo coerente. Que voz é
essa, meu pai amado? — Vi seu vídeo um par de
vezes e estou louco para te mostrar como é que os
homens adultos transam. Desde aquele dia, você
nunca saiu da minha cabeça, garota.
A revelação dele era o que faltava para me
motivar a seguir meus instintos, as pernas parecem
ter vida própria e dou alguns passos em sua direção
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e, não tenho ideia de como exatamente aconteceu,


mas, no momento seguinte, estou saboreando os
lábios experientes sem nenhum pudor como se
fosse a coisa mais natural do mundo. Seu gosto é
bom, minha língua explora a boca dele, sem receio,
exigindo tudo que pode me dar.
Sinto a adrenalina subir e o corpo fraquejar,
mas sou amparada pelas suas mãos fortes que
seguram firmemente minha cintura puxando-me de
encontro a ele e sinto sua ereção dura sob os
tecidos entre nós. As sensações causadas pelo toque
me deixam mole e, depois de algum tempo,
entregue à sensação de ser beijada por um cara que
sabe exatamente o que fazer para enlouquecer uma
mulher. Ele ergue meu corpo e enrosco as pernas
em sua cintura, enquanto caminhamos sem rumo
pelo quarto.
Ele se livra do meu terninho e apoia meu
corpo na bancada de trabalho próxima a janela de
vidro, apalpando meus seios por cima da camisa,
desabotoando-a lentamente e beijando o colo,
deixando-me totalmente entregue ao toque, com a
peça aberta ele fecha as duas mãos em meus seios
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e arfo, cheia de tesão.


— Delícia — sussurra, enquanto lambe o
lóbulo da minha orelha.
A camisa vai sendo tirada devagar, fazendo
com que o toque do tecido em minha pele se torne
algo sensual. Ele me põe de pé e abre o zíper da
saia, devagar, enquanto devora meus lábios, sua
língua dançando em minha boca, arrancando
sensações nunca antes sentidas, nos afastamos e
Nicolas desliza as mãos por dentro da saia, fazendo
com que a minha pele fique arrepiada, descendo a
peça em um ritmo torturante.
Seus olhos me devoram, admirando meu
corpo apenas na lingerie rosa clara e saltos, dou um
giro para que ele tenha a visão completa. O homem
me puxa para si, de modo quase violento e sua
língua, possessiva, invade a minha boca, me
explorando sem reservas, a mão pousada em minha
bunda a aperta e depois dá leves tapas, trazendo
arrepios pelo meu corpo, enquanto a outra segura
minha trança, fazendo com que o meu pescoço
fique exposto aos seus lábios, que sugam a pele,
fazendo-me gemer e apertar as pernas, sentindo
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uma pontada deliciosa na minha boceta.


Meu sutiã é habilmente retirado, enquanto ele
me puxa em direção a cama, sentando de modo
relaxado, colocando-me entre suas pernas,
espalmando as mãos nas minhas costas e
distribuindo beijos em meu ventre, deixando-me
arrepiada, ofegante e molhada. Depois segura meus
seios com as duas mãos, os lambendo devagar e
tenho a sensação de que estou despencando em um
abismo delicioso. Seguro seus cabelos, forçando
um pouco seu rosto sobre o bico que ele lambe,
suga e morde de modo tão dedicado.
Roço minha perna em seu pau e o ouço
gemer, um fogo me consome por dentro e quero
mais dele, sento em sua perna com uma de suas
mãos pressionando o meu bumbum e a outra
apertando meu seio, levando-o aos lábios
deliciosos, estamos inebriados pelo desejo e
luxúria.
Pode ser que eu esteja cometendo uma
loucura, mas que se dane. Tudo que eu mais quero
agora é transar com esse homem. Os beijos intensos
juntos as mordidas leves nos meus lábios, sugam
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tudo de mim, inclusive, o resto de sanidade que


poderia me impedir de ir além.
— Você é deliciosa, garota! — ele diz,
mordendo meu lábio inferior. — Quero fodê-la de
todas as formas, garanto que nunca mais vai
esquecer esse dia.
Em resposta, devoro sua boca de forma
ousada, lhe dando permissão para fazer o que
quiser comigo. As mãos macias massageiam meus
seios, deixando minha boceta babando por ele.
O pau duro cutuca minha perna, levanto, me
ajoelho em sua frente e continuamos com os beijos
fogosos. Enfio a mão por baixo da toalha e quando
seguro seu membro, estremeço só de imaginá-lo
dentro de mim. É grande e grosso. O homem geme
em resposta ao toque e dá um tapa em minha
bunda.
Nicolas tem pegada, daquelas que te fazem
querer dar a noite toda, sem parar. Arranco a toalha
dele, lambo seu mamilo e vou descendo com beijos
molhados, sem desgrudar os olhos dos seus cheios
de tesão, até chegar ao membro majestoso. Sugo a
ponta devagar, como se estivesse saboreando minha
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comida predileta pela última vez, lambuzo com


saliva e o masturbo com a mão livre, fazendo-o
gritar meu nome. Desço até os testículos, lambendo
e sugando levemente e ele inclina a cabeça para
trás, em deleite.
Volto a chupar, devagar, tentando engoli-lo
todo, mas engasgo e os olhos enchem-se de
lágrimas. Circulo a glande com a língua, me
entregando às deliciosas sensações que me
dominam. Nunca tive um pau tão lindo, grande e
grosso em minhas mãos, vou aproveitar o máximo
que puder. Sinto seu gozo vindo, o jato quente é
liberado em minha boca e engulo cada gota,
enquanto ele grita em êxtase. Limpo o canto dos
lábios com a ponta dos dedos e exibo um sorriso
satisfeito quando nossos olhares se encontram.
— Puta que pariu, menina! Tá querendo me
matar? — ele diz, me puxando contra seu corpo de
encontro a sua rigidez.
Fazendo um movimento rápido, ele me
coloca por baixo e volta a explorar meu corpo com
beijos e toques que me aquecem por toda parte.
Seus dedos alcançam minha boceta melada,
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enquanto chupa meus seios, massageando meu


clitóris e me inclino em busca de mais, ele enfia
dois dedos em mim, indo e vindo, amplificando
minhas sensações em movimentos circulares com o
polegar na minha carne inchada. É como se ele
soubesse apertar todos os botões para fazer com
que o meu corpo reaja insanamente.
— Nicolas… — grito e ele intensifica a
massagem deliciosa.
Estou despencando, minha vagina se contrai
e me perco em meio a todas as sensações que
invadem meu corpo.
Grito.
Arfo.
Aperto meu seio.
Mordo os lábios com os olhos fechados.
Me contorço entre os lençóis macios que
acariciam minha pele.
Ofego.
Eu nunca tive um orgasmo tão intenso quanto
este, busco por ar e o homem beija meus lábios, já

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inchados, com carinho, dando-me tempo para me


recuperar.
Nicolas se afasta por um breve momento,
pegando um pacote de camisinha no criado-mudo,
veste seu membro e avança sobre minha entrada
que o aguarda encharcada, ele introduz seu pau
devagar, até que se acomode. Mordo o lábio para
não gritar quando o sinto todo dentro de mim,
minha vagina se contrai, abraçando-o, gulosa.
Grito de prazer quando ele começa a estocar
em um ritmo selvagem e delicioso. Todo o meu
corpo está rendido a esse homem, cada toque me
levando ao paraíso. Ele mete em mim com uma
gana descontrolada e adoro vê-lo assim, tão
dedicado a essa tarefa sensual.
Interrompemos os movimentos, me viro de
costas, ficando de quatro sobre a cama e tenho seu
pau novamente sendo engolido pela minha boceta,
ele apoia as mãos nas minhas nádegas, fazendo-as
de apoio para que soque cada vez mais forte,
enquanto buscamos, juntos, o prazer um no outro.
— Dandaraaa… Ahhhh… — Sua voz
ofegante me excita ainda mais, respondo rebolando
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no seu pau.
Seus dedos longos massageiam o meu clitóris
com habilidade, me desfaço em seus braços. Grito,
apertando forte o lençol entre as minhas mãos.
Enquanto minha boceta se contrai em seu membro
e ele intensifica as investidas, até atingir o ápice.
Ofegamos e caímos abraçados sobre o lençol,
esperando que os batimentos voltem ao normal.
Viro-me de frente para ele apoiada em seu
peito e ele sorri, safado, em seguida se inclina,
invadindo a minha boca em um beijo sensual e
percebo — como ele disse — que nunca mais na
minha vida vou me esquecer dessa foda.
— A vaga é sua, garota — diz, encarando-me
intensamente, passando as mãos pelos meus
cabelos. — Vai ser minha assistente, mas quero
você na minha cama todos os dias, me
enlouquecendo.

