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Universidade do Brasil – UFRJ

Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho


Laboratório de Cardiologia Celular e Molecular

DÉBITO CARDÍACO

RETORNO VENOSO

Acoplamento entre Coração e Vasos Sangüíneos

Regina Coeli dos Santos Goldenberg rcoeli@biof.ufrj.br


Definições
Débito Cardíaco: é o volume de sangue que
está sendo bombeado pelo coração na unidade
de tempo

Retorno Venoso: é o volume de sangue


retornando ao coração na unidade de tempo

Pressão Venosa Central: é a pressão no


átrio direito e nas veias cavas torácicas
Fatores Determinantes do Débito Cardíaco

O FLUXO ATRAVÉS DO SISTEMA IRÁ DEPENDER:


• VOLUME DE SANGUE
• CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO CIRCUITO
Freqüência Cardíaca

 ADRENALINA PLASMÁTICA

 ATIVIDADE DOS  ATIVIDADE DOS


NERVOS SIMPÁTICOS NERVOS PARASSIMPÁTICOS
PARA O CORAÇÃO PARA O CORAÇÃO

FC FC
(NSA) ( NSA)
Contratilidade Miocárdica
DÉBITO CARDÍACO

DÉBITO SISTÓLICO FREQÜÊNCIA CARDÍACA


Influência do Exercício:
FC / DS / DC
CURVA DE FUNÇÃO CARDÍACA – Relação de Frank-
Frank- Starling

DC = variável dependente (resposta)

PVC = Pressão no átrio direito e veias cavas torácicas


Pré-carga = variável independente ( estímulo)
Débito Sistólico
CURVA DE RETORNO VENOSO NORMAL

RV = variável dependente
(resposta)

PVC = Pressão no átrio direito e veias cavas torácicas


variável independente ( estímulo)
CORAÇÃO E CIRCULAÇÃO OPERANDO EM CONJUNTO

DC / RV = variável dependente
(resposta)

PVC = Pressão no átrio direito e veias cavas torácicas


variável independente ( estímulo)
Modelo simplificado do Sistema Cardiovascular
- Como o DC influencia a PVC -
Bomba oxigenadora = coração +
leito pulmonar vascular.

Resistência Periférica =
microcirculação de alta resistência

Complacência do Sistema =
complacência arterial (Ca)
complacência venosa (Cv)
Cv 20 > Ca

Complacência é o aumento no volume (∆V) que é acomodado naquele vaso


por unidade de mudança na pressão transmural (∆P)
C = ∆V
∆P
Estado Controle:
PAM = PAD + (PAS – PAD)2/3 = 102

R = ∆P/Q

∆P = 100 mmHg é suficiente para


forçar um fluxo através de uma RP = 20

Em equilíbrio:
Qr = Qh

Va = Vv
Começo da Parada Cardíaca

Va = Vv

A energia potencial, armazenada nas artérias pela ação bombeadora precedente do


coração, leva à transferência de sangue das artérias para as veias.
Parada Cardíaca: estado estável

A pressão média de enchimento reflete o volume total de sangue no sistema e a


complacência global do sistema
Começo da Ressuscitação Cardíaca
Alterações na Pa e Pv em diferentes valores de Débito
Cardíaco
Do modelo hipotético ao coração de cão

1- Bomba mecânica substituiu VD


2- Débito da bomba foi reduzido

As alterações na Pa e Pv se assemelham àquelas derivadas do modelo hipotético


Retorno Venoso
Função Cardíaca X Função Vascular

Função Cardíaca: expressão da Lei de Starling

Função Vascular: define a dependência da PVC em


relação ao Débito Cardíaco
Fatores que influenciam a Curva de Função
Vascular

Débito Cardíaco

Volume Sangüíneo

Tônus Venomotor

Reservatórios Sangüíneos

Resistência Periférica
Reservatórios Sanguíneos
São aqueles cujos leitos vasculares sofrem venoconstrição
significativa

Pele

Fígado

Pulmões

Baço

Trata-se de um mecanismo de “auto transfusão” que


permite o aumento do DC em determinadas condições.
Volume Sangüíneo e Tônus Venomotor

O aumento do tônus venomotor


teria uma curva análoga a curva
de Transfusão enquanto a curva
de Hemorragia se relaciona com
a diminuição do tônus
Resistência Periférica

