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S T E L L A G R
A Y
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UM
21 DE SETEMBRO DE 2010.
alergia.
*****
— Pegou teus casacos? Tuas calças jeans?
Camisinhas? — Tapei a boca de Perla, e ri pela sua
cara de desespero. Estávamos no Aeroporto
Internacional de Galeão as 06:15 h. Eu mal tinha
adormecido na noite passada, devido à minha
ansiedade. Na semana passada tinha ligado para a
Mlisbona e marcado uma entrevista para quarta-
feira! Meu inglês não era um dos melhores, mas eu
arriscaria, esse era o meu sonho e eu sentia que
minha vida estava prestes a ser transformada!
Beijei a bochecha de Perla para acalmá-la, ela
estava pior que eu.
— Está tudo certo, Perla. Não precisa se
preocupar. — Quando terminei de dizer, foi
anunciado que o portão de embarque estava aberto.
Respirei fundo e olhei para ela. — Eu sempre darei
notícias, todo mês vou deixar dinheiro na conta, eu
prometo.
Perla começou a chorar silenciosamente e
balançou sua mão. — A única coisa que me
importa és tu. Tua felicidade e segurança. Seja
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TRÊS
Estava sentada na beirada da cama com o
celular na mão, na outra o número de telefone que o
Sr. Cavallaro me passou. Faltava pouco para as 11
h da manhã e eu me sentia eufórica e agitada! Não
tinha conseguido dormir na noite passada, pelo fato
de querer ligar para ele o quanto antes. Eu tinha
dito para Perla sobre esse encontro inesperado e ela
ficou feliz, porém como sempre, ficou desconfiada
e pedindo para eu tomar cuidado.
Olhei para a tela do meu celular e já era hora.
Lá vamos nós!
Disquei o número ansiosamente e esperei ser
atendida. Nada. Franzi meu cenho e tentei mais
uma vez, no terceiro toque, a voz masculina de
Vicentino, soou. — Cavallaro. — Soltei um
pigarreio baixo e abri um sorriso largo. Por que eu
estava sorrindo?! Balancei minha mão e respirei
fundo.
— Bom dia, Sr. Cavallaro! Aqui é a Liz...
Elizabeth. Conhecemo-nos ontem e eu estava
chorando...
— Oh! Elizabeth a garota brasileira que tem
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Um dos funcionários de Vicentino estava me
esperando na porta da boate e tinha pagado o táxi.
O bairro era magnificamente de luxo, bem no
centro da cidade, mas quando entramos na boate
meu queixo caiu. A boate era maravilhosa, com
luzes coloridas roxo, azul e rosa, acesas, e sofás,
mesas, poltronas claras por todo o lado. As paredes
eram de madeira marfim escuras, como as pilastras.
No centro da boate, uma pequena escada de vidro
com quatro lances levava até sofás e poltronas
grandes, com mesa de vidro.
Eu estava petrificada com o luxo da boate,
era incrivelmente linda. Caminhei lentamente por
ela, olhando os pole dance e o grande balcão do
bar, quando Vicentino caminhava em minha
direção, em um terno cinza claro. Seus cabelos
ondulados estavam penteados de forma elegante e
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decorações sofisticadas.
— Apenas prezamos a segurança de todos
que entram. Não há com que se preocupar. —
Comentou. — Por favor, sente-se. — Pediu, dando
a volta em uma mesa de madeira escura, sentando
na cadeira giratória de couro. Sentei-me em uma
das poltronas à frente da mesa, olhava para todos os
lados. Eu não sabia o porquê, mas estava me
sentindo fora da minha zona de conforto. — Está
bem? — Perguntou Vicentino, arqueando suas
sobrancelhas escuras.
Meneei com minha cabeça e suspirei. —
Claro. — Sorri.
Ele me olhou por um instante e depois
assentiu, entrelaçando os dedos das mãos sobre a
mesa. — Certo. Vamos começar. Está com seu
currículo? — Vicentino pigarreou e se curvou um
pouco. Assenti para ele, pegando a folha de dentro
da minha pasta vermelha o entregando. Vicentino
leu rapidamente o conteúdo, assentindo ao mesmo
tempo. — Como eu disse a você ontem, realmente
preciso de uma mulher para trabalhar aqui. Mas o
seu inglês, ele é péssimo Elizabeth, isso pode afetar
seu trabalho, pois aqui sempre há pessoas
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Minha boca não conseguia se manter
fechada, devido ao que estava em minha frente. Eu
estava na entrada do apartamento magnificamente
lindo, em tons claros e vermelhos, a mobília era do
branco ao tom pastel e os sofás vermelhos. A
parede da sala, ao lado esquerdo, era de vidro, do
teto ao chão, destacando as luzes coloridas da
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tirar o vestido.
— Isso soa tão fodido que me faz querer te
dar um pau! E estou falando de uma surra, eles
trabalham lá e óbvio que dirão o que o cafetão diz.
Agora, você leu o contrato?
— Perla. — Suspirei. — Não chame meu
chefe dessa forma. E não, eu não li, ele explicou o
que estava escrito, você sabe que sou pior lendo, do
que falando em inglês. Mas, advinha? Eu tenho um
professor particular! Logo estarei cantando Livin on
a Prayer sem precisar do Bon Jovi pra me ajudar.
— Ri com a piada, tirando o vestido. Joguei-me na
cama e esperei que ela dissesse algo.
Perla soltou um rosnado chateado. —
Completamente boba! Eu sofro com essa tua
ingenuidade, nunca vendo o lado mau das pessoas.
Meu bem, você sabe que o mundo é sujo! As
pessoas que o deixaram assim, por favor,
Elizabeth, eu estou implorando. Volta pra tua
terra, volta pra morar comigo. Por favor!
— Não fique assim, Perla. — Respondi,
fechando meus olhos. — Eu prometo ligar todos os
dias antes e depois do trabalho. Eu sei me cuidar
sozinha e sei que as pessoas são boas, não fique
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QUATRO
Em apenas cinco semanas fazendo eventos na
Haze, o lugar se encontrava mais lotado do que
nunca, como alguns funcionários disseram. Eu me
sentia feliz com o meu desempenho e totalmente
satisfeita. Principalmente porque eu poderia
finalmente me comunicar com quase todos os
clientes, o que era divertido. Muitos deles faziam
questão de dizer que tinham casas espalhadas pelo
mundo, carros luxuosos, amantes e dizem de seus
dias entediantes no trabalho. Outros se
vangloriavam por enganarem o governo do país,
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conseguia.