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2. O PACIENTE

Sabe aquele dia que você acorda com um


tesão da porra? Pois bem, é exatamente assim que
estou hoje.
Leio um livro erótico, acompanhada do meu
vibrador, uma borboleta deliciosa que me dá
orgasmos múltiplos e não me decepciona, nunca.
Acabo perdendo a hora, brincando com minha
boceta e imaginando ser comida de todas as formas
pelos deliciosos personagens da história em
questão. Minha mente me engana e de repente
imagino outras mãos em meu corpo. Droga, Rick!
Precisava ser tão gostoso? Chego ao ápice,
imaginando o pau do meu ex-namorado da
adolescência dentro de mim.

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Afasto a lembrança desse maldito homem e


tomo uma ducha apressada, visto meu uniforme e
dirijo feito uma louca para o hospital. Quando
estaciono meu carro, olho no celular e faltam
apenas dez minutos para a troca de plantão.
Caminho, apressada, até o meu armário, deixo
minhas coisas e pego meu jaleco.
Ah, eu esqueci de contar algumas coisas
sobre mim. Sei que é clichê, mas vamos lá... Olá,
meu nome é Luciana e eu sou viciada em sexo.
Opa, perdi o foco, nem era isso que ia dizer, agora
você vai ficar pensando que sou louca — e talvez
eu seja mesmo —, já que falei mais do que devia,
só quero acrescentar que sou enfermeira, agora,
podemos continuar.
Quando chego à recepção da enfermaria,
sinto um enorme alívio com a aparente calmaria
que paira no ambiente.
— Luciana, achei que não viria hoje — a
enfermeira responsável pelo turno anterior, diz,
chateada.
— Desculpa, Mari. Tive alguns imprevistos,
mas tô aqui, né, amiga! — Tento quebrar o clima
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tenso, antes que as técnicas de enfermagem voltem


da ronda. — E como estão as coisas por aqui hoje?
— Tudo bem tranquilo. Quatro recém-
nascidos, uma adolescente com infecção intestinal,
uma senhorinha com dengue e um cara com
alucinações, que precisou ser sedado. — Ela faz
uma careta ao mencionar o último paciente. — Não
posso demorar, Lu. Meu marido tá lá embaixo, me
esperando, e sabe como ele é com atrasos. Está
tudo anotado aí nos prontuários, qualquer coisa,
pergunta para as meninas, que passei todas as
informações para elas.
Mari se despede e logo as colegas começam a
voltar da ronda.
— O cara é gato, tem aquela barba linda dos
galãs de novela, uma pena que não bate bem da
cabeça — Fran, uma das técnicas, diz enquanto
olhamos as fichas dos pacientes.
— Colocaram ele afastado de todos, lá no
apartamento do fim do corredor. O doutor Márcio
disse que é porque o cara é modelo famoso. Duvido
que seja só por isso — Heidi revela, descartando as
embalagens das medicações no cesto.
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— Eu mesma que não vou chegar perto,


tenho medo de gente doida, até as que têm boa
aparência. — Gorete se encosta no balcão de
mármore à minha frente.
Quero rir do pânico estampado no rosto
delas, mas me contenho.
— Ele não está sedado? — pergunto.
— Tá, mas nunca se sabe.
— Minha tarefa é banhar os bebês, vocês
sabem disso. — Heidi, pula fora.
No fim, quando as outras meninas chegam,
cada qual arrumou uma desculpa e eu acabei
ficando responsável pelo tal paciente. Resolvo ir dá
uma conferida antes que ele acorde e nos pegue
desprevenida.
Abro a porta devagar e entro, fechando-a em
seguida atrás de mim. Uau! Com certeza é modelo,
porque ele é perfeito e parece ter saído de alguma
realidade alternativa. Analiso-o com cuidado, ele é
grande, másculo, braços tatuados, os cabelos têm
um daqueles cortes estilizados, a boca rosada me
faz querer mordê-la e tenho a impressão de que o
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conheço de algum lugar. Talvez ele seja um crush


das baladas da minha vida, continuo admirando
enquanto ele dorme serenamente, nem dá indícios
da perturbação que mencionaram para mim.
Chego mais perto, ele está vestindo a
camisola do hospital, pego o termômetro no bolso
do jaleco e afiro sua temperatura. Enquanto espero,
imagino o estrago que eu faria com um homão
desses na minha cama.
Deslizo os dedos pelo braço musculoso, em
um carinho quase inocente, não fossem os
pensamentos pecaminosos que me dominam. Ele se
remexe na cama e começa a falar coisas
desconexas. O termômetro apita, me tirando dos
devaneios, aparentemente está tudo normal.
Volto para a sala de enfermagem, mas não
presto atenção nas conversas, fico o tempo todo me
lembrando do paciente.
Como será o gosto do pau dele ou qual a
sensação daqueles dedos longos dentro de mim, me
levando à loucura? Salivo, pensando se é grande ou
grosso. Volto ao quarto outras vezes, para ver se
está tudo bem e ele continua a dormir
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profundamente, mas não o toco nenhuma vez mais,


apesar de ser dominada por pensamentos
promíscuos cada vez que encaro seu corpo.
Apesar de ter minha vida sexual intensa, não
misturo com trabalho. Sou bem profissional, perdi
as contas de quantas cantadas de médicos e
pacientes já recusei, mas esse está mexendo demais
com os meus sentidos, não consigo nem me
concentrar nos meus afazeres.
Já passam das três da manhã, quando as
conversas cessam e as meninas começam a
cochilar, estou quase sendo vencida pelo cansaço,
quando o relógio me informa que já é hora da
próxima visita ao paciente.
Abro a porta e ele continua a dormir, faço o
que tenho de fazer, mas o corpo dele é como um
imã. Toco os braços tatuados, devagar, fazendo o
contorno dos desenhos, são maravilhosos. Imagino
essas mãos grandes apalpando meu corpo e me
tocando em lugares íntimos, fico molhada com esse
pensamento.
Passo as pontas dos dedos pelas pernas sob o
lençol, sinto a rigidez delas. Vou subindo e percebo
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o membro ereto, apontando para cima sob o tecido


fino. Num impulso, o seguro entre minhas mãos e
faço movimentos para cima e para baixo. O homem
geme e se mexe na cama e me dou conta da pessoa
que ele me lembra. Não pode ser ele, isso é
impossível!
Decido sair, antes de cometer qualquer
loucura que possa me arrepender, mas quando
fecho a porta atrás de mim, me encostando nela e
fecho os olhos, tentando respirar melhor, as
lembranças do meu ex e das nossas loucuras na
cama invadem a minha mente. De todos os homens
que me levaram para cama, Rick foi o único que
conseguiu aplacar o fogo da luxúria que se alastra
em mim, sempre que um cara me toca.
Puta que pariu! Me iludi esse tempo todo
achando que Rick era um caso superado e agora me
aparece um cara tão parecido com ele, não consigo
controlar o desejo que ainda arde em mim. Talvez
eu deva aproveitar essa chance de, pelo menos,
fantasiar com aquele maldito filho da mãe que me
abandonou. Volto e vou até o banheiro, tiro o jaleco
e toda a minha roupa. Fico apenas com a lingerie de
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renda branca, coloco o jaleco de volta, encosto uma


cadeira na porta e subo na cama sobre ele.
Beijo seus lábios, devagar, mas neste
momento ele acorda, atordoado, tento sair e me
vestir, só que, ao assimilar a cena, o homem me
segura entre os braços, forçando a minha nuca para
beijá-lo. Sua língua invade a minha boca, trazendo-
me sensações que havia esquecido, meus lábios são
sugados com devassidão e todo o meu corpo vibra
em resposta.
Ele se encosta na cabeceira da cama, me
puxando para si. Beijo seu pescoço, deixando-o
ainda mais excitado, suas mãos deslizam pelas
minhas costas, encontrando o meu sutiã e o
retirando com habilidade, com meus seios livres ele
abocanha um deles, segurando-o com uma das
mãos e mama devagar, levando-me do céu ao
inferno, em míseros segundos. Minha boceta se
contrai quando a boca habilidosa chupa gostoso os
biquinhos rosados. Voltamos a nos beijar
loucamente, como se quiséssemos sugar tudo um
do outro, enquanto suas mãos massageiam meus
seios.
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Estou sentada sobre ele, sentindo seu


