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SISTEMA

CARDIOVASCULAR

Adaptações ao exercício
Funções


Sístole:

Diástole:

O exercício extenuante
eleva mais a pressão
sistólica do que a
diastólica.
Componentes


Capilares
Esfíncteres pré-capilares

Exemplo
-Gastrocnêmio em repouso: 5 ml/min a cada 100 g de tecido
-Gastrocnêmio durante o exercício: 80 ml/min a cada 100 g de tecido

Fatores: força da pressão e produção de metabólitos locais.


Fisiologia

 Músculo atrial:

 Músculo ventricular:

 Fibras musculares excitatórias e inibitórias:


Anatomia funcional

 Discos intercalares

 Sincícios
Potencial de ação
Válvulas cardíacas

 Válvulas átrio-ventriculares:

 Válvulas semilunares:
Ciclo cardíaco
Bulhas e sopro cardíaco
 Bulhas cardíacas
Primeira bulha:

Segunda bulha:

 Sopro cardíaco
Regulação do bombeamento
cardíaco


Sistema eletrogênico do 
 Nodo sinusal ou sinoatrial (marcapasso cardíaco):

 Vias internodais:

 Nodo átrio-ventricular:

 Feixe de His e fibras de Purkinje:


Sistema eletrogênico do 
Válvulas venosas

As válvulas (ou bombas)


venosas servem para
direcionar o fluxo
sangüíneo para o
coração. Os movimentos
forçam a volta do sangue
para o coração fazendo
com que a pressão nos
pés fique em torno de 25
mmHg.

A imobilidade não
permite a atividade das
válvulas.
Alterações cardiovasculares
decorrentes do exercício

Redistribuição imediata do fluxo


sanguíneo de forma a atender às
necessidades metabólicas e fisiológicas
altamente variáveis durante o exercício
Resposta da pressão arterial ao
exercício

O débito cardíaco (DC) ↑ 6 ou 7 vezes em atletas de endurance de elite,


enquanto que a resistência periférica ↓.

 Exercício de resistência
Compressão mecânica dos vasos arteriais periféricos que irrigam os
músculos ativos: ↑ a resistência periférica e ↓ a perfusão muscular
causados pela atividade simpática sobre o DC e a pressão arterial média.

A resposta hipertensiva é diretamente proporcional ao


esforço e à massa muscular ativada.

Estimulação do centro cardiovascular pelas áreas ativas do córtex motor


e à retroalimentação periférica proveniente da massa muscular ativada.
Resposta da pressão arterial ao
exercício
 Sobrecarga cardiovascular com exercício intensivo de resistência pode
ser prejudicial para indivíduos com doença cardíaca e vascular,
principalmente destreinados. Exercícios moderados impõe menos
sobrecarga e podem trazer mais benefícios nesse caso.

Em exercícios realizados com membros superiores as pressões sistólica


e diastólica são maiores pela maior resistência ao fluxo sanguíneo .

 Exercício em ritmo estável (PA 140 a 160 mmHg)


A vasodilatação muscular ↓ a resistência e ↑ o fluxo sanguíneo periférico.
A contração e o relaxamento (efeito “de ordenha”) impulsionam o sangue
de volta ao .

No exercício progressivo (gradativo) ocorre elevação inicial que estabiliza


e se mantém linear (200 mmHg).
Resposta da pressão arterial ao
exercício
Resposta da pressão arterial ao
exercício

 Na recuperação (de todos os exercícios)


Após o exercício submáximo a pressão sistólica cai (o que pode durar até 12 h)
abaixo do nível pré-exercício, possivelmente pela estagnação do sangue nos
órgãos ou pele. Alternativa de tratamento não farmacológico para hipertensão.

Suprimento sanguíneo do 
O fluxo sanguíneo pode ↑ 4 a 6 vezes
durante o exercício vigoroso.
Suprimento sanguíneo do 

O  tem o maior número de


mitocôndrias do que todos os tecidos
e ↑ capacidade de catabolismo de
lipídeos como meio primário para
produção de ATP.

O miocárdio possui uma ↓


capacidade de gerar energia
anaeróbia, tendo uma capacidade
oxidativa 3 vezes maior do que o
músculo estriado esquelético.
Regulação do bombeamento
sanguíneo
Regulação do bombeamento
sanguíneo
Regulação do bombeamento
sanguíneo

O exercício ↓ a estimulação parassimpática e ↑ ativação simpática direta.



Efeito relacionado à intensidade e duração da atividade.

Comando central: centro vasomotor cerebral


♦ Córtex → centro vasomotor → ajustes ao exercício e período antecipatório.
Ex.: velocistas → na ordem de partida ↑ os bpm para 148 (74% do ajuste total
da frequência cardíaca).

♦ O fluxo sanguíneo muscular também ↑ com o efeito antecipatório.


Estimulação simpática e
parassimpática
Estimulação simpática e
parassimpática
Regulação do bombeamento
sanguíneo

Influxo periférico
♦ O centro cardiovascular recebe influxo sensorial reflexo dos receptores
presentes em vasos sanguíneos, articulações e músculos: quimiorreceptores
e mecanorreceptores.

♦ São fibras nervosas provenientes dos corpúsculos de Pacini e das


terminações nervosas não-encapsuladas que fornecem um feedback rápido.

Modifica o fluxo anterógrado vagal (simpático ou parassimpático),


adequando a resposta cardiovascular à intensidade do exercício.