A Pec não se altera pois somente


3% do sangue estão contidos no
leito arteriolar

O aumento súbito na RPT causa


retenção de um volume
progressivamente maior de
sangue no sistema arterial; o
inverso também é observado
Efeitos das alterações na RPT sobre o
Débito Cardíaco e a PVC

Trata-se de uma alteração mais


complexa pois ambas as curvas
são desviadas
Freqüência Cardíaca no controle do
Débito Cardíaco
modificações
no volume de ejeção

DC

Decorrentes da alteração na freqüência do marcapasso atrial em um cão anestesiado


Fatores que afetam o Sistema Venoso e o Débito
Cardíaco

Gravidade

Atividade Muscular e Valvas Venosas


Pressões médias nas veias dos pés de 18 indivíduos em
pé: imóveis, caminhando e correndo
Exercício Físico Moderado

A: Equilibrio
B: bomba muscular
C: inotropismo e
cronotropismo
+venoconstrição
D: vasodilatação
metabólica
Bomba Muscular Esquelética
Débito Sistólico - Retorno Venoso
Analisando o DC x RV ....
Curvas de Função Cardíaca e Vascular em um
Coração Insuficiente

Graus moderados de IC:


PVC é elevada
DC é normal(D)

Graus mais severos de IC:


PVC é ainda maior
DC é reduzido (E)
Transfusão
Retorno Venoso
↑ATIVIDADE ↑ ATIVIDADE (BOMBA)
SIMPÁTICA NAS VEIAS MUSCULAR ESQUELÉTICA

↑ MOVIMENTOS
↑ VOLEMIA INSPIRATÓRIOS

↑ PRESSÃO VENOSA
(veias periféricas)

↑ RETORNO VENOSO

↑ PRESSÃO ATRIAL

↑ VOLUME
DIASTÓLICO FINAL

↑ DÉBITO
SISTÓLICO
Método de Fick
Atividade Respiratória
• Inspiração → ↓ pressão intratorácica → ↑ gradiente entre de
pressão entre vv. extratorácias e intratorácicas → ↑RV
CURVA DE RETORNO VENOSO EM FUNÇÃO DA
PRESSÃO DE ENCHIMENTO
CURVA DE RETORNO VENOSO EM FUNÇÃO DA ALTERAÇÃO DA
“RESISTÊNCIA AO RETORNO VENOSO” E DA PRESSÃO DE
ENCHIMENTO

U = ri

PME – PAD = RRV. RV

RV= PME – PAD


RRV
Por que o valor da pressão circulatória média é de
em torno de 7mmHg e não a média das pressões
arterial e venosa (52mmHg)?

A complacência do leito venoso é cerca de 19 vezes


maior que do leito arterial

C=∆V/∆P
Relação entre volume-
volume-pressão e tônus vascular-
vascular-pressão
Um modelo teórico mais completo:
O Sistema de Duas Bombas
Insuficiência Ventricular Direita e suas Implicações
Gravidade
Outros fatores que afetam o RV e o DC
• Gravidade
Efeito do aumento de volume Sanguíneo sobre o débito cardíaco

O ↑DC devido ao ↑V é
transitório:
• perda por estravazamento
• relaxamento por estresse e
distensão dos reservatórios de
sangue
• mecanismo de auto-
regulação → ↑resistência ao
retorno venoso
• Atividade Muscular e válvulas venosas
Respiração Artificial
Relação entre a Curva de Função Cardíaca e a Curva
de Função Vascular
FC
Pv = independente
(estímulo)
FV
DC = independente
DC = dependente
(estimulo)
(resposta)
Pv = dependente
(resposta)

C
Efeitos da Alteração da Contratilidade Miocárdica
sobre o Débito Cardíaco e a PVC

C
Alterações diretas e indiretas do Volume
Sanguíneo sobre a PVC e o Débito Cardíaco
Curva de função cardiaca – 2.5 x o
Efeito da RPT sobre o
RV antes do coração ser um fator
DC a longo prazo
limitante
Curva de Função Vascular

Ponto A – Estado Controle

Ponto B – Início da Ressuscitação

Ponto C – Débito Cardíaco Máximo

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