membro rijo roçar em mim e não tenho a mínima
intenção de parar o que começamos. Esfrego minha
boceta em seu pau e a sinto derreter, me deliciando
no prazer desse contato.
Ele inclina a cabeça para trás quando desço
lambendo seu peito, devagar, até chegar ao seu
membro, descobrindo-o e… Porra! Ele pode não
ser Rick, mas me causa as mesmas sensações e só
tenho vontade de chupá-lo até gozar na minha boca.
É grande, grosso e lindo.
Seu olhar implora para que eu o coloque nos
lábios, mas eu tenho mais coisas em mente, faço-o
deitar novamente. Troco de posição sentando sobre
o rosto dele, esfregando a minha boceta na sua cara,
enquanto seguro o pau, masturbando-o devagar
com as mãos e abocanhando com luxúria,
lambendo vagarosamente sua glande e chupando,
vou aumentando o ritmo, lambuzando-o com saliva
e levando cada vez mais fundo em minha garganta.
Até ter seu líquido quente em minha boca.
Seus lábios beijam minha boceta, fazendo
com que eu o implore por mais, me esfregando em
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seu rosto e ele responde, sugando o meu clitóris,


lambendo-o e me levando à loucura, ao ponto de
não me lembrar de quem sou. Minhas pernas
falham quando ele enfia os dedos em mim,
combinando o movimento às lambidas rápidas em
volta da carne inchada, não demorando muito para
que eu tenha um orgasmo que me tira os sentidos.
Ainda não recuperei direito a respiração,
quando levanto e sento devagar sobre seu pau
melado. Gritamos juntos quando ele me preenche e
nos encaixamos de modo perfeito, então suas
estocadas iniciam com maestria e é bem melhor do
que me lembrava. Sussurro o nome do meu ex —
esse cara deve ter um apelido parecido e nunca vai
se importar, caso recobre a razão —, rebolo sobre
ele, que parece estar em um universo paralelo,
enquanto me leva ao paraíso novamente.
Ele balbucia palavras sem sentido, levando as
mãos grandes aos meus seios massageando e
beliscando os bicos intumescidos, aumentando meu
tesão.
Cada estocada me leva mais alto e sinto que
estou prestes sucumbir em mais um orgasmo, mas
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quero muito mais dele, que parece ler meus


pensamentos e se levanta, assim que saio de cima
do seu membro. Fico de quatro sobre a cama,
ganhando um tapa na bunda, ele roça o pau na
minha entrada em um joguinho delicioso e, em
seguida, entra em mim, sem piedade, com um
movimento rápido, sua mão tapa a minha boca,
enquanto me fode de um jeito que só me faz desejar
que nunca acabe.
Somos uma confusão de cheiros e sons ocos
que ecoam pelo quarto, ele se inclina sobre mim,
lambendo o lóbulo da minha orelha e sussurrando
palavras sem sentido, o suor escorre pela minha
testa e a mão dele se põe a massagear meu clitóris,
enquanto entra e sai da minha boceta quente,
gemendo deliciosamente em meu ouvido.
Sinto meu corpo inteiro se contrair, em
seguida uma onda de calor me atinge,
acompanhada de uma euforia desmedida e eu só
quero fazer com que todas essas sensações juntas
durem por mais tempo. Ouço-o atingir o orgasmo e
neste momento é como se estivéssemos fora dos
nossos corpos, tendo consciência de cada célula
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que pulsa em nós.


Minha respiração falha e o sangue bombeia
em uma rapidez absurda, sinto os batimentos
descompassados, enquanto tento recobrar a
consciência e caindo desfalecida sobre a cama.
Sinto seus lábios beijarem a minha nuca, devagar,
fazendo os pelos eriçarem, quando escuto uma voz
ao longe me chamar.
— Acorda, Luciana! O plantão está
terminando.
Ah, droga! Tudo não passou de um sonho.
Ainda assim, estou dolorida, como se realmente
tivesse acontecido. Fico impressionada com as
sensações estranhas que me tomam, ao mesmo
tempo que fico curiosa por saber quem é esse
paciente e qual a razão de desejá-lo tanto, ao ponto
de ter um sonho tão erótico com ele. Talvez esteja
ficando paranóica, mas acho que conheço esse cara
de algum lugar.
Ele passa mais um dia em observação, nesse
período tivemos contato uma ou duas vezes e não
deixei de notar o seu olhar molhador de calcinhas
em minha direção. Por fim, o homem gostoso
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recebe alta e minha vida depois disso se resume em


stalkear as redes sociais dele.
Ricardo Pimentel. É uma merda que seu
nome seja o mesmo do meu ex, isso me intriga
ainda mais. Deve ter uns quinze anos desde que nos
vimos pela última vez e fiz o favor de queimar
todas as lembranças que me levavam àquele traste
do pau gostoso. O filho da puta veio passar férias
na casa de um amigo, foi nesse período que
tivemos um namoro rápido e tórrido, mas ele foi
embora e nunca mais deu as caras, apesar de
continuar povoando meus sonhos mais safados,
desde então.
Algumas semanas babando com as fotos
lindas do tal homem e sem tirar o maldito sonho da
cabeça, resolvo que preciso urgente de sexo
selvagem para mudar de fase e seguir a minha
vidinha promíscua, como sempre tenho feito. Vou a
um bar badalado, bebo como a mulher livre que
sou. Quando o DJ decide tocar funk, eu
enlouqueço, danço até o chão, rebolo a minha
bunda, sem medo de ser feliz, até que sinto uma
mão segurar firme minha cintura, trazendo uma
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sensação gostosa na carne entre as minhas pernas.


— Nem imagina o quanto fica gostosa
dançando assim, Luciana! — A voz máscula em
meu ouvido me faz parar por um momento, a
reconheço de algum lugar e meu coração dispara
feito louco.
Viro-me de frente e me surpreendo com o
dono dela. Só pode ser brincadeira que, depois de
tantos dias, me masturbando pensando nele, vou
finalmente realizar essa fantasia.
— Você foi a foda mais louca da minha vida,
mulher… preciso experimentar a sua versão adulta,
sem estar sob efeito de qualquer medicação. — O
sorriso safado no rosto dele me deixa confusa.
— Mas a gente, não... — Fecho os olhos e
tento entender o que se passou aquele dia.
Ok! Eu estava exausta, mas eu lembraria se
tivesse realmente dado para um cara gostoso desse.
Então, me recordo de uma coisa que me intrigou
por uns dias. Depois do sonho louco, eu fiquei
muito dolorida, mas pensei que podia ser pelos
orgasmos do dia anterior. Sei lá, no momento

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pouco me importa o que realmente aconteceu


aquela noite, eu só quero repetir pelo resto da
minha vida se tudo que lembro for verdade.
— Sim, você sentou gostoso no meu pau,
Luciana. — Ele me agarra pela cintura, grudando
seu corpo no meu, sinto sua rigidez e passo a língua
pelos lábios. — Mas tenho certeza de que se lembra
das outras vezes que sentou nele, quando era
apenas uma adolescente louca por sexo selvagem…
Não pode ser, não pode ser — repito, como
um mantra.
— Rick? — pergunto, confusa, e ele abre um
sorriso largo. — Seu filho da puta gostoso. — Dou-
lhe um tapa no peito.
— Ah, Lu, estou ansioso para repetir cada
uma das nossas loucuras, você não? — pergunta,
arqueando a sobrancelha e sinto um fogo subir
pelas minhas pernas.
Em resposta, devoro sua boca em um beijo
obsceno, e o gosto maravilhoso me confirma que
reencontrei o cara que povoou meus sonhos mais
obscuros desde a adolescência e… Puta que pariu!

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Eu quero quicar nesse pau por quantas vezes for


necessário.

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3. DESPEDIDA

Ser bem-sucedida profissionalmente,


trabalhar com o meu melhor amigo e ter uma vida
sexual incrivelmente ativa devia ter sido o
suficiente para que eu esquecesse a porcaria dessa
fantasia que tenho com Plínio, desde que nos
conhecemos na faculdade. Mas não é bem assim
que me sinto a um dia do maldito casamento dele,
essa festa idiota não deveria me incomodar tanto.
Tem alguma coisa errada com a tal Bianca,
não sei. Ela está sempre cheia de segredos, está
certo que eu não sou lá tão amistosa e não me
esforcei um milímetro para me tornar amiga dela.
Para mim, essa mulher está só querendo se dar bem
em cima do meu amigo, mas que se foda! Ninguém
pediu a minha opinião mesmo.
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Voltamos ao meu dilema oficial. Transar ou


não transar com ele esta noite? Uma parte de mim
quer provar a ele que esse casamento é um erro, a
outra só quer testar se o equipamento dele é tão
bom quanto diz. Sei lá, talvez essa seja a última
chance de fazer as duas coisas.
Deslizo o roupão de seda pelo meu corpo,
sentindo o toque suave sobre a minha pele, escolhi
uma calcinha de renda preta, ainda pensando se não
é uma loucura o que estou cogitando fazer. Coloco
o vestido negro rendado com um decote que vai
quase ao meu umbigo e me deixa exatamente como
gostaria, viro-me para o enorme espelho e encaro a
imagem refletida. Uau! Minhas costas estão
desnudas, apesar da manga longa do vestido, meu
bumbum firme quase à mostra pelo comprimento
da peça.
Pego meu celular, abro a câmera e aponto
para o espelho, o sorriso sacana é inevitável,
levanto os cabelos negros com a mão livre, me
sinto uma puta muito sexy, faço vários cliques. Ok!
Pode ser paranoia da minha cabeça essa aura negra
que envolve essa união, mas eu preciso fazer a
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minha parte. Ninguém vai poder me culpar depois,