Ele tinha drenado toda a minha força.
— PORRA! QUE BOCETA GOSTOSA,
GAROTA! — Gritou, me penetrando bruscamente.
Sua mão tinha saído do meu pescoço e foi até os
meus seios expostos, tossi várias vezes e tentei
empurrá-lo, mas Vicentino, deu outro tapa no meu
rosto e foi mais brusco. — CONTINUE
LUTANDO SUA VAGABUNDA! EU ADORO
ISSO, BATER EM VOCÊ ENQUANTO A FODO!
— POR FAVOR! — Urrei para ele, chorando
com a dor. Vicentino soltou uma risada e deu uma
bombeada forte, me fazendo gritar. Depois ele saiu
de dentro de mim e finalmente eu poderia respirar.
Fechei minhas pernas, aliviando a dor que crescia e
solucei, eu me sentia tão suja….
Vicentino ofegava alto e me olhava, ele suava
como um porco, deixando sua camisa branca
molhada. — Olha só para você! Não serve nem pra
foder. — Riu. Quando o vi se aproximar
novamente, me encolhi como uma bola e implorei.
— Eu não terminei ainda sua putinha. A noite é
uma criança! — Exclamou rindo e me virando de
costas.
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CINCO
Sentia meu corpo sendo erguido e levado.
Meus olhos não conseguiam se abrir e minha boca
estava seca, sentia como se estivesse sendo puxada
para um buraco sujo, úmido, escuro e que não tinha
fim. Eu queria manter os meus olhos fechados,
queria desaparecer do mundo, queria morrer
naquele momento, aliás, eu estava morta? Será que
ali era o purgatório? Inferno? Céu? Não me
importava com absolutamente nada, eu apenas
queria….
— Srta. Evans? Está tudo bem? — Uma voz
masculina e baixa me chamou, mas não o respondi.
— Senhorita, olhe para o meu dedo e siga com os
olhos. — Quando a voz disse isso, uma luz forte e
branca se balançou na frente dos meus olhos,
criando uma dor forte na minha cabeça. Eu ainda
estava no apartamento. — Srta. Evans, eu irei
injetar um remédio para dores, o.k.? A senhorita
caiu durante o banho certo? — Eu não tinha ideia
por que ele fazia perguntas.
Uma picada foi sentida no meu braço
esquerdo, fazendo meus sentidos voltarem ao
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Fui levada até uma sala da Haze, que nem
sabia que existia. Ela era escura, tamanho grande
oval e elegante. Eu estava sozinha na sala, sentia o
suor brotar das minhas mãos e minha respiração
ofegar. Meu medo estava me deixando zonza e as
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SEIS
Minhas unhas estavam se afundando no
couro do banco do carro. O medo estava papável
naquele pequeno espaço, eu não sentia medo de
Salvatore, mas sentia medo. Apenas. Desde que
entrei no carro, ele não me olhou, não conversou,
somente perguntou o meu endereço e franziu o
cenho quando lhe passei. Quando chegamos ao
edifício, Salvatore saiu do carro e deu a volta,
parando ao lado da porta do carona, ele fechou o
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ele.
— Por que diz isso?
Salvatore me olhou antes de dizer. — Porque
você é fácil de adivinhar, suas emoções são nítidas.
— Murmurou. — O que significa que é uma presa
fácil. Como você acreditou em alguém que nunca
viu na sua vida? — Perguntou ele. Sua voz tinha
uma nota de repreensão, ele estava fazendo o quê?!
Engoli em seco e cruzei meus braços. — Está
querendo….
— Não estou criticando. — Respondeu, antes
de mim. — Só estou querendo entender. Por que
deixou isso acontecer, Lisa? Por que confiou
cegamente nele? — As lágrimas caíram
silenciosamente pelas minhas bochechas até o meu
queixo, eu não consegui mantê-las. Salvatore tinha
toda razão. Eu fui uma cega.
Enxuguei meu rosto com o suéter e dei de
ombros. — E-eu achei que ele só queria ajudar. —
Abaixei minha cabeça e suspirei tremulante. —
Vamos mudar de assunto? Podemos ir logo?
— Desculpe-me. — Murmurou. Seus olhos
verdes estavam sobre mim, havia algo gentil dentro
deles. — Eu vou dar um jeito nisso, tem minha
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— Perdão?
A mulher apagou o cigarro na parede e
depois jogou numa lixeira. Ela se aproximou e
mexeu nas roupas, era mais alta que eu com os
saltos. — As roupas! Não precisa escolher. —
Disse-me. Um vestido curto demais, rodado, da cor
púrpura foi tirado do cabide por ela, me
entregando. — Esse serve. E, ah! Não dê ouvidos
para essas putas invejosas. Eu me chamo Margot.
— Eu me chamo….
Ela riu e acenou. — Elizabeth. Todos sabem.
Bem, vamos chamá-la de outra coisa. Eliza é nome
de vovó, Liz é nome de menininha. — Margot
apertou seus lábios, rosas, pensando. — Ah! Lisa!
Seria mais fácil se seu nome fosse Elisabeth com S
ao invés do Z. Vá se trocar, estou te aguardando. —
Ela me virou de costas e me empurrou até um canto
do camarim. Soltei um suspiro baixo e pendurei
minha bolsa no cabide.
— Por que cismaram em me chamar de Lisa?
— Sussurrei para mim mesma.
Enquanto eu tirava minhas roupas, fazendo o
possível para ninguém olhar para mim, mantive
meus olhos nas mulheres que riam e conversavam
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sem parar.
Não parecia que estavam indo ter uma noite
grotesca, se deitando com homens que não
queriam, parecia que estavam entre amigas se
arrumando para uma noite de farra. Eu não entendia
por que elas pediam para entrar nisso tudo, aliás, eu
entendia. Dinheiro fácil. Muito dinheiro.
Quando estava somente de calcinha e sutiã, vi
que o vestido era um tomara que caia em formato
de coração, para os seios ficarem mais para cima,
óbvio. Tirei meu sutiã e no mesmo instante, duas
garotas passaram por mim, para saírem do
camarim. Elas me olharam de cima a baixo e riram.
— Você não ganhará um centavo de agrado, com
essas manchas roxas pelo corpo, queridinha. Espero
que aproveite as fodas que terá que fazer! —
Cantarolou, rindo juntas, saíram do camarim.