♦ Os quimiorreceptores fornecem o metaborreflexo, resultante da ativação


por metabólitos produzidos pela atividade muscular.
Regulação do bombeamento
sanguíneo

3 mecanismos avaliam continuamente a natureza e


intensidade do exercício e a massa do músculo
ativado:

 Influxo neural reflexo oriundo da deformação mecânica dos aferentes


tipo III.

 Estimulação mecânica (pressória) dos aferentes tipo IV dos


músculos ativos.

 Fluxo anterógrado proveniente das áreas motoras do comando


central.
Regulação do bombeamento
sanguíneo

Barorreceptores: no arco da aorta e seios


carotídeos são sensíveis à variação da pressão.

Mecanorreceptores
cardiopulmonares: ativação do ventrículo
esquerdo, átrio direito e grandes veias.

Evitam uma elevação desordenada
da pressão arterial.
Regulação do bombeamento
sanguíneo
Exemplo:

↑ PA

distende os vasos e ativa os
barorreceptores

Palpação da artéria carotídea
RESPOSTA

 ↓ reflexa da PA
↓ a FC dilata os vasos 
 estimativa de FC ↓ pode levar
à prescrição errada de
↓ PA exercícios, oferecendo risco
para indivíduos cardíacos.
Distribuição do sangue

se todos os vasos dilatassem poderiam conter 20 l de sangue.



há um equilíbrio entre vasodilatação e vasoconstrição

Efeitos do exercício
♦ Vasodilatação muscular e vasoconstrição esplâncnica e renal (abdominal).
Exemplo: rins em repouso filtram 1,100 ml/min
rins durante o exercício filtram 250 ml/min

♦ Fatores que contribuem: maior fluxo anterógrado simpático e substâncias


químicas liberadas localmente que estimulam a vasoconstrição ou exacerbam
os efeitos de outros vasoconstritores.
Distribuição do sangue

Fatores no músculo ativado


♦ Repouso: apenas 1 em cada 30 a 40 capilares permanece aberto.

♦ Fatores que contribuem: ↑ o fluxo sanguíneo muscular total, ↑ no


fornecimento de sangue com pouco ↑ na velocidade do fluxo e ↑ na
superfície de trocas gasosas e nutrientes entre sangue e fibras
musculares.

♦ ↓ de O2, ↑ da temperatura, acidez são fatores relaxantes vasculares pelo ↑


do metabolismo.
Débito cardíaco

Quantidade de sangue bombeado pelo /min.

DC = FC x volume de ejeção sistólico.

Indivíduos destreinados em repouso


70 kg = 5 litros/min  DC é, em
média,
56 kg = 4 litros/min 25% menor
FC = 70 bpm

Durante o exercício o DC sobe rapidamente, da condição de repouso


para exercício (período de transição) estabilizando de acordo com
a demanda metabólica do exercício.

Sedentários: DC ↑ cerca de 4 vezes (20 a 22 litros/min), com 195 bpm


Débito cardíaco no exercício

Atletas de endurance
♦ ↑ A influência da acetilcolina no nodo sinusal (FC = 30 a 50 bpm).
♦ O volume de ejeção sistólico ↑ para cerca de 100 ml (miocárdio mais forte)

Débito Frequência Volume sistólico


REPOUSO cardíaco cardíaca de ejeção

DESTREINADOS 5.000 ml/min 70 b/min 71 ml


TREINADOS 5.000 ml/min 50 b/min 100 ml

Débito Frequência Volume sistólico


EXERCÍCIO cardíaco cardíaca de ejeção

DESTREINADOS 22.000 ml/min 195 b/min 113 ml


TREINADOS 35.000 ml/min 195 b/min 179 ml
Débito cardíaco no exercício

Fatores que influenciam


♦ ↑ do tônus vagal e ↓ do impulso simpático, lentificando o .
♦ ↑ do volume sanguíneo, da contratilidade miocárdica e complacência do
ventrículo esquerdo, aumentando o volume sistólico de ejeção do .

3 mecanismos ↑ o volume de ejeção do  no exercício:


 enchimento aprimorado na diástole → sístole mais vigorosa
 esvaziamento sistólico mais completo
 Perda de água pelo suor e desvio do sangue para a superfície do corpo para
↓ calor → ↓ volume sistólico de ejeção → ↑ compensatório da FC para
manter o DC na progressão do exercício.
Distribuição do débito cardíaco
Distribuição do débito cardíaco

 O sangue é desviado para porções oxidativas do músculo.

 Em atividades como correr ou pedalar com intensidade máxima, o


fluxo sanguíneo muscular representa 80 a 85% do DC.

 Circulação coronariana ↑ 4 a 5 vezes.

 Fluxo sanguíneo cerebral ↑ 25 a 30%.


DC e transporte de oxigênio

O oxigênio extra (cerca de


750 ml) que circula acima
da necessidade de
repouso representa uma
reserva caso algum tecido
sofra um aumento súbito
e drástico do
metabolismo.

DC está diretamente
relacionado ao VO2máx
(consumo máximo de
oxigênio).
Ajustes cardiovasculares ao
exercício com membros superiores

O consumo de oxigênio
mais alto durante o
exercícios máximos com
membros superiores
atinge uma média 20 a
30% menor do que o com
membros inferiores.

isso não ocorre com


exercícios submáximos

resposta semelhante ao
exercício com membros
inferiores

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