não é mesmo?!
Plínio levava uma vida boêmia, até seis
meses atrás, quando seu pai morreu e ele, como
único herdeiro, se tornou o presidente da grande
empreiteira de sua família. Não foi tão fácil como
achou que seria, o conselho de acionistas acreditava
que meu amigo não tinha perfil para administrar a
companhia milionária. Talvez por ele sempre
aparecer nas colunas sociais fazendo alguma
idiotice, então, ele enfiou na cabeça que precisava
mostrar a eles que era, sim, capaz de fazer isso, se
casar e ter uma família tradicional, pegou a
primeira socialite que apareceu em sua frente e
resolveu dar início a essa palhaçada toda.
Com certeza serei um bom presente de
despedida da vida que ele decidiu deixar para trás,
há alguns meses. Escolho a melhor foto, envio para
Plínio e faço uma pergunta despretensiosa: “Acha
que tá legal?”
Sua resposta é direta: “Gostosa seria o
adjetivo correto, Lana.”
“Está com Bianca?” Sondo discretamente.
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“Sozinho, a bonequinha está focada na festa.”


Mordo o lábio inferior e, como quem não
quer nada, eu envio uma nova mensagem:
“Acha que pego alguém vestida assim?”
A resposta é imediata.
“Por que tu fica fazendo essas coisas comigo,
porra? Sou um homem sério agora e me caso
amanhã, como vou transar com a Bianca com a tua
imagem na cabeça, sua maluca?”
Safado! Decido brincar com fogo.
“Não sou pro seu bico! E você já se despediu
da vida promíscua ou já esqueceu? Acho que seu
pau não levanta mais para outra mulher, desde que
resolveu bancar o moço de família para agradar
aquele bando de chato que nem te conhecem
direito.”
Ele digita por uns minutos e até acho que vai
me dar uma lição de moral, mas quando a
mensagem chega, sinto um fogo subir pelas minhas
coxas, passando pelo meu centro úmido e se
expandir para o meu corpo inteiro.
“Por que não vem até o meu quarto e te
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mostro em primeira mão que aqueles velhos


babacas não mandam no meu pau e esse casamento
é só um negócio extremamente lucrativo.”
Nossa amizade é de longa data, apesar da
nossa conversa sem pudor algum, nunca transamos,
mas isso não impede que a minha boceta sempre
pisque e se lambuze quando estamos fazendo
qualquer coisa despretensiosa juntos. Plínio é um
safado e teria me passado a vara se quisesse,
porém, fizemos um tipo de pacto de nunca
avançarmos, além do que pudéssemos contornar no
dia seguinte — que não vem ao caso agora. Já nos
beijamos e demos alguns amassos sob o efeito do
álcool, mas nada além disso. Encaro a tela e sorrio.
“Não brinque com fogo.”
Respondo e dou nossa conversa por
encerrada.
Porra! Fiquei molhadinha só de pensar nas
safadezas desse idiota, talvez seja a possibilidade
de que essas conversas possam deixar de acontecer
entre nós ou o prelúdio do fim de nossa amizade.
Apesar de ele dizer que tudo continuará igual, eu
duvido que aquela oxigenada vá deixar o marido
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sair para beber com a amiga gostosa — eu sei,


minha autoestima está lá em cima hoje!
Encaro minha imagem novamente e percorro
a mão pelo meu corpo curvilíneo, devagar,
fechando os olhos e imaginando as loucuras que
meu amigo poderia fazer com tudo isso ao seu
dispor. A ironia é que sei exatamente do que ele
gosta e vice-versa, isso me excita muito, talvez
amigos não devessem ter o tipo de conversa que
temos, mas que se fodam as convenções sociais.
Inspiro profundamente e decido de uma vez
que vou aproveitar esta noite, sem pensar nas
consequências, ao menos, por ora. Escolho meu
salto vermelho que trouxe para usar amanhã na
festa, a qual serei madrinha — meu Deus, eu sou
um ser humano horrível! Ignoro o sentimento de
culpa que ameaça me invadir, uma descarga de
adrenalina corre pelas minhas veias. Estamos no
luxuoso hotel fazenda onde a cerimônia será
realizada, abro a porta e saio lentamente. Já passa
da meia-noite, mas todo mundo sabe que eu adoro
uma farra e se me virem pelos corredores vestida
assim, vão achar que estou caindo na noite, como
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sempre.
Paro em frente ao quarto dele, vejo que não
há ninguém por perto. Bato na porta e sinto uma
corrente de euforia invadir meu corpo. E se eu
estiver errada e a Bianca é mesmo uma boa pessoa?
— Quem é? — a voz grossa dele indaga do
outro lado, me tirando dos meus pensamentos.
— Sou eu, Lana. — Tento controlar o
nervosismo.
A porta se abre e perco ar por um momento,
não é a primeira vez que tenho essa visão do
paraíso, mas nunca me acostumo e sempre fico
zonza quando isso acontece. Plínio caminha pelo
quarto, juntando as roupas espalhadas, apenas de
cueca boxer, fecho a porta rapidamente e solto a
respiração. Que porra é essa, Lana?
— Qual foi o furacão que passou por aqui?
— Tento me distrair com a bagunça do cômodo,
mas não funciona.
O corpo másculo está mais atraente do que o
normal, isso deve ter algo com os drinks que tomei
mais cedo no bar, enquanto decidia o que fazer com
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a porcaria da sensação de que Bianca o está


enganando de algum modo e ele precisa desistir
dessa merda, o quanto antes.
Inclino a cabeça para apreciar a visão
privilegiada da bunda redonda, as coxas grossas,
costas largas... Fecho os olhos por um momento,
imaginando os braços fortes me envolvendo e um
tremor percorre meu corpo.
— Puta que pariu, Lana! — A voz dele me
desperta de repente e prendo meu olhar nos seus
olhos acinzentados. — Para de me olhar assim ou
não respondo por mim. Tu tá muito gostosa, vai
aonde, uma hora dessas, vestida assim? Chegou
hoje e já arrumou um contatinho para se divertir?
Ele se aproxima e percebo o volume em sua
cueca aumentar. Caralho! Esse pau enorme sempre
me deixou salivando, mas hoje a coisa está mais
intensa, percebo o momento exato que o olhar de
Plínio sobre o meu corpo muda, ele sacode a
cabeça e posso apostar que está se lembrando da
nossa promessa idiota de não avançarmos além do
que pudéssemos controlar.
— Não faz isso, Lana! Eu não gosto de
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quebrar as promessas que faço, só que tu não tá


facilitando para mim. Tu não vai conseguir
controlar esse monstro que está despertando agora
— diz, mordendo o lábio inferior e solto a bolsa no
chão.
— Ah, eu vou sim. — Avanço em sua
direção. — Preciso, ao menos, tentar.
Estamos a um dedo de distância e posso
sentir seu hálito quente em meu rosto, sua
respiração irregular quando suas mãos vão para a
minha bunda, pressionando-me levemente contra
seu corpo. O sorriso safado toma conta do rosto
bem desenhado.
— Tem certeza de que quer fazer isso? — A
voz rouca é quase um sussurro. — Sou um homem
quase casado, vai conseguir conviver com isso?
Em outras circunstâncias, isso teria surtido
algum efeito sobre a minha decisão, mas não agora.
— Esse casamento é um fiasco Plínio e você
sabe disso, tanto quanto eu. Considere como teu
presente de despedida. — Pego sua mão e coloco
sobre meu seio sem sutiã sob a renda fina do