Meus olhos se arregalaram e escondi meus
seios, me abraçando, deixando meus braços em
cima deles. O que eles queriam dizer com aquilo?
Que eu…. — Algum problema, Lisa? — Disse
Margot, se aproximando. Tirei meu cabelo da
frente dos meus olhos e a olhei.
— E-eu terei que me deitar com homens? Por
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Margot passou o tempo todo ao meu lado,
explicando como eu deveria contornar os clientes
tarados, e os que só estavam ali para transar. Eu
não deixei escapar nada, pois era um assunto muito
sério para mim. Não queria passar por aquilo mais
uma vez. Ela andou comigo por toda a boate me
explicando como chegar aos clientes e incentivá-los
a subir para o segundo andar. Era bem simples na
verdade.
— Esses comprimidos os deixaram lesados e
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drogar?! É isso?
Tentei me soltar dele e sentindo o desespero
me invadir. Ele iria me machucar, eu sabia disso.
— N-não! Eu não...
— SOLTA ELA! — Gritou Margot, dando a
volta na mesa e me puxando. — Seus idiotas! Era
apenas para deixá-los animados!
O homem que estava com ela, gritou. —
COLOCOU NA MINHA BEBIDA TAMBÉM?!
ONDE ESTÁ O GERENTE DESSA MERDA?
GERENTE! — Gritou, assim como seu amigo.
Olhei assustada para Margot, sentindo minhas
lágrimas caírem.
— Eles vão falar! Margot!
— Se acalme. — Disse-me.
Limpei minhas lágrimas rapidamente e
quando olhei para o lado, um homem de terno
preto, veio em nossa direção. Aquele deveria ser o
Gregório. — Houve algum problema? —
Perguntou ele.
— Sim, houve! Suas prostitutas colocaram
drogas na nossa bebida! E O MEU AMIGO
TOMOU A DELE! — Gritou Will, com os olhos
arregalados de raiva.
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SETE
Abri meus olhos lentamente para a claridade
que se erguia diante do meu quarto. Eu estava
dolorida, zonza e com ânsias de vômitos pela noite
passada. Eu não tinha ideia de como vim para casa,
mas algo me dizia que Margot foi minha salvação.
Fechei meus olhos novamente e virei minha cabeça
para o outro lado, estava deitada de bruços sobre o
colchão quente e macio. Queria passar minha vida
ali, deitada naquela cama e ser invisível para o
mundo! Minha vida não seria mais a mesma, eu
não seria mais feliz, não teria o meu sonho se
tornando em realidade. Tudo isso, eram meros
fantasmas e mais nada.
Soltei um suspiro baixo e me virei de barriga
para cima, me sentando no colchão. Fiz uma careta
ao sentir as dores e tirei o edredom de cima de
mim, eu estava usando uma das minhas camisetas
largas e meias. Margot me tratou como um bebê
recém-nascido. Levantei-me lentamente e respirei
fundo de olhos fechados, a noite passada foi mais
uma para eu esquecer. Ontem, eu tinha oficialmente
me tornado uma prostituta escrota e sabia que era
minha culpa. Gregório tinha ferrado comigo por
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útil e inteligente!
Soltei um grito e me balancei para frente e
para trás. — EU SEI DISSO! EU SOU A ÚNICA
CULPADA, SOU UMA VAGABUNDA BURRA!
Vagabunda burra! Vagabunda burra! Você
não passa disso, NÃO PASSA DE UM LIXO! —
FAÇA PARAR! — Gritei mais uma vez, chutando
a mesinha de centro.
Você mereceu aquilo! — Eu sei! Eu sei! Eu
mereci aquilo. — Chorei em voz alta, batendo na
minha cabeça com a mão. Você que procurou
aquele inferno! Você mereceu pelo que está
passando. — Eu que procurei, eu que procurei! Sou
a culpada! Eu MEREÇO! — Levantei-me do chão
e andei de lá para cá. Minha mente estava
fragmentada, todo o meu ser destruído tinha me
dominado, deixando-me louca. Eu respirava alto e
procurava algo para aliviar aquela loucura em
minha cabeça.
Por que aceitou o pedido dele? Por que foi
burra? Ele tinha razão, você é um lixo! É uma
vagabunda burra.
— Sou! Eu sou! É minha culpa por sorrir
demais, minha culpa por olhar demais, minha culpa
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OITO
SALVATORE.
No dia seguinte, estive aguardando uma
oportunidade de me encontrar com uma pessoa, que
eu não via há duas semanas. Eu sempre dizia para
Demétrio manter seus olhos mais abertos sobre
Vicentino, pois ele sempre estava ausente quando
mais precisávamos. Ontem, passei meu dia com
Lisa, pois estava desconfiado de que talvez, ela
pudesse fazer outra merda a ela mesma. Ao
imaginá-la tentando tirar a própria vida, mais uma
vez, era agonizante! Então, tive que inventar para
ela que poderia levá-la ao Brasil, eu não poderia,
isso é impossível, mas claro que eu tentaria.
Sempre mantive minha palavra com qualquer
pessoa.
Elizabeth era minha exclusividade. Desde
que a vi, não sabia o que tinha acontecido comigo,
não sabia o porquê disso, apenas sabia que eu
deveria protegê-la. Demétrio sempre deu ordens
explícitas de que nenhum de nós, poderíamos levar
uma mulher à força para trabalharem conosco,
mas…. Elizabeth, não foi levada a força e sim foi
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enganada.
Estava na boate Haze, a procura de
Vicentino, mas ele não se encontrava, assim como
o seu soldado vira-lata Nino. Eu sabia que eles
estavam planejando algo, porém, como o próprio
Demétrio me disse foi: eu, pelo menos, tinha
alguma prova disso? Não, eu tinha apenas minha
intuição e eu sempre acertava. Caminhei
apressadamente pelo local vazio e fui até o
escritório, abri a porta e a fechei em seguida, depois
de entrar, trancando-a. Dei a volta na mesa de
madeira escura e me sentei na cadeira de couro já
abrindo as gavetas. Encontrei todos os contratos em
que as garotas assinavam antes de começarem a
trabalhar para nós, eu queria apenas um deles.