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vestido.
Sua língua invade a minha boca, explorando
cada canto, envolvo seu pescoço e ele segura minha
bunda, erguendo meu corpo, prendendo as pernas
em torno de sua cintura e sinto o pau delicioso me
tocar sobre o tecido fino da lingerie. O beijo é
intenso, como se quisesse roubar tudo de mim.
— Porra, que gostosa hein?! — Ele se afasta
para tomar ar e mordo seu lábio inferior,
provocando-o. — Já faz um tempo que essa Lana
não vinha me fazer uma visita.
Tá, talvez a gente quase tenha chegado aos
finalmentes algumas vezes, ao longo dos anos que
nos conhecemos. Só que sempre tem a dita
promessa pairando entre nós. Ok! Vida que segue,
ataco sua boca novamente, chupando sua língua e
mostrando com ações que desta vez a Lana safada
veio para fazer o serviço completo.
— Ah, nem imagina o quanto essa Lana sente
sua falta e quis, a todo custo, me convencer de
ceder aos seus desejos mais obscuros. — Ele exibe
um sorriso safado quando desço do seu colo,
percorrendo meus dedos pelos gominhos do seu
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tórax definido.
— Estava me perguntando se algum dia essa
pervertida conseguiria te dobrar. — Seus lábios
descem pelo meu pescoço, distribuindo chupões
leves que quase me fazer perder a razão.
— É... Parece que ela venceu. — O sorriso
safado volta ao seu rosto. — Que tal começar sua
vidinha de homem de família com o pé direito?
Plínio avança sobre minha boca, devorando
meus lábios com uma fome irracional. O cretino
beija meu pescoço de modo quase imoral, fazendo-
me imaginar sua língua em outro lugar do meu
corpo, ao mesmo tempo que me empurra devagar
até a cama, deitando-me sobre ela. Os lábios
quentes percorrem o decote do vestido, lambendo e
sugando a pele, enquanto suas mãos pressionam
meu corpo contra si. Voltamos a nos beijar e as
sensações que me dominam são avassaladoras, o
desejo é intenso como das outras vezes que nos
beijamos e lembro-me das razões de termos feito a
tal promessa: a química entre nós é extremamente
perigosa.
Por isso sempre mantemos uma distância
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segura. O toque dos nossos corpos sob as poucas


peças de roupas é algo excitante, erótico, sensual e
me incendeia por dentro, talvez porque somos
experientes e sabemos exatamente onde nos tocar
para acender o desejo que ameaça nos consumir.
Esfrego minha boceta em sua ereção e Plínio
abocanha meus seios por cima da roupa, mordendo-
os e arfo apertando os lençóis macios entre os
dedos. Meu vestido é erguido e a calcinha retirada
em uma lentidão torturante, depois ele retorna
distribuindo beijos lentos e molhados pela minha
perna esquerda, sinto sua língua brincar pelas
minhas coxas, torturando-me de modo delicioso,
quando chega à virilha demora mais lambendo,
sugando e me fazendo empurrar meu corpo contra
seu rosto.
O observo sugar o local, como se estivesse
saboreando uma fruta suculenta, é uma imagem
extremamente erótica e ele nem chegou ao local
onde anseio por seu toque. Sua língua desliza no
ponto onde preciso dele e... Uau, que boca
deliciosa. Reviro os olhos, mordo o lábio e me
contorço sobre a cama.
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Os lábios sugam levemente meu clitóris, a


língua brinca subindo e descendo devagar, fazendo-
me gritar, depois o sinto lamber deliciosamente
minha boceta, como se fosse a sobremesa mais
suculenta que provou, me fazendo querer cada vez
mais dele. Gemidos involuntários escapam da
minha boca, enquanto sugo meu dedo indicador.
Adoro o trabalho impecável dele, acho que nunca
recebi um oral tão delicioso quanto esse, pressiono
meu corpo sobre sua boca e sinto a lubrificação
aumentar, as contrações começarem devagar e se
intensificarem conforme a língua habilidosa
explora cada parte de mim.
— Plínio, eu vou gozar... Que boca deliciosa
é essa, seu cretino?
— Pronta para o melhor orgasmo da sua
vida? — ele interrompe, me encarando com os
olhos cheio de tesão, em seguida retorna ao
trabalho esplêndido.
Sinto o êxtase chegando, me entrego, sem
medo, uma sensação maravilhosa me domina e
perco o sentido tendo plena certeza de que estou no
paraíso. Um gemido escapa da minha garganta, o
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safado continua chupando deliciosamente e me


fodendo com dois dedos, levando tudo de mim em
um orgasmo que dura muito mais que o normal,
deixando-me ofegante e suada.
— Você é muito bom nisso! — elogio,
enquanto tento recuperar o fôlego.
— Eu nunca disse que não era. — Ele me
beija possessivamente e sinto o meu gosto em sua
boca.
Trocamos de posição, preciso retribuir o
favor, tiro a cueca e o membro magnífico salta em
meu rosto. Massageio lentamente sua ereção,
enquanto me inclino para levá-lo à boca, quando
minha língua toca sua rigidez sensível ele emite um
gemido de prazer, lambo a glande rosada e desço a
mão, massageando os testículos. Lambuzo com a
minha saliva, o levo até o fundo da minha garganta
e chupo o seu pau deliciosamente, suas mãos
seguram meus cabelos forçando-me contra ele. O
gosto salgado me excita, fazendo-me intensificar os
movimentos.
— Caralho! Estou mesmo fodendo essa boca
safada? — Plínio diz, rouco, massageando meu
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seio, em seguida beliscando o bico intumescido. —


Se eu soubesse, teria feito isso a mais tempo.
Paro por um momento para me livrar do
vestido, ele rapidamente pega o pacote de
camisinha sobre o criado-mudo e veste seu
membro, avanço sobre seu corpo, beijando sua
boca possessivamente ao mesmo tempo que
pressiono minha boceta molhada contra sua rigidez,
as mãos experientes percorrem meu corpo,
pressionando minha bunda e voltando aos meus
seios, apertando-o e me trazendo um gemido
abafado.
Ele me preenche e cavalgo, emitindo sons
desconexos, esfrego-me buscando pelo prazer que
há muito sei que me daria, seus lábios descem até o
bico rijo do meu seio, enquanto a mão sova o outro
lentamente.
— Que boceta apertada, Lana! — Sua voz
soa cheia de luxúria.
— Você não viu nada ainda, Plínio. —
Contraio a musculatura da pelve, o apertando
dentro de mim e ele urra como um animal no cio.

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Nos sentamos na cama e rebolo sobre seu


membro, enquanto nossas bocas se fundem,
paramos o beijo e me concentro em nossa dança
ritmada. Sua boca gulosa suga meu seio a cada
movimento, levando-me ao delírio. A lascívia me
domina e sou incapaz de segurar o orgasmo, arfo,
grito, gemo e me prendo ao seu corpo como se
quisesse nos tornar um só. Deixo-me cair sobre seu
ombro e tento controlar a respiração ofegante, mas
sou colocada gentilmente na cama e agora é a sua
vez de me mostrar o que sabe. Ele estoca o membro
delicioso contra mim de modo bruto e me pergunto
a razão de nunca termos feito isso antes. A cada
toque, meu corpo é dominado por sensações
arrebatadoras, que desconhecia até este momento.
Os sons da nossa luxúria preenchem todo o
quarto, esfrego meu clitóris enquanto, Plínio me
fode de um modo delicioso. Sou colocada de
quatro sobre a cama de forma nada gentil e o
membro enorme me preenche em estocadas firmes,
reviro os olhos, mordo o lábio e seguro os lençóis.
Recebo um tapa no bumbum que me faz inclinar
ainda mais, as mãos agarram possessivamente

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minha bunda.
Neste momento somos como animais
selvagens, nos entregando aos nossos desejos mais
primitivos, adoro a sensação quando ele solta meu
traseiro e segura meus cabelos puxando lentamente
para trás e chegamos juntos ao clímax. Nossos
corpos suados caem sobre a cama e nos encaramos
em silêncio com a respiração ofegante.
— Talvez você tenha razão, sua puta safada!
— Plínio deita sobre mim, prendendo meus braços
acima da cabeça e suga meus lábios inchados. —
Eu nunca experimentei nada melhor que a sua
boceta, estou considerando a possibilidade de
fugirmos para as ilhas Maldivas agora mesmo.
Mordo seu lábio inferior, pensando na
possibilidade, mas nunca faríamos isso porque
somos muito pé no chão para jogar tudo para o alto
assim. A diretoria está em jogo, o meu emprego
também e apesar de eu ter adorado tudo o que
aconteceu entre estas quatro paredes, me dou conta
de que esta noite foi um erro gravíssimo, afasto o
pensamento que me trouxe ao quarto. Sei o quanto
a companhia é importante para ele e se casar com
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aquela vaca vai manter as coisas como estão, é


assim que será.
— Não vai fazer isso! — digo, após um
longo período em silêncio. — Amanhã você vai
entrar na capela, se casar com a Bianca e mostrar
para os babacas que você é, sim, capaz de ser um
homem de família e responsável.
— Uau... Cadê aquela mulher com discurso
sobre esse casamento ser um erro? — Ele percorre
os dedos pela minha coluna, trazendo-me um
arrepio.
— Recobrou a razão! Nunca mais teremos
isso aqui, ouviu bem? — O encaro, decidida.
— Que malvada! Neste caso, preciso de você
novamente, Lana. — Seus olhos adquirem um tom
mais escuros pelo desejo que está renascendo em
seu corpo.
— Então, aproveite a noite, porque quando
ela acabar não vamos repetir.
Recomeçamos tudo novamente, somos
dominados pela luxúria e esqueço tudo ao nosso
redor, penso apenas no agora.
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4. REENCONTRO

— Meu Deus, como você está linda Iara. —


Bernardo me esmaga entre seus braços e beija a
minha testa. — Uau, um ano sem te ver e as fotos
já não fazem jus à sua beleza.
— Onde está Lucca e as meninas? —
pergunto pelo nosso filho e as filhas dele, assim
que nos afastamos.
Tenho muita saudade do meu garoto, que
deixou de ser criança há muito tempo. Mas, mesmo
aos dezoito anos, o vejo como um bebê. Lucca veio
há oito meses para o Brasil passar uma temporada
com o pai, algum tempo depois da morte da
madrasta, em decorrência de um câncer de mama,
para ajudar o pai com as irmãs adolescentes.