— Aqui está você. — Murmurei, tirando o
contrato de Elizabeth dentre os outros. Eu sabia de
cor, cada parágrafo desse maldito contrato. Não se
recusar a deitar com qualquer homem. Não se
recusar a ingerir álcool ou drogas. Não se recusar a
trabalhar todos os dias. Outras e mais outras regras
eram inseridas nas cinco páginas do contrato,
Vicentino, aproveitou a situação por Lisa não saber
ler em inglês, naquela época, fazendo-a assinar as
folhas inocentemente. Virei todas as folhas e no
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NOVE
Desliguei o telefone pela quarta vez, me
jogando no sofá. Eu estava com medo de que
alguém descobrisse que eu estava tentando falar
com Perla, nesses últimos dias. Sentia falta dela e
principalmente dos seus conselhos, sentia minha
cabeça girar em relembrar suas palavras. Ela
sempre esteve certa sobre esse lugar, mas eu era
idiota o suficiente para não acreditar. Joguei minha
cabeça no encosto do sofá, quando ouvi o barulho
do elevador sendo aberta.
Salvatore entrou com uma sacola de papelão
na mão, levantando para eu vê-la. — Trouxe seu
jantar. — Murmurou, caminhando até a cozinha. —
Acho que você não gosta de lavar as louças, certo?
— Perguntou em voz alta, me olhando com as
sobrancelhas arqueadas, enquanto tirava marmitas
brancas de dentro do saco.
— Não curto fazer nada, ultimamente. —
Murmurei, esticando minhas pernas sobre a mesa
de centro. — Mas o banho e dormir ainda estão
valendo. — Ele saiu de perto do balcão da cozinha
e veio caminhando em minha direção, toda vez em
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— Ah é mesmo? — Perguntei
tranquilamente. — E aposto que estão se mordendo
de raiva com isso.
Margot fez um biquinho e assentiu. — Com
toda a certeza. Principalmente a querida Baby, ela
quer a sua cabeça espalhada na sala dela. — Sorriu
diabolicamente. Revirei meus olhos, cansadamente,
e olhei por toda a boate. Ótimo, agora, eu era
odiada pelas mulheres que trabalhavam por lá.
Quanta bobagem. Margot olhava para um cara que
estava bebendo perto bar, quando chamei
novamente a sua atenção.
— Ela que faça bom proveito, agora veremos
se ele irá querê-la. Salvatore não me vê com esses
olhos. — Murmurei timidamente. Eu sabia que algo
ele queria de mim, desde que tentou me beijar, mas
algo prolongado... não mesmo.
Margot soltou uma risada e revirou os olhos.
— Sim, ele a vê com esses olhos. Se não, por qual
motivo estaria a protegendo? O que Vicentino fez a
você, já fez com outras e também soldados já
fizeram isso, capitães já fizeram isso, resumindo;
qualquer maldito da máfia já fez, até os clientes. O
Sr. De Gasperi está interessado em você, e isso,
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Conversar com Lincoln, foi algo bem
desagradável, pois ele não conseguia me olhar nos
olhos e eu não conseguia parar de sentir nojo da sua
cara! Ele sabia o tempo todo, sobre as tramas de
Vicentino, mas foi um bom e fiel cachorro com o
seu Consigliere. Quando tinha me visto, pediu
muitas desculpas sobre tudo, e principalmente de
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DEZ
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ONZE
A viagem do Aeroporto Internacional do
Galeão, até a casa da Perla, em Madureira, foi
extremamente ansiosa e longa! Eu não tinha
conseguido dormir por toda viagem, então, falei
quase sobre tudo, do Rio de Janeiro, para Salvatore.
Ele disse que não poderíamos fazer um passeio, ou
ir até o Cristo Redentor, pois a partida do nosso
avião seria no início da noite e porque, também,
havia máfias inimigas no Brasil e todos sabiam
quem era ele.
Aquilo me surpreendeu, pois eu sempre achei
Salvatore, um homem bem reservado e cauteloso.
Quando o táxi, tinha finalmente parado,
Salvatore pagou e – e não queria o troco da sua
nota de cem! – em seguida saímos de dentro do
carro. Abri o pequeno portão de entrada da casa e
corri até a porta, era quase 12 h, eu sabia que Perla
estava em casa. Apertei a campainha diversas
vezes, quando ouvi o táxi seguir seu percurso e
Salvatore, parou atrás de mim com a nossa mala de
mão compartilhada. — Acho que ela não está aí. —
Murmurou Salvatore, olhando atentamente pela
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dizendo:
— Quem quer torta de limão? Vocês tão com
uma puta sorte, porque hoje eu estou boazinha. —
Disse a Salvatore o que ela estava dizendo e ele se
levantou, aceitando, indo até a cozinha, junto com
Perla. Soltei um suspiro alto e levantei-me do meu
lugar.
*****
*****
Já tinha se passado duas horas e eu não sentia
sono. Diferente de Salvatore, que dormia
tranquilamente ao meu lado com sua poltrona
reclinada e, sua cabeça virada na minha direção. Eu
não parava de olhar para ele, mas estava com medo
de ser pega de surpresa, caso eu estivesse olhando
demais. O avião estava silencioso, apenas o som
dos motores e nada mais, ele estava com a maioria
das luzes apagadas e os passageiros adormecidos,
apenas aguardando a chegada em Las Vegas.
Passei os dedos sobre os olhos e reclinei
minha poltrona, na mesma altura da de Salvatore.
Levantei minhas pernas para cima e apertei o botão
“dane-se se eu for pega por seus olhos” em minha
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DOZE
novamente.
— Vá EMBORA! — Gritei, respirando alto.
Sua risada foi substituída pelo assobio e
rapidamente. Tudo aconteceu. Um estrondo alto
surgiu na porta, fazendo-a criar uma rachadura no
meio dela. Soltei um grito assustado quando os
barulhos altos, quebrando a porta não cessavam.
Tapei meus ouvidos com as mãos e gritava sem
parar. Aquilo não era nada humano! Não era! —
PARE COM ISSO! — Esbravejei e então, o
barulho cessou. Abri os meus olhos, olhando para a
porta toda rachada e me levantei, devagar. Respirei
tremulamente, hesitava entre me aproximar ou me
afastar da porta. Mas eu precisava saber se ele tinha
ido.
Segurei a cadeira, tirando de perto da porta e
em seguida, a chave que trancava ela. Minhas mãos
estavam trêmulas e meu coração saltitava
assustado. Engoli em seco e quando tomei a
coragem para abrir a porta, o barulho alto se
rompeu e fui jogada para longe, junto aos restos das
madeiras. Caí no chão, soltando um grito e sentindo
sangue escorrer pela minha testa, soltei um gemido
de dor e quando olhei para cima, Vicentino estava
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TREZE
Cheguei à boate meia hora atrasada, pois tive
a ridícula ideia de mudar todos os móveis da casa
de lugar. Além disso, passei o dia todo relembrando
da bunda de Salvatore, e também antes disso. Eu
fiquei tão nervosa, que tinha saído do seu
apartamento às pressas, gritando que estava indo
tomar um banho. Mentira. Fiquei apenas pensando
no corpo dele e me sentindo estranha referente a
isso, em estar atraída. Não, claro que eu não me
tornei uma assexuada, depois daquele grande
trauma vivido há dois meses, mas eu achava que
não sentiria mais aquele desejo carnal por um
homem.
Salvatore é maravilhoso, isso é óbvio, porém,
eu não estava tão interessada assim nele. Mas hoje,
mais cedo, quando o vi nu na minha frente, eu sabia
o que queria. Eu o queria, muito, e sabia que
Salvatore estava querendo o mesmo que eu. E isso
me animava.
Subi as escadas pretas da boate, rapidamente,
e quando cheguei ao fim delas, fiquei parada sem
saber o que fazer. Havia muitas mesas redondas
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QUATORZE
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direito.
— Está me ameaçando? É esse tipo de
mulher que você gosta Salvatore?! Além de ser
uma língua solta, é uma puta?! — Esbravejou,
tentando se aproximar.
Salvatore o olhou pacificamente e disse-lhe.
— Você está muito estressado, dizendo coisas que
não tem o costume de falar para uma mulher,
Demétrio. Vá para sua casa e descanse com a
garota, eu cuido de tudo, já que Vicentino nunca
está por perto. — Os olhos azuis gélidos de
Demétrio se desviaram de mim e pararam em
Salvatore. Ele soltou um suspiro baixo e passou a
mão no cabelo avermelhado.
— Está bem. Eu estou muito cansado, de
fato. — Sei a volta pelo balcão e parei atrás de
Salvatore, quando seu chefe apontou o dedo longo
para mim. — Aprenda a ter mais respeito, sua
criança.
Cruzei meus braços e me aproximei dele,
ficando entre ele e Salvatore, eu me sentia um anão.
— Senão vai fazer o que? Você não é nada meu! —
Respondi em voz alta e cada palavra que eu dizia,
ficava na ponta dos pés. Os olhos de Demétrio se
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QUINZE
— Elizabeth... — murmurou Salvatore,
balançando sua cabeça para os lados. — Não há
como, você sabe disso. — Completou. Olhei a
minha frente e suspirei, assentindo. Eu ainda não
sabia do porque continuava insistindo nisso,
achando que em algum momento da minha vida,
não faria mais parte da máfia, porém, seria
impossível já que eu quero ficar com Salvatore...
mas desse jeito... seria diferente, um diferente bom
demais.
Mordi meu lábio e o olhei, suas sobrancelhas
loiras estavam franzidas. — Tudo bem, acho
melhor eu ir, você deve estar...
— Não faça isso. — Interrompeu-me com um
olhar preocupado.
Juntei minhas sobrancelhas e perguntei. —
Não fazer o que? — Salvatore olhou para o chão,
por alguns segundos e, depois de volta para mim.
— Não fuja quando algo não seja do jeito que
você quer. — Continuou. — Se eu fizer isso, tirar
você de uma organização criminosa, posso ser
caçado e morto, podemos ser caçados e mortos,
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Haze estava uma grande loucura, estava tão
lotada que era uma dificuldade até soltar um
suspiro! Mesmo com os ar-condicionado ligados
por toda a boate, eu estava suada, meus cabelos
longos, que sempre gostei de deixá-los soltos, tive
que fazer um coque alto de qualquer jeito, para
evitar o meu suor. Eu estava de lá para cá, as
pessoas não paravam de pedir suas bebidas,
algumas, tentavam me apalpar como se eu fosse
uma prostituta – aliás, os clientes novos pensavam
dessa forma – naquela noite eu fui praticamente
agarrada por quase cinco homens, completamente
bêbados, mas na sorte havia os soldados, os clientes
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DEZESSEIS
Salvatore e eu estávamos ajoelhados sobre o
colchão da cama, um de frente para o outro. Ele
segurou a barra da camiseta que me cobria e puxou
lentamente para cima. Ergui meus braços deixando
o tecido sair do meu corpo, deixando-me
completamente nua para ele. Seus olhos
paralisaram-se em mim, aqueles lindos olhos
verdes não deixou nenhuma parte de mim, de lado.
Salvatore me olhou com carinho e segurou meu
rosto entre suas mãos calejadas, eu estava muito
nervosa, mas me saía bem, pois estava escondendo
facilmente.
— Perfetto. — Sussurrou em italiano,
beijando minha boca. Segurei os seus ombros
largos e separei meus lábios o quanto eu podia,
deixando Salvatore entrar. Arrastei minha mão
esquerda até os seus cabelos e puxei seu corpo para
mim, nos fazendo cair sobre a cama. Ele soltou um
suspiro baixo entre nossos lábios, deixando nosso
beijo mais selvagem.
Eu sabia que Salvatore estava se esforçando
ao máximo para pegar leve comigo, estava
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gemido dele.
— Que tal outra posição? Tudo bem para
você? — Perguntou Salvatore, desacelerando o
ritmo. Mordi seu lábio inferior e assenti
freneticamente para ele, então Salvatore saiu de
dentro de mim e rápido, segurou meus quadris com
as mãos e me virou de bruços para o colchão. De
repente, um gelo atravessou a minha espinha e
flashbacks da noite, em que fui atacada por
Vicentino, vieram como um vulcão em erupção.
Quando senti Salvatore se aproximar, me
balancei assustada. — Salvatore! N-não! —
Choraminguei, me virando rapidamente. Ele me
olhou franzido, respirando ofegante, porém não
tocou em mim.
— Eu te machuquei? E-eu fiz algo...
Antes que eu pudesse deixá-lo terminar,
disse. — Não me machucou, mas eu me assustei...
desculpe, eu sempre estrago tudo. — Sussurrei com
lágrimas não derramadas nos meus olhos. Olhei
para o corpo nu de Salvatore e seu membro
continuava erguido como uma rocha. Ele soltou um
suspiro, abaixando a cabeça e depois me olhou com
ternura.