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Bernardo e eu temos uma relação amigável. Fomos


pais muito jovens e as coisas não deram certo entre
a gente, mas isso não impediu que nos tornássemos
amigos, já que temos um filho, que é um laço
inquebrável.
A falecida esposa, Laís, entendia a
importância de mantermos esse contato. Digamos
que formamos uma família nada convencional,
fizemos muitas viagens, todos juntos, frequentamos
as mesmas festas sempre que possível e temos
amigos em comum. Laís se tornou minha amiga, ao
ponto das filhas me chamarem de tia, lamentei
muito não poder vir quando morreu. Enfim, possuo
uma relação saudável e descomplicada com o pai
do meu filho, nada amoroso, é bom deixar isso
claro também. Não sou adepta a relacionamentos
polígamos.
— Lucca levou as irmãs para o aniversário de
uma amiga delas na cidade vizinha e de lá foi para
faculdade, semana de prova, sabe como é?! —
Bernardo empurra o carrinho de bagagens e
andamos lado a lado. — Ele ficou chateado, aliás as
meninas também estão, porque tentaram se
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esquivar de todo jeito dessa festa e não


conseguiram. Como assim, a tia preferida chega e
não estão em casa para recebê-la?
— Ah, Bê eu disse a elas para irem, são
adolescentes precisam se distrair um pouco,
teremos muito tempo juntas. Bem que tentei
remarcar a passagem, mas não consegui. —
Chegamos ao carro, enquanto ele guarda as malas
checo as mensagens no meu celular e olho a hora,
são duas da tarde.
Bernardo abre a porta para mim e, quando
passo por ele, nossos corpos se chocam levemente,
sinto como se algo há muito tempo adormecido
estivesse despertando dentro de mim. O encaro por
um momento, ele é um homem elegante e muito
bonito, mas faz tempo que deixei de enxergá-lo
dessa maneira, apenas me permiti ver o pai do meu
filho e aquele amigo para todas as horas que eu
amo.
Aos trinta e oito anos, o homem exala
masculinidade. Quando foi que ele ficou tão sexy?
Os olhos verdes parecem devorar cada parte do
meu corpo, reascendendo uma chama que estava
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praticamente apagada. Balanço a cabeça, tentando


espantar os pensamentos indecentes que estão
povoando a minha mente.
Ele me olha de cima a baixo, antes de fechar
a porta do carro e ir para o lado do motorista. Juro
que nem estou vestida de modo tão chamativo!
Visto um sobretudo branco e por baixo uma blusa
rendada preta com decote “V”, em algum momento
da viagem tirei a merda do sutiã que estava
acabando comigo. O short social bege nem chega
ao meio das coxas, deixando minhas pernas
alongadas à mostra. Olho discretamente no espelho
retrovisor e percebo que o batom vermelho me
deixou mais sexy do que gostaria, mas já era.
Como é que eu ia adivinhar que Bernardo
estava tão gostoso? Olho de relance e... Uau! Onde
é que estava escondido esse homem nos últimos
dezesseis anos? Porque, não me lembro de ele estar
tão sexy da última vez que o vi.
Nossos olhos se encontraram outra vez, ele
coloca a mão na minha coxa e vejo seu pau
aumentar de tamanho e... Droga! Preciso trocar de
calcinha, assim que chegar. Pigarreio e perdemos a
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conexão do momento, fazendo todo o percurso até


a casa dele em silêncio.
Não sou nenhuma santa, minha vida sexual é
ativa. Durante esses anos tive alguns namorados e
casos de uma noite para me divertir, porque nem só
de trabalho vivem as mulheres. Apesar da minha
relutância em assumir: nenhum deles era Bernardo.
Mordo o lábio para tentar aplacar o desejo
crescente de provar um pouco desse homem outra
vez. Ele estaciona o carro na garagem e quando
pega minhas malas, fico hipnotizada pela bunda
redonda marcada pela calça social. Chegamos ao
hall, ele coloca as malas para dentro e fecha a
porta, o silêncio se torna constrangedor.
Sinceramente, não consigo disfarçar a atração que
estou sentindo.
Bernardo me encara como um predador,
enquanto vasculho a minha mente procurando uma
única razão para eu não cair de boca nesse corpo
delicioso e não encontro nada que me impeça. A
última vez que fomos para cama, foi dias antes de
ele conhecer Laís, de lá para cá isso nunca mais
aconteceu, mas neste momento não consigo
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controlar esse fogo que me invade. Abro o


sobretudo e o deixo deslizar lentamente para o
chão, avanço sensualmente na direção dele,
tomando sua boca em um beijo intenso, caloroso e
cheio de tesão.
Nenhum homem foi capaz de fazer comigo o
que Bernardo faz em apenas um toque ou um olhar.
Eu busquei essa sensação em outras pessoas por
muito tempo, até entender que o que tínhamos era
único e agora essa conexão se repete, como se
nunca tivesse sido interrompida.
Ele segura firme a minha cintura, me
pressionando contra a parede próxima, sinto cada
parte do seu corpo viril acendendo ainda mais o
desejo ardente em mim. Que boca gostosa! Não sei
se é apenas pela adrenalina do proibido, mas olho
em volta em busca de alguém, um empregado, sei
lá.
— Estamos sozinhos, Iara, não há ninguém
na casa. Temos a tarde inteira para nós — diz,
como se tivesse planejado milimetricamente cada
detalhe e volta a me beijar intensamente,
mordiscando meus lábios, explorando minha boca
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com a língua deliciosa. As mãos passeiam pelo meu


corpo, deixando fogo por onde passa.
Sou levada lentamente para o meio da sala e
sento sobre o sofá, enfio a mão dentro da calça e
seguro o pau rígido, lambendo os lábios, ele sabe o
que vou fazer e espera ansiosamente por isso.
Abocanho o membro, chupando, lambendo toda a
sua extensão, massageando seus testículos e ele
fecha os olhos, em êxtase, para em seguida me
interromper e arruma o membro na boxer
novamente, talvez por achar que seja cedo demais.
Ele senta no sofá ao meu lado, fazendo
carícias e me beijando sem parar, meu short é
arrancado, as mãos passeiam enlouquecidas pela
minha bunda e boceta. Bernardo me põe em seu
colo e pressiono minha carne úmida em seu pau
delicioso em uma dança sensual, enquanto nossas
línguas duelam em busca de um sabor há muito
esquecido.
A blusa rendada é puxada para baixo e meus
seios têm toda a atenção que merecem. Os bicos
arrebitados recebem mordiscadas, chupadas e
lambidas molhadas. Os botões da camisa dele vão
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sendo arrancados um a um, enquanto me esfrego no


membro duro.
— Nem imagina quantas vezes eu fantasiei
este momento, Iara! — Bernardo me surpreende
entre uma chupada e uma carícia em minha boceta
molhada.
Então ele me desejava há tempos? Safado.
As palavras dele me enlouquecem, nos
levantamos, ainda entre beijos, decididos a deixar
esse fogo e tesão nos consumir. Enfio a mão dentro
da boxer e coloco o membro majestoso para fora
outra vez, fazendo movimentos de vai e vem, mas
ele me vira de costas abruptamente e me empurra
para o aparador próximo ao sofá. Apoio as duas
mãos sobre o móvel e empino a bunda para me
esfregar nele, mas o homem se ajoelha diante de
mim, segura as minhas nádegas e arranca a minha
calcinha, começa a lamber gostoso minha boceta e
estremeço com o contato dos lábios dele na minha
pele.
— Que língua deliciosa! — grito, em êxtase,
quando os movimentos se intensificam e os dedos
fazem um trabalho digno de um DJ conceituado.
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Sinto minhas pernas falharem, mas ele me segura