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DEZESSETE
Abri os meus olhos e olhei para a parede de
vidraça. Não sabia ao certo em que momento eu
adormeci, mas não me sentia exausta, pelo
contrário, estava muito renovada! Lá fora, o início
da noite se erguia dizendo que passei o domingo
inteiro na cama... bem... mas havia aquela
companhia de 1,90 cm de altura, loiro, olhos verdes
e um corpo fodidamente tentador e musculoso. Pois
é, aquela companhia ocupou toda a minha folga,
que me teve na cama, no chão, sobre a parede de
vidro e na maioria das vezes na posição do
cachorrinho. Virei-me de bruços, escondendo meu
rosto contra o travesseiro, rindo com meus
pensamentos sobre a nossa longa sessão de sexo.
Deus! Eu nunca tinha transando tanto assim na
vida!
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DEZOITO
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no balcão.
— Qual é o seu nome? — Perguntei.
Ele colocou o copo de volta ao balcão e
pigarreou. — Lucco. E o seu? — Perguntou
curiosamente. Estendi minha mão direita, e ele a
sua, apertamos nossas mãos sorrindo.
— Me chamo Elizabeth, é um prazer
conhecê-lo, Lucco. — Ele piscou para mim e deu
mais um gole na bebida. — Então, você é daqui?
— Perguntei mais uma vez. Era inevitável, sempre
fui curiosa, tanto que fazia Perla revirar seus olhos
e me puxar pela orelha, quando parávamos em filas
de qualquer local, quando criança.
Lucco esvaziou seu copo de Bourbon e
lambeu os lábios. — Não. Eu moro em Los
Angeles, mas sempre estou em Nova York, meio
que posso “controlar” algo feio nas Famílias de lá.
— Quando ele disse a palavra controlar, levantou
as mãos fazendo aspas. Arqueei minhas
sobrancelhas e meus olhos brilharam.
— Sempre quis conhecer essas cidades. Seria
um sonho impossível? — Lucco abriu um sorriso
torto e fez uma careta, balançando a cabeça em
negativa.
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pipoca.
Curvei-me novamente sobre o vaso e
vomitei.
Quando tinha acabado, puxei a descarga e me
levantei com o apoio da grande pia branca, sentia
meu corpo mole e cansado, abri a torneira de água
morna e me curvei, bebendo da água e depois
cuspindo. Em seguida joguei um pouco no rosto e
me olhei no espelho. — O que foi isso? —
Sussurrei para o meu reflexo, minhas bochechas
estavam vermelhas e minha boca entreaberta.
Passei a mão na testa e me virei para sair do
banheiro, foi aí que paralisei. Meu necessaire rosa
estava aberto sobre o balcão escuro, colado na
parede do banheiro, dentro dela minhas maquiagens
e a caixa escrita Tampax, aparecendo para fora.
Virei-me como um robô para fora do banheiro,
correndo até a sala. Peguei o telefone com as mãos
trêmulas e disquei os números, errei duas vezes e
na terceira, acertei.
Fiquei de costas para a vasilha de pipoca e
não notando o filme na tevê, sentia meu coração
pulsando descontroladamente, e minhas mãos não
paravam de tremer. Finalmente, fui atendida. —
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DEZENOVE
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Fiquem bem.
— Mas ficaremos. — Disse-me suavemente,
tocando em meu rosto. — Com você ao nosso lado,
ok?
Abri um sorriso torto e assenti, puxando-a
para um longo e profundo beijo. Peguei-a no meu
colo, suas pernas se entrelaçando na minha cintura
e virei-me até que senti a cama contra minhas
pernas, fui me abaixando lentamente e deitei Lisa,
com cuidado, mas parei de mover quando ela soltou
um gemido e virou a cabeça para o lado, fechando
os olhos com força. — O que foi? — Sussurrei,
sentindo meu pau cada vez mais duro contra a
calça. — Machuquei você? — Perguntei. Ela
colocou sua mão direita sobre a boca e balançou a
cabeça, gemendo novamente.
— Estou enjoada desde cedo, só fiquei um
pouco zonza. — Esclareceu, segurando meus
ombros.
Beijei seu queixo e tentei me afastar, mas as
pernas de Lisa enrolaram-se com força contra
minha cintura. — É melhor eu sair de cima de... —
Não consegui terminar, pois sua boca estava me
calando e me beijando fervorosamente. Soltei um
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VINTE
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que afastá-lo?
Virei-me de frente a Salvatore, seus olhos
estavam arregalados e brilhantes para mim. —
Estou no seu caminho, Salvatore. Você que me
colocou lá, foi por você que eu tive forças, qual
mulher não se apaixonaria por um homem como
você? — Perguntei rindo. — Não é porque seja de
um mundo cruel, ao qual você cresceu, com mortes,
roubos, chantagens, que você deva ser cruel. E você
não é. Você é bom Salvatore, você ama ajudar os
outros e eu amo isso em você, seu coração é tão
bondoso, que faria qualquer pessoa se perguntar
por que está nesse submundo. — Suspirei alto e
senti meu coração se elevar, senti meu mundo ser
recolocado no lugar. — Eu... sinto algo tão forte
por você. Eu sei, quatro meses é pouco, mas não
podemos controlar nossas emoções e nossos
destinos. Mas você me destinou a você, sua
bondade fez com que eu corresse e corresse em sua
direção. Eu o quero tanto, somente para mim, que
fico sem fôlego em apenas dizer, e agora, nossa
paixão foi concebida.
Quando digo isso, Zara nos olha com olhos
cheios de lágrimas e Selena, assustada. — O que
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VINTE E UM
Caímos sobre a cama rindo e tirando o
restante de nossas roupas, quando estávamos nus,
abri minhas pernas e segurei o membro ereto de
Salvatore em minha mão, guiando até a minha
fenda molhada. Abri os olhos e o encarei, seus
olhos verdes estavam luxuriados de tesão,
deixando-me excitada! Salvatore se moveu junto
com a minha mão e ele estava dentro de mim,
gememos, juntos e nos movemos unidos. Segurei
sua cabeça com as mãos e puxei-o para um beijo.
Sua língua quente e convidativa se mexia em torno
da minha, ao mesmo tempo em que seu pau estava
me preenchendo lentamente.
A sensação, os toques, as respirações e
gemidos que fazíamos era algo que nunca me
cansaria.
Salvatore segurou minha nuca e encostou sua
testa contra a minha, o movimento de seu pênis
aumentou o ritmo dentro de mim, soltei um gemido
baixo e arrastei lentamente minhas unhas sobre as
suas costas, ele gemeu com isso e me deu beijo
duro na boca. — Mais profundo. — Pedi,
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sussurrando ofegante.
Ele me olhou excitado e acelerou o ritmo, seu
pau batendo lá no fundo, o que me fazia miar como
um gato e me contorcer de prazer. Salvatore
segurou meu seio direito na sua mão e apertou meu
mamilo, eu gemia e sentia. E sentia que estava
chegando. Entrelacei minhas pernas em torno da
sua cintura e fechei os olhos. Salvatore gemeu,
rosnou e me penetrou mais rápido, nossos corpos se
colavam pelo suor e sentia o quão molhada eu
estava.
Até que senti a luxúria invadir meu corpo e
uma leveza me possuir. Gozei. Forte. Chamando
por Salvatore e arranhando sua carne das costas.
Ele segurou meu quadril e bombeou mais forte até
que grunhiu e gozou dentro de mim, sua respiração
alta, as maçãs do rosto vermelhas e boca aberta. A
melhor visão.
Seu corpo caiu contra o meu e seus lábios
vieram. Ele me beijou. Com amor, carinho,
respeito. Beijou-me profunda e apaixonadamente,
toquei em seus cabelos loiros e suspirei. Eu jamais
me afastaria de Salvatore, nunca iria embora. Ele
me pertencia, e eu também, pertencia a ele. Para
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sempre.
*****
Algumas semanas depois...
— Aposto que é uma menina. — Sorriu
Margot, comendo uns amendoins. Era a sua folga
na Haze e ela aproveitou para jogar no andar de
cima. Eu estava pegando algumas bebidas para
servir, quando ela disse-me isso. Olhei para ela
sorrindo e dei de ombros.
— Bem, eu soube que na máfia tem essa
loucura de ter herdeiros homens, para a Família
continuar nas posições da máfia. Porém, com
Salvatore não importa, há muitos homens na sua
família e se tivermos uma garota, estará ok. —
Expliquei. Espalmei minhas mãos no balcão e fiz
um biquinho. — Se for menina, ele escolhe o
nome, aliás, Salvatore já conversa com a minha
barriga e o nome Samantha sempre sai de sua boca.
Devo me preocupar? — Eu não era fã do nome
escolhido por ele, porém, tínhamos jurado que
nenhum dos dois lamentaria, quando
descobríssemos o sexo do bebê e o ganhador
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segundo andar.
Olhei para os homens rindo e bebendo,
depois o encarei. — Salvatore falou com o Capo.
Ele é o dono da boate e não discordou das decisões
independentes de Salvatore, você, não é importante.
— Quando terminei de falar, respirei fundo, pela
minha pequena coragem, eu sabia que ele não faria
nada com testemunhas ali na nossa frente, e
também, todos na boate estavam alerta sobre ele,
depois de um aviso de Salvatore. Vicentino se
levantou da banqueta e me olhou com raiva, mas
não senti medo dessa vez.
— Você vai ir embora, sem olhar para trás.
Aliás, era isso que você queria mesmo. —
Comentou calmamente.
Suspirei. — Não irei. Estou bem agora, tenho
pessoas impor...
— Importantes? — Zombou Vicentino,
rindo. — Salvatore e a puta loura? Acredita que ele
ficará com você por tempo indeterminado? Olhe
para você, olhe para Salvatore. Ele precisa de uma
mulher e não uma garotinha mal comida como
você. — Rosnou, se curvando no balcão.
Dei um passo para trás e segurei a borda do
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VINTE E DOIS
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da puta. — Cantarolou.
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VINTE E TRÊS
Entrelacei repetidamente meus dedos contra
os outros, sentindo-me nervosa, a bile em minha
garganta subia junto com as minhas palavras. Não
poderia andar para trás, era a minha vida, eu
precisava me preocupar comigo e com o meu bebê,
acima de tudo. Fechei meus olhos mais uma vez,
contendo a calmaria.
— Não acho que estamos fazendo o certo. Eu
nem sei se teremos um futuro, não posso passar
mais por nada que me machuque, Salvatore.
Principalmente fisicamente, tenho uma criança,
crescendo, dentro de mim e ela é a minha
prioridade. — Olhei para ele e respirei. — Acima
até mesmo de você, de nós dois.
Seus olhos verdes se moveram lentamente
para o lado, impossibilitado de me olhar. Salvatore
abaixou sua cabeça, unindo suas sobrancelhas. —
Você... — Ele fechou os olhos e respirou alto. —
Você tem razão, deve proteger nosso filho. Mas
pode fazer isso, ao meu lado. Não quero que vá
embora, por favor, e-eu não... eu não saberia o que
fazer. — Murmurou franzido e, dessa vez, me
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SALVATORE.
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DE: LISA
AS: 15:48 min. 12/04/11
“Salvatore... pense melhor! Se ela está há
quatro horas daqui, então o que você precisa fazer
é...? IR ATRÁS DELA! Faça-a voltar, faça-a voltar
para o seu chefe psicopata! Ele precisa dela e ela
dele. Não os deixem separados, assim como
Vicentino tentou nos separar. Faça isso, vá até
ela.”
Lisa.
Um grande e sincero sorriso se rompeu em
meus lábios, eu sentia a adrenalina preencher meu
sistema e tudo o que eu mais queria, era ir atrás da
minha mulher! Eu queria loucamente naquele
momento, em meus braços, beijá-la e não soltá-la
nunca mais. Sentia a esperança voltar em ler o final
de sua mensagem, ela usou a palavra “tentar” e não
"separou" sobre nós dois. Então havia algo.
Retornei um agradecimento a ela, dizendo
para não sair da casa de sua amiga, depois guardei
o aparelho e caminhei pelo jardim. Eu iria fazer
isso, ir atrás de Amélia como, a minha doce, Lisa
disse-me. Iria foder a vida de Vicentino, o império
de merda dele cairia em cinzas.
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VINTE E QUATRO
Depois de receber a mensagem de Salvatore,
permaneci pensativa na sala de estar do
apartamento de Margot, eu sentia que algo perverso
estava por vir e não era sobre mim. Mas sim dele.