firme, enquanto me entrego a um orgasmo
devastador, do tipo que nenhum homem depois
dele conseguiu me fazer sentir.
Bernardo me coloca em cima do aparador de
forma nada delicada, me segura pela nuca e
reivindica a minha boca de forma possessiva.
Seguro seu membro entre as mãos, faço
movimentos rápidos deixando-o muito mais
excitado e ele volta a me tocar novamente.
Nos beijamos sem parar, em uma deliciosa
loucura. Ele me toma em seus braços, me leva
novamente ao sofá, abre minhas pernas e se afasta
para tirar a única peça que ainda restou em seu
corpo, ficamos em uma troca mútua de admiração
por um breve instante. Então, ele vem devagar,
como um felino selvagem, segura seu pau e pincela
a cabeça rosada na minha carne molhada em uma
tortura maravilhosa.
Quando o membro grosso e duro me
preenche, nós dois gritamos de prazer e iniciamos a
dança mais primitiva entre um homem e uma
mulher, as estocadas selvagens me levam ao mais
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alto nível de insanidade. Trocamos de posição,


cavalgo sobre ele que pressiona minha bunda e me
olha, como se eu fosse a mais bela das mulheres da
terra. Me deito sobre ele e alterno entre
movimentos rápidos e lentos até que chegamos,
juntos, ao ápice da luxúria, em um orgasmo que nos
faz gritar como loucos.
Descanso a cabeça em seu peito, pensando na
loucura que acabamos de fazer. Apesar de ele ter
garantido que temos a tarde toda, agora me dou
conta da gravidade da situação. Tento me recuperar
e voltar a respirar normalmente.
— Você é como um bom vinho, Iara. Só
melhora com o tempo. — Bernardo quebra o
silêncio e me faz encará-lo, seus olhos brilham
intensamente e reconheço esse brilho, porque me
sinto exatamente da mesma forma. Como se depois
de uma longa caminhada, finalmente tivéssemos
nos encontrado no momento certo.
Lá no fundo, eu sempre esperei por ele,
nunca me casei, nem tive relacionamentos longos.
Dediquei minha vida ao nosso filho e escolhi amar
esse homem como amigo, por todos esses anos,
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mas hoje não foi possível segurar tudo que


renasceu diante desse reencontro marcado pelos
céus.
— Eu te amo, Bê. — Falo as mesmas
palavras que trocamos ao longo de todos esses anos
separados, mas agora elas têm um significado
diferente.
— Sei disso, meu amor. Sempre soube,
somos pessoas destinadas, querida! Nosso amor
vem sendo regado ao longo desses anos, Iara, e o
que aconteceu hoje nesta sala, apenas prova que a
nossa chama ainda está bem viva. Não vou deixar
você escapar desta vez, mulher.
Envolvida pelos braços de Bernardo, fico
pensando no caminho que percorremos ao longo
desses anos. Passamos por uma paixão adolescente,
depois tivemos que nos reinventar pelo nosso filho,
aprendemos a ser amigos e companheiros de vida.
Nossos sentimentos foram sendo cultivados e este é
o momento certo para nossa história realmente
começar.

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5. O MECÂNICO

Inclino a cabeça para apreciar melhor a visão


da bunda marcada pelo macacão azul marinho,
mordo o lábio inferior e fecho os olhos,
mentalizando como deve ser o corpo másculo por
baixo dessa roupa que me deixa doida.
Sinto os nervos entre as minhas pernas se
contraírem, enquanto divago, pensando nas coisas
mais indecentes que eu gostaria de fazer se tivesse
esse homem à minha disposição. Me encosto no
balcão e seguro meu queixo, enquanto admiro a
personificação do pecado que trabalha
tranquilamente na baia a alguns metros à minha
frente.
Minha vida, desde que comecei a trabalhar

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como gerente de estoque nesta oficina, se resume a


sonhar com o que nunca poderei ter, aliás nem os
clientes colaboram com a minha sanidade...
Voltando ao Max — o filho da puta delicioso que
desperta a safada que existe em mim —, não sei
que merda está acontecendo, mas a minha boceta
quer muito saber do estrago que ele pode fazer
comigo.
Pode ser invenção da minha cabeça, mas às
vezes tenho a nítida impressão de que ele fica me
medindo e sinto seu olhar me queimando em alguns
momentos do dia. Expectativas foram criadas e não
vejo a hora de comprovar minha teoria.
— Talita, você ouviu alguma coisa que eu
disse? — A voz insuportável da minha colega de
trabalho me traz de volta.
— Desculpe, Carla, me distraí aqui. —
Arrumo meus óculos e endireito a coluna, enquanto
finjo mexer no computador e a mulher me olha,
desconfiada, seguindo o meu olhar.
— Deixe de ser idiota. Acha que o Max vai
olhar para uma desbotada feito você? Aquele
homem gosta do jogo de sedução e de foder forte...
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Quem essa garota pensa que é para falar


assim comigo?
Empino o queixo e a olho, desafiadora, mas
ela não se intimida.
— Ah, e o pau dele é uma delícia, coisa que
tu nunca vai saber na prática.
— O veneno tá escorrendo aqui pelo canto da
sua boca, viu, fofa?! — desdenho. — Doeu muito,
quando ele te dispensou, depois da foda boa?
Estou usando todo o meu autocontrole para
não ser grossa, mas ela está implorando para levar
uns tapas e sou do tipo que não leva desaforo para
casa. O olhar dela é capaz de me fulminar, mas eu
sou vacinada contra vadias desse tipo.
— Vá se foder! Ah, lembrei... gente com a
sua aparência não transa.
— Vou cuidar do meu trabalho, que ganho
mais. — Me faço de doida, porque não quero dar
na cara dela e, muito menos, conversar sobre
minhas fantasias sexuais com essa mal comida, que
se acha a deusa da conquista.
Antes de voltar ao trabalho, dou uma última
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olhada para o causador de toda essa confusão.


Max... só de pensar nesse nome, já sinto as pernas
amolecerem, sei que ele é muita areia para mim,
mas sonhar não custa nada. Desde o meu primeiro
dia aqui foi impossível não notar seus atributos
físicos, os músculos definidos, o cabelo castanho
claro em um corte militar, o cavanhaque dourado
dando-lhe um ar malvado, aquela boca carnuda que
me dá vontade de morder e o que dizer daquele
maldito sorriso safado em seu rosto?
O dever me chama, vida de pobre é foda!
— Taliii, já tá indo embora? — Ih, lá vem
merda, quando minha chefe vem toda carinhosa
assim, pode esperar que vai me pedir para trazer
um pedaço da lua, buscar água no deserto ou coisa
parecida.
— Só falta lançar esta nota aqui e vou para
casa — respondo, de cara fechada, para ela não vir
com pegadinha para o meu lado.
— Ah, Tali! Quebra essa pra mim, fica para
fechar a oficina. Tem um carro aí para liberar e o
Max está terminando o serviço.

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Ela não precisa me dizer mais nada, assim


que citou o nome do boy a minha boceta ligou o
alerta. É hoje que eu dou para esse homem!
Desmancho a carranca na hora e exibo um
sorriso.
— Tudo bem, eu fico. Mas quero receber
hora extra, nem vem com esse papo de folga pro
meu lado, viu?!
— Tá bom, Tali. Eu sei que não vai ser
nenhum sacrifício para você ficar olhando enquanto
o Max trabalha... — A descarada sorri da minha
cara, solta um beijo no ar e vai embora.
Corro pro banheiro, preciso checar minha
aparência e trocar minha roupa. Ao contrário do
que a mal-amada disse, eu não sou feia — ah, e
transo que é uma beleza, só não vou ficar expondo
a minha vida por aí.
Quem fica bonita em um uniforme desses,
minha gente? É por isso que sempre trago uma
roupa reserva para não andar por aí, tão tenebrosa.
Lavo o rosto, passo uma escova nos cabelos que
vão até os ombros, retoco a maquiagem, visto um

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microvestido vermelho tomara que caia, que tem


vagado pela minha bolsa desde que as fantasias
com o Max começaram, e passo um pouquinho do
meu perfume importado. Quero só ver se ele vai
resistir a esse furacão.
Em pouco tempo estou de volta à recepção.
Quase tenho um treco quando dou de cara com o
Max, me esperando, encostado no balcão, com os
braços cruzados.
— Finalmente estamos sozinhos, hein?! — O
olhar devorador percorre meu corpo, analisando
cada milímetro e sinto um calor subindo pelas
pernas.
— Já podemos ir embora? — Ai que tonta
que eu sou!
— Só se você quiser — ele me responde,
com uma voz sedutora, se aproximando de mim.
Minha nossa senhora das calcinhas
encharcadas! Precisa ser essa parede de músculos
deliciosa? Sinto o cheiro familiar de graxa e suor,
quando Max para a alguns centímetros de mim.
— Tá toda gostosa assim para mim? —
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Observa e sou incapaz de negar, sorrindo


descaradamente e ele desliza o dedo pelo meu
rosto, fazendo-me encará-lo.
Eita porra! Eu quero esse homem agora e
nada vai me impedir de fazer isso.
O empurro contra a parede do lado oposto,
espalmando as mãos em seu peito largo e cheio de
músculos, me penduro em seu pescoço, enquanto
ele leva as mãos à minha cintura, apertando-me
contra si. Minha língua invade sua boca,
explorando seu gosto, devorando-o, suas mãos
descem para a minha bunda, apertando-a e me
deixando maluca com o seu toque.
Chupo seus lábios lentamente, procurando
pelos botões já abertos do macacão, enfio as mãos
por dentro da peça, deslizando os dedos através da
regata branca que está molhada de suor. Me afasto
por um instante e ele tira a parte de cima de
qualquer jeito, se livrando da camiseta também,
deixando o tórax definido exposto, é uma imagem
de tirar o fôlego. A tribal do braço dele, que sonhei
tantas vezes ver por inteira, é perfeita.
— Pode me tocar, se quiser. — Ele sorri,
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safado, mostrando as covinhas.