De Salvatore, do meu grande e verdadeiro amor.
Sabia que ele ajudaria a namorada do seu Capo, ele
não conseguia virar suas costas absolutamente para
ninguém! E isso me deixava um pouco
amedrontada.
Ouvi a porta do quarto sendo aberta e Margot
saindo de lá de dentro, no seu roupão vermelho e
uma toalha branca enrolada na cabeça. — E aí? Ele
foi mesmo para Los Angeles? — Perguntou,
chegando perto e se sentando. Acenei com a cabeça
e me recostei no sofá, suspirando e cruzando os
braços.
— Me preocupa isso, ele ir até lá, sozinho. —
Mordi meu lábio inferior e a olhei. — E se
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VINTE E CINCO
Dei um tapa no seu peito e tentei me afastar,
com os olhos em lágrimas e abertos.
— Você ficou maluco?! Não vou destruir a
sua vida! — Exclamei em voz alta, tentando me
soltar dele.
Mas Salvatore apenas sorria e com facilidade
acariciava meu rosto. — Você é tão linda. Quero
que seja a mãe dos meus filhos. — Sussurrou com
uma voz melosa, mas ele sorria. Balancei a cabeça
rapidamente para os lados, de um lado para o outro,
tirando suas mãos do meu alcance. Qual era o
problema dele? Ele não percebeu que não teríamos
um futuro com Vicentino por perto?
— Você é um maluco! Salvatore não faça
isso. — Chorei. — Por favor. — Completei
melancólica.
Ele puxou-me novamente para si e me beijou
com avidez, aquele beijo derrubou as barreiras que
estivera criando sem nenhum sucesso. Salvatore
desgrudou sua boca da minha e disse. — Você é
tudo para mim, Lisa. Chega de se esconder do
medo. Vamos enfrentá-los, juntos. — Seus lábios
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cumprimentando educadamente.
— France. — Soltou Salvatore, no mesmo
tom que do seu pai.
France tombou seu olhar sobre mim,
enviando arrepios pela minha espinha. — E você, é
a Srta. Evans? — Perguntou, estendendo a mão.
Surpreendi-me com o gesto e a peguei, ele deu um
aperto na minha mão, que poderia machucar, mas
não emiti nenhum som. Chega de ser amedrontada
por esses tipos de homens.
— Sim, é um prazer conhecê-lo, Sr. De
Gasperi. — Disse, apertando sua mão de volta, mas
não na mesma força que a dele, claro. Minha voz
estava limpa, alta e clara, sem transparecer
intimidação.
France separou nossas mãos e assentiu,
olhando novamente para o filho ao meu lado. Eu
me sentia uma boneca, ao lado deles, por ser tão
pequena, mesmo usando saltos altos.
— E então? Há algo para me dizer? —
Perguntou tranquilamente e com os olhos franzidos
pelo sol, assim como todos nós.
Salvatore meneou sua cabeça e disse em voz
alta para todos ouvirem. Estávamos bem próximos
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VINTE E SEIS
UM MÊS DEPOIS...
O casamento do Don Demétrio Gratteri e
Amélia foi espetacular! Divinamente lindo e
emocionante, no momento em que os dois trocaram
seus lindos votos. Salvatore, durante a cerimônia
não tirava seus olhos de mim, sua ansiedade
transparecia nos lindos verdes, mostrando o quão
animado estava para a nossa vez. Nosso dia
especial. Nosso casamento. Margot estava
revoltada pelo fato de eu não ter um anel de
noivado, dizendo que Salvatore poderia entrar na
Tiffany & Co. para comprar o anel em dinheiro e
simplesmente me dar. Eu apenas ria, pois essas
pequenas coisas não me importavam.
Tê-lo ao meu lado para sempre, já era o
bastante.
Na bela festa de casamento, durante a dança
do Sr. e Sra. Gratteri. O jeito que eles estavam
abraçados, olhos nos olhos, o sorriso bobo e
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VINTE E SETE
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sorrindo.
Concordei, balançando minha cabeça e
suspirando ao mesmo momento. — Um casamento
que não faço ideia da onde será. — Murmurei
cansadamente. Aimée soltou uma risada leve,
segurando meus ombros com as suas mãos, ele se
curvou, ainda me olhando pelo espelho.
— Salvatore apenas quer impressioná-la o
quanto ele puder, tenho certeza que será uma
grande surpresa! — Ela beijou minha bochecha e se
afastou. — Vamos sair para ele entrar, Zara e
Margot, escondam o vestido. — As duas
recolocaram o vestido de volta ao closet e saíram
da pequena suíte acenando.
Quando estava só, me levantei, apoiando-me
nos braços da cadeira macia e respirei fundo, andei
lentamente pelo quarto quando Salvatore apareceu.
Ele estava vestido em um jeans escuro e blusa de
mangas compridas, com os dois dos três botões
abertos, da cor branca. Ficava mais lindo ainda sem
os seus ternos intimidantes. Ele fechou a porta e
andou em minha direção, onde me sentava na borda
da cama. Salvatore parou na minha e se agachou,
deixando seu rosto de frente a minha barriga nua.
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VINTE E OITO
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VINTE E NOVE
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no peito de Salvatore.
— Tá bom, eu deixo o papai beijar a mamãe.
Ri para ela e me curvei até o seu rostinho. —
Que garotinha mais gentil! Vai comer a sobremesa
duas vezes depois do almoço. — Beijei a ponta do
seu nariz, fazendo-a gritar de alegria, abraçar minha
nuca, com seus bracinhos, beijar meu rosto e minha
boca. O que me fazia ri mais pela sua felicidade.
— Obrigada mamãe! Vou contar pra tia
Margot. — Ela deu um beijo na bochecha de
Salvatore, em seguida, a pedido dele, depois desceu
do seu colo e correu pela casa atrás da minha
amiga.
Quando estávamos a sós novamente,
continuei. — Avelina está bem? — Perguntei a ele.
Salvatore fez uma careta e suspirou.
— Não, mas ela é forte. Está aguentando as
pontas. Principalmente esse novo eu do Demétrio.
— Respondeu murmurante. — Amélia não sabe
mais o que fazer, é frustrante vê-los daquela forma
e, mais frustrante é ver o pequeno Giulio crescer
sem o pai. Eu moveria céus e terras se alguém
tentasse tirar meu filho e minha esposa do meu
lado.
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Fim!
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...Série Submundo
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