— Ah, mas é claro que eu vou tocar nesses
músculos perfeitos. — Passo a língua nos lábios e
sou puxada pelas mãos fortes para junto dele.
Brinco com a ponta dos dedos pelos
contornos de sua tatuagem, descendo a mão
devagar pelas suas costas, sentindo toda a rigidez
dos músculos, incentivada pelos chupões em meu
pescoço, até agarrar sua bunda perfeita, apertando
enquanto pressiono meu corpo contra a ereção
potente sobre a roupa. Minha língua volta a dançar
sensualmente em sua boca, exigindo tudo que ele
for capaz de me dar.
Max prende meus braços acima da cabeça,
fitando-me de modo intenso e percorre meu
pescoço, lambendo, sugando até chegar ao colo,
depois fazendo o caminho de volta, mordendo o
lóbulo da minha orelha. Meus braços permanecem
erguidos e as mãos experientes exploram as curvas
do meu corpo.
Estou com um tesão absurdo e não hesito em
me esfregar nele, seus dedos ágeis alcançam minha
boceta, afastando minha calcinha e se afundando na
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carne encharcada, sem nenhum aviso, me fazendo


gritar.
— Oh… Max… — Arfo, inclinando a cabeça
para trás, entregue às sensações deliciosas e ele
desliza a língua pelo meu pescoço.
Com a mão livre ele abaixa o meu vestido,
deixando meus seios expostos, abocanhando,
chupando, lambendo, mordendo, enquanto seus
dedos entram e saem da minha vagina, estimulando
e me deixando ainda mais louca para sentar em seu
pau.
Mordo o lábio, gemendo e fechando os olhos
e ele ataca a minha boca novamente, com beijos
deliciosos, seguro seu membro duro sob o
macacão… Caralho! Quero essa delícia toda dentro
de mim.
Max troca de posição comigo e sinto a parede
fria em minhas costas, enquanto ele pressiona seu
corpo musculoso contra o meu, segurando minha
perna e esfregando o pau duro contra a carne
molhadinha, arranho suas costas e os lábios
deliciosos me devoram, sinto meu corpo inteiro se
desfazendo cada vez que ele toca, suga e lambe as
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áreas sensíveis.
Sua mão direita me segura pela nuca,
deixando meu pescoço à mercê de seus beijos
quentes, enquanto a mão esquerda desliza
sensualmente pelas minhas coxas chegando à
bunda, pressionando-me contra sua ereção.
— Quero meter em você, com força —
sussurra, com a voz rouca em meu ouvido e os
pelos do meu corpo se eriçaram. — Imaginar o que
tinha por baixo daquele maldito uniforme estava
me deixando quase louco.
Max solta a minha coxa, tateando o vestido à
procura do zíper e, quando o encontra, o abre, sem
gentilezas. O tecido desliza pelas minhas pernas,
deixando-me apenas em uma minúscula calcinha
rendada, ele beija meu ombro, descendo para o colo
de um jeito lento e deliciosamente torturante,
apertando os bicos dos meus seios entre os dedos,
lambendo e sugando em seguida, suas mãos
tocando-me por toda parte, fazendo o fogo do
desejo se alastrar.
Ele desliza os dedos pela minha barriga,
abaixando-se devagar, deixando beijos molhados e
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lambidas ao longo do caminho, a mão grande


aperta levemente minha boceta e arfo.
Estou encharcada e doida para que ele enfie
essa língua maravilhosa em mim, mas o homem
decide me torturar. Sinto sua respiração aquecendo-
me através do tecido fino, seu nariz roça em mim
e… Porra! Ele rasga minha calcinha, antes que eu
perceba o que, de fato, está fazendo.
— Molhadinha para mim, Tali… — Nem
tenho tempo de raciocinar e sua língua
deliciosamente nervosa desliza sobre meu clitóris
inchado em uma brincadeira que me faz revirar os
olhos e gemer alto.
Aperto os seios quando ele suga levemente a
carne inchada, sinto as pernas falharem e Max
intensifica o trabalho primoroso com a sua língua,
aumentando o ritmo, combinando os movimentos
com dedos ágeis que mergulham em mim, com um
único objetivo: levar-me à insanidade.
Tenho a sensação de que estou flutuando,
pisando sobre as nuvens, sinto a mente leve.
“Ahhh…”

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Meus músculos se contraem.


“Ohhh…”
O corpo inteiro vibra como se fosse um
vulcão prestes a entrar em erupção.
— Max, seu filho da mãe e vou… Ahhhhh!
A respiração falha.
Ofego.
Um arrepio percorre minha espinha.
Um tremor atinge as minhas pernas.
Meu corpo entra em um colapso prazeroso e
esqueço quem sou, onde estou, entregando-me
completamente a todas as sensações maravilhosas.
Ele não espera que me recupere totalmente,
se livra das roupas e invade minha boceta com seu
pau já revestido pelo preservativo, fazendo-me
gritar e o abraçar em busca de apoio, enquanto ele
segura minha perna. Max é grande, grosso e
delicioso… tudo bem que demoro um pouco para
me acostumar e acomodá-lo, mas tê-lo metendo em
mim está entre as melhores sensações que já tive na
vida.

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— Você é muito apertada e deliciosa — ele


diz, ofegante, quando consegue se enfiar todo em
mim.
Vê-lo tão dedicado a me dar prazer é
extremamente excitante, seus lábios grudam nos
meus, a língua me invadindo, sinto meu gosto nela,
que dança de modo a ampliar as sensações
deliciosas que se espalham rapidamente. As
estocadas são rápidas e ritmadas, mordo seus
lábios, o fazendo gemer, o suor escorre pela sua
testa e seus olhos estão escurecidos pela luxúria.
Ele tira o membro majestoso de mim e sinto
sua ausência imediatamente, viro-me de costas para
o homem delicioso que me devora com um olhar
predador. Suas mãos se encaixam na minha cintura,
o pau roçando a minha bunda, arfo quando ele o
direciona à minha entrada, esfregando-o em meu
grelo inchado, depois desliza para dentro, fazendo-
me gritar seu nome.
— Gosta do meu pau aqui dentro? — Max
diz, segurando meu pescoço e lambendo-o.
— Adoro… — A voz soa rouca e ele enfia
mais fundo em mim.
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Suas mãos seguram meus seios,


massageando-os, enquanto nós dançamos
sensualmente, buscando prazer sem se importar
com o mundo exterior. Por fim, debruço sobre o
balcão e ele enfia gostoso em um ritmo selvagem,
enquanto gritamos como animais no cio, os sons
ecoam por toda parte e dou graças aos céus por não
terem câmeras nos filmando, já que a nossa
performance está digna de um filme pornô.
— Safada! — Ele bate na minha bunda,
enquanto rebolo em seu pau e massageia meu
clitóris, deslizando a língua pela minha coluna...
Então, gritamos juntos no momento que sinto
as pernas falhando, minha vagina se contraindo,
apertando-o. Ofegamos. Meus batimentos
aceleram, como se o meu coração fosse explodir no
peito. Despenco sem medo, enquanto gozamos
como seres primitivos incapazes de raciocinar
direito.
A respiração entrecortada de Max aquece
minhas costas, estou exausta, mas nem ouso
reclamar. Essa foi a melhor foda da minha vida!

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ATÉ BREVE...

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SOBRE A AUTORA

Mysha Whatson é o pseudônimo de uma


mulher cheia de ideias picantes que encontrou na
escrita uma maneira de torná-las reais. Audaciosas
é sua obra de estreia no gênero hot e, se tudo correr
bem, muitas outras histórias virão.
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